Carta encaminhada à ABNT sobre a NBR 16280/2014

palhaca

Boa tarde.

Sou formado em Design de Interiores e atuo na área há mais de 10 anos. Também sou docente de cursos de pós-graduação em Design e Projeto de Interiores, ministro cursos e palestras sobre esta área por todo o Brasil.

Também sou especialista em projetos de iluminação.

Além disso sou autor de um blog (www.paulooliveira.wordpress.com) de teor bastante crítico e teórico sobre a área.

Apesar de minhas profissões (interiores e lighting design/iluminação) ainda não serem regulamentadas por motivos alheios à nossa vontade, ambas constam das diretrizes do MEC e possuem CBO. Além destes dados que as legalizam temos ainda o reconhecimento e autorização de centenas de cursos universitários pelo MEC bem como o reconhecimento de nossa importância pelo mercado.

Em nossos cursos adquirimos conhecimentos técnicos para a elaboração de projetos, e isso inclui estas análises previstas na norma (antes, durante e depois) para garantir a segurança tanto dos profissionais envolvidos nas obras quanto dos futuros usuários.

Temos ciência de que, sempre que necessária alguma intervenção estrutural, devemos contar com o apoio de um profissional devidamente habilitado no assunto, preferencialmente, um engenheiro civil. Isso é repetido à exaustão nas salas de aulas e TODOS os profissionais de Interiores levam isso como REGRA em seu exercício profissional diário.

Atento que, para realmente poder utilizar o título profissional, assim como em qualquer outra profissão, faz-se necessária a devida formação acadêmica, pois, somente ela transmite ao profissional as competências, conhecimentos e habilidades necessárias para tal. E isso nós temos: formação, conhecimento, diploma.

Não somos leigos ou “faz tudo”. É isso que esta norma tenta impedir de chegar ao mercado como se estes fossem os reais e únicos responsáveis pelos principais desastres que ocorreram neste país envolvendo obras em edificações.

Também não podemos ser responsabilizados por empresários que, burlando Leis, não contratam um projetista devidamente habilitado.

Igualmente não podemos ser responsabilizados e punidos por atos corruptos de fiscais de órgãos públicos e conselhos de classe que autorizam e aprovam obras irregulares (vide Santa Maria e tantos outros exemplos) concedendo seus alvarás, habite-se e outros documentos mais.

Isso, popularmente, é conhecido como “boi de piranha”.

Lembro que Design de Interiores/Ambientes é uma profissão já estabelecida e respeitada internacionalmente por causa de sua seriedade e competência de seus profissionais, vide IIDA (http://www.iida.org/). Nos principais países esta já é regulamentada, o que jogou sobre estes profissionais, responsabilidades sérias e complexas tanto quanto as dos arquitetos e engenheiros – resguardadas as devidas competências e atribuições profissionais. O primeiro curso superior da área aqui no Brasil data da década de 1960, em Minas Gerais, hoje atendendo pelo nome de Design de Ambientes, ofertado pela UEMG.

Como pode, aqui no Brasil, a ABNT lançar uma norma que literalmente extingue a nossa profissão, desrespeitando centenas de cursos superiores existentes no país e sem considerar ouvir sequer um único profissional entre os milhares já devidamente habilitados existentes aqui no Brasil?

Como pode uma norma direcionar um mercado claramente para uma reserva de mercado sabendo que esta prática é crime, pois fere princípios constitucionais e do código civil?

Como ficaremos nós, Designers de Interiores diante disso tudo? Rasgaremos nossos diplomas e perderemos todo o tempo e dinheiro investidos em nossa formação/atualização profissional? Alguém irá nos indenizar por isso?

Viraremos apenas decoradores quando atuarmos em edificações enquanto projetamos interiores completos – e complexos – de aeronaves, embarcações, motorhomes e outros espaços não baseados na estrutura da construção civil?

Aguardamos respostas urgentes afinal, são os sonhos, as vidas de milhares de profissionais que estão em jogo. É uma profissão já estabelecida internacionalmente que está sendo aviltada, publicamente humilhada e destruída aqui no Brasil, colocando nosso país numa vanguarda de ignorância e retrocesso.

Atenciosamente,

Paulo Oliveira.

45 comentários sobre “Carta encaminhada à ABNT sobre a NBR 16280/2014

  1. jonpleno

    É SLuiz acho que não deveria citar os Estados Unidos pois lá realmente as coisas funcionam (óbvio que 100% nunca existirá). Veja bem : Um técnico de edificações depois de ter acumulado 15 anos de trabalho em construções (ou 20 anos, dependendo dos tamanhos das edificações em que participou) é submetido a um exame que lhe dá a chance de ter a responsabilidade como qualquer engenheiro ou arquiteto. À partir daí este mesmo profissional vai para uma lista do sindicato da categoria e é recomendado, sempre que alguém solicitar alguma reforma ou construção. Se der tudo OK, permanece na lista, subindo em classificação. Caso contrário, submete-se a uma reciclagem, estudando teoricamente todos os aspectos mais importantes em uma obra. Presta-se novo exame. Caso se classifique vai novamente para a lista como um dos últimos colocados. Se incorrer novamente em algum erro, é vetado o seu trabalho em qualquer área da construção civil como responsável técnico. Deverá sempre estar subordinado a um profissional e sendo fiscalizado pelo mesmo. Se não der, procure outro tipo de trabalho, pois o próprio sindicato lhe retirará da lista. SIMPLES ASSIM. Pois como a grande maioria daqui diz “AQUELE PAÍS NÃO SERVE COMO EXEMPLO”, continuemos assim, sem dar oportunidade a quem não pode fazer uma faculdade, que boa ou ruim, lhe dá uma boa base para seres um ótimo profissional. Arq. João Freire.

  2. Milton Souza

    Pessoal, sou leigo no assunto, mas como devo acreditar em um “Engenheiro” quando recebo um documento de um apartamento recém entregue por eles (e uma grande equipe de engenheiros), onde consta que não posso fazer sequer um furo na parede da cozinha, pois existe risco de furar um cano. Mas na parede inteira? Será que no projeto eles ao invés de usar tijolo, fizeram a parede da cozinha com cano e só colocaram o reboque por cima? Como esse povo pega o diploma? Agora, como coloco um simples armário? E tem gente que quer que eu descubra junto a construtora se o piso que preciso colocar na sala, é suportado pelo projeto. Existe essa especificação em algum lugar? Devo procurar um engenheiro para dizer quanto peso suporta um prédio se nem um furo não consigo saber onde fazer?

  3. Não estou entendendo tamanha preocupação, a profissão Design de Interiores não sofrerá alteração alguma, já que como o nome já diz, se trata de um projetista de interiores. O projeto de interiores poderá ser realizado normalmente, a execução do projeto sim sofrerá alterações. Em todo caso que algum sistema ou estrutura que interfira na segurança ou bem estar dos demais condôminos sofra modificações, a lei exige o acompanhamento de um engenheiro civil ou arquiteto apto a identificar alguma falha no projeto. Assim evitaremos diversos problemas, ou pelo menos teremos alguém para responsabilizar no caso de algum dano à estrutura ou à vida dos moradores. Apesar de eu acreditar que lhes foi dado uma boa base de entendimento de estruturas em sua graduação, compete a profissão de engenheiro civil ou arquiteto avaliar se as modificações são ou não são adequadas.
    Em casos onde o projetista de interiores deseja também ser o empreiteiro, este sim deverá se adequar a lei, como todos os outros empreiteiros. Mas entendam, a profissão Design de Interiores lhes fornece aptidão para desenvolver projetos magníficos, mas a execução cabe à um empreiteiro (podendo ser o próprio projetista), que a partir da criação da nova lei deverá ser acompanhado por um profissional responsável.
    Quanto aos valores cobrados, no primeiro instante os valores subirão enquanto poucos engenheiros e arquitetos conhecerem a lei, mas a partir do momento em que esse for um nicho de mercado conhecido os valores baixarão e estabilizarão em valores aceitos pelos clientes.
    Mas lembrando, essa é minha visão!

  4. João Missak Arslanian

    O alvoroço que a Norma 16280/14 da ABNT está provocando em vários segmentos do interesse comercial é bastante grande. A norma se apresenta para apenas recomendar, entretanto, segmetos mais afoitos sairam na frente para transformá-la, de forma arbitrária, como se já pudesse se colocar como obrigatória, no caso, como se lei fosse beneficiando apenas três desses segmentos: CREA, ENGENHEIROS E ARQUITETOS. E o que fazer com os demais? Terão que se aliar se quiserem colocar o pão na mesa? E como ficam aqueles que pagam as contas? Aí tem coisa e cheira mau. Por que os órgãos governamentais não participam, prefeituras, por exemplo. O que sei é que o SECOVI está tratando a norma como se já fosse lei e não é, pelo menos por enquanto. Todas as administradoras de condomínio estão orientando síndicos a ficarem alertas. Está implantado o caos, pois será uma cascata de custos altos, beneficiando poucos e atrapalhando a vida de milhares. A norma para ter força de lei é obrigatório que seja adotada por uma autoridade governamental para se transformar em Norma Mandatória, do contrário, não passa de norma de simples recomendação. Isso está escrito pela própria ABNT.
    Quais são os objetivos da normalização?
    Comunicação: Proporciona os meios necessários para a troca adequada de informações entre clientes e fornecedores, com vista a assegurar a confiança e um entendimento comum nas relações comerciais;
    Simplificação: Reduz as variedades de produtos e de procedimentos, de modo a simplificar o relacionamento entre produtor e consumidor;
    Proteção ao Consumidor: Define os requisitos que permitam aferir a qualidade dos produtos e serviços;
    Segurança: Estabelece requisitos técnicos destinados a assegurar a proteção da vida humana, da saúde e do meio ambiente;
    Economia: Diminui o custo de produtos e serviços mediante a sistematização, racionalização e ordenação dos processos e das atividades produtivas, com a conseqüente economia para fornecedores e clientes;
    Eliminação de barreiras: Evita a existência de regulamentos conflitantes, sobre produtos e serviços, em diferentes países, de forma a facilitar o intermédio comercial.

    Portanto, na minha opinião, o alvoroço ainda é bastante baixo para quem tem o dever de instruir possa ouvir adequadamente.
    Sou apenas um administrador que aguarda instruções do poder público porque um dia terei que reformar minhas propriedades e não acho que aprovara a Norma como lei seja um bom caminho para a sociedade em geral. Tê-la apenas como orietadora é menos agressivo. Edifícios residenciais e comerciais retardarão reformar, com ou sem alterações, até sucumbirem.
    O jeito então é gritar nos ouvidos daqueles que podem mudar o rumo dos acontecimentos.

  5. Acho que encerro minha participação neste blog pois quem é o maior responsável por deixar estas coisas acontecerem ? Ministério da Educação (sic) e Cultura (sic). Favorecendo e permitindo faculdades (?) caça-níqueis e pegando incautos como vocês Designer (sic) de Interiores, só para citar um exemplo dos vários casos que existem até em outras áreas, tipo Medicina/Enfermagem.

      1. Paulo : Erro crasso teu … Nunca afirmei que não existem faculdades piores em outras áreas. Em TODAS EXISTEM ! Agora, se você sabe que tem uma “faculdade que lança anualmente “arquitetos” que afirmam que apenas uma PB é um projeto arquitetônico” é DEVER seu denunciar ao CAU de seu Estado, pois para isto que servem os CONSELHOS que outras faculdades não tem, para que punam os RESPONSÁVEIS. Como punir um designer de interiores ? Civilmente ? Não tem como. Teria que lutar num PROCON ou num Tribunal de Pequenas Causas que, neste caso, teriam que ser chamados quem, quem, quem ? Arquitetos e/ou Engenheiros responsáveis por obra em construção ou já edificada. Explicado ?

        1. Paulo Oliveira LD

          Erro crasso seu:
          1) não é MEU dever denunciar ao CAU essas coisas e sim DE VOCÊS ARQUITETOS cuidarem de sua área. Tenho certeza que muitos de vocês sabem destes problemas mas preferem omitir-se para evitar “problemas”;
          2) Como punir um DI? Pelo Código Civil.
          Nada tem a ver com PROCON.
          E chamar um arquiteto para atestar ou fazer um laudo sobre um possível problema ocorrido na obra, neste momento em que vocês estão em franco ataque contra a nossa área seria, no mínimo, irresponsável e leviano por parte de qualquer juiz. No caso, o único profissional isento para fazer este laudo seria o engenheiro civil.
          Tem um caso que estou acompanhando onde a juíza nomeou uma arquiteta como perita, pasme, de uma mostra. O laudo da fulana é totalmente tendencioso e carregado de devaneios “arquitetícios” digno daquelas que se mordem por inveja de não ter a capacidade de fazer o que a designer fez.
          Explicado?
          Ou quer que eu desenhe mais ainda?

  6. jonpleno

    Pessoal. Calma. A questão toda baseia-se em uma única expressão “Responsabilidade Técnica”. Quando um técnico “erra” ele pode sumir porque nada lhe acontecerá, pode mudar de cidade e continuar trabalhando. Quando um profissional “erra” são cassados : o seu registro (impedindo-o de trabalhar em qualquer canto deste país), o seu currículo construído durante um certo número de anos e, por que não dizer, a sua moral profissional. Nunca ouvi falar que um designer de interiores, um mestre de obras, um empreiteiro (não o dono da obra), um pedreiro, um servente, um ajudante tenha sofrido alguma punição devido à algum erro praticado. Porque não existe legislação que possa fazer isto. No máximo, em uma tragédia (desmoronamento, incêndio,etc) quando o técnico é pego sofrerá uma pena por homicídio culposo pois não tinha a dimensão total do perigo iminente. Já o profissional sofrerá pena por homicídio doloso (automaticamente) por alguns (ou todos) aspectos que compõe o dolo : negligência, imprudência e imperícia. Esta é a diferença, alguém tem que ressarcir as pessoas ou bens envolvidos, que somos nós : arquitetos e engenheiros civis.

        1. LD Paulo Oliveira

          Claro Sr João, segundo o senhor nós designers temos que pagar o preço de um sistema político fracassado, ineficiente e corrupto?

          Como escrevi na carta, isso é buscar “bois de piranha” para esconder as mazelas das outras profissões envolvidas em edificações.
          É puxar o rabo do outro enquanto esconde o seu entre as pernas.
          É tacar pedra na vidraça do vizinho sem se tocar que tem um teto de vidro.

          Te convido a visitar alguma IES que ofereça o curso e até mesmo assistir algumas aulas para que veja o quão “toscos” são estes cursos.

          Para o senhor, que não sabe, esta é uma profissão muito séria e que existe em todos os outros países do mundo.

          Para atuar, por exemplo nos EUA, além do curso a pessoa tem que encarar uma bela prova no melhor estilo OAB e passar muito bem para só depois poder dizer que é profissional.

          No entanto, sempre que vejo debates sobre a aplicação destas provas para arquitetos e engenheiros a gritaria contrária é imensa…

          engraçado ne???

    1. SLuiz

      jonpleno: Aí começam os conflitos. Sou Engenheiro Eletricista, e não vejo com bons olhos os Engenheiros Civis responsabilizarem-se pelas obras de elétrica que acontecem nos edifícios. Assim como os Engenheiros Mecânicos pelo mesmo motivo não se sentem bem quando o Engenheiro Civil quer comandar as obras de elevadores e centrais de ar condicionado. Historicamente isto só tem dado problemas.
      O que está acontecendo aqui é pura reserva de mercado direcionada a um determinado segmento profissional em detrimento a outros (no caso os Eng. Civis, que monopolizam o CREA). E isto é que revolta e desestabiliza um sistema que vinha funcionando até que razoavelmente bem no Brasil.
      Como quase tudo, é mais um erro de concepção do modelo brasileiro, que acaba sendo “resolvido” por meia dúzia de burocratas sentados numa sala refrigerada e de costas para quem conhece o problema.
      Por que ao invés de enfiar goela abaixo esta norma esdrúxula, não se organizam melhor as coisas? Há – e deve haver – espaço para todos em prol de edificações mais seguras e confortáveis no Brasil. Que o Arquiteto desenhe, o Eng. Projetista calcule, o Engenheiro Civil cuide da parte civil, o Eletricista da elétrica, o Mecânico da mecânica. Depois, é a vez do Designer, do instalador, do mestre de obras e do pedreiro capacitado. Todos e cada um aplicando os conceitos mais avançados de economia, ergonometria e SEGURANÇA.
      A indústria da Construção Civil nos Estados Unidos é assim, cada macaco no seu galho e responsabilizando-se profissionalmente pelo que faz. Esta tal norma aí me parece que nasceu atravessada e só piora tudo!

  7. Milton Souza

    Bom, sem muito comentário, conheço engenheiros Eletrônicos que sequer sabe trocar uma lampada. E um civil também. Então, quando for trocar a lampada do meu apartamento vou ter que pedir uma ART para troca da lampada. Piada de um pais das
    normas….
    E que venham os atestados fornecidos na Santa Efigênia – SP, para concorrer com o mercado de atestados médicos….
    E viva o braZil…

  8. Eu sou Coordenador de Defesa Civil em minha cidade, e entendo perfeitamente as colocações acima, porém tenho também minha opinião.

    Eu como tenho formação em Edificações, segurança do trabalho e enfermagem com especialização em enfermagem do trabalho, tenho tido muitos problemas com donos de empreiteiras e de imobiliárias, que no anseio que “faturar” em obras clandestinas, acabam colocando em risco a integridade física dos futuros moradores.

    Na minha cidade as interdições pela Defesa Civil tem aumentado em função de irregularidades, ocorridas em reformas e restaurações, e, acaba que não temos quem cobrar.

    No entendimento da lei 16280/14, vejo um grande benefício para todos os órgãos, já que teremos a responsabilidade técnica de um profissional.

    Aqui em minha cidade, estamos vendo muitos processos, de construtores irresponsáveis que comprometem a vida e o patrimônio de pessoas inocentes que não conhecem o ramo.

    Desta forma acho também muito pertinente a colocação dos designers de interiores, porém a lei não nasceu de um dia para outro, e, com certeza deve ter tido estudos, participações de interessados como acontece com o grupo tripartite do MTE (Não sei se isto ocorre na ABNT,porém creio que sim) onde os três lados, profissional executivo, indústrias, e governo participam juntos da elaboração das normas.

    Eu vejo com muito bons olhos esta Lei, e entendo a reclamação dos profissionais de interiores, porém devemos ser mais críticos, num âmbito geral, não se deve acabar com função conforme citado acima, mais também não deveremos fechar os olhos para o problema.

    Carrego comigo uma frase que inclusive passo aos meus alunos de Segurança do trabalho e também de Bombeiros Civis, que é o seguinte: CRITICAR É ÓTIMO, MAS, PELAS CRÍTICAS APRESENTADAS, COLOQUEM SUAS SUGESTÕES DE MELHORIAS SEMPRE POIS ASSIM SUAS PALAVRAS TERÃO MAIS VALOR.

    Benedito Domingos

    1. Dinho Beltramini

      professor bombeiro, e a norma desempenho (15575) Coberturas
      Não há grandes novidades relativas aos sistemas de coberturas, mas aprimoramentos em relação a outras normas. Entre os principais requisitos estão os que tratam da reação ao fogo dos materiais de revestimento e acabamento e da resistência ao fogo do sistema de cobertura. Nesse último item, a norma determina que a resistência ao fogo da estrutura da cobertura atenda às exigências da NBR 14.432, considerando um valor mínimo de 30 minutos. Pergolados sistema construtivo de madeira maciça será obrigatório sua remoção!

      O bombeiro regulamentado decreto 56.819/10/03/2011.

      Beltramini (crea 5062659387 – Valinhos), dr.beltramini@hotmail.com, clinico geral e geriatra das edificações

  9. Clebio

    isso sim que é exclusão profissional, com essa nova norma acaba com os direito dos profissionais com eu que sou técnico em edificações, empreiteiro a mais de 20 anos como me enquadro nessa lei ,pelo que entendi nem como pedreiro, será que seus engenheiros e arquitetos iram pegar no batente também ,assentar portas, janelas e retirar os revestimentos entre outros. Tantos serviços que executei que só via o nome do engenheiro no projeto mas na obras nem aparecia ,irão fazer o mesmo! como pode uma norma ser tão desigual assim com tantos profissionais, isso não é justo

  10. celestino

    Em primeiro lugar DESIGNER não é uma palavra da nossa lingua portanto não deveria designar profissão aqui em nosso País.
    Segundo que traduzindo a palavra DESIGNER chegaremos perto da palavra PROJETISTA que trata , logico , de PROJETOS e não de execuções de OBRA.
    Terceiro, é uma vergonha termos um curso superior sem vinculo a um conselho.
    Quarto, essa capacitação devia ser uma especialização pois podemos verificar que a sua criação so veio causar transtorno como demonstra a carta acima

  11. Daniel

    Caro Paulo,

    Concordo plenamente com você e infelizmente este país o que se cultua é a desinformação e a ignorância parcial ou total até mesmo nos meios televisivos, onde este deveria informar orientar, mas ao contrário, quem paga mais é que tem o direito (se é que tem?) de mostrar o seu lado da razão. Sou Engenheiro e acho um absurdo esta entidade achar que é a dona da razão em certos assuntos. Outra questão é: Por que devemos pagar por normas? Elas devem ser abertas para qualquer um consultar e não ficar a mercê de mercenários. Isso mostra o quanto nossos dirigentes são incompetentes, pois pra que temos tantos institutos de pesos e medidas e disso e daquilo que não funcionam?? Grandes cabides de empregos… Aqui o mais fácil e o mais rápido é que impera, ou seja, aqui proíbe-se tudo sem consultar os verdadeiros especialistas que tem a experiência para avaliar e julgar o que é certo, justo e coerente (porque assim a propina é mais fácil de se obter).
    VIVA O PAÍS DA CORRUPÇÃO, IGNORÂNCIA E DA FRASE: “EU NÃO SABIA DE NADA!!!”

  12. André

    Engenheiro: “Porque que eu preciso de um Arquiteto para fazer essa casa? Eu mesmo desenho essa porr@”

    Arquiteto: “O Engenheiro vai te cobrar só pra assinar “RT” e dizer que viga vai no chão, coluna vai nos cantos e laje pra cobrir. E ainda vai ficar tudo quadrado! Larga mão querida”

    Designer de Interiores: “Essa viga no meio do lounge ficou acabou com meu conceito clean! Tira tudo! E aquela arquiteta cafona!?… para mim não serve nem como jardineira! outra ráfia no meu projeto não!”

    kkkkkkkkkkkkkkkk

    Acho que todos ganhariam mais, inclusive e principalmente os clientes, se os profissionais todos trabalhassem juntos ao invés de ficarem cada um querendo se meter no que é competência do outro.

    Arquiteto desenvolve o conceito, o Engenheiro aprova e viabiliza, o Designer aperfeiçoa e diferencia! Todos os profissionais são importantes e devem trabalhar juntos!

    Se o cliente não quer pagar, este cliente deve ser dispensado.. pois o brasil é esta zona, porque profissionais de terceira categoria querem fazer “nas coxas” por pagamentos medíocres por obras de improvisadas.

    1. André

      Construir sobre mangue não é errado! Inclusive é um baita feito da engenharia, principalmente se for bem executado.

      Quanto a corrupção, este sim é um problema!

      Falando em termos de possibilidades tecnológicas, a estação de trens em Berlim, uma das principais da europa, foi feita abaixo do nível do lençol freático e do rio que que corta a cidade!

      Grande parte dos grandes centros do Rio de Janeiro, estão sobre áreas que originalmente eram mangue.

      Nesses projetos foram necessários diversos profissionais..urbanistas.. geotecnistas.. engenheiros de solo… engenheiros estruturais.. cada qual com sua contribuição técnica para que o projeto como um todo funcione.

      Eu apoio a Norma, e volto a repetir que o que deve ser confrontado no Brasil, é a Corrupção. Publica e privada! Isto sim fode com brasil. Não as Normas!

      1. Dinho Beltramini

        Profissional é tudo a mesma coisa?
        É necessário fixar alguns critérios para a contratação do serviço. O cliente deve abrir uma concorrência baseada em um projeto ou especificação que determine claramente o tipo de material que está sendo orçado e que este contemple a norma técnica aplicável. Deve também se certificar de que os produtos e sistemas participantes da tomada de preços são equivalentes em características e desempenho. Caso receba sugestões para alterar o especificado, e recomendável consultar o projetista. “O consumidor deve ser orientado para que analise a situação em nível de projeto, pois esta etapa é constituída de especificações (descrições e justificativas), desenhos, detalhes, planilhas com quantitativos, serviços e sugestões de critérios de medição, conforme preconizado pela NBR 9575/98”. Dicas de Projeto
        • Identifique as interferências de instalações e arquitetura, de modo a subsidiar o projeto de impermeabilização.
        • Consulte a NBR 9575, que está em revisão.
        • Coloque todos os projetistas em contato direto.
        • Contrate um especialista para o projeto de impermeabilização.
        • Observe se os materiais especificados atendem às normas técnicas.
        • Procure influir na coordenação dos projetos.

  13. Alexandre Madeira Cunha

    Isto é reserva de mercado para a doutrina da corrupção e venda de assinatura, seja qual for o objetivo desta norma, apesar de ser notória e válida a intenção, a prática não e coerente pois na busca de beneficio particular e de baixo custo os principais interessado praticam e patrocinam o processo obscuro. Normas nada mais são do que práticas de deveriam serem exercidas dentre todos os profissionais da mesma foram que a ética profissional dos administradores, proprietários, legisladores deveria. O que dizer do Shopping Iguatemi (Florianópolis) construído sobre o mangue. Foi preciso investimento de milhões em corrupção para o fim da obra… e que venha a COPA do mundo com seus elefantes brancos em áreas que nem para criadouros de pinto servirão após o evento .. e válido o movimento mais a corrupção é a Lei que impera.
    Somos berros dentro do vácuo, pois nada e feito se não houver uma valor de propina no cronograma financeiro e um capataz no físico.
    O pais julga todos nos como ignorantes, MEC, CREA e tentos outros, aprovam cursos e oficialização diplomações, credencia profissionais para que? Depois utilizar nossos diplomas como meros papeis higiênicos. Sou Técnico em edificações a mais de 20 anos no tempo que técnico era profissão cursada em 5 anos de estudo hoje a distância em 4 meses se tem a mesma titulação.. O que dizer dos Designs de Interiores e tantas outras profissões postas no ralo pela conveniência. E muito fácil expulsar da CREA uma categoria de profissionais que pagavam seus dízimos ao o órgão ou belo prazer dos que fazem da propina a profissão.

  14. JOAO

    parabens pelas colocações!
    sou dono de empresa que atua em SP há 23 anos no segmento de prestação de serviços de pintura e texturas.
    Imaginem o valor que deveremos cobrar pelos serviços agora.?!!!

    “”PERGUNTO-VOS!””
    – QUANTO OS ARQUITETOS E ENGENHEIROS DE “PLANTÃO” COBRARÃO POR UM DOCUMENTO COMO ESSE?
    SEM ACOMPANHAR A OBRA COMO A NORMA DETERMINA…
    QUE NOS SABEMOS QUE SERÁ ASSIM SE ISSO CONTINUAR E PEGAR…ESPERO QUE NÃO PEGUE COMO MUITAS LEIS NESSE PAIS…

    DEVE ACONTECE EXATAMENTE IGUAL AO QUE ACONTECEU COM “A EXIGÊNCIA DE RESPONSÁVEL TÉCNICO” ARQUITETO OU ENGENHEIRO, PARA OBTENÇÃO DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO NA CIDADE DE SÃO PAULO…
    OS PROFISSIONAIS CITADOS ACIMA, COBRAM A PARTIR DE R$ 500,00 O TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA , SEM NEM CONHECER O LOCAL NEM TER A MENOR CIÊNCIA SE O IMÓVEL EXISTE MESMO!

    É ISSO..

  15. Valdemir

    Senhores, como Sindico e Engenheiro, apoio a NBR 16280/2014. Pois estou tentando evitar a sobrecarga de lajes e posterior deformação da estrutura de um condomínio com apenas 2 anos. Pois devido ao exercício ilegal da profissão, um empreiteiro de bairro nivelou 10 cm da varanda dos apartamentos em mais de 40% do prédio. Estou falando de 150 Tonelas não previstas no calculo do edifício. Isto devido a obras ilegais realizadas dentro de residências sem possibilidades de fiscalização.

    1. Daniel

      Caro Amigo,
      Você é engenheiro, mas quantos síndicos o são?? Quando emitimos um laudo o sindico que não é engenheiro terá que submeter este laudo a um engenheiro e pergunto: Quem paga a conta? Eu não pagaria, esta em dúvida o ônus de tirar esta dúvida cabe a quem quer tirá-la e não de quem já esta gastando horrores com a reforma e ter que arcar com mais este custo. Pense bem você aprendeu em seu curso que tem que se ter COERENCIA, cada caso é um caso, não trate TUDO como errado. Nosso amigo Paulo só está alertando para que não se tenha abusos e radicalismo como pregoa alguns partidos políticos deste país.

    2. SEBASTIÃO

      Apoiado, Valdemir. Só estou aqui agora consultando sobre o assunto justamente porque houve um vazamento no teto de gesso de uma suíte do meu Ap, vindo do andar superior, em razão de uma obra executada por um “orelhudo”, um “empreiteiro de beira de estrada”. E tudo isso num edifício cuja ocupação foi liberada em Nov/2012. Embora haja os que queiram condenar a nova lei, existem aspectos jurídicos atinentes à responsabilidade do executante, do síndico, que devem ficar bem definidos. Por exemplo, os indignados aqui condenam a norma encarando o trabalho a ser executado somente sob o foco da execução, do trabalho a ser feito. Mas existe a questão do tempo de duração da obra, que também deve ser contemplado no projeto de execução. E isso também está acontecendo nessa obra do Ap acima do meu. Tenho sido obrigado a suportar o barulho infernal de uma furadeira de alta potência por semanas a fio, sem ter a quem reclamar. Portanto, não obstante as opiniões contrárias, essa norma já deveria ter sido aprovada há muito tempo. Isso é apenas um começo.

    3. Izaura Benigno da Cruz

      Que boa sua manifestação. Acho justo que a prevenção seja o norte do trabalho de qualquer um e não sou contra a norma. Entretanto, os preços cobrados por colegas de sua profissão não são baixos e isso também precisaria entrar na conta e na avaliação. Ademais, na norma tudo trata de empresas especializadas ou capacitadas. Como se dará na prática? O cara terá que abrir uma empresa e quem dirá que ela é capacitada? Isso está claro? Certamente haverá burla à norma como antes.

      1. Izaura Benigno da Cruz

        Paulo como disse acima meu marido é pintor e azulejista. Não tinha pensado na profissão de vcs porque não sou da área. Sou solidária porque quem manda é o capital. Meu marido conta histórias de engenheiros na obra que fazem chorar de rir por conta da falta de conhecimento do dia a dia mesmo da obra como disse acima Fernando Salles. Torço para que essa batalha seja vencida. Abraços

  16. Prezado Professor Paulo Oliveira,

    Sensibilizo-me com sua carta e sou totalmente apoiador de sua opinião. Também sou Designer de Interiores, filho de um pedreiro/encanador, nascido e criado na obra, fui professor e atuante na área de design, mas atualmente trabalho como autônomo, porém em outra área – sou técnico eletricista formado. Antes de entrar na profissão de eletrotécnico eu executava pequenos projetos de design de interiores. Em 10 anos de profissão e contato com a área de reformas, e mais 20 anos de histórias que escuto vindas do meu pai – essa nova norma é, com certeza, o maior absurdo que já ouvi ser divulgada na alienadora Globo e na atrasada ABNT. Não vou nem comentar a respeito das entrevistas com o tal advogado de condomínios e do Designer que perdeu seus bens, pois fica evidente que são apenas ferramentas de manipulação de interesses políticos da emissora.

    A questão que me preocupa é parecida com a que te faz indignar: como ficarão os profissionais (toda a gama de prestadores de serviços autônomos) com essa nova [pobre] norma? Quer dizer que agora somente arquitetos/engenheiros serão donos da verdade? Pois então isso começa mais que errado, não é? Afinal para nós que somos do ramo, prático e teórico, é mais que sabido que os verdadeiros conhecedores da reforma/obra são aqueles que realmente põem a mão-na-massa e que trabalham com isso. Ou então a ABNT quer dizer que é o arquiteto que irá rebocar uma parede ou engenheiro que colocará o forro de Drywall?

    Em vez deles criarem mecanismos para acabar de uma vez por todas com a venda de assinaturas em ARTs, eles facilitam para que isso fuja do controle. Imagine a quantidade absurda de arquitetos/engenheiros – principalmente recém-formados – vendendo suas assinaturas sem sequer saber em que solo estão pisando. PIOR QUE TUDO ISSO, pessoas como meu pai, que jamais derrubariam um prédio através de procedimentos de reforma (ainda me pergunto como alguém consegue essa proeza) serão prejudicadas integralmente, pois muitos “leigos” e cidadãos alienados da Globo, sem sequer saber as dimensões de uma contratação e dos procedimentos de uma obra, exigirão um projeto e uma ART para a simples troca de um piso ou para pintar uma parede – algo que é feito há centenas de anos por pedreiros – em vez de contratarem um Designer de Interiores ou bom mestre de obra ou simplesmente um bom profissional de obra com um bom histórico.

    Sem querer ter bola de cristal, mas com certeza, na maioria dos casos em que houve acidentes envolvendo reformas, é certeza que houve uma “contratação de custos”, ou seja, o contratante só pensou em custos, não pensou em qualidade, segurança e muito menos teve a vontade em saber diferenciar prestadores de serviço de aventureiros.

    Um absurdo desse sem tamanho só pode acontecer aqui mesmo, onde os conselhos de classe e órgãos de fiscalização funcionam apenas para defender interesses próprios.e caminhar com o partido que está a montante.

    Eu agradeço por isso não ter virado Lei, pois mesmo sabendo que serei prejudicado, assim como meu pai e outros tantos, inclusive você e seus alunos, sei também que construímos nosso público fiel a partir de bons serviços, qualidade e dignidade. E digo mais, sem nós, profissionais de base, não tem obra que se resolva com projeto ou assinatura de qualquer natureza.

    Estou com você e todos que quiserem se manifestar contra essa nova [burra] norma favorecedora de reserva de mercado.

    Abraço

    1. Izaura Benigno da Cruz

      Meu marido é azulejista e pintor. Isso muito me preocupa também. Em nossa casa fizemos uma reforma e fomos pedir um orçamento. O Engenheiro quis cobrar 500 pra visitar. A empresa queira 5 mil pelo projeto. Não li a norma porque ainda por cima é paga. Lendo alguns sites que fizeram um resumo dela vi que o síndico para aprovar a obra tem que ter, obviamente, um respaldo de um profissional arquiteto ou engenheiro. O condomínio no qual moro arrecada pouco mensalmente e aí já viu. É um absurdo mesmo

  17. GloriA oliveira

    Sinceramente não compreendo! Sou aluna do primeiro semestre do curso de design de interiores no iesb em Brasília. Hj falamos do assunto entre os alunos, alguns pensam em desistir do curso, outros querem se engajar nessa voz dos desingners que parece pouco expressiva, O que fazer afinal?

    1. Marcelo

      Senhores, é necessário que se interprete os requisitos da norma em referência. Acabei de receber um informativo do síndico do meu condomínio que, até pintura devo comunicar. Pasme!!!!

      Li a norma e não há nenhuma referencia quanto as alterações no interior do imóvel que não comprometam a estrutura do edifício. “Obvio”.

      O quê esta ocorrendo “como ocorre com todas as normas em geral” é a interpretação errônea dos seus requisitos.

      Tranquilizem-se estudantes e profissionais da área de design.

      ” A norma aplica-se a alterações que afetem as condições estruturais do edifício e “SÓ”.

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