My Reader 6/11/2010

Bom, vou começar uma série de posts nesse estilo para compartilhar com vocês um pouco sobre o que ando lendo pela web, aqui em meu reader.

Vamos lá então?

1 – No Arch Daily, dois posts me chamaram a atenção hoje:

primeiro o TED Prize-winner JR com suas impressionantes instalações fotográficas levando beleza e, em muitos casos, humor para as ruas das cidades seja em muros, fachadas, áreas degradadas ou qualquer outro ponto. Belíssimo trabalho, merecedor do prêmio.

Depois o Tourist Stop Hardanger Fjord do Huus Og Heim Architecture. Um belíssimo exemplo de projeto para o que chamamos por aqui de Ponto de Apoio Turístico. Mas infelizmente, assim como o nome feio que recebe por aqui no Brasil, os projetos são geralmente ridículos de feios. Quem sabe um dia cheguaremos a esse nivel de projeto.

2 – Do excelente blog de minha amiga Marcia Nassrallah, um excelente post sobre casa acessível. Um post muito bem elaborado sobre como devemos pensar os projetos que realizamos. Não somente visando o hoje mas também pensando e prevendo questões futuras que poderão tornar os ambientes inviáveis. São as casas para uma vida inteira, alguns cuidados que devem ser considerados na hora de projetar.

3 – No Kuriositas um post com mais uma bela apresentação em vídeo sobre mapeamento arquitetural, trabalho de Lighting Design e Arte digital: The LightLine of Gotham.

4 – No deliciosamente machista Papo de Homem, uma cobertura excelente sobre o Salão do Automóvel, em especial um post para aqueles que assim como eu, adoram os carrões.

5 – Do sempre excelente e muito crítico Urbanismo: ainda mais negligências, um post fora do contexto do blog falando sobre as problemáticas RTs. De forma simples e curta a Mary conseguiu levantar alguns pontos fundamentais e suas consequências possíveis. O que fazer?

#pausa… sinceramente não sei pq continuo seguindo alguns blogs…. #pensandoalto

5 – Já no Born Rich – que sepois que eu li o livro A Linguagem das Coisas, passei a vê-lo como um desserviço ao Design pela futilidade de muitas coisas ali – continuo acompanhando pelos excelentes projetos de interiores de embarcações e aviões, como este aqui, realizado pela empresa International Jet Interiors de New York.

6 – No sempre excelente Brainstorm9, confesso que ri muito com esse vídeo sobre o Serra e a Dilma pós-eleições.

7 – Do ChairBlog, uma verdadeira biblioteca sobre este móvel, um post apresentando o trabalho incrível do Sebastian Brajkovic. São peças muito inusitadas que brincam com a sensação motion gerando cadeiras e poltronas muito interessantes. A impressão é de uma foto tirada movimentando o objeto, ou esticando-o, deformando-o. Não sei se são confortáveis, ergonômicas ou seguras, mas que são lindas são!

8 –  Já o Contemporist, apresenta um grupo que trabalha com paisagens urbanas: o Urban Landscape Group. Vale a pena a visita ao site deles pois tem uns projetos incríveis para áreas públicas e algumas intervenções e/ou soluções bastante interessantes como a apresentada no post para iluminação de uma via pública.

Por hoje está bom né pessoal?

Depois volto com mais news e infos pra vocês sobre o que ta rolando pelo meu reader.

Abs e um excelente final de semana!

ainda sobre ilusão e percepção visual

Já postei vários projetos aqui que, através da luz, buscam alterar a percepção do que vemos sejam construções, elementos urbanos ou interiores.

Com equipamentos pesados e caros conseguimos efeitos absurdos assim como com equipamentos simples.

Tudo dependerá da capacidade criativa do Lighting Designer.

Aqui, apresento um projeto de fotografia que usa o light graffiti de uma forma surreal ao alia-lo com outro elemento artístico: o stencil.

Se pararmos para pensar, isso não é nada difícil de ser transportado para o universo do LD. Basta os equipamentos certos que consegue-se essa ilusão “maluca de bela” ajudando a embelezar áreas abandonadas das cidades.

Vejam as idéias:

É claro que para conseguirmos estes efeitos no LD será necessário um elemento fundamental: o mapeamento.

É, me refiro exatamente ao mesmo tipo de trabalho que postei tempos atrás sobre mapeamento arquitetural aqui neste post.

Ah quem dera se no Brasil nossos governantes fossem sérios e tivessem um mínimo de bom gosto implementando obras que visem o embelezamento urbano…

Imagens via: oddstuffmagazine

Projeção arquitetural

No post anterior mostrei um vídeo de mapeamento arquitetural. No Mapeamento, buscamos as formas arquitetônicas e trabalhamos a luz em cima destas.

Na Projeção, as formas nem sempre são respeitadas, mas as percebemos sempre.

Observem agora estes com projeção arquitetural (alguns tem elementos de mapeamento):

Mapeamento arquitetural

Já postei aqui no blog tempos atrás sobre mapeamento arquitetural, um trabalho que envolve Lighting Design e Design de Interação.

Prestem atenção neste vídeo:

Tudo bem, estão pensando: “Ah mas isso foi feito dentro de uma sala usando módulos…”

Ok, vejam então a aplicação arquitetural disso neste próximo que mistura mapeamento com projeção:

E neste aqui também:

É…

Não temos como negar que a luz nos surpreende a cada lumen liberado.

Rhein Partie

É, as festas da iluminação estão ganhando o mundo. Só aqui no Brasil que não acontece nada…

Desta vez foi o Vale de Loreley, na Alemanha, que rendeu-se aos encantos da luz. Na verdade esta é uma mostra mais artística onde foram trabalhadas projeções sobre a paisagem, montes, construções, ruínas e outros elementos às margens do Rio  Reno. O resultado é surpreendente:

Neste trabalho, temos projeções de palavras sobre uma colina.

Aqui temos uma pesquisa da história das ruínas do Castelo de Rheinfels, a montagem grafica e de projeção (com mapeamento arquitetônico) de um filme contando esta história. Musica, imagens e luz.

Neste uma homenagem à reunificação da Alemanha.

Projeções urbanas.

Mais projeções sobre ruínas.

Mapa de localização das instalações.

Infelizmente, para quem vai viajar pra lá, a mostra já foi encerrada, Mas ano que vem, no mês de outubro acontecerá novamente. Então, agende-se.

DESIGN DE INTERAÇÃO

O Design de Interação surgiu como um recurso tecnológico pelo qual, com a utilização da multimídia, os produtores pudessem tornar os shows artísticos mais atrativos para o público. Além das projeções em telões de imagens ao vivo, começaram a surgir novas padronagens em lighting design através de grafismos, psicodelismos, vídeo-clipes e interação entre platéia e palco através de mesas digitais e, mais recentemente SMS.

Após essa fase, o Design de Interação começou a ser explorado tendo como base os filmes de ficção científica onde vemos coisas acontecerem que por vezes pensávamos que seria apenas para meados de 2050. Mas os avanços tecnológicos nos trazem para hoje estas possibilidades.

Os museus foram os primeiros espaços a adotar esta interação como meio de tornar a visita ao espaço museológico algo mais prazeroso, sensitivo e didático uma vez que não apenas olhamos a certa distância os objetos mas sim, temos a oportunidade de interagir com os mesmos sejam estes objetos reais ou virtuais.

Como isso pode ser transportado para ambientes residenciais, comerciais e institucionais é o ponto “X”.

Dentre as diversas linguagens utilizadas e disponíveis hoje pelo Design de Interação apresentarei algumas que podem ser transportadas para Interiores e Ambientes:

1 – Projeções Arquiteturais: as projeções arquiteturais podem ser realizadas com diversas finalidades dentre as quais destacamos as projeções de logotipos, telas artísticas, grafismos culturais e projeções de textos. Através deste recurso, temos a possibilidade de interagir/educar os usuários com projeções de telas artísticas, poemas e textos diversos enfim, qualquer coisa que quisermos.

2 – Mapeamento com Projeções: este tipo de projeção visa enaltecer elementos arquiteturais através da aplicação de imagens recortadas com a forma exata sobre os mesmos. Ela pode ser estática ou dinâmica onde vários grafismos intercalam-se sequencialmente.

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3 – Super Teto: o uso do super teto geralmente torna-se o ponto principal do sistema de iluminação do ambiente por suas características luminosas e dinamismo. Nele são mostrados grafismos diversos, em imagens dinâmicas e animações especialmente criadas para este cenário. Uma deliciosa brincadeira de luz, imagens e sensações.

4 – Telas Semi-Transparentes Interativas: Esta tela é um painel de vidro – ou tela LCD TouchScreen – onde é apresentado um programa multimídia especialmente desenvolvido para o espaço. Nesta interação o visitante pode escolher entre diversas opções como por exemplo, numa loja: conhecer a história da empresa, visualizar álbuns de imagens dos produtos, relatos em vídeo de clientes sobre a empresa, vídeos de desfiles e ações publicitárias, passeio turístico virtual pela cidade, entre várias outras opções.

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5 – SMS: através de uma moderna tecnologia, hoje podemos interagir com os espaços elaborados e seus usuários com os princípios do Design de Interação através de dispositivos móveis. O usuário manda uma mensagem SMS – torpedo – para um determinado número de celular e a sua mensagem é automaticamente projetada sobre uma superfície – parede.

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APLICAÇÕES RESIDENCIAIS, COMERCIAIS E INSTITUCIONAIS DO DESIGN DE INTERAÇÃO.

Como exposto acima, as aplicações do Design de Interação vão além daquelas destinadas a shows e espetáculos. Ela pode sim – e deve – ser também aplicada em residências e pontos comerciais aliada aos processos de automação.

Muitas vezes, por insegurança, vemos pessoas guardando suas obras de arte mais valiosas em cofres de bancos ou até mesmo emprestando-as para museus em busca desta segurança. Com o Design de Interação podemos ter o objeto material sem expô-lo a riscos de assaltos, incêndios e outros. As imagens das telas são fotografadas em alta resolução e depois projetadas sobre paredes. Isso garante, além da segurança, uma maior versatilidade pois podemos ter não uma tela estática, mas sim várias de forma dinâmica o que altera o clima do espaço/ambiente conforme a imagem que está sendo projetada.

Com as telas interativas – touch-screen – encontramos uma variedade enorme de aplicações para as mesmas. Aplicações estas que vão desde uma tela porta retrato onde o usuário pode dispor de todas as suas fotos de forma dinâmica e interativa até mesmo com programações mais elaboradas como intercomunicação entre os ambientes da edificação. Há também a possibilidade de elaborar agendas eletrônicas, listas de compras enfim, incontáveis benefícios para o usuário seja residencial, comercial ou institucional.

As projeções arquiteturais através do mapeamento visam transformar os ambientes sem que seja necessário realizar alterações arquitetônicas. Através das imagens modificamos totalmente um ambiente como um todo ou em determinado detalhe da construção – por exemplo, uma coluna.

Também há a possibilidade da interação entre os usuários da construção através de um sistema de comunicação com projeções. Se o filho está numa festa e vai atrasar para chegar ele pode mandar uma mensagem SMS para o numero da casa e esta mensagem irá ser projetada em determinados pontos da casa como um aviso aos pais para que fiquem mais tranqüilos. Já em casos de comércio e sedes institucionais encontramos uma vasta gama de aplicações deste recurso como, por exemplo, numa clínica médica, a substituição da chamada oral ou através daqueles painéis com números e senhas. Aqui o nome do paciente é projetado num espaço determinado, já indicando a sala que deve dirigir-se. Ou ainda na sede de uma empresa, uma reunião de emergência é solicitada pelo presidente e todos os diretores visualizam em suas salas a convocação para a mesma.

Estas são apenas algumas aplicações que o Design de Interação pode colaborar com um projeto de Design de Ambientes. Muitas outras também são possíveis. Basta conhecer as possibilidades e usar e abusar da sua criatividade na hora de projetar.

Para saber mais acesse o site do SuperUber. As imagens e vídeos são deles.