PROJETO COMBOIO UNOESTE – CARRETA ARTISTÍCA

Por:

Lisleângela de Carvalho Leite

Luís Otávio Sanches Barreto

Maísa Bianchi Vieira

 

Projeto apresentado à disciplina de Projeto de Ambientes Institucionais e Serviços, ministrada pelo Prof. Esp. Paulo Oliveira ao 3° termo do curso Superior de Tecnologia em Design de Interiores da UNOESTE.

 

BRIEFING

  • Empresa: Instituição Unoeste;
  • Finalidade: Levar conhecimento/cultura para cidades da região em um caminhão;
  • Tipo de caminhão: Caminhão Truck, bitrem.
  • Estilo: Artístico (teatro, música e dança);
  • Publico alvo: Moradores de cidades com carência de cultura;
  • Sexo: Feminino e masculino;
  • Idade: todas as idades;
  • Classe social: Todas as classes sociais com foco nas menos favorecidas;
  • Escolaridade: Todas as escolaridades, com foco nas menos favorecidas;
  • Programação visual: adesivagem no baú;
  • Conceito: Arte;
  • Modelo de palco: Palco tipo Italiano;
  • Capacidade de assento de lugares : 236 lugares;
  • Camarins: capacidade para 08 pessoas, no mínimo;

PROBLEMA

O trabalho refere-se ao projeto de um caminhão truck onde seu baú deverá ser adaptado para atender todas as necessidades de um Teatro móvel, o qual também terá apresentações de música e dança. A Instituição UNOESTE visa levar com seu truck das Artes cultura para todas as cidades da região.

Este trabalho busca apresentar procedimentos para o tratamento acústico de baú buscando analisar o uso adequado de materiais acústicos e condições que permitam à a inteligibilidade e audibilidade plateia, relatando formas e tamanhos adequados de aberturas, utilização de elementos decorativos com aplicações corretas de materiais difusores e absorventes, localização adequada caixas de som e mesa de som e iluminação, tempos de reverberação em relação a volume e finalidades especificas para a atividade a ser desenvolvida.

O QUE É?

Teatro

O termo teatro deriva do grego theatrón, que significa “lugar para contemplar”. O teatro é um dos ramos da arte cénica (ou performativa), relacionado com a atuação/interpretação, através do qual são representadas histórias na presença de um público (a plateia). Esta forma de arte combina discurso, gestos, sons, música e cenografia.

É uma forma de arte na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. Imprimir dramaticamente às próprias palavras e/ou atitudes, para suscitar comoção ou interesse.

Pode expressar a realidade. Neste caso, torna-se instrumento de divergência, advertência, ensinamento, documentação e instrução. As formas pelas quais se desempenha essa missão são diferentes e variadas.

Dá-se o nome de dramaturgia à arte de escrever peças de teatro, sendo o dramaturgo a pessoa responsável pela composição dos textos.

Existem muitos gêneros de teatro, dentre os quais destacam-se: auto, comédia, drama, fantoche, ópera, musical, revista, tragédia, tragicomédia.

Dança:

É a arte de movimentar expressivamente o corpo seguindo movimentos ritmados, em geral ao som de música. O significado da dança vai além da expressão artística, podendo ser vista como um meio para adquirir conhecimentos, como opção de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da criatividade e importante forma de comunicação. Através da dança, uma pessoa pode expressar o seu estado de espírito. A dança pode ser acompanhada por instrumentos de percussão ou melódicos, ou ainda pela leitura de diferentes textos.

Música:

É a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No sentido amplo é a organização temporal de sons e silêncios (pausas). No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais.

A música é uma manifestação artística e cultural de um povo, em determinada época ou região. A música é um veículo usado para expressar os sentimentos.

A música evoluiu através dos séculos, resultando numa grande variedade de gêneros musicais, entre eles, a música sacra ou religiosa, a erudita ou clássica, a popular e a tradicional ou folclórica. Cada um dos gêneros musicais possui uma série de subgêneros e estilos.

NECESSIDADES

Espaço cênico: O assunto principal deste elemento é o Palco. A primeira parte desta série de matérias será sobre os diferentes tipos de palcos e suas histórias.

Cenografia: Cria e transforma o espaço cênico. Técnica que organiza os elementos que representarão os lugares onde acontecem as cenas, as ações.

Iluminação: Parte técnica muito importante para o teatro, pois através dela é possível ambientar as cenas e ampliar as emoções que estarão contidas nas mesmas.

Sonoplastia: Técnica que une um conjunto de sons (vocais ou instrumentais) para destacar ações de uma cena. A música tem função semelhante à iluminação: enfatizar cenas, emprestar-lhes maior ou menor conteúdo dramático e reforçar os sentimentos expressos pelos atores.

Figurino: Conjunto de acessórios e vestimentas, usados pelos atores em cena, que facilita a compreensão dos personagens. Possui funções específicas no contexto, como marcar a própria presença, chamar a atenção e dar destaque a determinadas partes do corpo.

Maquiagem: Elemento fundamental, que faz parte da composição do espetáculo, auxiliando na criação do personagem e na transformação estética dos atores, servindo também para fazer modificações da aparência do rosto ou de partes descoberta do corpo, a fim de adequar essa aparência aos efeitos singulares das luzes de cena.

CORRELATOS

O presente projeto utilizou ambientes arquitetônicos de teatros, bem como teatros móveis para entender as necessidades das atividades que ocorrem nesses espaços. Foi observado que tais atividades exigem ambientes específicos, tais como: caixa cênica, coxia, camarins, plateia, equipamentos de som e luz, entre outros.

Esses espaços dependem de materiais que ajustem os efeitos de forma flexível, pois trata-se de espetáculos culturais que envolvem a necessidade acústicas de forma inteligível em situação itinerante.

Entretanto, os projetos de tetros móveis observados utilizam pequenos espaços e de forma improvisada.

Nota-se que através de estudos e análises, o profissional de Design de Interiores pode atuar de forma a atender as necessidades desses ambientes móveis, sem perder a qualidade oferecida nos ambientes arquitetônicos.

Assim, o presente projeto teve como desafio ajustar o baú do truck para ganhar espaço nos ambientes. Por maior que fosse o baú escolhido ainda não atingia a proporção desejada nesse projeto. Através do sistema hidráulico pode-se alcançar a expansão desejada da caixa cênica e demais espaços.

Para isso, foi necessário estudos de sistemas hidráulicos, trilhos, formas de aberturas com embasamentos em empresas especializadas em maquinas que existe uma variedade de suportes nesse sentido, o que demonstra ser possível e viável tal utilização no presente projeto. Ressalta-se que são necessários profissionais competentes da área de engenharia elétrica e mecânica para executar tal projeto juntamente com o Design de Interiores.

Portanto, este projeto utilizou as experiências já realizadas nesse sentido e adequou de forma ousada, flexível e segura atingindo assim resultados satisfatórios quanto ao atendimento das necessidades oriundas das atividades artísticas desse projeto.

DIFERENCIAIS SOCIAIS

Para o público alvo de Prudente e região temos gostos ecléticos, mas o sertanejo e a moda de viola estão ligados às raízes das famílias que viveram no campo e da cultura agropecuária, assim como, eventos regionais influenciaram com musicas de axé (trio elétricos). Em algumas localidades ou bairros afastados, há também a predominância do funk e Rap. No caso de público infantil, teatro, danças e musicas que levam conhecimento em geral, os folclores e clássicos infantis.

O teatro pode se desenvolver em vários níveis: na socialização, criatividade, coordenação, memorização, vocabulário. Ajuda a expressar, comunicar, e também a perceber traços da personalidade, do comportamento individual e em grupo, do seu desenvolvimento. O teatro também ajuda na cooperação e na socialização, pois envolve o grupo inteiro.

Pode ser um instrumento para educar, preparar para a vida prática na sociedade e ao mesmo tempo proporcionar lazer.

A música propicia a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser.

No que diz respeito à dança, esta não se resume em aquisição de habilidades, mas sim, contribui para o aprimoramento de habilidades básicas, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo. Segundo os PCNs ( 2003), a dança é uma forma de integração e expressão tanto individual quanto coletiva, em que o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. Ela atua como elemento transformador, pois, sem dúvida, promove em quem dela participa a aceitação de si mesmo e uma maior receptividade nos relacionamentos com os outros, mediante o envolvimento que se estabelece num trabalho prático.

 

OBJETO BASE DO PROJETO

Bitrem ou treminhão:

01

É uma combinação de veículos de carga composta por um total de seis eixos, que permite o transporte de um peso bruto total de 57 toneladas. Os semirreboques dessa combinação podem ser tracionados por um cavalo-mecânico trucado.

O baú do projeto terá comp. 14m, alt. 3,37m e larg. 2,60m. O primeiro baú terá um sistema de gaveta hidráulica horizontal que amplia a largura total do mesmo para o lado esquerdo, que por sua vez, abre outra gaveta, no sentido vertical, dando altura para a caixa cênica (para o palco). Esses deslocamentos serão dados pelo sistema hidráulico. haverá também o deslocamento horizontal da lateral direita para proporcionar mais profundidade e condições de alocar adequadamente a cozia e os camarins.

Escolheu-se esta carreta para nosso tema, teatro, por haver a necessidade de espaço para acoplar todos os materiais necessários para os efeitos (tanto em comprimento, largura e altura). E como utiliza-se materiais muito pesados, pensou-se na que melhor suportaria esta carga. A escolha de um bitrem (segundo baú) é dada pela necessidade de um baú para guardar as arquibancadas retráteis, e o material que usará como piso para a mesma, caixas de som, tenda, dentre outras necessidades.

MEMORIAL TÉCNICO

O tema deste projeto é a Arte onde engloba o Teatro, a música e a dança, onde serão adaptados os baús de um bitrem com comp. 14 m, alt. 3,37 m e larg. 2,60m. O primeiro baú terá uma “gaveta” de 10 m centralizada que se abrirá para o lado esquerdo ganhando profundidade e outra dentro desta, abrindo-se para cima proporcionando a altura para a caixa cênica. Os dois metros intactos do baú que sobram para os lados estarão os banheiros no mesmo sistema dos de ônibus. Para a abertura que dá largura para os camarins tem-se a mesma ideia da abertura do palco, abre-se como outra gaveta na lateral direita do baú, com a mesma medida de 10 m. Esses deslocamentos serão todos dados por sistemas hidráulicos. Ainda lembrando-se que na traseira do baú tem-se uma porta com altura total do mesmo (descontando-se as medidas do piso e de teto) e sua largura de 1,48 m. A fixação destas aberturas é dada pela plataforma tucklift horizontal o qual é formado por um sistema hidráulico compacto e provido de válvula de segurança. Observe as imagens para entender o sistema:

A

Baú fechado.

Palco: etapa 1.

Palco: etapa 1.

Palco: etapa 2.

Palco: etapa 2.

Palco: etapa 3.

Palco: etapa 3.

Palco aberto: Vista superior.

Palco aberto: Vista superior.

Camarins: baú fechado.

Camarins: baú fechado.

Camarins: etapa 1.

Camarins: etapa 1.

Camarins abertos: Vista superior.

Camarins abertos: Vista superior.

Escolheu-se esta carreta para tal tema, por haver a necessidade de espaço para acoplar todos os materiais necessários para os efeitos (tanto em comprimento, largura e altura). E como utiliza-se materiais muito pesados, pensou-se na que melhor suportaria esta carga. A escolha de um bitrem é dada pela necessidade de um segundo baú para guardar as arquibancadas retráteis, o material que usará como piso portátil, caixas de som, tenda, dentre outras necessidades.

Valendo-se ressaltar que o projeto teve parceria de engenheiro mecânico para analisar a proposta da parte estrutural da carreta.

Fazendo parte da composição do teatro tem-se os Mecanismos Cênicos, onde as varas de iluminação, cenário e vestimentas são movimentados para a montagem de cada apresentação, fixação de cenários, refletores, etc. Esses mecanismos de suspensão são constituídos em sistemas motorizados, pois apresenta maiores condições de segurança e operabilidade. O sistema de motorização consiste em varas ajustáveis através de motores e tambores de recolhimento de cabos, que são simplesmente comandadas por um quadro touch-screen. Juntamente com esta motorização, fez-se a automação dessas varas tornando-se um sistema seguro, onde qualquer peso excedente faz com que o sistema inteiro pare. Esses mecanismos ajudam na fácil configuração e instalação do espaço cênico para abrigar uma variedade de espetáculos.

A Vestimenta Cênica tem como destaque protegendo o palco a cortina de boca e o lambrequim. A cortina de boca é instalada na abertura da boca de cena, podendo ser utilizadas diversas formas de aberturas de acordo com o tipo de apresentação que será realizada. O lambrequim tem um corte reto e é ajustável em sua altura para ajudar a esconder da plateia os equipamentos instalados no teto e dando também o acabamento a cortina de boca. Dentro da caixa cênica já estão os reguladores, que se dividem em horizontal e vertical, cuja função é definir a altura e largura da boca de cena em cada apresentação. Em seguida temos as pernas que estão localizadas nas laterais do palco e escondem o que acontece nos espaços da coxia. Já as bambolinas que são penduradas em varas de cenotecnia ocultam da plateia as varas de cenário quando recolhidas, ou as varas de luz. Essas varas de cenotecnia se dividem basicamente em 3 tipos: as varas de iluminação, responsáveis por comportar os refletores de luz; as varas de cenário, e as varas de vestimenta cênica que se subdividem em: as bambolinas, as pernas laterais, a rotunda e o ciclorama. A Rotunda consiste em um pano de fundo com a função de delimitar a profundidade do espaço cênico no palco, e o Ciclorama que consiste em uma tela branca que tanto pode ser usada para efeitos com luzes, como para ser projetados filmes e imagens a partir de um sistema de reprodução. E por fim tem-se a concha acústica constituída por peças de madeira em que se encaixam com sistema macho-fêmea com a finalidade de refletir o som para plateia.

O tratamento da qualidade sonora interna é denominado tratamento acústico e incide no acabamento que é dado às paredes com o intuito de diminuir a reflexão das ondas sonoras dentro do ambiente interno, (fenômeno de reverberação) com o desígnio de melhorar a inteligibilidade do som. Sendo assim, foi utilizada como revestimento de chão para o palco, local das apresentações feitas, a madeira freijó, uma madeira resistente e ao mesmo tempo não muito dura. Para instalação construiu-se uma estrutura metálica para a colocação dos barrotes e eventualmente do assoalho. Já para as áreas da coxia e camarins foram dispostos o carpete, qual preenche duas funções: para revestir pisos e para absorver o som, assim evitando que toda a correria interna não venha a chegar à plateia. A capacidade do carpete em absorver sons (música, vozes) é de até 10 vezes maior a dos outras espécies de revestimentos. Além disso, consegue-se diminuição de ruídos de superfície (impacto de quedas, arrastar, andar) o que faz do carpete um ótimo isolante acústico. Eles são também muito seguros, evitam escorregões e deslizamentos que podem provocar quedas com efeitos mais ou menos sérios. E, mesmo que elas ocorram a sua capacidade de amortecer é superior a dos outros tipos de revestimentos.

Outro elemento que compõe os bastidores são as placas acústicas utilizadas nas paredes e teto. Elas proporcionam uma ótima acústica e são sustentáveis. As referidas placas harmonizam a nitidez das palavras e o conforto, reduzindo os níveis de ruídos dos ambientes. A sua geometria superficial adapta a difração do som, ou seja, reduz a distorção das ondas causadas por obstáculos, enquanto sua estrutura celular promove absorção sonora através do atrito. Sua excelente capacidade de absorção é graduada pelas diferentes espessuras, dando a redução de ruído e conforto acústico.

Comumente, o tratamento acústico interior é feito com materiais leves e porosos, com boa idoneidade de absorção, tais como espuma, tecido ou carpete, por contraste com os materiais pesados usados para isolamento acústico. Estes materiais em geral são eficientes para absorver agudos, por terem tamanhos de onda pequenos, e assim qualquer pequena irregularidade do material é capaz de atenuar a energia da onda sonora. Já no caso dos graves, é necessário designar dispositivos compatíveis com os tamanhos de ondas grandes, o que é feito com painéis específicos de amortecimento que vibram com os graves e também concentram a energia dessa vibração, não retornando a onda ao espaço.

Quanto mais perto as caixas de som estiverem com o publico, menor será a necessidade de aumentar o volume do equipamento, sem dizer que o publico também abafará uma boa parte do som emitido pela fonte sonora. O som se propaga em linha reta em todas as direções, sendo assim, o lugar deve ser estudado para a locação ideal das caixas de som, as quais devem ser dispostas e norteadas de forma a diminuir a vazão do som.

Outro componente de suma importância é o tratamento feito a partir da cabine de comando, capaz de regular de várias maneiras as configurações de áudio do palco e da plateia, deixando configurações pré-determinadas.

A Cabine de Comando é composta por mesas de comando de luz cênica e som, os equipamentos de áudio e os painéis de controle da luz da plateia.

É essencial a iluminação aplicada no espaço cênico, devendo ser inteiramente controlável e flexível, de forma que se habituem às mais diversas apresentações que o espaço puder comportar. Por isso, a dimerização dos pontos de iluminação cênica é imprescindível. Os dimmers são unidades de potência que proporcionam o controle da luz com intensidades variáveis em todos os refletores, a cada cena. Estes são programados e controlados diretamente da cabine de comando durante uma apresentação.

Outro elemento indispensável são estruturas metálicas para dois outros elementos usados nos teatros. A primeira delas é a varando de palco, que são estruturas metálicas levantadas nas laterais e nos fundos do palco para manobra e manutenção na parte elevada do palco. A outra é a passarela, que são construídas em estruturas metálicas acima da plateia, tendo como emprego permitir o acesso às varas de iluminação e os refletores de luz.

Mundo hipócrita

Assista ao vídeo a seguir. Depois leia o que coloco.

Pois bem, o vídeo mostra claramente como as pessoas são hipócritas e misteriosamente “deixam de ser” quando há algum interesse particular em jogo.

No vídeo temos duas situações distintas porém semelhantes e que demonstram claramente a hipocrisia que existe no ser humano.

Primeiro, um ser prestativo, ajuda a comunidade num momento de dificuldade inclusive protegendo crianças. Quando a tormenta passa e esta comunidade não precisa mais de sua ajuda, simplesmente deixam aflorar o que há de mais bizarro no ser que se diz humano: o lado animal, irracional, intolerante.

Depois, hipocritamente, o endeusam. Mas em meio a esse “arrependimento” eis que surge outro diferente querendo participar e, assim como o primeiro, o animal selvagem aflora. Hipocritamente as placas, faixas que levantavam ha pouco ainda permanecem em suas mãos no momento do segundo ato bizarro.

Assim, esta é a hipocrisia do ser que se diz humano. E você tem sido um hipócrita ou um animal irracional e selvagem com seus clientes?

Pergunto isso pelo seguinte: me lembro que ainda na faculdade, em um dos trabalhos desenvolvidos, optei por fazer o projeto de uma residência tendo por base um casal de amigos meus de São Paulo. Dois homens já maduros, sérios, profissionais respeitadíssimos em suas áreas e… gays. Amantes da arte, do design, da música de qualidade, etc.

Pra mim não há problema algum nisso, muito pelo contrário e por isso mesmo resolvi encarar este desafio. Como sempre sozinho pois sempre fui arredio com trabalhos em grupos. Confesso que abusei nas artes homoeróticas, porém não havia uma única peça de cunho ou carater pornográfico.

Lembro-me claramente do momento da apresentação. Teve gente que só faltou enfartar dentro da sala enquanto eu apresentava o trabalho. Outros preferiram fechar seus olhos e orar sei lá pra qual deus intolerante eles servem. Mas cumpri o meu papel firme e forte em meus propósitos, idéias e ideais.

Posto isso, me recordo de tempos atrás numa conversa informal com uma arquiteta evangélica, ela ter me falado que tinha pego um projeto para um casal gay. Até aí tudo bem se ela não tivesse proferido suas “bestialidades homofóbicas insanas” com relação aos dois clientes.

Aí pergunto:

1 – O que vale é só o dinheiro ou seus princípios?

2 – Qual a qualidade e qual o atendimento às  necessidades dos clientes neste caso?

3 – Será que enquanto projeta e constrói, não estaria esta arquiteta “azarando ou rogando praga” sobre estes clientes movida por sua intolerância?

Tudo bem que eu não acredito em pragas, isso é coisa de gente fraca que precisa de muletas para apoiar e desculpar as suas fraquezas. O meu Deus é maior que qualquer coisa!

Mas o que me pega mesmo é onde está a ética deste tipo de profissional. Onde está o respeito deste tipo de profissional para com os seus clientes. Pois assim como ela fez este comentário comigo (e foi de forma irada e jocosa) certamente o fez com outras pessoas.

Digamos que para um profissional racista apareça um cliente afro-descendente.

Digamos que para um cliente homofóbico apareça um cliente gay.

Digamos que para um profissional socialista (ECA!) apareça um cliente milionário.

Entre tantas outras combinações possíveis.

Qual será a reação?

Serão estes éticos e agirão de acordo com os seus princípios?

Ou serão animais irracionais como os do filme acima?

E você, que tipo de profissional é?

Set Design?

Sempre recebo perguntas sobre o que quer dizer Set Design. Estas vem de leitores do blog e também de pessoas com as quais converso diariamente. Todos sabem o que é Set Design, só não conhecem a palavra. Vou explicar:

Set Design é o trabalho de projeto voltado para TV, teatro, dança, moda, show, exposições e outras áreas mais.

Podem estar pensando: ah, mas isso é cenografia…

Não é não. Cenografia é cenografia sendo esta apenas uma parte do Set Design.

Portanto, trabalhar com Set Design engloba a cenografia e a iluminação num só pacote. Mas o trabalho não acontece somente na hora do projeto e da execução. Ele é árduo também na hora da filmagem/fotografia. O profissional tem de estar presente para dirigir – e na maioria das vezes agir – para que as alterações projetadas aconteçam no tempo certo sejam estas cenográficas e/ou de iluminação. Ah e sim, este trabalho envolve a escolha de locações (áreas e espaços externos e/ou internos) quando necessário.

Em qualquer dessas áreas de atuação o Set Designer trabalha diretamente ligado ao diretor do evento. Junto com ele, é feita a escolha de tomadas, ângulos, traçados, etc.

Uma área bastante forte para o profissional de Set Design é a produção de videoclipes. É também, sem sombra de dúvida a mais complicada. A seguir apresento alguns clipes que acho de extremo bom gosto e onde este trabalho foi desenvolvido com maestria:

No clipe da Beyoncé temos um plano infinito, sem absolutamente nada de cenografia. A sequencia em P&B desenvolve-se utilizando-se apenas da iluminação extremamente bem conceituada e projetada.

Neste clipe da japonesinha Utada Hikaru, Colors, podemos observar que não é utilizado apenas um projeto de set design mas vários, incluindo o design gráfico inicial e que complementa varias outras cenas. Porém não vemos uma grande cenografia: temos cenas simples e limpas onde o forte está na utilização correta de cores e na perfeita iluminação de cada uma delas.

Rain da Madonna. Ja antiguinho e batidinho, este clip ajudou a mudar totalmente a forma como os clipes são produzidos. É bastante interessante pois para quem nao conhece este trabalho, nele vemos várias tomadas que nos mostram como são os bastidores de um estúdio, de uma gravação. Além disso mostra também que por mais que o maquiador se esforce sempre temos de fazer algumas correções ou alterações para que a imagem captada esteja dentro dos padrões exigidos ou necessários. Sem contar que esteticamente é perfeito.

Vogue, Madonna. Tudo bem, confesso que sou fã de carteirinha dela mas só isso não a colocaria como exemplo neste post. Este clipe também em P&B é esteticamente perfeito. É outro que também não tem uma cenografia exagerada e temos na luz a maior força, é perfeita. 100% coerente entre figurinos e cenografia. Se vocês pretarem atenção perceberão o aproveitamento de elementos em cenarios diferentes. Os clipes da Madonna geralmente são muito bem trabalhados, todos sem exceção. Os shows dela também são um espetáculo à parte, imbatíveis.

All is full of love, Björk. Quem não a conhece precisa conhecer!!! Adoooooooooorooooooooooooo!!!! Um belíssimo trabalho gráfico com uma luz impressionante. Vale mais um dela:

Big time sensuality. Este foi um dos primeiros clipes dela que estourou no inicio dos anos 90. Como podem ver, uma idéia simples, com uma locação também simples e de baixíssimo custo. Engraçado, lúdico e interessante. Busquem outros clipes dela no youtube, garanto que não irão se arrepender.

My immortal, Evanescense. Suave e sensível como a música. Mescla tomadas externas com internas. A sutileza de mostrar elementos que aparecem na música como o piano que inicia a música de forma que não fiquem pesadas. Também em P&B, percebe-se um cuidado todo especial com a iluminação especialmente nas tomadas externas.

Vem andar comigo, Jota Quest. Adoro também. Este clipe bastante simples utiliza-se da reversão de imagens que tem um fundo liso e uma iluminação bastante precisa. O Jota Quest tem acertado bastante em seus clipes.

Lembro que além do trabalho acima demonstrado, a produção de set entra em vários outros campos e nichos de mercado. Este post foi só um exemplo, um exercício para vocês.

Mamããããe, mamãããe, mamãããe….

Quem nunca cantou essa música quando ainda era criança nas homenagens às mamães que atire a primeira pedra rsrsrsrs

Bom, resolvi fazer um post diferente sobre o dia das mães. Recebi um e-mail de minha mamma com um vídeo de um grupo israelense e que simplesmente me deixou boquiaberto. É um grupo musical e por isso mesmo vou escrever sobre música e qualidade fazendo uma analogia com a nossa área profissional.

Quem me conhece sabe que antes do Design aparecer em minha vida, estudei desde a tenra idade até a faculdada, Música. Mas estudei e dediquei-me à MUSICA e não música.

Digo isso baseado no lixo musical que tentam nos fazer engolir diariamente. Conta-se nos dedos das mãos o que realmente é Musica hoje em dia, especialmente aqui no Brasil. Juntar uns amigos que curtem um som e arranhar uns acordes repetidos para fazer a base para letras “dããããã” não é música. Progressão de acordes dentro de uma escala tonal, qualquer criança já em idade escolar consegue fazer. O difícil e complicado é entender a Música e o todo que a forma.

Música não é apenas isso. Assim como nossos projetos, é um complexo emaranhado de coisas que formatarão o produto final: a MÙSICA.

Está cada vez mais raro encontrarmos encontrarmos MUSICOS hoje em dia. Músicos de qualidade, de conhecimento, aprofundados e conscientes das infinitas possibilidades que os elementos componente dela podem proporcionar para uma Música. O que vemos é uma repetição de erros, mesmices, repetições, plágios e sub-plágios, aterrorizantes  e bizarras “versões” de MUSICAS que acabam sendo transformadas em musicas.

E isso também vemos em muitos projetos e profissionais de nossas áreas, infelizmente. Muitos por desconhecimento, outros por preguiça de pesquisar e outros porque gostam de agir assim… é cômodo e fácil.

Veja o vídeo em questão:

Fica mais que claro que não se trata de um grupinho de amigos que se reuniram pelo simples gostar de cantar, mas sim, de um grupo com forte conhecimento vocal, contraponto, estruturas musicais, ritimo e todas as outras peças componentes da MÚSICA. Para aumentar ainda mais o valor, o abuso deles é fazer isso tudo usando apenas suas vozes… e que vozes!

Querem mais um de altíssima qualidade? Aí vai então:

Ave Verum Corpus, de Mozart, regida por Leonard Bernstein. Percebam que tudo é absolutamente harmonioso. Vozes magnificamente timbradas, orquestra dominada, cada um no seu devido lugar e consciente de seu lugar no conjunto. Assim também deve ser o nosso trabalho.

Portanto, empenhe-se, vá atras, pesquise, não peça para os outros fazerem o que você sabe fazer, seja curioso e não tenha vergonha de errar por desconhecimento… mas aprenda dia a dia com seus próprios erros.

Dedico estes vídeos à todas as mães – especialmente à minha – como símbolo de seu esforço, garra, determinação, renúncias, paciência e amor incondicional em busca da qualidade total em nossa formação moral e ética.

Clamo a Deus que abençoe a todas abundante e infinitamente!

Feliz dia das Mães, mamma!!!

Te amo!!!