Insista, invista e contrate um Designer de Interiores/Ambientes.

Vivemos um período onde cada dia mais o mercado exige profissionais especializados e não cabem mais aqueles generalistas. Assim como na medicina existem diversas especialidades (cardiologia, dermatologia, irologia, etc etc etc), nas áreas de engenharia e arquitetura também aconteceu isso.

Das necessidades cada vez mais específicas e personalizadas nos projetos um novo profissional surgiu: o DESIGNER DE INTERIORES/AMBIENTES.

Bem diferente do que se escrevem, dizem e pregam por aí – “O designer onera uma obra, é um profissional incompleto e limitado, etc,etc,etc” – pode ter a certeza de que este profissional foi devidamente treinado para otimizar os espaços e os custos.

O DESIGNER aprende durante 2,5 a 5 anos universitários (e outros tantos mais de prática profissional através de estágios e mercado) sobre a melhor maneira de otimizar os espaços arquitetônicos para que atendam às suas necessidades de uso diário. Esta otimização pode referir-se à um novo layout, à iluminação, à ventilação, à circulação ou à uma mistura disso tudo, sempre preocupado com o usuário e suas necessidades REAIS. Uma das premissas do profissional de Design é o trabalho desenvolvido através dos conhecimentos de ecologia, sustentabilidade e eficiência energética.

Sim, o DESIGNER também minimiza instalações (elétrica, hidráulica, esgoto), projetando suas interligações para que todos os elementos sejam compatíveis. Ele une estética e função seja em projetos de interiores ou exteriores.

O DESIGNER desenvolve um projeto executivo a partir do anteprojeto – que é apenas a parcela que o leigo re(conhece) -, onde os detalhamentos (de alvenaria, esquadrias, carpintaria, mobiliários, revestimentos, cores, texturas, etc etc etc) viabilizam a construção.

O DESIGNER acompanha toda a execução da obra. Assim ele tira as dúvidas dos operários envolvidos e soluciona as novas demandas (alterações) dos proprietários em tempo hábil, para que o cronograma não seja prejudicado. É também o coordenador dos projetos complementares como paisagismo, luminotécnica e sonorização.

Portanto, INSISTA no DESIGNER!

Se você vai construir, é importante contratar este profissional desde o início para que ele possa trabalhar junto com o arquiteto que construirá o seu sonho. Por mais que o arquiteto não queira, INSISTA no DESIGNER! É o DESIGNER que tornará o seu sonho usável, acessível, esteticamente agradável e aconchegante.

INVISTA NO DESIGNER!

Se você vai fazer alguma intervenção (projetos, obras, reformas), seja residencial, comercial ou institucional, de pequeno ou grande porte, INVISTA e CONTRATE um DESIGNER.

Ele é o profissional mais apto a solucionar as suas demandas, a deixar o projeto “com a sua cara” e atender ÀS SUAS NECESSIDADES pois estudou especificamente para isso.

Afinal, sua casa não é produto descartável, e seu tempo é precioso e o seu dinheiro não floresce em árvores.

Insistir, investir e contratar um DESIGNER é ter a certeza de que o seu investimento e os seus sonhos serão realizados.

Revistas de decoração – fotos e imagens podem realmente ajudá-lo a definir suas preferências e estilo?

Talvez você já tenha pensado sobre um determinado estilo para a reforma de algum dos ambientes de sua casa. Pode ser também que isso só ocorreu durante a visita à uma loja de móveis onde talvez você pôde obter algumas idéias ou ainda, folheando várias revistas de decoração*.

Então você entra na loja e encontra várias revistas que apelam para as suas – da loja – preferências de decoração (especialmente aquilo que está disponível em seu catálogo). À medida que percorre rapidamente as páginas, você começa a tirar mais idéias das fotos de ambientes e mobiliários de vários estilos distintos.

A obtenção de idéias para decoração em revistas é uma forma divertida de se obter o direcionamento que você precisa antes de consultar um Designer de Interiores/Ambientes, ou mesmo enfrentar uma reforma sozinho(a) – DIY – o que não recomendo a ninguém.

Se você quer reformar a sua casa ou apartamento inteiros ou apenas alguns dos cômodos com certeza não há de ser numa revista que vai encontrar o seu estilo de decoração. Revistas falam muito sobre tendências – que já escrevi sobre aqui – que são passageiras, são moda e não refletem a sua personalidade. Depois de pronto você acabará com ambientes despersonalizados e que não representam o seu eu e tampouco atendem realmente às suas necessidades.

Muitas pessoas sonham com a criação de um novo estilo para a sua casa, apartamento ou espaço de trabalho, mas elas se sentem desconfortáveis diante de tantas opções, e não sabem realmente qual estilo seguir ou como combinar as cores que preferem. Então passam anos visitando showrooms, lojas de móveis, e conversando com amigos sobre o que eles pretendem fazer um dia. Infelizmente, mesmo se elas têm um orçamento apertado ou até tomar as medidas efetivas, os planos para reformar um quarto ou outros ambientes dificilmente vai acontecer.

Em vez de procrastinar ou ficar adiando a decisão de reformar o seu espaço de vida ou de trabalho, talvez você possa encontrar consolo e ajuda quando se identificar com um estilo de sala ou a cor que você viu em uma revista de decoração. Sim, para você cliente que está pensando em reformar ou simplesmente dar um ar novo ao seu espaço elas são muito úteis. Vá coletando estas imagens e guardando-as numa pasta, como idéias. Então, quando você estiver pronto financeiramente para começar a colocar em prática seus planos, ele vai acontecer mais rápido desde que você já tenha feito a pesquisa e saiba exatamente o que você quer, se conheça um pouco mais.

Durante a conversa com o profissional de Design de Interiores contratado ficará mais fácil a conversa se você explicar os seus desejos através destas imagens coletadas. Mesmo que você goste de apenas um vaso na imagem de uma ampla sala, uma textura em outra imagem, uma cadeira ou mesa em outra. Através destes recortes de imagens o profissional já conseguirá traçar mais precisamente o seu perfil, o seu estilo e os seus sonhos.

O benefício de comprar revistas de decoração e arquitetura é que elas são uma fonte barata de inspiração e devido à variedade de estilos,  qualquer um pode encontrar uma idéia ou duas que irão minimizar as lutas anteriores – e interiores – para a reforma.

Mas não se esqueça, encarar uma reforma sozinho(a) – DIY – pode lhe trazer grandes frustrações e prejuízos financeiros e materiais.

Divirta-se, solte-se e viaje na seleção do que você mais gosta nas imagens das revistas, mas deixe a composição final nas mãos de um profissional.

Opte sempre pela contratação de um profissional devidamente habilitado em Design de Interiores. É a segurança de ter ambientes completamente projetados para atender às suas necessidades, ao seu gosto, estilo e bem estar.

* Aqui no Brasil ainda não existe uma revista especializada em Design de Interiores/Ambientes, infelizmente.

(RE)Design

(re)formar, (re)fazer, (re)dimensionar, (re)distribuir, (re)organizar, (re)locar, (re)layoutar, (re)fluxogramar, (re)orientar, (re)aproveitar, (re)criar, etc.

Palavras todas parecidas, com significados diferentes, mas que fazem parte do significado da palavra REDESIGN!

Redesign: n (change in design) redesenho sm; reestruturação sf. vtr (change design of) replanejar vt; v Replanejar, planejar novamente.

Espanhol: v. rediseñar, reformar; Francês: v. remodeler; reconcevoir, replanifier; Alemão: v. neu entwerfen; Italiano: v. rimodellato, riprogrammato; Russo: г. спроектировать заново; переделать; Holandês: ww. opnieuw ontwerpen; Inglês: v. plan again, devise again; draft again, make a new preliminary sketch; Grego: (Lex**) επανασχεδιασμός;

O re-design é a reformulação do design de algo. Essa necessidade de renovação pode surgir por diversar razões. Pode ser pelo aparecimento de novas técnicas, de novos materiais, para eliminar falhas existentes, para adequar algo a um novo uso ou como estratégia de marketing para renovar o produto no mercado – em interiores especificamente aparece no nicho Home Staging que falarei num próximo post.

O termo design tem também outra forma de interpretação além de desenho. Pode ser compreendido como projeto, projetar. Portanto, o redesign poderia ser entendido como reprojetar, reformular não só conceitos visuais, mas sistemas, produtos, etc.

É difícil – quase ausente – a presença deste conteúdo nas academias infelizmente. Os professores preferem fazer de conta que isso não existe ou que isso não faz parte das atribuições do Designer.  Muitas vezes tenho lido a palavra redesign como sinônimo de restauração de móveis apenas, o que é um absurdo. Em alguns casos parece que este é um assunto proibido. Um tabu “moderno”.

Pois eu digo que faz sim parte de nossas atribuições como Designers de Interiores/Ambientes!

Longe de questões arquitetônicas e estruturais (que ficarão nas mãos de profissionais habilitados para tal), a questão do redesign de interiores/ambientes ou de edificações merece uma maior atenção nos cursos superiores. Se estudamos para melhorar a qualidade de vida do usuário, adequando os espaços/ambientes às suas necessidades, faz-se necessário, vez ou outra, que as alterações sejam mais profundas.

Nesse sentido, o ReDesign aparece como uma ferramenta necessária e útil para o exercício profissional pleno dos Designers de Interiores/Ambientes. Importante salientar que o ReDesign não é arquitetura ou engenharia. A edificação já está pronta, já foi entregue, já foi paga, já possui um proprietário/usuário real.

Para exemplificar sobre o que estou falando vou utilizar um exemplo prático vivido por mim tempos atrás:

Uma cliente minha comprou uma casa em fase de acabamento. No entanto ela não buscou a mim ou a qualquer outro profissional para acompanha-la nas visitas para realizar uma avaliação do imóvel. Acabou comprando uma bomba de alvenaria. SE ela tivesse me chamado para ver esta residência, teria falado para esquecer esta casa e procurar outra. Em resumo a situação era a seguinte:

1- A casa começou a ser construída na década de 80. Nesse período foi construído apenas o pavimento inferior sem ser acabado, ficando no reboco apenas.

2- Já vi casas e apartamentos mal divididos mas essa residência supera qualquer absurdo nesse sentido.

3- Em 1993 foi feito um projeto para acrescentar o pavimento superior, repetindo exatamente o mesmo desenho do inferior somando, no final das contas, mais de 300m² de área construída.

4- A casa não respirava e tampouco aproveitava o que fosse de luz natural.

5- A escada é absurdamente inclinada e desproporcional.

6- A divisão (organograma e fluxograma) era bastante confusos.

7- Não havia lavanderia, sala de jantar, despensa, lavabo. No entanto, há um excesso de quartos e salas com dimensões, digamos, estranhas.

8- Não havia área permeável no terreno.

9- Ficou parada, no reboco todo este período (mais de 18 anos).

10- O telhado não foi finalizado – as telhas apenas foram colocadas e não fixadas e o madeiramento não foi envernizado e/ou protegido.

11- Por ser um aterro dos muito mal feitos, o terreno movimentou-se provocando diversas rachaduras e pontos de infiltração no terreno e na edificação.

12- Não havia ligação com o sistema de esgoto público. Tudo ia para uma fossa na parte dos fundos do terreno. Além de que todo o esgoto era ligado numa mesma tubulação provocando refluxos nada agradáveis em todos os ralos da casa.

13- Na planta da prefeitura – que não batia com o que está construído originalmente – constava apenas uma assinatura ilegível. Não se sabe nem se é arquiteto ou engenheiro o autor do projeto. Tampouco consta o número de seu CREA.

14- Também não existia o projeto estrutural/elétrico/hidráulico da edificação.

Posso citar ainda outros problemas, mas estes já bastam para exemplificar o tamanho da “bucha”.

Pois bem, ela comprou esse pacote de problemas em formato de uma residência. No entanto, além de todos os problemas citados e outros mais, a casa não atendia às necessidades da sua família. Observem a figura abaixo tirada de meu CAD do projeto original:

Pavimento Inferior original:


Pavimento Superior original:


Como podem observar, é exatamente a mesma planta em cima e embaixo com a diferença de que no pavimento superior, no lugar do Hall embaixo, foi transformado numa sacada e, a parte de cima da garagem foi transformada numa segunda cozinha com uma varandinha para os fundos. Porque duas cozinhas? Porque originalmente iriam morar duas famílias nessa casa: uma em cima e outra embaixo. Agora, uma única família, com necessidades totalmente diferentes, viria a ocupar a residência toda.

Bom, para atender as necessidades desta família seriam necessárias algumas alterações no projeto original, incluindo alterações estruturais. Após longas conversas com a família (brieffing e visitas ao local) foram definidos os quartos dos filhos, a localização do escritório e a suíte do casal. Porém muita coisa teria de ser alterada para ajustar a edificação às reais necessidades da família.

Levei dois amigos engenheiros para vistoriar a edificação afim de localizar a parte estrutural para que eu pudesse pensar o redesign. Após muita conversa, descascar de paredes, testes e análises, e muito croqui jogado no lixo, consegui chegar à solução tão esperada para a residência:

Pavimento inferior com redesign:

Como podem observar foram alterações bastante pesadas em alguns pontos específicos.

O deslocamento da cozinha para a parte dos fundos da residência, em especial, onde antes eram dois quartos. A locação ali ficou definida pois futuramente eles irão construir uma churrasqueira nos fundos do terreno e ganham assim, melhor acesso e fluxo entre estas duas áreas. Também foi aberta a parede que dividia os dois ambientes ligando a cozinha à sala de jantar facilitando a circulação e melhorando o fluxo de ar e luz nos dois ambientes.

A abertura da parede do escritório foi pensada para trazer luz para o corredor e amplia-lo uma vez que é bastante estreito e comprido.

A construção de um lavabo para atender as visitas bem como a transformação do BWC dos fundos em uma lavanderia que antes não existia.

O estendal se fez necessário pois a família possui tres cachorros que puxam as roupas do varal. A área onde ele foi locado pega sol grande parte do dia.

A despensa construída visa atender ao projeto da cozinha bastante limpo em elementos, com poucos armários. Além da guarda de utensílios e mantimentos, ela serve como elemento de isolamento para o estendal.

A casinha de gás que antes era inexistente foi projetada ali para atender à cozinha com maior proximidade.

A abertura da parede entre o hall e o living serve também para melhorar a circulação e o fluxo de ar e luz na edificação.

A escada foi alterada melhorando a acessibilidade ao diminuir a inclinação da mesma e padronizando a altura dos degraus e os pisantes.

Pavimento superior com redesign:

Já no pavimento superior, a maior alteração deu-se na parte frontal da edificação.

A construção da suíte na parte frontal da edificação deu-se por tres motivos: 1) o sonho do casal em ter uma suíte grande; 2) a existência de duas salas no pavimento superior sendo que uma era desnecessária; 3) minimização do impacto na estrutura existente.

A ampliação da sacada com a derrubada de uma parede pensando num “cantinho de relaxação” mais escondido da rua segundo as palavras da proprietária.

A inserção de duas mini sacadas nos quartos dos fundos.

A ampliação do BWC superior para que a janela deste não ficasse dentro do BWC da suíte master.

Em todo o projeto de redesign, todas as esquadrias (portas e janelas) foram alteradas por dois motivos: 1) as existentes – de ferro – estavam deterioradas e não havia recuperação. 2) a necessidade de ampliar as aberturas para melhorar o fluxo de ar e iluminação natural.

Algumas alterações não foram realizadas como pensado originalmente por causa de partes da estrutura original que iam “aparecendo” no meio do caminho, nos forçando a alterar algumas coisas, especialmente a disposição de janelas.

Tomei o cuidado de separar bem a área social da área íntima pois esta é uma família que adora receber visitas a qualquer hora. Area social embaixo e a área íntima em cima.

Como podem ver, o redesign desta edificação teve de ser muito bem pensado, cruzando diversas variáveis. A execução deste projeto ficou à cargo dos engenheiros contratados para tal e eu entrei com toda a parte de redesign de interiores, projeto de interiores e ambientes e de LD.

Na verdade, a única área que exigiu reforço estrutural foi na garagem para suportar as alterações realizadas no pavimento superior. O aumento das aberturas e derrubadas de paredes foram compensados com vergas e contra-vergas ou com vigas e colunas novas.

É bastante comum vermos nos sites e blogs internacionais da área projetos que foram executados utilizando o redesign. De ambientes residenciais aos comerciais e institucionais, vemos de tudo um pouco sendo realizado pelos designers e sem enfrentar qualquer problema com profissionais de áreas correlatas. Isso se deve a dois motivos principalmente:

1) a parceria profissional é uma realidade lá fora, enquanto por aqui…

2) as áreas já amadureceram lá fora e entenderam a compatibilidade e diálogo entre elas. Por aqui, insistem em ficar fazendo birrinha no jardim da infância.

Vamos amadurecer gente?

Dúvidas sobre iluminação (LD)?

Estava eu pesquisando pela web quando me deparo com o título de uma matéria no site de uma revista. Fui ver e, logo de cara já me deparei com absurdos, desinformação e erros contidos no texto.

Então, vamos arruma-lo e escrever a VERDADE sobre o tema iluminaçãoe corrigir pontos falhos?

Mãos à obra!!!

1. Qual o papel do projeto luminotécnico?
O papel da iluminação é valorizar o trabalho do arquiteto ou do designer de interiores sempre atendendo as necessidades do cliente.
Nele são planejados os circuitos de luz considerando o uso que se faz de cada espaço e as necessidades de quem o ocupa. Deve levar em consideração os aspectos humanos, estéticos, arquitetônicos, financeiros e ambientais. Por exemplo, a manutenção precisa ser fácil e de baixo custo e os elementos escolhidos devem partir dos cuidados eco-sustentáveis.
Compõe-se de projetos (plantas, cortes, perspectivas e detalhes) memorial descritivo (especificações de lâmpadas, luminárias e demais equipamentos), e orçamentos.

2. Em qual momento deve-se pensar nesse projeto?
Aqui temos duas situações distintas:
A – Construção: o ideal é que o lighting designer seja contratado no mesmo momento que o arquiteto, ainda na concepção da idéia da edificação, pois as escolhas dos equipamentos e tipo de iluminação interferem em outras partes da construção, como no planejamento elétrico e até mesmo na alvenaria – no caso de iluminação arquitetural.
B – Reforma: idem ao anterior, logo no início da fase de pensar o projeto. Porém aqui o trabalho é mais complexo pois a construção já está levantada e as intervenções são mais difíceis – mas não impossíveis.Há limitações e as intervenções são realizadas se possível. Edificações já construídas possuem algumas condicionantes de estrutura, hidráulica e elétrica. O profissional da obra terá de avaliar o que já existe e o que poderá ser feito naquelas condições. Existem no mercado produtos que foram desenvolvidos para aumentar as possibilidades de intervenções nestes casos.

3. Por onde iniciá-lo?
Nas necessidades dos usuários para cada ambiente. Nestas necessidades o profissional deve ser capaz de captar inclusive como cada membro da família responde à luz, necessidades individuais e coletivas. etc. Jamais deve-se começar pela escolha de lâmpadas e luminárias. O planejamento luminotécnico faz parte do projeto de interiores (design ou arquitetura pura) e para isso o profissional considera as particularidades de cada ambiente, as atividades exercidas ali, sem se esquecer da incidência da luz natural e como aproveita-la da melhor maneira possível.
Depois desse levantamento, é hora de interpretar essas ideias e colocá-las no papel.

Fonte: Zeospot.com

4. Quem contratar?
Profissionais formados em arquitetura, engenharia, ou design de interiores/ambientes possuem conhecimentos básicos sobre iluminação e elétrica, o bê-a-bá.
O ideal é colocar o projeto de iluminação (lighting design) nas mãos de um profissional especializado na área.
Hoje no Brasil já existem profissionais especialistas em iluminação que são conhecidos como Lighting Designer.
Com a contratação de um especialista certamente o seu projeto irá atender as suas necessidades, ser bastante autoral e refletir a personalidade do usuário. Além da grande vantagem de não correr o risco futuro de ter em mãos um projeto que não funciona direito e/ou vive dando problemas.
Tenho visto com tristeza – por falta da regulamentação profissional – vários profissionais dizendo que são lighting designers, arquitetos de iluminação e designer de iluminação sem ter a devida especialização. Estão tentando “pegar a onda” deste novo mercado mas não tem a devida especialização e conhecimento necessários.
Assim como num emprego comum, caso você se sinta inseguro(a) com o profissional, exija a apresentação de seu currículo completo (incluindo certificados e diplomas).
Dica: Um especialista consegue explicar a iluminação usando uma linguagem simples, sem o uso exagerado dos termos técnicos para “vomitar conhecimento”.

5. O projeto luminotécnico pode ser feito pelo mesmo arquiteto/designer que está fazendo os projetos para a minha casa/empresa?
O ideal é que não seja o mesmo profissional.
Isso serve tanto para projetos arquitetônicos quanto de design de Interiores/Ambientes.
Profissionais de arquitetura e de interiores que primam pela qualidade de seus projetos possuem parcerias com profissionais especialistas, dentre eles os lighting designers.
Assim como a medicina, a arquitetura e o design tem se fragmentado em especialidades e o lighting design é uma delas.

6. Como dimensionar a elétrica da casa/empresa pensando no projeto luminotécnico?
Novamente temos duas situações distintas aqui: à construir e já construída.
1 – à construir: o projeto de iluminação deve ser feito antes, pois traz as especificações de lâmpadas (tipo, potência e voltagem) e equipamentos (transformadores e reatores) que o engenheiro elétrico irá utilizar para elaborar o sistema elétrico (carga, especificação, distribuição, etc).
2 – já construída: numa reforma, pode-se trabalhar de duas formas: para evitar sobrecarga avalia-se a construção identificando qual carga há disponível e fazer a quantificação/distribuição desta entre as luminárias e equipamentos elétricos (geladeira, fornos, computadores, etc). Também há reformas que permitem a ampliação desta carga, mas isso deve ser realizado por um profissional especializado, preferencialmente engenheiro elétrico. Ele também irá orientar sobre como reforçar a instalação elétrica caso necessário.

7. Quais as consequências de fazer o projeto luminotécnico com a casa pronta?
Basicamente o custo que irá ficar um pouco mais alto. Depois devo lembra-los também que ele será mais trabalhoso exigindo a contratação de mais profissionais (pedreiros, gesseiros, pintores, etc).
Isso se deve ao fato de termos de quebrar muito do que foi construído ou executar adaptações – como trabalhar com gesso, por exemplo.
Porém, mesmo com a edificação finalizada, as opções de soluções integradas com a arquitetura são possíveis. Nesse caso, é imprescindível a contratação de um profissional especializado em iluminação.

8. Quando devo pensar na automação?
Se você pensa em usar automação para a iluminação é bom conversar com o profissional logo no inicio.
Assim ele pensará em toda a parte estrutural necessária para a instalação dos equipamentos e fará o projeto para atender as necessidades técnicas dos equipamentos levando em consideração também a usabilidade. Assim, no momento da obra esta estrutura (dutos, calhas, etc) já serão implantadas independente se o sistema irá ser instalado imediatamente ou, por causa do alto custo, futuramente.
Pense sempre que se você optar por instalar futuramente e não tiver a estrutura pronta terá de quebrar tudo de novo para conseguir passar o cabeamento. Mais trabalho, mais transtornos, mais custos.

9. Quantos pontos de luz são necessários para cada espaço?
Existem profissionais que dizem que alguns aspectos devem ser considerados, tais como o tamanho do ambiente, o pé-direito, as cores que predominam no local (do acabamento e dos móveis), a maneira como o espaço é utilizado (por exemplo, para leitura ou para assistir televisão) e o modo de vida dos moradores.
Eu já prefiro dizer que o que vai definir isso é a necessidade do usuário aliada aos conhecimentos técnicos e estéticos do profissional e a sua relação com o ambiente a ser iluminado.
Já vi ambientes ricamente iluminados com uma ou duas luminárias que atendiam perfeitamente as necessidades dos usuários.
Existem normas técnicas para a iluminação, mas como diz Howard M. Brandston regras e normas num bom projeto de iluminação são feitas para rasga-las e joga-las no lixo.
Mas calma, isso só é feito por profissionais realmente especializados e que entendem do assunto. Profissionais que não precisam ficar correndo atrás de números técnicos para “não errar”.
O cálculo de quantidade de lâmpadas de acordo com as normas técnicas é necessário em obras comerciais – como lojas, clínicas e escritórios – pois estes ambientes precisam de uma iluminação mais forte, precisae em alguns casos, específica.
Quando você ouvir um profissional falando que tem de ser implantado um sistema com uma determinada quantidade de lux para determinada tarefa, desconfie.

10. Quais os principais erros?
Eu já fiz um post aqui no blog entitulado Lighting – erros básicos.
Porém vale lembrar aqui de erros mais que comuns que vejo diariamente nos mundos real/virtual/midiático:
– encher o teto de spots – pra que????
– iluminar excessivamente o local – ofuscamento…
– eliminação do maior numero de sombras possível – a luz sem sombra fica morta e chata…
– iluminação que causa reflexos em superfícies espelhadas, envernizadas, cromadas, etc.
– uso de lâmpadas inadequadas para o pé direito/uso – AR111 em pé direito de 4m (ou inferior) ou sobre uma bancada de trabalho…
– projeções de sombras desnecessárias ou que “não deveriam aparecer.
– entre outros.

11. Quando uma iluminação pode ser considerada adequada?
Se ela atende à eficiência (visibilidade suficiente, baixo consumo elétrico, etc), praticidade funcional (manutenção simples, não esquente o ambiente, manuseio de controles, etc) e prazer sensorial (boa estética e conforto visual) pode ser considerada boa.

12. De que forma a luz interfere na maneira como enxergamos os objetos e os ambientes?
A nossa visão é dependente da luz, por mínima que seja. Logo, ela altera a nossa percepção do espaço e suas formas, cores, brilho, volumetria, sombras, contornos.
A luz também influencia na fisiologia e na psicologia humana.
Por isso é fundamental que o profissional contratado para realizar o projeto de iluminação seja um especialista pois somente ele detém os conhecimentos técnicos e estéticos para atender as necessidades dos usuários de maneira coerente e correta.

13. Que recursos são possíveis para iluminar um ambiente?
Hoje há uma gama enorme de produtos para iluminação e todos são aplicáveis em praticamente todos os ambientes.
Tipos de luminárias: spots, arandelas, lustres, pendentes, projetores embutidos no piso ou no teto, balizadores, washers entre outros. Também existe dentro dos recursos de iluminação o built-in (embutidos em sancas, móveis, painéis, etc) que geram belos efeitos e são também eficientes..
Ficaria muito extenso reunir aqui nesta pequena resposta todas as possibilidades.

14. Como harmonizar o uso desses recursos em um mesmo ambiente?
Cada tipo de iluminação (direta, indireta, direta/indireta, built-in, etc) tem uma função. Mas profissionais que realmente entendem do assunto conseguem brincar com estes equipamentos criando novas aplicações para os mesmos sem alteração de sua qualidade ou vida util.
O que você tem de pensar é que a iluminação virá para coroar o ambiente dando o toque final necessário e valorizando elementos.
O uso do jogo luz e sombra é fundamental para que um projeto fique agradável e bonito.E é através deste jogo que o profissional de iluminação – o lighting designer – vai brincar com o espaço como se fosse uma tela e ele o pintor. As lâmpadas, luminárias e equipamentos são as suas tintas para concretizar efeitos cênicos e eficientes.

15. O que fazer em áreas integradas?
Em áreas integradas o ideal é optar por uma iluminação versátil, com circuitos independentes e que possibilite alteração no layout (trilhos e spots direcionáveis). Assim o usuário poderá criar diversos cenários de acordo com o uso de cada cômodo.

16. Que recursos adotar em um escritório em casa?
Você deve pensar da seguinte maneira:
– se quer um ambiente para relaxar use luz com temperatura de cor mais quente.
– se quer um ambiente para produzir, use lampadas com temperatura de cor mais fria.
O ideal é fazer um mix distribuindo as lâmpadas com diferentes TC em diferentes luminárias pelo ambiente.
Claro que, sobre a sua área de trabalho, o ideal é optar por uma luminária de mesa com luz mais fria (branca).
Prefira investir sempre em lâmpadas que usem transformadores/reatores pois assim elimina-se a oscilação que causa fadiga visual e diminui a produtividade.

17. As lâmpadas fluorescentes são desaconselháveis em áreas sociais?
De maneira alguma.
O profissional que realmente conhece sobre iluminação saberá utiliza-las de maneira correta, eficiente e esteticamente perfeitas.
Desconfie de profissionais que dizem o contrário.

18. Por que as incandescentes continuam sendo as mais adotadas?
Principalmente pelo baixo custo e facilidade de instalação.
Mas elas apresentam curta durabilidade, alto consumo de energia, pouca diversidade em tamanhos e modelos além de não ter a opção de temperatura de cor diferentes.
Estas lâmpadas já estão sendo proibidas em diversos países e aqui no Brasil a sua “morte” está agendada para 2016.

19. Onde usar lâmpadas halógenas?
São mais indicadas quando se quer excelente qualidade de luz e sombra, pois valorizam os objetos iluminados.
Lembre sempre que qualquer lâmpada halógena aquece o ambiente e possui alta emissão de raios UV que causam danos nas superfícies iluminadas e podem também causar danos à saúde se mal locadas nos projetos, como o câncer de pele. Portanto o que vai especificar estas lâmpadas são, principalmente, a distância da área iluminada, pé direito e acessórios (filtros).

20. Os tons dos acabamentos interferem na sensação de luminosidade?
Sim pois as cores são refletidas pela luz.
Superfícies claras e brilhantes refletem. Dão a falsa sensação de que o ambiente pareça ainda mais iluminado.
Os cromados e espelhados tendem a produzir reflexos que, se não pensados e observados pelo projetista, podem estragar todo o efeito do projeto de iluminação.
nestes dois casos o cuidado deve ser também com relação ao ofuscamento.
Toda superfície com cor acaba por, em maior ou menor grau, refletindo a sua cor para as áreas proximas. Coloque um pano vermelho junto a uma parede branca e jogue o facho de uma lanterna sobre ele e veja o que acontece. A parede próxima não ficou levemente avermelhada?
Então, o projeto de iluminação deve pensar no sentido de que a cor de um objeto ou superfície não interfira no ambiente – salvo se isso for intencional.

21. Como usar cor na iluminação?
Existem hoje no mercado lâmpadas coloridas, leds e acessórios como as gelatinas e lentes que podem ser acopladas em uma luminária e algumas luminárias já dispõem de “garras” para a colocação destes elementos.
Mas é preciso tomar muito cuidado com o uso destes acessórios e os mesmos somente devem ser comprados com a consultoria e orientação de um profissional especializado pois o tom da lâmpada aliado ao tom da lente interferem na percepção do ambiente. Cuidado pois se o profissional não souber utilizar as cores, pode estragar todo o projeto.

22. Que cuidados tomar em áreas externas?
Ponto fundamental: uso de equipamentos com proteção IP igual ou superior a 66 (proteção contra chuva e outros agentes externos).
Distribuir as luzes coerentemente: áreas são para circulação com luz suficiente para enchegar onde pisa, de convivência com iluminação suficiente para o uso, e a iluminação paisagística/arquitetônica que devem destacar o que há de melhor na área. Todas estas devem ser integradas num mesmo estilo. Outro ponto importante é com a instalação elétrica que deve ser embutida em conduítes e enterrada para evitar acidentes.

Fonte: Junior Barreto estúdio Fotográfico

23. Que soluções atendem à piscina?
Por segurança recomenda-se o uso de lâmpadas de baixa voltagem (de 12 volts) para não haver riscos de choques elétricos.
Existem no mercado hoje além das lâmpadas convencionais sistemas como a fibra óptica e o led.  Ambas tem baixo consumo durabilidade maior (vida útil).
Nestes sistemas também é possível programar trocas de – você não só ilumina como também modifica a coloração da água ou qualquer elemento iluminado por estes sistemas.

24. Cada ambiente tem um tipo de luminária adequado? Por exemplo, lustre para salas, abajures para quartos, etc?
O tipo de iluminação determina a lâmpada, e esta determina qual a luminária mais adequada.
Os cuidados maiores devem considerar:
– áreas úmidas: luminárias adequadas e com isolamento/proteção. Estas não devem deixar a lâmpada exposta à umidade e outros agentes. Spots embutidos no box por exemplo.
– áreas sociais: vai depender dos efeitos desejados tomando sempre os cuidados para evitar os erros comuns (questão 10). Trabalha-se bastante com spots embutidos (direcionáveis ou não), abajoures, pendentes e arandelas. Para a mesa de jantar é bastante comum (modismo) utilizar pendentes sobre a mesma mas tome muito cuidado com ofuscamento, tipo de làmpada e para que a luminária não obstrua visão de uma pessoa em pé para o outro lado da mesa.
– áreas de trabalho: luz geral, de trabalho e decorativa. Cuidado com ofuscamento e escolha da lâmpada – especialmente a da bancada de trabalho. Plafons, spots e luminárias de mesa. Se houver um canto para leitura uma boa opção é umaluminária de coluna ou arandela de leitura articuláveis.
– quartos: pedem uma luz mais aconchegante. Plafons, pendentes, abajoures. Muito cuidado com spots sobre a cama pois imagine que quando você estiver deitado(a) a luz estará incidindo diretamente sobre seus olhos.
– áreas com armários: a iluminação deverá promover a perfeita visualização do interior dos armários. Plafons, spots, embutidos, etc.
– idosos e crianças: cuidados especiais com as áreas de circulação, BWC e de maior uso.
Bom, não existem regras fixas para iluminar um ambiente. O importante é considerar o gosto/uso dos usuários e ter bom senso.

Fonte: Magazine Enlighter

25. Quais as áreas de atuação de um especialista em iluminação?
O profissional especializado em iluminação – o lighting designer – está habilitado para realizar com eficiência e qualidade projetos de:
– Iluminação Residencial
– Iluminação Comercial
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Tem ainda mais alguma dúvida?

É só postar nos comentários aqui embaixo que respondo ok?

Abraços corretamente iluminados!!!

Natal, 2010…

Nossa, o ano passou que nem vi…

Passou não, voou na verdade.

Além de muitos projetos, passei num concurso para professor do Projovem Urbano. Virei no período noturno professor de Matemática (UFF!!).

Isso se deve à necessidade que eu tenho de fazer algo pelo próximo, especialmente aos mais necessitados e carentes. E posso afirmar que está sendo uma escola de vida.

Dentre os alunos tenho de todos os tipos, raças, credos e origens. Este projeto destina-se a jovens de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental e estão correndo atrás do prejuízo, esforçando-se para mudar a sua realidade de vida, agarrando-se na possibilidade de uma vida melhor. A esperança de ser respeitado, no mínimo.

As histórias de vida que convivo ali dentro são coisas que muitas pessoas não acreditam existir infelizmente. As coisas mais absurdas que o ser humano é capaz de fazer já ouvi relatos de alunos que vivenciaram isso. De violência física, moral e sexual, humilhação por ser pobre, drogas enfim, de tudo um pouco eles já viveram e experimentaram.

Agradeço a Deus por esta oportunidade, por esta vivência e experiência que me faz constatar que a minha vida e a de minha família é boa demais, mesmo com alguns percalços e coisas que, se comparadas às deles, não passam de grãos de areia que podem ser facilmente transpostos ou eliminados.

Então, quero aqui neste post de final de ano desejar do fundo do meu coração que todos vocês possam usar este momento tão especial que é o Natal e fazer uso do verdadeiro sentido dele: Jesus!

O verdadeiro presente que Deus nos deu, em seu infinito amor. Amor este, ágape. Aquele amor que não vê diferenças raciais, sexuais, religiosas ou sociais. Aquele amor capaz de estender a mão a quem quer que seja num ato de bondade que vem do fundo do coração, do mais profundo de nossas almas.

O amor puro e cristalino que nasceu numa manjedoura e veio ao mundo para doar-se a quem quer que seja, sem excessões, sem receios. Doar-se simplesmente por amar ao próximo, sem esperar absolutamente nada em troca.

E que o novo ano que está por iniciar-se venha 10 x 1000 em tudo para cada um de vocês: paz, saúde, amor, felicidades, realizações e muita, mas muita luz de Jesus sobre as suas vidas.

Agora vocês entendem o porque de eu estar sem tempo e com muita dificuldade de manter este blog atualizado como vocês e eu desejamos. Porém é por uma excelente causa: eles precisam muito mais de mim que vocês.

Isso não quer dizer que os estou abandonando meus leitores, é apenas uma explicação que sei que devia a vocês já a algum tempo.

Abraços a todos vocês.

PS= as fotos são da Catedral de Maringá – Natal 2010.