Abaixo-assinado contra o veto n° 49

Abaixo assinado para derrubar os vetos que tiraram dois artigos importantes do texto original da Lei 13 369, que diz respeito à formação acadêmica!

Resumo dos Destaques apresentados ao Congresso Nacional CONTRA o VETO 49/2016:

Art 3° – O exercício da profissão de designer de interiores e ambientes, em todo o território nacional, é assegurado aos portadores de diploma de curso superior expedido por instituição de ensino superior oficialmente reconhecida em: I – Design de Interiores; II – Composição de Interior; III – Design de Ambientes, na especificidade de interiores; IV – Arquitetura e Urbanismo.

Este artigo define quais os cursos superiores que habilitam os profissionais ao exercício do Design de Interiores. Se mantido, qualquer pessoa, mesmo sem formação alguma, pode apresentar-se como designer de interiores o que coloca a sociedade em sérios riscos.

Art. 7° – É assegurado por esta Lei, em todo o território nacional, o exercício da profissão de técnico em design de interiores: I – ao titular de diploma ou certificado de curso de técnico em design de interiores oficialmente reconhecido; II – ao portador de diploma de habilitação específica expedido por instituição de ensino estrangeira e revalidado na forma da legislação pertinente em vigor.

Como o anterior, este artigo reforça a necessidade da exigência de diploma ou certificado em escolas técnicas para o exercício profissional. A necessidade desta exigência ser de trabalhada em artigo específico está relacionada à legislação vigente que assim determina, pois são níveis de formação distintas. É apenas a formalização da exigência de formação acadêmica também.

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Você também é responsável pela sua profissão!
#ContraVeto49
#formaçãoacadêmica
#DIntProfissãoLegal
#Lei13369_2016

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Carta aberta ao Senado Federal.

Prezado(a) Senador(a),

Novamente venho pedir a atenção especial dos Senhores e Senhoras para a nossa causa.

Somos milhares de Designers de Interiores em todo o Brasil mobilizados pela regulamentação da nossa profissão. O PLC 97/2015 já se encontra na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) desta casa aguardando a votação pela mesma.

Precisamos do seu apoio na regulamentação de nossa profissão!

Caso o(a) Senhor(a) faça parte da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), solicitamos que vote favoravelmente ao PLC 97/2015 para que possamos exercer nossa profissão com dignidade. Caso não faça parte desta Comissão, nos ajude junto a seus pares para que votem favoravelmente pela regulamentação de nossa profissão.

Lembramos que essa é uma das atividades que mais cresce no país. Hoje, somos mais de 100 mil designers de interiores formados atuando profissionalmente em todo o Brasil. A cada ano, cerca de 6.500 novos profissionais entram no mercado de trabalho após concluir seu curso de nível técnico ou superior. Aqui no Brasil contamos atualmente com mais de 190 escolas e universidades formando estes profissionais de acordo com as Diretrizes do MEC.

Os trabalhos desenvolvidos por mais de 100 mil profissionais injetam cerca de 60 bilhões/ano na economia de nosso país. Estes números comprovam a importância social e econômica dessa atividade e já justificariam a regulamentação da profissão.

Mas a sociedade exige mais que isso. E nós também.

Queremos assumir, de fato e de direito, os deveres e as responsabilidades inerentes ao pleno exercício de nossa profissão, inclusive o de sermos fiscalizados por um órgão próprio.

Entendemos que esse também  é um direito de quem contrata um Designer: que o profissional seja responsável pelos seus projetos. Trabalharmos com contratos muito bem elaborados juridicamente, resguardando os direitos e deveres do profissional e do cliente bem como a nossa sobre a responsabilidade técnica de nossos projetos. Além disso, consta em nosso Código Civil a questão da Responsabilidade Civil que é indicada em nossos contratos. Mas a Responsabilidade Técnica (registro em órgão de representatividade da classe profissional) faz-se necessária assim como ocorre com as Engenharias (ARTs) e a Arquitetura (RRTs) para que seus conselhos possam, de fato, tomar as medidas necessárias com relação a profissionais que causem danos aos clientes e à sociedade como, por exemplo, a cassação do direito ao exercício profissional assim como acontece com outras profissões em seus respectivos conselhos.

Temos consciência da importância e do papel social e econômico da nossa profissão e o quanto podemos contribuir através de nossos conhecimentos na construção de um País melhor para todos, intervindo e transformando os diversos espaços utilizados direta ou indiretamente pelos usuários sejam estes uma edificação, uma embarcação, uma aeronave, um motorhome, uma praça, enfim, qualquer espaço que necessite de nosso trabalho para implantar, melhorar, revitalizar, atualizar, redestinar e reestruturar os diversos lugares utilizados pelos usuários, tornando-os seguros, funcionais, confortáveis, energeticamente eficientes, ecologicamente corretos e esteticamente agradáveis.

Ressalto também que a nossa área pode – e deve – ser aproveitada no âmbito social onde podemos contribuir no redesign (ou reuso) de residências, comércios, escolas, creches, asilos, orfanatos e todos outros ambientes da população de baixa renda demonstrando, portanto, a nossa responsabilidade social.

Ocorre que somos estamos sofrendo uma perseguição no mercado e na academia por profissionais e Conselhos que não fazem parte da área do Design, inibindo e atuando para impedir que a nossa área se desenvolva plenamente, assim como desenvolveu-se em outros países como EUA, Inglaterra, Alemanha, Japão, Portugal e outros tantos. Somos constantemente acusados de termos cometido erros que provocaram danos graves (desabamentos de edificações, por exemplo). Porém, em nenhum destes sinistros conseguiram identificar – provar – a atuação de um profissional devidamente habilitado em Design de Interiores/Ambientes. Encontram sim, pessoas que se autodenominam designers sem ter a devida formação acadêmica ou oriundas de outras áreas e que utilizam o título profissional livremente exatamente pela ausência da restrição ao uso da mesma. E isso tem provocado danos graves à nossa profissão e aos profissionais.

Para vencer esta árdua batalha e termos direito ao pleno exercício profissional, precisamos que nosso trabalho seja valorizado e respeitado. Infelizmente em nosso país, em áreas técnicas como a nossa, isso somente acontece através da regulamentação profissional que a torna legal perante a Lei. Já somos reconhecidos pelo MEC, MTE e outros órgãos. Porém, precisamos da regulamentação, da legalização jurídica de nossa profissão.

Contamos com o seu voto para que a profissão de Designer de Interiores seja, finalmente, regulamentada!

#RegulamentaJá!

Atenciosamente,

Paulo Oliveira

Designer de Interiores/Ambientes e Lighting Designer.

Do erro conceitual.

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 62 – 2013
“Do erro conceitual.”
By Paulo Oliveira

62
Por uma ironia do destino, minhas duas áreas de atuação estão apresentando o mesmo problema com relação ao exercício profissional: o erro na concepção equivocada por duas associações que se julgam detentoras de todas as prerrogativas sobre ele, incluindo, o de definí-lo. Isso tudo sustentado por um grave déficit democrático-deliberativo, sem transparência e qualquer lastro de legitimidade.

No caso de Interiores, temos a ABD (Associação Brasileira dos Decoradores), de caráter multiprofissional, agregando decoradores, arquitetos-decoradores e os designers. No caso do Lighting Design (LD), a AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação), que é uma associação corporativista, restritiva, criada e gerida por arquitetos. São associações ensimesmadas.

Importante ainda destacar que associações são entidades sem respaldo legal para determinar seja o que for, especialmente delimitar o setor através de reserva de mercado, ou ainda ditar normas para o exercício profissional. Estes papéis, especificamente, são de competência dos Conselhos Federais – ainda inexistentes nos dois casos.

Mas deixando de lado estas irregularidades e leviandades ilegais cometidas conscientemente por estas associações, vamos ao que realmente interessa: o erro de conceito sobre as áreas.

As duas associações intentam, de modo forçado, um vínculo destas áreas exclusivamente ao objeto arquitetônico. Em razão deste pensamento reducionista, os projetos e possíveis áreas de atuação profissional devem voltar-se apenas para a complementação arquitetônica, desconsiderando todas as possibilidades de atuação profissional e esquecendo-se que o profissional de LD busca solucionar problemas (função) dos usuários antes da estética ligada ao projeto de interiores ou arquitetura. Também desconsideram onde mais podemos contribuir, através de nossos conhecimentos, para a sociedade ou ainda para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país.

Quando trabalhamos diariamente com a luz através de projetos, manipulações, ou ainda pela simples observação dela nos diversos ambientes que frequentamos, nos damos conta de que onde há luz, há espaço para a nossa intervenção.

As ruas e vida da urbe não estão ligadas exclusivamente ao objeto arquitetônico Urbanismo. Elas agregam uma complexidade sistêmica ampla de objetos que envolvem diversas áreas de saber e suas tecnologias, tais como engenharias, design, ciência política, psicologia, sociologia, antropologia, história, ecologia, linguagem, sustentabilidade, entre tantos outros com os quais podemos contribuir. Os produtos e sistemas voltados à iluminação dos meios de transporte são também objetos de nossa atuação profissional e que não são produtos da arquitetura. Os médicos dependem de produtos para iluminar adequadamente a mesa sobre a qual a equipe trabalha, para que esta consiga ter uma perfeita visualização de todo o processo. Estes produtos não foram pensados para serem meramente agregados a um objeto arquitetônico, e sim atender a uma necessidade específica da Medicina.

No caso da cênica, apesar dos eventos serem realizados dentro de objetos arquitetônicos, o foco de nosso trabalho não é a valorização deles. A luz não foi projetada para a caixa cênica, e sim para criar o clima para o artista, auxiliando-o a passar sua mensagem e trazer o público para este clima.

Como se vê nestes poucos exemplos, o pensar e o desenvolvimento de nossa área não se resumem apenas a objetos arquitetônicos. Somos criadores da luz para as necessidades de um mundo que continuamente inventamos e reinventamos, e não apenas para a arquitetura.

#VemPraRuaDesigner – Expolux

vemprarua

 

Amigos Designers (de todas as áreas), especialmente os de São Paulo (capital), ATENÇÃO!!!

Temos de começar a fazer barulho senão a regulamentação não vai sair.

Vamos aproveitar a abertura da feira Expolux e fazer um barulhão pacífico lá na frente.

O Brasil, os empresários, a mídia e a sociedade precisam saber do que algumas entidades andam fazendo de podre e sórdido nos bastidores do governo CONTRA a nossa profissão.

Avise seus amigos, chame sua turma criativa e #VemPraRuaDesigner.

Nos vemos lá?

Para confirmar a sua presença é só clicar no link:

https://www.facebook.com/events/236266799899906/?ref=3&ref_newsfeed_story_type=regular

Este será o primeiro manifesto público defendendo que #RegulamentemODesignerJá. Outros serão organizados pelo Brasil.

O Primeiro Manifesto será na porta do evento da EXPOLUX no dia 22 de Abril.

Na EXPO CENTER NORTE – Pavilhão Branco e Verde, em São Paulo!

Vamos Designers! Vamos pra rua defender nossos direitos!

Sem a regulamentação não podemos assinar nossos projetos, não podemos ser contratados por órgãos públicos e alguns concursos exigem um arquiteto junto para assinar em nosso lugar. Também não podemos participar de licitações, pregões e tantas outras oportunidades de mercado.

Façam uma máscara de indignação e compartilhem conosco essa vergonha!!!!!

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E.T.> Basta! Digo não ao PL da ABD. Sou DESIGNER que exijo estar junto de minha área na regulamentação.

Pela inserção da área de Interiores na LEI PENNA após a sanção presidencial.

RESOLUÇÃO N° 51 DO CAU

Um abuso de poder sobre áreas que não fazem parte do CAU, especialmente Design de Interiores e Lighting Design. É assim que eu vejo toda esta situação provocada e imposta pela Resolução n° 51 do CAU.

Estas duas profissões ainda não são regulamentadas e o CAU está agindo de má fé, aproveitando-se deste fato, para eliminá-las do mercado.

Devo destacar aqui que já tentamos, por mais de cinco vezes, regulamentar a profissão de Designer de Interiores e em todas fomos derrotados. Fomos derrotados pelo lobby que os arquitetos mantém constantemente ativo dentro do Congresso Nacional visando derrubar qualquer lei, emenda ou o que for que eles julguem que atinja as suas atribuições e até mesmo o que eles julgam sê-las.

Estamos atualmente tramitando o PL 4692/2012, de autoria do Dep. Ricardo Izar, visando a nossa regulamentação. No entanto, já fomos informados que este lobby está agindo de maneira dura lá dentro tentando derrubá-lo. Estão em cima dos deputados como urubus sobre a carniça plantando DESINFORMAÇÃO e INVERDADES sobre a nossa área.

Afinal, fica a questão:

Vivemos numa democracia multi-profissional visando atender às demandas do mercado atual e que, com isso, torna-se necessário trabalhar em equipes multidisciplinares ou vivemos numa ditadura arquitetônica onde somente o arquiteto pode e tem poder e competência para decidir tudo, incluindo gerar Leis Federais?

Esta resolução não só prejudica como elimina a nossa profissão atribuindo em caráter exclusivo aos arquitetos as atribuições de projetos de interiores.

A resolução e as notas de esclarecimento têm deixado claro isso tanto que nos apontam como leigos desconsiderando todos os anos de estudo e prática profissional. Estão causando conscientemente um dano imenso à imagem de nossa profissão quanto às pessoas que praticam este ofício.

Temos diversos profissionais com diploma de nível superior e até pós-graduados que estão sendo notificados pelos fiscais do CAU por exercício ilegal da profissão da Arquitetura. Incluindo profissionais que estão com seus ambientes parados em mostras comprometendo até mesmo o cronograma destas mostras.

Ressalto o caso de uma designer que tem um escritório em sociedade com uma arquiteta cujo ambiente numa mostra foi notificado mesmo tendo a ART. Ou seja, o CAU está abusando, desrespeitando e prejudicando não somente os profissionais de Design de Interiores pois suas ações estão afetando outras esferas do mercado.

Esta resolução – e as notas de esclarecimento – extingue a minha profissão promovendo uma descarada reserva de mercado para os arquitetos na área de projetos de interiores e também de Lighting Design. Estamos proibidos de atuar profissionalmente.

Estamos sendo, caluniosamente, chamados de leigos pelo CAU e por alguns arquitetos.

Existem hoje três modalidades de formação para o Design de Interiores ressaltando que todas atendem às Diretrizes Curriculares do MEC e cujos cursos são reconhecidos por ele:

– Técnicos: de nível médio em cursos que duram em média 2 anos e com carga horária média de 400 h/a.

– Tecnólogos: de nível superior, com duração de 2 a 3 anos e carga horária que varia de 1700 a  3000 h/a.

– Bacharelados: nível superior, com duração de 4 anos e carga horária de aproximadamente 4000 h/a.

Em relação aos currículos, vou ater-me aos de nível superior. São distintos e variam entre as universidades, mas geralmente contemplam saberes dentro destas áreas do conhecimentos:

Fundamentos da construção civil além de análise de plantas relacionadas à construção civil e seus componentes, conforto térmico, iluminação e acústica, psicologia, percepção, representação técnica, ergonomia, fatores sociais e culturais, história da arte e do design, elementos da composição, princípios o design, metodologia científica, metodologia do design, fatores econômico, estudos de mercado, empreendedorismo, prática projetual, botânica aplicada ao paisagismo, história dos jardins, design de móveis, semiótica, materiais e processos de produção, gestão de projetos e processos, normas técnicas de diversas naturezas: RDC’s da ANVISA; NR’s do MTE, Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros, Normas do IPHAN e IEPHA, NBR’s (em respeito a legislação brasileira e visando ótimos resultados para o indivíduo), cessibilidade Sustentabilidade Paisagismo e Jardinagem

Mesmo com de todas estas disciplinas listadas o CAU nos julga como LEIGOS e incapazes para executar as atividades pelas quais fomos formados.

Sempre pautamos o nosso trabalho visando a parceria e o respeito profissional, a complementação entre as áreas. Mas sempre fomos vítimas de bullying por parte de alguns arquitetos, especialmente os mais xiitas – que geralmente são os piores que estão no mercado.

Esta resolução é apenas o espelho do que sofremos no mercado há anos. Este foi o golpe de misericórdia que os arquitetos – não todos que fique bem claro – lançaram sobre nós através do recente instituído CAU.

A formação em Arquitetura e Urbanismo, ou somente em Arquitetura, é muito complexa e compreende um universo de saberes e conhecimentos imenso. É desumano e mentiroso alguém querer afirmar que uma pessoa curse cinco ou seis anos e saia de lá apto a executar tudo o que viu dentro da universidade com perfeição. Eles saem sim com um conhecimento generalista ou seja, aquele que conhece um pouco sobre tudo.

Exemplificando, na medicina temos as residências e suas especializações afinal, a medicina é tão complexa e o corpo humano idem que é impensável uma pessoa capaz de entende-lo em todas as suas especificidades. Isso também ocorre no Direito onde os acadêmicos tem um conhecimento geral e após um período do curso (ou após o mesmo) focam a sua atenção na área que desejam. São generalistas em Direito, mas especialistas em determinada área. A prova da OAB mostra isso claramente.

Fica claríssimo que os arquitetos saem das universidades sem saber trabalhar a plenitude de um projeto de interiores. Observe as grades dos cursos de Arquitetura que tem em média um bimestre ou semestre de uma disciplina que mesmo assim ainda é vaga sobre o assunto. Não repassa a eles o conhecimento específico que estudamos com detalhes por 2, 3 ou 4 anos dentro das universidades. Um fato que comprova isso é que muitos arquitetos procuram as especializações em Design de Interiores para tentar, ao menos, ter alguma base um pouco mais sólida sobre o assunto que é muito extenso e digno de anos de formação específica. Pergunte à qualquer coordenação de especialização em Design de Interiores e Lighting Design (ou Iluminação) e terá esta resposta sobre o número de arquitetos dentro de cada turma com relação àqueles de outras áreas.

Não podemos nos esquecer que a maior escola de Arquitetura – a italiana – não mistura a área com nada. Não só ela, mas existem outras pelo mundo que também são assim. Eles ensinam a Arquitetura pura. Lá não se vê urbanismo e paisagismo ocupando grandes espaços nas matrizes de seus cursos desviando o foco de sua área: a Arquitetura. Tanto que os profissionais que vem de lá para o Brasil encontram muita dificuldade na validação de seus diplomas aqui.

O mercado – e aqui se incluem necessidades dos usuários, novas tecnologias e materiais e muitos outros elementos – hoje impõe que não cabe mais o profissional generalista ou seja, aquele que sabe um pouco de tudo. Verifica-se a necessidade real de profissionais específicos em cada etapa que compõe uma obra. Hoje não podemos falar em parcerias entre engenheiros e arquitetos apenas. Faz-se necessário um trabalho em rede, de coworking ou ainda melhor, coautoria através de equipes multidisciplinares, onde tudo é analisado e planejado por todos, descartando-se os melindres e egos em nome do que realmente interessa e importa: a satisfação do usuário que recebe um projeto complexo e que realmente atenda às suas necessidades.

Neste sentido, observa-se escritórios renomados e consolidados no mercado nacional e internacional como, por exemplo,  Rosenbaum e  Zaha, que eles já sacaram que sem estas equipes seriam apenas mais um na multidão.

Arquitetura é uma área muito ampla, existem muitos nichos de mercado para os arquitetos, alguns específicos. Mas eles querem atuar em interiores por ser, segundo a ótica deles, mais rentável. Porém o que eles fazem nem de longe é Design de Interiores. É mero toque de estética. Veja bem, comprar móveis prontos e de grife e arrumá-los de uma forma bonitinha dentro de um espaço não é Design. Fazer uns esboços ou desenhos básicos de algum mobiliário apontando apenas as medidas básicas, suas divisões internas com vista superior, lateral e frontal para chegar ao marceneiro e deixar que ele solucione questões relativas à produção (ferragens, encaixes, planos de corte, quantificação de materiais e insumos entre outros mais)  não é Design. Entender sobre Neufert aplicado a peças de mobiliário e julgar que ele por si resolve questões de acessibilidade e usabilidade mostra claramente que arquitetos não entendem nada de Design. Eles julgam que porque alguns tiveram a disciplina de História do Design em suas matrizes, já são designers. Eles não entendem que a estética é apenas uma  das partes do Design de Interiores, dentre tantas outras que compõem o todo de nossa profissão já exemplificado acima.

Outro ponto que devo destacar é sobre as questões estruturais que eles alegam para proibir o nosso exercício profissional. Veja bem, não fazemos alterações estruturais em nossos projetos, não saímos por aí derrubamos paredes deliberadamente e inconsequentemente. Só PROPOMOS estas alterações muito esporadicamente quando as necessidades do projeto assim exigem. Mas apenas propomos e não as executamos. Para executá-las sempre trabalhamos em parcerias com engenheiros especialistas em estruturas que irão analisar a viabilidade técnica da alteração e, em caso positivo, realizarão e  executarão este projeto estrutural específico.

Neste ponto eles alegam que assim o fazendo estaremos infligindo o direito autoral da obra arquitetônica. Oras, a obra arquitetônica é um produto que foi comprado por alguém. O proprietário da casa pagou caro por este produto sendo portanto, dono dele o que lhe garante o direito de fazer o que quiser com ele. No entanto os arquitetos alegam que somente o autor da obra tem poder e autoridade para executar qualquer alteração na edificação, até mesmo a simples alteração da cor de uma fachada. Oras, o que é isso senão uma reserva de mercado às avessas mascarada por trás do direito autoral? Eles mantem quem comprou o projeto e os outros que comprarão a edificação durante a existência da mesma, reféns de um autor. Este direito já está garantido através do registro do acervo técnico que garantirá ao autor, em caso de cópias, segurança jurídica e indenizações diversas. Este é outro ponto que a Arquitetura deveria reanalisar com seriedade, transparência e ética. Isso é muito mais importante solucionar que ficar caçando encrenca ou buscando pelo em ovo.

Mas preferem ficar na Arquitetura cômoda e não se envolver com os verdadeiros pepinos e abacaxis que assolam a sociedade e nossas cidades.

Outro ponto que merece ser destacado nesse contexto todo é que os arquitetos roubam para si uma área sobre a qual não tem domínio além do básico: o Paisagismo.

Há que se fazer a correta distinção entre paisagismo, jardinismo e jardinagem. Se formos analisar corretamente e friamente a etimologia da palavra Paisagismo, nem mesmo os arquitetos poderiam usá-la como titulação profissional uma vez que ela envolve elementos gigantescos como matas ciliares (e todos os seus elementos/componentes), tipologias de solos (muito além das questões relativas a jardins). Cito ainda questões ambientais e botânicas como os micro e macro sistemas que compõem a flora e a fauna, que nem de longe se pensa/estuda isso dentro de um curso de Arquitetura. Eles são sim jardinistas, assim como nós designers de interiores. De paisagistas, merecem no máximo o título de aprendiz júnior dada a complexidade da área e o desconhecimento técnico/teórico desta totalidade por eles.

Nesse ponto deixo a dica aos agrônomos, geólogos, botânicos e outros mais, para que lutem pois uma área claramente de vocês está sendo roubada de vocês pelos arquitetos.

O que mais me estranha – na verdade não mesmo – é que o CAU esperou que Niemeyer morresse para fazer isso. Eu tenho absoluta certeza de que se ele estivesse aqui neste plano ainda esta resolução estaria fechadinha dentro de alguma gaveta de algum xiita da Arquitetura brasileira pois este tem ciência que Niemeyer jamais permitiria isso.

Tenho certeza que a partir do momento da publicação desta resolução, onde quer que ele esteja, rasgou a sua carteira n° 1 do CAU, cuspiu nela e pisou em cima além de ter berrado algo como: “Assim vocês me matam de vergonha!”.

Oras, vejam a obra dele. Não sou seu maior fã mas uma coisa que sempre notei nele é o caráter multiprofissional que ele tinha. Seu escritório sempre foi, especialmente depois dos anos 70 e muito mais claro após os anos 80, um grande escritório de coworking.

Minha gente, ele chamou a sua filha que não era arquiteta para ficar responsável pelos projetos de ambientação internas de suas obras. Lucy Niemeyer sempre aplicou seus conhecimentos em Design Grafico nas obras dele. O próprio Niemeyer chamou Peter Gasper para iluminar as suas obras. Ele tinha plena consciência de que nem mesmo ele, tão vultuoso mestre e referência da arquitetura nacional, era capaz de fazê-lo e que precisava de alguém apto para isso. Nesse aspecto optou por um profissional da iluminação que NÃO É ARQUITETO, mas que ilumina a a sua (e outras mais) arquitetura com maestria. O paisagismo de seus projetos não era feitos por ele e sim por outro profissional que era especialista no assunto.

Atenção AsBAI nesse aspecto. O próprio mestre derruba os argumentos falaciosos e utópicos de vocês ok??

 

O QUE SE ESPERAVA DO CAU

Veja bem, antes do CAU (e os arquitetos) fazer uma coisa dessa magnitude deveria voltar seus olhos para a Arquitetura, o que ela representa, o que a sociedade e os governos esperam dela, o que os calouros esperam para seu futuro visando atender à estas demandas.

Eles deveriam lutar para libertar a Arquitetura da dureza imposta pelo pensamento da Bauhaus que destruiu a Arquitetura humanizada impondo a Arquitetura industrializada refletida nos caixotes que povoam nossas cidades em todas as dimensões.

Deveriam lutar por mais espaço – e até mesmo poder – dentro dos governos para solucionar problemas graves urbanísticos (tem muita coisa nessa área que é competência da Arquitetura e poucos profissionais dispostos a atuar nelas) contribuindo com a sociedade como um todo, não somente com nichos relacionados à elite. Não são os programinhas dos CAUs regionais que irão ajudar nisso tudo.

Deveriam ficar em cima dos gestores dos poderes municipais, estaduais e federal, especialmente em cima dos planos diretores, leis de zoneamento e dos políticos corruptos que vendem autorizações e emendas alterando-os tornando as cidades espaços impossíveis.

Deveriam ficar em cima dos poderes municipais, estaduais e federal no tocante aos projetos de escolas esdrúxulas que temos visto sendo levantadas com muito elementos que colocam a vida de todos os usuários em risco, espaços mal planejados e pensados, com péssima circulação e acessibilidade e que não atendem às reais necessidades.

Deveriam ficar em cima dos poderes municipais, estaduais e federal no que diz respeito às unidades de Saúde, Pronto Socorros e Hospitais que estão sendo construídos e que são verdadeiros açougues se analisarmos os projetos e planejamentos dos mesmos no tocante à Arquitetura.

Deveriam ficar em cima dos poderes municipais, estaduais e federal e, a cada orçamento apresentado para uma obra pública, rebate-los apresentando orçamentos reais, com valores de mercado auxiliando, desta forma, a zelarmos pelo nosso país e ao menos diminuir este gargalo por onde bilhões de reais escoam anualmente para os bolsos de gente safada auxiliando o Ministério Público e os Tribunais de Contas a perceberem estes gargalos e punir os responsáveis.

Deveriam bater de frente com as construtoras que estão impondo espaços cada vez mais impossíveis de serem habitados (ainda reflexo do absurdo imposto pela Bauhaus) por uma família comum em nome do custo.

Deveriam lutar, por exemplo, contra o que a MRV faz ao pegar um mesmo projeto arquitetônico de um edifício (e do condomínio) e sair por 20, 30 cidades repetindo-o insanamente com uma qualidade deplorável de materiais e altamente duvidosa em questões de segurança. Não posso esquecer-me de citar ainda as dimensões absurdas dos ambientes.

E, nesse sentido, esta lista fica praticamente infindável, como prova de que há muito trabalho para os arquitetos fazerem, que a sociedade necessita que eles o façam e que eles preferem ignorar completamente por julgarem como atividades menores ou menos rentáveis ou seja, não lhes garantirão o tão esperado “status cus”.

Repensem as atitudes que vocês vem tomando aqui no Brasil. Repensem as grades curriculares de seus cursos fazendo-as voltar à Arquitetura Pura. Parem de tentar impor esta Arquitetura Obesa, impraticável, que se julga no direito de apoderar-se de tudo.

FINALIZANDO

Esperamos que os juízes que pegarem esta causa sejam sensatos e considerem todo o nosso histórico de contribuição com a sociedade e economia do país e, especialmente, que não somos leigos e sim aptos a exercer a nossa profissão garantindo a segurança para os operários da obra e para os futuros usuários.

Gropius, ao idealizar a proposta original da Bauhaus, tinha a visão de que tudo (todas as artes e ofícios) não existiam sem a Arquitetura e dela eram eternamente dependentes e inseparáveis (DE MASI, 1997). O que é essa ação arquitetada nos bastidores atuais senão uma volta à essa ideia de Gropius? Devemos lembrar que já se passou muitas décadas e que o mundo no qual vivemos hoje é outo.

O Design vem para compreender as demandas dos indivíduos e intervir nos espaços construídos de modo a melhorar a relação desses com os outros indivíduos bem como facilitar o uso dos objetos, o entendimento das informações a percepção da paisagem e a compreensão de mundo. Isso é design para ambientes!

É triste a manifestação de ignorância apesar de tanta pesquisa produzida desde então pela Arquitetura mundial. No Brasil os arquitetos não perceberam que o mundo, as pessoas, as tecnologias, as aplicações e as necessidades humanas não giram mais em torno apenas da Arquitetura?

Tanto Lighting Design quanto Design de Interiores/Ambientes não existem apenas por causa da Arquitetura. O objeto arquitetônico é apenas UM dos espaços construídos que estamos capacitados tecnicamente para atuar.

Como mencionado, os técnicos, tecnólogos e bacharéis em design para interiores/ambientes estudam teoria e prática de diversos espaços onde vivem e convivem os indivíduos. Aliás, é bom ressaltar que o principal valor do trabalho dos designers é o seu olhar atento às necessidades, desejos e possibilidades do indivíduo. Saber o que ele quer na sua casa, o que ele precisa em seu escritório, o que é desejado num evento, a experiência esperada num automóvel dentre outros.

Não estamos nem queremos trabalhar com arquitetura de interiores. Somos e desejamos o design como premissa projetual que considera o homem como centro de suas soluções projetuais!

No mundo todo estas áreas existem, são exercidas e compartilhadas livremente por profissionais de diversas áreas sem qualquer problema ou melindre. Em nenhum outro lugar do planeta os arquitetos agem como os brasileiros, mais preocupados com corporativismo e o próprio status e não com a qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento social, econômico e cultural a partir da compreensão e respeito da diversidade.

É dada a hora do trabalho em equipe e o respeito aos saberes das diversas áreas. É isso o que é ensinado nas escolas de Design no país, muitas oferecendo o curso há mais de 5 décadas.

Mas não posso finalizar este extenso post sem citar uma incoerência absurda nesta situação toda: no mesmo momento em que o CAU tenta eliminar do mercado profissionais de duas áreas (Design de Interiores/Ambientes e Lighting Design) já consolidadas no mercado, este órgão está chamando seus associados para reuniões e plenárias para debaterem, a fim de aprovar e implantar, o seu Código de Ética Profissional.

Como falar em ética profissional diante de tudo isso que estão fazendo demonstrando claramente nenhum respeito por outras áreas que deveriam ser tratadas como parceiras de trabalho?

Triste a constatação que as ações foram nitidamente premeditadas e foram pautadas na fragilidade da não regulamentação da profissão de designer, que aliás, ainda não o foi por influências desses profissionais junto ao legislativo brasileiro.

Por fim, esperamos que os deputados e senadores responsáveis pela regulamentação da profissão de design olhem para a experiência de outros países desenvolvidos e usem tais informações para aprovarem nosso trabalho no mercado brasileiro. Entendam definitivamente que o design é fator primordial para a melhoria das condições de vida dos indivíduos, indiscriminadamente.

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Agradeço às colegas Samantha Moreira Cidaley e Viviane Gomes Marçal pela revisão e indicações na construção deste texto.

#VemPraRua

Ontem enquanto estava acompanhando pelo facebook as manifestações pelo país me deparei com um texto intitulado “Ei, reaça, vaza dessa marcha!”. Claro, é de um bloguezinho mequetrefe da esquerda. Não citarei a fonte para não dar ibope, mas se alguém quiser vomitar é só fazer a busca no Google.

Pois bem, vamos aos fatos.

O texto em questão deixa bem claro o típico pensamento dessa esquerda brasuca… ¬¬

Em suma: se você não está do NOSSO lado, levantando as NOSSAS bandeira, votando no NOSSO partido, você é um “reaça” desgraçado, maldito fruto da elite dominante e por aí vai.

A questão é que eles estão conscientes que perderam (já há umas 4 edições da manifestação) as rédeas da coisa. O PSTU, PSOL & cia (extrema esquerda, os xiitas) não conseguem conceber que eles não mandam mais nisso. Eles não tem mais o direito de reivindicar qualquer autoridade sobre o que está acontecendo atualmente. A questão do “passe livre” já era, ou melhor, agora não passa de apenas mais uma dentre tantas reivindicações de toda essa massa de povo brasileiro que finalmente acordou para a triste realidade que se transformou o nosso país.

Mas também não é uma “massa de reaças, das elites” querendo derrubar o atual governo. Nem de longe o que estamos vivendo nestes dias aqui no Brasil resume-se a uma guerra ideológico-partidária. Está bem acima disso, muito além dessa pequenez de pensamento na verdade.

O Brasil acordou para questões muito mais importantes do que a levantada inicialmente e, sendo bem “blasé”, a questão da tarifa foi apenas a gota d’água. Era apenas o que faltava para o barril explodir. Barril este milimetricamente projetado e construído pelos políticos que estão no poder há muito tempo.

Agora esse é um movimento do povo, pelo povo e para o povo, pelo bem de nosso país!

VemPraRua

Não sabe como ou ainda não entendeu? Vou citar algumas coisas:

– Licitações: este sempre é um problema nos órgãos públicos e é onde a corrupção acontece de forma deslavada. No transporte público não é diferente.

– Copa e olimpíadas: lamentavelmente o povo só se tocou disso depois de toda a merda feita. Quiçá esse povo tivesse saído às ruas à aplaudir quando o país foi eleito para a realização destes eventos. Se pegarmos o dinheiro público que foi lançado apenas no novo estádio do “Curintia” e o revertesse em subsídios para o transporte público, certamente isso tudo não estaria acontecendo agora. Teriam dinheiro para subsidiar por anos o problema. E assim com toda a dinheirama jogada literalmente no LIXO com esses estádios que não vão trazer absolutamente NADA de retorno efetivo para o país, para o nosso povo.
Ontem ainda vi um amigo (que respeito muito) fazendo uma comparação no mínimo estranha: comparando os estádios com o sambódromo do RJ. O erro dele foi deixar passar um pequeno gigantesco detalhe: no sambódromo, fora do carnaval, o espaço todo vira uma ESCOLA PÚBLICA. Os camarotes são transformados em salas de aulas e por aí vai. Já nos estádios, só a FIFA, CBF e os times poderão aproveita-los.

– Educação: observem a caquética situação e qualidade da educação em nosso país minha gente. Figurar entre os últimos num ranking mundial é mais do que motivo de vergonha. Nossas escolas estão sucateadas, destruídas, sem infraestrutura básica, professores recebendo salário de miséria, a qualidade do ensino uma extrema piada de mau gosto jogando para fora de seus muros alunos com o diploma que mal sabem ler, escrever e contar coisas básicas.

-Saúde: SUSto! Precisa dizer mais alguma coisa? Alguém aí tem coragem de dizer que a população é bem atendida, que não morre ninguém por falta de leitos, medicamentos entre tantos outros problemas sobre o tema? Em países sérios existem Centros de Controle de Zoonozes (que cuidam de animais) que fazem nossos hospitais parecer verdadeiros chiqueiros.

– PEC33 e PEC37: Não! O povo brasileiro não aceita este covarde, ilegítimo, safado e inescrupuloso golpe em nossa Constituição e Estado de Direito. Fruto de um grupo de politiqueiro condenados por crimes contra o erário público e que agora querem se safar a qualquer custo de suas condenações. E também daqueles que estão envolvidos e que ainda não foram pegos/denunciados e pretendem, com isso, continuar a sua vida fácil, corrupta, ligando o foda-se para o povo que os elegeu. Entram aqui também os empresários canalhas que participam destes circos.

– Segurança: alguém se sente seguro nas ruas e, até mesmo dentro de suas casas? Nossas policias dispõem de estruturas e meios efetivos (também de efetivo) suficiente para garantir a nossa segurança? Nosso sistema prisional comporta a atual demanda? Os presídios tem estrutura? Nosso código penal está correto e coerente?

-Sistema Eleitoral: outro grande problema que os politiqueiros não querem, convenientemente, resolver. É um sistema falido que só favorece os grandes, as raposas e ratazanas já estabelecidas. Quando estes aparecem falando algo sobre o assunto, é sempre na contramão do que a sociedade deseja e, também sempre, na tentativa de garantir ainda mais facilidades para as suas próprias vidas parlamentares.

– Carga Tributária: é insana! Trabalhamos mais de 3 meses apenas para arcar com a carga tributária atual. Os governos arrecadam “zilhões” com os impostos que simplesmente desaparecem e não são revertidos, ou devolvidos, de maneira justa para a população.

– Doações e empréstimos: engraçado que “nunca tem dinheiro pra nada”, mas para fazer caridade com o chapéu alheio, sempre tem. É um tal de doação pra um, empréstimos para outros (que na verdade nunca sabemos se foram realmente devolvidos) e assim tocam o barco. Enquanto vão fazendo isso, não tem dinheiro para acabar com a fome do povo que anda comendo terra (não é nem barro pois até a transposição do São Francisco está empacada enquanto o dinheiro jorra para os bolsos de alguns e o povo morre de sede), para construir escolas e hospitais onde não existem, deixar a malha rodoviária decente, ate mesmo nas grandes cidades existem pontos sem qualquer saneamento básico, etc etc etc etc etc etc etc etc etc ¬¬

– Estado Laico: sim, este também é um dos motivos desta insatisfação do povo. Todo país que tem a sua democracia tolhida por religiões estão vivendo literalmente na MERDA. Vejam os fundamentalistas do oriente médio. Se você não segue o que a “bíblia” diz você tá ferrado meu irmão. Lembram-se da Malala que apenas queria estudar? Pesquisem e vejam as atrocidades cometidas por religiões em países que conseguiram dominar. Se queremos realmente viver numa democracia, a religião deve colocar-se no lugar dela e não pode dominar absolutamente nada, politicamente falando. E isso, não é o que temos visto aqui no Brasil onde uma “bancada cristã” (pra mim satanista tirando por suas ações) formada especialmente por membros de grandes igrejas  QUE TEM TOTAL ISENÇÃO FISCAL anda dominando a cena dentro do governo.

– Corrupção: e tudo isso, e muito mais que deixei de citar ainda, tem sua fundamentação nessa palavrinha asquerosa, fruto de gentalha inescrupulosa que na verdade não estão nem aí para mim, para você, para o povo brasileiro.

Elenquei estes motivos (causas) como principais, mas sabemos muito bem que existem muitos, mas muitos outros ainda.

Ok!

E o que isso tudo tem a ver com o Design? O que esse momento tem a ver conosco?

Sim, a regulamentação profissional é uma reivindicação justa também e precisamos aproveitar esse momento para nos unirmos em favor dela. Assim como existem grupos reivindicando A, outros B, outros C, alguns reivindicando A+B+C e assim por diante, porque não podemos também colocar esta nossa questão na pauta?

Não vi até agora (e olhem que estou analisando freneticamente as imagens e vídeos) qualquer cartaz nas manifestações abordando o tema.

Tá, diante da problemática toda e mais séria que o atual momento apresenta – na verdade escancara – este pode ser um tema pequeno, porém não pode e nem deve ser esquecido por nós.

Acompanho muitos profissionais e estudantes de design, de todas as áreas e são poucos os que usaram suas redes sociais para defender isso aproveitando o momento. Muitos, sequer compartilharam uma mínima foto ou frase sobre a manifestação até agora.

E aí?

Vai ficar “deitado eternamente em berço esplêndido” até quando?

Vamos gente!!!

#VemPraRua

Dois passarinhos me contaram que…

É… fiquei sabendo de algumas coisas estes dias e já passou da hora de informar meus leitores sobre o que anda acontecendo.

Passarinho 1:

Um professor, arquiteto, que eu respeitava e admirava muito me decepcionou.

Ele mudou-se para Curitiba. Lá ele já coordenava à distância o curso de Design de Interiores de uma renomada universidade.

Diga-se de passagem, em 5 anos de existência do curso, ele figura atualmente entre os 5 melhores do país no Provão.

Fato é que desde o início os alunos sofrem com a falta de laboratórios. Sempre tentavam conversar com a coordenação e reitoria e tudo sempre ficou nas promessas.

Agora, este arquiteto conseguiu aprovar a criação do curso de Arquitetura na universidade. Até aí tudo bem, sem problema algum.

Porém, no lançamento deste curso, após uma palestra de uma arquiteta ele resolveu falar também.

Observação: estavam presentes na platéia todos os alunos do curso de Interiores e vários outros convidados.

O cara simplesmente começou a avacalhar com o curso de Design de Interiores e enaltecer o curso de arquitetura.

Disse em alto e bom som que era melhor para os alunos de Interiores que migrassem para o curso de arquitetura onde poderiam aproveitar várias disciplinas já que “Interiores não dá futuro pra ninguém”.

Além disso, o curso de arquitetura estava nascendo já com todos os laboratórios necessários e se o pessoal de Interiores quisesse utiliza-los deveriam agendar.

Isso é apenas uma parte da conversa que tive com esse “passarinho”, que é aluno(a) do curso de Interiores.

Mas essa conversa me fez sentir nojo do abraço e dos parabéns que recebi desse coordenador quando palestrei na Semana de Arquitetura e Design do Cesumar anos atrás e também me fez entender o porque de eu nunca mais ter sido chamado para palestrar lá: minha palestra “N jeitos de atuar” é uma verdadeira porrada na cara de alguns arquitetos idiotas pois nela desconstruo os argumentos reducionistas e corporativistas desses imbecis.

Passarinho 2:

Um outro passarinho me confidenciou o seguinte:

1 – ABAI está à todo vapor junto com o CAU para o fechamento (reserva de mercado) da área de Lighting Design para os arquitetos. Aquele discurso todo da AsBAI de melhorar a qualidade de ensino nos cursos de Arquitetura ao que parece serve apenas para desviar o foco do que eles andam aprontando nos bastidores.

2 – A “mamma” da iluminação brasileira é a responsável pela não vinda de grandes congressos da área aqui para o Brasil. O ponto é: se vierem verão que existem muitos profissionais qualificados e com excelentes projetos no mercado. Melhor que brilhemos só nós mesmo. E pensar que esta tal “mamma” é uma das fundadoras da AsBAI…

3 – A ABD também está em negociatas e namoricos de bastidores com o CAU para a inserção da área de Design de Interiores/Ambientes dentro deste Conselho. Assim, a regulamentação da profissão de Design de Interiores/Ambientes será feita lá dentro de um Conselho de ARQUITETURA!!!!! E, à exemplo do que fizeram no passado dentro do CREA, não devemos esperar muito: teremos nossas atribuições profissionais reduzidas a quase nada.

Vamos acordar povo???

Depois não adianta reclamar não viu???

ABD e a tentativa de golpe na Regulamentação

Pois é meus amigos. Conforme prometido está aí o texto do tal PL de regulamentação profissional que a ABD está tentando enfiar no Congresso Nacional depois de arrogantemente e arbitrariamente retirar a nossa área do PL de regulamentação do Design.

Segue o texto que recebi por e-mail do Jethero Cardoso. Os grifos e numerações entre parênteses são meus para marcar minhas considerações após o texto.

PROJETO DE LEI Nº……………DE 2012

Regula o exercício da profissão de designer de interiores e dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art.1º  Esta lei regulamenta a profissão de designer de interiores, estabelece os requisitos para o exercício da atividade e determina o registro em órgão competente.(1)

Art. 2º É livre o exercício da atividade profissional  de designer de interiores desde que atendidas as qualificações e exigências estabelecidas.

Art.3º O exercício da profissão de designer de interiores, em todo o território nacional, é privativo dos portadores de:

I – diploma de curso superior em Designer de Interiores, Composição de Interiores e Design de Ambientes expedido por instituições regulares de ensino; (2)

II – diploma de curso superior em design de interiores, expedido por instituições estrangeiras e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação.

III – dos que, possuidores de outros cursos superiores em áreas afins, tais como, Arquitetura, Desenho  industrial, Artes plásticas e outros similares, venham exercendo, comprovada e ininterruptamente, à data da publicação desta lei, as atividades de designer de interiores  por, pelo menos, dois anos. (3)

IV – dos que, tenham sido diplomados como técnicos em decoração ou designer de interiores  ou tendo concluído  o segundo grau e vêm exercendo comprovada e efetivamente, à data da  publicação desta lei, as atividades de designer de interiores, por um período mínimo de três anos, com credenciais expedidas por associações de classe estabelecidas no território nacional.

Art. 3°  São atividades do designer de interiores:

I  – planejar e organizar espaços, visando o conforto e a estética, a saúde e a segurança do ser humano em qualquer de suas atividades, idades ou condição física.

II – estudar e projetar os espaços conforme os objetivos e necessidades do cliente, seguindo normas técnicas homologadas pela ABNT de acessibilidade, ergonomia, conforto lumínico, térmico e acústico.

III  – elaborar projetos de interiores, sistemas e equipamentos, mobiliário e objetos de decoração de interiores e  exteriores e responsabilizar-se pelos mesmos;

IV – elaborar plantas, cortes, elevações, perspectivas e detalhamento de elementos construtivos não estruturais.

V – especificar mobiliário, equipamentos, produtos, sistemas de automação, telefonia, internet, eletro/eletrônicos e segurança, providenciando orçamentos e instruções de instalação.

VI – selecionar e especificar cores, materiais, tecnologias, revestimentos e acabamentos .

VII -comprar produtos, sistemas e equipamentos, após cotação e aprovação pelo cliente.

VIII-  Administrar compras e fluxos organizacionais, gerenciar obras e serviços, manter o orçamento dentro dos valores previstos ou submetendo ao cliente qualquer alteração para prévia aprovação.

IX – planejar  interferências de espaços pré-existentes internos e externos, alterações não  estruturais, circulações, abertura e fechamento de vãos;  (4)

X -promover eventos relacionados a área de design de interiores ;

XI  – fornecer consultoria técnica referente ao design de interiores e exteriores;  (5)

XII – desempenhar cargos e funções em entidades públicas e privadas relacionadas com ao design de interiores;

XIII – exercer ensino e fazer pesquisa, experimentação e ensaios;

XIV – fazer produção técnica especializada, para cinema, tv, shows, eventos, cenografia e produção fotográfica.

XV  – estudar o comportamento humano  e preservar os aspectos culturais que os constituem.

XVI – (13)

Art. 4º  Compete ao designer de interiores,  na execução do projeto de interiores:

I  – especificação de materiais de revestimento, aplicação e troca dos mesmos;

II  – especificação, montagem, reparo, substituição e manutenção de mobiliários e equipamentos;

III – alteração de forro e piso através de rebaixamento ou elevações;

IV  – planejamento hidráulico, elétrico, eletrônico, luminotécnico, telefônico, de ar condicionado e de gás;

V –criação desenho e detalhamento de móveis;

VI  – criação de elementos avulsos para complementação do projeto;

VII – planejamento de paisagismo e jardinagem

VIII  – planejamento e interferências de espaços pré-existentes internos e externos, alterações não  estruturais, circulações, abertura e fechamento de vãos;  (4)

IX – especificação e disposição do mobiliário, observando normas técnicas de ergonomia, conforto térmico, acústico e lumínico visando o conforto e a saúde do usuário.

X -formalizar  a prestação dos serviços em contrato escrito, que estabeleça  as fases do projeto de interiores , prazos, honorários contratados e as formas de remuneração, as responsabilidades do profissional e todas as demais cláusulas necessárias à transparência , objetividade e descrição dos direitos e obrigações das partes no transcorrer da prestação de serviços.

XI – certificar-se de que os produtos e serviços que oferece e/ou indica são adequados aos fins propostos.

§ 1º Na execução do projeto, o designer de interiores deverá prestar assessoria técnica, exercendo as seguintes atividades:

I – coleta de dados de natureza técnica;

II – desenho de detalhes e sua representação gráfica;

III – elaboração de orçamento de materiais, equipamentos, instalações, prestadores de serviços especializados e mão-de-obra;

IV – elaboração de cronograma de trabalho, com observância de normas técnicas e de segurança;

V – fiscalização, orientação, acompanhamento e coordenação do projeto nas instalações, montagens, reparos e manutenção;

VI – assessoramento técnico na compra e na utilização de materiais, tecnologias,  móveis,equipamentos, adornos e objetos de arte;

VII – responsabilidade pela execução de projetos compatíveis com a respectiva formação e competência profissional;

VIII – condução da execução técnica dos trabalhos de sua especialidade.

IX -Gerenciamento da obra observando organogramas e fluxogramas.

§ 2º –  Na execução dos itens, IV e VIII, do “caput” deste artigo o designer de interiores deverá ter o acompanhamento de técnico responsável  especializado.  (6)

Art. 5°  O projeto de interiores é de autoria exclusiva do designer de interiores, que o assina, e de sua inteira responsabilidade, quando o executa.

Art. 6º  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O Design de interiores já é uma profissão amplamente reconhecida pela sociedade, por todas as  mídias,  pela indústria, pelo comércio e por inúmeros profissionais prestadores de serviços que trabalham em parceria com o designer de interiores. Este exercício profissional  vem sendo utilizado pela sociedade há mais de cem anos com o objetivo de se viver melhor. (7)

O design de interiores projeta ambientes atendendo, através de seus saberes específicos, o Ser Humano em qualquer espaço onde aconteça a atividade humana, de uma sala de estar a qualquer das tipologias que o trabalho exigir, em escritórios, indústrias, hospitais, nos transportes  e em outros espaços,  em qualquer de suas idades, de um recém nascido a um ancião, todos precisam de cuidados especiais, sob qualquer condição física em que o ser humano possa se encontrar ou com qualquer deficiência física.

Neste sentido, o trabalho do designer de interiores atinge a todos seres humanos que circulem, habitem ou trabalhem em um determinado ambiente, independente até de sua classe social ou condição financeira.

Todos nós, seres humanos precisamos viver com conforto físico e estético, com respeito a nossa  cultura e em condições  que preservem nossa saúde e felicidade, é este o eixo fundamental da atividade profissional do designer de interiores.

O designer de interiores,  a partir da década de 60 do século XX vem tendo um aprimoramento contínuo em seu processo de formação  profissional,  através de conhecimentos técnicos, cursos de reciclagem e pós graduação, seminários e congressos nacionais, pesquisas e permanente atualização dos aspectos da evolução tecnológica, que fazem parte da vida contemporânea .

Desta maneira, vem ampliando continuamente sua atuação num  mercado, cada vez mais complexo, visando sempre o bem estar, o conforto, a estética, a saúde e segurança de quem o contrata.

O profissional habilitado tecnicamente no desempenho de sua profissão contribui para a humanização de grandes e pequenos espaços, como creches, hospitais, praças, fábricas etc. Recuperação e conservação de espaços históricos, através do restauro de ambientes e bens culturais.

De acordo com levantamento realizado pela ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores) em 2011, durante o VI Encontro Nacional de Professores e Coordenadores de cursos de design de interiores, realizado pela ABD em Itú S. P. obtivemos os seguintes e expressivos números:

O Brasil conta com 92 cursos de design de interiores em nível superior (Bacharelados e Tecnológicos) com 17.678 alunos e 1.477 professores.

Soma-se a formação universitária  os 90 cursos de técnicos em design de interiores com 10.080 alunos e 874 professores.

Totalizando um numero significativo de estudantes de design de interiores no Brasil,  27.678 estudantes e 2.351 professores em 182 escolas regulamentadas pelo Ministério da Educação e pelas Secretárias Estaduais de Educação no ensino técnico.

Temos mais de 50 títulos nacionais de revistas especializadas em design de interiores nas bancas de jornais, vários programas de tv  e inúmeros artigos publicados diariamente nos jornais de grande circulação sobre a área de design de interiores. (8)

O Brasil realiza através das mostras; Casa Cor (26 anos), Mostra Artefacto (21 anos), Morar mais por Menos( 8 anos) e Casa Black(2 anos) a maior exposição de design de interiores do planeta, envolvendo a indústria, o comércio e a prestação de serviços para apresentar ao público, diferentes maneiras de ocupar os espaços interiores que envolvem da mais sofisticada tecnologia  ao artesanato mais puro das raízes culturais brasileiras. (9)

Não podemos mais desprezar ou ignorar esta atividade que movimenta  de acordo com o DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços) R$ 60 bilhões de reais por ano, distribuindo riqueza por entre grandes e médias indústrias e pequenas empresas de marcenarias e prestadores de serviços autônomos, como pedreiros, pintores, encanadores, eletricistas, gesseiros, artistas plásticos, lustradores, marceneiros, serralheiros, jardineiros etc.

Com a regulamentação da profissão dá-se condições ao designer de interiores  para exercer a profissão na sua amplitude de seus direitos e deveres. Permite ao profissional participar de licitações públicas, candidatar-se a cargos específicos em empresas públicas ou privadas, e prestar serviços àquelas que exigem documentação profissional.

Não é demais lembrar que o  trabalho profissional do designer  está também intimamente ligado à saúde e à segurança da população.

O exercício por pessoas ou profissionais de outras áreas não qualificados, sem conhecimento técnico de ergonomia, de iluminação, acústica e conforto térmico, das normas técnicas homologadas  pela  ABNT e de outros aspectos relativos à segurança, pode acarretar danos irreparáveis à saúde do  usuário.

A Medicina do trabalho identifica as causas da infortunística* mas é o designer de interiores o profissional que esta apto a projetar e executar projetos de interiores que evitem doenças como:  a Tenossinovite, Tendinite, Epicondilite, Bursite, Miosites, Síndrome do Túnel do Carpo, Síndrome Cervicobraquial, Síndrome do Ombro Doloroso, Cisto Sinovial, Doença de Quervain , que somadas são a segunda maior causa do afastamento do trabalho no Brasil.

*De acordo com Lorenzo Borri a Infortunística é a parte da Medicina legal que estuda os acidentes de trabalho ou “o conjunto de conhecimentos que cuida do estudo teórico e prático, médico e jurídico, dos acidentes do trabalho e doenças profissionais, suas consequências e seus meios de preveni-los e repara-los.”

A lesão corporal, a perturbação funcional, a irritabilidade, depressão e estresse podem ser evitadas através de projetos de design de interiores que transformem os ambientes de trabalho em espaços com cores e revestimentos agradáveis, com conforto acústico, térmico e lumínico, com mobiliário ergonomicamente adequado as atividades desenvolvidas, são estes o fatores que constituem os  ambientes saudáveis para o trabalho.

O Brasil possui duas grandes associações de profissionais a ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores) fundada em 30 de outubro de 1980 com escritórios regionais em  Salvador, Porto Alegre,Curitiba, Brasília, Goiana, Vitória, Rio de Janeiro, e AMIDE (Associação Mineira de Designers de Ambientes de nível superior) afiliadas a IFI (Federação Internacional de Designers de Interiores)e mais uma série de associações de profissionais regionais.

Propõe-se, atualmente, a regulamentação das profissões via negocial, onde as regras e condições de trabalho de natureza profissional seriam demarcadas por intermédio do entendimento entre os interessados. (10)

Argumentam os defensores desta ideia que seria improdutivo fazer da negociação coletiva o grande instrumento jurídico para criar normas e condições de trabalho e, ao mesmo tempo, continuar preservando as regulamentações  de profissão pela via legal. (10) 

Não é demais enfatizar, porém, que a regulamentação legal de uma determinada profissão integra a tradição de nosso ordenamento jurídico, como o confirmam as diversas leis e dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho.

Teve seu início na década de trinta  do século passado, com a finalidade de disciplinar certas profissões, a fim de garantir ao cidadão a prestação qualificada de bens e serviços.

Nesse contexto, insere-se a regulamentação do exercício da profissão de designer de interiores num mundo  globalizado, onde a qualidade e a excelência de bens e serviços vem  se sofisticando cada vez mais, os profissionais da área de design de interiores  devem ter habilitação especializada, pois a organização dos espaços interiores, residenciais, comerciais, culturais e institucionais requerem procedimentos projetuais sofisticados que envolvem a somatória de diversas especialidades.

Conforme disposto na Constituição Federal (art. 5º, inciso XIII) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Observando os limites impostos pela Constituição, a situação dos designers de interiores exige medida legislativa, a fim de corrigir omissões e lacunas no ordenamento jurídico, que tem prejudicado a atuação desses profissionais em todo o território nacional.

A atividade  do designer de interiores está relacionada com à do arquiteto, sem, contudo, confundir-se com ela. A C.B.O. (Classificação  Brasileira de Ocupações) realizada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego, identifica distintamente as profissões de designer de interiores (código 2629) e a de arquiteto (código 2141) e também os técnicos em design de interiores de nível médio(código 3751).

Ocorre que a falta de regulamentação da  profissão de designer de interiores leva a dúvidas quanto ao livre exercício profissional  desta atividade e uma série de argumentos pré-conceituosos  e de ordem legal são colocados através dos CREAs para inibir e restringir o exercício profissional. (11)

Hoje os processos de formação profissional em curso no Brasil habilitam com qualidade os profissionais ao pleno exercício da atividade.Para tanto, a proposição que ora apresentamos tem o objetivo de esclarecer as atividades  e responsabilidade dos designers de interiores, diferenciando-a explicitamente das exercidas pelos arquitetos.

Observamos, que não se propõe reserva de mercado. Ao contrario, busca-se a expressa autorização legislativa para que os designers de interiores possam atuar em um campo que equivocadamente , tem sido em nome da lei, e protegido por ela, convenientemente  atribuído somente aos arquitetos e isto sim, se configura em reserva de mercado e contraria a legislação em vigor. (12)

Por entender que a regulamentação da profissão de designer de interiores virá em benefício não somente da categoria  mas, principalmente, dos usuários dos serviços,  pedimos aos nobres Pares apoio para a aprovação deste Projeto de Lei.

(1) Vai ser assim? Todos enfiados no mesmo saco como se fossem a mesma coisa? Sem distinção entre arquiteto decorador, decorador e designer? Manterão “interiores” para continuarmos enjaulados entre 4 paredes e as partes internas das edificações dificultando a nossa contratação por clientes que necessitam de projetos internos e externos tendo de optar por dois profissionais distindos (1 para interior e outro para exterior) ou um que faça as duas coisas nos fazendo perder clientes?
Hummm…

(2) No meu caso (e em casos atuais), o nome do curso é Decoração de Interiores porém a matriz curricular é a mesma de Design de Interiores/Ambientes. Isso se deu por ingerência e arrogância do ex-coordenador do curso (um arquitrouxa) que odiava a ideia da existência deste curso e destes profissionais. Eu já tenho experiência de sobra para entrar por “tempo de atuação” mas como fica esse pessoal que está se formando nos cursos de “Decoração de Interiores” que ainda existem hoje cujas matrizes são de Design?

(3) Só dois??? Os decoradores que nunca estudaram instalações prediais e sempre largam isso nas mãos de outros profissionais serão DESIGNERS??? A madame que nao tem o que fazer e começa a “dar um tapa” na decoração da propria casa, depois da filha, depois de uma ou outra amiga, faz um curso livre de Decoração e se tiver mais de dois anos de “atuação profissional em DECORAÇÃO vai ser DESIGNER?? Difícil heim…

(4) Porque não podemos PROPOR alterações estruturais visando a melhoria e adequação dos espaços para os usuários? Pensar, analisar o problema e propor soluções que envolvam alterações estruturais é uma coisa, realizar a alteração é outra bem diferente. Para isso existem as parcerias profissionais onde, quando necessário, existe um profissional competente para realizar estas alterações chamado ENGENHEIRO CIVIL que é quem ficará responsável por esta parte. Por isso eu inseri a observação n° 13, que explicarei abaixo.

(5) Já que falam em interiores e exteriores, porque não assumem de vez a nomenclatura mais adequada que é AMBIENTES libertando-nos de vez do estigma setorizado (melhor dizendo, ENJAULADO) de atuação profissional?

(6) Porque se não tem nada demais nisso? No item IV estamos executando o que fomos “treinados” para fazer na universidade. No item VIII, é uma tarefa normal na execução de obras. Salvo no caso de alterações estruturais, aí sim entra a necessidade de acompanhamento técnico, preferencialmente de engenheiros. Propor é uma coisa, executar é outra.

(7) Surtaram? O que existia ha 100 anos era Arquitetura segundo os decanos da Arquitetura e, para os mortais, um tipo de “arrumação” que foi o princípio da Decoração. Ou será que este surto é mais uma compra de briga com os arquitetos? A 100 anos mal se falava em DESIGN, que é a matriz de onde viemos. Antes de propor algo nesse sentido, vocês deveriam cobrar das IES que apoiam e “validam” seus cursos que produzam mais materiais em teoria e história sobre a área pois ainda não existe bibliografia sólida sobre isso aqui no Brasil.

(8) Vamos lá, me diga 1 revista ou programa de TV ou encarte de jornais que seja realmente especializada em Design de Interiores/Ambientes. O que temos é um monte delas que mistura arquitetura, design, decoração e artesanato como se fosse a mesma coisa. “Cafofo da Cráudia” vir dizer que é especializada em Design é uma piada de mau gosto aliás, eles nem sabem o que é DESIGN! Isso é uma mentira! O que as revistas mostram é apenas uma pequena e irrisória parte do nosso trabalho e, muitas vezes também, trata-se de ARQUITETURA. É um total desrespeito com a nossa área profissional. Estas revistas só servem para confundir o mercado.

(9) Da totalidade de ambientes das mostras que acontecem no Brasil, se contarmos 2% dos ambientes que são (ou foram) realmente projetos de Design de Interiores/ambientes é muito. É pura decoração, arquitetura e exposição de peças de design e lançamentos de produtos. Outra coisa que distancia as mostras do Design é que predominam tendências, estética, luxo… os elementos do design ficam para trás e em muitos espaços não se observa absolutamente nada dele. É um surto coletivo de mediodridade conceitual que somente prejudica o mercado.

(10) ATENÇÃO AQUI=> Isso me soou assim: olha aqui deputados, isso é somente entre nós (ABD) e vocês parlamentares.  SE, e somente SE houver a necessidade de ouvir alguém de fora, somente serão os por nós indicados e que “rezem a nossa bíblia”. Muito ético, muito  transparente, muito respeitoso com os profissionais não é mesmo? No entanrto vale lembrar-lhes que vivemos numa DEMOCRACIA onde o arbitrarismo (normal para vocês) não tem espaço.

(11) Opa pera lá!!! Onde estão o CAU, IAB, AsBEA e outros ligados à Arquitetura que são quem realmente nos enchem o saco com suas sandices??? Os engenheiros NUNCA nos causaram problemas.

(12) Poxa, até que enfim aparece isso vindo pela ABD. Uma pena que esse discurso somente ficará no texto de defesa deste projeto. Pois SE a ABD fosse séria, já teria lançado inúmeras notas e campanhas sobre este assunto, mas mantem-se calada como se nada disso acontecesse. E tem mais, direito adquirido não é significado de reserva “ilegal” de mercado, portanto este argumento dos arquitetos é falacioso e criminoso.

(13) De acordo com o item 4 acima, o correto seria a existencia do seguinte texto: “planejamento de alterações estruturais visando a melhoria dos espaços/ambientes adequando-os às necessidades dos usuários.”

Minhas considerações finais:

Está, de modo geral, bom o projeto. Porém é mais salutar e ético e ABD deixar os designers de interiores/ambientes em paz e ficar apenas com os arquitetos decoradores e decoradores como seus membros. Já que não nos respeita em nossa especificidade que pare de nos usar porcamente.

Também, revogar a ação idiota de alteração do nome e voltar a ser Associação Brasileira dos Decoradores, já que de designers, nunca foi nem nunca será.

Outra coisa, este texto está ótimo sabe para que? Para depois da regulamentação do DESIGN ele servir para regulamentar a área dentro do Conselho de Design, assim como acontecerá com as outras áreas suprimidas do PL de regulamentação do DESIGN. Mas claro, aproveitado por NÓS, verdadeiros DESIGNERS e sem ingerência desta associação tosca e vendida.

Vi várias vezes em comunidades e fóruns pela web, o pessoal mais ligado ao CAU elaborando planos para regulamentar Design de Interiores através deles, dentro do CAU. Mas o primeiro passo seria a extinção dos cursos de Design de Interiores aqui no Brasil. Isso é só uma parte das sandices que vi pela web.

Também alerto para o fato de que um amigo meu de Brasilia me informou que tem um deputado negociando com o CAU a inserção da área dentro do conselho, já com um projeto de regulamentação em mãos.

INADMISSÍVEL!!!!

Já vi várias afrontas do CAU e outros órgãos da arquitetura sem que a ABD se pronunciasse, deixando parecer para todos que eles estão certos.

Se a ABD quiser seguir em frente com isso, terá de alterar este projeto para Decoração (o nome da associação também) eliminando atribuições dos designers e arquitetos. Estes são apenas alguns pontos de discordância e existem ainda muitos outros que corroboram a posição de vários profissionais verdadeiros da área e nos embasam inclusive, juridicamente, para barrar essa tentativa de golpe contra a nossa profissão.

Então é bom a ABD parar com esse processo, pois de estudantes à profissionais, enfrentarão uma batalha que jamais imaginaram contra essa tentativa descabida de golpe contra a nossa profissão pois de profissionais a estudantes, serão muitos os que se levantarão contra esta associação.

Já existem grupos formados e observando o andamento de tudo isso. Não há nenhum vinculo desta ação com qualquer outra associação. São grupos compostos por acadêmicos e profissionais formados em Design de Interiores/Ambientes revoltados com o descaso, desrespeito e falta de transparência e ética da ABD.

Na próxima semana estou pedindo minha desfiliação da ABD e vou sim postar em meu blog, mais uma vez, o porque da decisão. Associado, entende-se que eu concordo com as atitudes dela. Por mais que eu diga que não e afronte-a em meu blog e redes sociais de nada adianta.

Por duas vezes a ABD tentou comprar o meu silêncio oferecendo-me vantagens. Mas não me deixo comprar, não sou sujo.

Um exemplo disso foi quando “surtei” (novamente) meses atrás e lancei um post ácido e critico contra a ABD, o pessoal entrou em contato comigo me convidando para ser colaborador para palestrar, ministrar cursos, escrever artigos para o site, etc… desconfiei… e realmente não passou de uma tentativa de me comprar/calar pois nunca mais entraram em contato.

Por falar nisso, comentei (sem saber quem era ou se havia alguma ligação dela com a ABD) com uma colega de profissão sobre isso e ela literalmente teve um piti em publico, surtou porque “como a ABD convida pessoas sem ao menos me consultar, pedir minha aprovação? Sou eu que mando nisso lá dentro!”. Foram as palavras dela… Prova de que tudo não passou de mais uma armação imunda da ABD na tentativa desesperada de comprar o meu silêncio.

A ABD não passa de ilusão, de um reininho cor de rosa onde os pseudos reis e rainhas intercalam-se no poder para manter sempre a mesma coisa nojenta, inescrupulosa e ineficiente. Usam-na apenas como trampolim profissional e social através da mídia que compram. E os idiotas associados aplaudindo cegamente e bancando toda essa palhaçada sem questionar nada ou, quando questionam, não recebem qualquer resposta. No máximo recebem uma resposta de que a diretoria analisará a situação e enviará um parecer que. Bem sabemos,  NUNCA vai chegar tal resposta. E afirmo isso por experiência própria.

Então é isso. Taí a porcalhada que a ABD está tentando fazer nos bastidores.

Siga-a e aplauda-a quem for idiotizado ou acéfalo.

Eu tou fora.

“Só dizáiner?” (sic)

É pessoal, depois eu que sou ranzinza e birrento. Mais uma vez me deparei com uma situação constrangedora em uma loja aqui de Londrina.

Estava com um amigo/cliente acompanhando-o em compras, quando resolvemos procurar puxadores para os criados-mudos recentemente adquiridos. Como a Belquímica (onde costumo comprar materiais de marcenaria) encontrava-se fechada em razão de férias coletivas fomos até a Casa dos Puxadores, na Rua Belo Horizonte 450, aqui na cidade de Londrina.

Verificamos o mostruário disponível sem acompanhamento ou qualquer interferência do vendedor que estava atrás do balcão, entretido no computador fazendo não sei o que. Definido o modelo chamei este vendedor para solicitar oito peças do produto escolhido.

Como eu já imaginava que o valor em RT seria ridículo, solicitei ao vendedor que o revertesse em desconto para o cliente.

Ele me perguntou se eu tinha cadastro na loja. Respondi que provavelmente não e ele falou que iria primeiramente fazer o cadastro. Perguntou-me então “O senhor é o ARQUITETO…(?)

Respondi de pronto que eu não era arquiteto e sim DESIGNER.

Ele olhou para mim com certo desdém e soltou:

Só dizáiner(SIC)?”

Questionei “como assim “só designer? Sou um especificador da mesma forma que eles.

Então, indiferente à situação de embaraço a que submeteu o cliente, ele retrucou: “Nosso sistema só aceita arquitetos”.

Reiterei que eu, na qualidade de designer, sou um especificador assim como qualquer arquiteto. Ou melhor, na maioria das vezes muito mais que os arquitetos, considerando que dentre as competências profissionais do designer destaca-se a de projetar e produzir os móveis por completo e não apenas comprá-los em lojas de móveis.

A resposta do vendedor foi que “não tem como cadastrar a não ser que o meu supervisor libere o sistema“.

Meu cliente, indignado com a situação, ao perceber o constrangimento e a falta de respeito profissional em relação a mim – creio que deveria estar visível o meu rosto roxo de raiva – pediu para sairmos dali e encontrar outra loja.

Antes de sair, falei para o vendedor que a loja perdeu um especificador, vendas futuras e também que não espere que eu fale bem da loja onde for.

No caminho para o carro meu cliente (formado em grau superior, pós-graduação em nível de doutorado) estava perplexo! De origem paulistana, morando alguns anos em Londrina, disse que se surpreendeu pela forma ignorante, medíocre e provinciana de perguntar “você é só designer?”! Como se houvesse graus inferiores no exercício da excelência profissional. Na conversa, mostrou-me por analogia como se aplicaria este absurdo em outros ramos técnicos ou profissionais, no âmbito da pesquisa, tecnologia e congêneres.

É preciso respeitar as competências específicas de cada área, inclusive considerando suas intersecções, que não obscurecem a identidade profissional. Ao contrário, segundo este cliente, num contexto onde valorizamos a interdisciplinaridade e as decorrentes interações na elaboração de projetos (em qualquer área) como condição sine qua non de qualidade e confiabilidade, esta reserva de mercado é obsoleta e inaceitável. Em outras palavras, um mercado de “mente pequena”, atrasado e de olhar míope para a própria realidade.

Como se pode observar, a indignação deste cliente lhe permitiu entender o corporativismo grosseiro e anacrônico que ainda reina nesta área profissional em Londrina: um sério obstáculo para parcerias que seriam bem vindas e que, com certeza por meio de uma sadia concorrência, proporcionaria o avanço em inovações de projetos para além da estagnação da criatividade que marca especificamente o mercado londrinense.

Na verdade, um mercado com contradições! Nem tudo está perdido! Saímos desta loja – Casa dos Puxadores – e fomos para outra próxima, do outro lado da rua Belo Horizonte, onde fomos bem atendidos com respeito profissional na compra dos puxadores de ótima qualidade.

Esta situação merece uma reflexão crítica muito séria e mais aprofundada: este caso deste vendedor e da loja que ele representa – que não é isolado – manifesta um corporativismo latente por detrás dos balcões comerciais. Para além de um comércio tacanho, a pergunta que devemos sempre fazer é a seguinte: a quem realmente interessa estas práticas de visão estreita?

É pessoal, aqui em Londrina – assim como em cidades do porte de Londrina e menores – podemos constatar uma certa “máfia” de arquitetos, encabeçada por uns poucos que se acham “estrelinhas” em torno dos quais gravitam aqueles que se contentam com migalhas do mercado sob tácita reserva. Entretanto, vários destas “estrelinhas” precisam ficar fazendo interiores pra sobreviver, confundindo ou enganando os clientes e, por sua vez, demonstrando claramente sua incompetência em destacar o que é específico no exercício profissional de arquitetura, sua verdadeira formação.

No que se refere à formação – inclusive do ponto de vista de uma ética profissional – cabe aos cursos de Design implementarem com seriedade curricular um diálogo com a Arquitetura – desde que esta se abra para isso – demarcando claramente as competências e as possibilidades de interação profissionais, abrindo o mercado para parcerias produtivas e para o respeito das especificidades de atuação. Não se pode mais suportar estratégias escusas e imorais para garantir reserva corporativista de mercado.

Considerando o Curso de Design ofertado pela UNOPAR, espero sinceramente que seu novo gestor, a empresa Kroton Educacional, sem se tornar refém de “coleguismos” provincianos,  promova um efetivo “choque de gestão” priorizando a qualidade curricular deste Curso sobretudo com a contratação de docentes de reconhecida competência para as áreas teórico-práticas e tecnológicas relacionadas com o Design.

Indo mais a fundo no problema inicial deste post, aqui em Londrina, arquitetos recebem o quanto querem como RTs das lojas (já ouvi relatos de até 40%) enquanto os designers tem de chorar muito para conseguir míseros 5% – quando conseguem isso. Pouquíssimas são as lojas que nos dão 10% de comissão. Sem considerar que muitas lojas também são coagidas a privilegiar os arquitetos, com receio de perder clientela. No entanto, os colegas designers por necessidade continuam levando clientes, submetendo-se a essa humilhação. Seria muito melhor se fossem éticos com seus clientes, relatassem como isso tudo acontece – inclusive a existência das RTs. Certamente o cliente ficaria do seu lado e não da loja.

Outro detalhe: as RTs dos arquitetos são pagas rapidamente. Estou com três lojas que, desde maio deste ano, estão me “enrolando” e não me pagam o que me devem de RT.

Aqui em Londrina rolam altos coquetéis das lojas, construtoras e empreiteiras que NUNCA convidam designers. O que acontece (e sei disso através de uma amiga que organiza as melhores festas aqui) é que um determinado grupo de arquitetos assedia os organizadores para saber quem são os convidados e, se tiver um único designer convidado eles boicotam a festa. Já relatei isso aqui em meu blog e já vinha relatando antes dele, ainda no orkut. Como vêem, nada mudou por aqui.

Enquanto isso na “Ilha da Fantasia” a ABD fica fazendo festinha e carnaval mascarando o real problema que afeta o mercado, isto é, a dura realidade a que somos submetidos diariamente.

Enquanto a nossa categoria (designers de interiores/ambientes) não conseguir reverter a asneira que a ABD fez junto ao grupo do prof Freddy Van Camp e termos a nossa área inserida no projeto de regulamentação do Design as coisas continuarão a ser assim. Fica aqui mais uma vez a minha solicitação para que o grupo do professor Freddy e os deputados envolvidos reavaliem essa questão pois a ABD, por interesses estranhos que rolam nos bastidores, não tem qualquer autonomia ou autoridade representativa para decidir sobre a nossa profissão, nosso futuro profissional.

A ABD afirma que não há essa rinha entre arquitetos e designers, porém até mesmo o Ricardo Botelho (que vocês conhecem muito bem) já escreveu recentemente sobre isso no portal ADForum. Tanto não há que a ABD insiste em não enquadrar ou separar os profissionais corretamente como Designers de Interiores/Ambientes, Arquitetos Decoradores e Decoradores. Irresponsavelmente, insistem em dizer que são a mesma coisa. Porém ficam quietos quando os arquitetos “sentam o cacete” nos designers.

Percebo claramente que a ABD continua refém do mesmo grupinho de “espertalhões” que se acham poderosos e espertos. Mas na verdade escondem as intenções oportunistas que não condizem com a maioria dos profissionais sérios que não participam da “rodinha” privilegiada.

Talvez o pessoal das grandes cidades não consiga entender estes problemas por ser bem mais difícil que estes aconteçam já que a realidade é bem diferente. Sempre recebo convites de empresas de São Paulo, Campinas e Curitiba para seus coquetéis e festas. Mas mesmo que não sintam estas dificuldades e não passem por estas humilhações diariamente não quer dizer que devem se calar e não defender a nossa classe profissional.

Então, profissionais, acadêmicos e docentes de Design de Interiores/Ambientes, acordem. Leiam e releiam este post quantas vezes forem necessárias para refletir sobre esta (e tantas outras) situação estúpida que temos de nos submeter diariamente longe dos grandes centros. Somos formados, estudamos muito como qualquer outra profissão exige. Então não tem porque termos de nos submeter a este tipo de humilhação diariamente.

Se a ABD não se mexe, nos mexamos nós então. Aqui vão, inicialmente, algumas sugestões de como nos unir. Vou refletir sobre isso e soltarei um post em breve com mais sugestões para educar o mercado.

1 – Entrem em contato com o grupo do professor Freddy Van Camp pedindo que acrescentem Interiores/Ambientes nas especialidades do PL de regulamentação do Design com urgência. Se você já passou por alguma situação constrangedora ou vexatória não tenha vergonha de relatar isso a eles.

2 – Converse com as lojas (preferencialmente com o gerente) antes de levar os clientes para compras. Ligue e diga que é arquiteto (invente um nome) e pergunte quanto é a RT. Depois ligue, apresente-se corretamente e questione quanto é a RT. Se houver diferença, fale na cara dura que a loja perdeu um especificador e o porquê disso. Também avise seus colegas profissionais de sua cidade sobre a sacanagem que tal loja faz.

3 – Boicote também as lojas que fazem coquetéis e festas “só para arquitetos”.

4 – Se algum estabelecimento – ou alguém – exigir a sua carteira de associado da ABD para seja lá o que for, diga claramente que ela não é um Conselho Federal, não tem poder legal, portanto não há o menor cabimento nessa exigência.

Bom é isso por hora.

Hoje é meu aniversário e eu não conseguiria curtir tranquilo a minha festinha aqui em casa sem colocar isso para fora.