Fotos da sala do ateliê do Jadir

Bom, conforme prometi aqui estão as fotos da sala do piso superior do ateliê do Jadir Battaglia que comentei no post anterior.

Falem que ele não tem um estilo forte e que não tem competência para trabalhar na área que dou unfollow no TT e no face na hora em quem ousar ahahaha

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Detalhe: todas as molduras, batentes, vistas e detalhes ou são originais ou ele tirou o molde e fez cópias nas áreas que estavam muito estragadas.

simplicidade

Vejo constantemente nos projetos elementos complexos hora para atender necessidades físicas, hora para atender necessidades estéticas e assim por diante. Sempre há uma justificativa para tudo.

No entanto muitas vezes a opção por coisas mais simples podem resolver um problema que parece difícil. Por exemplo:

Como resolver aquele canto da sala que “sobrou” medindo 1x1m?

Já tenho mesinhas demais, ali não cabe uma poltrona, uma estante ficaria ridículo e assim por diante. Os empecilhos parecem ser sempre maiores que a nossa possibilidade de solucionar o que, muitas vezes, nos levam a fazer coisas que depois de prontas vem aquela sensação: “Não gostei”.

Não sei se sou adepto de um dos motes da arquitetura “menos é mais”. Só sei que não suporto ambientes entupidos de cacarecos. Me dá náusea. Só de pensar naquele monte de bibelôs enfileirados e/ou amontoados me arrepia a alma.

Fico pensando na “praticidade” que será para o/a usuário/a limpar um por um (ou coitadas das empregadas), em crianças correndo histericas derrubando tudo, etc. Sem contar que acho horrorosas, especialmente aquelas miniaturas de vidro/cristal.

Por isso sempre admiro ambientes mais limpos, cleans, fáceis de manter arrumado e limpo além de serem ambientes mais leves.

Pois bem, voltando ao cantinho nojento de difícil solução: o que fazer para não se decepcionar depois?

Uma excelente alternativa é a arte para compor este tipo de canto. Pode ser uma arte clássica ou contemporânea, o importante é que ela tenha alguma ligação com o restante do espaço. E sim, uma arte contemporânea pode conviver tranquilamente com um ambiente clássico e austero. Depende da aplicação.

As imagens a seguir mostram uma das obras do artista Olafur Eliasson, que está com uma exposição no Martin-Gropius-Bau em Berlin, com o nome Arco-Íris Circular:

Pois bem. Múltiplos efeitos, lúdico para observação e contemplação. Uma peça que prende a atenção de quem a vê. Afinal, me digam um foco de luz diferente, com ou sem movimento, que não chame a atenção do olhar humano.

A sutileza e a leveza deste tipo de peça certamente não irá interferir e muito menos pesar naquele cantinho sem graça que sobrou. Pelo contrário, irá valoriza-lo e muito.

Consegue você aplicar este tipo de coisa nos seus projetos? Já tinha pensado nisso?

Agora para finalizar, um exercício: você consegue listar os materiais utilizados para construir esta peça e atingir este efeito?

Bons pensamentos e muita criatividade a vocês.

E muita luz!

Até o próximo post.