Bom meus visitantes…. este é um e-mail que mandei à Brunete Fracaroli quando ela ainda era presidente da tal ABD, logo em seguida enviei à propria ABD e que até hoje nao recebi resposta alguma. Isso porque foi enviado em 2005.
Portanto, diante do descaso sou o primeiro a gritar:
NÃO! EU NAO COMPACTUO COM SACANAS!!!
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Bom, nao nos conhecemos ainda, apenas virtualmente de parcos contatos. Sou designer de interiores e LD (associado à AsBAI). Resido em Londrina-PR mas meus clientes são de fora daqui.
Ainda não me afiliei à ABD pelos motivos que seguem abaixo descritos.
1) aqui no orkut rola uma coisa que muito me chateia e aborrece relativo à classe de decoradores, designers e arquitetos.
Existe uma comunidade aqui chamada “Eu odeio designers prostitutos”. Pelo nome ja imagina o que rola la dentro não é mesmo? O link dela é http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1227406
Este é um problema muito comum que enfrentamos não só aqui mas em todo o Brasil. Os “prostitutos” – melhor termo não há – são aqueles que dão projetos de graça ou cobram valores ridiculamente mínimos dos clientes, por vezes, fazendo troca pelas RT’s que as lojas oferecem. Outro fator, ainda dentro deste mesmo tema e extremamente comum aqui dentro do orkut, são aqueles que prestam “assessoria” gratuíta a “clientes” que entram nas comunidades de design e decoração, postam seus problemas/dúvidas e pronto! Aparecem inumeros “Prostitutos” prontos a abrir as pernas gratuitamente. Eu já perdi cliente real por este ter encontrado a solução num destes topicos. (…)
Isso sem contar a falta de respeito com que muitos arquitetos (só se for da destruição) tratam nós Designers de Interiores onde sofremos retaliações, somos apedrejados e queimados por estes nem um pouco éticos “profissionais”.
2) Considerando ainda esta última questão ressalta-se a relação no mundo real entre essas duas classes que nasceram para trabalharem juntas mas na grande maioria das vezes o que se vê é a agressão – até publica – que arquitetos fazem aos designeres. Onde fica a ética profissional? Para pisar mais ainda, lançam mão do glamour existente em torno do titulo arquiteto e inventam nomenclaturas ou ate mesmo ampliam seus significados para sobressairem-se sobre os designeres, como no tipico caso da “arquitetura de Interiores”. É sabido que se não 100%, no mínimo 99,99% dos cursos de arquitetura não oferecem a formação que nós temos naturalmente em nossa grade curricular. Existem até mesmo mostras de decoração que não nos aceitam em favorecimento aos arquitetos.
3) Existe o PL 5712/2001 que está parado na Câmara desde 07/07/2005 que versa sobre a regulamentação da profissão de Decorador. Este PL foi analisado por comissões técnicas que avaliaram as grades curriculares dos cursos existentes atribuindo assim, funções cabíveis e exequíveis dentro de nosso saber. Isso irá regulamentar esta profissão e é de suma importância para nós pois, além de nos reconhecer publicamente e no mercado, entidades como o CREA, poderão nos aceitar também bem como, poderemos ate mesmo transformar a ABD no órgão regulamentador e fiscalizador responsavel pela área ou, criar outro órgão que faça este papel. Aqui, nós nao podemos fazer quase nada, apesar de nossa qualificação, pois os arquitetos caem com tudo em cima da gente embargando obras. Na faculdade, nossos professores, a maioria arquitetos, batiam insistentemente que a gente não pode nem mesmo pintar uma fachada em um projeto mesmo que não houvesse alterações estruturais. Qual o posicionamento da ABD frente a este PL e atitudes que foram/estão sendo tomadas relativas a isso.
4) Outro ponto é a questão de que, salvo eixos ja conhecidos como Rio, São Paulo, Brasília, BH e poucos outros, nenhum outro ponto recebe benefício algum da ABD. Tudo sempre fica centralizado nas grandes cidades dificultando o acesso a quem mora longe. No Paraná, a regional fica em Curitiba, e parece que foi criada unica e exclusivamente para Curitiba. Isso é um problema não só dessa área pois, referindo-se a Paraná, quem é de fora pensa que só existe Curitiba aqui e tudo centraliza-se lá. Resumindo: a gente tem de pagar uma anuidade e, na pratica, o que recebemos em troca é tão e somente as informações existentes no site. Assessoria jurídica, posicionamento forte e apoio em medidas necessárias como no caso da “prostituição” citada acima estão longe de serem reais. Participar para quê afinal de contas?
Em meio a isso tudo, criei uma comunidade para nós, designeres, discutirmos sobre isso. O link é:
http://www.phpbber.com/phpbb/index.php?mforum=pauloliveira
Porém o que estou notando é que os designeres já não acreditam mais em associações de classe pelos motivos acima descritos e alguns outros. Até mesmo a participação no fórum está prejudicada por causa disso.
Estes são alguns pontos sérios que eu gostaria de esclarecimentos também sérios por parte da ABD, e gostaria também da posição da profissional exemplar que é Brunete Fraccaroli pois admiro muito seu trabalho. Inclusive em palestras que dou sempre tem alguma imagem de projetos seus no meio sempre com fonte citada.
Sem mais para o momento, agradeço a atenção dispensada e fico no aguardo destas respostas.
Votos de sucesso sempre!!!
Fique com Deus.
Paulo Oliveira
Boa tarde,
Paolo gostaria de saber como esta o mercado de trabalho do design de ambientes.
E se ha uma difirerança muita grande de uma graduado para um pós graduado na área de design.
Agradeço desde já.
Camilla Magalhães
Camilla,
Isso depende muito da região onde você mora. Mas de uma maneira geral, está aquecido o mercado.
Já sobre qual curso optar, depende da sua formação de origem.
Se já vem de área como arquitetura ou engenharia, a pós é uma boa opção. Se vem de outra área, procure um curso superior pois a pós dificilmente vai proporcionar a formação completa.
Acho que é isso.
abs
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