Stimmung

Bom, como já encaminhei o trabalho para o prof Glaucus, posso postá-lo aqui e compartilhar com vocês. Este trabalho foi feito em grupo por mim, Marcia Ely Tano, Carlos Cavalcante %&#&)@%&%*%$# (Kühnlein), José Fernando Garla e Simone de Aquino Araujo El Haouli.

Brincadeira Carlos, sabe que todos conseguem falar e escrever seu nome com a maior facilidade e naturalidade ahahahah.

Vamos lá:

“Definir stimmung, as ferramentas para a sua concepção e a forma pela qual o designer de interiores pode usufruir destas para a concepção de seus espaços interiores.”

Stimmung é, em resumo, a atmosfera, a sensação que produz cada ambiente. Também conhecido como o “feeling” do espaço, constitui-se no elemento principal para que o profissional consiga projetar os ambientes buscando atender as necessidades objetivas e subjetivas dos clientes.

Stimmung (Stim-mung)
Sf, -en 1 – ambiente, atmosfera, clima.
2 – tendência.
3 – humor, disposição, ânimo.
4 – animação. in Stimmung sein estar animado. (WIKI)

A noção de stimmung é buscada – e/ou levantada – pelo profissional no momento do brieffing, na conversa informal com o cliente onde se tornam conhecidos os desejos, vontades e sonhos. Através deste conhecer, conseguimos perceber quais são os pontos relevantes e mais pessoais que devemos cuidar de forma mais precisa no projetar que mais agradará no resultado final.

É bastante comum vermos clientes buscando não um lar, mas sim uma casa para exibir, as casas de revista. Este tipo de projeto dificilmente consegue atingir o lado psicológico pessoal do cliente. Mantém-se na superficialidade, sem identidade própria. Em geral, observam-se ambientes belos e ricos, porém frios e impessoais por mais que os produtos, cores e texturas tentem dizer o contrário. É uma sensação de “quarto de hotel”: por melhor e mais confortável que possa ser não é a nossa casa, o nosso cantinho e lar. Não conseguimos nos ver dentro do espaço ou reconhecer-se como parte integrante do mesmo. Não tem a nossa identidade.

Conhecer a fundo o cliente, a sua história, trajetória e perspectivas de vida é fundamental para que o profissional consiga direcionar o projeto para algo mais vivo, pessoal, personalizado e com atmosfera particular e pessoal.

A definição de stimmung como a “atmosfera do espaço” nos direciona a concretizar e equilibrar os desejos e sonhos conscientes e inconscientes dos clientes, com os espaços projetados buscando um diálogo permanente e conciso entre os dois.

O que pretende “passar” para quem vai conviver com você neste espaço ou ambiente?. Acredito que essa frase resume bem tudo o que stimmung quer dizer: atmosfera, sensações, vibração, energia.

A palavra “atmosfera” apenas, pode não passar de um clima passageiro como, por exemplo, quando arrumamos a casa para receber visitas. Stimmung está bem à frente disso, é uma constante, vive-se a cada momento em um fluxo contínuo e regular.

É complicado traduzir o que o cliente deseja, pois temos que tentar entender o que a resposta que ele nos dá realmente significa para ele. Lidar com palavras para traduzir sentimentos é complicado e por vezes pode ser enganoso. Por isso faz-se necessário que nos primeiros contatos com o cliente, o profissional consiga coletar informações subjetivas através de um brieffing bem elaborado. Ainda neste brieffing, é importante que o profissional não fale e sim deixe o cliente a vontade para fazê-lo.

O livro A terapia do Apartamento, de Maxwell Gillingham-Tyan, nos apresenta um excelente exemplo ou forma de como conseguir captar este lado mais íntimo e que dificilmente os clientes expõem. É-nos apresentada também uma outra forma de pensar o lar: um corpo composto de ossos, respiração, coração e cabeça. Segundo esta visão, o stimmung, aqui, está intrinsecamente ligado ao coração da casa. É este coração que vai permitir que fluam as paixões e sentimentos (bons ou ruins) e que estes mesmos atinjam aqueles que moram ou visitam esta casa. Através das cores, texturas, aromas e outros elementos este coração pulsa fortemente mostrando a sua identidade.

No entanto, Maxwell deixa claro que, de nada adianta uma casa confortável, muito bem organizada em todos os sentidos e esteticamente bela se os moradores e/ou usuários não estiverem bem. É o que acontece quando vamos a alguma festa na casa de alguém e, mesmo sem saber se está acontecendo algo de ruim entre o casal, o “clima”, por mais que eles se esforcem, fica estranho e as pessoas percebem que algo está “deslocado” ou fora do lugar. É um algo imperceptível aos olhos, mas que incomoda. É a energia pessoal influindo no ambiente.

Esta energia negativa pode ter origem em vários pontos: pessoal, familiar, profissional, etc. Ao profissional cabe detectar e, de uma maneira sutil, procurar direcionar o cliente para que busque uma forma de arrumar a área que está afetando negativamente a sua vida.

Assim percebemos que o stimmung, além de toda a parte física necessária para compor o espaço, tem, na energia pessoal, uma influência e impacto direto sobre o espaço.

“A casa é uma caixa de sentimentos humanos”. (Arq. Aurélio Martinez Flores)

Rua ecológica

Holanda testa pavimentação que absorve os poluentes emitidos pelos carros

por: Luciana Sgarbi

Uma das soluções para a crise ambiental que tanto ameaça o planeta pode estar sob os nossos pés. Pesquisadores e ambientalistas do Japão e da Holanda anunciaram na semana passada a criação da primeira “rua ecológica” capaz de absorver boa parte dos poluentes lançados pelos automóveis na atmosfera. Não é pouca coisa. Estima-se que cerca de 50% da poluição do ar nas grandes cidades tenha sua origem nos carros. Mais: o Instituto Umwelt-und Prognose Heidelberg, um dos mais criteriosos do mundo na área do meio ambiente, calcula que cada veículo lance em média vinte quilos de gás carbônico ao longo de dois dias (o metrô leva um mês para poluir em idêntico patamar). Pois bem, para reverter esse quadro, e falando-se em ruas e automóveis, um significativo sinal verde contra a poluição foi dado pelas autoridades da cidade holandesa de Hengelo. Em algumas de suas vias, grupos de engenheiros começarão ao testar esse novo tipo de pavimentação. Experimentada em laboratório, ela transformou partículas de óxido de nitrogênio (NO2), emitidas pelos automóveis, em nitratos inofensivos à saúde humana, graças a reações químicas envolvendo a ação da luz solar e moléculas de dióxido de titânio. Explica-se: no momento em que os raios solares aquecem o cimento, as moléculas de titânio reagem “sugando” o nitrogênio e esse processo faz com que tal nitrogênio se torne nitrato.

“Nas entranhas do cimento restará apenas o pó dos poluentes, e a chuva limpará isso. Ficaremos um pouco nas mãos da natureza no que diz respeito aos índices pluviométricos, mas isso é melhor do que ficar à mercê da poluição dos carros”, diz o engenheiro-chefe do projeto, Jos Brouwers. O NO2 é um dos principais poluentes liberados pelos motores, juntamente com o óxido de enxofre. Para os países nos quais se concentram altos índices de carros, como por exemplo os EUA e a Alemanha, esse tipo de rua pode não ser a grande solução, mas, certamente, contribuirá para o abrandamento do problema atmosférico. “Estamos em testes, e se der certo poderemos pensar em grandes canteiros de obras para transformar nossas ruas e estradas em purificadores de ar”, diz Brouwers. A Prefeitura de Hengelo está pavimentando trechos de ruas com esse material e deixando outros, intencionalmente, com a pavimentação tradicional. “Medindo e cotejando a qualidade do ar nas duas partes, poderemos mostrar a eficácia desse método”, diz um dos estudos da Universidade de Twente, que se programou para divulgar os primeiros resultados no segundo semestre do ano que vem.

fonte: IstoÉ