Como todos sabem, quinta feira próxima entra em vigor a “Reforma Ortográfica”. É impressionante como de uns anos pra cá no Brasil tudo vem sendo nivelado “por baixo”.
Trabalho, educação, saúde, profissões entre várias outras áreas vem sendo contantemente deturpadas, desrespeitadas, menosprezadas enfim, antes de serem exortadas e valorizadas como deveriam, vem sim, na verdade, sendo desqualificadas e como ja coloquei antes, nivelados “por baixo”.
Hoje a qualificação profissional, por mais que se diga o contrário, tem sido desprezada em nome do “apadrinhamento”. Meritocracia cada dia tem menos valor.
A saúde encontra-se em níveis alarmantes “como nunca antes na história deste país”.
As profissões que realmente contribuem para o desenvolvimento do país, como a nossa relacionada ao Design, ficam a mercê de grupelhos lobistas que emperram o andamento de qualquer ação de valorização ou regulamentação. No entanto, astrônomos e profissionais do sexo já são devidamente respeitados e regulamentados… Impressionante!
E a (des)educação?
Isso já vem ha muito tempo sendo tratada como uma ferramenta de alienação total. A (de)formação plena do ser (des)humano, (des)intelectual, (ir)racional, (in)capaz, (in)completo, (in)suficiente, não autônomo, não pensante. O que vemos hoje em dia é que de três geração atrás em diante, vem sendo formada uma massa de alienados e incapazes até mesmo nas coisas básicas da vida cotidiana. Isso já começa na formação básica onde temos o “empurrão” quando as Secretarias de (des)Educação distorcem a avaliação em prol de estatisticas favoráveis para encobrir a baixa qualidade da educação recorrendo ao álibi de uma falsa inclusão social. Atravessa o Ensino Básico (de)formando jovens e adolescentes que não lêem, não interpretam, não pensam, não refletem, não analisam, não vêem. Chegando ao Ensino Médio, vira o “decoreba puro”.
Todos apenas pensando em decorar fórmulas e mais fórmulas, regras e mais regras para ver se conseguem um lugar ao sol: aprovação nos vestibulares nas IES públicas.
Outros preferem o caminho mais curto: as IES particulares que na maioria das vezes tem provas dignas de sessão da tarde.
E agora, como se não bastasse isso tudo, nos enfiam “goela abaixo” essa tal de “Reforma Ortográfica”.
Eu me recuso à aderir à esta bestialidade.
É engraçado perceber que países se recusaram a ceder para a nossa língua. No entanto, nós somos obrigados a “abrir as pernas” para os outros.
Se nosso presidente tem esse costume já que comprovadamente faz isso com seus “hermanos” em diversas outras situações, que não nos force à uma idiotice e irresponsabilidade dessa.
Independente de usarmos “o padrão português” como língua, uma coisa que ninguém que inventou essa coisa tosca se tocou é de que a nossa língua não é portuguesa e sim BRASILEIRA. Os regionalismos e peculiaridades da língua falada por nós a torna uma língua única e genuinamente BRASILEIRA. Assim como a falada em Portugal, esta sim é a língua portuguesa.
Mas a coisa não para por aí. Estive analisando já ha algum tempo as modificações propostas na tal Reforma e me dei conta de uma coisa absurda: ela não trata de unificar a língua dos países que usam o português, mas sim de “fazer valer como correto” os erros crassos de escrita da população, aqueles mesmos erros não corrigidos adequadamente durante a (des)educação de base.
Isso é ridículo!
Retiram o hífem de umas palavras e colocam em outras que antes não tinham.
Acentuação pra quê? O povo não usa mais isso mesmo. Especialmente no “internetês”.
Portanto,
EU ME DOU O DIREITO DE RECUSAR A ADESÃO A MAIS ESTE IMBRÓGLIO E DESRESPEITO À NOSSA NAÇÃO E À NOSSA LÍNGUA.
Vou continuar a escrever exatamente da forma que aprendi – bem ou mal. Sei que não sou nenhuma autoridade reconhecida em língua, gramática e ortografia brasileiras, mas ao menos não fico por aí assassinando a minha língua pátria.
Creio que TODOS deveriam pensar seriamente sobre este assunto.
Fica aqui o meu recado:
Eu não vou compactuar com isso e continuarei a escrever normalmente no padrão que aprendi como língua pátria: o BRASILEIRO.