Desenho e detalhamento de móveis

 

Uma das maiores dificuldades e que também muito tempo na hora de projetar, além de gerar muitos problemas na execução de um projeto são os móveis à serem confeccionados especificamente para o ambiente.

O principal problema ou falha – para o projetista – está no desenho e detalhamento.

Muitos profissionais não levam em consideração ou não dão a devida importância à parte de detalhamentos. E é esta parte do projeto que irá concretizar e enfatizar a qualidade do mesmo. É esta parte que fará a diferença no resultado final.

É comum vermos profissionais entregando esboços, croquis ou até mesmo projetos bastante falhos, com falta de informações aos marceneiros e montadores. Muitos entregam pranchas com elevações, cortes e uma perspectiva básica. Tudo devidamente cotado. E apenas isso.

Porém, para que o projeto seja confeccionado devidamente e com qualidade, outros detalhes devem ser mostrados no projeto: outras formas de expressão, detalhamentos minuciosos, para garantir que tudo saia exatamente como imaginado, criado e planejado.

Detalhes ergonômicos devem ser tratados com o devido cuidado e atenção.

Primeiro temos de ter consciência de que será preciso fazer um desenho detalhado de todas as peças que comporão o produto final. Estes desenhos tem de ser cotados, com cortes e vistas. Não basta apenas as elevações e cortes gerais do produto final. Sem isso podem ocorrer erros crassos na execução.

Devemos também mostrar detalhes pertinentes ao funcionamento e manuseio do produto. Isso é fundamental para quem está confeccionando o seu produto. E também para o cliente conseguir visualizaro que terá em mãos posteriormente.

Além da perspectiva manual, faz-se necessário hoje em dia o uso das perspecticas em 3D que facilitarão a visualização do produto final por quem a estará confeccionando.

Devemos também não nos esquecer das perspectivas explodidas. Estas devem ser bastante claras para que o executor possa visualizar e entender perfeitamente como deverá ser feita a montagem, onde entra e encaixa-se cada elemento. Na imagem acima – cadeira de Mauricio Azeredo – não há uso de ferragens. São apenas encaixes. Porém, quando existem parafusos e outros metais e ateriais, estes devem fazer parte da perspectiva explodida.

Quando trabalhamos com juntas, as mesmas devem ser milimetricamente detalhadas para que não haja erro na execução.

Outro detalhe importante, são as ferragens (parafusos, dobradiças, soldas, etc) que devem ser facilmente visualizados no desenho, a sua locação e, por vezes, forma de colocação/aplicação. Estes itens, além de detalhados nos desenhos, devem fazer constar em um memorial descritivo.

Creio que com estas dicas rápidas eu consiga contribuir um pouco mais com o seu trabalho. Lembro que este tipo de detalhamento não se faz necessário apenas em projetos de móveis, mas sim de qualquer outro produto ou equipamento desenvolvido especificamente e também em gesso, projeto luminotécnico, hidráulico e outros que se fizerem presentes no projeto.

Bom trabalho!!!

Mais sobre perspectivas e desenhos

Continuando as dicas sobre desenho e perspectivas, seguem indicações de alguns sites interessantes sobre o assunto:

Um site bastante didático. Online você encontrará aulas sobre Aspectos Teóricos, Temáticos, Passo a passo, Downloads de aulas, Galerias e muitas outras informações.

É um site bastante genérico e que mostra como as coisas funcionam. Para quem é curioso nato com eu é uma boa pedida. Na parte de desenho, tem aulas disponiveis online numa linguagem bastante simples sobre perspectivas, desenhos gerais e vários outros. Vale uma visitinha.

Os DEZ MANDAMENTOS – Na avaliação do Desenho de Observação

Um site bem simples, porém com dicas bem interessantes sobre enquadramentos, papéis, pontos de fuga, luz e sombra, texturas, verticalidade, profundidade, texturas, croquis entre outros.

CENTRAL DE QUADRINHOS

Um site voltado para as HQs mas que tem dicas bem interessantes que cabem nos desenhos utilizados por nós Designers. Destaque para Perspectivas enfileiradas e Subidas e Descidas.

IMASTERs

Entendendo a Perspectiva – coloco este link aqui pois de nada adianta querer desenhar em perspectiva se não formos capazes de entender o que ela é e representa.

DESENHISTAS AUTODIDATAS – Blog

Um blog bem interessante mantido pelo Renato. Muito material, vídeos, dowloads sobre os diversos tipos de desenho.

Problemas com a perspectiva?

Navegando encontrei o site da Yvonne Tessuto Tavares, chamado Perspectiva Quadrilátera.

Para os estudantes que estão aprendendo, ou os profissionais que por utilizar demais o computador para agilizar os trabalhos e com isso acabam perdendo um pouco do traço livre, este site traz ótimas dicas sobre as varias formas de desenhar em perspectiva.

No próprio site você pode acompanhar aulas ou então, fazer o download do livro dela em PDF.

Vale a pena!

Entendendo a perspectiva

Olá Pessoal! Neste artigo iremos conhecer um pouco sobre perspectiva e suas variações. Com ela podemos criar diversos ambientes e trazer mais dramaticidade à a sua cena.

A perspectiva não é nada mais que uma grande ilusão que nossa percepção visual fabrica para que possamos entender a profundidade, volume e distância dos objetos. 

Se pegarmos um objeto, nesse caso um quadrado, e o colocarmos um de seus lados em outra direção, parecerá à nossa visão que ele terá dimensões diferentes, ou seja, o lado mais próximo de nós parecerá maior do que o lado mais distante.
 
Para representar a perspectiva fazemos uso destes elementos básicos:

Ponto de Fuga (PF): É a direção ao qual o objeto estará se dirigindo, se aprofundada.

Linha do Horizonte (LH): Linha imaginária que separa o lado superior e inferior da visão. É também o local onde se localiza o Ponto de Fuga.

Para melhor visualização da Linha do Horizonte e Ponto de fuga, iremos fazer uso da Perspectiva Linear e Oblíqua.

Perspectiva Linear

 

Como podemos ver na figura acima, o objeto foi criado fazendo uso do Ponto de Fuga. Este objeto está acima da Linha do Horizonte, a que se refere ao centro de nossos olhos, o que faz entender que o mesmo está acima de nós.

Podemos dispor de outras possibilidades, tais como:

 

Resumindo, a Perspectiva Linear trabalha apenas com um único Ponto de Fuga.

Perspectiva Oblíqua

Fazendo uso dessa perspectiva conseguimos criar sensações de profundidade e volume em um desenho geométrico. Porém há uma limitação: só é possível ver dois lados do objeto formado. Nesse caso chamamos isso de perspectiva bidimensional, ou, 2D. E como poderíamos aumentar essa noção de profundidade e maior visão de outros lados? Criando um objeto em 3D, ou seja tridimensional. Exemplo:

 

Além disso nós podemos criar sensações mais vertiginosas, com masis profundidades e mais intensas. Para isso, adicionamos mais pontos de fuga. E não será sobre a linha do horizonte, mas fora dela. Exemplo:

 

Como podemos ver, a tri dimensão nos dá a sensação de altura, largura e profundidade concomitantemente.

Fazendo uso de guias como estas, também podemos nos aventurar a criar ambientes com luz e sombra, sempre respeitando a localização da luz. Exemplo:

 

Na figura acima vemos que a luz se torna uma referência para o término da sombra do objeto. Também na figura abaixo temos essa noção:

 

Os dois exemplos acima são exemplos básico que constituem a luz e sombra. Para um melhor entendimento é importante que você observe melhor tudo que está ao seu redor, treinando assim sua percepção visual.

No próximo artigo veremos na prática como criar um ambiente em perspectiva no Corel Draw Fazendo uso de linhas guias.

Grande abraço!

 

Por: Wellington Carrion, Imasters