Meu colega do outro blog (www.desig.pop.com.br) Fernando Galdinu postou lá um tópico falando sobre Empresa Júnior de Design.
Em meu trabalho de pós coloquei na parte onde versei sobre a Matiz Curricular e Ações para os cursos de Design de Interiores sobre isto também.
Normalmente quando vemos alguma nformação sobre isto dentro das IES percebemos que o trabalho todo é desenvolvido voltado para alguns poucos cursos na maioria das vezes. É comum vermos por aí EJs de administração, direito, contabilidade, economia entre outros. Mas e de Design? E de Design de Interiores/Ambientes? Poso estar muito enganado, mas nao tenho informação de nenhuma existente no país.
A EJ é de suma importância na formação acadêmica pois é através dela que o profissional chegará ao mercado com menos falhas que ocorrem pelo simples fato de quando existe uma prática (projetos) normalmente são coisas fictícias. É comum vermos professores pedindo para que os alunos inventem o perfil (briefing) do cliente. Porém, quando este cai no mercado depois de formado, a coisa pega pesado. Isso em qualquer área profissional.
Lidar com o mecado, com o público, com o cliente é muito complexo e a formação acadêmica não é suficiente para isso. Não sem a presença de uma EJ para completar ou fechar o ciclo.
Objetivos de uma EJ:
– Proporcionar ao estudante aplicação prática de conhecimentos teóricos, relativos à área de formação profissional específica;
– Desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor do aluno;
– Intensificar o relacionamento empresa-escola;
– Facilitar o ingresso de futuros profissionais no mercado, colocando-os em contato direto com o seu mercado de trabalho, além de noções de administração de empresas, finanças, marketing, responsabilidade social etc.
– Contribuir com a sociedade, através de prestação de serviços, proporcionando ao micro, pequeno e médio empresário especialmente, um trabalho de qualidade a preços acessíveis.
No caso de Interiores/Ambientes, uma EJ é muitas vezes preferível à um estágio.
Num estágio normalmente o aluno fica retido em segmentos específicos o que prejudica a plena formação do profissional.
Já numa EJ, o aluno vai deparar-se com situações e questões reais do mercado e clientes. Ali ele terá de atuar desde a captação ou recebimento do cliente até a entrega o produto/projeto executado assim como ocorrerá na vida não acadêmica posterior à sua formação. Logo, este profisional recém formado (ou egresso como preferem alguns) terá maior facilidade e dinamismo em sua atuação profissional. Muitos erros cometidos por recém formados só ocorrem por este tipo de falha em sua formação.
É um ponto muito sério e importante a se pensar por parte dos acadêmicos e uma ação emergencial por parte das IES abrindo caminho para a implementação deste tipo de projeto dentro de sua estrutura.
Se gostou da idéia e desejar aprofundar-se, uma referência nacional em EJ voltada para o Design é o site da Silvia (http://silvialp.com/ej/) que já vem lutando pela implementação deste tipo de projeto nas IES desde o NDesign de 2004 que ocorreu em Santa Maria-RS.
Faça a sua parte, seja acadêmico, professor ou IES, por um Design sério e respeitado!
Pois é Silvia
além de ser ótima, como coloquei no texto, é uma necessidade real dentro destes cursos. É muito dificil o egresso saber como lidar com as váris caracteristicas de cada cliente. Cada um é cada um e tem suas peculiaridades, manias, etc. Com uma EJ creio que a grande maioria dos problemas enfrentados seriam eliminados.
E mais uma vez, parabéns pelo seu trabalho Vou passar seu link para alguns coordenadores de curso, professores e donos de IES que conheço.
Obrigada pela menção ao site! Quanto mais gente sabendo, melhor,não é? Por enquanto também não tenho notícias de nenhuma Empresa Júnior de Design de Interiores/Ambientes, mas fico na torcida para que logo surjam alunos com a iniciativa de fundar uma, a idéia é ótima!
;)