Não, não estou decepcionado com a desclassificação da seleção na copa…
Não, não sonhava com a seleção trazendo a taça… Na verdade torcia pela desclassificação desde as eliminatórias.
Não, não consigo acreditar que um país pare por causa de futebol… educação parada, indústria parada, comércio parado, governo parado, órgãos públicos parados… todos abestados, atônitos e hipnotizados em frente a uma televisão por causa de uma bola… isso tudo enquanto nos bastidores nacional muitas coisas acontecem que não chegam ao conhecimento desses que perderam estes ultimos 90 minutos babando permitindo-se alienar por esta “paixão platônica”.
É, acho que vivo no país errado definitivamente.
Dias atrás enquanto dirigia ouvi no programa pânico um deles soltar uma frase que me surpreendeu diante da alopração generalizada que é aquilo. Foi mais ou menos assim:
“O Brasil é o único país que tem uma população extremamente crítica com relação ao técnico da seleção e absurdamente sem consciência na escolha de seus reoresentantes na política.”
Concordo 100% e assino embaixo.
Quem sabe agora com essa porrada na cara do povo, este acorde e perceba a realidade que o país está e não se deixe levar por discursinhos demagosos e dados fraudulentos impostos como se fosse verdade.
Como já sabem estou (tentando) lecionar matemática em escolas da rede pública. É bastante comum alunos relatarem a realidade em que continuam vivendo. Sim, CONTINUAM, pois apesar de alguns receber benefícios, nada mudou na verdade. A qualidade de vida continua sem qualidade, a saúde continua internada numa cama de UTI, a segurança é coisa de ficção, os auxílios não elevaram ninguem a outra classe social, a educação está cada dia mais alienante e fora de seu contexto, eles continuam sem acesso ao que era inacessível e assim por diante.
Vivemos sob um governo onde o conhecimento, a técnica, a qualidade e a qualificação profissionais são menosprezada em favorecimento do “passar de mão na cabeça dos imbecís” seja através do apadrinhamento político, através do descaso com a educação ou ainda, aquilo que nos atinge diretamente: o absurdo de continuar confundindo Design com Artesanato, atravancando assim nossa tão sonhada regulamentação profissional e demonstrando claramente que estes que dizem que estudam os projetos de Leis são bem informados são na verdade nua e crua, tão aloprados e ignorantes quanto qualquer analfabeto funcional que vem sendo formados nas escolas públicas e projetos (sic) desse (des)governo.
Portanto, eu não estou de luto por causa de uma bola furada e sim por causa de uma nação que se deixa levar e manipular facilmente, uma nação que não tem a menor noção do que seja realmente o que é ser cidadão e uma nação composta basicamente por “achistas” que se deixam levar pelo que os outros lhes dizem não analisando ou observando o mundo real à sua volta.
Quem sabe, depois dessa decepção essa nação acorde e volte seus olhos e atenção para o que realmente deve: temos uma eleição se aproximando e este passó que daremos é sério demais para se deixar ao bel prazer da sorte (seja por descaso, pelo apanhar de um santinho na entrada do local de votação, ou para não “perder” o voto baseado nas pesquisas furadas e que não representam a totalidade do pensamento nacional uma vez que as amostras são feitas com menis de 1% da população nacional) ou da venda inconsciente -ou consciente – de nossos votos, demonstrando assim o tamanho do curral eleitoral brasileiro.
É isso!
Não adianta me atacar por causa deste post. Este é o meu pensamento e a minha visão crítica do momento que vivemos. Não está baseado em “achismos” e sim em uma profunda análise REAL e vivencial do Brasil que estamos vivendo.
Quem gostou parabéns pela abertura de olhos.
Quem não gostou só digo uma coisa: “Venha para a luz Caroline… Ainda dá tempo de ser salva Caroline…”