Que fosse só aqui no interior que esse tipo de coisa acontecesse… Ou ainda, que a área de LD, por ser nova e nobre, estava isenta desse tipo de canalhice tão comum nas áreas de arquitetura, interiores, engenharia…
É gente, tou falando sim do mau-caratismo, da falta de vergonha na cara, da ausência de ética pessoal e profissional, dentre outras coisinhas.
Lamentavelmente posso afirmar que a maioria daqueles que eu tinha como ídolos do LD nacional simplesmente ruíram. Percebi que não passam de um bando de safados, mesquinhos, canalhas.
Para vocês entenderem sobre o que estou falando, segue uma historinha verídica ok?
Uma aluna, já certificada na especialização em iluminação, chega para um professor e pergunta: “professor, estou com um projeto de iluminação de um porto para fazer. Como o senhor já fez esse tipo de trabalho, tem algum direcionamento para me dar?” O professor segue o diálogo pegando mais informações sobre o projeto. Ao final, diz algo como “vou analisar melhor e te retorno em breve”.
Passam-se dias e nada. A aluna então vai ter com a administração do porto explicando que está pesquisando para poder especificar melhor os equipamentos de acordo com as necessidades e, surpresa, descobre que tem outro profissional já fazendo o projeto. Para piorar mais ainda, ela descobre que o profissional é o tal professor. Para afundar de vez, ela descobre que ele não cobrou pelo projeto. De bom coração, deu de graça o projeto para a administração do porto.
#QueLindo!!!
É, esta história verídica serve para ilustrar duramente a verdade sobre os tais “papas” do LD nacional. Ouvi várias desse tipo, de vários profissionais. Daí entendi como é que esse pessoal consegue pegar tanta obra de grande porte, especialmente as públicas.
Não se cobra pelo projeto, ganha-se pelas comissões. Sim, as infames RTs que continuam apodrecendo o mercado, pelas costas do cliente.
Aí fica fácil um professor dar três dias de aulas mostrando apenas o seu portfolio como exemplo, se achando o “the best” com uma postura arrogante e por vezes estúpida. Lembro-me de ter ficado pensando durante esta aula sobre “como é possível isso? Como ele consegue tantas obras públicas em todos os cantos do país?”, sem encontrar respostas, apesar de já imaginar algo nessa linha.
Nesse ponto, não culpo as empresas e indústrias fornecedoras. Afinal, elas estão cumprindo o papel comercial delas, vendendo seus produtos. A bonificação (RT) é apenas uma forma de agradecer ao profissional pela preferência. Daí, a dificuldade das revistas especializadas encontrar colunistas que soltem o verbo livremente, sem ter o rabo preso com ninguém. Praticamente todos os “papas” do LD nacional, tem o rabo preso com a empresa A, B ou C.
A falta de respeito com os colegas profissionais é absurda. A falta de respeito com a profissão é lamentável!
No caso do porto citado acima, fica fácil ganhar muito dinheiro e tornar-se um profissional bem sucedido: as cifras em comissões recebidas das empresas no caso, podem chegar aos milhões afinal, 10% é o mínimo exigido por eles das empresas. E isso vai ser pago por quem? Por mim, por você, por todos os cidadãos brasileiros através dos impostos recolhidos.
O cara chega, oferece o projeto de graça e faz o acerto com determinada empresa, pelas costas do cliente. É assim que funciona. E todos saem felizes… Menos a aluna que se ferrou e ralou pacas para prospectar o cliente e agora está lá chorando a sua débil inocência.
Podem alegar que existe a Lei de licitações para barrar direcionamentos. Mas posso afirmar (pois já trabalhei diretamente com ela) que ela é facilmente burlável. Direcionamentos são fáceis de fazer num edital. Tanto que tive de abandonar o trabalho quando meu cardiologista me falou que “ou eu saía ou iria para debaixo da terra pois meu coração estava pipocando diante da pressão e estresse que estava vivendo diariamente na comissão de licitações” (isso com 27 anos de idade), pois os jogos de interesse e forças que eu lutava contra lá dentro eram absurdamente maldosos e infames. E as coisas são feitas na maior cara de pau, sem o menor peso na consciência por parte deles. Assim, é certeiro que a empresa A vai levar e que o $$ da RT vai cair em sua conta em breve.
Como dizem, Lei no Brasil é para proteger bandidos, safados, corruptos.
Hummm, ainda tem as associações não é mesmo?
Tirando a ABIL e a ABriC, as outras são meros “trampolins políticos ou mercadológicos”. #EuJáSabia! Não passam de cortes utópicas onde apenas os amiguinhos e súditos que se curvam às vontades do reizinho tem algum espaço.
O pior é que estas associações sabem disso. Seus líderes trabalham assim também. Provavelmente, em suas reuniões ficam rindo da cara dos trouxas que estão fora do jogo. Certamente este professor, numa das reuniões, contou a história do porto em meio à gargalhadas dele e de seus pares. E ainda tem a cara de pau de distribuir um “código de ética profissional” aos seus membros e associados?
Já temos um mercado que ainda não entendeu a realidade e a necessidade da contratação de um profissional específico para projetar a iluminação. Já temos órgãos públicos que preferem colocar “biquinhos de luz para todos” ao invés de contratar um profissional competente que projete um sistema de iluminação urbana eficiente e belo. E ainda temos um bando de “zés manés” dando uma de espertos e se fazendo em cima de safadezas?
Ah, claro, não posso me esquecer de colocar aqui sobre um deles em específico: a cada entrevista ele diz ter uma formação. Ora é arquiteto, ora é engenheiro, ora é técnico… E na verdade, não é nada além de prático. Mas claro, por causa de seus mega-projetos e de seus contatos poderosos e famosos, nem CREA, nem CAU nem ninguém mexe com ele. Deixam ele ser o que quiser, fazer o que quiser, e tá tudo certo. É melhor para estas instituições ficar de pirraça e fodendo a vida dos pequenos e insignificantes, muitos que nem tem grana para pagar um advogado para se defender. #Fato!
Porra cara, se quer mentir, ao menos invente uma história coerente, e repita-a incansavelmente sem mudar nada. Ao menos assim a coisa fica mais sensata e acreditável. Mas tropeçar em suas próprias incertezas e frustrações é FODA! E pra piorar, trabalha da mesma forma que o tal professor lá de cima… E pensar que o tinha como um dos meus ídolos…. agora não passa de lixo.
Se ao menos estes imbecis usassem o escambo (troca de produtos) ainda seria entendível afinal, ofereço o meu trabalho e você me paga com o seu produto/serviço. Mas não, o que vale é o $$ na conta bancária, é o fazer-se profissionalmente ficando conhecido como “o cara das mil e uma obras” logo, deve ser um excelente profissional. Se bem que, como são safados no mercado, duvido que suas declarações de IR sejam exatas. Caixa 2, 3, 1000 existem, com toda certeza!
É gente, como dizem, o mundo é dos espertos.
Porém, muita gente confunde esperteza com safadeza, canalhice e falta de vergonha na cara e pelo visto, gostam de ser assim.
Sim, estes são as prostitutas da profissão. Não cabe a eles nem o termo politicamente correto “profissionais do sexo”, pois não passam de putas rampeiras, do mais baixo calão.
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