* Cláudia Capello
Com a falta de crédito e o poder de compra da população ficando mais restrito por conta do cenário negativo da economia global nos últimos dias, cada vez mais o consumidor brasileiro acaba apelando para a compra de produtos falsificados, também conhecidos como “piratas”, no lugar dos originais. Porém, o que a maioria não sabe é que grande parte desses produtos, de origem duvidosa, pode ser extremamente perigosa e, no final, a sua utilização pode sair muito mais cara do que a aparente economia proporcionada no momento da compra.
Em relação à indústria da Iluminação, cujos equipamentos funcionam conectados diretamente à rede elétrica, a utilização de produtos falsos pode ser ainda mais perigosa. Por exemplo, uma lâmpada de baixa qualidade gasta mais energia do que o que está descrito em sua embalagem, fazendo com que a lâmpada não apresente estabilidade em seu fluxo luminoso. Isso representa, na pior das hipóteses, a possibilidade de uma única lâmpada causar até uma explosão. Essa situação torna-se ainda mais comum em uma época nas quais diversos aparelhos elétricos são ligados ao mesmo tempo, como é o caso das festas de final de ano. Vale lembrar que essas falsificações não estão de acordo com as especificações de órgãos reguladores, como o INMETRO.
Outra desvantagem das lâmpadas “piratas” é que elas não funcionam o tempo correto e da maneira que deveriam, ou seja, é inevitável que aconteça uma queima da lâmpada antes do tempo esperado. Além disso, o fluxo luminoso apresentado pela lâmpada e o índice de reprodução de cor (IRC), que determina se a luz exibida pela lâmpada vai ou não distorcer as cores dos objetos que iluminam, nunca é igual ao das lâmpadas de boa qualidade. Com isso, seu projeto de iluminação pode ser prejudicado, uma vez que não terá produtos de alta performance e que geram os resultados esperados e garantidos pelos fabricantes.
A utilização dos produtos “piratas” também é muito ruim para a economia do país. A indústria de produtos falsificados não paga impostos ao Governo e, dessa maneira, não ajuda o país a crescer economicamente. Outra desvantagem é que, com esse tipo de fabricação, não são gerados empregos regulares e isso faz com que os trabalhadores não tenham suas carteiras assinadas. Por isso, pense bem antes de comprar algo “pirata”, pois a sua economia gera perdas não apenas para você, mas também para muitas outras pessoas.
* Cláudia Celi Capello é arquiteta e possui mais de oito anos de experiência no mercado de iluminação. Pós-graduada em Marketing, hoje atua como Gerente de Produtos da OSRAM.
fonte: Rede Energia Blog