Evoluindo mais ainda

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 66 – 2014
“Evoluindo mais ainda”
By Paulo Oliveira

66
Estive em novembro passado em Campos dos Goytacazes (RJ) participando do R Design e o tema do evento era Evolução. Fui convidado por causa de uma fala minha durante o encerramento do N Design 2012: “Antes do designer, vem o Design”.

A relação de nossa especialidade com as outras áreas tem se tornado cada vez mais importante. E é graças a esta interação, que ela vem se desenvolvendo e temos diariamente novas tecnologias disponíveis.

Um exemplo disso é a fibra ótica. É um produto que não foi criado para o LD. De certa forma, ela foi criada para transportar a luz quando Henrich Lamm tentou desenvolver um pacote de fibras óticas para acessar partes do corpo humano, até então não visualizadas por outros aparelhos. Timidamente, ela começou a aparecer em pequenos acessórios decorativos e hoje já dispomos de uma tecnologia com qualidade e versatilidade que nos possibilita projetar apenas com ela.

Isso se deu por uma constante troca de conhecimentos, análise de problemas a serem solucionados e o consequente desenvolvimento de novos produtos para as novas aplicações (fundamento do Design).

Outro exemplo são os LEDs. Daqueles pequenos pontos dançantes em aparelhos de som, que víamos na década de 70, às luminárias para uso externo e, até mesmo, nos projetores de alta potência para iluminar grandes monumentos.

Estes foram exemplos de como a colaboração – e respeito mútuo – entre as diversas áreas do conhecimento alavancam o desenvolvimento de novas soluções para os problemas e necessidades da sociedade.

No Brasil, este desenvolvimento não ocorre no LD por causa dos “arquitetos de iluminação”. Na verdade, estes poucos contribuíram nisso tudo e a maioria apenas se aproveita dos resultados desenvolvidos por terceiros.

A visão reducionista que o pessoal de arquitetura tem sobre os não arquitetos que trabalham com iluminação é fato. Não culpo os profissionais além do necessário, mas percebo que a base desse pensamento idiotizado está principalmente na academia.

No início de 2013, uma universidade reabriu seu curso de Arquitetura que tinha sido fechado há 10 anos, enquanto os cursos de Design da instituição se desenvolveram e ganharam até um novo espaço próprio, com todos os laboratórios necessários. Como tinham dado outra finalidade ao campus onde funcionou Arquitetura e Design, colocaram-nos no novo campus. Não ficaram ali um mês e solicitaram a troca de campus.

Intrigado, contatei uma colega que é aluna e um amigo que é professor. Fiquei bobo quando ouvi o porquê da troca: “Não queremos nos misturar e tampouco sermos rebaixados ou confundidos comos “dizáiners””, disse a aluna. Questionei o professor e ele me disse que este discurso é o do coordenador e da maioria dos professores.

Dispensaram a oportunidade de ampliar os conhecimentos por mera arrogância, através da troca de conhecimentos com o pessoal dos outros cursos do campus (Gráfico, Produto, Interiores, Artes Visuais, Fotografia). Perderam a oportunidade de conhecer como o pessoal de outras áreas trabalha e pensa, para ampliar seus horizontes. Preferiram fechar-se em seu guetinho.

Facilmente vemos esse mesmo discurso sendo repercutido, especialmente pela AsBAI, dentro do mercado de iluminação e LD.

Mais uma vez eu digo: o mundo evoluiu; nos países realmente desenvolvidos vemos escritórios multidisciplinares sem estrelismos ou egocentrismos.

Nosso país foi descoberto há mais de 500 anos.

Vamos sair das ocas e evoluir?

Novo parceiro: Fasa Fibra Ótica

Estou acertando uma nova parceria para o blog junto à empresa Fasa Fibra Ótica.

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Além da parceria com doação de produtos para serem sorteados para vocês, o Wilson vai ajudar bastante com conteúdos sobre essa excelente ferramenta de iluminação que é a fibra ótica!!!

Em breve novidades!!!

;-)

Iluminação cênica x arquitetural

A luz sai dos palcos e espetáculos e vai para a arquitetura com a finalidade de valorizar e enaltecer espaços e elementos da arquitetura.

A característica principal da luz cênica é a sua volatilidade que faz o espectador mergulhar numa dimensão mágica, única. Ela por si só já é um espetáculo à parte em um palco; seja num show, seja numa peça de teatro.

Ali, o LD realiza as suas pinturas cênicas. O palco é a tela onde ele vai brincar com suas tintas, com seus pincéis.

As sutilizas e a sensibilidade deste trabalho chamou a atenção de alguns profissionais que trabalhavam com a iluminação arquitetural. Como aplicar aqueles conceitos, como trazer aqueles efeitos para a arquitetura seja ela interior ou exterior? Destas indagações e de várias outras surgiu o Light Design voltado para a arquitetura. Uma necessidade real de algo diferente e único, fugindo do comercial, do comum.

Portanto, para ser um bom profissional de LD faz-se necessário que o profissional busque informações e esteja atendo ao mundo cênico, seja ele em um palco real ou numa cena de TV e filmes. As concepções e tecnologias estão mudando dia a dia e isso é perceptível, especialmente em cinema e televisão.

Mas este conhecimento não vem apenas através da observação de uma imagem ou cena encontrada em algum tipo de mídia ou numa visita. É bem mais profundo e técnico o que exige do profissional um constante aprimoramento e aperfeiçoamento através de pesquisas, leituras e prática, muita prática.

Como a luz é uma matéria não palpável, você não consegue pegá-la. É só através da manipulação e experimentação que o LD conseguirá alcançar um nível de conhecimento e técnica que o torne apto ao trabalho através das múltiplas facetas e possibilidades que a luz tem e é capaz nos proporcionar.

De nada adiantaria eu ou qualquer outro autor ficar escrevendo laudas e mais laudas descrevendo o comportamento de um facho produzido por um determinado equipamento e uma determinada luz. Você poderia até mesmo conseguir visualizar mais ou menos o efeito, porém restariam muitas dúvidas e distorções. Ao contrário do que acontece quando você manipula e sente e percebe ao vivo o que realmente acontece.

A iluminação cênica tem suas características e peculiaridades. A começar por ela ser um show à parte dentro de qualquer espetáculo. O primeiro versículo do Gênesis da Bíblia: “Deus disse: “Haja luz” e houve luz. Deus viu que a luz era boa…”. É a luz que dará a visibilidade de tudo que se fez para o resultado final da montagem e o encantamento da platéia pelo conjunto de elementos cênicos. Ela complementa a linguagem do espetáculo. Deve agregar novos elementos ao conjunto que se pretende transmitir ao público. A luz atua diretamente no referencial psicológico de cada espectador, provocando em cada um reações diferentes, fruto da própria experiência individual com as cores.

Pensemos que ela acontece na grande maioria das vezes em ambientes fechados e que não sofrem interferências externas. É a caixa escura dos teatros (palco + caixa cênica). Isso facilita e muito o trabalho do iluminador. Porém, quando esta acontece num ambiente externo e exposto às variações do entorno algumas coisa necessitam ser super-dimensionadas para alcançar o mesmo efeito.

Por exemplo: numa caixa cênica quando usamos fog (fumaça) ela tende a manter-se no espaço espalhando-se e dissipando-se vagarosa e lentamente. Já num palco aberto a incidência dos ventos faz com que ela se espalhe, nunca tenha uma direção certa. Logo, necessitamos neste caso de uma maquina mais potente ou mais máquinas espalhadas pelo espaço.

Outra característica é que numa caixa cênica os equipamentos são mais simples de manipular, pois ali dentro contamos com uma gama enorme de acessórios tais como varas, bambolina, cortinas que nos garantes o “esconder” dos mesmos do observador e também, os mesmos estão protegidos das intempéries e agressões. Já num espaço aberto eles ficam expostos à chuva, sol, vento, poeira e vários outros elementos que podem danificá-los, especialmente tratando-se de iluminação arquitetural. Por isso os fabricantes começaram a desenvolver os mesmos produtos com IP alto através de vedações e outros elementos que os protegem. Hoje encontramos a maioria dos equipamentos cênicos em versões para uso externo.

Boas leituras são as que contam a história da iluminação cênica. Nestes materiais encontra-se claramente a evolução das técnicas e equipamentos utilizados. Existem vários arquivos em PDF disponíveis pela web sobre o assunto que valem a pena a leitura.

Na iluminação arquitetural, seja esta de fachadas, interiores, paisagismo, monumentos ou qualquer outro tipo é comum termos de especificar e detalhar nos projetos outros elementos além das luminárias e especificações técnicas. Mais ainda quando a edificação ou espaço a ser iluminado são anteriores ao projeto. Num projeto novo onde o LD trabalha em parceria com arquiteto, engenheiro ou designer isso pode ser corrigido já no momento no momento da concepção arquitetural, porém quando isto não ocorre, acabamos por ter a necessidade de adequar os espaços e as instalações ao projeto de LD.

Um exemplo fácil é um projeto de LD para uma praça pública já existente. Um dos primeiros itens a ser verificado é a realidade das instalações existentes. Isso engloba a verificação de instalações elétricas, se existem pontos onde poderemos instalar os equipamentos ou se terão de ser construídos, o tipo de uso da praça, questões relativas a segurança e vandalismo entre vários outros fatores. O mais comum é termos de projetar também estes espaços para instalação seja este enterrado, sobreposto ao chão, elevado ou suspenso.

Em interiores o mais comum é o uso do gesso onde podemos embutir todo o sistema de iluminação. Porém alguns cuidados devem ser observados como, por exemplo, numa sanca com built-in. Pensemos na manutenção do sistema. Um instalador que venha a fazer algum reparo – que seja uma simples troca de lâmpada – apoiando-se no border da sanca onde o sistema encontra-se “escondido”. Se esta não for projetada de modo que a resistência a choques, impactos e cargas seja maior, corremos o risco de ter um elemento quebrado ou trincado o que demandará mais trabalhos ao usuário: remendo, pintura…

Não digo com isso que teremos de nos atentar a toda a parte de instalação elétrica, por exemplo. Isso deve ser feita pelo engenheiro elétrico responsável pela obra. Porém, é um trabalho que demanda atenção e trabalho conjunto.

Alguns lembretes:

Local

Ambiente

Pontos   de atenção

Externo

Fachadas

  • Visibilidade
  • Segurança
  • Vandalismo
  • Existência ou não de   pontos favoráveis
  • Necessidade de   projetos complementares
  • Projeto elétrico
  • Pontos e elementos   arquitetônicos de destaque
  • Níveis de iluminância   rua x fachada

Praças   e parques

  • Tipo de uso
  • Segurança
  • Vandalismo
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Plano Diretor   Municipal

Monumentos

  • Tipo
  • Textura, forma,   dimensão e cor
  • Segurança
  • Vandalismo
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico

Pontes

  • Tipo de uso
  • Tipo de transporte
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Normas técnicas   (DETRAN, etc)
  • Plano Diretor   Municipal
  • Elementos   arquitetônicos de destaque

Vias   urbanas

  • Tipo de uso   (normalmente transporte E pedestre)
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Normas técnicas   (DETRAN, etc)
  • Plano Diretor   Municipal

Interno

Residencial

  • Características do   usuário
  • Tipo de uso
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança

Comercial

  • Características do   mercado
  • Tipo de comércio
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Acessibilidade

Saúde

  • Características   do(s) usuário(s)
  • Área da saúde
  • Área de atenção:   níveis de iluminação por setor
  • Segurança em   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Acessibilidade
  • Normas técnicas   (ANVISA)

Industrial

  • Características a   industria
  • Área de atenção:   níveis diferentes de iluminação por setor
  • Segurança em   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Acessibilidade
  • Normas técnicas

Interno   efêmero

Stands

  • Tipo e publico da   feira/evento
  • Segurança nas   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos, produtos e   áreas a serem valorizados pela iluminação
  • Normas do pavilhão   ou centro de exposições

Shows

  • Tipo e publico
  • Segurança nas   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Áreas a serem   valorizados pela iluminação
  • Normas de segurança   (bombeiros, salvamento, etc)

Estes são apenas alguns exemplos de pontos de atenção que devem ser observados cuidadosamente pelo LD antes de projetar. A visitação “in loco” do espaço é fundamental para a detecção destes pontos. A atenção neste tipo de detalhe fará, certamente, a diferença em seu projeto.

Luxuria ou futilidade?

Estava rascunhando a algum tempo um post específico falando sobre o livro “A Linguagem das Coisas” de Deyan Sudjic. Desde que li o livro estou rabiscando algo sobre e nunca chego num ponto em que digo para mim mesmo: está digno, fiel ao livro e à visão que tenho sobre o Design…

Mas dias atrás, lendo meu reader, me deparei com um post num blog que me indignou (também porque eu já disse que iria retira-lo de meu reader e ele ainda se mantém lá rsrsrs).

Uma das partes do livro que mais gostei é a que ele diz sobre a deturpação (e desidentificação) que o Design vem sofrendo desde que iniciou a invasão de não designers na área, o que acabou por futiliza-la. A perda da identidade da profissão começou neste ponto. Procurem pesquisar sobre quando foi que surgiu essa porcaria de onda sobre “tendências” no Design e entenderão.

É mais que comum vermos hoje em dia profissionais de outras áreas fazendo suas incursões no Design, especialmente o de produtos. Tem também designers de outras áreas se metendo onde não deve pois não estudou especificamente para aquilo. Tudo isso à custa do certo renome que tem (muitas vezes o jabá $$ mesmo) , então se acham no direito de invadir, impor suas sandices e que todos tem de aplaudir, aceitar e comprar, claro que também elogiando (babando-ovo) com frases de efeito: fantástico, genial, maravilhoso….

É um tal de estilista lançar linha de móveis, arquiteto lançar roupas e mais uma infinidade de combinações estranhas e bizarras às suas raízes acadêmicas que dá medo…

Até parece que virou moda, tendência esse tipo de coisa, #credo.

O resultado disso?

FUTILIDADES que destróem a essência do Design!

Aham, a Rocca lança uma linha nova de metais – que já são caros e belos – e aí vem um imbecil e craveja a peça com cristais, diamantes ou a folheia com ouro e voilá: a futilidade personificada usando erradamente a palavrinha RE-DESIGN!!!

Se esse tipo de coisa for um Re-Design eu não sei mais quem eu sou, onde está o céu e a terra, etc…

Re-Design significa muito mais que simplesmente alterar a cor, textura ou revestimento de um objeto ou produto.

Vamos ser francos gente? Pra que uma coisa dessas folheada a ouro?

Tem público que consome? Sim, mas são mínimos se comparados ao publico normal do nosso mercado diário.

O pior é que este nosso público começa a querer copiar esse lixo e muitas vezes nos vemos em “sinucas-de-bico” por causa disso sabem porque? Porque eles não tem $$ para comprar o original e aí caem nas porcarias das cópias fajutas.

Vemos diariamente essas tendências sendo forçadas por sites, revistas e mídia em geral. Já escrevi aqui sobre tendências e os cuidados que temos de ter com esse tipo de coisa.

Além de não representar a personalidade do cliente e sim apenas um desejo forjado e forçado pela mídia de consumo, as tendências são passageiras. O que hoje é moda, semana que vem já não é mais. E o cliente como fica nisso tudo? Vai ficar com um trambolho demodê ou “over” e sua casa? E quando ele cair na realidade e perceber que este produto não atende às suas necessidades diárias? Que aquilo não tem absolutamente nada a ver com a sua personalidade e está incomodando?

A grande maioria destes produtos feitos por não designers ou por designers de outras áreas se esquecem do principal: atender a necessidade do usuário (função) e a usabilidade. Sim, são estes elementos que devem nortear todos os projetos seja em qual área do design for. E as tendências não tem nada disso, não consideram isso. Tem só desejo de consumo.

Voltando aos projetos estúpidos feitos por “dezáiners”, vejo diariamente um show de horrores pela web e pelas revistas. Sinceramente? Não tem como não acreditar na existência do “jabá” ($$).

Pois é, acreditem ou não, essa mesinha de torno – que eu aprendi a fazer em minhas aulas de técnicas industriais quando estudei no Polivalente lá em Assis Chateaubriand nos anos 70 – foi tempos atrás lançada no mercado por um arquiteto brasuca através de uma marca podero$a.

O que tem isso de novidade??? O que tem isso de Design??? O que tem isso demais que justifique o valor insano que é cobrado por essa peça?

NADA!!!

Nenhuma novidade na forma ou na estética, nenhuma técnica ou tecnologia inovadora seja em materiais ou processo de fabricação ou seja, é um NADA!

Porém ele tem grana pra pagar o “jabá” e colocar esse lixo em lojas de renome por um preço absurdo e também para divulgar em revistas como sendo “dezáine”… é Design o c*

Pra piorar vi dias atras um estilista internacional lançando uma linha de móveis através de uma grande marca internacional… Sinceramente? A pior aluna de minha turma de graduação ainda no 1° mês desenhava coisa bem mais útil e interessante que ele.

Um profissional sério e que respeite o seu cliente acatar e aceitar pacificamente este tipo de imposição demonstra claramente que não entendeu absolutamente nada durante os anos de faculdade.

Se este é incapaz de mostrar ao cliente a futilidade de determinados modismos, também cabe a mesma afirmativa anterior.

São pouquíssimos os profissionais de outras áreas que realmente conseguiram fazer Design.

Não é à toa que o Design continua sendo confundido com artesanato, especialmente aqui no Brasil.

Vamos parar de idiotices e de dizer amém pra tudo que esta mídia tosca e desinformada (movida por $$) tenta impor como “IN”?

Vamos centrar a nossa atenção no usuário e não nas revistas? Afinal fomos formados para isso e não para consumir deliberadamente porcarias.

Sobre este blog e o Design

Quando fui incentivado para escrever este blog fiquei pensando sobre a melhor maneira de apresentar o Design de forma concisa, objetiva e clara. Sinceramente, não sou muito fã de colocar um amontoado de fotos de produtos e os nomes de lojas onde são comercializados e os respectivos preços. Entendo que isso não significa apresentar adequadamente o Design ao mercado. Ao contrário, esta maneira distorcida de reduzir o Design a uma comercialização tácita e leviana de produtos leva os leigos a compreendê-la como uma mera vitrine de consumo sem a menor fundamentação. Desta forma o Design torna-se refém de uma inversão mercadológica voltada para a criação de necessidades quase sempre “desnecessárias”. Entendo que uma mídia (e este meu blog faz parte desta) não pode resumir sua atuação ao interesse comercial, mas sobretudo informar corretamente.

Uma das minhas maiores preocupações desde meu ingresso na área do Design relaciona-se com o desconhecimento generalizado sobre o que vem a ser o Design. Para que serve o Design afinal de contas? Deparamo-nos constantemente com pessoas falando sobre Design. Entretanto, em seus discursos, demonstram claramente que não conhecem o que ele seja na realidade e deixam claro que não tem qualquer formação acadêmica em Design. Vemos também pessoas usando o termo Design para nomear quaisquer profissões que absolutamente nada tem a ver com o Design propriamente dito. Portanto, levo este blog por este caminho: busco conscientizar sobre o que é e para que serve o Design ao mesmo tempo que apresento alguns produtos e esclareço um pouco mais sobre as reais áreas do Design e a sua necessária formação acadêmica para o exercício profissional.

De início, convém esclarecer alguns aspectos. Muitas pessoas reclamam sobre nomear esta profissão com um termo estrangeiro. O fato é que, por incrível que pareça, não existe uma palavra na língua portuguesa que compreenda o todo do Design. Projetista? Não apenas isso. Desenhista? Muito mais que isso. Artista? Bastante criativo também. Arquiteto? Um pouco disso também. Engenheiro? Em algumas coisas sim. O Design é um complexo jogo multidisciplinar que agrega em si muitas outras áreas, da filosofia à engenharia. Se observarmos ao nosso redor, vivemos cercados pelo Design. Esta tela pela qual me lê, por exemplo, apresenta-se como fruto de áreas do Design: gráfico, interação, web, produto – isso sem contar a área a acadêmica na qual mergulho a cada post por mais simples que seja.

A área é Design e o profissional é Designer. Ainda, a título de exemplo, Design Gráfico (profissão) e Designer Gráfico (profissional).

Ultimamente temos visto uma enxurrada de “X” design como já coloquei anteriormente. No entanto, a aplicação do termo Design em algumas profissões apresenta-se incorreta pelo simples fato de não haver projeto do produto final e, principalmente, reduzir-se apenas a uma técnica. Logo, pintar unhas não tem absolutamente nada a ver com Design (mesmo se considerarmos o desenho), assim como misturar tintas e dar tesouradas no cabelo também não é Design. Receitas de seja lá o que for também não é design. É preciso ter consciência de que Design não é sinônimo de artesanato ou mera técnica. Também não se forma um designer em cursos de finais de semana ou de poucos meses ou ainda que ensine a utilizar softwares, mesmo que de última geração.

Aproveito então este post para explanar brevemente sobre quais são então, na verdade, as áreas principais do Design. Todas que apresentarei agora são “filhas” do Design (Desenho Industrial). Baseado nas necessidades mercadológicas o Design foi se especializando em diferentes áreas. Assim como ocorre na engenharia e na medicina com suas especialidades, da mesma forma, a complexidade do Design levou a compreender que um só profissional não conseguiria trabalhar com tudo. Portanto, dividiu-se o Design em áreas.

Design de produtos:

Tudo o que existe ao seu redor e que você usa diariamente é um produto. Talheres, canetas, carros, luminárias, celular, computadores, óculos, móveis, relógios, roupas, enfim, tudo é produto do Design. Tudo passou por fases projetuais e industriais até chegar às suas mãos. Tudo foi ergonomicamente estudado para facilitar o manuseio e a aplicação e garantir ao usuário segurança no uso e conforto. O foco principal deste profissional é principalmente a indústria, mas além da produção industrial, este profissional também atua como projetista de peças exclusivas para empresas e clientes particulares.

Design Gráfico:

Folhetos, cartões de visita, revistas, jornais, outdoors, cartazes, sites, logotipos, identidade visual e corporativa, painéis e letreiros, animações e todo o restante de coisas que servem para informar ou apresentar algo visualmente é um produto da área do Design Gráfico.

Design de Embalagens:

Um desmembramento do Design Gráfico e de Produtos. Como o próprio nome diz, trabalha especificamente com as embalagens visando torná-las mais acessíveis, ergonômicas e esteticamente melhores. É uma área que vem crescendo bastante, pois a indústria já percebeu o diferencial que uma embalagem bonita e de qualidade faz.

Design de Interiores/Ambientes:

Esta área, pode-se dizer, é uma evolução da Decoração. Além de trabalhar a estética do ambiente como o decorador faz, o profissional de Design de Interiores/Ambientes vai mais além: ele foi habilitado em sua formação acadêmica para executar intervenções mais profundas nos ambientes que visam a melhoria da qualidade de vida do usuário final. Além da escolha de almofadas, acessórios e cores, o profissional é capaz de resolver os espaços através da aplicação de conhecimentos como ergonomia, conforto térmico, acústico e luminoso, semiótica, projeto de mobiliários, adequação e correção de fluxos, redesign arquitetônico e outros tantos mais. É um profissional cada vez mais requisitado já no momento do início de um projeto arquitetônico, trabalhando junto ao arquiteto. Também está aparecendo cada dia mais nas reformas de edificações já prontas pela sua facilidade em retrabalhar e readequar os ambientes para novos usos. Engana-se quem pensa que um Designer de Interiores/Ambientes trabalha apenas com ambientes residenciais. Este profissional está apto a trabalhar com ambientes comerciais, corporativos, clínicas, cenografia, eventos, stands, desfiles e editoriais de moda, interiores de automóveis, barcos e aviões ente outros. Da simples troca de almofadas, passando por uma redistribuição dos móveis até uma intervenção mais ampla com troca de pisos e algumas alvenarias, você pode contar com este profissional.

Design de Interação:

Quem assistiu ao filme Minority Report pôde notar a quantidade de equipamentos que interagem com o usuário. De telas touch-sreen (celular, TV, câmeras digitais, etc) ao reconhecimento de voz e íris tudo é interação. E muito disso já é uma realidade hoje em dia. Os caixas eletrônicos, aparelhos de GPS e celulares tem hoje muito do Design de Interação. Mas a interação não fica apenas no físico sendo possível também através da realidade aumentada e programas que interagem com o usuário e/ou meio. Este último está sendo cada dia mais usado em casas noturnas e eventos. Na web também encontramos exemplos de interação em diversos sites.

Lighting Design:

Quando um profissional se forma em Design, Arquitetura ou Engenharia Civil, estes saem das academias como iluminadores. É aquela iluminação que vemos geralmente nas revistas de decoração, geralmente com excessos de luz pois o que foi aprendido é iluminar: colocar luz. O Lighting Design é um passo adiante na iluminação: ele tem a sua raiz na iluminação cênica, aquela de palcos de teatro e shows. Aliando as técnicas da iluminação convencional com as cênicas este profissional consegue trabalhar os ambientes com uma linguagem única que busca o refinamento estético e as explorar as sensações do usuário através da luz. É a arte de iluminar retirando a luz desnecessária. Hoje, a iluminação é responsável por 70% do efeito final de um projeto. Este profissional também trabalha com a pesquisa e criação de produtos específicos para os projetos como luminárias, lâmpadas, filtros e outros mais, além da luz natural.

Design de Moda:

A Moda alcançou hoje um nível de excelência tão grande que a necessidade de uma formação mais ampla dos profissionais se fez presente. O profissional desta área forma-se não para ser mais um estilista, mas sim, para também ser o profissional encarregado por todo o processo dentro de uma indústria de confecção. Da criação dos modelos ao lançamento da coleção existe um árduo e longo processo que envolve a escolha de tecidos, aviamentos, muitas vezes a criação de algo novo (design têxtil), viabilidade econômica e mercadológica entre tantas outras coisas mais. Este profissional é o responsável pelas roupas, calçados, jóias, cintos, bolsas e acessórios que você usa diariamente.

Existem ainda outras áreas específicas que estão desvinculando-se e formando seus próprios campos. Todas as áreas conversam entre si, trabalham juntas e às vezes com os mesmos projetos e produtos. Outras vezes, num mesmo produto, cada um desenvolvendo o seu foco.

Como se pode ver, o Design é uma ferramenta fundamental hoje em dia seja no campo corporativo ou pessoal.

A verdade é que não se vive sem Design hoje em dia.

Seu cliente tem um “amigo”?

Como hoje a minha pimpolha (foto acima) Leeloo está completando 4 aninhos, resolvi – em homenagem à ela – escrever sobre cuidados que devemos ter ao projetar ambientes onde os bichos de estimação estão presentes. (Já dei muitos amassos e beijocas nela hoje ahahahaha)

É cada dia mais comum clientes que possuem bichos de estimação, especialmente os cães e os gatos. Então vou apresentar aqui algumas informações importantes que devem ser consideradas quando projetamos para clientes que possuem essas delícias.

Pisos

Creio que todos já ouviram o barulhinho das patinhas de cães andando dentro de casa. Quem tem um vizinho em cima que possui um cão sabe bem do que estou falando pois sabemos exatamente onde ele está por causa do som emitido pelo atrito de suas patinhas com o piso. Esse som se deve às unhas deles. Muitos acreditam que os cachorros pisam com aquelas “almofadinhas” que possuem nas patas apenas. Porém, um fato importante e que deve ser considerado é que para se equilibrar, eles usam as unhas. Agora, imagine você mulher tentando equilibrar-se sobre 20 “saltinhos altos”(unhas). O esforço muscular exigido para isso é imenso e o esforço repetitivo pode causar sérios danos, especialmente aos cães.

Os gatos, por andarem mais tranquilamente e ter maior suavidade nos passos sofrem menos com isso, mas também sofrem.

Já perceberam que quando eles tem a sensação de que vão cair de nosso colo, usam as unhas para agarrar-se? O mesmo acontece com o chão. Se o chão for liso demais eles irão ficar o tempo todo esforçando-se para equilibrar-se, não à toa que vemos muitos escorregando. As pessoas acham graça quando isso acontece, mas para eles, não tem nada de engraçado nisso e sim, é doloroso por vezes.

Assim, quando aparecer um pet no meio de seu projeto pense nisso e opte por pisos mas ásperos ou porosos, especialmente nas áreas onde eles permanecem por mais tempo.

Alturas

É também divertido e gostoso ver, especialmente os cães, saltando de um lado para o outro, de um sofá para o outro, do chão para cima da cama especialmente quando estão brincando conosco. Porém isso pode trazer sérios riscos à saúde deles, por vezes irreversíveis.

Vale aqui atentar para dois detalhes importantíssimos:

1 – quando a altura não é tão grande (ex: até a altura do assento de um sofá), independente do piso utilizado, deve-se prever um tapete com antiderrapante e razoavelmente fofo. O anti derrapante vai evitar que ele escorregue no momento da subida pois ele utiliza as unhas para firmar-se na hora do impulso. A maciez do tapete deve ser pensada para amortecer a descida.

PetEscadas

2 – Quando a altura já é elevada (ex: cama box) devemos pensar em algum elemento de suporte para evitar que eles pulem na descida. O impacto neste caso é bem forte, especialmente nos de pequeno porte. Boas dicas sobre isso e produtos já prontos vocês podem encontrar no site PetEscadas. São rampas, escadas e bases de apoio visando diminuir o esforço físico do animal e os danos.

Produtos

Assim como crianças, cães e gatos são curiosos por natureza e adoram explorar o ambiente em sua totalidade. Se eles encontram algum produto de limpeza onde o odor ou o barulho da embalagem chamem a sua atenção, fatalmente ele irá investigar e, nessa brincadeira aparentemente inocente podem ocorrer sérios envenenamentos e intoxicações. Lembrem-se sempre que a maioria dos produtos atingindo nossos olhos podem nos cegar – apesar de corrermos para lava-los – e que eles podem estar sozinhos no momento. Há também a intoxicação por ingestão ou inalação.

Então, produtos de limpeza, medicamentos e outros produtos que podem ser tóxicos devem ser guardados em caixas e fora do alcance de seus focinhos curiosos.

Vale ainda acrescentar aqui uma lista de produtos de consumo humano (alimentação) que são tóxicos para os pets:

Chocolate; Ossos cozidos (com exceção do pescoço de frango leve a moderadamente cozido); Cebola e alimentos preparados com cebola – mesmo em pequenas quantidades, o n propil dussulfito das cebolas pode provocar um tipo grave de anemia nos pets; Batatas, inhame, mandioquinha, cará crus – apresentam solamina, uma toxina que pode deprimir o sistema nervoso central e provocar distúrbios gastrointestinais; Abacate – contém persina, uma substância que pode causar desarranjos gastrointestinais; Linhaça crua – contém ácido erúcico, que pode intoxicar os pets; Açúcar e alimentos açucarados – podem levar os pets à obesidade, a ter cáries e a apresentar diabetes; Frituras; Alho – o alho é um santo remédio, mas em excesso causar anemia nos pets. Não ofereça mais do que uma fina lâminazinha (cerca de 1/6 ou 1/7) de um dente de alho cru por dia; Macadâmias – uma toxina pode causar até paralisia muscular nos cães; Chá preto; Café; Bebidas alcólicas; Batata germinada; Brotos de batata; Pimenta; Uva e uva passa – muitos cães adoram uvas e passas, mas elas possuem uma toxina não identificada que pode provocar sérios danos renais aos cães; Adoçantes; Refrigerantes; Folhas e caules de tomate; Folhas de abacate; Folhas e caules de batata; Ruibarbo; Folha de berinjela; Folha de beterraba; Sementes de frutas (podem liberar cianeto no estômago, como no caso das sementes de maçã).

Portanto, nada de especificar aquela fruteira de aberta onde estes produtos ficam expostos aos curiosos.

Meu cantinho

Devemos nos atentar a um detalhe muito importante aqui: nunca coloque a área do “pipi e totô” junto ou próximo da área de alimentação. Isso pode provocar contaminação da água e da ração.

Vale salientar ainda que a área do “pipi e totô” deve ser prevista próxima a um ralo para facilitar a limpeza.

Já a área da caminha – caso o pet nao durma na cama do dono – busque um local onde o chão não seja muito frio, especialmente se optar pelo uso das caminhas comuns. Caso o piso seja frio, prefira as caminhas elevadas.

Se possível, coloque algum revestimento na parede para evitar a friagem transmitida por ela.

Plantas tóxicas para cães e gatos

Seja num ambiente interno ou externo, se houver plantas, deve-se tomar muito cuidado ao especificá-las. Cães adoram comer plantas porém muitas delas são perigosas. Estas estão na lista negra e não devem ser utilizadas nos projetos:

Alamanda (Allamanda cathartica)- A parte tóxica é a semente.
Antúrio (Anthurium sp) – As partes tóxicas são folhas, caule e látex.
Arnica (Arnica Montana) -A parte tóxica é a semente.
Arruda (Ruta graveolens) -A parte tóxica é a planta toda.
Avelós (Euphorbia tirucalli L.) -A parte tóxica é toda a planta.
Beladona (Atropa belladona) – As partes tóxicas são flor e folhas. Antídoto: Salicilato de fisostigmina.
Bico de papagaio (Euphorbia pulcherrima Wiild.) -A parte tóxica é toda a planta.
Buxinho (Buxus sempervires) -A parte tóxica é são as folhas.
Comigo ninguém pode (Dieffenbachia spp) -As partes tóxicas são as folhas e o caule.
Copo de leite (Zantedeschia aethiopica Spreng.) -A planta é toda tóxica.
Coroa de cristo (Euphorbia milii) -A parte tóxica é o látex.
Costela de Adão (Monstera deliciosa) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
Cróton (Codieaeum variegatum) – A parte tóxica é a semente.
Dedaleira (Digitalis purpúrea) – As partes tóxicas são flor e folhas.
Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata) – A parte tóxica é toda a planta.
Espirradeira (Nerium oleander) – A parte tóxica é a planta toda.
Esporinha (Delphinium spp) – A parte tóxica é a semente.
Fícus (Ficus spp) – A parte tóxica é o látex.
Jasmim manga (Plumeria rubra) – As partes tóxicas são flor e látex.
Jibóia (Epipremnun pinnatum) – A parte tóxica são as folhas, caule e látex.
Lírio da paz (Spathiphylum wallisii) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
Mamona (Ricinus communis) – A parte tóxica é a semente.
Olho de cabra (Abrus precatorius) – A parte tóxica é a semente.
Pinhão paraguaio (Jatropha curcas) – As partes tóxicas são semente e fruto.
Pinhão roxo (Jatropha curcas L.) – As partes tóxicas são as folhas e frutos.
Saia branca (Datura suaveolens) – A parte tóxica é semente.
Saia roxa (Datura metel) – A parte tóxica é semente.
Samambaia (Nephrolepis polypodium). Existem vários tipos de samambaias e outros nomes científicos. Essa é apenas um exemplo, todas são tóxicas. A parte tóxica são as folhas.
Taioba brava (Colocasia antiquorum Schott) – A parte tóxica é toda a planta.
Tinhorão (Caladium bicolor) – A parte tóxica é toda a planta.
Vinca (Vinca major) – As partes tóxicas são a flor e folhas.
Fonte: Cachorro Verde

Piscinas

Em ambientes onde existe piscina temos duas opções:

1 – capas

2 – cercas

As capas podem até resolver para aqueles cachorros mais calmos. Porém, os mais levados e peraltas adoram vasculhar e fuçar, inclusive embaixo de coisas (tapetes, cobertores, etc). Assim, eles podem sentir uma certa curiosidade pelo que aquele “tapetão” está escondendo embaixo. Sabemos que estas capas deixam frestas nas bordas e é exatamente por estas que eles conseguem entrar e, infelizmente, cair dentro das piscinas.

Vale então, incorporar no projeto uma cerca. Hoje existem modelos lindos que certamente irão valorizar ainda mais o seu projeto.

Lembro também que está bastante comum clientes pedirem a instalação de piscinas. Caso isso ocorra, procure aptar por modelos como o da foto que possuem escada interna. Isso evita que o animal fique nadando em círculos, sem conseguir alcançar a borda da piscina para apoiar-se ou sair, caso caia (ou pule) na mesma sozinho.

Existem ainda outros cuidados que devem ser tomados ao projetar para clientes que possuem animais de estimação – nada existe que o Google não encontre – visando o bem estar de todos os usuários. Estas foram apenas algumas dicas a mais para vocês.

Espero que sejam úteis em seus projetos e que levem a serio estas informações ok?

Agenda de Feiras – Lighting Design 2011 – Cênica

NIGHT CLUB & BAR
from March 7, 2011 to March 9, 2011
Las Vegas, USA
http://www.ncbshow.com/

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USITT
from March 9, 2011 to March 12, 2011
Charlotte, USA
http://www.usitt.org/

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SOUND CHECK EXPO
from March 20, 2011 to March 22, 2011
Mexico
http://www.soundcheckexpo.com.mx/

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PROLIGHT+SOUND
from April 6, 2011 to April 9, 2011
Frankfurt, Germany
http://pls.messefrankfurt.com/

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NAB SHOW
from April 9, 2011 to April 14, 2011
Las Vegas, USA
http://www.nabshow.com/

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PLASA FOCUS
from April 19, 2011 to April 20, 2011
Leeds, UK
http://www.plasafocus.com/

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EN COULISSE
from April 20, 2011 to April 21, 2011
Montréal, Canada

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PALME MIDDLE EAST
from April 26, 2011 to April 28, 2011
Dubai, UAE
http://www.palme-middleeast.com/

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SHOWWAY
from May 15, 2011 to May 17, 2011
Bergamo, Italy
http://www.showway.com/

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LIGHTFAIR
from May 17, 2011 to May 19, 2011
Philadelphia, USA
http://www.lightfair.com/

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PALM EXPO
from May 26, 2011 to May 29, 2011
Beijing, China
http://palmexpo.iirx-gallery.com/

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KOBA
from June 14, 2011 to June 17, 2011
Seoul, Korea
http://www.kobashow.com/

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INFOCOMM
from June 15, 2011 to June 17, 2011
Orlando, USA
http://www.infocomm.org/

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ABTT THEATRE SHOW
from June 15, 2011 to June 16, 2011
London, UK
http://www.abtt.org.uk/

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PALME ASIA
from July 13, 2011 to July 15, 2011
Singapore
http://palme.iirx-gallery.com/

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ENTECH
from July 19, 2011 to July 21, 2011
Sydney, Australia
http://www.entechintech.com/

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PLASA
from September 11, 2011 to September 14, 2011
London, UK
http://www.plasashow.com/

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MUSIC MOSCOW
from September 15, 2011 to September 18, 2011
Moscow, Russia
http://www.musicmoscow.com/

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EXPOMUSIC
from September 21, 2011 to September 25, 2011
Brazil
http://www.expomusic.com.br/

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PALME VIETNAM
from October 26, 2011 to October 28, 2011
Hanoi, Vietnam
http://palme-vietnam.com/

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LDI
from October 28, 2011 to October 30, 2011
Orlando, USA
http://www.ldishow.com/

pra quem gosta de ler

Estava me preparando para ir dormir e um link no Google me chamou a atenção. Fui ver e cá estou eu, três horas depois, ainda acordado, zonzo de tanto ler, para compartilhar com vocês este achado.

Trata-se de uma página, na verdade uma biblioteca de artigos e teses específicos sobre Design dentro do site modavestuario.

Você pode ler e salvar em PDF aqueles que você quiser.

Destaco alguns interessantes que li e outros que salvei para ler depois:

– O Processo de Design de Aeronaves: um Estudo Exploratório
– Questões de Ética: Relações entre o Design e a Ecologia Profunda
– O tratamento do espaço pela cenografia nos desfiles de moda
– Percepção de conforto por meio da avaliação visual de assentos: parâmetros para o design ergonômico de mobiliário
– Design e Significação sob uma Perspectiva Mitológica
– Desenvolvimento de Alternativas Sustentáveis Para Habitação de Baixa Renda
– As transformações dos estilos de vida na modernidade e a (re)configuração dos interiores domésticos
– Reflexões sobre a caracterização da pesquisa científica e da prática profissional no design
– O resgate da ética no design: a evolução da visão sustentável
– Análise de maçanetas cilíndricas e de alavanca por usuários idosos – aspectos de uso e percepção
– Design de Interiores e Consumo Sustentável
– Aproximações entre Arte e Design: Paisagem urbana e olhar de artista
– Valorização do território através do design estratégico: um estudo dos indicadores de qualidade de vida urbana no âmbito do bairro
– Design versus Artesanato: Identidades e Contrastes.
– Cores e Iluminação Aplicadas num Projeto de Interior de Aeronaves
– Informação ou poluição: processos de descaracterização do espaço urbano
– Lighting Design e Planos Diretores de Iluminação Pública: A Requalificação da Cidade por meio da Luz Artificial.

Tem muita coisa boa ali dentro. São mais de 500 artigos sobre interiores, lighting, moda, produtos, embalagens, educação, história, têxtil, arquitetura, eco-design, design social, ética, etc.

Acesse a página e divirta-se com uma boa leitura!

OLEDs – uaw!

No último módulo da pós, o professor de fontes de luz artificial, Isaac, nos apresentou o que está sendo pesquisado no mundo em novas tecnologias e, dentre tudo o que apresentou-nos, estava o OLED.

Eu já postei aqui anteriormente sobre os OLEDs mas devido à correria do dia a dia acabei deixando de observar o movimento deste produto e confesso que fiquei pasmo como já está muito adiantada a pesquisa deste material bem como o desenvolvimento de novos produtos comfeccionados com ele.

Então resolvi fazer uma seleção mostrando algumas novidades nesta área:

Primeiramente lembro que o OLED é uma fina película:

Mesmo sendo finíssima, ela é composta por várias camadas de componentes:

A espessura reduzida, a maleabilidade e resistência garantem a aplicação deste produto em inimagináveis produtos reduzindo drasticamente algumas medidas:

Além de produtos, a industria de iluminação está investindo pesado em cima deste produto que promete ser, sem sombra de dúvida, o futuro da iluminação:

Fontes das imagens:

http://www.atulo.net/Palavra/netbook/

http://electronics.howstuffworks.com/oled1.htm

http://www.engadget.com/2005/05/20/samsungs-40-inch-oled-tv-pics/

http://www.ubergizmo.com/15/archives/2007/10/bendable_oled_display_from_samsung.html

http://oooled.blogspot.com/2008/11/o-que-oled.html

http://www.tvsnob.com/archives/2008_06.php

http://www.sustainabilityninja.com/sustainable-technology-gadgets/ge-stops-rd-in-incandescent-technology-to-focus-on-oleds/

http://dvice.com/archives/2008/10/sony_flaunts_se.php

http://blogadois.blogspot.com/2008_07_01_archive.html

http://informed-architect.blogspot.com/2009_10_01_archive.html

http://www.imelmaterialeletrico.com.br/noticias.php?codigo=15

http://www.hitechlive.com.br/papel-de-parede-oled-quem-precisa-de-janela/

http://www.printedelectronicsworld.com/articles/oled_lighting_has_a_bright_future_00000551.asp

Pós que podemos (e devemos) fazer

Muita gente me questiona sobre quais os cursos de pós são interessantes fazer após o curso superior de Design de Interiores/Ambientes. Bom, isso depende da sua formação superior, da modalidade em que se formou.

Se você se formou em um curso sequencial poderá optar por especializações (lato senso). Já aqueles que optaram por um curso tecnológico podem entrar em especializações (lato senso) , mestrados e doutorados (lato senso – profissionalizantes). Importante não confundir técnico (ensino médio) com tecnólogo (ensino superior).

Se a sua formação for uma graduação (licenciatura/bacharelado) poderá optar pelas especializações (lato senso) ou os mestrados e doutorados (strictu senso).

É importante salientar que no caso dos cursos tecnológicos e sequenciais, de acordo com o MEC, nenhuma universidade ou faculdade pode proibir o ingressos de pessoas formadas nessas modalidades nos cursos de especializações. Assim como, para o ingresso nos mestrados e doutorados (profissionalizantes), o acesso dos tecnólogos é garantido por Lei (Lei 9394/96, Parecer do Conselho Nacional de Educação – CNE/CP 29/2002, Resolução CNE/CP nº 3, de 18/12/2002 e Decreto 5773, de 09 de maio de 2006).

A IES que faz isso está infringindo a Lei.

Assim temos hoje as seguintes modalidades de Ensino Superior aqui no Brasil e suas respectivas características:

Bacharelado:
Formação de profissionais como médicos, engenheiros, advogados.
Horas De 2.400 horas (por exemplo museologia) a 7.200 horas (medicina).
Anos De 3 a 6 anos.
Pós-Graduação: Pode fazer qualquer tipo (profissional chamado de latu sensu, mestrado ou doutorado).

Tecnologia:
Formação de profissionais com ênfase na atividade prática.
Horas: Carga horária menor, varia entre 1.600 horas e 2.400 horas.
Anos: De 2 a 3 anos.
Pós-Graduação: Pode fazer qualquer tipo (profissional chamado de latu sensu, mestrado ou doutorado).

Licenciatura:
Formação de professores para ensino fundamental, médio e técnico.
Horas: No mínimo 2.800 horas Pelo menos 300 horas devem ser de estágio.
Anos: De 3,5 a 4 anos.
Pós-Graduação: Pode fazer qualquer tipo (profissional chamado de latu sensu, mestrado ou doutorado).

Sequencial de Formação Específica:
Não são cursos superiores de graduação. Oferecem formações diversas.
Horas: No mínimo 1.600 horas e 40 dias letivos.
Anos: No mínimo 2 anos.
Pós-Graduação: Só pode fazer pós-graduação profissional, chamada de latu sensu.

(fonte: Universitário)

Então, por partes, vamos aos cursos que são interessantes para a nossa formação:

Para aqueles que pretendem tornar-se professores universitários, o curso de Metodologia e Didática do Ensino Superior é fundamental, pois nele são repassadas a base pedagógica que não tivemos em nossa formação. Na maioria das IES, este curso é obrigatório para o ingresso no corpo docente.

Outros cursos de especialização:

Design de Interiores: eu sempre digo que é interessante assistir mais de uma palestra ou ler mais de um livro/artigo sobre o mesmo tema, pois cada palestrante/autor tem uma visão diferente sobre o mesmo assunto, uma abordagem diferenciada. Além disso há a possibilidade de realizar pesquisas que, infelizmente aqui no Brasil, nossa área é tão carente. Portanto, é interessante sim uma pós em nossa área específica.

Artes: serve tanto para quem pretende atuar como professor quanto para aqueles que querem aumentar o repertório/conhecimento artístico. Aqui encontram-se os cursos em artes plásticas, cênicas, música e dança em todas as suas vertentes: história, aplicadas, arteterapia, etc.

Artes cênicas: coloco este em separado também pois nestes cursos você poderá optar pela área de cenografia.

ECO’s: desenvolvimento, ecodesign, eficiência energética e tantos outros na linha “ECO” são cada dia mais solicitados pelo mercado de trabalho. O formação e conscientização correta sobre como projetos ECO podem melhorar a vida do ser humano e de nosso planeta deve ser uma constante em nosso trabalho.

Gestão: como administrar/gerir/empreender um projeto ou a área do Design é o foco destes cursos.

Ergonomia: cada dia mais presente e importante nos projetos, a ergonomia vem sendo valorizada tanto pelos clientes quanto pela indústria.

Moda: para aqueles que, como eu, trabalham com moda também. Entender o universo e os processos da moda é fundamental para a realização de trabalhos coerentes e que atendam as necessidades do cliente/produto.

Lighting Design: para aqueles que querem trabakhar nesta área é fundamental a conclusão deste curso pois, a formação recebida no curso superior faz apenas o iluminador básico. E, uma iluminação de qualidade técnica/estética pressuõe uma ampla especialização na área.

Produtos: para aqueles que desejam melhorar a qualidade técnica de seus projetos de mobiliários, equipamentos e acessórios ou até mesmo seguir profissionalmente a área de produtos.

Conforto Ambiental: iluminação, acústica e térmica são os pontos chaves desse curso e elementos essenciais num projeto.

Gráfico: é um curso bastante interessante para anossa área pois através dele teremos maior fundamentação sobre cor, semiótica, imagens, linguagens e tantos outros elementos gráficos que usamos rotineiramente em nossos projetos.

Paisagismo: para quem quer ampliar conhecimentos e o leque de mercado neste segmento.

Design de Interação: cada dia mais em voga e real, o design de interação busca aprimorar a experiência entre o usuário X produto, seja este físico ou sensorial.

Eventos: voltado para profissionais que atuam com produção/decoração de eventos.

Além destes existem muitos outros cursos de pós graduação possíveis. Basta que você analise o que deseja profissionalmente e direcionar a sua formação.

Como Cães e Gatos…

Ja ha algum tempo quero postar algo sobre este assunto pois sou apaixonado por cães. Tenho duas meninas lindas aqui em meu apartamento. São da raça Schnauzer. Maggye com quase 4 anos e Leeloo – filha da Maggye – com quase 2 anos.

É bastante comum encontrarmos clientes que possuem cães, gatos ou outros pets e isso deve ser levado em consideração na hora de projetar.

Não vou escrever sobre as dicas de cuidados com os cães como passeios e outras coisas mas sim, quero me ater à parte prática do dia a dia para o relacionamento homem x cão. Vou escrever sobre cães, mas as dicas podem ser usadas também para gatos e outros pets.

A partir do momento em que você descobre que seu cliente tem ou pensa em ter um cão, este deverá fazer parte do brieffing. Incluem-se aqui as características gerais do cão como raça, tamanho, adestramento, obediência, comportamento, higiene, idade, etc. Com estes dados você vai perceber que todo o projeto deverá ser trabalhado levando em consideração também o cão.

Se o cão tem um temperamento normal, quieto, brincalhão. Se a raça derruba muitos pêlos. Se a raça tem cheiro. Se tem aquela “baba” caracteristica de algumas raças. Se o cachorro fica muito tempo sozinho em casa ele poder ser um “destruidor” de coisas. Não por maldade. Isso ocorre porque os cachorros são muito ativos e curiosos e precisam ocupar-se com alguma atividade. Se não encontram brinquedos, tratam rapidamente de encontrar algum em algum lugar. E é aí que começam os problemas e perigos.

Armários devem ser todos com portas e com fechamento seguro que o cão não consiga abri-los. Eles são curiosos e xeretas, adoram explorar os espaços. Basta um saco de plástico fazer algum barulho dentro de um armário que eles já começarão a rodear, cheirar tentando descobrir o que pode ser aquele barulho. Digamos que esse cão consiga abrir o armário e o saco plástico é de sabão em pó. Você imaginou a bagunça que isso iria virar não é mesmo? Porém, isso pode afetar a saúde do cão também. Pois ele vai rasgar o pacote, espalhar o conteúdo e nessas ações, acabará por inalar e engolir parte dessa química toda. Todos os produtos para limpeza são potencialmente tóxicos e podem levar à morte.

O faro deles é muito desenvolvido e o que passa despercebido por uma criança, para eles não. O faro deles é seletivo e com isso conseguem perceber os odores separadamente. Digamos que você jogou no lixo um resto de um refogado com repolho, cebola, alho, carne, cenoura e condimentos. Ele consegue detectar cada um desses odores separadamente ao contrário de nós que sentimos apenas o odor do “bouquet” – o aroma da mistura toda. Certamente a carne vai chamar a atenção dele e ele irá procurar onde está e, encontrando, fazer a bagunça. E nesta bagunça pode acabar encontrando alguma outra coisa dentro do lixo que pode vir a fazer muito mal a ele. Lixeiras sempre com tampas com travas anti-patinhas!

Alem desses problemas, temos de tomar muito cuidado com as nossas comidas e guloseimas. Cães não se dão bem com açúcares e gorduras. Portanto, chocolates e doces devem ser guardados fora do alcance das patas. Assim como outras comidas. Apenas 85g de chocolate pode levar um cão de 8kg à morte. As nozes também são perigosas aos cães por seu excesso de gorduras. Para cães, apenas ração e guloseimas apropriadas, próprias para eles.

Outra coisa muito perigosa são os nossos remédios e venenos. As pílulas ao caírem no chão acabam fazendo barulho e rolando ou pulando. Na tem coisa melhor para chamar a atenção deles. E, engolida pode causar sérios problemas ao cão e até mesmo leva-lo à morte. Já os venenos, especialmente as iscas, chamam a atenção do animal por causa do cheiro. Remédios e venenos, sempre muito bem acondicionados e também fora do alcance das patas e bocas!

Portanto, todo projeto para clientes que possuem cães devem ser pensados em eliminar estes riscos. Produtos sempre no alto, fora do alcance das patas. Parece que estou escrevendo sobre crianças não é mesmo?

Por falar em crianças, temos de tomar cuidados também com as instalações elétricas. Muitos cães gostam de roer coisas – na falta de brinquedos próprios. E dentre as coisas que eles podem vir a roer estão os fios de equipamentos. Além do choque que pode ou não ser letal, tem todo o gasto com o conserto do equipamento.

Por falar em roer, haja quinas de móveis, sapatos, vassouras e outros objetos para cães que não tem seus brinquedinhos. Portanto, pense muito bem e planeje muito bem mobiliário e espaços para guardar estes objetos. Sapatos expostos e ao alcance, nem pensar. Vassouras, rodinhos e pás ao alcance? Idem. Desenvolva o mobiliário de forma a evitar que o cão consiga fuçar dentro dos armários.

Outro ponto a ser observado são as quinas de móveis. A minha pequena Leeloo é super brincalhona e vira e mexe está correndo pela casa com seus brinquedinhos. Tive de eliminar todas as quinas pois ela acabou se machucando duas vezes em meio às brincadeiras. Já no caso de estofados e camas do tipo box, procure desenvolver algum elemento que sirva para descanso dos pés dos usuários mas que também sirvam como um degrau para diminuir o impacto nos saltos para subir ou descer.

Já os pisos são bastante problemáticos para os cães. Por suas características lisas e escorregadias acabam por fazer o animal forçar excessivamente as musculaturas das pernas e patas levando a tendinites. Pisos menos lisos e tapetes são essenciais para diminuir este tipo de problema.

Já para a escolha dos tecidos para revestir os moveis busque aqueles que evitam que coisas fiquem grudadas ou acabem penetrando na trama e também aqueles com tratamento anti-manchas.. Pêlos e migalhas de guloseimas comumente grudam nos tecidos.

Plantas também podem ser letais para nossos amigões. E é comum à raça canina comerem plantas – ajuda no aparelho digestivo, especialmente a grama. Mas várias outras plantas contém substâncias tóxicas. Então, analise muito bem as plantas de seus clientes à procura das tóxicas e, na impossibilidade de troca-las por outras, coloque-as sempre no alto, fora do alcance da boca deles.

Se for uma residência e houver jardim, busque formas de afastar o cão das plantas. Hoje existem equipamentos próprios para isso como cercados. Caso não deseje inserir estes cercados, assim como as plantas internas, procure afastar do alcance da boca deles estas colocando-as em locais altos.

Plantas venenosas:
Caule e folhas: comigo-ninguém-pode, filodendro, caládio, inhame, azaléias, holly berries, hortênsias, ligustro, alfenas, espirradeira, hera, jasmim e glicínia.
Bulbos: narcisos, junquilhos, jacintos e íris são venenosos também. , bem como.

Onde montar a casinha do cão?

Se seu cliente mora em um apartamento, o ideal é utilizar a área de serviços para servir de banheiro e refeitório. Porém atente-se para o fato de que nenhum animal come e faz suas necessidades no mesmo espaço. Uma coisa num canto e a outra no outro. Atente-se também para definir a área de banheiro próxima do ralo da área de serviços para facilitar a limpeza.

Já a caminha vai depender do cão e dos donos. Existem raças que são muito grudadas aos donos e acabam por dormir ou no mesmo cômodo ou próximo a eles. Na verdade, os cães – como chefes de matilha – tem de ter a sua no seu campo de visão para garantir a segurança do grupo.

Se seu cliente mora em uma residência, o local ideal para colocar a casinha tem de ter sombra, ser fresco. Sombra no verão e ser protegido no inverno. Pode-se optar por uma casinha ou mandar fazer um canil. Em ambos os casos, procure levantar um pouco a área de dormir do chão pois isso garante isolamento extra e maior conforto ao animal.
Em qualquer um dos casos, preste muita atenção ns dimensões do cão. A casinha ideal tem de ter espaço para que ele fique em pé, estique-se, vire, role e ande dentro da casinha.

Os cães necessitam do sol assim como nós seres humanos. Então procure sempre – no caso de apartamentos – deixar uma área ventilada e onde o sol incida direto para que ele possa tomar seus banhos de sol tranquilamente. Isso vai te fazer pensar inclusive sobre isolamentos para pó caso de chuvas.

Faz-se necessário também pensar num espaço para cuidados com o cão. Muitas raças necessitam de escovação e outros cuidados diários/semanais e pensar esta questão é fundamental para isso. Em apartamentos, procure projetar uma bancada na área de serviços que atenda às necessidades do espaço e também sirva para isso.

Estas são apenas algumas dicas e cuidados básicos que devemos considerar mas existem muitas outras ainda. Então, assim como prestamos muita atenção em nossos clientes na hora do briefing, devemos inserir o cão como membro da família e brifa-lo também.

O amigão de seu cliente merece também carinho e conforto.

Cirandando no Natal

Olá meus amigos leitores, como sabem este ano resolvi participar da Ciranda de Blogs – uma iniciativa da Flávia do Decora Casa.

Para minha grata surpresa que me “tirou” no sorteio foi a Marcele do excelente blog Viver Arquitetura – que já acrescentei à lista de blogs aqui na barra lateral direita.

Bom, vamos à mensagem que ela nos traz para este encerramento do ano.

Boa leitura.

Olá. Para quem freqüenta esse blog, sabe que o Paulo está participando da Ciranda de Blogs, proposto pela Flávia, do blog Decoracasa (http://decoracasa.blogspot.com). E eu, Marcele, do blog Viver Arquitetura (http://viverarquitetura.blogspot.com), fui sorteada para escrever nesse espaço, cheio de conteúdo e muita informação bacana.

Confesso que estava torcendo para que a filhinha da Flávia sorteasse algum blog que tivesse a ver com a minha profissão, mas mesmo que isso tenha acontecido, o friozinho na barriga por causa de tanta responsabilidade não deixou de me acompanhar.

E como essa segunda edição da ciranda tem como tema o natal, a primeira coisa que me veio à mente foi a questão da retrospectiva que fazemos no final do ano e as expectativas que rondam o iniciar de um período. A partir disso, pesquisei sobre o design e escrevi esse post. Espero agradar ao Paulo e a você, leitor.

“Fim de ano é um momento de balanço, seja pessoal, profissional, político, econômico ou outro qualquer. Pensamos no que aconteceu e no que deixou de acontecer, no que mudou e o que continua exatamente como antes.
Assim, podemos dizer, por um lado, que não foi nesse ano que o Design foi reconhecido como uma profissão no Brasil. Por outro lado, a cada dia os designers brasileiros recebem maior destaque com seus produtos, seja no Brasil, seja fora dele. Como exemplos bastante comentados nesse ano, podemos citar a criação da Chaise Zonza, de Eduardo Baroni, que faturou o prêmio IBAMA 2008 e a luminária Bossa, criação de Fernando Prado para a Lumini e medalha de ouro na edição 2007 do iF Product Design Award  (o oscar do design internacional).

Chaise Zonza, do designer Eduardo Baroni.


Luminária Bossa, do Designer Fernando Prado

Podemos dizer, também, que por um lado, ainda falta ao Brasil o reconhecimento de sua essência e de sua identidade. Por outro lado, 2008 mostrou-se, através do design brasileiro, uma fonte rica para entendermos sobre a cultura nacional e a beleza desse nosso país, que muitas vezes é deixada de lado. Como exemplo, cito Flávia Pagotti, que se utiliza da tecnologia dos materiais empregados e da historia da azulejaria no Brasil para a criação da Poltrona São Luiz.


Poltrona São Luiz, da designer Flávia Pagotti

E, se por um lado, ainda falta muito para que as pessoas reconheçam a necessidade de se cultivar uma vida sustentável, por outro lado, vários profissionais brasileiros e inclui-se aí, os designers, estão se preocupando em trabalhar com matéria-prima renovável ou matéria-prima reciclável ou mesmo matéria-prima certificada. Um exemplo já citado nesse post é da designer Julia Krantz.


Banco Canoa, da designer Julia Krantz

Além do balanço, fim de ano é um momento de novos planos e novos sonhos, construções e reconstruções. Quem não se pega a pensar: ano que vem será diferente! Ano que vem farei isso ou farei aquilo!? Já que sonhar não custa nada, aí estão algumas idéias das quais eu compartilho:

Sonhar com o reconhecimento do trabalho de quem lida com a questão da arte, seja arquiteto, decorador, designer. Não apenas um reconhecimento por parte dos órgãos públicos, mas um reconhecimento por parte de quem usufrui desse serviço ou venha a usufruir do mesmo.

Sonhar que acima do conceito de “moda”, embutido nos discursos de muitas publicações e anúncios, as pessoas se preocupem com o conceito de identidade do usuário para com o produto, do usuário para com a sua necessidade.
E depois do balanço e dos planos para o ano que se inicia, vem um período de “bons desejos”… Assim, desejo a você, leitor, saúde, paz, alegria, harmonia e compreensão para com os outros… E desejo, também, muito trabalho, novos projetos e mais tempo para aproveitar o que essa vida tão boa nos oferece.

Feliz natal e próspero ano novo.

Marcele!”

Valeu Marcele!

Neste teu post você conseguiu sintetizar muito do que coloco semanalmente aqui neste blog e o mais interessante, com um olhar de quem “está de fora da área”. Apesar da arquitetura aproximar-se levemente com o Design, elementos como identidade, cultura e outros são semelhantes e da mesma forma importantes em ambas as áreas.

Esta tua retrospectiva vem bem a calhar uma vez que já postei uma de imagens de 2008 e tem uma outra agendada para o dia 31/12 com os principais posts do ano.

Mais uma vez obrigado pelo belo presente de Natal a mim e aos meus leitores.

100% Nacional – Julia Krantz

Combinar o design de móveis em madeira com uma preocupação ambiental é uma das características do trabalho de Julia Krantz. Formada em arquitetura pela FAU-USP, sua linha de produção deixa transparecer o poder orgânico da madeira, em um cuidado minucioso de artesania que faz essa matéria-prima dialogar com sua condição original, através de formas que suscitam algo para além da simples utilidade cotidiana. Nesse trabalho, a ecologia tem papel fundamental. A designer, associada ao grupo de compradores de produtos florestais certificados e detentora do selo de certificação do FSC, possui o compromisso de se utilizar apenas de materiais obtidos através do manejo sustentável, se recusando a se servir de madeiras ameaçadas pela extinção. A difusão e valorização de espécies pouco conhecidas da floresta tropical, associada ao combate da degradação ambiental, se somam a uma concepção artística da utilização dessa matéria-prima tão especial em recursos. O cuidado e o fascínio pela natureza transparecem nas produções de seu trabalho, em cujas peças se pode verificar uma continuidade em relação a imensa riqueza de desenhos, cores e formas que a floresta oferece as mãos de um artista criativo.

Julia Krantz