Do It Yourself (DIY) – perguntas a se fazer antes de começar uma reforma sozinho(a)

Para auxiliar os clientes a eliminar as frustrações na hora de se decidir a enfrentar um projeto de melhoria em casa sozinho(a) (Do It Yourself – DIY), ou contratar um profissional de design de interiores/ambientes, segue uma lista de perguntas para fazer a si mesmo(a) que vai ajudá-lo(a) a tomar a decisão correta.

Seja para apenas melhorar a sua sala ou redesenhar a ambientação de vários cômodos de uma só vez, isso nos obriga a prever e planejar corretamente para alcançar os resultados desejados que temos em mente. Embora você possa ter talento criativo para usar as cores em sua casa e seus amigos e familiares lhe digam que seu bom gosto para decoração são excepcionais, como você sabe realmente se quer assumir os riscos do projeto por si mesmo (DIY) ou deve contratar um profissional?

Aqui estão perguntas para ajudá-lo(a) no processo. Depois de terminar de anotar suas respostas, só você mesmo(a) pode tomar essa decisão.

1. Ao olhar para o calendário, você tem grandes blocos de tempo disponível a cada semana para as tarefas que o projeto vai exigir?

2. É fácil e natural que você coloque uma amostra da tinta que será usada na pintura ao lado de uma amostra de tecido e imagine o resultado, de como as cores e materiais ficarão depois de finalizados no ambiente que você quer modificar?

3. Quando você pensa em reformar três cômodos de sua casa, fazer as tarefas necessárias para você o(a) faz se sentir cansado(a), considerando que você terá que fazer tudo sozinho(a) (DIY)?

4. Você alguma vez já comprou tintas ou acessórios para um dos ambientes e depois já não tinha mais certeza sobre as cores e arranjos que você escolheu?

5. Você achou inspiração para reambientar um ou mais cômodos de sua casa a partir de uma foto em uma revista da moda, mas agora você não tem certeza se você gosta do estilo, se retro, eco-friendly, minimalista, tradicional ou contemporâneo?

6. Você tem dificuldade de definir-se com relação ao estilo que deseja para sua casa?

7. Você é a única pessoa tomando as decisões sobre cor e decoração ou você vive com mais pessoas que discordam totalmente ou parcialmente com as mudanças que você está prestes a realizar?

8. Seus planos incluem mais que fazer alterações com tintas, tecidos e escolha de acessórios?

9. Para alcançar seus objetivos desejados para melhorar a sua casa, será necessário derrubar paredes ou realocar fontes de água,e componentes elétricos e cabeamentos telefônicos  e de TV?

10. Você tem dinheiro disponível agora porque você estava pensando em comprar uma casa nova, mas recentemente decidiu ficar em sua casa atual em vez de se mudar para outra casa e começar tudo de novo?

11. Você vive em uma parte histórica da cidade e você gostaria de ter o interior de sua casa que refletisse a área onde você vive, mas você não tem a menor idéia por onde começar?

12. Você vive em uma parte histórica da cidade e você gostaria de ter o interior de sua casa totalmente diferente da área onde você reside, mas você não tem a menor idéia de como trabalhar questões sobre patrimônio histórico, restauração e outros assuntos e Leis relativos à  isso tudo?

13. Você conhece equipes de profissionais realmente qualificados para fazer os serviços (pintura, instalações, marcenaria, gesso, etc)?

14. Você vai alterar os móveis de um ou mais ambientes e já conversou com uma loja de planejados que prometeu o projeto “de graça”?*

Como podem observar, alterar os ambientes pressupõem vários elementos que devem ser considerados. Ainda caberiam diversas outras perguntas nesta lista mas só por estas já dá para perceber que uma simples alteração pode não ser tão simples assim.

Não basta apenas bom gosto e vontade. É necessário conhecimento técnico e uma equipe coerente e competente para a execução dos serviços agregados a um projeto de reforma ou remodelação de ambientes.

Portanto, pense seriamente sobre isso tudo antes de começar uma reforma por conta própria. Você pode acabar com prejuízos financeiros e com um resultado que não te agrade plenamente.

Fonte do texto base: http://EzineArticles.com/2704153

* Sabia que estes projetos são feitos por vendedores que na maioria das vezes não são profissionais qualificados e que a personalização depende do que está disponível no catálogo e na linha de produção da marca? E também que o custo pelo desenvolvimento do “projeto” sempre está embutido no valor do produto e não sai de graça?

Seu cliente tem um “amigo”?

Como hoje a minha pimpolha (foto acima) Leeloo está completando 4 aninhos, resolvi – em homenagem à ela – escrever sobre cuidados que devemos ter ao projetar ambientes onde os bichos de estimação estão presentes. (Já dei muitos amassos e beijocas nela hoje ahahahaha)

É cada dia mais comum clientes que possuem bichos de estimação, especialmente os cães e os gatos. Então vou apresentar aqui algumas informações importantes que devem ser consideradas quando projetamos para clientes que possuem essas delícias.

Pisos

Creio que todos já ouviram o barulhinho das patinhas de cães andando dentro de casa. Quem tem um vizinho em cima que possui um cão sabe bem do que estou falando pois sabemos exatamente onde ele está por causa do som emitido pelo atrito de suas patinhas com o piso. Esse som se deve às unhas deles. Muitos acreditam que os cachorros pisam com aquelas “almofadinhas” que possuem nas patas apenas. Porém, um fato importante e que deve ser considerado é que para se equilibrar, eles usam as unhas. Agora, imagine você mulher tentando equilibrar-se sobre 20 “saltinhos altos”(unhas). O esforço muscular exigido para isso é imenso e o esforço repetitivo pode causar sérios danos, especialmente aos cães.

Os gatos, por andarem mais tranquilamente e ter maior suavidade nos passos sofrem menos com isso, mas também sofrem.

Já perceberam que quando eles tem a sensação de que vão cair de nosso colo, usam as unhas para agarrar-se? O mesmo acontece com o chão. Se o chão for liso demais eles irão ficar o tempo todo esforçando-se para equilibrar-se, não à toa que vemos muitos escorregando. As pessoas acham graça quando isso acontece, mas para eles, não tem nada de engraçado nisso e sim, é doloroso por vezes.

Assim, quando aparecer um pet no meio de seu projeto pense nisso e opte por pisos mas ásperos ou porosos, especialmente nas áreas onde eles permanecem por mais tempo.

Alturas

É também divertido e gostoso ver, especialmente os cães, saltando de um lado para o outro, de um sofá para o outro, do chão para cima da cama especialmente quando estão brincando conosco. Porém isso pode trazer sérios riscos à saúde deles, por vezes irreversíveis.

Vale aqui atentar para dois detalhes importantíssimos:

1 – quando a altura não é tão grande (ex: até a altura do assento de um sofá), independente do piso utilizado, deve-se prever um tapete com antiderrapante e razoavelmente fofo. O anti derrapante vai evitar que ele escorregue no momento da subida pois ele utiliza as unhas para firmar-se na hora do impulso. A maciez do tapete deve ser pensada para amortecer a descida.

PetEscadas

2 – Quando a altura já é elevada (ex: cama box) devemos pensar em algum elemento de suporte para evitar que eles pulem na descida. O impacto neste caso é bem forte, especialmente nos de pequeno porte. Boas dicas sobre isso e produtos já prontos vocês podem encontrar no site PetEscadas. São rampas, escadas e bases de apoio visando diminuir o esforço físico do animal e os danos.

Produtos

Assim como crianças, cães e gatos são curiosos por natureza e adoram explorar o ambiente em sua totalidade. Se eles encontram algum produto de limpeza onde o odor ou o barulho da embalagem chamem a sua atenção, fatalmente ele irá investigar e, nessa brincadeira aparentemente inocente podem ocorrer sérios envenenamentos e intoxicações. Lembrem-se sempre que a maioria dos produtos atingindo nossos olhos podem nos cegar – apesar de corrermos para lava-los – e que eles podem estar sozinhos no momento. Há também a intoxicação por ingestão ou inalação.

Então, produtos de limpeza, medicamentos e outros produtos que podem ser tóxicos devem ser guardados em caixas e fora do alcance de seus focinhos curiosos.

Vale ainda acrescentar aqui uma lista de produtos de consumo humano (alimentação) que são tóxicos para os pets:

Chocolate; Ossos cozidos (com exceção do pescoço de frango leve a moderadamente cozido); Cebola e alimentos preparados com cebola – mesmo em pequenas quantidades, o n propil dussulfito das cebolas pode provocar um tipo grave de anemia nos pets; Batatas, inhame, mandioquinha, cará crus – apresentam solamina, uma toxina que pode deprimir o sistema nervoso central e provocar distúrbios gastrointestinais; Abacate – contém persina, uma substância que pode causar desarranjos gastrointestinais; Linhaça crua – contém ácido erúcico, que pode intoxicar os pets; Açúcar e alimentos açucarados – podem levar os pets à obesidade, a ter cáries e a apresentar diabetes; Frituras; Alho – o alho é um santo remédio, mas em excesso causar anemia nos pets. Não ofereça mais do que uma fina lâminazinha (cerca de 1/6 ou 1/7) de um dente de alho cru por dia; Macadâmias – uma toxina pode causar até paralisia muscular nos cães; Chá preto; Café; Bebidas alcólicas; Batata germinada; Brotos de batata; Pimenta; Uva e uva passa – muitos cães adoram uvas e passas, mas elas possuem uma toxina não identificada que pode provocar sérios danos renais aos cães; Adoçantes; Refrigerantes; Folhas e caules de tomate; Folhas de abacate; Folhas e caules de batata; Ruibarbo; Folha de berinjela; Folha de beterraba; Sementes de frutas (podem liberar cianeto no estômago, como no caso das sementes de maçã).

Portanto, nada de especificar aquela fruteira de aberta onde estes produtos ficam expostos aos curiosos.

Meu cantinho

Devemos nos atentar a um detalhe muito importante aqui: nunca coloque a área do “pipi e totô” junto ou próximo da área de alimentação. Isso pode provocar contaminação da água e da ração.

Vale salientar ainda que a área do “pipi e totô” deve ser prevista próxima a um ralo para facilitar a limpeza.

Já a área da caminha – caso o pet nao durma na cama do dono – busque um local onde o chão não seja muito frio, especialmente se optar pelo uso das caminhas comuns. Caso o piso seja frio, prefira as caminhas elevadas.

Se possível, coloque algum revestimento na parede para evitar a friagem transmitida por ela.

Plantas tóxicas para cães e gatos

Seja num ambiente interno ou externo, se houver plantas, deve-se tomar muito cuidado ao especificá-las. Cães adoram comer plantas porém muitas delas são perigosas. Estas estão na lista negra e não devem ser utilizadas nos projetos:

Alamanda (Allamanda cathartica)- A parte tóxica é a semente.
Antúrio (Anthurium sp) – As partes tóxicas são folhas, caule e látex.
Arnica (Arnica Montana) -A parte tóxica é a semente.
Arruda (Ruta graveolens) -A parte tóxica é a planta toda.
Avelós (Euphorbia tirucalli L.) -A parte tóxica é toda a planta.
Beladona (Atropa belladona) – As partes tóxicas são flor e folhas. Antídoto: Salicilato de fisostigmina.
Bico de papagaio (Euphorbia pulcherrima Wiild.) -A parte tóxica é toda a planta.
Buxinho (Buxus sempervires) -A parte tóxica é são as folhas.
Comigo ninguém pode (Dieffenbachia spp) -As partes tóxicas são as folhas e o caule.
Copo de leite (Zantedeschia aethiopica Spreng.) -A planta é toda tóxica.
Coroa de cristo (Euphorbia milii) -A parte tóxica é o látex.
Costela de Adão (Monstera deliciosa) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
Cróton (Codieaeum variegatum) – A parte tóxica é a semente.
Dedaleira (Digitalis purpúrea) – As partes tóxicas são flor e folhas.
Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata) – A parte tóxica é toda a planta.
Espirradeira (Nerium oleander) – A parte tóxica é a planta toda.
Esporinha (Delphinium spp) – A parte tóxica é a semente.
Fícus (Ficus spp) – A parte tóxica é o látex.
Jasmim manga (Plumeria rubra) – As partes tóxicas são flor e látex.
Jibóia (Epipremnun pinnatum) – A parte tóxica são as folhas, caule e látex.
Lírio da paz (Spathiphylum wallisii) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
Mamona (Ricinus communis) – A parte tóxica é a semente.
Olho de cabra (Abrus precatorius) – A parte tóxica é a semente.
Pinhão paraguaio (Jatropha curcas) – As partes tóxicas são semente e fruto.
Pinhão roxo (Jatropha curcas L.) – As partes tóxicas são as folhas e frutos.
Saia branca (Datura suaveolens) – A parte tóxica é semente.
Saia roxa (Datura metel) – A parte tóxica é semente.
Samambaia (Nephrolepis polypodium). Existem vários tipos de samambaias e outros nomes científicos. Essa é apenas um exemplo, todas são tóxicas. A parte tóxica são as folhas.
Taioba brava (Colocasia antiquorum Schott) – A parte tóxica é toda a planta.
Tinhorão (Caladium bicolor) – A parte tóxica é toda a planta.
Vinca (Vinca major) – As partes tóxicas são a flor e folhas.
Fonte: Cachorro Verde

Piscinas

Em ambientes onde existe piscina temos duas opções:

1 – capas

2 – cercas

As capas podem até resolver para aqueles cachorros mais calmos. Porém, os mais levados e peraltas adoram vasculhar e fuçar, inclusive embaixo de coisas (tapetes, cobertores, etc). Assim, eles podem sentir uma certa curiosidade pelo que aquele “tapetão” está escondendo embaixo. Sabemos que estas capas deixam frestas nas bordas e é exatamente por estas que eles conseguem entrar e, infelizmente, cair dentro das piscinas.

Vale então, incorporar no projeto uma cerca. Hoje existem modelos lindos que certamente irão valorizar ainda mais o seu projeto.

Lembro também que está bastante comum clientes pedirem a instalação de piscinas. Caso isso ocorra, procure aptar por modelos como o da foto que possuem escada interna. Isso evita que o animal fique nadando em círculos, sem conseguir alcançar a borda da piscina para apoiar-se ou sair, caso caia (ou pule) na mesma sozinho.

Existem ainda outros cuidados que devem ser tomados ao projetar para clientes que possuem animais de estimação – nada existe que o Google não encontre – visando o bem estar de todos os usuários. Estas foram apenas algumas dicas a mais para vocês.

Espero que sejam úteis em seus projetos e que levem a serio estas informações ok?

Carta aberta ao Senado Federal

Excelentíssimos Senadores e Senadoras da República Federativa do Brasil.

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Venho através desta mensagem solicitar a sua atenção para a regulamentação da minha profissão: Design de Interiores/Ambientes.

Tenho visto com tristeza profissões sendo regulamentadas enquanto a minha parece ser desprezada pelo Congresso Nacional ou não sendo devidamente considerada diante de sua técnica, complexidade e seriedade.

Segundo a Lei, devem ser regulamentadas as profissões que coloquem o usuário (outrém) em risco por causa das ações de seus respectivos profissionais. No entanto tenho visto profissões como palhaços, astrólogos, DeeJays, peão de rodeio, entre outras, sendo regulamentadas desconsiderando o que a Lei determina: risco ao usuário e não ao profissional.

Medicina, engenharia, arquitetura e outras mais são profissões que foram regulamentadas exatamente por isso: colocam o usuário em risco.

Com tristeza percebo que muitos parlamentares confundem Design com Artesanato. E também confundem Design de Interiores/Ambientes com Decoração. Creio que tal confusão ocorra pela desinformação afinal é difícil encontrar tempo suficiente para estar a par de tudo de forma correta.

Gostaria então de auxilia-los corretamente na distinção destas áreas:

O Decorador é aquele profissional formado (ou não) naqueles antigos cursos de finais de semana ou de curtíssima duração (antigos do SENAC, por exemplo). Sua função é a escolha de acessórios como vasos, toalhas, almofadas e afins. Na realidade o seu trabalho acontece depois de tod o trabalho de engenheiros, arquitetos e designers ou seja, após a obra estar finalizada. Ele não está apto a especificar trocas de pisos, lidar com gesso e outros elementos que não são estruturais, mas fazem parte da estrutura ou podem vir a afetar a mesma. Sua atuação restringe-se ao espaço interno de uma edificação.

O Designer de Interiores/Ambientes, além de incorporar as atribuições do Decorador limitadas ao final do projeto, tem por competência profissional elaborar o espaço coerentemente, seguindo normas técnicas de ergonomia, acústica, térmico e luminotécnica além de ser um profissional capaz de captar as reais necessidades, explícitas ou não, dos clientes e concretizá-las através de projetos específicos. A reconstrução do espaço a ser habitado ou utilizado comercialmente através da releitura do layout, da ampliação ou redução de espaços, dos efeitos cênicos e aplicações de novidades tecnológicas, do desenvolvimento de peças exclusivas de mobiliários e acessórios entre outras tantas atribuições deste profissional. A formação acadêmica deste profissional lhe permite atuar fora dos limites internos de uma edificação podendo atuar em paisagismo e iluminação de áreas externas, concepção de praças, clubes e parques. No entanto, sua atuação nas áreas que afetem elementos estruturais, mantém-se, por segurança técnica e respeito à legislação vigente, sob a supervisão/acompanhamento de um engenheiro estrutural e/ou arquiteto.

Tais atribuições do Designer de Interiores/Ambientes constituem um fato inequívoco – mesmo que estas ainda não tenham sido regulamentadas – pois o mesmo teve em sua formação superior conteúdos curriculares suficientes que o  habilitam em conhecimentos técnico-operacionais específicos para desenvolver tais projetos. Segundo a Constituição Federal este é o principal requisito necessário para o exercício profissional.

Para que os senhores e senhoras tenham a exata noção da formação do Designer de Interiores/Ambientes, baseado nas matrizes curriculares e ementários dos cursos de nível superior oferecidos aqui no Brasil, estas são as possíveis áreas de atuação profissional do Designer de Interiores/Ambientes:

Design e decoração de Interiores:
Residencial
Comercial
Corporativo
Espaços Públicos
Eventos
Estandes (concepção e ambientação)
Show-Room
Feiras
Vitrinismo
SET Design (TV, Editoriais e Desfiles de Moda, Cenografia para Teatro)
Acompanhamento de obra

Iluminação:
Residencial
Comercial
Corporativa
Paisagística
Acompanhamento de obra

Design:
Desenvolvimento de Mobiliário
Desenvolvimento de Luminárias
Desenvolvimento de Acessórios
Comunicação Visual (concepção)
Manuais técnicos

Educacional:
Aulas
Palestras
Cursos
Seminários
Treinamentos
Desenvolvimento de material didático
Pesquisa

Porém muitas destas atribuições vem sendo tolhidas ou coibidas através de denúncias a conselhos federais de outras profissões correlatas baseadas em argumentos que demonstram claramente o desconhecimento da formação acadêmica do profissional de Design de Interiores/Ambientes, atentando contra o que prega o que prega a CF, art. 5.º, inciso XIII – “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;”.

Formação acadêmica sufuciente para o pleno exercício profissional nós temos, somente nos falta o reconhecimento Legal através da regulamentação de nossa profissão.

Esta área profissional deve ser regulamentada à parte, respeitando sua identidade própria, de forma específica, pois ela mescla elementos do Design (Desenho Industrial) e da Arquitetura não cabendo então, uma regulamentação conjunta com qualquer destas duas áreas sob risco de perda da autonomia profissional. São áreas correlatas e complementares que se sobrepõem em alguns pontos e se distanciam em outros aspectos. Por isso a necessidade da regulamentação específica e em separado.

Sobre os riscosque a Lei exige para qualquer processo de regulamentação profissional – posso citar alguns exemplos para que V.Excia compreenda a importância específica ao Designer de Interiores/Ambientes , no que tange às suas competências:

1 – SITUAÇÃO: uma residência onde há idosos: o profissional não considera as limitações naturais dos idosos e especifica um piso de porcelanato polido, liso, incluindo nos banheiros e outras áreas úmidas. Também não especifica as barras de segurança dentro do box de banho. Faz um projeto de iluminação onde a luz não é suficiente para atender às necessidades visuais do idoso e também projeta armários altos dificultando o acesso. RISCOS: quedas com fraturas de leves a gravíssimas e até risco de morte.

2 – SITUAÇÃO: uma residência onde há crianças: o profissional não considera este aspecto altamente relevante e especifica móveis com quinas secas (90°), piso liso, móveis ou tampos de vidros, projeta ou especifica mobiliário (estantes e armários) que facilitem a escalada, entre outros itens. RISCOS: quedas, lesões de leves a gravíssimas incluindo o risco de morte.

3 – SITUAÇÃO: uma loja onde há as exigências técnicas e estruturais do local (ex: shoppings e lojas de rua): o profissional não considera nem estas exigências e também despreza as normas da ABNT sobre estruturas e segurança. RISCOS: incêndios, desmoronamento de estruturas por sobrecarga, ferimentos em usuários, etc.

4 – SITUAÇÃO: alterações estruturais: o Designer de Interiores/Ambientes, apesar de possuir conhecimentos suficientes para ler e analisar uma planta arquitetônica/estrutural para conseguir propor soluções visando a melhoria dos ambientes, não tem uma sólida formação em estruturas como ocorre com os engenheiros e arquitetos. Esta prática, portanto, não é de competência do Designer de Interiores/Ambientes e convencionalmente proibida. A regulamentação do Designer de Interiores/Ambientes permite que se estabeleça as devidas competências impedindo que estas sejam ultrapassadas. Para realizar as alterações estruturais o Designer de Interiores/Ambientes deve trabalhar em parceria com engenheiros ou arquitetos que, por competência, são os responsáveis por esta parte na obra. No entanto, alguns profissionais da área de Interiores/Ambientes, não considerando os limites de suas competências profissionais (aproveitando-se da ausência da regulamentação), determinam que os pedreiros derrubem paredes e abram vãos sem o acompanhamento dos profissionais adequados. RISCOS: desabamento de partes da estrutura ou toda ela colocando os usuários em riscos até mesmo de morte.

5 – SITUAÇÃO: projeto de mobiliário: o profissional “desenha” a forma de uma cadeira e simplesmente “larga nas mãos” de algum marceneiro para execução sem atentar para questões como resistência dos materiais, segurança, normas técnicas, insumos, qualidade, etc. RISCOS: esta cadeira que o senhor ou a senhora encontra-se sentado neste momento pode ceder provocando graves ferimentos através das lascas e ferragens que ficam expostas. E isso pode acontecer com qualquer mobiliário.

6 – SITUAÇÃO: mercado de trabalho: temos percebido uma desvalorização do profissional de Design de Interiores/Ambientes por esta profissão não ser regulamentada. Esta desvalorização – e por vezes desrespeito – finca-se na questão da responsabilidade técnica sobre os projetos executados especialmente. A responsabilidade técnica é o equivalente às ARTs que os engenheiros e arquitetos são obrigados a assinar junto ao CREA. Por este documento,  no caso de haver qualquer problema futuro, a justiça irá encontrar e punir os responsáveis. Como ainda não temos um Conselho Federal que normatize e fiscalize a profissão, elaboramos contratos com cláusulas específicas sobre este assunto discriminando claramente até onde vai a nossa responsabilidade sobre o projeto. Isso torna o documento extenso demais. Ressalta-se ainda que os clientes ao perceberem que não temos um órgão fiscalizador acabam optando por arquitetos ou tentam nos obrigar a inserir responsabilidades para as quais não fomos formados e nem temos interesse em atuar profissionalmente. Sem contar que qualquer problema futuro o transtorno é bem maior para ambos os lados pois tudo deve correr dentro da justiça comum, bastante onerosa e demorada. Porém esta prática de acrescentar no contrato tais cláusulas não é uma prática de todos os profissionais. Na verdade são poucos os que agem eticamente nesse sentido.

7 – SITUAÇÃO: eventos: o profissional projeta a ambientação de um evento desconsiderando questões como acessibilidade, circulação e áreas livres de barreiras, segurança e rotas de fuga, mistura e proximidade de materiais e equipamentos, informação visual. RISCOS: incêndios, pânico na fuga, dificuldades de acesso/saída, quedas, atropelamentos, pisoteamentos, etc.

Vale salientar também que por não ser uma profissão regulamentada, somos impedidos de realizar vários projetos em outros segmentos como por exemplo:

Não existem concursos específicos para a área – uma perda considerável tanto para os profissionais quanto para os órgãos públicos e sociedade;

Não podemos lecionar nas IES públicas – pois, por um lado, a maioria das IES não considera ainda estes profissionais aptos por mero desconhecimento real sobre a profissão e, por outro lado, não se reconhece um estatuto epistemológico do Design de Interiores/Ambientes necessário para se implementar cursos de pós-graduação stricto sensu, necessários para a produção de conhecimento na área e  habilitação docente para o ensino superior;

– A grande maioria das mostras de decoração exige o registro profissional no respectivo conselho federal o que nos impede de participar e mostrar as competências e habilidades desta profissão;

– A maioria dos shoppings exigem o registro no CREA por causa das ARTs (responsabilidade técnica) o que nos faz perder clientes importantes.

A mídia não valoriza e nem respeita esta área profissional e acaba sempre colocando profissionais de outras áreas para falar sobre Design de Interiores/Ambientes;

Ainda não somos reconhecidos como pesquisadores/pensadores o que gera uma desacreditação sobre a área e sua produção acadêmica;

As bolsas para iniciação científica não contemplam ou facilitam o ingresso de projetos nesta área mantendo o Brasil praticamente fora dos ciclos científico e editorial mundiais nesta área.

Eu poderia salientar ainda várias outras situações mas creio que esta mensagem ficaria extensa demais.

Lembro também que o Design de Interiores/Ambientes não visa apenas projetos majestosos de ambientes luxuosos e caros mas também pode – e deve – ser aproveitado no social visando a melhoria da qualidade de vida dos menos favorecidos através de projetos voltados para este público. Já existem alguns exemplos deste trabalho sendo desenvolvido por algumas IES através de incubadoras de empresas ou projetos de extensão que tem conseguido resultados excelentes.

Sem a regulamentação profissional continuaremos vivendo em um mercado bastante impreciso e perigoso onde alguns profissionais, ao extrapolar os limites de sua formação e competência, acabam colocando muitas pessoas em risco além de prejudicar os profissionais que atuam corretamente e eticamente, dentro de suas delimitações.

Espero também que não sejam convidadas apenas associações profissionais para debater sobre este assunto,  mas também, e especialmente, profissionais da área, formados em Design de Interiores/Ambientes pois só assim chegaremos a uma visão real do mercado, bem além daquela pretendida pelas associações que insistem em não diferenciar os profissionais.

Assim, espero que V.Excia reflita sobre este assunto com carinho, ética e seriedade que a matéria exige pois é de grande importância para a sociedade brasileira.

Grato pela preciosa atenção, conto com a Vossa compreensão e apoio nesta matéria.

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Paulo Oliveira

Designer de Interiores/Ambientes

Especialista em Educação superior

Especializando em Lighting Design

Design no dia a dia

Vi recentemente um texto no blog da Letícia Ávila que me chamou a atenção. Aí comecei a pensar como aproveitar as comuns rotinas diárias em favor do design como forma de mostrar às pessoas como esta ferramenta está presente no dia a dia, sem que estas percebam.

Assim, abaixo a minha contribuição – já que ontem a noite acabei fazendo um

BOLO DE CHOCOLATE

Vá até a sua design e pegue em sua design o design de leite, o design de margarina, o design de fermento em pó e o design com os ovos. Nos designs pegue o design de farinha de trigo, o design de chocolate em pó, a design, as designs medidas e coloque sobre a design.

Com a design montada, você precisará das seguintes quantidades dos ingredientes:

2 designs de farinha de trigo
2 designs de açúcar
1 design de leite
6 designs de sopa cheias de chocolate em pó
1 design de sopa de fermento em pó
6 ovos

Modo de Preparo:

1. bata na design as claras até que fiquem em ponto de neve, acrescente na design as gemas e bata novamente, coloque o açúcar e bata outra vez;

2. coloque a farinha, o chocolate em pó, o fermento, o leite e bata novamente

3. Untar uma design e colocar para assar no design por aproximadamente 40 minutos em temperatura média

4. Enquanto o bolo assa no design faça a cobertura numa design com:
2 designs de chocolate em pó
1 design de margarina
meio design de leite
e leve ao fogo no design até começar a ferver

5. jogue quente sobre o bolo já assado

 Como a cobertura é fácil e rápida, você pode aproveitar para lavar em sua design os designs utilizados na preparação deste bolo e coloca-los para escorrer no design.

Pra servir, corte o bolo da maneira preferida com uma design e, com uma design sirva em designs. Se preferir, pode colocar a cobertura sobre cada pedaço do bolo na hora de servir utilizando uma design. Acrescente um bom design de refrigerante ou suco e,

6. É só saborear sentado confortavelmente em sua design.

Para guardar, pegue um design hermético e coloque o bolo dentro. Guarde em sua design pois este bolo geladinho é uma delicia.

Claro que ainda me faltaram elementos nesse texto pois o estou fazendo na correria antes de sair para uma reunião, mas a idéia está aí.

E você?

Já parou para pensar em como o Design está presente no seu dia a dia?

Daí a importância e necessidade da Regulamentação Profissional do Design aqui no Brasil.

Insistem em dizer que o Design não coloca a vida do usuário em risco. No entanto, ao observar o roteiro acima percebemos vários elementos/situações que podem colocar sim. Até mesmo a simples batedeira pode causar sérios transtornos e danos.

Portanto, creio que basta de alegações absurdas feitas por quem não entende absolutamente nada sobre o que está falando – não é mesmo senhores Deputados?

Como Cães e Gatos…

Ja ha algum tempo quero postar algo sobre este assunto pois sou apaixonado por cães. Tenho duas meninas lindas aqui em meu apartamento. São da raça Schnauzer. Maggye com quase 4 anos e Leeloo – filha da Maggye – com quase 2 anos.

É bastante comum encontrarmos clientes que possuem cães, gatos ou outros pets e isso deve ser levado em consideração na hora de projetar.

Não vou escrever sobre as dicas de cuidados com os cães como passeios e outras coisas mas sim, quero me ater à parte prática do dia a dia para o relacionamento homem x cão. Vou escrever sobre cães, mas as dicas podem ser usadas também para gatos e outros pets.

A partir do momento em que você descobre que seu cliente tem ou pensa em ter um cão, este deverá fazer parte do brieffing. Incluem-se aqui as características gerais do cão como raça, tamanho, adestramento, obediência, comportamento, higiene, idade, etc. Com estes dados você vai perceber que todo o projeto deverá ser trabalhado levando em consideração também o cão.

Se o cão tem um temperamento normal, quieto, brincalhão. Se a raça derruba muitos pêlos. Se a raça tem cheiro. Se tem aquela “baba” caracteristica de algumas raças. Se o cachorro fica muito tempo sozinho em casa ele poder ser um “destruidor” de coisas. Não por maldade. Isso ocorre porque os cachorros são muito ativos e curiosos e precisam ocupar-se com alguma atividade. Se não encontram brinquedos, tratam rapidamente de encontrar algum em algum lugar. E é aí que começam os problemas e perigos.

Armários devem ser todos com portas e com fechamento seguro que o cão não consiga abri-los. Eles são curiosos e xeretas, adoram explorar os espaços. Basta um saco de plástico fazer algum barulho dentro de um armário que eles já começarão a rodear, cheirar tentando descobrir o que pode ser aquele barulho. Digamos que esse cão consiga abrir o armário e o saco plástico é de sabão em pó. Você imaginou a bagunça que isso iria virar não é mesmo? Porém, isso pode afetar a saúde do cão também. Pois ele vai rasgar o pacote, espalhar o conteúdo e nessas ações, acabará por inalar e engolir parte dessa química toda. Todos os produtos para limpeza são potencialmente tóxicos e podem levar à morte.

O faro deles é muito desenvolvido e o que passa despercebido por uma criança, para eles não. O faro deles é seletivo e com isso conseguem perceber os odores separadamente. Digamos que você jogou no lixo um resto de um refogado com repolho, cebola, alho, carne, cenoura e condimentos. Ele consegue detectar cada um desses odores separadamente ao contrário de nós que sentimos apenas o odor do “bouquet” – o aroma da mistura toda. Certamente a carne vai chamar a atenção dele e ele irá procurar onde está e, encontrando, fazer a bagunça. E nesta bagunça pode acabar encontrando alguma outra coisa dentro do lixo que pode vir a fazer muito mal a ele. Lixeiras sempre com tampas com travas anti-patinhas!

Alem desses problemas, temos de tomar muito cuidado com as nossas comidas e guloseimas. Cães não se dão bem com açúcares e gorduras. Portanto, chocolates e doces devem ser guardados fora do alcance das patas. Assim como outras comidas. Apenas 85g de chocolate pode levar um cão de 8kg à morte. As nozes também são perigosas aos cães por seu excesso de gorduras. Para cães, apenas ração e guloseimas apropriadas, próprias para eles.

Outra coisa muito perigosa são os nossos remédios e venenos. As pílulas ao caírem no chão acabam fazendo barulho e rolando ou pulando. Na tem coisa melhor para chamar a atenção deles. E, engolida pode causar sérios problemas ao cão e até mesmo leva-lo à morte. Já os venenos, especialmente as iscas, chamam a atenção do animal por causa do cheiro. Remédios e venenos, sempre muito bem acondicionados e também fora do alcance das patas e bocas!

Portanto, todo projeto para clientes que possuem cães devem ser pensados em eliminar estes riscos. Produtos sempre no alto, fora do alcance das patas. Parece que estou escrevendo sobre crianças não é mesmo?

Por falar em crianças, temos de tomar cuidados também com as instalações elétricas. Muitos cães gostam de roer coisas – na falta de brinquedos próprios. E dentre as coisas que eles podem vir a roer estão os fios de equipamentos. Além do choque que pode ou não ser letal, tem todo o gasto com o conserto do equipamento.

Por falar em roer, haja quinas de móveis, sapatos, vassouras e outros objetos para cães que não tem seus brinquedinhos. Portanto, pense muito bem e planeje muito bem mobiliário e espaços para guardar estes objetos. Sapatos expostos e ao alcance, nem pensar. Vassouras, rodinhos e pás ao alcance? Idem. Desenvolva o mobiliário de forma a evitar que o cão consiga fuçar dentro dos armários.

Outro ponto a ser observado são as quinas de móveis. A minha pequena Leeloo é super brincalhona e vira e mexe está correndo pela casa com seus brinquedinhos. Tive de eliminar todas as quinas pois ela acabou se machucando duas vezes em meio às brincadeiras. Já no caso de estofados e camas do tipo box, procure desenvolver algum elemento que sirva para descanso dos pés dos usuários mas que também sirvam como um degrau para diminuir o impacto nos saltos para subir ou descer.

Já os pisos são bastante problemáticos para os cães. Por suas características lisas e escorregadias acabam por fazer o animal forçar excessivamente as musculaturas das pernas e patas levando a tendinites. Pisos menos lisos e tapetes são essenciais para diminuir este tipo de problema.

Já para a escolha dos tecidos para revestir os moveis busque aqueles que evitam que coisas fiquem grudadas ou acabem penetrando na trama e também aqueles com tratamento anti-manchas.. Pêlos e migalhas de guloseimas comumente grudam nos tecidos.

Plantas também podem ser letais para nossos amigões. E é comum à raça canina comerem plantas – ajuda no aparelho digestivo, especialmente a grama. Mas várias outras plantas contém substâncias tóxicas. Então, analise muito bem as plantas de seus clientes à procura das tóxicas e, na impossibilidade de troca-las por outras, coloque-as sempre no alto, fora do alcance da boca deles.

Se for uma residência e houver jardim, busque formas de afastar o cão das plantas. Hoje existem equipamentos próprios para isso como cercados. Caso não deseje inserir estes cercados, assim como as plantas internas, procure afastar do alcance da boca deles estas colocando-as em locais altos.

Plantas venenosas:
Caule e folhas: comigo-ninguém-pode, filodendro, caládio, inhame, azaléias, holly berries, hortênsias, ligustro, alfenas, espirradeira, hera, jasmim e glicínia.
Bulbos: narcisos, junquilhos, jacintos e íris são venenosos também. , bem como.

Onde montar a casinha do cão?

Se seu cliente mora em um apartamento, o ideal é utilizar a área de serviços para servir de banheiro e refeitório. Porém atente-se para o fato de que nenhum animal come e faz suas necessidades no mesmo espaço. Uma coisa num canto e a outra no outro. Atente-se também para definir a área de banheiro próxima do ralo da área de serviços para facilitar a limpeza.

Já a caminha vai depender do cão e dos donos. Existem raças que são muito grudadas aos donos e acabam por dormir ou no mesmo cômodo ou próximo a eles. Na verdade, os cães – como chefes de matilha – tem de ter a sua no seu campo de visão para garantir a segurança do grupo.

Se seu cliente mora em uma residência, o local ideal para colocar a casinha tem de ter sombra, ser fresco. Sombra no verão e ser protegido no inverno. Pode-se optar por uma casinha ou mandar fazer um canil. Em ambos os casos, procure levantar um pouco a área de dormir do chão pois isso garante isolamento extra e maior conforto ao animal.
Em qualquer um dos casos, preste muita atenção ns dimensões do cão. A casinha ideal tem de ter espaço para que ele fique em pé, estique-se, vire, role e ande dentro da casinha.

Os cães necessitam do sol assim como nós seres humanos. Então procure sempre – no caso de apartamentos – deixar uma área ventilada e onde o sol incida direto para que ele possa tomar seus banhos de sol tranquilamente. Isso vai te fazer pensar inclusive sobre isolamentos para pó caso de chuvas.

Faz-se necessário também pensar num espaço para cuidados com o cão. Muitas raças necessitam de escovação e outros cuidados diários/semanais e pensar esta questão é fundamental para isso. Em apartamentos, procure projetar uma bancada na área de serviços que atenda às necessidades do espaço e também sirva para isso.

Estas são apenas algumas dicas e cuidados básicos que devemos considerar mas existem muitas outras ainda. Então, assim como prestamos muita atenção em nossos clientes na hora do briefing, devemos inserir o cão como membro da família e brifa-lo também.

O amigão de seu cliente merece também carinho e conforto.

Os perigos dos produtos falsificados

* Cláudia Capello

Com a falta de crédito e o poder de compra da população ficando mais restrito por conta do cenário negativo da economia global nos últimos dias, cada vez mais o consumidor brasileiro acaba apelando para a compra de produtos falsificados, também conhecidos como “piratas”, no lugar dos originais. Porém, o que a maioria não sabe é que grande parte desses produtos, de origem duvidosa, pode ser extremamente perigosa e, no final, a sua utilização pode sair muito mais cara do que a aparente economia proporcionada no momento da compra.

Em relação à indústria da Iluminação, cujos equipamentos funcionam conectados diretamente à rede elétrica, a utilização de produtos falsos pode ser ainda mais perigosa. Por exemplo, uma lâmpada de baixa qualidade gasta mais energia do que o que está descrito em sua embalagem, fazendo com que a lâmpada não apresente estabilidade em seu fluxo luminoso. Isso representa, na pior das hipóteses, a possibilidade de uma única lâmpada causar até uma explosão. Essa situação torna-se ainda mais comum em uma época nas quais diversos aparelhos elétricos são ligados ao mesmo tempo, como é o caso das festas de final de ano. Vale lembrar que essas falsificações não estão de acordo com as especificações de órgãos reguladores, como o INMETRO.

Outra desvantagem das lâmpadas “piratas” é que elas não funcionam o tempo correto e da maneira que deveriam, ou seja, é inevitável que aconteça uma queima da lâmpada antes do tempo esperado. Além disso, o fluxo luminoso apresentado pela lâmpada e o índice de reprodução de cor (IRC), que determina se a luz exibida pela lâmpada vai ou não distorcer as cores dos objetos que iluminam, nunca é igual ao das lâmpadas de boa qualidade. Com isso, seu projeto de iluminação pode ser prejudicado, uma vez que não terá produtos de alta performance e que geram os resultados esperados e garantidos pelos fabricantes.

A utilização dos produtos “piratas” também é muito ruim para a economia do país. A indústria de produtos falsificados não paga impostos ao Governo e, dessa maneira, não ajuda o país a crescer economicamente. Outra desvantagem é que, com esse tipo de fabricação, não são gerados empregos regulares e isso faz com que os trabalhadores não tenham suas carteiras assinadas. Por isso, pense bem antes de comprar algo “pirata”, pois a sua economia gera perdas não apenas para você, mas também para muitas outras pessoas.

* Cláudia Celi Capello é arquiteta e possui mais de oito anos de experiência no mercado de iluminação. Pós-graduada em Marketing, hoje atua como Gerente de Produtos da OSRAM.

fonte: Rede Energia Blog