Revistas de decoração – fotos e imagens podem realmente ajudá-lo a definir suas preferências e estilo?

Talvez você já tenha pensado sobre um determinado estilo para a reforma de algum dos ambientes de sua casa. Pode ser também que isso só ocorreu durante a visita à uma loja de móveis onde talvez você pôde obter algumas idéias ou ainda, folheando várias revistas de decoração*.

Então você entra na loja e encontra várias revistas que apelam para as suas – da loja – preferências de decoração (especialmente aquilo que está disponível em seu catálogo). À medida que percorre rapidamente as páginas, você começa a tirar mais idéias das fotos de ambientes e mobiliários de vários estilos distintos.

A obtenção de idéias para decoração em revistas é uma forma divertida de se obter o direcionamento que você precisa antes de consultar um Designer de Interiores/Ambientes, ou mesmo enfrentar uma reforma sozinho(a) – DIY – o que não recomendo a ninguém.

Se você quer reformar a sua casa ou apartamento inteiros ou apenas alguns dos cômodos com certeza não há de ser numa revista que vai encontrar o seu estilo de decoração. Revistas falam muito sobre tendências – que já escrevi sobre aqui – que são passageiras, são moda e não refletem a sua personalidade. Depois de pronto você acabará com ambientes despersonalizados e que não representam o seu eu e tampouco atendem realmente às suas necessidades.

Muitas pessoas sonham com a criação de um novo estilo para a sua casa, apartamento ou espaço de trabalho, mas elas se sentem desconfortáveis diante de tantas opções, e não sabem realmente qual estilo seguir ou como combinar as cores que preferem. Então passam anos visitando showrooms, lojas de móveis, e conversando com amigos sobre o que eles pretendem fazer um dia. Infelizmente, mesmo se elas têm um orçamento apertado ou até tomar as medidas efetivas, os planos para reformar um quarto ou outros ambientes dificilmente vai acontecer.

Em vez de procrastinar ou ficar adiando a decisão de reformar o seu espaço de vida ou de trabalho, talvez você possa encontrar consolo e ajuda quando se identificar com um estilo de sala ou a cor que você viu em uma revista de decoração. Sim, para você cliente que está pensando em reformar ou simplesmente dar um ar novo ao seu espaço elas são muito úteis. Vá coletando estas imagens e guardando-as numa pasta, como idéias. Então, quando você estiver pronto financeiramente para começar a colocar em prática seus planos, ele vai acontecer mais rápido desde que você já tenha feito a pesquisa e saiba exatamente o que você quer, se conheça um pouco mais.

Durante a conversa com o profissional de Design de Interiores contratado ficará mais fácil a conversa se você explicar os seus desejos através destas imagens coletadas. Mesmo que você goste de apenas um vaso na imagem de uma ampla sala, uma textura em outra imagem, uma cadeira ou mesa em outra. Através destes recortes de imagens o profissional já conseguirá traçar mais precisamente o seu perfil, o seu estilo e os seus sonhos.

O benefício de comprar revistas de decoração e arquitetura é que elas são uma fonte barata de inspiração e devido à variedade de estilos,  qualquer um pode encontrar uma idéia ou duas que irão minimizar as lutas anteriores – e interiores – para a reforma.

Mas não se esqueça, encarar uma reforma sozinho(a) – DIY – pode lhe trazer grandes frustrações e prejuízos financeiros e materiais.

Divirta-se, solte-se e viaje na seleção do que você mais gosta nas imagens das revistas, mas deixe a composição final nas mãos de um profissional.

Opte sempre pela contratação de um profissional devidamente habilitado em Design de Interiores. É a segurança de ter ambientes completamente projetados para atender às suas necessidades, ao seu gosto, estilo e bem estar.

* Aqui no Brasil ainda não existe uma revista especializada em Design de Interiores/Ambientes, infelizmente.

Quase lá!!! 700.000 acessos!!!

Pois é pessoal, tenho muito a agradecer a todos vocês que acreditam na seriedade do trabalho que desenvolvo aqui neste espaço.

Não imaginam como me sinto orgulhoso e feliz por isso.

Orgulhoso pelo reconhecimento do trabalho acadêmico e profissional que realizo aqui.

Feliz por saber que muitos trabalhos acadêmicos (incluindo TCC’s, monografias e teses) colheram as suas sementinhas em algumas destas páginas e hoje fazem parte da bibliografia do Design nacional.

Orgulhoso por saber que professores de diversas IES tem utilizados os textos por mim escritos e publicados aqui nestas páginas nas salas de aulas – mesmo daqueles que não citam o autor e “roubam o filho”.

Feliz por saber que de tanto espernear e gritar em alguns posts acabei conseguindo levar a quem devia a realidade e as dificuldades que os profissionais “não estrelas” enfrentam no dia-a-dia.

Orgulhoso por saber que mesmo aqueles que apenas lêem o que escrevo e seja lá por qual motivo for não comentam aqui, o fazem entre colegas profissionais, pelos corredores e salas de aulas das universidades.

Feliz por poder contar com amigos que vez ou outra liberam seus textos ou que encaminham materiais para publicação aqui neste espaço por acreditarem na seriedade dele.

Orgulhoso por levantar a bandeira da regulamentação profissional de forma tecnicamente embasada, sadia e coerente, sem medo dos ataques recebidos, com dignidade e respeito à profissão que escolhi por amor.

Feliz por saber perfeitamente que um blog que começou de brincadeira acabou tornando-se referência me obrigando a ser mais cauteloso e político com determinados assuntos porém sem ser hipócrita e fazer de conta que não estou vendo ou que o assunto não é de meu interesse quando na verdade afeta a minha área profissional.

Orgulhoso por não ter melindre algum em compartilhar com todos vocês um pouco do pouco que sei sem ser egoísta ou ver qualquer um como um potencial “inimigo ou concorrente profissional”.

Feliz por lançar direcionamentos e idéias relativas à formação coerente e decente dos profissionais de minhas áreas e perceber que estas são bem aceitas pelos acadêmicos e também pelas IES.

Orgulhoso e feliz por conseguir contribuir com muitos leitores que chegam a estas páginas buscando informações correntas e coerentes sobre as áreas de Interiores/Ambientes e Lighting, cheios de dúvidas e incertezas e perceber, após algum tempo, que meus conselhos foram úteis.

Existem ainda vários outros motivos que eu poderia citar aqui que me deixam orgulhoso e feliz mas não quero parecer boçal ou presunçoso e tampouco força-los a comemorar comigo através de mais um texto longo, típicos como são a maioria dos meus.

Também não quero deixar que o significado que ora coloco sobre a palavra “orgulhoso” acabe caindo no sentido pejorativo de arrogância. Longe disso.

Quero apenas agradecer de coração a Deus por me capacitar e dar forças para realizar este trabalho e também a todos vocês leitores, amigos e colegas profissionais.

Em comemoração a isso, estou prevendo algumas promoções aqui no blog com sorteios de brindes para vocês. Um já está garantido e posso afirmar que é um livro que todos vocês desejam ter e ler.

Assim que virar o contador para 700.000, já começarei a soltar as promoções.

Valeu gente!!!

GRÁTIS!!! – Logotipos, ilustrações e artes!

“Não me peça para dar a única coisa que eu tenho para vender”
(Cacilda Becker)

Aposto que a palavra GRÁTIS do título chamou a atenção, não é? Ah, eu sabia! Essa palavra é mágica! Receber algo bacana sem pagar nada por isso deve ser muito bom…

Nós, designers, (bota aí também os ilustradores e artistas) adoramos o que fazemos. Ninguém entra nessa área sem ter, no mínimo, muuuita paixão pelo que faz (particularmente, além da paixão, tenho um tesão indecente pelo design e um amor quase doentio por fazer arte, desenhar, criar e projetar). Isso leva muitas pessoas a confundir trabalho com prazer.

Nesses quase 23 anos de atuação profissional através do meu próprio estúdio, perdi a conta de quantos clientes, amigos e desconhecidos (!) me pediram logotipos, ilustrações, artes, ‘desenhinhos’ ou ‘pequenos favores’ de graça. A maioria foi delicadamente recusada mas, confesso aqui publicamente meus pecados: já atendi alguns desses pedidos… Tá legal, vou falar a verdade… Já atendi VÁRIOS desses pedidos! (tenho culpa de ter muitos ‘amigos’?) Mas também tenho de dizer que, depois de longo ‘tratamento’  já estou quase curado dessa incômoda patologia!

E, não estou falando de filantropia, pois quando identifico trabalhos sociais bem intencionados, faço questão de atender e ajudar. Falo de pedidos sem remuneração, feitos para atender necessidades pessoais, comerciais e corporativas. Coisa que vai gerar retorno, seja de imagem, de público ou até mesmo financeiro (lucro, grana, dinheiro!!!).

Ao longo desses anos, esses pedidos assumiram as mais variadas formas e vieram disfarçados sob os mais diversos argumentos.
Seguem os mais comuns:

> Não precisa ter pressa… Quando você tiver cinco minutinhos sobrando você faz…
> No momento a grana está curta, mas assim que der retorno a gente acerta!
> Faça esse trabalho de graça e no próximo eu nem pergunto o preço!
> Pagar eu não posso, mas vou divulgar seu nome para todo mundo!
> Você poderá divulgar seu nome junto com o desenho ou colocar sua assinatura na arte!
> Isso pra você é moleza…
> Tenho um amigo que faz de graça mas quero dar a oportunidade para você!
> É uma parceria: você faz de graça agora e ganha lá na frente!
> Faça uns esboços. Se eu gostar a gente acerta um preço.
> Não precisa ser nada muito caprichado…
> Faz aí depois a gente acerta!
> Ah, mais isso é diversão para você! Você faz brincando! (Vai dizer isso para uma ‘profissional do sexo’ para ver o que ela responde…).

Todas essas frases e pedidos me levam a acreditar que essas pessoas que pedem coisas de graça acham que:

> Eu não me alimento, não tenho contas para pagar e meu carro é abastecido com ar.
> Meus softwares são de graça e recebo meus computadores e equipamentos como doação.
> Minha conexão de internet é feita através de telepatia.
> Eu desenho por diversão, crio logotipos por prazer e projeto coisas apenas para ocupar o tempo.
> As idéias nascem na cabeça por geração espontânea.
> O Governo não me cobra impostos.
> Acho livros e material de pesquisa na rua (além de não me cobrarem ingressos em exposições e eventos).
> Recebi uma herança (grana pra nunca mais ter de trabalhar!) e resolvi virar uma espécie de ‘Madre Tereza de Calcutá’ do design e da arte, fazendo apenas caridade…
> Meus fornecedores mandam um enorme carregamento de tintas, pincéis e telas todos os meses (de graça!!!) para o estúdio.
> Meu dentista, meu contador, minha faxineira e todos aqueles que prestam serviços para mim, trabalham por prazer, sem cobrar um centavo!

No ‘mundo real’, porém, a matéria prima do meu trabalho é uma equação muito bem balanceada. Ela é composta de TEMPO (um bem muito precioso!), IDÉIAS (fruto de mais de 30 anos de estudo e uma vida inteira de experiências), PROFISSIONALISMO (coisa rara nos tempos atuais) e CONHECIMENTO (resultado de todos os trabalhos feitos até hoje e de MUITA pesquisa).
Isso tudo tem um valor. O valor que, quando é pago, reverte em benefícios enormes para quem me contrata, gerando muito retorno institucional e financeiro.

Design e arte não são caros. A forma com que se investe neles (pagando por eles) é diretamente proporcional ao grau de seriedade que uma pessoa tem em relação ao seu empreendimento, seu pequeno negócio e sua própria imagem.

(Copyright – Morandini 2008)
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