Tem gente que pensa que criar, gerenciar e editar uma revista é coisa fácil e que não justifica a minha ausência aqui no blog.
Por um lado, agradeço esse tipo de comentário pois demonstra a importância do conteúdo desse meu blog e como muitos sentem falta de meus pensamentos e escritos.
Por outro, tem gente maldosa que não mexe uma agulha pela profissão e se acha no direito de cobrar qualquer coisa de alguém que sempre fez e que continua FAZENDO. A esses digo:
Vai lá fazer uma Revista, abastecer um blog diariamente com conteúdos sérios e sem firulas, cuidar das vidas profissional e pessoal, entre tantas outras coisas então…
Bom, mas o que importa é que a Revista DIntBR está chegando à sua décima edição no próximo mês. E é tanto trabalho envolvido que eu só publiquei aqui a primeira edição e a primeira cartilha. Mas já estamos chegando na décima edição. Quem ainda não conhece é só clicar no link e ver as nove edições lançadas até agora e mais um brinde:
O Guia DIntBR: Você sabe o que é Design de Interiores? Guia Informativo sobre Design de Interiores da Revista DIntBR.

É uma luta hercúlea mantê-la contando, única e exclusivamente, com a colaboração dos colunistas que encaminham – quando podem – seus textos.
De resto, mais nada.
De ninguém.
Só promessas e mais promessas e depois… desaparecem.
Já desisti de tentar patrocínios pois ainda há algo de muito errado por parte doa fabricantes e fornecedores que, sempre perguntam:
“Mas não fala nada de arquitetura? Então não temos interesse.”
Não. Não fala e nem vai falar pois a revista é (1) sobre Design de Interiores, aquele que vem de formação acadêmica específica em nível de graduação e (2) arquitetura e DInt são profissões distintas e se você “acha” que o interiorismo praticado por ambas é a mesma coisa, está muito enganado(a).
Isso cansa!
Não é minha obrigação – nem da Revista – corrigir essa distorção junto ao mercado, tampouco atuar junto aos fabricantes e fornecedores para que corrijam a linguagem e direcionamento de suas campanhas TAMBÉM aos designers de interiores. Menos ainda, conscientizá-los a apoiar causas e projetos relacionados ao Design de Interiores.
Isso é DEVER de quem tem CNPJ específico para isso.
Os diversos blogs e a Revista DIntBR tem apenas um papel de APOIO nessa luta pelo reconhecimento e valorização de nossa profissão, seja junto ao mercado, aos clientes e politicamente. É um reforço às ações que, pelo visto, não são tomadas (mas, deveriam ser) por quem é de competência.
Correr atrás de mim para parcerias, para apresentar seus projetos ou os logos nas páginas da revista todos correm. Mas ajudar a divulgar a revista nada né? É fácil agir dessa forma.
Não tem problema não. Quem me conhece sabe o quanto eu sou resiliente e observador e, também, que sei muito bem onde e quem está errando nisso tudo.
Quando se assume um compromisso público de “fazer algo” ou “atuar em defesa de” o único dever é cumprir. De nada adianta ficar fazendo postizinhos cheios de “pipipis e popopós” nas redes sociais quando todos vêem claramente que o tal compromisso vai só até onde não tira essa galera de suas zonas de conforto.
E assim seguimos, com a nossa profissão empacada quase no mesmo lugar desde a regulamentação.
O único avanço real foi a nossa sofrida entrada no sistema CREA/CONFEA que, diga-se de passagem, só se tornou real e possível após a minha elaboração e encaminhamento de um material denso refutando todos os pontos e questionamentos contrários, que está no post anterior a esse aqui em meu blog. Até mesmo para conseguir os e-mails de alguns participantes da plenária, tive de agir sozinho. Nem essa informação me passaram. E, segundo essas pessoas para quem encaminhei o material, ele foi o grande responsável por essa aprovação. Foi o material mais debatido entre os pares e que não recebeu refutações.
Enquanto isso, outras profissões (e até não profissionais) seguem avançando sobre a nossa área descaradamente.
Isso também cansa!
Em nome de muita coisa, de muitas promessas não cumpridas, o Paulo Oliveira original, autor desse blog, teve de ser colocado numa caixinha. Porém, isso só serviu para que eu ficasse cada dia mais engasgado, entalado, sufocado ao ver tantos erros e movimentos errados e “não poder gritar aqui, pelo “bem da profissão””.
Bem de quem?
Respondam!
Ando me sentindo bastante cansado, mas também muito indignado com tudo que tenho visto. E quem me conhece sabe que quando a indignação bate aqui a coisa fica pesada.
Ou esse povo se mexe, ou jajá o antigo italiano autor desse blog volta.
É só isso esse post mesmo.