Hãããnn?? O Natal já taí….

Pois é gente, mais um ano que se passa, já estamos chegando ao Natal novamente e daqui uns dias o ano já findou-se e temos de olhar pra frente esperançosos sobre o que se inicia. Foi rápido não?

Então, e ontem a noite me dei conta de que isso está rolando e eu nem tinha ousado pensar sobre a decoração daqui de casa.

Árvore eu não tenho mais, pois a minha “veinha” estava meio desfolhada e eu a levei pra casa da praia… e não comprei outra ainda. Isso já tem 3 anos rsrsrs. Também se for pra investir em outra, que seja “A árvore”, daquelas que o ponteiro faz cócegas no teto. Então estou pensando em apenas usar instalações, sei lá.

Mas olhando pela web encontrei algumas imagens inspiradoras que gosteria de compartilhar com vocês:

Recebi esta imagem num e-mail durante a semana e achei-a muito bonita. É uma guirlanda simples, limpa e elegantérrima. Mostrei a um amigo e ele me disse que parece aquelas coroas de luto rsrsrs. Mas, como a minha porta é na cor padrão e envernizada, pensei em trabalhar ou em branco ou num tom hortência. Montar isso eu consigo facilmente, mas fazer essas rosas de tecido… Vou ter de ver se encontro delas aqui na cidade se resolver assumi-la mesmo como enfeite de minha porta.

Esta imagem eu encontrei no blog da vovó Rô. Muito bonita, trabalhosa e elegante também. Mas como leva muito tempo preparar todos estes cordões acho que vou abortar esta idéia. Quem sabe para o próximo ano…

Não, eu não gostei dessa aqui por causa das luzinhas mas sim pela idéia de colocar um espelho fechando o miolo da guirlanda. Pensei em como as pessoas irão se sentir ai dar de cara com suas faces refletidas bem no meio de uma guirlanda. Essa idéia, seja qual modelo de guirlanda for que eu escolher, vou aproveitar certamente. Ah, a imagem veio do site da Apia Iluminações.

É, esta aqui eu já adorei por causa do efeito das luzinhas. Esta é feita com aqueles plasticos que usamos para doces de festas, mas fiquei imaginando como as luzinhas LED azuis que tenho aqui iriam se comportar no miolo de rosas brancas naquele primeiro modelo. A imagem vem do blog da Maria Dorotéia.

Já esta idéia que apareceu no blog Inspiração Inesperada, eu achei genial e bonita para enfeitar os “arredores” da casa. Pelo que parere é super simples de fazer, basta encontrar os “ninhos” já prontos.

Como tenho um balcão aqui em casa que todo ano recebe uma vasta decoração no espelho que fica sobre dele, gostei dessa idéia: descer a decoração para o Balcão. No espelho mantenho apenas o festão com as luzes e sobre o balcão, crio alguma cena. Gostei também do branco. Essa veio do blog AmareloOuro.

Pela quantidade e diversidade de bolas de natal que eu tenho aqui, gostei dessa idéia de aproveita-las de uma maneira diferente. Acho que vale a pena distribui-las pela casa não deixando o Natas restrito à porta de entrada e à sala. Esta eu peguei na Revista Casa e Jardim ja ha algum tempo atrás.

É, eu não tenho este espaço todo e nem o meu apartamente é ousado assim nas cores, mas confesso que ADOREI essa produção!

Talvez brincar um pouco com a quantidade imensa de cordões de luz que tenho aqui em casa? Pode ser… Gostei da idéia quando vi este post no M²Arquitetura.

Pois é, pensar nisso faz um bem danado na gente não é mesmo? Mas ao mesmo tempo, isso me entristeceu muito ao ir pesquisando as imagens. Cada vez que eu encontrava alguma imagem de decoração natalina em ruas meu coração chorava, e dói agora ao escrever este post para vocês. Vou explicar:

Se tem uma coisa que me lembra de minha infância é o Natal. Lembro-me que vínhamos lá de Assis Chateaubriand (PR) para Londrina reunirmo-nos com a família de minha mãe que é daqui de Londrina. A cidade era simplesmente linda nessa época do ano. Os comerciantes e muitos moradores investiam nas decorações de Natal e, em alguns anos, tínhamos de sair vários dias à noite para conseguir ver tudo que estava rolando.

Lembro-me que aconteciam também concursos da mais bela decoração natalina onde os vencedores residenciais e comerciais ganhavam prêmios. Então a disputa era muito acirrada e o pessoal mandava ver, caprichavam mesmo. Até hoje guardo na memória uma decoração que o Hotel Bourbon fez em meados dos anos 80 usando anjos. Tenho esta imagem com perfeição em minha mente.

As praças públicas, ruas e rotatórias das vias também recebiam decorações bem elaboradas o que nos permitia passear pela cidade absortos por tanta beleza, cores e luzes.

Mas infelizmente, a marginália e o desrespeito das pessoas pelas coisas chegou a níveis tão absurdos aqui em Londrina que eu não tenho coragem de colocar um fiozinho de luz que seja na frente do meu prédio pois sei que não vai durar um único dia. Certamente vai passar algum malaco e vai destruir tudo.

Esse tipo de acontecimento acabou por enfraquecer a vontade dos Londrinenses de continuar com aquele belíssimo espetáculo de luzes que tínhamos por aqui e que, independente da idade, todos adoravam, ficavam hipnotizados. Quem daqui de Londrina não se lembra da “casa do Quebec”?

Hoje, se quisermos ver decoração natalina de qualidade aqui em Londrina, só nos resta ir aos shoppings pois nas ruas, temos de nos contentar com os pavorosos pinheiros de mangueira ou de lâmpadas que a prefeitura coloca todos os anos no poste central das rotatórias da cidade. Ô mau gosto do cão. E, mesmo sendo algo simples assim, sempre aparecem uns vândalos pra destruir o pouco que foi feito.

É, ainda bem que meus natais são em Sampa, onde posso contemplar maravilhosas decorações não só na Paulista (que é maravilhosaaaaa!) mas sim em vários pontos da cidade, inclindo a belíssima e surpreendente árvore do Ibirapuera, montada pela prefeitura todos os anos e que engloba toda a parte do lago do parque onde as árvores recebem uma iluminação especial entre outros detalhes mais. Este ano vou levar meus pais e minha vozinha, para que possam maravilhar-se também.

Ainda bem que ainda existem locais onde essa sensibilidade para com os habitantes e visitantes existe e, principalmente, existe segurança para que isso possa ser feito.

E você? Já pensou no seu natal?

Stimmung

Bom, como já encaminhei o trabalho para o prof Glaucus, posso postá-lo aqui e compartilhar com vocês. Este trabalho foi feito em grupo por mim, Marcia Ely Tano, Carlos Cavalcante %&#&)@%&%*%$# (Kühnlein), José Fernando Garla e Simone de Aquino Araujo El Haouli.

Brincadeira Carlos, sabe que todos conseguem falar e escrever seu nome com a maior facilidade e naturalidade ahahahah.

Vamos lá:

“Definir stimmung, as ferramentas para a sua concepção e a forma pela qual o designer de interiores pode usufruir destas para a concepção de seus espaços interiores.”

Stimmung é, em resumo, a atmosfera, a sensação que produz cada ambiente. Também conhecido como o “feeling” do espaço, constitui-se no elemento principal para que o profissional consiga projetar os ambientes buscando atender as necessidades objetivas e subjetivas dos clientes.

Stimmung (Stim-mung)
Sf, -en 1 – ambiente, atmosfera, clima.
2 – tendência.
3 – humor, disposição, ânimo.
4 – animação. in Stimmung sein estar animado. (WIKI)

A noção de stimmung é buscada – e/ou levantada – pelo profissional no momento do brieffing, na conversa informal com o cliente onde se tornam conhecidos os desejos, vontades e sonhos. Através deste conhecer, conseguimos perceber quais são os pontos relevantes e mais pessoais que devemos cuidar de forma mais precisa no projetar que mais agradará no resultado final.

É bastante comum vermos clientes buscando não um lar, mas sim uma casa para exibir, as casas de revista. Este tipo de projeto dificilmente consegue atingir o lado psicológico pessoal do cliente. Mantém-se na superficialidade, sem identidade própria. Em geral, observam-se ambientes belos e ricos, porém frios e impessoais por mais que os produtos, cores e texturas tentem dizer o contrário. É uma sensação de “quarto de hotel”: por melhor e mais confortável que possa ser não é a nossa casa, o nosso cantinho e lar. Não conseguimos nos ver dentro do espaço ou reconhecer-se como parte integrante do mesmo. Não tem a nossa identidade.

Conhecer a fundo o cliente, a sua história, trajetória e perspectivas de vida é fundamental para que o profissional consiga direcionar o projeto para algo mais vivo, pessoal, personalizado e com atmosfera particular e pessoal.

A definição de stimmung como a “atmosfera do espaço” nos direciona a concretizar e equilibrar os desejos e sonhos conscientes e inconscientes dos clientes, com os espaços projetados buscando um diálogo permanente e conciso entre os dois.

O que pretende “passar” para quem vai conviver com você neste espaço ou ambiente?. Acredito que essa frase resume bem tudo o que stimmung quer dizer: atmosfera, sensações, vibração, energia.

A palavra “atmosfera” apenas, pode não passar de um clima passageiro como, por exemplo, quando arrumamos a casa para receber visitas. Stimmung está bem à frente disso, é uma constante, vive-se a cada momento em um fluxo contínuo e regular.

É complicado traduzir o que o cliente deseja, pois temos que tentar entender o que a resposta que ele nos dá realmente significa para ele. Lidar com palavras para traduzir sentimentos é complicado e por vezes pode ser enganoso. Por isso faz-se necessário que nos primeiros contatos com o cliente, o profissional consiga coletar informações subjetivas através de um brieffing bem elaborado. Ainda neste brieffing, é importante que o profissional não fale e sim deixe o cliente a vontade para fazê-lo.

O livro A terapia do Apartamento, de Maxwell Gillingham-Tyan, nos apresenta um excelente exemplo ou forma de como conseguir captar este lado mais íntimo e que dificilmente os clientes expõem. É-nos apresentada também uma outra forma de pensar o lar: um corpo composto de ossos, respiração, coração e cabeça. Segundo esta visão, o stimmung, aqui, está intrinsecamente ligado ao coração da casa. É este coração que vai permitir que fluam as paixões e sentimentos (bons ou ruins) e que estes mesmos atinjam aqueles que moram ou visitam esta casa. Através das cores, texturas, aromas e outros elementos este coração pulsa fortemente mostrando a sua identidade.

No entanto, Maxwell deixa claro que, de nada adianta uma casa confortável, muito bem organizada em todos os sentidos e esteticamente bela se os moradores e/ou usuários não estiverem bem. É o que acontece quando vamos a alguma festa na casa de alguém e, mesmo sem saber se está acontecendo algo de ruim entre o casal, o “clima”, por mais que eles se esforcem, fica estranho e as pessoas percebem que algo está “deslocado” ou fora do lugar. É um algo imperceptível aos olhos, mas que incomoda. É a energia pessoal influindo no ambiente.

Esta energia negativa pode ter origem em vários pontos: pessoal, familiar, profissional, etc. Ao profissional cabe detectar e, de uma maneira sutil, procurar direcionar o cliente para que busque uma forma de arrumar a área que está afetando negativamente a sua vida.

Assim percebemos que o stimmung, além de toda a parte física necessária para compor o espaço, tem, na energia pessoal, uma influência e impacto direto sobre o espaço.

“A casa é uma caixa de sentimentos humanos”. (Arq. Aurélio Martinez Flores)