Revista DIntBR – Ano I – Ed. n° 1.

É revista que vocês querem?

Então se joguem!!!

Acabou de sair do forno a primeiríssima edição da Revista DIntBR. (clique na imagem para baixar a sua).

Essa é a primeira – e única – revista brasileira feita por designers de interiores, falando sobre Design de Interiores. Nossa intenção é desmistificar e levar informações de qualidade sobre a nossa profissão.

Ela faz parte do Projeto Design de Interiores Brasil – ou Projeto DIntBR – que é um aglomerado de produtos e serviços voltados para o Design de Interiores.

Ontem rolou uma live no instagram do projeto onde expliquei certinho tudo isso: @designdeinterioresbr

SEGUE LÁ!!!

Espero que gostem!

Super abraço e uma feliz Páscoa!

CURSO: DESIGN DE SERVIÇOS APLICADO AO DESIGN DE INTERIORES

Uma das pautas que sempre defendi – e continuo insistentemente defendendo – diz respeito ao uso das ferramentas do DESIGN no processo de projeto no Design de Interiores.

Se ousamos utilizar o termo “DESIGN” precedendo o “de Interiores” como nome de nossa profissão, precisamos fazer jus a isso de uma forma bem simples: SENDO designers, literalmente.

A academia, de um modo geral, tem falhado muito nisso. E isso tem uma fundamentação: a quantidade massiva de não-designers nos corpos docentes dos cursos, especialmente nos de tecnologia. A maioria esmagadora desses professores não sabem o que é Design e não estão nem um pouco afim de saber. Preferem a sua zona de conforto a encarar uma especialização ou um novo curso para aprender realmente do que deve ser ensinado em salas de aulas.

E assim se perpetua nos cursos o repasse massivo de práticas e padrões projetuais que não são do Design. Acaba virando um arremedo de alguma coisa da Arquitetura que, honestamente, nem deveriam existir em nossos cursos. Arquitetura apenas quando o objeto base do projeto é o arquitetônico. Talvez por isso os professores recusem as ideias dos alunos de trabalharem com outros objetos base como transportes, por exemplo.

Daí surge a necessidade urgente da criação desse curso, destinado a estudantes e profissionais de Design de Interiores.

Alguns afirmam que as análises feitas durante o briefing e o programa de necessidades (PN) são suficientemente abrangentes para entender, também, os serviços prestados. De certa forma, sim, mas apenas parcialmente. Porém, questões primordiais diretamente ligadas aos serviços prestados pela empresa X e consumidos pelos clientes não conseguem ser levantados pelo briefing nem pelo PN. São pontos muito específicos dessa relação empresário<>funcionários<>clientes que necessitam de um olhar mais atento e cuidadoso que somente através da ampla abordagem do DS conseguimos atingir.

Alguns designers de interiores alegam que essa não é atribuição de nossa área e que devemos indicar algum profissional especializado nisso. Porém, como identificar se existem problemas nos serviços prestados se não se sabe como chegar até eles, identificando-os corretamente? Vale lembrar que no briefing existem questões “não ditas” e que só descobrimos com o andar do projeto.

Existem questões relacionadas ao atendimento. Nesse aspecto concordo que devemos sim indicar algum profissional especializado que irá analisar profundamente os mesmos afim de encontrar as melhores soluções. Mas nesse ponto fica a questão: como nós podemos identificar tais problemas se acreditamos que “isso não faz parte de nossas atribuições” e não damos a devida atenção aos mesmos?

E, identificados, como você irá se dirigir ao empresário para mostrar tais problemas e indicar a real necessidade da contratação de um outro profissional? Nesse sentido, na Netflix tem uma série curta da Mary Portas que mostra bem esse tipo de coisa.

Mas existem os problemas espaciais, ambientais e estéticos que também influenciam na prestação de serviços. E é exatamente aqui que devemos focar o nosso olhar enquanto DESIGNERS de interiores. Nesse sentido, abro o curso pedindo o seguinte aos alunos:

“A partir desse momento, esqueçam que vocês são designers de interiores, principalmente as práticas formais e tradicionais de projeto que aprenderam e vem utilizando até agora. De agora em diante, deixem suas mentes livres de barreiras e permitam um olhar holístico sobre os problemas apresentados para que a criatividade flua. De agora até o final do curso vocês são DESIGNERS!”.

Isso é fundamental para que os alunos consigam mergulhar devidamente no processo do curso.

Seja em problemas encontrados no layout, na ergonomia, na estética, no conforto, na segurança, nas sensações e emoções despertadas em todos os usuários envolvidos ou em qualquer outro aspecto do projeto, o nosso olhar deve estar atento a tudo isso para que consigamos realizar uma profunda análise do problema afim de garantir a melhor experiencia aos usuários.

É exatamente nesse sentido que trabalho esse curso. Pode ser em um salão de beleza ou em uma padaria, a pergunta é a mesma: como podemos garantir que através dos serviços prestados essa experiencia do usuário, física ou sensorial, seja positiva e garanta a fidelização de clientes, a publicidade positiva boca-a-boca através de elogios feitos pelos clientes a terceiros e, ao mesmo tempo, garantir a satisfação dos funcionários e os lucros da empresa?

É nessa pegada que levo esse curso. E garanto que, após muito estudo sobre o tema, a afirmação de terceiros apontada no início desse texto de que “já fazemos isso através do briefing” não é verdadeira. Tudo são engrenagens que fazem parte de uma grande máquina chamada empresa. Se uma está com defeito ou fora do ponto exato, já era.

Afinal, acredito que ninguém aqui seja irresponsável ao ponto de desejar ver o seu cliente gastando uma fortuna em um projeto que não irá resolver os problemas e manterá a mesma sob o risco de uma falência.

Ficou interessado(a)?

Entre em contato, forme um grupo de até 20 pessoas e vamos aprender a analisar esses problemas e encontrar as melhores soluções para eles.

EAD NÃO!

Dias atrás fiz um post no Instagram onde me posicionei contra o ensino EAD, em nível de graduação, do Design de Interiores.

De pronto, choveram comentários indignados contra meu posicionamento. De “preconceito” até a ataques pessoais, apareceu de tudo um pouco.

Só não apareceu qualquer argumento que merecesse ser refutado.

Honestamente me deu preguiça ler tudo aquilo e uma vergonha imensa com duas pontas:

Primeira: dos alunos desse curso que não se dão conta do quão superficiais esses são e o quanto estão sendo enganados.

Segunda: dos profissionais envolvidos na criação e implantação desses cursos virando as costas para a dignidade da profissão em favorecimento dos interesses das IES privadas que lhes dão emprego.

Não vou me estender aqui nesse post sobre o assunto pois a questão é muito técnica e estou elaborando um material sobre o assunto. Mas ficam algumas pistas:

  1. Afirmar que EAD é o futuro eu concordo. Porém, não há como inserir levianamente nesse futuro os alunos da realidade brasileira que, em aulas presenciais, tem dificuldades imensas para compreender o conteúdo. Quiçá no EAD onde o professor não está à disposição ali, no momento do ato, para sanar e ensinar. São realidades distintas entre os países onde os alunos tem uma sólida formação básica e os daqui.
  2. Se os materiais fossem realmente bons (e sei que não são), os tais cursos não se recusariam a encaminhá-los para apreciação de um corpo docente qualificado – como, por exemplo, o Conselho Acadêmico da ABD. Mas eles se negam.
  3. Fui convidado anos atrás para elaborar o material da disciplina de iluminação para o primeiro destes cursos. Dos 25 tópicos que elenquei, recebi um aviso que somente poderia abordar os CINCO indicados e teria apenas 40 páginas de uma apostila para explorar o conteúdo. IM-POS-SÍ-VEL! Primeiro pela quantidade de conteúdos e, segundo, por causa dos itens fundamentais para o desenvolvimento de projetos luminotécnicos que ficaram de fora. Qualquer youtuber bem ruinzinho oferece vídeos com muito mais conteúdo que estes cursos EAD. Óbvio que me recusei a participar dessa enganação.

Existem muitos outros motivos ainda que me levam a esse posicionamento. O principal (que ultrapassa os interesses financeiros das IES privadas, vergonhosos por sinal) diz respeito ao que a imagem acima apresenta. Qualquer especialidade do Design na modalidade EAD somente serve para aqueles que já dominam e tenham conhecimento pregresso do que é Design, suas técnicas, ferramentas e abordagens.

Não vejo problema nos cursos técnicos em EAD pois estes trabalham apenas com projetos de baixa complexidade, bem diferentes e mais simples que os trabalhados pelos profissionais de nível superior.

Por hora fica isso exposto.

Me convençam de que estou errado e mudo meu pensamento.

Mas já aviso: sem mimimi.

Revista Intramuros – chamada para a 2ª edição.

Atendendo a pedidos, foram prorrogadas a chamada para a 2ª edição da Revista INTRAMUROS.

A revista é um espaço exclusivo para difusão de trabalhos que seguem uma metodologia científica exclusivamente dentro do assunto de Design de Interiores. Em sua política de consolidação da área, promove a reflexão crítica sobre temas afetos ao Design de Interiores.

Trabalhos textuais – fruto das atividades acadêmicas de pesquisa, extensão e reflexão crítica sobre o saber específico de Design de Interiores – serão selecionados para publicação no Anuário Acadêmico ABD.

O eixo centralizador, como já escrito, é o Design de Interiores porém, não é exclusiva para pesquisadores da área. Ela é aberta também a pesquisadores de outras áreas desde que seus trabalhos tenham como eixo principal o DInt.

Por exemplo:

  • Um designer gráfico que tenha alguma pesquisa ou trabalho falando sobre a relação entre DG aplicado nos espaços interiores ou uma análise grafica (ou visual) da composição de projetos de design de interiores;
  • O pessoal de Produto pode enviar trabalhos sobre desenvolvimento de mobiliarios multifuncionais para pequenos espaços, sobre metodologias de detalhamento de projetos, etc.
  • Os lighting designers com seus projetos voltados para design de interiores (ambientes internos e externos) bem como sobre a relação da luz com a saúde e segurança dos usuários.
  • E assim por diante.

O prazo de envio dos artigos foi prorrogado até dia 30 de setembro de 2018.

Conheça a Revista Intramuros e o regulamento.

Pra não dizer que não falei…

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 70 – 2014
“Pra não dizer que não falei…”
By Paulo Oliveira

70
…das flores,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, paisagismo é atribuição dos arquitetos, e as flores fazem parte desta disciplina. E não se tocaram que eu falava de um jardinzinho com flores com que resolvi presentear aquela senhorinha que acabou de perder sua família toda, para que ela tenha algum prazer no pouco tempo de vida que lhe resta.

…dos carros,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, mobilidade urbana é atribuição dos arquitetos e os carros fazem parte desta disciplina. E não perceberam que eu estava me referindo ao projeto de um motor office para uma ONG que trabalha com formação profissional, para que ela possa atender as comunidades mais distantes.

…das favelas,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, a favelização urbana não é atribuição nem responsabilidade dos arquitetos; são responsabilidade apenas dos governos. Mas não viram que eu estava fazendo um trabalho junto à comunidade sobre os acumuladores, a organização e as consequências disso sobre o bem viver e estar familiar e da população.

…das praças inutilizadas,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, projetos só podem ser feitos por profissionais habilitados nos termos da Lei. E não perceberam que eu estava auxiliando um grupo de moradores a pensar (brifando) sobre um espaço vazio de sua comunidade para que suas ideias pudessem chegar ao poder público e seus desejos e necessidades fossem realizados.

…do mobiliário,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, mobiliário é atribuição exclusiva dos arquitetos, de acordo com os cacos espalhados por trezentas disciplinas. E não perceberam que eu estava me referindo ao projeto de uma chaise, para que portadores de necessidades especiais consigam curtir os prazeres sexuais, em diversas posições, de maneira confortável e segura.

…da ergonomia,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, acessibilidade é atribuição dos arquitetos e os aspectos ergonômicos fazem parte desta disciplina. E não perceberam que eu estava me referindo à reorganização ergonômica de uma indústria visando à saúde, segurança e produtividade de seus empregados.

…do projeto,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, projeto é atribuição dos profissionais legalmente habilitados na forma da Lei. E não perceberam que eu estava me referindo ao briefing para a construção de um projeto educacional de uma creche que um grupo de empresários quer implantar próximo às suas empresas para atender a demanda de suas trabalhadoras.

…das luzes,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, iluminação é atribuição dos arquitetos e as luzes fazem parte desta disciplina. E não perceberam que eu estava me referindo às luzes cênicas daquela peça teatral de uma escola de periferia daqui de minha cidade, em homenagem ao dia das mães.

…“Fiat Lux!”

Aí vem o CAU dando carteirada, me enfiando uma notificação por exercício ilegal da profissão de arquiteto. E não percebeu que eu estava apenas começando a ler em voz alta a minha Bíblia em latim, em Gênesis 1:3, quando Deus diz isso.

Devaneios à parte, este é o quadro que se desenha à nossa frente: uma ditadura do CAU sobre tudo e todos. Eles agem através de dois lobbies: o primeiro, localizado no Congresso Nacional, onde se aproveitam do desconhecimento dos parlamentares sobre os assuntos e temas abordados e sapateiam na cara da sociedade e dos profissionais de outras áreas, induzindo nossos representantes ao erro, fazendo-os legislar apenas em favor dos arquitetos; o segundo é junto à mídia, onde eles conseguem anunciar o que for, mesmo que lesivo e prejudicial à sociedade, beneficiando apenas a sua classe e, propositadamente, desinformando a população.

Mas ainda dá tempo de acordar e impedir isso.

Hackear a cidade? #ÉNOIS

Estava navegando pelo meu face e me deparei com uma postagem com este título. Curioso fui assistir ao vídeo e me surpreendi com a qualidade do material, a clareza das informações e a disposição em mostrar e apontar caminhos possíveis apresentados pela a jornalista Natália Garcia, especialista em planejamento urbano.

No primeiro vídeo ela fala sobre “Como hackear a cidade”.

Calma, nada tem a ver com atividades marginais ou visando prejudicar alguém ou algo. Ela explica o conceito da ideia e dá dicas de como podemos – e devemos – mudar nosso olhar sobre o lugar onde vivemos.

https://www.youtube.com/watch?v=bHagymDQENA

Já no segundo vídeo, ela nos apresenta um novo olhar sobre “O Que É Cidade?”.

Precisamos entender como esse lugar funciona. Nesta aula, explica um conceito de cidade adorado por muitos e odiado por algun$$.

https://www.youtube.com/watch?v=NK_RoGAwkSw

No terceiro vídeo, “Que problemas você quer atacar?”, nos faz refletir sobre como escolher um problema para ser resolvido ou destacado em nossa cidade. Como ela mesma afirma, a cidade é um complexo sistema, cheio de engrenagens. E todo sistema é composto por diversos problemas, dos micro aos mega. Aqui ela deixa pistas claras do que é um briefing e como ele deve ser tratado. Briefing não são apenas anotações e rabiscos e sim muita atenção, observação, reflexão, interação, etc. #FicaDica

https://www.youtube.com/watch?v=r26kPu-2PAo

Já no último vídeo – ou módulo – ela fala sobre “Como agir?”. Exemplificando com intervenções urbanas realizadas em vários lugares do mundo, nos dá dicas pra você montar seu próprio projeto e melhorar sua cidade.

Muito além da superfície, ele nos traz a tona elementos que vem sendo ignorados em nossa sociedade. Entre estes destaco a CIDADANIA, muito falada, e pouco praticada.

Parabéns à Natália por este projeto mais que importante para o nosso país.

cropped-logo-novo

N_Goiânia 2014, mude seu estado_

E aí pessoas estudantes, já estão preparando as malas, mochilas, barracas, fantasias para as festas, dando uma turbinada na inspiração e reforçando a resistência para encarar as atividades do N2014??

ngoianiaEste será o 24º Encontro Nacional de Estudantes de Design (NDesign)

Desta vez será realizado em GO GO GO GO GOIÂNIA!!!

E a data já está certa!!!

De 19 a 26 de julho de 2014.

Fiquem ligados na página do NGoiânia no facebook , pois sempre está rolando promos e detalhes fresquinhos do encontro.

ngoiania1

Vai perder?

¬¬

Lyon em festa das luzes – edição 2012

main-bg-2012
Pois é, aconteceu novamente a Fête des Lumières em Lyon, FR.

A edição deste ano foi entre os dias 6 e 9 de dezembro.

Abaixo, alguns vídeos do que rolou de mais interessante por lá:

1 – Place des Terreaux

2 – Cathédrale St-Jean

3 – Les “Anooki” de la gare St-Paul

4 – Les Velov’ Place Bellecour

5 – théâtre des Célestins

6 – Mysticète

7 – Bellecour

Aqui, uma geral de tudo que rolou por lá:

Se quiser ver mais imagens e vídeos, acesse a página oficial do evento.

Reader: cores e mais cores

É, resolvi fazer um post mais leve baseado em meu reader já que andam me chamando de ranzinza (ah ah ah). Vamos então a um post sobre o uso de cores e outros detalhes interessantes que encontrei em meu reader hoje. Quem vai gostar é a minha amiga mega colorida Joyce Diehl:

foto 1 – woodmat1

Simples, alegre, divertido, customizável nas cores. Adorei!!!

foto 2 – Corian Loves Missoni

Quem já trabalhou com este material conhece bem suas características físicas como a sua resistência e durabilidade. Isso possibilita a sua aplicação em áreas perigosas e problemáticas como os banheiros. Porque não tornar os banheiros mais alegres, usar e abusar dos geometrismos na paginação?

foto 3 – Hot Paper Restaurant

Eu simplesmente amei o detalhe da parede com built-in.

Podemos chamar este elemento de “sanca de parede”?

Para facilitar as coisas, sim.

Como podem perceber, é um ambiente sóbrio. Mas a cor entra sutilmente neste elemento de parede quebrando a seriedade do espaço tornando-o mais leve.

foto 4 – Acne Store

Gritante e berrante sobreposição de tons de vermelhos.

Achou pesado?

Eu não.

Na verdade eu amo estas ousadias que, infelizmente, poucos clientes permitem.

foto 5 – house beautful banheiro

Perceberam a leveza desta cor aplicada neste banheiro? Relaxante e suave.

Outro detalhe é a brincadeira gráfica do revestimento das paredes.

Show!!!

foto 6 – quarto Contemporary Condo

E quem falou que o preto não é cor? (tou brincando ok teóricos chatos de plantão!)

Quem estudou comigo e teve aulas com um determinado professor vai entender esta frase:

“Olhem o lilás das flores….. que lindo… perfeito… é o ponto focal…”

AHAHAHAHARRRRRRRRRRRGH!!!

Agora, parando de brincadeira, sim o preto é cor pigmento. Sóbrio e sério como o perfil de muitos clientes. Porém, culturalmente, aqui no Brasil ele ainda é relacionado com um lado não muito agradável da vida: a morte, o doloroso luto (credo, que incoerência entre os termos vida e morte).

Mas ele é “chique no úrtimo” e a garantia de espaços lindíssimos. Outra prova disso vocês podem ver neste post sobre o ateliê do artista plástico Jadir Battaglia.

Eu adoro!!!

foto 7 – a arte dos dedos mágicos de Judith Ann Braun

Não consigo expressar tamanha surpresa e admiração ao descobrir esta artista. Sugiro que visitem o site dela para conhecer outros trabalhos e mais detalhes sobre a sua arte “digital”

foto 9 – Sala

A beleza está nos detalhes que alegram e personalizam os ambientes.

;-)

As fotos à seguir vieram do excelente Retail Design Blog by Artica que conheci este final de semana. Já entrou para meu reader e para o blogroll aqui do blog!!!

Foto 10 – “SUPER by Dr. Nicholas Perricone” store by Janis Bell Design, Malibu

Duas considerações sobre este projeto:

1 – a deliciosa mistura de cores tem tudo a ver com a empresa: se observarem atentamente irão perceber que cada cor utilizada nos módulos é a mesma que está presente na embalagem dos produtos expostos em cada um deles.

2 – a perfeição do IRC do projeto de iluminação garantindo a fidelidade exata da reprodução das cores do ambiente e das embalagens/produtos.

PERFECT!!!

;-)

foto 11 – Etch Web lamp by Tom Dixon

Luz e texturas ou luz e sombra brincando, dialogando numa perfeita interação.

foto 12 – Aurelia lamp by QisDesign

Luz e cor ou, luz é cor. Não importa.

Observando bem percebemos que esta é uma luminária que, apesar de ter a luz mais aberta (espalha-se pelo ambiente) não interfere tanto em outros efeitos que podemos utilizar no restante do ambiente.

foto 13 – Luxury cladding collection by Lithos Design

Olha o preto aí de novo, mas desta vez sem o seu fiel escudeiro branco e sim acompanhado do dourado…

Confesso que demorei um pouco para entender o que é este revestimento mesmo observando as fotos mas próximas.

Pelo que entendi (em meu inglês nem tão perfeito), trata-se de placas cerâmicas pretas e os círculos dourados são, na verdade, “entalhes”.

Possuem duas opções de cores: preto com dourado e preto com prata.

Vertiginosamente lindo!!!

fotos 14, 15 e 16 – Dent Cube by Teruo Yasuda for Inax

Quando vi este produto me lembrei na hora do revestimento da TWBrazil que usei na mostra e que agora está aqui em casa num painel de TV na sala.

Só que este não é de madeira. Porém ele é um produto muito versátil podemdo ser aplicado de diversas formas e pode ser customizado em suas cores como podem observar nas duas fotos a seguir:

Para os que buscam possibilidades em paisagismo vertical.

Para os que buscam mais alegria e cor nos ambientes.

Finalizando, deixo alguns vídeos para apreciação de vocês.

Primeiro, três vídeos do The Creators Project:

E agora vejam este desfile. Passarela limpa, estrutura simples e um elemento excelente como pano de fundo:

Aproveito para deixar um exercício de observação: estes quadros no piso da passarela, do lado direito, são o que? Projeção, elemento físico (algum material aplicado) ou o que?

Espero que tenham gostado.

Até o próximo post!!!

;-)

Fête des Lumières 2011 – Lyon, França

A “Fête des Lumières” (Festa da Luz) nasceu no dia 8 dezembro de 1852. Começou com o povo de Lyon iluminando as suas janelas com velas e depois, desciam na rua para celebrar a instalação da estátua da Virgem Maria. Hoje a Festa das Luzes faz parte do patrimônio urbano e do calendário oficial não só da cidade, mas do país. Aqui, uma apresentação/chamada geral para a festa:

E aqui, uma geral da festa deste ano:

Percebam como a cidade toda se veste de luz?

Agora vamos a alguns destaques deste ano:

1 – Catedral Saint Jean

O vídeo traz a apresentação em video-mapping a história da construção desta bela catedral. Do desenho à construção melhor dizendo.

Apesar de ser um belo trabalho, essa instalação parece mais com algo relacionado ao cinema e à TV que um trabalho de lighting mesmo. Mas como esta festa da iluminação de Lyon é algo passageiro, valem as instalações também, que é mais o caso aqui.

Percebam quase no final do vídeo que tem um momento (+- 9:08) em que não é projeção e sim iluminação mesmo feita através de projetores – magnificamente bem colocados por sinal.

2 – Place des terreaux

Primeiro prestem atenção no tamanho desta instalação. Todos os edifícios que circundam a praça foram envolvidos num mesmo projeto.

Segundo ponto: destaco a maestria do mapeamento arquitetônico, a construção e desconstrução (ou destruição – no sentido de derrubar mesmo) da arquitetura envolvida.

3 – Place de la République

Uma bela instalação sobre o corpo humano e o movimento.

4 – Hommage à Bartholdi – Fontaine – Place des Terreaux

Este é sempre um dos elementos urbanos mais esperados pela população. Sempre belíssimos projetos acontecem aqui. Por sinal você sabe quem foi Bartholdi?

Este vídeo é da edição 2010 da festa, mas vale a pena coloca-lo aqui por sua beleza.

5 – Balais de lumières Pont du palais de justice

A ponte, o rio, o entorno, o som e a luz….

6 – Place des Célestins – une partie de flipper géant

Adorei!!!

Uma partida num fliperama gigante. Mapeamento arquitetural numa instalação interativa onde o público pode jogar e se divertir.

7 – Bellecour Statue Louix XIV

Lúdico, alegre e simples.

8 – Parc de la Tête d’Or – Le Mythe de la Tête d’Or

Uma instalação num parque para contar um mito. Luz e materiais simples. Bela e lúdica instalação!!!

Gostou? Tem mais aqui:

www.blogdeslumieres.fr

Vídeos mais completos e detalhados sobre todas as instalações.

iés! Nóis tá na roça!!!

Ontem o Senado aprovou a regulamentação da profissão de DJ!!!!!!

U-A-W!!!

Realmente este é um profissional extremamente útil e importante para a sociedade. Arrisco-me a dizer IMPRESCINDÍVEL, NECESSÁRIO!!! O que seria de nossa sociedade sem a existência destes profissionais não é mesmo?

Veja o texto completo aqui.

Enquanto isso, nós designers continuamos enfrentando o DESCASO e os lobbies de nossos parlamentares que chegam ao absurdo de referir-se ao Design como mero artesanato (sim ainda hoje tem imbecil que pensa assim lá no Congresso Nacional). Talvez por isso vemos tantos materiais de campanha (gráfico e produto) de péssima qualidade nas eleições…

Mas voltando aos DJs. Que fique bem claro que eu não tenho absolutamente nada contra eles até porque adoro me jogar numa pista de dança (desde que a música seja boa) e me acabar. Só saio quando o corpo pede cama! Mas, regulamentar esta profissão é uma afronta a várias categorias profissionais, especialmente a nós, designers, que já estamos ha décadas tentando regulamentar a nossa profissão sem sucesso.

“Art. 25. ………………………………….
Parágrafo único. A realização de eventos com a utilização de profissionais estrangeiros deverá ter, obrigatoriamente, a participação de, pelo menos, 70% (setenta por cento) de profissionais brasileiros.” (NR)

O texto torna obrigatória a participação de pelo menos 70% de profissionais brasileiros nos eventos promovidos no País com atrações estrangeiras. Pois bem, se isso não for RESERVA DE MERCADO, não sei mais ler. Isso deixa claro que este argumento utilizado CONTRA a regulamentação do Design é BALELA, conversa pra boi dormir.

Acham pouco? Olhem isso:

“Art. 7º………………..
IV – …….
§ 3º O DJ ou Profissional de Cabine de Som DJ (disc-jockey) e o Produtor DJ (disc-jockey), se estrangeiros, ficam dispensados das condições exigidas neste artigo, desde que sua permanência no território nacional não ultrapasse o período de 60 (sessenta) dias.” (NR)

Aham, FORA INTRUSOS!!!

Mais outra coisa interessante:

“Art. 24. É livre a criação interpretativa do Artista, do Técnico em Espetáculos de Diversões, do DJ ou Profissional de Cabine de Som DJ (disc-jockey) e do Produtor DJ (disc-jockey), respeitado o texto da obra.” (NR)

Ou seja: Madonna cria uma bela música, o DJ vem e detona com a música descaracterizando-a (na maioria das vezes) e alterando-a completamente (por vezes até o ritmo e a voz são modificados) e ganha dinheiro com isso. Mas o autor que se FODA!!! Não leva nada!!! Afinal já paguei pro ECAD (duvido!) pelos direitos autorais.

Aham… senta lá cráudia!!!

É meus amigos, realmente vivemos numa PUTOcracia!!!

Porém toda regulamentação deve ser normatizada por um conselho federal. Assim fica aqui então esta questão para esse futuro conselho deliberar e tomar providências URGENTES:

1 – o DJ será responsabilizado pelos danos físicos (diminuição ou perda parcial de audição) dos “usuários de seus produtos”?

Posso colocar ainda outra questão:

Uma aulinha grátis sobre o poder e influência da música sobre as pessoas:

Quando fiz faculdade de música, numa das pesquisas desenvolvidas analisamos a questão da influência do som nas pessoas. Uma delas versava sobre as diferenças de reações das pessoas entre dois tipos de músicas: dance e techno (e suas variantes como o trance,por exemplo).

Dance: por ter uma batida mais tranquila – apesar de altamente dançante e bem marcada – tem letra, canto, voz. Isso proporciona às pessoas cantar, o que libera seus “demônios” ao mesmo tempo em que dançam, transpiram, exercitam seus corpos. Olhem este exemplo da Deborah Cox:

Nussss como dancei e cantei essa música ahahah

Techno: por ser totalmente instrumental não existe o elemento canto. Também é uma música totalmente eletrônica e raramente aparece uma ou outra palavra (geralmente falada e não cantada). Esta música é mais “dura”, robotizada podemos dizer. Até mesmo a dança é diferente pois leva as pessoas a um estado de tensão muscular constante. Logo, a liberação da expressão falada/cantada é praticamente NULA. Não foi surpresa para nós quando percebemos que em locais onde este tipo de música imperava eram constantes as brigas, discussões, bate bocas e, em muitas vezes porrada mesmo. Olhem este exemplo de techno:

Eu particularmente nunca gostei disso…

Temos de lembrar também das músicas que incitam a violência explicitamente em suas letras ou sob a máscara da identidade da banda, sob a alegação da tal “liberdade de expressão” ou “liberdade artística”.

Agora vem outra questão para o futuro conselho:

O DJ será responsabilizado por estes danos à integridade física dos consumidores de seu produto? Coloco isso pois se o cara quer trabalhar com música, deve, no mínimo, ter uma formação em música, especialmente nas questões que envolvem a musicoterapia.

Poderia citar ainda outras situações envolvendo esta regulamentação que foi feita (à partir da leitura do texto) de maneira totalmente IRRESPONSÁVEL isentando os profissionais envolvidos de qualquer responsabilidade.

Esperamos agora (escrevo agora em nome de toda a sociedade de bem) que os nobres parlamentares que aprovaram essa regulamentação fiquem em cima deste futuro conselho federal EXIGINDO a análise e consideração destas e de outras questões sérias e que envolvem o trabalho desenvolvido por estes profissionais e seus consumidores que, segundo a Lei de regulamentação, deve considerar o risco ao usuário.

Pedimos também aos nobres parlamentares que apóiem o projeto de lei 1391/2011 que dispõe sobre o exercício profissional de Design que está com o deputado José Luiz Penna (PV-SP).

Design não é artesanato e não pedimos uma reserva de mercado. Apenas pedimos que a nossa profissão seja respeitada, reconhecida e que os profissionais envolvidos em sua prática profissional sejam responsáveis por seus trabalhos realizados. Leiam esta Carta Aberta ao Senado Federal que postei aqui neste blog a algum tempo atrás.

Aos que se interessarem, por favor peço que insiram a área de Design de Interiores/Ambientes neste PL. Ela não foi inserida por uma manobra estúpida da ABD (Associação Brasileira dos DECORADORES) que se coloca como representante dos profissionais da área, porém só tem atrapalhado o exercício profissional dos formados em Design de Interiores/Ambientes. Prova é a retirada desta área do PL 1391/2011 sob a alegação que iriam buscar uma regulamentação própria. No entanto, não questionam o que os profissionais desejam, não respondem às nossas demandas ou seja, é uma organização meramente corporativista, lobbista e, arrisco-me a dizer: irresponsável. Sou associado ABD registrado com o n° 9024 porém estou farto de pagar anuidade para uma associação inútil que, entre outras coisas, não faz a distinção entre os profissionais da área (designers, decoradores e arquitetos) além de “avalizar” cursos de qualidade mais que duvidosa.

Senadores e Deputados, já passou da hora de vocês trabalharem com ética e responsabilidade atendendo esta demanda de décadas.

DESIGN NÃO É ARTESANATO!!!

REGULAMENTEM O DESIGN JÁ!

Marcenarias: vamos educar o mercado?

Profiçionalizmo…

Acho que já comentei isso aqui em meu blog mas não me lembro se cheguei a me aprofundar sobre o assunto. Então vamos lá: a bola da vez é a safadeza da maioria dos marceneiros. Mas calma gente, a culpa não é só deles, é também de péssimos e folgados profissionais de design e arquitetura que educaram o mercado dessa forma.

Seguinte: em março, comprei os materiais (madeiras, MDF, ferragens, etc) para fazer dois móveis aqui de casa (cabeceira e painel para TV). Estão guardados lá na loja desde o dia da compra. Até aí tudo bem.

O problema é que eu simplesmente não estou conseguindo um marceneiro que me façam os móveis. A resposta é sempre:

“Não trabalhamos assim, com o projetista fornecendo o material. Nós que compramos o material.”

CraroCreidi, tá me achando com cara de idiota??? SentaLáCreidi!!!

Sabem porque eles não trabalham assim? Então vamos esclarecer as coisas e colocar tudo em pratos limpos.

A verdade é que eles compram os materiais e revendem pelo dobro do preço.

Geralmente o custo calculado por eles para executarem um projeto é formulado assim:

Custo do material + 100% deste custo + mão de obra (100% em cima da soma dos dois anteriores).

Em números para ficar melhor exemplificado:

Custo material: R$ 1.800,00
Custo material repassado ao cliente: R$ 3.600,00
Mão de obra: R$ 5.400,00
Custo final: R$ 9.000,00

Perceberam a safadeza? Isso é uma PUTA falta de respeito tanto com os profissionais – que chamam de “parceiros” e ainda ligam reclamando quando sumimos – quanto com os clientes.

No entanto devo ressaltar aqui a parcela de culpa dos péssimos profissionais que geraram – e mantém – esse tipo de sem vergonhice no mercado: os profissionais de design e de arquitetura. Sim, estes tem culpa também.

Explico:

É fácil desenhar um móvel (até meu sobrinho com suas garatujas o faz). Difícil é projetar um móvel valendo-se de TODAS as etapas que isso exige. Incluindo a COMPRA dos materiais necessários.

Mas os folgados e preguiçosos preferem deixar esse trabalho para os marceneiros. Escolhem o padrão ou textura pela web, por catálogos ou amostras e deixam o resto todo nas mãos dos marceneiros. Os mauricinhos e patricinhas de plantão se recusam a ir sujar suas roupas e sapatos nesse tipo de lojas. Geralmente tem uma visão dantesca desse tipo de ambiente e arrisco-me a afirmar com certeza de que a maioria NUNCA entrou numa loja desta.

Pra que vão perder tempo numa loja de madeiras e MDF se tenho quem faz para mim? “Eu escolho daqui, ele vai lá e compra.”

Ah não posso deixar de citar também que a grande maioria dos projetos que chegam às mãos hábeis dos marceneiros vem irregulares, cheios de falhas e também tem aqueles só esboçados geralmente acompanhados de frases como:

“Você sabe fazer, então resolva a estrutura”.

BURROS!!!
ASNOS!!!!
INCOMPETENTES!!!
IRRESPONSÁVEIS!!!!

Depois tem a cara de pau de reclamar do preço cobrado pelos marceneiros. Tem a cara de pau de apresentar-se como Designers.

Por causa de vocês é praticamente impossível encontrar um marceneiro que faça estes dois móveis aqui para minha casa (já tive esse problema em outros projetos para clientes e tenho certeza que praticamente 100% dos que já tentaram isso não tiveram sucesso).

SE o mercado tivesse sido EDUCADO da maneira correta – por bons e conscientes profissionais – essas coisas não ocorreriam.

Então vamos nos unir e DESEDUCAR essa prática absurda dos marceneiros?

Vamos passar a fazer os projetos COMPLETOS, comprando os materiais e forçando-os a abandonar esse estelionato enrrustido?

Passe a comprar os materiais que serão usados em marcenaria e pare de trabalhar com marceneiros que não aceitam essa forma de prestação de serviços.

Ou vão preferir continuar perdendo clientes por causa do alto custo da execução dos projetos ou por não encontrar um marceneiro decente e ético que produza seus móveis?

Sobre este blog e o Design

Quando fui incentivado para escrever este blog fiquei pensando sobre a melhor maneira de apresentar o Design de forma concisa, objetiva e clara. Sinceramente, não sou muito fã de colocar um amontoado de fotos de produtos e os nomes de lojas onde são comercializados e os respectivos preços. Entendo que isso não significa apresentar adequadamente o Design ao mercado. Ao contrário, esta maneira distorcida de reduzir o Design a uma comercialização tácita e leviana de produtos leva os leigos a compreendê-la como uma mera vitrine de consumo sem a menor fundamentação. Desta forma o Design torna-se refém de uma inversão mercadológica voltada para a criação de necessidades quase sempre “desnecessárias”. Entendo que uma mídia (e este meu blog faz parte desta) não pode resumir sua atuação ao interesse comercial, mas sobretudo informar corretamente.

Uma das minhas maiores preocupações desde meu ingresso na área do Design relaciona-se com o desconhecimento generalizado sobre o que vem a ser o Design. Para que serve o Design afinal de contas? Deparamo-nos constantemente com pessoas falando sobre Design. Entretanto, em seus discursos, demonstram claramente que não conhecem o que ele seja na realidade e deixam claro que não tem qualquer formação acadêmica em Design. Vemos também pessoas usando o termo Design para nomear quaisquer profissões que absolutamente nada tem a ver com o Design propriamente dito. Portanto, levo este blog por este caminho: busco conscientizar sobre o que é e para que serve o Design ao mesmo tempo que apresento alguns produtos e esclareço um pouco mais sobre as reais áreas do Design e a sua necessária formação acadêmica para o exercício profissional.

De início, convém esclarecer alguns aspectos. Muitas pessoas reclamam sobre nomear esta profissão com um termo estrangeiro. O fato é que, por incrível que pareça, não existe uma palavra na língua portuguesa que compreenda o todo do Design. Projetista? Não apenas isso. Desenhista? Muito mais que isso. Artista? Bastante criativo também. Arquiteto? Um pouco disso também. Engenheiro? Em algumas coisas sim. O Design é um complexo jogo multidisciplinar que agrega em si muitas outras áreas, da filosofia à engenharia. Se observarmos ao nosso redor, vivemos cercados pelo Design. Esta tela pela qual me lê, por exemplo, apresenta-se como fruto de áreas do Design: gráfico, interação, web, produto – isso sem contar a área a acadêmica na qual mergulho a cada post por mais simples que seja.

A área é Design e o profissional é Designer. Ainda, a título de exemplo, Design Gráfico (profissão) e Designer Gráfico (profissional).

Ultimamente temos visto uma enxurrada de “X” design como já coloquei anteriormente. No entanto, a aplicação do termo Design em algumas profissões apresenta-se incorreta pelo simples fato de não haver projeto do produto final e, principalmente, reduzir-se apenas a uma técnica. Logo, pintar unhas não tem absolutamente nada a ver com Design (mesmo se considerarmos o desenho), assim como misturar tintas e dar tesouradas no cabelo também não é Design. Receitas de seja lá o que for também não é design. É preciso ter consciência de que Design não é sinônimo de artesanato ou mera técnica. Também não se forma um designer em cursos de finais de semana ou de poucos meses ou ainda que ensine a utilizar softwares, mesmo que de última geração.

Aproveito então este post para explanar brevemente sobre quais são então, na verdade, as áreas principais do Design. Todas que apresentarei agora são “filhas” do Design (Desenho Industrial). Baseado nas necessidades mercadológicas o Design foi se especializando em diferentes áreas. Assim como ocorre na engenharia e na medicina com suas especialidades, da mesma forma, a complexidade do Design levou a compreender que um só profissional não conseguiria trabalhar com tudo. Portanto, dividiu-se o Design em áreas.

Design de produtos:

Tudo o que existe ao seu redor e que você usa diariamente é um produto. Talheres, canetas, carros, luminárias, celular, computadores, óculos, móveis, relógios, roupas, enfim, tudo é produto do Design. Tudo passou por fases projetuais e industriais até chegar às suas mãos. Tudo foi ergonomicamente estudado para facilitar o manuseio e a aplicação e garantir ao usuário segurança no uso e conforto. O foco principal deste profissional é principalmente a indústria, mas além da produção industrial, este profissional também atua como projetista de peças exclusivas para empresas e clientes particulares.

Design Gráfico:

Folhetos, cartões de visita, revistas, jornais, outdoors, cartazes, sites, logotipos, identidade visual e corporativa, painéis e letreiros, animações e todo o restante de coisas que servem para informar ou apresentar algo visualmente é um produto da área do Design Gráfico.

Design de Embalagens:

Um desmembramento do Design Gráfico e de Produtos. Como o próprio nome diz, trabalha especificamente com as embalagens visando torná-las mais acessíveis, ergonômicas e esteticamente melhores. É uma área que vem crescendo bastante, pois a indústria já percebeu o diferencial que uma embalagem bonita e de qualidade faz.

Design de Interiores/Ambientes:

Esta área, pode-se dizer, é uma evolução da Decoração. Além de trabalhar a estética do ambiente como o decorador faz, o profissional de Design de Interiores/Ambientes vai mais além: ele foi habilitado em sua formação acadêmica para executar intervenções mais profundas nos ambientes que visam a melhoria da qualidade de vida do usuário final. Além da escolha de almofadas, acessórios e cores, o profissional é capaz de resolver os espaços através da aplicação de conhecimentos como ergonomia, conforto térmico, acústico e luminoso, semiótica, projeto de mobiliários, adequação e correção de fluxos, redesign arquitetônico e outros tantos mais. É um profissional cada vez mais requisitado já no momento do início de um projeto arquitetônico, trabalhando junto ao arquiteto. Também está aparecendo cada dia mais nas reformas de edificações já prontas pela sua facilidade em retrabalhar e readequar os ambientes para novos usos. Engana-se quem pensa que um Designer de Interiores/Ambientes trabalha apenas com ambientes residenciais. Este profissional está apto a trabalhar com ambientes comerciais, corporativos, clínicas, cenografia, eventos, stands, desfiles e editoriais de moda, interiores de automóveis, barcos e aviões ente outros. Da simples troca de almofadas, passando por uma redistribuição dos móveis até uma intervenção mais ampla com troca de pisos e algumas alvenarias, você pode contar com este profissional.

Design de Interação:

Quem assistiu ao filme Minority Report pôde notar a quantidade de equipamentos que interagem com o usuário. De telas touch-sreen (celular, TV, câmeras digitais, etc) ao reconhecimento de voz e íris tudo é interação. E muito disso já é uma realidade hoje em dia. Os caixas eletrônicos, aparelhos de GPS e celulares tem hoje muito do Design de Interação. Mas a interação não fica apenas no físico sendo possível também através da realidade aumentada e programas que interagem com o usuário e/ou meio. Este último está sendo cada dia mais usado em casas noturnas e eventos. Na web também encontramos exemplos de interação em diversos sites.

Lighting Design:

Quando um profissional se forma em Design, Arquitetura ou Engenharia Civil, estes saem das academias como iluminadores. É aquela iluminação que vemos geralmente nas revistas de decoração, geralmente com excessos de luz pois o que foi aprendido é iluminar: colocar luz. O Lighting Design é um passo adiante na iluminação: ele tem a sua raiz na iluminação cênica, aquela de palcos de teatro e shows. Aliando as técnicas da iluminação convencional com as cênicas este profissional consegue trabalhar os ambientes com uma linguagem única que busca o refinamento estético e as explorar as sensações do usuário através da luz. É a arte de iluminar retirando a luz desnecessária. Hoje, a iluminação é responsável por 70% do efeito final de um projeto. Este profissional também trabalha com a pesquisa e criação de produtos específicos para os projetos como luminárias, lâmpadas, filtros e outros mais, além da luz natural.

Design de Moda:

A Moda alcançou hoje um nível de excelência tão grande que a necessidade de uma formação mais ampla dos profissionais se fez presente. O profissional desta área forma-se não para ser mais um estilista, mas sim, para também ser o profissional encarregado por todo o processo dentro de uma indústria de confecção. Da criação dos modelos ao lançamento da coleção existe um árduo e longo processo que envolve a escolha de tecidos, aviamentos, muitas vezes a criação de algo novo (design têxtil), viabilidade econômica e mercadológica entre tantas outras coisas mais. Este profissional é o responsável pelas roupas, calçados, jóias, cintos, bolsas e acessórios que você usa diariamente.

Existem ainda outras áreas específicas que estão desvinculando-se e formando seus próprios campos. Todas as áreas conversam entre si, trabalham juntas e às vezes com os mesmos projetos e produtos. Outras vezes, num mesmo produto, cada um desenvolvendo o seu foco.

Como se pode ver, o Design é uma ferramenta fundamental hoje em dia seja no campo corporativo ou pessoal.

A verdade é que não se vive sem Design hoje em dia.

Quando você quer algo, faça acontecer!

Já escrevi várias vezes que se você quer ser um LD tem de meter a mão nos fios pra levar choque, tem de queimar as mãos nas lâmpadas e assim por diante.

Porém, se você quer der um designer de interiores/ambientes, arquiteto, engenheiro vale o mesmo princípio: meta o pé da obra. Vá sujar e riscar o seu lindo sapatinho espelhado ou sua roupinha de grife.

Apesar de na faculdade ganharmos conhecimentos, não existe nada melhor que a prática de obra para tornar estes conhecimentos realidade em nossa vida profissional – que francamente não deve resumir-se a horas de CAD ou pesquisas pela web.

Pois é, falo de embrenhar-se na obra e sair carregado de pó de cimento, cal e gesso.

Falo de sair com a roupa manchada de tintas e vernizes.

Falo de atolar o pé na lama e detonar com o sapatinho bonitinho.

Falo de parar de ficar bancando pose dentro de um escritório e ir ver qual é a realidade de uma obra. E não me refiro aqui àquelas visitas “the flash” que a maioria dos profissionais fazem às obras.

Falo de ir passar o dia – se necessário – dentro da obra.

Falo de pegar os instrumentos e ferramentas que os parceiros utilizam e usá-los também.

Eu hoje a tarde numa obra.

Falo de pegar uma marreta – quantos de vocês sabem o peso real, no braço, delas? – e uma talhadeira e sair abrindo paredes para que o cronograma seja cumprido.

Pode até nem ser por causa do cronograma e sim por uma questão de certeza da qualidade final. Nesse caso (foto) mandei tirarem 5mm do reboco e quando vi estavam tirando mais de 3cm. Mandei parar e eu mesmo fui fazer o serviço.

Se não fosse feito como pedi, a instalação da escultura do Jadir não ficaria boa – por isso o recorte tem de ser preciso. (Depois posto a foto do pronto.)

Tou com o braço direito doendo pacas e sei que ainda vai doer por mais uns 3 dias. Mas está bem feito. Estou feliz e satisfeito.

Porém um ponto mais que importante disso é que você aprende a valorizar a árduo trabalho dos parceiros. Gente, duvido que metade de vocês já tenham feito o que eu fiz hoje a tarde aqui em Londrina ou qualquer coisa parecida. O que tenho visto de profissionais dando pitti com pedreiros, eletricistas, encanadores e pintores em obras por nada chega a assustar. Porém são os profissionais que só passam fazer uma visitinha, explicam mal e porcamente o projeto e depois vem dar uma de estrelinha poderosa e indignada.

Vi dias atrás um arquiteto surtado por causa de uma textura que não ficou como ele queria. A cena era: ela a mais de 2 metros de distância da parede gritando com o pintor “faz assim… não seu asno, pro outro lado (…)”. Porém dava saltos acrobáticos pra desviar dos respingos da tinta do rolo pra nao sujar a roupitcha de griffe dele.

Se sabe tão bem como é, porque não pegou o rolo e fez ao menos um pedaço pra mostrar ao pintor – que não tem bola de cristal – como deve ser feito para chegar ao efeito desejado? Porque não foi com uma roupa de obra prevendo que poderia se sujar? Eu quando especifico uma textura diferente pesquiso muito bem a técnica e vou na obra testar com o pintor antes da aplicação. Só libero a aplicação depois que percebo que ele já está dominando bem a técnica.

Sinceramente?

Profissional que faz esse tipo de grosseria com os parceiros pra mim é NADA!

Ah tudo bem… já sei que tem gente aqui dizendo que eu meti o pau (ou dei pitti) nos pedreiros num post tempos atrás. Sim, mas releiam o post e perceberão que é uma situação muito específica. Certamente, se eu não tivesse essa vivência de obra, não teria percebido as cacas que eles estavam fazendo.

Então gente – especialmente vocês que estão estudando ainda ou estão começando, já assumam essa postura de VIVER a obra e não apenas visitá-la. E os já atuantes no mercado procurem mudar isso em seu cotidiano também. Pois cobrar a administração de obra sei que TODOS vocês cobram né safadinhos???

Os parceiros irão te respeitar muito mais e você ao perceber a dureza e dificuldade na execução dos trabalhos deles idem.

Os clientes irão te respeitar ainda mais e falarão mais e melhor de você pois perceberão que você tem total domínio sobre o que está acontecendo.

Especialista em Lighting Design???

Vejo com tristeza diariamente diversos profissionais não especialistas falando sobre LD sem ter a menor noção do que vem a ser isso na realidade. Na verdade, é um show de repetições de jargões e clichês que estão na mídia acessível a qualquer um, especialmente através do Google. Fazem isso apenas para garantir um naco do mercado tentando iludir e confundir os clientes.

Já escrevi sobre isso aqui no blog algumas vezes mas nunca é demais voltar à este assunto dada a sua relevância e seriedade.

“LD é uma iluminação mais cênica” – clichê mais que batido, não cola mais hoje em dia pois LD nunca foi apenas isso.

Na verdade, o cênico em um projeto de LD fica apenas em suas bases.  Cênica é o conceito básico do projeto e não a aplicação ou resultado final (salvo em caso de iluminação cênica mesmo: teatro, dança, shows, etc). Tem gente que chega até a usar aquelas luminárias em formato reduzido dos refletores de palco para tentar iludir e reforçar essa falsa idéia do que vem a ser um verdadeiro projeto de LD. No entanto ISSO NÃO QUER DIZER NADA. É apenas mais uma luminária solta no espaço.

“LD é buscar a eficiência energética” – também mas não só isso.

A eficiência energética e o baixo impacto ambiental são apenas premissas de um projeto de LD de qualidade, devem fazer parte dele, devem ser pensados e considerados no momento do projetar, desde o início. Mas não são o todo de um projeto de LD.

“LD é atender às necessidades do usuário” – no entanto o que vemos nas imagens logo após o destaque da frase é um show de sandices luminotécnicas. Vemos uma re-re-re-re-repetição de erros crassos e básicos cometidos ainda nos bancos das faculdades, pelos acadêmicos iniciantes que não sabem de nada sobre iluminação e/ou elétrica. Vemos também muitas repetições dos erros baseados nas tendências e na “moda” que as revistas, infelizmente, pregam.

“Esta luminária do fulano é de design assinado e garantirá a qualidade e beleza no projeto de lighting design que estou fazendo” – MINTCHIIIIIRAAAAAAAAAAA!!!

Gente, para um projeto de LD o que menos importa é a estética da luminária e sim o efeito que a luz proporcionará. Não é a toa que num projeto de LD verdadeiro você dificilmente percebe as luminárias. Elas só ficam visíveis quando não há outra opção mesmo. Um verdadeiro LD muito dificilmente especificará um pendente de cristais caríssimo sobre a mesa de jantar (carne-de-vaca) pois sabe que ele irá acabar com os efeitos do entorno pois é uma luminária que não tem controle de luz.

Isso me lembrou também que o verdadeiro LD não está preocupado com quanto ele ganhará de RTs das lojas. Se ele tiver de escolher entre um pendente de cristais de 30.000 e um projetor de 300 ele certamente optará pelo projetor.

O profissional de LD é aquele que busca a especialização, aprofunda-se diariamente, embrenha-se sem medo no universo da iluminação. É aquele que conhece antecipadamente o que há por vir sobre tecnologias em iluminação. É, especialmente, aquele que trabalha exclusivamente com projetos de iluminação e, quando não encontra uma luminária que atenda às necessidades do projeto, concebe, cria, desenha, projeta e produz uma – ou várias – específica. É também aquele profissional que não inventa respostas para dar a seus clientes.

Buscar a especialização, tornar-se um especialista nesse sentido não quer dizer fazer uma pós-graduação apenas (isso qualquer um faz). Conheço muita gente que fez diversos cursos de iluminação – incluindo especializações – e seus projetos não mudaram absolutamente nada do que era feito antes. Tem gente que continua confundindo e desconhecendo as lâmpadas, não faz a menor idéia dos requisitos mínimos para a aplicação das ARs, continuam a errar em seus projetos ou a solicitar a especificação dos equipamentos para os vendedores de lojas simplesmente porque não dominam a matéria/produto que estão vendendo para seus clientes.

Infelizmente tem muitos profissionais que fazem especialização, levam o curso com a barriga e depois recebem o papel que lhes dará o direito de ostentar o título de “Lighting Designer” ou “especialista em iluminação” por aí, enganando o mercado e seus clientes e soltando estas mesmas frases clichês quando surge uma oportunidade na mídia.

O pior disso tudo? Alimentam e ampliam o rol dos desinformados e incompetentes que marcham atrapalhando o desenvolvimento sério da área através de seus projetos toscos e chupados – pode-se dizer também, chutados.

Quer realmente ser um profissional de LD?

Então viva da luz e na luz!!!

Leve choques acompanhando o eletricista instalando os equipamentos, faça você mesmo a afinação da iluminação, atreva-se a instalar luminárias e, principalmente, tenha experiência em iluminação de teatros.

Dias atrás dei uma entrevista para a Helenida Tauil aqui de Londrina e quando ela me perguntou a diferença entre iluminação e lighting design eu coloquei mais ou menos isso:

Num projeto de iluminação – que é o que vemos em revistas – o profissional define o layout e depois joga a luz em cima com a intenção de “tapar buracos” ou esconder aquilo que não se quer mostrar através da ausência de luz. Num projeto de LD o especialista faz o caminho inverso: primeiro ele pensa na luz buscando atender às necessidades do cliente/usuário e depois complementa com o layout. Seja na arquitetura ou em interiores o ponto de partida é sempre a luz, seja ela natural ou artificial, ou ainda quando possível, as duas.

Sim o LD não trabalha apenas com a luz artificial. A luz natural faz parte de seu trabalho também.

Estou trabalhando atualmente em 5 projetos onde o ponto de partida (ou partido) é a luz – isso aprendi conversando com o Oz Perrenoud.

Estranho? Difícil entender? Complicado demais conceber algo partindo da luz?

Um destes projetos é um oratório e comecei pensando em tudo que a Cruz e a vida de Jesus representam. Eu sempre tive na cruz a imagem da Luz Divina, da luz irradiando dela banhando nossas vidas. Parti daí.

“A cruz será com retro-iluminada então Paulo?”

NÃO! Built-in nisso seria óbvio demais.

“Ah, então terá um projetor no centro dela jogando luz pra frente ou pegando ela de frente?”

NÃO! Isso seria brega e comum demais.

“#ComoFaz então Paulo?”

Aguardem pois assim que estiver finalizado tirarei fotos e colocarei aqui para vocês verem. Mas posso adiantar: comecei pelas sensações que eu quero que as pessoas tenham ao estar naquele ambiente. E a luz é uma sensação fundamental para a vida, incluindo a vida espiritual.

Portanto, se você usa o título LD ou especialista em iluminação – ou qualquer outro – sem ter conhecimento tenha consciência de que quem está perdendo é você mesmo ao enganar seus clientes oferecendo um produto para o qual você não é capacitado e, principalmente, o respeito dos profissionais sérios da área e que são verdadeiros LDs.

#FicaDica

Parcerize-se com um verdadeiro especialista no assunto. Já no primeiro projeto em parceria você irá perceber o ganho em qualidade no seu projeto.

;-)

pós: A luz sob CONTROLE

Pois é, tive esse final de semana o último módulo da pós do IPOG.

Começou na sexta feira a tarde com uma palestra da Jamile Tormann falando sobre mercado e projetos de iluminação. Super como sempre.

Depois entrou o professor Ricardo Honório ( sales engineer-Brasil da Lutron) com o módulo “A Luz sob Controle”.

Ok, vou organizar os materiais aqui e preparar um post especial sobre este módulo.

Você trabalha com automação? Pois saiba que isso é coisa do passado. Automatizar hoje qualquer um automatiza.

Eu não quero mais só isso.

Agora eu quero é o controle total da luz, certificação LEED.

Automação se preocupa apenas com cenas (ao menos é o que é vendido e mostrado) dimerizadas ou equipamentos controlados. O controle da luz vai muito além disso. Para o controle, temos de planejar e projetar o tipo de carga, as  zonas, circuitos, as cenas e os pontos e tipos de controle.

Apesar da semelhança com a automação, este é um trabalho muito mais complexo e que vai bem além dos controles “xikes” via i-pad, i-phone e “i-coisa”.

Foi mega cansativo pois foi muita informação em pouco tempo, mas cada segundo deste módulo valeu diamantes!!!

LD – Vamos falar dos erros? Reflexos.

É bastante comum vermos projetos na mídia em que os erros nos projetos de iluminação acabam estragando o resultado final. De erros pequenos aos grandes, a especificação errada de uma luminária ou lâmpada pode destruir o efeito esperado. Percebam como é difícil encontrar imagens que mostre o teto dos ambientes com a iluminação acesa.

Devemos nos atentar que, além de “sujar” o visual dos ambientes, os reflexos também são os responsáveis por grande parte do ofuscamento.

Um detalhe que deve ser sempre observado ao projetar a iluminação de uma ambiente é a presença de elementos e objetos reflexivos. Estes, se não forem muito bem estudados e observados podem destruir um projeto. Vidro, acrílico, metais, cromados e tantos outros materiais podem simplesmente refletir um facho de luz e estragar tudo num projeto.

Não há cor de tinta ou tipo de acabamento que elimine isso. Das cores mais escuras às mais claras aos acabamentos foscos, acetinados ou com brilho, quando o reflexo bate sobre a superfície provoca manchas.

Já mostrei alguns exemplos em outros posts, mas nenhum tão específico sobre o assunto como neste, então vamos lá. Tem gente que não gosta deste tipo de post por vê-los como um desrespeito aos autores dos projetos. Eu não vejo dessa forma e sim apenas como um exercício de observação – prática esta mais que necessária àqueles que desejam trabalhar ou trabalham com iluminação ou Lighting Design.

Vamos analisar algumas imagens a seguir. Para começar, não posso deixar de citar os reflexos provocados pela luz natural.

Observem no teto, canto direito superior da imagem. Se alguém aí me disser que isso é intencional no projeto leva uma tamancada. Se fosse algo intencional, teria sido mais explorado no ambiente e não apenas naquele pedaço de teto. Todos nós sabemos que a radiação solar provoca danos em uma grande variedade de materiais, incluindo a madeira que está neste piso. Daí a atenção aos controles de iluminação natural que existem. Observo ainda que este tipo de reflexo é um dos que mais incomoda no que diz respeito ao ofuscamento pois, vindo de baixo para cima – na direção dos olhos – faz o usuário perder o foco de onde está pisando.

Esta foto, curiosamente recebi a pouco pelo facebook através de uma consulta de uma profissional me perguntando sobre o efeito da parede, enquanto estava pesquisando imagens na web sobre reflexos. Olhem que belezura isso. Perceberam que o reflexo chegou a provocar um efeito em negativo dos vasos sobre o tampo do aparador no teto?

Fico aqui pensando: se este material colorido (provavelmente acrílico) provoca todos estes multireflexos no teto, imagine a sensação do observador tendo de fazer uma ginástica para encontrar um ponto de observação onde os reflexos não ocorram e ele consiga observar o que está exposto. Percebam também que os próprios reflexos provocam a projeção de sombras das luminárias sujando ainda mais o teto do ambiente.

Os reflexos podem ser também pequenos como neste caso. Observem a lateral da coifa. Nesta foto não dá para ver mas muito provavelmente aqueles riscos de luz estão sendo projetados em algum lugar na lateral esquerda desta cozinha.

Aqui em exemplo minusculo, mas perceptível a olhos bem treinados. Se prestarem atenção no teto sobre a bancada perceberão uma “roda de luz”. Parece uma “sujeirinha” no teto. De onde vem? provavelmente daquele elemento minúsculo cromado que está sobre a bancada.

Ah, um outro detalhe aqui nesta foto: este tipo de pendente é lindo, mas se você que trabalhar efeitos na iluminação esqueça pois ele espalha luz para todos os lados “apagando” qualquer facho ou destaque. Esse tipo de pendente acaba deixando o ambiente com uma sensação de chapado. Eu não uso isso em meus projetos.

Observem nesta foto o reflexo que está no rebaixo do gesso (direita-superior). Agora, imagine o seu cliente em pé usando esta bancada. Onde este reflexo irá pegar? Exatamente: direto nos olhos dele.

Olha lá heim, se alguém ousar falar que isso aqui foi proposital, vai a outra tamanca no meio da cara. SE e somente SE fosse proposital, este reflexo estaria centralizado no ambiente e o “desenho” formado no teto seria mais uniforme. Como se pode observar pela imagem, nenhuma das duas hipoteses são verdadeiras.

Agora, para finalizar, uma pérola que encontrei na pesquisa:

Gente, fala sério. Eu não tenho nem palavras para descrever isso aqui sem soar grosseiro. Me vem diversas palavras à mente mas se colocá-las aqui terei de alterar a classificação etária deste blog, então resumo: que diabos é isso??? Onde é que este projetista (se é que isso foi feito realmente por alguém que estudou um mínimo sobre iluminação) estava com a cabeça? O cliente aceitou esse lixo visual e ainda pagou por isso?

#FalaSério!

Como puderam ver, de pequenos objetos (bibelôs) a grandes superfícies, se a iluminação não for muito bem planejada pode estragar o resultado final do seu projeto. Por isso, muito cuidado ao iluminar ambientes com tampos de mesas e objetos feitos ou revestidos com materiais reflexivos.

Lembre-se que, além de estragar visualmente o seu projeto, podem colocar em risco o usuário por causa do ofuscamento gerado.

Bom é isso. No proximo post vou escrever sobre luz e texturas ok?

Forte abraço.

Lei Cidade Limpa – Londrina-PR

Muito bate-boca baseado em argumentos desnecessários tanto por parte da prefeitura quanto da ACIL e comerciantes por causa da Lei Cidade Limpa que foi (?) recém implantada aqui em Londrina. Baseada na mesma lei que foi implantada em São Paulo, aqui ela tem gerado controvérsias e brigas judiciais que, no meu ponto de vista, são totalmente desnecessárias. Está faltando diálogo no lugar de acusações.

A ACIL, que deveria agir com precaução, deixou até mesmo o corporativismo de lado e agiu de maneira inesperada e inoportuna, posso dizer até mesmo emocional e impensada demais. Seria muito mais útil se tivesse procurado informar-se com as associações das cidades que já passaram pela mesma situação e, antes de cometer os mesmos erros, antecipar-se usando a inteligência.

Do outro lado, a prefeitura que insiste em impor normas e regras sem o devido diálogo entre as partes envolvidas seja para o que for. Por sinal, enta administração e sai administração, a prefeitura continua insistindo nos mesmos erros de seus antecessores. Londrina é a única cidade do mundo que tem rotatórias em forma de “S” – o projetista certamente é um fã eufórico do Airton Senna.

Brincadeiras à parte, tem um blog aqui de Londrina sobre arquitetura e urbanismo que, ao conhecê-lo, gostei muito e acrescentei-o ao blogroll aqui ao lado pela seriedade que – aparentemente – levantava assuntos através de seus posts. Lendo meu reader hoje me deparei com mais um excelente texto de seu autor sobre este assunto da Lei Cidade Limpa e postei um comentário que – claro – deverá ser ou não aprovado pelo mesmo.

Ser aprovado ou não?

Nesse momento fui verificar se o comentário que eu tinha feito num outro post do referido blog, falando sobre as horrendas cabines-cópias-fajutas-vermelhas das cabines telefônicas de Londres – que estão querendo enfiar goela abaixo aqui em nossa cidade sob uma falaciosa historização e romantização de uma pseuda e nunca existente colonização desta minha amada terra por ingleses – tinha sido aprovado.

Para minha surpresa e espanto ele não está lá aprovado.

Então, já que meu post não foi aprovado lá, vamos à uma breve aulinha de história sobre minha amada terrinha: Londrina (que foi o conteúdo do comentário censurado).

No comentário proibido, acrescentei alguns dados REAIS sobre a verdadeira história de Londrina para complementar a excelente análise estética/urbana/climática realizada sobre as tais cabines telefônicas.

Postei com argumentos baseados em fatos também REAIS que Londrina não é nem nunca foi uma “pequena Londres” e que não foram os ingleses que colonizaram esta minha terra amada e sim que eles, através da Companhia de Terras Norte do Parana, estavam apenas abrindo novos espaços para venda terras em toda esta região. Que na vila recém aberta em meio a mata nativa permaneceram apenas sete ingleses gerenciando o escritório de vendas de terras e que, na verdade, quem construiu e fez essa cidade “vingar” foram os imigrantes japoneses, italianos e de outras etinias que migraram para cá atras de seus sonhos.

Também informei que a “Praça  da Bandeira” nada tem a ver com o desenho da bandeira inglesa salvo a triste ironia da forma de seu calçamento. Na verdade, não remete à esta bandeira e sim ao FATO de que por esta ter sido construída num momento em que o Brasil passava por um forte sentimento nacionalista, era “norma nacional ” que todos os espaços públicos onde houvessem o Pavilhão Nacional, seus acessos deveriam direcionar ao mesmo e forçar o olhar dos transeuntes para o este elemento de qualquer lado que chegassem. Por isso existem praticamente em todas as cidades, praças com formato semelhante ao da bandeira inglesa. Mas isso não quer dizer que é uma homenagem à esta. Se assim fosse, quantas “pequenas Londres” teríamos de ter espalhadas por este Brasil? Eu que não vou contar todas.

Olhem bem meu caros leitores, qual forma é melh0r que esta para permitir o acesso por todos os lados e trazer para um mesmo ponto central/focal não concordam?

Como eu sei disso tudo?

Simples: foi o meu avô quem desenhou e construiu aquela praça. Minha família chegou aqui em Londrina logo em seu “iniciozinho”. Além de meu avô que construiu e pavimentou grande parte dessa cidade – sim, os paralelepípedos que hoje se encontram sufocados embaixo de camadas de asfalto foram colocados por ele – tem também a minha bisavó que foi a primeira educadora desta vila Londrina quando ainda nem existia escolas por aqui e ela lecionava na garagem de sua residência. No entanto, nem uma escola com o seu nome existe aqui nesta cidade.

Como sempre, a VERDADE dói em alguns pois terão de assumir seus erros e mentiras. Então é melhor deixar quieto, ignorar a verdade e sufocar os que tentam mostra-la. Além de claro, pagar bem para ter matérias jornalísticas apoiando cegamente essas MENTIRAS disseminando a desinformação e deseducando a sociedade.

Mas eu tenho este meu delicioso espaço para poder compartilhar estas histórias com vocês não é mesmo? E melhor: sem sofrer censura dessa gente que só busca desinformar.

Pô prefeitura, faltou um Designer pra fazer o logo?

 

Bom, mas voltando ao tema do tópico, como não sei se meu novo comentário será aprovado lá naquele blog, então vou transcrevê-lo aqui e, claro, acrescentar mais alguns dados já que o espaço me permite isso (e sei que vocês adoram me ler demorada e longamente ahahahah).

Percebo que,

o que tenta ser imposto pelos comerciantes, pela ACIL e pelos publicitários com relação à Lei Cidade Limpa, é uma forma de acomodação. E isso é facilmente percebido pelos “argumentos” postados nos comentários em diversos sites e blogues que vem tratando do “assunto da moda” aqui por estas bandas.

O problema maior? A desinformação que forma a base dessa acomodação.

Ora meus caros, com desculpas como “atrapalhar o trânsito” ou que os clientes “não vão achar determinada loja” entre tantos outros mais no mesmo sentido, só demonstram que vocês não estão dando o devido valor e respeito nem aos seus próprios clientes nem à nossa cidade que os sustenta e abriga.

Para quem tem o costume de ir a São Paulo como eu, sabe perfeitamente que este tipo de argumento é irreal e absurdo. São Paulo continua “andando” e os clientes continuam “achando” o que procuram da mesma forma que antes da lei e sua cidade emporcalhada pelos horrendos frontões sem contudo, provocar qualquer destes “problemas” elencados por vocês  pela web.

A resposta para estas e tantas outras indagações é simples: usar das ferramentas disponíveis no mercado. Principalmente o Design (e suas vertentes lighting, interiores, gráfico e produtos)  buscando uma solução visualmente agradável e dentro da Lei em questão.

São Paulo aprendeu rápido a recorrer a esta ferramenta. Então, porque os londrinenses tem de ficar choramingando e não tratam de aproveita-la?

Não tenho visto grandes alterações até o momento. A maioria das edificações que já tiveram seus frontões retirados, acabaram desnudadas expondo o descaso “por trás das fachadas”.

 

Foto: Lilian Oyama

Para os que desconhecem, a ferramenta mais utilizada atualmente em todo o mundo é o Lighting Design (não é mera iluminação). Este, quando projetado por profissionais especializados, tem efeito muito mais atrativo tanto durante o dia quanto à noite.

Londrina tem edifícios e áreas que merecem um bom projeto de Lighting Design mas o que vemos – aos montes – são aqueles horríveis “splashes” de luzes verdes, violetas, amarelas e assim por diante como se isso desse algum valor ao negócio. Porém o efeito disso – já mostrado em pesquisas – é exatamente o contrário pois, entre outros pontos, além de ofuscar pelo excesso de luz, distorce a marca da empresa ao alterar a sua cor tornando-a, por vezes, irreconhecível.

Já locais – se existem 10 aqui em Londrina é muito – onde a iluminação foi corretamente planejada e projetada, tende a chamar a atenção dos passantes seja pelo destaque focal, pela beleza, pela suavidade, pelo elemento surpresa, pela tecnologia empregada entre tantas outras.

É claro estou aqui “vendendo o meu peixe”, como profissional especializado em Lighting Design que sou, mas sim – e acima de tudo – trazer novos horizontes e educar o mercado e seus gestores.

Também não posso deixar de observar o seguinte:

Dias atrás passando pela rua São Paulo, percebi que numa das quadras a maioria dos frontões já haviam sido retirados. Porém, o que mais me chamou a atenção não foram as fachadas nuas e horríveis pelo descuido do que estava “embaixo do tapete” e sim, a rede elétrica pública emporcalhando e que – agora sem os frontões – acabou ficando totalmente exposta, tornando-se também o ponto focal para o observador.

 

Foto: Lilian Oyama

FICA A DICA:

Se a lei prevê uma cidade limpa, menos agressiva e poluída visualmente então a prefeitura, como gestora principal, tem de fazer a sua parte também.

A ACIL e os comerciantes – mas também toda a sociedade – devem se unir e exigir a imediata (também dentro do prazo da Lei afinal a Lei é igual para todos não é mesmo?) eliminação do abastecimento “aéreo” através dos postes e fiações suspensas através de um projeto de iluminação pública eficiente ( também projetado por especialista e não por uma equipe que insiste em errar nos projetos urbanísticos) incluindo a implantação de cabeamentos subterrâneos promovendo assim o embelezamento urbano de nossa já tão sofrida e deteriorada Londrina que a Lei Cidade Limpa trata.

Se é para deixar a cidade realmente limpa e mais bonita, então que tal encerrar as guerras e dar as mãos trabalhando juntos por isso?

Certamente todos irão ganhar com isso.

Quem passou e quem passa hoje pela rua São Bento em São Paulo (na verdade pela cidade toda) sabe do que estou falando. É uma rua comercial que hoje respira e atrai muito mais clientes do que em sua fase poluída que só atraía marginais, tornando-a um local ermo dentro do centro da cidade. Hoje consegue-se olhar para cima e perceber a cidade que existe acima, coisa que antes era impossível. Também é possível ver a extensão toda da rua o que também era impossível antes. Quando passávamos por lá, a sensação de estar sufocando era constante pois os frontóes de um lado da rua quase se encontravam com os do outro lado em alguns pontos. Isso só era bom para uma coisa: esconder-se da chuva.

Porém, vejam bem nobres empreendedores: agora sem os frontões os transeuntes terão de buscar abrigo onde?

Claro, dentro de suas lojas e isso significa o que?

Heim, heim, heim?

Potenciais vendas inesperadas!!!

Querem coisa melhor que isso?

Estão percebendo como podemos transformar pedras em diamantes? Basta para isso querer e agir?

Embelezamento Urbano é uma soma de ações e, neste caso específico podemos destacar:

A despoluição visual (em todos os níveis e elementos) + A recuperação e renovação urbana + O respeito pela história local + O respeito pela cidade e seus usuários.

Tudo isso tendo como ponto principal o bem-estar e a qualidade de vida urbana.

Portanto, vamos agir com mais serenidade de ambos lados visando esta qualidade de vida que tanto sonhamos e lutamos para mante-la, ao menos, respirando?

Estou aqui à disposição para os empresários que desejarem realmente algo de qualidade e que valorizará o seu empreendimento.

Também estou à disposição da ACIL para conversar com seus diretores e associados sobre o assunto mostrando como o Design pode e deve ser utilizado como ferramenta pró-empreendedorismo e valorização empresarial.

Também estou à disposição dos publicitários para mostrar-lhes como o Design (feito por DESIGNERS REAIS) pode ajuda-los a ampliar o leque de produtos que vocês oferecem agregando qualidade e valorizando os seus produtos para que consigam cobrir as “perdas” provocadas por esta Lei.

Também estou à disposição da mídia para ajudar a apontar o que realmente vale a pena e que seja realmente importante neste e em outros assuntos relacionados à nossa cidade e, principalmente, como o Design pode e deve ser aproveitado para a melhoria e embelezamento urbano e para a vida de qualquer pessoa.

Também estou à disposição para ajudar a prefeitura e a Copel a repensar seus projetos urbanos através do Design, transformando gradualmente a nossa Londrina numa cidade referência não através de matérias elaboradas mas sim com materias que mostrem que aqui realmente se investe em qualidade de vida de forma correta e coerente.

É, estou aqui à disposição.

Alguns vídeos interessantes

Dias atras conversando com uma amiga minha, ela me relatou o problema de uma cliente: um pano de vidro enorme na sala que não sabia como resolver pois a familia reclamava demais daquilo pois tornava a sala totalmente sem condições de ser utilizada durante a tarde toda.

Conversamos, trocamos alguma idéias e, já que o cliente tem $$ para investir, encontrei este produto aqui que vou indicar a ela:

Fantástico para quem tem grandes áreas totalmente fechadas em vidro.

Gosto demais dessas tecnologias todas, especialmente aquelas que favorecem mudar o que se vê, tornando uma fachada em algo inesperado e surpreendente.

Já postei aqui ha algum tempo o da Flare Facade que também gostei demais.

Mas olhando outros vídeos no youtube, encontrei algumas coisas legais:

Aperture é um painel usado em instalações artísticas. Mas dependendo do cliente, especialmente os institucionais e comerciais, pode-se aproveitar esta tecnologia interativa num projeto. Fiquei imaginando isso em RGB…

Olhem que interessante a aplicação dos coolers de computadores nesta instalação.

Olhem só que delícia de brincadeira. Não te lembrou daqueles dias de outono que caminhamos pelas ruas com as folhas voando sobre o chão numa deliciosa dança?

Por falar em voar e leveza, vejam isso:

Impressionante como um simples pedaço de pano e alguns ventiladores podem gerar uma instalação tão bela e poética!

Isso me faz pensar sobre as nossas cidades e como a falta dessa poesia, beleza, do lúdico afetam seriamente a nossa vida cotidiana. Por exemplo, aqui em Londrina temos dois lagos belíssimos e não se vê vontade alguma em fazer algo que ajude a implementar o turismo embelezando estas duas áreas. Quem me dera tivéssemos administradores públicos com boa vontade e, principalmente bom gosto:

Perceberam que isso tudo aí é água?

Pois é, semaninha começando e eu continuo queimando a cabeça com várias coisas ahahah então tou normal.

Abraços e até o próximo post!