Está errado quem pensa que para um bom marketing faz-se necessário um alto investimento financeiro. Existem formas de trabalhar o marketing onde o investimento financeiro é praticamente nulo e o seu talento e esforço pessoal são determinantes.
O desafio pessoal está em utilizar esses instrumentos de maneira correta agregando valor ao seu lado profissional. Depois de ações básicas e nem tão difíceis de realizar, basta realizar serviços e ações de manutenção das ações.
Confira algumas dicas:
Estréia ou inicio profissional
No início da atividade profissional, ações de divulgação mais intensas no mercado têm possibilidades reduzidas de emplacarem. Primeiro, é importante construir uma base comercial, um currículo mínimo de obras, pois de nada adianta se apresentar ao mercado com belíssimos desenhos se você não tem o que mostrar em projetos já realizados. Então, de inicio, busque conseguir trabalhos dentro do círculo familiar, ou nas amizades próximas, completa, mesmo que sejam os famosos “de grátis” (SIC). Os trabalhos efetivados tem mais valor que os criados apenas no papel.
Rede de relacionamentos
Na universidade iniciamos a nossa rede de relacionamentos profissionais. Ela inicia-se junto aos colegas e professores, que são potenciais parceiros em trabalhos futuros. Batalhar por estágios em empresas são outra fonte valiosa de aproximação com integrantes do mercado. Durante os estudos, já deve existir a preocupação em desenvolver o plano de marketing pessoal e a gestão da carreira. Por isso mesmo é importante observar a Matriz Curricular do curso pretendido para verificar se há disciplinas como Gestão e Empreendedorismo. Depois da formação, parte-se para o plano de negócios.
Presença em eventos e vida social
Congressos, convenções e eventos similares são ambientes férteis para ampliação e fortalecimento do círculo de relacionamentos. O designer também pode se dispor a promover palestras ou cursos gratuitos como forma de criar projeção social. E a presença não deve se restringir a reuniões do setor. É necessário manter um bom relacionamento também com advogados, médicos e profissionais de outras áreas. Essas pessoas vão construir casas, reformar, remodelar seus escritórios e clinicas e têm um círculo de amizades que pode acabar favorecendo o designer. Estes contatos são conhecidos como prospects.
Internet
Uma ferramenta de baixo custo e elevado retorno para quem sabe utiliza-la corretamente.
A internet oferece diferentes meios e formas de aproveitamento profissional. A utilização mais habitual concentra-se no desenvolvimento de sites para a sua empresa ou profissionais autônomos.
Porém, existem vários outros recursos que podem ser utilizados e que não necessitam de investimentos altos como é o caso dos blogs.
Uma outra maneira de promoção virtual é a publicação de artigos, no próprio site, blog ou em outros endereços eletrônicos de interesse do público-alvo do designer. Estas iniciativas podem ser gratuitas e a exigência é muito mais por uma disposição intelectual. Vejo muitos profissionais se negando a escrever para blogs e sites por não receberem pagamento pelo trabalho. Mas também vejo estes mesmos profissionais reclamando da falta de clientes, não reconhecimento profissional. Não é preciso esperar que o escritório ou seu nome profissional cresça e seja reconhecido para desenvolver ações nesse sentido, ligadas ao plano de marketing. O importante é desenvolver o plano de marketing para, em seguida, conseguir crescer. No site do SEBRAE encontra-se à disposição um modelo de plano de marketing.
Parcerias
Fazendo uso dos contatos construídos ao longo dos anos, os designers têm, nas parcerias, uma ferramenta poderosa de obtenção de trabalhos. São acordos informais, de ajuda mútua, a serem feitos com outros designers, arquitetos, engenheiros e construtoras. É uma troca mutua de informações, favores, apoios, um indicando o outro. Esta é uma das principais ferramentas de promoção, hoje. Um nível adequado de parcerias por si só é capaz de manter um escritório de design num bom ritmo de atividade.
Força da indicação
Comparada com o recurso da publicidade e da propaganda paga, a indicação profissional traz muito mais resultados ao prestador de serviços do setor. É mais forte a indicação de um designer por um arquiteto ou engenheiro que já está na obra, já tem um grau de relacionamento ali dentro, do que se o proprietário recebesse a informação daquele profissional de design por um jornal, ou outra publicação qualquer, ou ate mesmo por indicação de outra pessoa. Não se faz leilão para contratação de designers. Os clientes gostam de trabalhar na confiança. Ou ele viu sua obra, ou alguém fez uma indicação muito incisiva do seu trabalho.
Manutenção dos contatos
A rede de contatos não existe para ser acessada apenas quando há interesses. A alimentação e manutenção desta precisa ser freqüente, sem que se tente planejar retorno. Se sua rede estiver bem alimentada, o nome do profissional será lembrado quando surgir uma necessidade. O engenheiro Manoel Botelho, que oferece cursos de marketing nos setores de engenharia e arquitetura, sugere que os profissionais se manifestem formalmente pelo menos duas vezes ao ano, por cartas ou e-mails. “Tem que avisar que você está vivo, está atuando, e qual sua especialidade. As pessoas esquecem”, afirma Botelho.
Identidade e comunicação visual
Estabelecer um padrão visual nos meios de contato com os clientes ajuda na fixação do nome do designer ou escritório. A dica se aplica do cartão de visita à placa de obra, passando pelo papel timbrado e pelos desenhos do profissional. “Em tudo que for feito, tem de haver uma marca característica, personalizada com uma lembrança indiscutível”, salienta Manoel Botelho.
Auxílio especializado
Além do próprio consultor de marketing (cuja atuação costuma ser vigorosa nas primeiras semanas e mais aliviada posteriormente), outro profissional especializado que auxilia na divulgação do escritório é o assessor de imprensa. Isso porque a mídia está entre os instrumentos que mais geram resultados aos diversos profissionais, incluindo-se aqui os designers. Temos visto constantemente nomes aparecendo nas publicações especializadas. Estas publicações são fundamentais. Quando você chega num cliente novo e mostra uma obra sua publicada, ele gosta, mesmo que não tenha tido acesso ao material pelas vias normais. Quando a sua intenção for grandes empreendimentos você tem de promover uma ação mercadológica mais ativa. Visita pessoal, deixar um currículo, um portfólio e, no caso de obras de menor vulto, como residências, os veículos de imprensa economizam esse trabalho de campo, na medida em que conseguem atingir diretamente o consumidor final.
Presença na mídia
Quem quiser evitar o custo com a assessoria especializada pode procurar, por conta própria, a interação com a mídia. Procure entrar em contato com a redação dos jornais locais fazendo sugestão de pautas ou até mesmo enviar artigos ou matérias de sua autoria. Podem ser sobre os mais diversos assuntos relacionados ao Design de Interiores/Ambientes. Assunto não falta! Com isso, fatalmente você começará a ser procurado pela imprensa sempre que houver interesse ou necessidade para alguma matéria dentro da tua área.
Outra forma é enviar às revistas especializadas cases de seus projetos e artigos de sua autoria. Envie um a cada três meses e seu nome começará a ser conhecido dentro da redação. Hora ou outra alguém fatalmente entrará em contato mesmo que seja para participação em alguma matéria mais geral. É importante, principalmente nas revistas especializadas, que você estabeleça posições, mostre o que pensa, desenvolva raciocínios e, principalmente, seja capaz de defender as suas idéias e que estas estejam embasadas.
Ética
Todo e qualquer resultado, seja positivo ou negativo, num plano de marketing, estão atrelados à ética do dia-a-dia. É comum vermos um profissional denegrir a imagem de outro para tentar ganhar um cliente, o que demonstra falta de profissionalismo e incapacidade de trabalhar dentro de um sistema organizado. Os clientes percebem manobras dessa natureza e isso fatalmente acarretará em conseqüências desastrosas ao envolvido.
Ferramentas de promoção
Super Dicas!!!
Contatos pulverizados
Busque relacionar-se com profissionais de diferentes segmentos. Todos são potenciais “prospects” clientes e ajudam na propagação de seu nome ou de seu escritório.
Parcerias
Designers com focos distintos de atuação, arquitetos, engenheiros e construtoras podem estabelecer acordos informais em que um indica o outro para trabalhos em geral.
Rede bem alimentada
Desenvolva o hábito de trocar informações com colegas, parceiros e clientes.
Internet
Utilize para criação de um site, blog ou publicação de artigos em endereços de interesse de seu público-alvo.
Comunicação visual
Padronize cartões de visitas, placas de obras, papel timbrado. Isso ajuda a fixar sua marca ou nome no mercado.
Assessoria de imprensa
Contrate para promover seus projetos em revistas especializadas e demais veículos de comunicação.
Texto base: http://fernandaguizi.blogspot.com/
O certo é MARKETING, e não MARKENTING. Saber escrever faz parte disso aí.
Valeu MR.
Fazer as coisas correndo às vezes nos leva a esses erros de digitação.
Vou corrigir.
Olá, estou fazendo o curso de designer de interiores e estava bastante perdida sem saber por onde começar, li seu texto e encontrei dicas bem legais de como começar a trabalhar e ser um bom profissional.
grata pela atenção aos profissionais da areá.
Pingback: Design de Interiores – Por onde começar? | Croquii
Para mim, ler este texto foi um grande aprendizado, sou formada em Design de Interiores pela Unaes-Campo Grande-MS, em 2010, estou fazendo curso de Auto Cad e Arqui-3D e tambem pós graduação, MBA em gestão de projetos, quero me especializar em projetos na área da construção e do design, tendo a oportunidade de ler este texto me ajua a tirar muitas dúvidas e insegurança.
Muito obrigada
Bom Dia!Achei interessante seu artigo. Tenho uma empresa em Pres Prudente que trabalha com pisos de madeira. Temos tido dificuldades em trabalhar com arquitetos e designer de interiores,mas com suas sugestoes, vou trabalhar mais para tentar melhorar o relacionamento cliente e empresa.Confesso que me acomodei e isso talvez por estar a 25 anos no mercado, achei que as coisas nao mudariam e continuariam me indicando. So que aqueles contatos antigos ou sairam do ramo, ou da cidade ou se aposentaram, enfim como vc disse esqueceram de mim.Arquitetos novos estao na ativa e sequer os conheço, designer novos estao atuando e tbm nao os conheço.Quer dizer a situaçao ficou dificil agora e a culpa e minha, quem mandou eu me afastar ou achar que nao tinha pra ninguem.Mas como sempre tem uma luz eu a encontrei em seu artigo. Muito obrigado, mesmo.
Gostei muito do seu artigo. Agradeço por esclarecer vários pontos que as vezes parecem obscuros.
Grato Clara.
abs
Paulo, parabéns pelo desprendimento em dar essas dicas aos profissionais.
Sou uma Designer de Interiores recem formada pelo Senac de Presidente Prudente, adorei o curso e pretendo seguir nesta profissão.
Adorei a sua matéria, são dicas preciosas para quem está iniciando a carreira. Pode ter certeza que me ajudou bastante e irei segui-las.
Um abraço.
Fátima Scombatti.
Parabéns pela grande iniciativa, que de certo estará contribuindo em muito com os novos profissionais na área.
Forte abraço e sucesso.
Adorei essas dicas, pois como muitos recém-formados, estava sem rumo . Obrigada e muito sucesso!!!
Puxa!!!! que alívio ao ler seu texto acima, disciplinando as áreas com suas devidas atividades/funções.
Caro Paulo, infelizmente as faculdades de Arquitetura estão formando jovens sem a mínima vontade de ser o profissional aplauzivel de responsabilidade. Porque será que os arquitetos sempre recolhem as suas responsabilidades na hora que são apontados a um erro na arquitetura, ou um esquecimento. Ninguém responde fui eu!!!! Errei sim! Sempre cai no colo do construtor (que segue a planta) ou…… foi o cliente que pediu!!!!!
Sou Designer de Interiores, e fico horrorizada pelos eventos que presencio. Infelizmente os arquitetos não respeitam nem de longe os Designer de Interiores. Parece que isso é humilhação para eles, pois eles ganharam o numero do CREA!!!! Os Designer de Interiores ainda não são registrados e passam como, acompanhantes na hora de comprar móveis.Mas os arquitetos tb não podem perder essa boquinha. Mas, somos brasileiros, jovens,pais novo e tenho esperança que acordem para a realidade. Se um Arquiteto INTELIGENTE, constitui os primeiros riscos de um projeto junto com um Designer de Interiores, mais da metade da dor de cabeça futura está resolvida. Assim funciona em outros paises de primeiro mundo! Em DUBAI, todos os projetos foram detalhados com Designers de Interiores.Não é preciso comentar mais nada. Pontos de Vistas são pontos de vistas! Parabéns, a você, pessoa inteligente que tem esclarecimento em nosso mercado. Obrigada! Desejo todo sucesso a você!
Esclarecedor!!! ESTAVA sem saber por onde começar…. agora já sei!! Obrigada.
MUITO ÚTIL E EMPREENDEDOR.
SUCESSO SEMPRE E VIDA LONGA…
SDS