Relações de mercado.

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 56 – 2012
“Relações de mercado.”
By Paulo Oliveira

56
As relações de mercado devem primar pela ética acima de tudo. É justamente esta ética que o mantém saudável e competitivo. Se esta base mercadológica é quebrada, teremos então um mercado baseado no “quem dá mais” ou o “salve-se quem puder”.

Se temos clientes que não querem pagar o valor justo do projeto, a culpa de tal situação, dentre outros fatores, pode ser atribuída aos profissionais que não cobram pelos projetos, vivendo à custa de comissões pagas pelas indústrias e lojas em acertos de bastidores e que afetam a todos que estão no mercado.

Conversando recentemente com um grande amigo – e mestre – senti-me como Cazuza quando cantou que “meus heróis morreram de overdose” tamanha a decepção ao ver nominados aqueles que um dia tive como ídolos e referências. Ruíram pelo simples fato de constatar que suas práticas profissionais, de modo geral, são desrespeitosas, especialmente com os colegas de profissão. Nesta conversa pude confirmar que estes só chegaram onde estão graças às artimanhas e negociatas promíscuas que utilizam. Alguns até furtando projetos de outros profissionais. Profissionais que para atender sua gana egoísta e satisfazer seu estrelismo mergulham de corpo e alma nessas jogatinas.

Porém, este ato supostamente bondoso, para ganhar o cliente, esconde tacitamente o fato de que ele está recebendo alguma coisa; afinal, ninguém trabalha de graça. Ora, o ganho ou os rendimentos que este tipo de profissional percebe, advém de comissões – ou RTs – que as indústrias e lojas embutem em serviços e materiais adquiridos pelo cliente e que para eles são transferidos. Ao final das contas, seja qual for a fonte, o profissional acaba lucrando sem se importar que este ato prejudica a seriedade e o respeito pelos quais a profissão deveria ser encarada e respeitada.

Com as comissões, um profissional pode ter um lucro muito acima do justo e real valor que o projeto deveria ter. As empresas oferecem de 3% a 20% de comissão, e tudo depende do valor da compra e, em geral, do renome do profissional.

Neste aspecto, aprofunda-se o prejuízo corporativo para a classe profissional que se rende a segmentações internas: uns lucram 20% por seu status enquanto outros dificilmente conseguem chegar aos 10%.

Assim fica claro como alguns profissionais conquistam vários projetos ao mesmo tempo e, consequentemente, ganham mais espaço na mídia, o que alimenta uma popularidade camufladora de sua voracidade egocêntrica. Não se cobra pelo projeto viabilizado por meio de uma“doação” para aquele cliente ou aquela cidade, enquanto se lucra em acertos de bastidor com uma ou algumas indústrias ou empresas comerciais. Forja-se uma cumplicidade perniciosa para uma éticaque se espera nas relações de mercado.

Outro detalhe igualmente grave deste tipo de prática refere-se à eliminação da livre concorrência, especialmente aquela relacionada com a criação e as ideias que envolvem a elaboração de projetos.

Mais uma vez o prejuízo recai sobre o cliente, que, muitas vezes, ignora tais práticas e tampouco desconfia de que esteja de fato recebendo o melhor produto, ao ser induzido a optar por uma ou outra marca apenas baseado em vantagens. O profissional pode não especificar o melhor produto e deixar de encontrar soluções até mais interessantes técnica e esteticamente. Não é à toa que vemos vários projetos de um mesmo autor com a mesma “cara”.

As indústrias e lojas devem encontrar outra forma de fidelizar seus clientes e especificadores. Ofereçam no lugar das comissões, premiações que não envolvam dinheiro vivo. Uma viagem, por exemplo. Inclusive vocês só têm a ganhar, pois terão muitos outros profissionais na disputa.

Então, temos de decidir: ou optamos por um mercado antiético onde as negociatas de bastidores assemelham-se às politicagens que deploramos ou assumimos práticas pelas quais manifestamos nosso comprometimento ético por um mercado saudável e decente onde todos recebam o devido e igual respeito.

Sobre tendências, revistas, cópias e o “eu” do cliente

Hoje acompanhando meu facebook vi uma postagem da Maria Alice Miller com o link para um texto da Danuza Leão. Fazia tempo que não lia nada dela e, como sempre gostei, fui ver do que se tratava. E não é que ela continua sempre acertando na “boca do estômago” de uns e outros por aí???

Pois bem pessoal, segue então o texto. Sugiro que leiam duas vezes:
1) leitura normal
2) transfira tudo isso para as nossas áreas. Ex: quando ela fala do sapato, imaginem no lugar aquele pendente “da moda” ou outras coisas comuns de vermos por aí.
Volto na sequência.

“Danuza Leão tem razão. Olha o texto que escreveu…
Há muito, muito tempo, bacana era ser nobre; começava pela rainha, depois vinham as duquesas, condessas, marquesas etc. O tempo passou, cabeças foram cortadas, e os novos ricos foram os herdeiros, digamos assim, do que era a elite da época.
O tempo continuou passando; vieram os grandes industriais, os empresários, os donos de supermercado, os bicheiros, os marqueteiros, a indústria da moda, até mesmo os políticos, houve os yuppies e surgiu uma curiosa casta nova: a das celebridades. Desse grupo fazem parte atores de televisão, personagens da vida artística, jogadores de futebol, pagodeiros, sertanejos etc., e começaram a pipocar dezenas de revistas cujo objetivo é mostrar a intimidade dessas celebridades, contando os detalhes da vida (ou morte) de princesa Diana, Madonna ou Michael Jackson.
Quanto mais íntimos e escabrosos, melhor. Nesse admirável mundo novo, a moda tem uma enorme importância, e nesse quesito o que conta -mais que a elegância e o bom gosto- é saber de que grife é cada peça que está sendo usada; quanto custou cada uma todos sabem, já que são tão cultos. Um pequeno detalhe: quando duas celebridades se encontram, mesmo que nunca tenham se visto, se cumprimentam efusivamente.
Antes, muito antes, era diferente: um nobre, mesmo pobre, era respeitado por suas origens, pelo que teria sido feito por algum de seus antepassados. Mais tarde, os homens de negócios eram admirados por sua inteligência, sua capacidade em construir alguma coisa importante na vida. Agora as pessoas são definidas por símbolos, a saber: onde moram, a marca do sapato, da saia, da jaqueta, da bolsa, do relógio, do carro, se têm ou não Blackberry, para onde costumam viajar, em que hotéis se hospedam, a marca de suas malas, que restaurantes frequentam, aqui e quando viajam. Ninguém tem coragem de arriscar férias em um lugar novo, um restaurante que não é famoso, usar uma bolsa sem uma grife facilmente identificável.
Mas quem responder de maneira certa às tais indagações poderá, talvez, ser aceito na turma das celebridades. Acordei hoje falando muito do passado; acontece, vou continuar. Houve um tempo em que mulheres do maior bom gosto apareciam com uma bonita saia e uma amiga dizia “que linda, onde você comprou?”.
Hoje, isso não existe mais, porque as pessoas -aquelas- não usarão jamais uma única peça de roupa que não seja grifada. Outro dia fui a um jantar em que havia umas 40 pessoas, sendo 20 mulheres. Dessas 20, dez usavam sapatos Louboutin, aquele que tem a sola vermelha. Preço do par, em São Paulo: R$ 10 mil. Estavam todas iguais, claro, mas o pior é ser avaliada e aceita pela cor da sola do sapato; demais, para minha cabeça.
O prazer -e o chique, a prova da capacidade de improvisar- era botar uma roupa bonita comprada em um mercado qualquer de Belém, Marrakech ou Istambul, e ser diferente. Hoje é preciso mostrar que folheou a revista que tem a informação do que está na moda e que tem dinheiro para comprar. E os jogadores de futebol e os pagodeiros, que não aprenderam o que é bonito na infância, porque eram pobres, nem na vida adulta, porque não deu tempo, olham as revistas, entram no Armani e fazem a festa, já que são também celebridades.
Não há mais lugar para a imaginação, a criatividade, para uma sacada de última hora, que faz com que uma determinada mulher seja a mais especial da noite. Eu não frequento este mundo, mas de vez em quando esbarro nele sem querer, e é difícil.
Um mundo de clichês; mas como tudo passa, estou esperando a hora de acordar e pensar que essa época não passou de um pesadelo”.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/chris-mello/2010/06/10/danuza-leao-tem-razao-olha-o-texto-que-escreveu/

Voltei.

Então, perceberam as semelhanças disso tudo com a nossa atuação profissional junto à alguns clientes? Também junto à algumas revistas tidas como referência ou “a melhor ou maior” no assunto? Perceberam a futilidade das tendências eliminando a autenticidade e identidade individual?

Já escrevi aqui sobre tendências e aqui e aqui e aqui sobre a péssima influência que estas revistas fazem junto ao mercado.

Repito: arquitetura e design não são meras roupas que podem ser trocadas baseadas em modismos e depois descartadas.

Ambas áreas devem considerar a identidade do cliente e este, por sua vez e em sua grande maioria, deve ter consciência que o projeto vai permanecer ali por um bom tempo devendo acolhe-lo, fazê-lo sentir-se confortável e num ambiente que reflita a sua personalidade, onde ele se identifique.

Não à toa que grandes redes hoteleiras estão investindo pesadamente em modelos (reformas) diferenciados de seus quartos para atender as características individuais de cada cliente. Cada quarto tem um projeto diferenciado, com estilo próprio (e até autores diferentes para cada um deles) e somente é indicado ao cliente após uma breve entrevista para perceber o estilo do mesmo. Isso se deve à grande reclamação dos clientes com relação aos hotéis: ambientes frios, despersonalizados e impessoais onde eles não conseguem se sentir “em casa”. Daí que tantas pessoas odeiam permanecer em hoteis por muito tempo. (eu mesmo não suporto mais que 2 dias).

Assim, ver nas revistas “da moda” as tendências ou fotos das casas das celebridades e querer trazê-las para dentro de nosso lar (ou de nossos clientes) é o pior caminho a ser trilhado pois certamente resultará num fracasso projetual em pouco tempo – assim que o usuário começar a conviver diariamente com aquele amontoado de coisas estranhas.

Devemos considerar que, quando uma celebridade (leia-se cheia da $$) mostra a sua casa nas revistas, ela contratou um profissional que projetou baseado no que ela é na verdade – dado que estas são narcisistas o suficiente para não copiar dos outros e sim impor o seu estilo – e não em cópias disso ou daquilo. Porém a mídia irresponsável (ah essa maldita novamente) acaba por vender o “eu” da celebridade como produto para o consumidor que, ávido por “estar na moda”, compra-os prontamente e só percebe o erro, depois de um tempo (ou pouco tempo) de uso e vê que aquele corpo estranho está mais atrapalhando e incomodando que ajudando.

Portanto, clientes e, especialmente, profissionais é hora de dar um basta nisso tudo.

Não é porque o lustre é da marca tal e custou uma fortuna que ele proporciona a melhor ou mais adequada luz.

Não é porque o sofá da Galisteu é lindo que ele irá atender às suas necessidades ergonômicas.

Não é porque fulano diz que a cor da moda é tal que esta irá refletir ou influir positivamente em seu organismo.

Isso me faz lembrar de uma vez quando eu lecionava em Curitiba quando, no intervalo, rolava na rádio da escola músicas do “É o Tcham”. Desci no pátio e vi uma multidão repetindo a coreografia com perfeição. Quando acabou comecei a bater palmas e diaer: “Parabéns!!! Parecem um bando de cachorrinhos poodles adestrados. Tosos fazendo a mesma coisa. Pula. Se faz de morto. Dá a patinha.” E soltei uma forte gargalhada.

Depois, em sala de aulas, alguns (poucos mas corajosos alunos) me questionaram sobre aquilo. Expliquei que a indústria de massa estava eliminando a identidade individual, formando um bando de seres cada vez mais parecidos uns com os outros onde até mesmo o simples ato de pensar diferente (ou ser) era motivo de bullying. Questionei do porque de quando se ouvia uma das musicas deles a obrigação (aceita socialmente) era ter de dançar exatamente como o grupo e não se podia mais “dançar como eu gosto ou como eu quero”. Eles conseguiram entender o recado e para a nossa alegria (professores e administradores da escola) percebemos grandes mudanças em vários alunos, até mesmo o aparecimento de novos (até então adormecidos) líderes.

Então, vamos parar de palhaçada???

Sejamos sensatos?

Sejamos nós mesmos e vamos respeitar o “eu real” do cliente e não o que ele acha que é ele apenas por estar na moda?

Se você se acha incapaz de fazer o cliente perceber isso, mude de profissão ou volte para a academia pois certamente esta parte de sua formação foi bastante falha.

Compartilhando rapidinho

Algumas coisas que encontrei essa semana na web:

1) a imagem abaixo reflete bem o que acontece com nossos clientes:

Você já parou para pensar sobre isso? Não é apenas uma brincadeira. Dá um excelente tema para TCC.

2) Outra imagem muito boa em tempos de internet (ne verdade uma charge):

#Prestenção acadêmicos. Tem gente que acha que professores e orientadores também não navegam…

3) Por favor gente, se já é ruim quandou ouvimos errado de clientes, pior quando ouvimos de acadêmicos e profissionais:

Tudo bem (OKCT!) que o MEC e o (des)governo federal resolveram destruir de vez a língua portuguesa, mas somos profissionais e lidamos, na maioria das vezes, com clientes com uma educação digamos, um pouco acima da média atual.

4) Foi feito para o Design Gráfico, mas serve muito bem para Interiores/Ambientes:

Pensem nisso quando forem negociar com seus clientes ;-)

5) Um projeto muito legal: The burning house.

If your house was burning, what would you take with you? It’s a conflict between what’s practical, valuable and sentimental. What you would take reflects your interests, background and priorities. Think of it as an interview condensed into one question.

Idéia simples: o que você pegaria, na pressa, se sua casa estivesse pegando fogo?

Fiquei pensando nisso e percebi que esta é uma excelente questão para ser apresentada para aqueles clientes que insistem em carregar toda a tralha para a casa nova ou não se desfaz de cacarecos quando a casa passa por reforma e aí, lá vamos nós ter de resolver onde guardar, enfiar, esconder, socar aquilo tudo (muitas vezes coisas totalmente dispensáveis).

.

Bom, por hora é isso.

Abraços e até o próximo post.

Prospectando clientes

Conversando com a Mônica Fuchshuber – grande amiga e profissional – sobre como trabalhar esta dificuldade de muitos profissionais, ela me mostrou um post de seu blog.

Li, gostei demais e resolvi compartilhar com vocês, com a devida autorização dela.Ela fala sobre a área gráfica, mas percebam que estas dicas podem ser aproveitadas por qualquer profissional, de qualquer área.

Então, segue o texto:

Não sabe como arrumar clientes?

Nesse texto eu conto um pouco sobre a minha experiência nesse assunto. Aqui, eu descrevo as técnicas que eu utilizava na época em que eu trabalhava como “Atendimento” numa agência.

Olá amigos,

Todos sabemos que o melhor vendendor para o nosso tipo de negócio é o famoso boca-a-boca. Cliente indica para cliente, que indica para amigos e assim vai… Uma verdadeira corrente da alegria!

Mas.. O que fazer quando você está iniciando e ainda não tem ninguém para te indicar??
Bem, suponhamos que você já tenha um portfolio bacana, um cartão de visitas simpático, ama o que faz, tenha boa argumentação, etc, etc, etc… O que fazer??

Caçar clientes exige estratégia. Por isso, vou contar um pouco da minha experiência como Atendimento em uma agência de propaganda há alguns anos atrás.

Em primeiro lugar, é preciso adquirir alguns hábitos:

* Ser observador e estar atento às oportunidades: aprenda a perceber quais são as empresas ou pessoas que podem estar precisando do seu trabalho. (Logotipos mal feitos, anúncios ruins, folhetos amadores, amigos que estão abrindo uma empresa…)

* Andar sempre com cartões de visitas no bolso ou na bolsa: (a gente nunca sabe quando vai encontrar um cliente em potencial. Já fiz prospecção na piscina do prédio..!.) Precisamos ser vendedores 24 horas por dia!!

* Ser confiante e entusiasmado: Sim, é preciso desenvolver alguma cara de pau.  E a melhor forma de expulsar a timidez é confiar no próprio trabalho.  Acredite firmemente nos benefícios que suas idéias trarão para o negócio do seu cliente e você vai ver os milagres que isso vai fazer na sua auto-confiança. Seja honesto e se interesse pelo sucesso dele. Seu entusiasmo quebrará muitas barreiras.

De posse daquele hábito observador, comece a procurar a sua “vítima”: pode ser no seu bairro, na sua comunidade, no seu clube, na sua academia. Comece a estudá-la minuciosamente e reúna informações de modo a encontrar qual é a melhor forma de abordá-la.

Um e-mail se apresentando (não é SPAM!!), um telefonema, uma carta, uma visita pessoal..?? Cada caso é um caso e a gente precisa saber adaptar a forma de acordo com cada cliente.

Vou contar um exemplo prático e bem sucedido:

Uma época lá na agência, nós queríamos prospectar uma concessionária de automóveis. Eu conhecia algumas perto da minha casa e comecei a visitá-las. Passava lá como se fosse uma simples compradora de automóveis. Conversava com vendedores, fazia test-drive, pegava tabelas… folhetos…

Observava e fazia perguntas. E numa dessas visitas, olha só! Descobri que uma das concessionárias iria iniciar uma concorrência para mudar a agência de propaganda….!!!!! Bingo!

Foi só descobrir com o vendedor qual era o nome da pessoa responsável e…
No mesmo dia liguei para perguntar se podia participar da concorrência!
Fomos aceitos e…. Ganhamos a conta!

É claro que essa é apenas uma forma de prospectar clientes.  Existem muitas e cada um deve descobrir aquela que melhor se adapte às suas necessidades e ao seu perfil. O importante é que sejamos criativos e saibamos desenvolver uma auto-confiança capaz de driblar as dificuldades iniciais. Acreditem, com o tempo a gente acaba desenvolvendo uma postura extremamente vendedora.
Precisa até tomar cuidado para não virar um chato de galochas.. Risos

Um abraço,

Mônica.

Valeu Mônica!

Tenho certeza de que os leitores daqui vão aproveitar muito as suas dicas e certamente passarão a acompanhar o seu blog também!

#ficadica:

1 – visitem o site dela pois ela realiza um trabalho de primeiríssima qualidade e tenho certeza que vocês irão gostar bastante!!

2 – para as meninas que vão curtir uma praia ou piscina no próximo verão, ela produz cangas lindas com as suas ilustrações!!! E podem ser adquiridas pelo site dela neste link.

Mundo hipócrita

Assista ao vídeo a seguir. Depois leia o que coloco.

Pois bem, o vídeo mostra claramente como as pessoas são hipócritas e misteriosamente “deixam de ser” quando há algum interesse particular em jogo.

No vídeo temos duas situações distintas porém semelhantes e que demonstram claramente a hipocrisia que existe no ser humano.

Primeiro, um ser prestativo, ajuda a comunidade num momento de dificuldade inclusive protegendo crianças. Quando a tormenta passa e esta comunidade não precisa mais de sua ajuda, simplesmente deixam aflorar o que há de mais bizarro no ser que se diz humano: o lado animal, irracional, intolerante.

Depois, hipocritamente, o endeusam. Mas em meio a esse “arrependimento” eis que surge outro diferente querendo participar e, assim como o primeiro, o animal selvagem aflora. Hipocritamente as placas, faixas que levantavam ha pouco ainda permanecem em suas mãos no momento do segundo ato bizarro.

Assim, esta é a hipocrisia do ser que se diz humano. E você tem sido um hipócrita ou um animal irracional e selvagem com seus clientes?

Pergunto isso pelo seguinte: me lembro que ainda na faculdade, em um dos trabalhos desenvolvidos, optei por fazer o projeto de uma residência tendo por base um casal de amigos meus de São Paulo. Dois homens já maduros, sérios, profissionais respeitadíssimos em suas áreas e… gays. Amantes da arte, do design, da música de qualidade, etc.

Pra mim não há problema algum nisso, muito pelo contrário e por isso mesmo resolvi encarar este desafio. Como sempre sozinho pois sempre fui arredio com trabalhos em grupos. Confesso que abusei nas artes homoeróticas, porém não havia uma única peça de cunho ou carater pornográfico.

Lembro-me claramente do momento da apresentação. Teve gente que só faltou enfartar dentro da sala enquanto eu apresentava o trabalho. Outros preferiram fechar seus olhos e orar sei lá pra qual deus intolerante eles servem. Mas cumpri o meu papel firme e forte em meus propósitos, idéias e ideais.

Posto isso, me recordo de tempos atrás numa conversa informal com uma arquiteta evangélica, ela ter me falado que tinha pego um projeto para um casal gay. Até aí tudo bem se ela não tivesse proferido suas “bestialidades homofóbicas insanas” com relação aos dois clientes.

Aí pergunto:

1 – O que vale é só o dinheiro ou seus princípios?

2 – Qual a qualidade e qual o atendimento às  necessidades dos clientes neste caso?

3 – Será que enquanto projeta e constrói, não estaria esta arquiteta “azarando ou rogando praga” sobre estes clientes movida por sua intolerância?

Tudo bem que eu não acredito em pragas, isso é coisa de gente fraca que precisa de muletas para apoiar e desculpar as suas fraquezas. O meu Deus é maior que qualquer coisa!

Mas o que me pega mesmo é onde está a ética deste tipo de profissional. Onde está o respeito deste tipo de profissional para com os seus clientes. Pois assim como ela fez este comentário comigo (e foi de forma irada e jocosa) certamente o fez com outras pessoas.

Digamos que para um profissional racista apareça um cliente afro-descendente.

Digamos que para um cliente homofóbico apareça um cliente gay.

Digamos que para um profissional socialista (ECA!) apareça um cliente milionário.

Entre tantas outras combinações possíveis.

Qual será a reação?

Serão estes éticos e agirão de acordo com os seus princípios?

Ou serão animais irracionais como os do filme acima?

E você, que tipo de profissional é?

Podemos ser pelo social?

“Boa tarde Paulo,

Admiro esta profissão. Paulo por favor gostaria de saber se existe profissionais desta área que faça este trabalho por um preço mais acessível para familias que não tenham uma renda assim tão gordinha (rs). Veja bem, não querendo desprezar a profissão e muito menos este trabalho maravilhoso, digo isto porque me enquadro na questão. Bem que as faculdades poderiam disponibilizar trabalhos extra-curriculares nesta área no último ano de curso com um precinhos bem acessível para famílias de renda mais baixa… Sou de Curitiba, vc saberia informar quem aqui em curitiba faz esse tipo de trabalho? desde já agradeço a sua atenção.”

Recebi este comentário em outro post e não o aprovei para aproveita-lo aqui neste post. Não sei se devo citar o nome mas por via das dúvidas vou manter como anônimo.

Este assunto é muito pertinente e já escrevi em algum post aqui neste blog de forma mais superficial sobre. Porém agora, quero ir um pouco mais fundo.

É bastante comum percebermos nas conversas profissionais altos papos sobre clientes poderosos e cheios da grana com seus mega projetos. Até mesmo durante a formação academica, é comum realizarmos trabalhos baseados em apartamentos e residências destinados à um público alvo bem específico: aqueles que poooodem!!! A formação é voltada para um mercado restrito e acessível para poucos. Então, esse discurso todo, na maioria das vezes, é puro blablablá pois temos de viver com clientes normais. Os professores geralmente não formam seus alunos para a realidade do mercado. Formam um bando de sonhadores, isso sim.

Muito disso tem a ver com as revistas de decoração e um alter-ego comum na classe profissional (designers+decoradores+arquitetos). E não adianta dizer que não pois é sim uma raça petulante e topetuda essa à qual pertencemos profissionalmente. Talvez por necessidades que podem ser motivadas basicamente por duas situações:

1 – vergonha perante a classe (amigos profissionais) em afirmar que trabalham com clientes de classes menos favorecidas;
2 – desconhecimento de um “terceiro mercado” – brincadeira com o terceiro setor, desvalorizado por muitos.

No primeiro caso, temos a necessidade da classe auto afirmar-se constantemente perante a sociedade de que está bem, tem clientes maravilhosos, está com a conta bancária recheada e tal. Tudo isso baseado numa formação errada aliada à um ego gigantesco, megalomaníaco.

Já vi casos em que profissionais soltam nas colunas sociais de que foram pra europa passear quando na verdade, passaram uma semana escondidos em alguma chacara nas redondezas ou alguma praia fora de temporada. Aí só apresentam fotos dentro de espaços e falam que é um restaurante tipico lá nos alpes suíços e blablabla.

Outra coisa bastante comum é percebermos que todos sempre estão bem, cheios de clientes, conta bancaria cheia, montes de TRs recebidas, etc. A verdade é que é pura balela. O mercado, apesar de forte e crescente tem seus altos e baixos como qualquer outro. Tem suas épocas em que não damos conta do volume e outras em que ficamos contando quantas pessoas passam na rua e torcendo: “vai entrar, esse tem que entrar…”

Mesmo o mercado estando em alta, aqueles clientes que aprendemos a trabalhar na faculdade dificilmente irão aparecer pelo simples fato de que os clientes são normais. Aqueles deuses que me darão um lucro MARAVILHOSO, raramente aparecem na verdade. É um ou outro e quando aparecem mais de dois no ano, você está no lucro.

Porém, trabalhar com clientes normais é muito melhor que com esses tão sonhados graúdos por motivos que às vezes custamos a acreditar no que vemos acontecer.

O cliente graúdo tende a desvalorizar o seu trabalho enquanto profissional (já que nem eu nem você é da roda que frequenta as revistas, etc). Choram horrores sobre o preço do projeto e te fazem na maioria das vezes derrubar o preço em quase (ou até mais que) 50%. No entanto, não medem esforços em pagar R$ 30.000,00 num sofá, R$ 1.200,00 no metro de um tecido, R$ 25.000,00 num lustre da moda ou daquela marca bãmbãmbãm e assim por diante. É comum – falando-se de RTs – que eles, em suas viagens, façam compras e não digam que tem um profissional fazendo o projeto ou que especificou a tal da Eames e, assim, bye bye RTs. Isso sem contar que a maioria acha que sabe e entende de tudo, manda alterar coisas sem consultar  profissional, bate o pé dizendo que as obras de Dali são do periodo da renascença entre varias outras coisinhas. O que te resta é um sentimento de frustração, de ter sido usado e abusado enquanto profissional. Ah, e tem também a posterior indicação do “foi feito por”. Esqueça, raramente acontece.

Num meio termo entre o primeiro e segundo casos, temos os clientes normais. Estes são os que mais irão aparecer e existem muitos profissionais que vivem somente do trabalho para estes. São bem mais fáceis de trabalhar. Não vou ser hipocrita ao dizer que eles não choram também por um precinho mais em conta afinal, seus orçamentos são mirrados, geralmente os projetos vem picados – hoje a sala, depois a cozinha, depois o quarto do casal e assim por diante. No entanto, eles percebem quando estão abusando do profissional aí, no máximo pedirão um parcelamento maior. E pagam certinho, sem atrasos e chororôs.

Estes clientes dificilmente interferem no projeto sem consultar o profissional pelo simples fato de que a pouca verba disponível tem de ser muito bem aplicada. Não gastam com fuleirices. Podem até sonhar com aquela seda para o sofá, porém sabem que as crianças irao destruí-la em pouco tempo e que não terão grana tão fácil para substituí-la tão logo. Suas escolhas são mais conscientes e mais práticas. São excelentes clientes.

No segundo caso especificamente, temos aqueles clientes marginalizados pela classe. São os de baixa renda. Aqui entram em cena duas coisas básicas: o lado humanitário e social versus o topete da classe.

No ano passado fui convidado para ministrar uma palestra numa universidade aqui do Paraná e enquanto esperava dar o horário fui ver uma exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do ultimo ano do curso de Interiores. Começava pelos mega apartamentos, claro. Mas, lá para o final da fila estava o que me emocionou, me prendeu a atenção e me fez parar para analisar esta situação específica que escrevo agora: porque não podemos trabalhar com estes clientes? Eles não merecem?

Eram quatro projetos feitos em cima de moradias populares, daquelas de conjuntos habitacionais mesmo. As soluções encontradas pelos alunos para estas micro residências eram mil vezes melhores do que as dos mega apartamentos que eu tinha acabado de ver. Melhores em todos os sentidos, incluindo-se aqui o estético – pra quem pensa que pobre só gosta de coisa feia.

As questões orçamentárias foram esmiuçadas de tal forma que ficava claro que uma familia com renda de R$ 1.500,00 por mês conseguiria dar conta e honrar os investimentos, incluindo os honorários do profissional.

Em um deles, a estudante abriu mão de seus honorários pelo simples fato de perceber a real necessidade da familia em questão e conseguiu, através de doações com empresários, muitos dos materiais – alô Lar doce lar e construindo um sonho!!!

É nesse ponto que escrevo a vocês hoje. Onde está o lado humano e solidário das pessoas?

Em algumas comunidades do orkut, especificamente nas de arquitetura, é comum vermos profissionais sentando o sarrafo nos dois quadros citados acima. O argumento? Nenhum embasado o suficiente que mereça destaque aqui. No entanto, percebe-se que os comentários dizem respeito apenas ao lado estrelinha deles: aparecer na mídia – independente se às custas da desgraça alheia. Lamentável.

Creio que, enquanto profissionais, enquanto seres humanos e pertencentes à uma sociedade temos sim o dever de fazer algo pró bem estar geral, e isto inclui essa parcela da sociedade mais necessitada.

Quantos de vocês já fizeram algum trabalho voluntário para alguma instituição carente? Uma creche ou asilo que necessita de reparos, moveis, equipamentos, etc? Quantos de vocês já se dispuseram, após ter finalizado a compra acompanhando aquele cliente,  chamar o dono da loja e expor alguma situação para ver se e como ele poderia ajudar? Nem que seja com aquele resto de tecido…

Existem mil maneiras de tornar o nosso design algo valioso e que efetivamente seja útil: ajudar a quem precisa. Como podem ver, pode-se doar este trabalho como também cobrar por ele de forma mais branda.

Um outro ponto bastante interessante é que estes micro projetos nos forçam os limites do conhecimento nos obrigando a buscar soluções impensadas em um projeto comum. Pensar uma sala com 12m² é fácil. Pensar em uma com  6m² é muito mais complicado. Pensar e escolher entre varias marcas de pisos e revestimentos pra um cliente que pode pagar é uma coisa. Fazer isso para um cliente que tem o orçamento apertado e que nos força a pesquisar e conhecer novos materiais até mesmo alternativos é outra competamente difrente. Comprar todos os moveis novos é uma coisa. Reaproveitar e restaurar o existente é outra.

Doar eu prefiro  fazer para instituições pois estas realmente necessitam e suas verbas são sempre escassas para cobrir coisas muito mais importantes como por exemplo, remédios, água, luz, alimentação. Até posso doar para alguma família desde que, comprovadamente, estas não tenham a menor condição de pagar pelo trabalho. E tem mais uma coisa: quando estes pagam por algo, valorizam. Quando vem de graça, “cavalo dado não se olham os dentes”.

Você pode cobrar em dinheiro como pode fazer uma permuta: o projeto em troca de algum trabalho que alguém da família sabe fazer.

Você pode realizar um projeto de reforma total ou parcial ou mesmo uma consultoria dando dicas de como melhorar a habitação usando o que eles tem, corrigindo a ergonomia, verificando as instalações e corrigindo os erros.

Isso vai depender de cada cliente, de cada necessidade e de você mesmo. E o melhor: estes clientes sim tem orgulho em dizer que a casa está mais bonitinha, ajeitadinha, aconchegante graças ao seu trabalho, pra qualquer um que perguntar. E, dentro destes “qualquer um”, certamente existem alguns que dispõem de orçamento para um projeto melhor.

Pense sobre isso.

Abaixe o seu topete e deixe o seu lado humano respirar. Se não quer ou consegue fazer sozinho converse com algum colega profissional façam juntos.

TvLeo

A empresa Leo Madeiras, alem de ser um excelente fornecedor na área em questão, é uma empresa preocupada com a qualidade de seus produtos e com a constante qualificação dos profissionais que utilizam seus produtos.

Uma de suas ações nesse sentido é o programa Marcenaria Moderna onde, através de vídeo-aulas, entrevistas e outros procura levar conhecimento a quem se interessar.

Basta acessar o site da TVLeo e assistir os vários vídeos disponíveis.

Por exemplo:

Ou ainda este  que fala sobre as etapas de um projeto e o cuidados no desenrolar do desenvolvimento:

Alem destes tem vídeos sobre ergonomia, ferramentas de trabalho, soluções sob medida,

Vale a pena a visita. Tenho certeza de que vocês aprenderão muitas coisas por lá.

Ou então você pode ir direto à pasta da Leo Madeiras no Youtube onde encontrará todos esses vídeos disponíveis.

Quanto custa decorar?

Bom, um presente para vocês.

Olhando o blog da Maria Alice Miller encontrei este texto abaixo muito interessante. É uma excelente leitura para quem tem dificuldades na hora de negociar com os clientes os valores do projeto. Mas também, um lembrete de que projetar é bem mais que o simples ato de vender uma mercadoria. Isso inclui muitas variáveis que devem ser levadas em consideração antes de soltar o orçamento. É também uma leitura prática para aqueles que, assim como eu, sempre encontram clientes que tentam te forçar a “jogar” um preço sem saber exatamente do que se trata o projeto.

Depois que li o texto, entrei em contato com ela solicitando autorização para posta-lo aqui, o que ela me respondeu prontamente de forma positiva.

Maria Alice é mais uma que, assim como eu, é bastante crítica com o mercado e com o que anda rolando no meio profissional seja no âmbito pessoal ou no relacionado às associações.

Indico a todos a leitura do blog dela – que também entra para a barra de blogs aqui à direita.

Boa leitura!

Maria Alice Miller – dezembro/2008 – www.casacomdesign.com.br

Com a difusão do trabalho dos designers de interiores nos últimos anos através da proliferação de revistas de decoração e também de mostras, muita gente se interessou por ter uma casa bonita, confortável e “na moda”. É um sinal do crescimento do país, interessante tanto para as empresas do setor quanto para os profissionais da área. Contudo creio que ainda há muito a ser esclarecido sobre como é o trabalho dos profissionais de interiores e, dentre as diversas questões que precisam se tornar mais claras, uma das mais importantes, e complexas, são os valores envolvidos em um trabalho de interiores.  Mais que esclarecer quanto aos honorários dos profissionais – que podem variar enormemente, como os de qualquer outro grupo de profissionais liberais – acho necessário tornar mais transparente a “pergunta-chave” com a qual vezes sem conta as pessoas nos abordam: “quanto vai custar?”. Seja uma reforma, uma decoração nova ou um simples acerto num ambiente que não está satisfatório, todo mundo quer saber sobre os valores envolvidos.  Não é uma pergunta fácil de ser respondida, pelo simples fato de que cada projeto é um projeto, cada espaço é um espaço, e cada Cliente é um Cliente. Existem inúmeras variáveis que podem tornar o valor final de um trabalho viável ou inviável para quem o solicitou, mas creio que cabe alertar que estes valores não precisam ser necessariamente os vistos nas revistas e mostras, onde todos se esmeram em apresentar os melhores produtos possíveis, de revestimentos a equipamentos de última geração. Por outro lado, também não se pode pensar que o valor de um trabalho de interiores, que resulte em um espaço esteticamente aceitável, seja tão baixo quanto muitos ainda pensam que seja. Há que ter planejamento e um orçamento preparado para tal, ainda que não se trate de um trabalho muito sofisticado.  A primeira coisa a saber quando se procura por um profissional de interiores, é que prestamos um serviço, e que portanto, não podemos determinar o valor dele sem saber o que vai ser feito. Não é o mesmo que entrar em contato com uma loja que fornece um produto e perguntar qual é o seu valor, mas iniciar um contato com alguém que pode ajudá-lo a transformar sua residência ou espaço de trabalho num espaço muito agradável. Somente a partir do contato com o Cliente e seu espaço é que começamos a analisar diversos fatores que influem no quanto deve ser investido.

Uma das primeiras variáveis avaliadas que influenciam no “quanto” é mesmo o Cliente: seu estilo de vida, seus desejos e aspirações. Muitos olham para fotos de revistas ou espaços de mostras com desejo de se transportarem para lá. Como isso não é possível pois o ambiente que dispomos não é o mesmíssimo da revista ou da mostra, torna-se necessário avaliar com calma o que atraiu a pessoa naquela imagem. É útil mostrar ao profissional que visuais o agradam mas, mais que isso, é importantíssimo ter em mente que o profissional pode auxiliá-lo a ver inadequações que, inicialmente, não foram percebidas. E é necessário ouvir o profissional neste ponto. Um exemplo prático: a cozinha americana, aberta para a sala, é um dos apelos mais fortes dos interiores atuais, mas nem todos sabem que uma cozinha configurada desta forma implica em possuir sala e cozinha sempre arrumadas, (o que pode ser inviável e até bastante incômodo em determinados casos), eletrodomésticos dos mais bonitos (e normalmente de alto valor), e de alta qualidade, para que não contaminem a sala com ruídos, fumaça e odores desagradáveis. Muitas donas de casa se encantam pela imagem e se esquecem que, no seu dia a dia, tal cozinha pode ser na verdade um desconforto mais que um prazer. Portanto, cabe a nós, profissionais que somos, mostrar que o tipo de vida que se leva determina em alta medida a forma como sua casa deve ser configurada. E com isso se determina também o tipo de projeto que será realizado, o que implica num gasto maior ou menor. Se a dona de casa que tem crianças insistir em ter uma cozinha integrada ao living, é possível criá-la com um investimento maior, contemplando ótimos eletrodomésticos e revestimentos adequados para a sala contígua, ou, pelo menos, uma bela porta de correr entre os ambientes, mas certamente será fundamental se preparar para um dispêndio maior do que se fosse realizado um trabalho em uma cozinha e uma sala não integradas.  A segunda variável é o espaço objeto do trabalho. Às vezes as pessoas moram em casas não-definitivas, isto é, espaços por onde se passa, sem a intenção de permanecer nele. Estão neste caso os solteiros, descasados, casais jovens, e uma série de outras pessoas. Em espaços assim, nem sempre vale a pena investir num ótimo revestimento para piso, teto e parede, pois normalmente isto não é valorizado em uma futura venda. Mesmo assim, é possível se ter uma moradia bonita, desde que se saiba em quais peças investir. E, muitas vezes, pessoas que estão em situações deste tipo resistem a procurar um profissional pois entendem que só uma “reforma total” daria bom resultado. Às vezes isto é verdade, mas às vezes não. Somente uma análise da situação pode resolver a dúvida. Nestes casos, a categoria de decoração desejada é de importância capital: é possível ter uma casa elegante com uma base simples, mas torna-se complicado desejar muita sofisticação numa moradia transitória.

O espaço também determina o trabalho necessário a ser executado. Já presenciei situações em que imóveis recém adquiridos tiveram que ser repassados pois o proprietário não possuía recursos para torná-los habitáveis. Algumas obras mínimas devem ser executadas quando se adquire um imóvel antigo e, às vezes, o preço baixo destas servem justamente para compensar as benfeitorias que o novo morador terá de executar, sob pena de não poder ocupá-la. E há quem não se lembre disso e destine todo o dinheiro que possui na compra, não restando nada para as obras fundamentais. Mesmo que não se trate de uma casa antiga, a maior parte das pessoas investe todos os recursos que possuem na compra do melhor imóvel possível, e isso normalmente significa uma ótima localização, espaços amplos, mais vagas na garagem, infra-estrutura do edifício. No entanto, se esquecem por exemplo que, quanto maior o imóvel, mais terá que ser investido neste espaço para torná-lo bonito. Também por este motivo às vezes não é possível transformar o imóvel adquirido na sua “casa dos sonhos”, pois nunca há folga no orçamento mensal para criá-la: o condomínio é alto, as despesas mensais com o estilo de vida são altas, outros gastos consomem todos os recursos do proprietário e realmente não há sobras para investir na casa. Desta forma, na hora da decisão de compra, talvez valesse mais a pena investir em um espaço menor, em outra localização ou um condomínio com menos infra-estrutura, reservando ou prevendo de alguma forma recursos para decoração, mesmo que esta ocorra somente anos após a compra desse imóvel. Claro, este conselho só se aplica a quem pretende ter o interior de sua casa bem arrumado.  A terceira variável para determinar quanto custa decorar é a categoria de decoração pretendida pelo Cliente. Quanto mais simples for o resultado desejado, em geral o valor envolvido na decoração torna-se menor. No entanto, muitos Clientes confundem o que chamamos de “simples” com “barato” e, definitivamente, em design, estas palavras não são sinônimos.

Ocorre que o bom design atende a determinados parâmetros e, no mercado brasileiro, se oferecem muitos móveis de baixo custo e péssimo design. A quantidade de peças com bom design é ínfima, e seus valores costumam ser maiores. É difícil para um profissional trabalhar com móveis mal concebidos e obter um bom resultado em um ambiente, portanto, é preciso investir em peças boas, mesmo que poucas. Ao contrário de outros itens que fazem parte de um espaço – como os revestimentos por exemplo, que existem em profusão de variedade e de preços – móveis e adornos com bom design têm oferta reduzida em nosso país, e isso complica muito nosso trabalho. Às vezes um bom quadro ou uma boa luminária chama mais atenção em um espaço do que tudo mais o redor, e portanto vale investir neste item e adquirir outros com valor menor. Apenas um profissional de interiores sabe como fazer isso, mas às vezes é difícil explicar esta abordagem aos Clientes. E, como resultado, às vezes ocorre de um bom trabalho ficar realmente “menor” ao se fixarem os quadros nas paredes – em situações em que estes não são escolhidos segundo o critério do projeto, mas de acordo com seu valor.

Além destes pontos básicos que implicam fortemente no valor total envolvido num trabalho de decoração, existem muitos outros que são analisados em um trabalho de interiores. Ao procurar por um profissional de interiores é importante que o Cliente seja claro, fale de suas dúvidas, seus desejos, o que espera, o que teme e, se possível, quanto deseja despender. É de vital importância haver um ótimo relacionamento entre Cliente e profissional para que se possa tornar um espaço economicamente viável para o bolso e realmente estético, bem concebido, dentro dos parâmetros do design de interiores.

Pra quem pensa que o trabalho de um designer é fácil….

A coisa mais normal é nos depararmos com clientes que “viajam” em seus “quereres” durante o briefing.

Isso sem contar nas sessões de avaliação e análise onde as alterações são constantes, é um tal de copia da revista tal, ou então aquelas idéias mirabolantes que não sabemos onde vai dar… e sei vai dar em algo…

Este vídeo reflete bem isso.

Imagine você que a placa “PARE” (stop) não exista e um designer foi contratado por uma empresa para desenvolvê-la…

É meus amigos, a rapa é dura rsrsrsrsr

 

MARKETING PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA DESIGN DE INTERIORES

Está errado quem pensa que para um bom marketing faz-se necessário um alto investimento financeiro. Existem formas de trabalhar o marketing onde o investimento financeiro é praticamente nulo e o seu talento e esforço pessoal são determinantes.

 

O desafio pessoal está em utilizar esses instrumentos de maneira correta agregando valor ao seu lado profissional. Depois de ações básicas e nem tão difíceis de realizar, basta realizar serviços e ações de manutenção das ações.

 

Confira algumas dicas:

 

Estréia ou inicio profissional

No início da atividade profissional, ações de divulgação mais intensas no mercado têm possibilidades reduzidas de emplacarem. Primeiro, é importante construir uma base comercial, um currículo mínimo de obras, pois de nada adianta se apresentar ao mercado com belíssimos desenhos se você não tem o que mostrar em projetos já realizados. Então, de inicio, busque conseguir trabalhos dentro do círculo familiar, ou nas amizades próximas, completa, mesmo que sejam os famosos “de grátis” (SIC). Os trabalhos efetivados tem mais valor que os criados apenas no papel.

 

Rede de relacionamentos

Na universidade iniciamos a nossa rede de relacionamentos profissionais. Ela inicia-se junto aos colegas e professores, que são potenciais parceiros em trabalhos futuros. Batalhar por estágios em empresas são outra fonte valiosa de aproximação com integrantes do mercado. Durante os estudos, já deve existir a preocupação em desenvolver o plano de marketing pessoal e a gestão da carreira. Por isso mesmo é importante observar a Matriz Curricular do curso pretendido para verificar se há disciplinas como Gestão e Empreendedorismo. Depois da formação, parte-se para o plano de negócios.

 

Presença em eventos e vida social

Congressos, convenções e eventos similares são ambientes férteis para ampliação e fortalecimento do círculo de relacionamentos. O designer também pode se dispor a promover palestras ou cursos gratuitos como forma de criar projeção social. E a presença não deve se restringir a reuniões do setor. É necessário manter um bom relacionamento também com advogados, médicos e profissionais de outras áreas. Essas pessoas vão construir casas, reformar, remodelar seus escritórios e clinicas e têm um círculo de amizades que pode acabar favorecendo o designer. Estes contatos são conhecidos como prospects.

 

Internet

Uma ferramenta de baixo custo e elevado retorno para quem sabe utiliza-la corretamente.

A internet oferece diferentes meios e formas de aproveitamento profissional. A utilização mais habitual concentra-se no desenvolvimento de sites para a sua empresa ou profissionais autônomos.

Porém, existem vários outros recursos que podem ser utilizados e que não necessitam de investimentos altos como é o caso dos blogs.

Uma outra maneira de promoção virtual é a publicação de artigos, no próprio site, blog ou em outros endereços eletrônicos de interesse do público-alvo do designer. Estas iniciativas podem ser gratuitas e a exigência é muito mais por uma disposição intelectual. Vejo muitos profissionais se negando a escrever para blogs e sites por não receberem pagamento pelo trabalho. Mas também vejo estes mesmos profissionais reclamando da falta de clientes, não reconhecimento profissional. Não é preciso esperar que o escritório ou seu nome profissional cresça e seja reconhecido para desenvolver ações nesse sentido, ligadas ao plano de marketing. O importante é desenvolver o plano de marketing para, em seguida, conseguir crescer. No site do SEBRAE encontra-se à disposição um modelo de plano de marketing.

 

Parcerias

Fazendo uso dos contatos construídos ao longo dos anos, os designers têm, nas parcerias, uma ferramenta poderosa de obtenção de trabalhos. São acordos informais, de ajuda mútua, a serem feitos com outros designers, arquitetos, engenheiros e construtoras. É uma troca mutua de informações, favores, apoios, um indicando o outro. Esta é uma das principais ferramentas de promoção, hoje. Um nível adequado de parcerias por si só é capaz de manter um escritório de design num bom ritmo de atividade.

 

Força da indicação

Comparada com o recurso da publicidade e da propaganda paga, a indicação profissional traz muito mais resultados ao prestador de serviços do setor. É mais forte a indicação de um designer por um arquiteto ou engenheiro que já está na obra, já tem um grau de relacionamento ali dentro, do que se o proprietário recebesse a informação daquele profissional de design por um jornal, ou outra publicação qualquer, ou ate mesmo por indicação de outra pessoa. Não se faz leilão para contratação de designers. Os clientes gostam de trabalhar na confiança. Ou ele viu sua obra, ou alguém fez uma indicação muito incisiva do seu trabalho.

 

Manutenção dos contatos

A rede de contatos não existe para ser acessada apenas quando há interesses. A alimentação e manutenção desta precisa ser freqüente, sem que se tente planejar retorno. Se sua rede estiver bem alimentada, o nome do profissional será lembrado quando surgir uma necessidade. O engenheiro Manoel Botelho, que oferece cursos de marketing nos setores de engenharia e arquitetura, sugere que os profissionais se manifestem formalmente pelo menos duas vezes ao ano, por cartas ou e-mails. “Tem que avisar que você está vivo, está atuando, e qual sua especialidade. As pessoas esquecem”, afirma Botelho.

 

Identidade e comunicação visual

Estabelecer um padrão visual nos meios de contato com os clientes ajuda na fixação do nome do designer ou escritório. A dica se aplica do cartão de visita à placa de obra, passando pelo papel timbrado e pelos desenhos do profissional. “Em tudo que for feito, tem de haver uma marca característica, personalizada com uma lembrança indiscutível”, salienta Manoel Botelho.

 

Auxílio especializado

Além do próprio consultor de marketing (cuja atuação costuma ser vigorosa nas primeiras semanas e mais aliviada posteriormente), outro profissional especializado que auxilia na divulgação do escritório é o assessor de imprensa. Isso porque a mídia está entre os instrumentos que mais geram resultados aos diversos profissionais, incluindo-se aqui os designers. Temos visto constantemente nomes aparecendo nas publicações especializadas. Estas publicações são fundamentais. Quando você chega num cliente novo e mostra uma obra sua publicada, ele gosta, mesmo que não tenha tido acesso ao material pelas vias normais. Quando a sua intenção for grandes empreendimentos você tem de promover uma ação mercadológica mais ativa. Visita pessoal, deixar um currículo, um portfólio e, no caso de obras de menor vulto, como residências, os veículos de imprensa economizam esse trabalho de campo, na medida em que conseguem atingir diretamente o consumidor final.

 

Presença na mídia

Quem quiser evitar o custo com a assessoria especializada pode procurar, por conta própria, a interação com a mídia. Procure entrar em contato com a redação dos jornais locais fazendo sugestão de pautas ou até mesmo enviar artigos ou matérias de sua autoria. Podem ser sobre os mais diversos assuntos relacionados ao Design de Interiores/Ambientes. Assunto não falta! Com isso, fatalmente você começará a ser procurado pela imprensa sempre que houver interesse ou necessidade para alguma matéria dentro da tua área.

Outra forma é enviar às revistas especializadas cases de seus projetos e artigos de sua autoria. Envie um a cada três meses e seu nome começará a ser conhecido dentro da redação. Hora ou outra alguém fatalmente entrará em contato mesmo que seja para participação em alguma matéria mais geral. É importante, principalmente nas revistas especializadas, que você estabeleça posições, mostre o que pensa, desenvolva raciocínios e, principalmente, seja capaz de defender as suas idéias e que estas estejam embasadas.

 

Ética

Todo e qualquer resultado, seja positivo ou negativo, num plano de marketing, estão atrelados à ética do dia-a-dia. É comum vermos um profissional denegrir a imagem de outro para tentar ganhar um cliente, o que demonstra falta de profissionalismo e incapacidade de trabalhar dentro de um sistema organizado. Os clientes percebem manobras dessa natureza e isso fatalmente acarretará em conseqüências desastrosas ao envolvido.

 

Ferramentas de promoção

Super Dicas!!!

 

Contatos pulverizados

Busque relacionar-se com profissionais de diferentes segmentos. Todos são potenciais “prospects” clientes e ajudam na propagação de seu nome ou de seu escritório.

 

Parcerias

Designers com focos distintos de atuação, arquitetos, engenheiros e construtoras podem estabelecer acordos informais em que um indica o outro para trabalhos em geral.

 

Rede bem alimentada

Desenvolva o hábito de trocar informações com colegas, parceiros e clientes.

 

Internet

Utilize para criação de um site, blog ou publicação de artigos em endereços de interesse de seu público-alvo.

 

Comunicação visual

Padronize cartões de visitas, placas de obras, papel timbrado. Isso ajuda a fixar sua marca ou nome no mercado.

 

Assessoria de imprensa

Contrate para promover seus projetos em revistas especializadas e demais veículos de comunicação.

 

Texto base: http://fernandaguizi.blogspot.com/

GRÁTIS!!! – Logotipos, ilustrações e artes!

“Não me peça para dar a única coisa que eu tenho para vender”
(Cacilda Becker)

Aposto que a palavra GRÁTIS do título chamou a atenção, não é? Ah, eu sabia! Essa palavra é mágica! Receber algo bacana sem pagar nada por isso deve ser muito bom…

Nós, designers, (bota aí também os ilustradores e artistas) adoramos o que fazemos. Ninguém entra nessa área sem ter, no mínimo, muuuita paixão pelo que faz (particularmente, além da paixão, tenho um tesão indecente pelo design e um amor quase doentio por fazer arte, desenhar, criar e projetar). Isso leva muitas pessoas a confundir trabalho com prazer.

Nesses quase 23 anos de atuação profissional através do meu próprio estúdio, perdi a conta de quantos clientes, amigos e desconhecidos (!) me pediram logotipos, ilustrações, artes, ‘desenhinhos’ ou ‘pequenos favores’ de graça. A maioria foi delicadamente recusada mas, confesso aqui publicamente meus pecados: já atendi alguns desses pedidos… Tá legal, vou falar a verdade… Já atendi VÁRIOS desses pedidos! (tenho culpa de ter muitos ‘amigos’?) Mas também tenho de dizer que, depois de longo ‘tratamento’  já estou quase curado dessa incômoda patologia!

E, não estou falando de filantropia, pois quando identifico trabalhos sociais bem intencionados, faço questão de atender e ajudar. Falo de pedidos sem remuneração, feitos para atender necessidades pessoais, comerciais e corporativas. Coisa que vai gerar retorno, seja de imagem, de público ou até mesmo financeiro (lucro, grana, dinheiro!!!).

Ao longo desses anos, esses pedidos assumiram as mais variadas formas e vieram disfarçados sob os mais diversos argumentos.
Seguem os mais comuns:

> Não precisa ter pressa… Quando você tiver cinco minutinhos sobrando você faz…
> No momento a grana está curta, mas assim que der retorno a gente acerta!
> Faça esse trabalho de graça e no próximo eu nem pergunto o preço!
> Pagar eu não posso, mas vou divulgar seu nome para todo mundo!
> Você poderá divulgar seu nome junto com o desenho ou colocar sua assinatura na arte!
> Isso pra você é moleza…
> Tenho um amigo que faz de graça mas quero dar a oportunidade para você!
> É uma parceria: você faz de graça agora e ganha lá na frente!
> Faça uns esboços. Se eu gostar a gente acerta um preço.
> Não precisa ser nada muito caprichado…
> Faz aí depois a gente acerta!
> Ah, mais isso é diversão para você! Você faz brincando! (Vai dizer isso para uma ‘profissional do sexo’ para ver o que ela responde…).

Todas essas frases e pedidos me levam a acreditar que essas pessoas que pedem coisas de graça acham que:

> Eu não me alimento, não tenho contas para pagar e meu carro é abastecido com ar.
> Meus softwares são de graça e recebo meus computadores e equipamentos como doação.
> Minha conexão de internet é feita através de telepatia.
> Eu desenho por diversão, crio logotipos por prazer e projeto coisas apenas para ocupar o tempo.
> As idéias nascem na cabeça por geração espontânea.
> O Governo não me cobra impostos.
> Acho livros e material de pesquisa na rua (além de não me cobrarem ingressos em exposições e eventos).
> Recebi uma herança (grana pra nunca mais ter de trabalhar!) e resolvi virar uma espécie de ‘Madre Tereza de Calcutá’ do design e da arte, fazendo apenas caridade…
> Meus fornecedores mandam um enorme carregamento de tintas, pincéis e telas todos os meses (de graça!!!) para o estúdio.
> Meu dentista, meu contador, minha faxineira e todos aqueles que prestam serviços para mim, trabalham por prazer, sem cobrar um centavo!

No ‘mundo real’, porém, a matéria prima do meu trabalho é uma equação muito bem balanceada. Ela é composta de TEMPO (um bem muito precioso!), IDÉIAS (fruto de mais de 30 anos de estudo e uma vida inteira de experiências), PROFISSIONALISMO (coisa rara nos tempos atuais) e CONHECIMENTO (resultado de todos os trabalhos feitos até hoje e de MUITA pesquisa).
Isso tudo tem um valor. O valor que, quando é pago, reverte em benefícios enormes para quem me contrata, gerando muito retorno institucional e financeiro.

Design e arte não são caros. A forma com que se investe neles (pagando por eles) é diretamente proporcional ao grau de seriedade que uma pessoa tem em relação ao seu empreendimento, seu pequeno negócio e sua própria imagem.

(Copyright – Morandini 2008)
www.morandini.com.br