DÉCOR SOCIAL – uma iniciativa que vale a pena apoiar.

decor social

Poucas vezes vi uma iniciativa ligada ao Design de Interiores que realmente chamasse a minha atenção e despertasse o meu desejo real de ajudar. E esta, sem sombra de dúvida, é uma das mais belas que já vi por seu caráter social – uma das funções do DInt que é negligenciada nos diversos níveis: da academia aos profissionais. É um projeto que realmente impacta a vida das pessoas envolvidas sejam elas os profissionais e fornecedores envolvidos mas, especialmente, dos beneficiados.

Apresento a vocês o Décor Social:

A Decór Social é uma Associação sem fins lucrativos com o objetivo de reformar e decorar abrigos que acolhem crianças e adolescentes por meio da mobilização voluntária de arquitetos, designers, decoradores, paisagistas, e com apoio de marcas, lojas, jornalistas, veículos, empresários, formadores de opinião e sociedade em geral.

Esse projeto nasceu da inquietude e indignação de seus fundadores. Da intenção de mudar a vida daqueles esquecidos pela sociedade. De transformar o ambiente em que essas pessoas vivem, despertando sensações, promovendo o bem estar por meio da decoração e elevando a autoestima.

TEM COMO MISSÃO, PROVER A ESSES INDIVÍDUOS UM AMBIENTE DIGNO, UM VERDADEIRO LAR.

A ideia da Decor Social começou lá atrás, a partir da iniciativa de uma de suas fundadoras, a designer de interiores Katia Perrone que, atuando de forma voluntária na Associação Ma. Helen Drexel, fez uma reforma em um dos lares por conta própria. Logo percebeu que, de forma solitária, seria muito difícil fazer a revitalização dos espaços das casas abrigo. Em um encontro com o colega arquiteto Vicente Parmigiani, decidiram fazer um projeto social nos moldes de uma “Mostra de Decoração”, contando com a parceria dos profissionais do portal Diário do Arquiteto, de Simone Goltcher, que voluntariamente se uniram à causa. Assim nascia o projeto DAdobem. Sob a coordenação de Katia e Vicente, foram entregues 03 lares graças a uma grande rede do bem, com mais de 50 profissionais, 180 empresas e fornecedores parceiros.

Com os lares entregues e as crianças e adolescentes tendo suas vidas impactadas pelo novo ambiente das casas, Katia e Vicente decidiram seguir com o modelo de projeto e fundar uma ONG. Convidaram a economista Andrea Bonventi e a designer de interiores Lucy Amicón, e juntos lançaram a DECOR SOCIAL“.

O desenvolvimento dos projetos segue as etapas:

  1. É selecionada a Instituição a ser beneficiada;
  2. Recruta-se os Profissionais e os selecionados participam do sorteio dos ambientes;
  3. Inicia a Campanha de Captação de Recursos via crowdfunding;
  4. Realiza-se a execução do projeto de reforma e montagem dos ambientes pelos profissionais;
  5. Entrega do Projeto finalizado para a Instituição e realização do Evento de Inauguração.

Você pode participar como profissional ou fornecedor, basta cadastrar-se no site. Profissionais doam o projeto e execução das obras, os fornecedores  doando materiais, equipamentos e mão de obra.

As instituições que desejam ser beneficiadas também podem se cadastrar através do site neste link.

Se você não tem tempo ou disposição para ajudar, pode doar dinheiro para o projeto através de e opções que você encontra clicando aqui.

Ou ainda através da campanha de crowdfunding do projeto na plataforma kickante.

Veja abaixo uma sequência de trabalhos já realizados por eles:

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É o tipo de projeto que eu sonho ver espalhado por todo esse nosso país – e até fora – levando alegria, segurança e cuidado a aqueles que tanto precisam. E também amor, MUITO AMOR!

Siga, divulgue a apoie o projeto através das redes sociais:

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Instagram

LinkedIn

Parabéns a todos os envolvidos. O mundo precisa de mais pessoas como vocês. No que eu puder ajudar, estou aqui.

Pela beleza e qualidade do projeto, ganharam um selo com link direto aqui na lateral de meu blog.

Se me pedissem para resumir este projeto em uma frase eu diria que

“É o DInt sendo usado para fazer o bem e levar amor e cuidado a quem precisa!”

Pesquisa: Design de Interiores brasileiro e sua identidade profissional.

Ola meus amigos e leitores!

Solicito a ajuda de vocês neste questionário que elaborei para uma pesquisa que estou realizando.

Fonte: CRED I.

Trata-se da identificação da visão geral que os estudantes e profissionais de DInt tem sobre a área profissional.

ATENÇÃO> Este questionário é destinado APENAS a estudantes e profissionais GRADUADOS (nível superior) em Design de Interiores.

Agradeço aos que puderem responder.

PARA ACESSAR O QUESTIONÁRIO, BASTA CLICAR AQUI.

Att,
Paulo Oliveira

Carta aberta ao Senado Federal.

Prezado(a) Senador(a),

Novamente venho pedir a atenção especial dos Senhores e Senhoras para a nossa causa.

Somos milhares de Designers de Interiores em todo o Brasil mobilizados pela regulamentação da nossa profissão. O PLC 97/2015 já se encontra na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) desta casa aguardando a votação pela mesma.

Precisamos do seu apoio na regulamentação de nossa profissão!

Caso o(a) Senhor(a) faça parte da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), solicitamos que vote favoravelmente ao PLC 97/2015 para que possamos exercer nossa profissão com dignidade. Caso não faça parte desta Comissão, nos ajude junto a seus pares para que votem favoravelmente pela regulamentação de nossa profissão.

Lembramos que essa é uma das atividades que mais cresce no país. Hoje, somos mais de 100 mil designers de interiores formados atuando profissionalmente em todo o Brasil. A cada ano, cerca de 6.500 novos profissionais entram no mercado de trabalho após concluir seu curso de nível técnico ou superior. Aqui no Brasil contamos atualmente com mais de 190 escolas e universidades formando estes profissionais de acordo com as Diretrizes do MEC.

Os trabalhos desenvolvidos por mais de 100 mil profissionais injetam cerca de 60 bilhões/ano na economia de nosso país. Estes números comprovam a importância social e econômica dessa atividade e já justificariam a regulamentação da profissão.

Mas a sociedade exige mais que isso. E nós também.

Queremos assumir, de fato e de direito, os deveres e as responsabilidades inerentes ao pleno exercício de nossa profissão, inclusive o de sermos fiscalizados por um órgão próprio.

Entendemos que esse também  é um direito de quem contrata um Designer: que o profissional seja responsável pelos seus projetos. Trabalharmos com contratos muito bem elaborados juridicamente, resguardando os direitos e deveres do profissional e do cliente bem como a nossa sobre a responsabilidade técnica de nossos projetos. Além disso, consta em nosso Código Civil a questão da Responsabilidade Civil que é indicada em nossos contratos. Mas a Responsabilidade Técnica (registro em órgão de representatividade da classe profissional) faz-se necessária assim como ocorre com as Engenharias (ARTs) e a Arquitetura (RRTs) para que seus conselhos possam, de fato, tomar as medidas necessárias com relação a profissionais que causem danos aos clientes e à sociedade como, por exemplo, a cassação do direito ao exercício profissional assim como acontece com outras profissões em seus respectivos conselhos.

Temos consciência da importância e do papel social e econômico da nossa profissão e o quanto podemos contribuir através de nossos conhecimentos na construção de um País melhor para todos, intervindo e transformando os diversos espaços utilizados direta ou indiretamente pelos usuários sejam estes uma edificação, uma embarcação, uma aeronave, um motorhome, uma praça, enfim, qualquer espaço que necessite de nosso trabalho para implantar, melhorar, revitalizar, atualizar, redestinar e reestruturar os diversos lugares utilizados pelos usuários, tornando-os seguros, funcionais, confortáveis, energeticamente eficientes, ecologicamente corretos e esteticamente agradáveis.

Ressalto também que a nossa área pode – e deve – ser aproveitada no âmbito social onde podemos contribuir no redesign (ou reuso) de residências, comércios, escolas, creches, asilos, orfanatos e todos outros ambientes da população de baixa renda demonstrando, portanto, a nossa responsabilidade social.

Ocorre que somos estamos sofrendo uma perseguição no mercado e na academia por profissionais e Conselhos que não fazem parte da área do Design, inibindo e atuando para impedir que a nossa área se desenvolva plenamente, assim como desenvolveu-se em outros países como EUA, Inglaterra, Alemanha, Japão, Portugal e outros tantos. Somos constantemente acusados de termos cometido erros que provocaram danos graves (desabamentos de edificações, por exemplo). Porém, em nenhum destes sinistros conseguiram identificar – provar – a atuação de um profissional devidamente habilitado em Design de Interiores/Ambientes. Encontram sim, pessoas que se autodenominam designers sem ter a devida formação acadêmica ou oriundas de outras áreas e que utilizam o título profissional livremente exatamente pela ausência da restrição ao uso da mesma. E isso tem provocado danos graves à nossa profissão e aos profissionais.

Para vencer esta árdua batalha e termos direito ao pleno exercício profissional, precisamos que nosso trabalho seja valorizado e respeitado. Infelizmente em nosso país, em áreas técnicas como a nossa, isso somente acontece através da regulamentação profissional que a torna legal perante a Lei. Já somos reconhecidos pelo MEC, MTE e outros órgãos. Porém, precisamos da regulamentação, da legalização jurídica de nossa profissão.

Contamos com o seu voto para que a profissão de Designer de Interiores seja, finalmente, regulamentada!

#RegulamentaJá!

Atenciosamente,

Paulo Oliveira

Designer de Interiores/Ambientes e Lighting Designer.

Lacombeando ou livrando-se das gaiola

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 71 – 2014
“Lacombeando ou livrando-se das gaiola”
By Paulo Oliveira

71

Nada evolui engaiolado. Abra um livro e sua cabeça. Liberte suas ideias. Deixe o mundo entrar.” (Gustavo Lacombe, jovem escritor carioca)

Por que uma coluna sobre LD começar com esse tipo de reflexão? Simples: os conflitos relativos aos direitos de diversas categorias profissionais são criados e alimentados por pessoas egocêntricas e engaioladas. Egos incapazes de olhar as relações de mercado, o mundo além de seus umbigos. Lembra muito a questão da Caverna, de Platão.

Nota-se que as tentativas de argumentação utilizadas por esses, sobre quem pode ou não iluminar a arquitetura, vem de pensamentos engaiolados. Vitruvius embasou muito bem a área. Porém, a humanidade evoluiu, as tecnologias evoluíram, a urbe e a moradia não são mais como naquela época, as necessidades mudaram e tornaram-se mais complexas; a sociedade é outra, mas o pensamento desses não, continua engaiolado lá na época de Vitruvius.

“Fiat Lux!” diz a Bíblia. Oras, se assim ocorreu mesmo, é uma prova de que Deus, antes de tudo, foi um físico. E depois, as diferentes matérias que criaram o Universo também não são arquitetura. Está mais para paisagismo pleno, pois lida com estruturas físicas, químicas, geológicas, biológicas, entre outras, antes que possamos perceber qualquer lastro de fundamento arquitetônico na sua criação.

“Tudo é Arquitetura e tudo depende dela”, afirmam alguns. Mas reagem raivosamente contra a aplicação de uma prova no estilo OAB.

Porém, a verdade é que nem tudo depende da arquitetura, assim como a arquitetura não é capaz de tudo. Nem tudo o arquiteto pode fazer, assim como existem profissionais de outras áreas que podem.

Sinceramente, o resultado prático das normas, resoluções e diretrizes da arquitetura brasileira, seja de mercado ou acadêmica, traz aos atingidos por elas a lembrança e a sensação das piores ditaduras que mancham a história da humanidade. São forjadas nos bastidores, abusando do desconhecimento de muitos para legislar em benefício próprio e, posteriormente, impostas como se decretos fossem, como verdades absolutas. Tudo isso pensado e implantado por esses egos engaiolados. Hitler, Stalin e outros asquerosos dessa estirpe, viviam em gaiolas.

Nota-se que a percepção do todo, por parte desses engaiolados, resume-se à área interna de sua prisão. Ops, gaiola. Ops, zona de conforto.

A Resolução n° 51/2013 é uma prova disso. Foram contra o que a própria Lei 12378/2010 prega. Aquela parte que diz que qualquer decisão sobre atividades compartilhadas deveria ser tomada numa decisão conjunta. Percebe-se que a gaiola é tão absurda que nem a sua própria Lei eles conseguem cumprir e respeitar. Nem as decisões judiciais que derrubaram essa resolução eles entenderam.

Esse pensamento retrógrado continua sendo passado pela academia aos estudantes. Impressiona como profissionais já com anos de mercado não conseguem entender coisas simples que estão ali escancaradas na frente deles, são noticiadas pela mídia, explodem nas redes sociais. Estão cegos para a realidade, pois não perceberam que estão, também, engaiolados.

Mas existem, sim, arquitetos que conseguiram perceber a portinha aberta e libertaram-se. São aqueles que têm a capacidade de ver o mundo com realidades e necessidades multidisciplinares; que reconhecem, em outros profissionais, habilidades e competências que a arquitetura não possui; que rejeitam os desmandos do CAU e não ficam melindrados ou com medo da concorrência, pois sabem que o trabalho colaborativo é o que chega mais próximo da perfeição, e é até mais lucrativo.

Oscar Niemeyer que o diga!

Quem tem medo da regulamentação?

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 63 – 2013
“Quem tem medo da regulamentação?”
By Paulo Oliveira

63
Em minha última coluna escrevi sobre o erro conceitual empregado por alguns profissionais ligados à iluminação, de forma deliberadamente proposital, na tentativa de minimizar e reduzir a área de Lighting Design e, deste modo, sorrateiramente, satisfazer interesses próprios. São grupos que irão, certamente, perder um excelente filão no caso da profissão ser regulamentada. Creio piamente que esta ação tem, em última análise, um único fundamento: o medo.

E quem são estes grupos profissionais que atuam na contramão de uma regulamentação profissional coerente, ética e justa? Não é difícil percebê-los no dia a dia em páginas de renomadas revistas em alguns editoriais. Passo então a elencá-los para esclarecer melhor esta problemática.

Lojistas e fabricantes: com a regulamentação serão obrigados a acabar coma misteriosa transformação de vendedores em projetistas que realizam dentro de suas lojas. Senão resta-lhes contratar profissionais para realizar este trabalho mediante o pagamento de um piso salarial justo ou buscar meios e incentivos para que seus vendedores/projetistas sejam formados e especializados na área e, consequentemente passem a receber o piso salarial justo. Ou ainda – a melhor opção – que parem de oferecer este desserviço à comunidade profissional de Lighting Design.

Universidades: serão obrigadas a contratar profissionais realmente especializados para atuarem como docentes nas disciplinas de iluminação e correlatas nos cursos de graduação e pós-graduação. Há também o fato de que, por força de um Conselho Federal da área normatizando inclusive o ensino, as condições estruturais básicas para o desenvolvimento curricular do ensino atendam exigências de qualidade que poucas oferecem atualmente. Certamente, muitos cursos terão que se reestruturar para atender tais exigências.

Associações: poderão continuar atuando livremente, porém terão de repensar e rever seus estatutos e ações visando a não segmentação ou reserva de mercado para um ou outro grupo de profissionais. É o caso da AsBAI, que será obrigada a acordar o quão umbiguista foi durante todos estes anos.

Profissionais: existem alguns profissionais que se valem da bagunça do mercado não regulamentado para tirar vantagens. É o caso de algumas figurinhas carimbadas que sempre estão na mídia. Sempre eles, sempre os mesmos. Alguns inclusive impedem a realização de grandes eventos de LD aqui no Brasil, pois não desejam que o mundo e o mercado brasileiro conheçam outros profissionais de alta qualidade e competência que existem por aqui. Muitos que não cobram ou cobram valores muito abaixo do mercado. Sim, alguns também estão sempre envolvidos em obras públicas. Não podemos nos esquecer também da gorda comissão recebida por estes, seja dos fabricantes ou do grupo a seguir.

“Politiqueiros”: o que seria dos profissionais acima citados se não existisse este nobre grupo de interesse? É através deste grupo que os profissionais não éticos sambam e sapateiam na cara do mercado e de seus “colegas profissionais”. São os politiqueiros que, através de embustes, forçam projetos e processos onde o apadrinhamento é visível e claro; o desvio de verbas idem. Afinal, sem a regulamentação não há exigências legais para a contratação e esta é livre, sem licitação ou concursos de projetos. Por isso adoto o termo “politiqueiros” e não políticos.

Mas a regulamentação somente acontecerá se partir da união dos profissionais de LD. Já passou da hora de nos unirmos e lutarmos juntos por esse importantíssimo detalhe jurídico para o nosso exercício profissional e a segurança do mercado.

E você?

Tem medo da regulamentação?

Cliente: ser ou não ser?

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 57 – 2012
“Cliente: ser ou não ser?”
By Paulo Oliveira

57
Em visita à última edição da Expolux, surpreendeu-me a visibilidade que esta coluna tem me proporcionado. Em vários estandes fui reconhecido e bem recebido, tendo a grata satisfação de receber os parabéns pelo trabalho desenvolvido aqui. Mas um fato me fez questionar a postura de alguns fabricantes: enquanto na maioria dos estandes eu tenha adquirido os catálogos sem dificuldade, em outros foi impossível, a ponto de ser submetido a situações constrangedoras. Vamos aos fatos:

1 – Nós, profissionais de iluminação, somos clientes assim como qualquer lojista, dado que os lojistas dependem de nossas especificações para gerar grande parte de seus pedidos, e isso, inevitavelmente, repercute na cadeia produtiva até alcançar a própria indústria.

2 – Não somos apenas profissionais generalistas, mas sim especialistas que trabalham especificamente com projetos de Lighting Design. Logo, trabalhamos com materiais fornecidos por esta indústria.

3 – Poucos são os escritórios que, mesmo sem solicitar, recebem comodamente todos os catálogos possíveis. Enquanto para a maioria, suas reiteradas solicitações não são atendidas.

4 – Um catálogo virtual não substitui um catálogo impresso onde acessamos rapidamente os equipamentos preferidos. Não perdemos tempo com busca de páginas, “zoom in” e barras de rolagem bem como temos uma visualização melhor das imagens. Faltam ferramentas para o uso dos catálogos virtuais.

5 – Das indústrias novatas podemos até relevar, mas receber uma negativa de indústrias já reconhecidas e estabelecidas internacionalmente é lamentável.

6 – Pior ainda quando vemos os “clientes lojistas” recebendo e folheando catálogos que estão, segundo os atendentes, disponíveis só na Web.

7 – Enfim, respeito e boa educação sempre são bem-vindos e todos os merecem.

A realidade experimentada em alguns estandes na Expolux 2012: falta de respeito e consideração por nós profissionais que, em virtude de nossas especificações, contribuímos para alavancar e manter acadeia produtiva da indústria.

Mas o que mais me chamou a atenção foi quando um representante não teve escrúpulos em oferecer vantagens para uma parceria direta: alta comissão sobre todas as especificações feitas diretamente com ele. De leve, escrevi sobre isso em minha última coluna.

Talvez, a título de sugestão, penso que seria melhor que o marketing das empresas destacassem os profissionais parceiros em suas webpages ou oferecessem incentivos para promover sua qualificação profissional por meio de viagens ou cursos, sem qualquer possibilidade de transferência de titularidade ou reversão monetária. Assim, penso que os profissionais começarão a negociar com transparência e honestidade o devido valor por seus projetos, e o mercado, por sua vez, virá a nos respeitar também pelo reconhecimento ético da idoneidade que deveremos testemunhar por nossas práticas. Às empresas que ainda apostarem em aliciamentos que profanam e desrespeitam o profissional, vale uma regra justa derivada da lógica de oferta e procura do mercado: este profissional não especifica o produto que não tem valor ético agregado, cliente consciente não o adquire no desenvolvimento do seu projeto.

Para concluir, felizmente há que se reconhecer que no mercado nacional muitas e novas empresas compreendem cada vez mais que sua qualidade está associada com uma ética empresarial necessária em todos os segmentos do processo de produção e comercialização. Estas, talvez não tenham o status das grandes, porém não perdem nada em criatividade, design e qualidade em seus produtos.

ABD> Pauta Unificada

Pois é pessoas, encaminhei este texto à ABD no dia 30/07/2013, às 19:02 horas. Até o momento, mais de um mês depois, não obtive qualquer resposta sobre a mesma.

Dada a gravidade da situação que estamos passando era para a ABD ter se pronunciado de pronto sobre isso, sobre os pontos contidos nessa “pauta unificada”. Mas eles estão preferindo manter as reuniões de diretoria à cada 15 dias apenas. Será que a diretoria não julga esta minha carta (que tem por trás diversos profissionais e acadêmicos em coro) importante?

Ainda aguardando respostas sobre isso. Como perceberão claramente, nenhum dos itens é impossível de se colocar em prática. É só ter um pouco de boa vontade.

Segue o texto.

 

Londrina, 29 de Julho de 2013.

À Mesa Diretora da Associação Brasileira de Designers de Interiores

Considerando,

– As diversas conversas que tenho tido com vários membros de diretorias da ABD, sejam estes da nacional ou das regionais;

– A possibilidade inédita de sentarmos juntos, frente a frente, para debatermos abertamente sobre pontos importantes de nossa área, inclusive as discordâncias sobre a regulamentação profissional levantadas durante o NDesign 2013;

– A clareza de informações que me foram repassadas pela ABD, fato este que até então não havia presenciado;

– A perceptível ação atual, até então inexistente dentro da ABD;

– As pautas debatidas dentro das reuniões de diretoria que tomei conhecimento através da Bianka e numa conversa por telefone com a Renata;

– A visibilidade que tenho junto aos profissionais e acadêmicos de Design de Interiores/Ambientes no país;

– A deprimente e insustentável situação em que nos encontramos após a Resolução n° 51 do CAU que afetou a todos, deixando-nos abalados e preocupados com o nosso futuro profissional;

– E, finalizando, que ficou perceptível que até mesmo vocês, diretores da ABD, sentiram na pele que nem mesmo esta associação poderá salva-los e que, antes de diretores são designers assim como eu.

Elenco abaixo quatro pautas que deverão ser assumidas pela ABD, através de ofício, como compromisso público por parte desta associação, como condição para a minha volta ao quadro de associado.

Ressalto que quando escrevo “eu”, refiro-me a uma quantidade enorme de profissionais e acadêmicos que tem idéias afinadas ou próximas às minhas sobre a nossa área e o que esperamos desta associação.

Lembro ainda que a minha volta à associação trará todos estes “discordantes” para dentro da mesma e que esta pauta não foi definida apenas por mim.

São os seguintes pontos:

1- COMPROMISSO COM O DESIGN

Se, no enfrentamento da grave problemática atual, a ABD quiser levar em sua bandeira o nome da associação em prol da defesa da profissão relacionada ao Design e, por esta razão, tornar-se efetivamente uma associação de designers, deve assumir um compromisso definitivo com a área e a nossa raiz: o Design.

Tenho acompanhado através do site, releases e a página do facebook os chamados de eventos realizados pela Nacional e Regionais e venho percebendo a presença constante de arquitetos-decoradores ministrando palestras, workshops e cursos, além de escreverem para o website da associação sem qualquer atenção específica para os interesses dos profissionais realmente oriundos do Design.

Com tristeza percebi que o último CONAD (e em outros eventos regionais), levaram profissionais que claramente pagaram “jabá” para aparecer na mídia e construir o seu status. Como profissional e pesquisador da área acadêmica e mercadológica, repudio veementemente qualquer ação que acabe por dar eco a todas estas vozes vazias, sem uma contrapartida significativa para o apoio e desenvolvimento da atividade profissional dos autênticos designer que deveriam ser representados e cujos interesses resguardados.

Temos aqui no Brasil uma quantidade imensa de profissionais e acadêmicos produzindo conhecimento específico em nossa área e que não encontram espaço para disseminar e compartilhar os resultados de suas pesquisas e dos inúmeros trabalhos que desenvolvem. A ABD, como única associação de nível nacional, tem o dever moral e ético de proporcionar este espaço.

Ainda neste aspecto, sugiro a todos os diretores da ABD a leitura do livro “A Linguagem das Coisas” de Deyan Sudjic. Tendência não é Design, ela apenas faz parte dele, uma pequeníssima parte. E os eventos tem sido pautados nisso. Sei que muito disso se deve aos patrocinadores. Mas somos criativos e temos como apresenta-los sem que fiquemos reféns de um marketing eventual e oportunista.

Numa perspectiva teórico-prática, na forma de estudos e pesquisas, carecemos de uma autêntica produção do pensamento em Design que nos permita construir o nosso estatuto epistemológico sem o qual nossa profissão continuará indefinida ou, como acontece, com infinitas definições que se contradizem.

Assim, para que possamos alinhavar a partir da multiplicidade de saberes, numa perspectiva interdisciplinar, um referencial epistêmico articulador das práticas de pesquisa e das diversas formas de atuação profissional de nossa área, deverão ser convidados profissionais – da área do Design e de outras correlatas – que contribuam clara e efetivamente para a produção deste conhecimento teórico-prático em nossa área.

Cabe ressaltar que muitos destes profissionais descompromissados com nossa área se lançam na mídia como designers, entretanto, ao observarmos seus projetos constatamos que pouco ou nada se vê de Design de Interiores nos mesmos.

Por exemplo: pagar jabá em uma empresa para enfiar uma mesinha de torno que qualquer aluno de 5° ano produzia quando ainda existia técnicas industriais na escola, não é fazer Design, é enganação.

Outro exemplo: se for para falar sobre iluminação, que seja feito por um lighting DESIGNER e não por um arquiteto que trabalha com iluminação sem ter a devida especialização, salvo raríssimas exceções.

Esta ação não exige estrutura nem recursos, portanto deve ser implantada imediatamente.

2- APOIO/INCENTIVO/FOMENTO.

Junto de Bianka, Ana Eliza e Cátia participamos do NDesign 2013, realizado entre os dias 21 e 28 de julho em Salvador-BA. Não me causou estranheza a surpresa que elas tiveram por não conhecerem este evento e sua importância, não obstante o porte grandioso do mesmo. Afinal, para mim (e muitos mais, incluindo alguns de vocês) é fato que a antiga ABD não se importava e nem estava interessada em divulgar, apoiar, participar e incentivar eventos especificamente voltados para profissionais do Design e outras iniciativas desta natureza.

Um ponto que ficou bastante claro – creio que Ana e Cátia perceberam melhor por terem participado do evento por mais dias – diz respeito à estrutura do mesmo e os problemas que aconteceram. Todos estes problemas ocorrem por absoluta falta de apoio de associações e instituições de ensino que se mostram indiferentes para a importância de eventos como esse.

Longe de manifestar uma atitude arrogante, mas simplesmente explicando o processo e reforçando tudo que a antiga ABD sempre preferiu ignorar, nossa área conseguiu entrar na pauta do NDesign graças ao trabalho desenvolvido por mim por longos cinco anos junto ao órgão realizador do mesmo. Foram incontáveis conversas, trocas de e-mails, horas e mais horas através do Skype negociando, explicando corretamente sobre a especificidade e o significado da área do Design. Neste aspecto, esclarecendo dúvidas e cutucando (importunando sim) para que abrissem ao menos uma palestra para que pudessem ver a nossa área através de um profissional originário dela. Foi o meu trabalho realizado no NDesign 2012. Após isso, o Design de Interiores/Ambientes passou a fazer parte da pauta do NDesign, temos garantida a nossa área daqui para a frente em todas as edições. E ressalto ainda que, a ABD só foi convidada com meu apoio, numa tentativa de verificar in loco a real mudança de rumos que esta associação diz que está tomando.

Só ressaltando, o NDesign é o evento de caráter nacional. Mas existem também os RDesign que são os regionais. Geralmente acontecem de 5 a 8 R’s por ano espalhados pelo Brasil e nestes também a nossa área já está pautada.

Mas somente este evento não basta. Neste último NDesign estiveram presentes apenas 4 acadêmicos aqui de meu estado (PR) de nossa área. De minha região, nenhum. Tem estados que possuem cursos e nenhum acadêmico foi participar.

Assim, considerando que a ABD tem realizado eventos nas regionais que são claramente mais destinados aos profissionais e/ou com atividades únicas por edição proponho:

Que a ABD assuma o compromisso de realizar uma vez por ano, em cada diretoria/secretaria regional, um evento de um dia com uma grade voltada exclusivamente aos acadêmicos produzindo ao final de cada uma publicação mostrando os trabalhos realizados e os resultados dos mesmos.

As atividades deverão basear-se na parte teórica/pratica descartando tudo que for relativo a tendências e modismos. Deve ser um espaço democrático com pauta debatida e definida junto à comunidade acadêmica (alunos) e que sirva também – na forma de comunicações e painéis – para a apresentação do que vem sendo produzido de conhecimento dentro das universidades no campo das pesquisas, na graduação e pós-graduação.

Todo o programa do evento deverá ser envolver exclusivamente convidados devidamente habilitados (legalmente) em Design.

Sei que esta atividade necessita ser estruturada e serão necessários recursos. No entanto, sei também que há como uma associação buscar as verbas necessárias através dos governos em suas três esferas.

Por haver esta necessidade de estruturação, este compromisso não precisa ser executado imediatamente, mas os estudos e analises para tal devem ser iniciados imediatamente.

3- PRÊMIO JOVENS TALENTOS

Conforme já escrevi acima, nossa profissão irá permanecer incerta se não alinhavarmos e construirmos o nosso estatuto epistemológico. E este só se concretiza através de conhecimento debatido e produzido nas pesquisas acadêmicas e do pensar sobre a área. Assim proponho:

Que no Premio Jovens Talentos seja inserida a categoria Teoria. Esta categoria deverá contemplar dois segmentos: projetos de pesquisa e artigos relacionados à produção teórico-prática que fortaleça o discurso epistêmico sobre o Design. Ou ainda, incentivar o Design como objeto de pesquisa para além de suas ramificações.

Vejo com tristeza aqueles cursos que deixam de lado o pensar a área em favor de abordagens meramente técnicas que se reduzem ao projetar exaustivamente. Enquanto isso, temos profissionais de outras áreas falando sobre a nossa área e temos, consequentemente, uma enxurrada de desinformação na mídia e nas rodas de conversas. Enquanto permitirmos que outros pensem e falem por nós, não conseguiremos ser o que devemos ser.

Acredito que, ao abrir esta categoria de premiação, as IES irão repensar este assunto dentro de seus cursos e passarão a favorecer essa linha educacional. Vale ressaltar aqui que o MEC infelizmente baixou uma resolução onde as IES privadas ficam livres para definir se haverá ou não produção de artigos durante o curso e se haverá TCC ao final dos mesmos. E já sei de muitas IES que aboliram estas duas coisas. Isto não é um absurdo, é uma aberração!

Aponto ainda que uma das maiores dificuldades nos cursos de formação acadêmica em nossa área é o de encontrar profissionais da área de Design que sejam de fato preparados e aptos para o exercício da docência porque simplesmente não os temos à disposição. Há concursos para contratação de docentes cujas vagas são preenchidas por arquitetos, pois não aparecem designers nas inscrições. Todavia, não podemos ser ingênuos. Esta carência de docentes formados na área de Design acaba trazendo aos cursos de formação específica em nossa área profissionais despreparados e descompromissados para o desenvolvimento do Design de Interiores/Ambientes. Deste modo, muitos cursos de formação acadêmica específica em nossa área, além de ser coordenados por estes profissionais, trazem no seu corpo docente um número reduzido de designers. Isso gera um círculo vicioso: nos concursos públicos ou nos processos seletivos de contratações, acabam privilegiando outros profissionais e não propriamente o designer.  Ressalto ainda que muitos destes arquitetos-professores insistem em menosprezar e minimizar a nossa área. Estou atualmente fazendo uma complementação curricular para o mestrado em 2014 e ouvi de uma arquiteta-professora que “vocês pensam que são o que para querer ousar trabalhar o jardim da casa? Vocês tem que ficar contentes com as plantas dos vasos internos e só que servem para isso.”. Isso eu já venho berrando em meu blog há anos e ainda continua acontecendo.

Nos diversos eventos que tenho participado e nas palestras que tenho ministrado sempre me deparo com muitos acadêmicos que vêm ao meu encontro com a seguinte pergunta: “como me tornar um professor após a faculdade?”. Tem muita gente querendo isso, até mesmo profissionais. E estamos deixando isso passar em branco.

Acredito que inserindo esta categoria, os acadêmicos passarão a cobrar de seus professores e coordenadores que abram esta disciplina, ou ao menos um espaço para isso, dentro dos cursos para que eles possam participar do prêmio. Aí entrará também a Comissão para Assuntos Acadêmicos da ABD que terá o papel de incentivar isso junto às coordenações de cursos.

Devo também ressaltar que as parcas produções científicas que temos em nossa área ficam isoladas dentro das IES e não são levados ao conhecimento do universo acadêmico nacional. Já presenciei pesquisas idênticas tanto em cidades próximas quanto em distantes. Alias carecemos de iniciativas que objetivem a articulação das instituições universitárias, sobremaneira de cursos de pós-graduação, e quiçá no futuro algo como Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Design, à semelhante de outras áreas, por exemplo, como o CONPEDI para o Direito, ANPEPP para a Psicologia, ANPOF para Filosofia, ANPEd para a Educação, ANPOCS para Ciências sociais e tantos outros, os quais fortaleceram a produção de pesquisa em seus respectivos domínios.

Inicialmente pode-se colocar como premiação apenas a participação em algo como um “Anuário Teórico do Design de Interiores” à ser editado e publicado contendo os trabalhos selecionados/premiados. Posteriormente pode-se avançar e buscar fomento para premiações maiores. Como acadêmico sei o valor que uma publicação oficial tem no currículo de um profissional, especialmente aqueles que querem manter-se dentro da área acadêmica.

Outro detalhe muito importante é que este trabalho irá fatalmente incentivar aquele que será o grande alicerce de nossa profissão: a abertura de mestrados e doutorados em nossa área.

Sei que esta atividade necessita ser estruturada e serão necessários recursos. No entanto, sei também que há como uma associação buscar as verbas necessárias através dos governos em suas três esferas.

Como este trabalho exigirá logística e recursos, não precisa ser executado imediatamente, mas os estudos e analises para tal devem ser iniciados imediatamente.

4- REGULAMENTAÇÃO

Entendendo que as Comissões do Congresso Nacional, por onde o PL de regulamentação terá que tramitar, são constituídas para implementar aqueles ajustes e alterações necessários para que a publicação da Lei seja justa e coerente. Portanto, este é o momento exato para que estas sejam debatidas e realizadas.

Entendendo também que qualquer alteração necessária à Lei após a sua publicação deverá passar por todo este trâmite e nos custará muito tempo para que estes ajustes sejam realizados, atrapalhando, inclusive, a implantação do Conselho Federal de Design de Interiores pois terão que ser feitas antes deste ato, pauto o último compromisso:

Que a ABD trabalhe junto com o Deputado Ricardo Izar visando a abertura de audiências públicas dentro destas Comissões para que possamos realizar estes ajustes juntos, de forma democrática e franca.

Tais alterações que concluímos necessárias, após analise dos resultados da mesa que tive com a Bianka são:

– A retirada do termo “não estrutural” do texto da Lei. Deixar o texto livre nos possibilitando pensar e propor alterações. O parágrafo único do Art. 6° faz a ressalva de que somos obrigados ao acompanhamento de profissionais habilitados no caso do inciso IV. Obviamente isto remete que, em qualquer alteração estrutural que se fizer necessária em um planejamento ou proposta necessária para a solução do problema do espaço visando a usabilidade do mesmo, deveremos contar com o acompanhamento de um profissional habilitado para efetuar tal alteração.

Portanto, que se retire a citação ao inciso IV e em outros dentro do PL e se faça uma alteração indicando, neste parágrafo único, que qualquer proposta fora de nossas atribuições devem ter o acompanhamento de um profissional especializado na área tratada.

– Algumas alterações e inserções no texto da justificativa –  o qual, após a publicação, torna-se o substrato conceitual da norma e, deste modo, sua referência hermenêutica – que, tanto na presente produção da lei, quanto na sua futura aplicação, impeçam interpretações equivocadas. Neste sentido impõe-se desvincular-se da área da arquitetura exclusivamente de modo a inserir elementos que nos abram outros mercados que não se reduzam aos objetos arquitetônicos (Ex. embarcações, motor homes, aeronaves e outros).

Apenas isso.

Com este compromisso teremos a certeza de que a ABD realmente está de “cara nova”, ou melhor ainda, “com a verdadeira cara dos Designers de Interiores/Ambientes”, sem máscaras e democrática.

Com este compromisso teremos a certeza de que podemos confiar nesta nova ABD.

Com este compromisso iremos finalmente acreditar que podemos nos unir em torno de nossa causa em comum: a nossa profissão.

Encerrando, quando me desassociei da ABD o fiz motivado por muitas insatisfações relacionadas às posições das antigas diretorias desta associação que, creio eu, todos vocês conhecem muito bem. Era uma associação que não passava para os associados e os não associados qualquer credibilidade no tocante à representatividade e tampouco na luta real pelos interesses inerentes ao nosso exercício profissional. Assim como eu, muitos profissionais se desassociaram da ABD pelos mesmos motivos que eu. Porém existe uma multa cobrada por esta associação para quem deseja voltar a ser associado. Assim, julgo justo, que esta associação promova uma anistia com relação à esta multa para todos os ex-associados que voltarem para a ABD.

Atenciosamente,

Paulo Oliveira

Trabalho final da pós

Escrever-Rápido1

É pessoal, finalmente terminei meu artigo da pós em Iluminação do IPOG. Já foi devidamente entregue, corrigido e liberado para publicação.

Bem diferente dos trabalhos que tenho visto sendo publicados onde o foco são os projetos, parti em outra direção: uma análise do mercado profissional brasileiro, associações e ações ilícitas destas últimas, especialmente a AsBAI.

O trabalho consiste na construção de uma cartilha informativa sobre o Lighting Design. Esta já é uma idéia antiga que eu vinha amadurecendo em conversas com o Valmir Perez e outros profissionais da área.

Segue então os arquivos em PDF:

– Artigo: Cartilha informativa sobre Lighting Design

artigo_apresentação_cartilha

– Modelo inicial da Cartilha

cartilhaLDfinal

É sempre bom lembrar que eu não sou designer gráfico, portanto a apresentação da cartilha é apenas uma ideia.

Espero que gostem (a AsBAI sei que não vai gostar nem um pouco ah ah ah) e que dele surjam novos movimentos profissionais e acadêmicos.

ABD e a tentativa de golpe na Regulamentação

Pois é meus amigos. Conforme prometido está aí o texto do tal PL de regulamentação profissional que a ABD está tentando enfiar no Congresso Nacional depois de arrogantemente e arbitrariamente retirar a nossa área do PL de regulamentação do Design.

Segue o texto que recebi por e-mail do Jethero Cardoso. Os grifos e numerações entre parênteses são meus para marcar minhas considerações após o texto.

PROJETO DE LEI Nº……………DE 2012

Regula o exercício da profissão de designer de interiores e dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art.1º  Esta lei regulamenta a profissão de designer de interiores, estabelece os requisitos para o exercício da atividade e determina o registro em órgão competente.(1)

Art. 2º É livre o exercício da atividade profissional  de designer de interiores desde que atendidas as qualificações e exigências estabelecidas.

Art.3º O exercício da profissão de designer de interiores, em todo o território nacional, é privativo dos portadores de:

I – diploma de curso superior em Designer de Interiores, Composição de Interiores e Design de Ambientes expedido por instituições regulares de ensino; (2)

II – diploma de curso superior em design de interiores, expedido por instituições estrangeiras e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação.

III – dos que, possuidores de outros cursos superiores em áreas afins, tais como, Arquitetura, Desenho  industrial, Artes plásticas e outros similares, venham exercendo, comprovada e ininterruptamente, à data da publicação desta lei, as atividades de designer de interiores  por, pelo menos, dois anos. (3)

IV – dos que, tenham sido diplomados como técnicos em decoração ou designer de interiores  ou tendo concluído  o segundo grau e vêm exercendo comprovada e efetivamente, à data da  publicação desta lei, as atividades de designer de interiores, por um período mínimo de três anos, com credenciais expedidas por associações de classe estabelecidas no território nacional.

Art. 3°  São atividades do designer de interiores:

I  – planejar e organizar espaços, visando o conforto e a estética, a saúde e a segurança do ser humano em qualquer de suas atividades, idades ou condição física.

II – estudar e projetar os espaços conforme os objetivos e necessidades do cliente, seguindo normas técnicas homologadas pela ABNT de acessibilidade, ergonomia, conforto lumínico, térmico e acústico.

III  – elaborar projetos de interiores, sistemas e equipamentos, mobiliário e objetos de decoração de interiores e  exteriores e responsabilizar-se pelos mesmos;

IV – elaborar plantas, cortes, elevações, perspectivas e detalhamento de elementos construtivos não estruturais.

V – especificar mobiliário, equipamentos, produtos, sistemas de automação, telefonia, internet, eletro/eletrônicos e segurança, providenciando orçamentos e instruções de instalação.

VI – selecionar e especificar cores, materiais, tecnologias, revestimentos e acabamentos .

VII -comprar produtos, sistemas e equipamentos, após cotação e aprovação pelo cliente.

VIII-  Administrar compras e fluxos organizacionais, gerenciar obras e serviços, manter o orçamento dentro dos valores previstos ou submetendo ao cliente qualquer alteração para prévia aprovação.

IX – planejar  interferências de espaços pré-existentes internos e externos, alterações não  estruturais, circulações, abertura e fechamento de vãos;  (4)

X -promover eventos relacionados a área de design de interiores ;

XI  – fornecer consultoria técnica referente ao design de interiores e exteriores;  (5)

XII – desempenhar cargos e funções em entidades públicas e privadas relacionadas com ao design de interiores;

XIII – exercer ensino e fazer pesquisa, experimentação e ensaios;

XIV – fazer produção técnica especializada, para cinema, tv, shows, eventos, cenografia e produção fotográfica.

XV  – estudar o comportamento humano  e preservar os aspectos culturais que os constituem.

XVI – (13)

Art. 4º  Compete ao designer de interiores,  na execução do projeto de interiores:

I  – especificação de materiais de revestimento, aplicação e troca dos mesmos;

II  – especificação, montagem, reparo, substituição e manutenção de mobiliários e equipamentos;

III – alteração de forro e piso através de rebaixamento ou elevações;

IV  – planejamento hidráulico, elétrico, eletrônico, luminotécnico, telefônico, de ar condicionado e de gás;

V –criação desenho e detalhamento de móveis;

VI  – criação de elementos avulsos para complementação do projeto;

VII – planejamento de paisagismo e jardinagem

VIII  – planejamento e interferências de espaços pré-existentes internos e externos, alterações não  estruturais, circulações, abertura e fechamento de vãos;  (4)

IX – especificação e disposição do mobiliário, observando normas técnicas de ergonomia, conforto térmico, acústico e lumínico visando o conforto e a saúde do usuário.

X -formalizar  a prestação dos serviços em contrato escrito, que estabeleça  as fases do projeto de interiores , prazos, honorários contratados e as formas de remuneração, as responsabilidades do profissional e todas as demais cláusulas necessárias à transparência , objetividade e descrição dos direitos e obrigações das partes no transcorrer da prestação de serviços.

XI – certificar-se de que os produtos e serviços que oferece e/ou indica são adequados aos fins propostos.

§ 1º Na execução do projeto, o designer de interiores deverá prestar assessoria técnica, exercendo as seguintes atividades:

I – coleta de dados de natureza técnica;

II – desenho de detalhes e sua representação gráfica;

III – elaboração de orçamento de materiais, equipamentos, instalações, prestadores de serviços especializados e mão-de-obra;

IV – elaboração de cronograma de trabalho, com observância de normas técnicas e de segurança;

V – fiscalização, orientação, acompanhamento e coordenação do projeto nas instalações, montagens, reparos e manutenção;

VI – assessoramento técnico na compra e na utilização de materiais, tecnologias,  móveis,equipamentos, adornos e objetos de arte;

VII – responsabilidade pela execução de projetos compatíveis com a respectiva formação e competência profissional;

VIII – condução da execução técnica dos trabalhos de sua especialidade.

IX -Gerenciamento da obra observando organogramas e fluxogramas.

§ 2º –  Na execução dos itens, IV e VIII, do “caput” deste artigo o designer de interiores deverá ter o acompanhamento de técnico responsável  especializado.  (6)

Art. 5°  O projeto de interiores é de autoria exclusiva do designer de interiores, que o assina, e de sua inteira responsabilidade, quando o executa.

Art. 6º  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O Design de interiores já é uma profissão amplamente reconhecida pela sociedade, por todas as  mídias,  pela indústria, pelo comércio e por inúmeros profissionais prestadores de serviços que trabalham em parceria com o designer de interiores. Este exercício profissional  vem sendo utilizado pela sociedade há mais de cem anos com o objetivo de se viver melhor. (7)

O design de interiores projeta ambientes atendendo, através de seus saberes específicos, o Ser Humano em qualquer espaço onde aconteça a atividade humana, de uma sala de estar a qualquer das tipologias que o trabalho exigir, em escritórios, indústrias, hospitais, nos transportes  e em outros espaços,  em qualquer de suas idades, de um recém nascido a um ancião, todos precisam de cuidados especiais, sob qualquer condição física em que o ser humano possa se encontrar ou com qualquer deficiência física.

Neste sentido, o trabalho do designer de interiores atinge a todos seres humanos que circulem, habitem ou trabalhem em um determinado ambiente, independente até de sua classe social ou condição financeira.

Todos nós, seres humanos precisamos viver com conforto físico e estético, com respeito a nossa  cultura e em condições  que preservem nossa saúde e felicidade, é este o eixo fundamental da atividade profissional do designer de interiores.

O designer de interiores,  a partir da década de 60 do século XX vem tendo um aprimoramento contínuo em seu processo de formação  profissional,  através de conhecimentos técnicos, cursos de reciclagem e pós graduação, seminários e congressos nacionais, pesquisas e permanente atualização dos aspectos da evolução tecnológica, que fazem parte da vida contemporânea .

Desta maneira, vem ampliando continuamente sua atuação num  mercado, cada vez mais complexo, visando sempre o bem estar, o conforto, a estética, a saúde e segurança de quem o contrata.

O profissional habilitado tecnicamente no desempenho de sua profissão contribui para a humanização de grandes e pequenos espaços, como creches, hospitais, praças, fábricas etc. Recuperação e conservação de espaços históricos, através do restauro de ambientes e bens culturais.

De acordo com levantamento realizado pela ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores) em 2011, durante o VI Encontro Nacional de Professores e Coordenadores de cursos de design de interiores, realizado pela ABD em Itú S. P. obtivemos os seguintes e expressivos números:

O Brasil conta com 92 cursos de design de interiores em nível superior (Bacharelados e Tecnológicos) com 17.678 alunos e 1.477 professores.

Soma-se a formação universitária  os 90 cursos de técnicos em design de interiores com 10.080 alunos e 874 professores.

Totalizando um numero significativo de estudantes de design de interiores no Brasil,  27.678 estudantes e 2.351 professores em 182 escolas regulamentadas pelo Ministério da Educação e pelas Secretárias Estaduais de Educação no ensino técnico.

Temos mais de 50 títulos nacionais de revistas especializadas em design de interiores nas bancas de jornais, vários programas de tv  e inúmeros artigos publicados diariamente nos jornais de grande circulação sobre a área de design de interiores. (8)

O Brasil realiza através das mostras; Casa Cor (26 anos), Mostra Artefacto (21 anos), Morar mais por Menos( 8 anos) e Casa Black(2 anos) a maior exposição de design de interiores do planeta, envolvendo a indústria, o comércio e a prestação de serviços para apresentar ao público, diferentes maneiras de ocupar os espaços interiores que envolvem da mais sofisticada tecnologia  ao artesanato mais puro das raízes culturais brasileiras. (9)

Não podemos mais desprezar ou ignorar esta atividade que movimenta  de acordo com o DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços) R$ 60 bilhões de reais por ano, distribuindo riqueza por entre grandes e médias indústrias e pequenas empresas de marcenarias e prestadores de serviços autônomos, como pedreiros, pintores, encanadores, eletricistas, gesseiros, artistas plásticos, lustradores, marceneiros, serralheiros, jardineiros etc.

Com a regulamentação da profissão dá-se condições ao designer de interiores  para exercer a profissão na sua amplitude de seus direitos e deveres. Permite ao profissional participar de licitações públicas, candidatar-se a cargos específicos em empresas públicas ou privadas, e prestar serviços àquelas que exigem documentação profissional.

Não é demais lembrar que o  trabalho profissional do designer  está também intimamente ligado à saúde e à segurança da população.

O exercício por pessoas ou profissionais de outras áreas não qualificados, sem conhecimento técnico de ergonomia, de iluminação, acústica e conforto térmico, das normas técnicas homologadas  pela  ABNT e de outros aspectos relativos à segurança, pode acarretar danos irreparáveis à saúde do  usuário.

A Medicina do trabalho identifica as causas da infortunística* mas é o designer de interiores o profissional que esta apto a projetar e executar projetos de interiores que evitem doenças como:  a Tenossinovite, Tendinite, Epicondilite, Bursite, Miosites, Síndrome do Túnel do Carpo, Síndrome Cervicobraquial, Síndrome do Ombro Doloroso, Cisto Sinovial, Doença de Quervain , que somadas são a segunda maior causa do afastamento do trabalho no Brasil.

*De acordo com Lorenzo Borri a Infortunística é a parte da Medicina legal que estuda os acidentes de trabalho ou “o conjunto de conhecimentos que cuida do estudo teórico e prático, médico e jurídico, dos acidentes do trabalho e doenças profissionais, suas consequências e seus meios de preveni-los e repara-los.”

A lesão corporal, a perturbação funcional, a irritabilidade, depressão e estresse podem ser evitadas através de projetos de design de interiores que transformem os ambientes de trabalho em espaços com cores e revestimentos agradáveis, com conforto acústico, térmico e lumínico, com mobiliário ergonomicamente adequado as atividades desenvolvidas, são estes o fatores que constituem os  ambientes saudáveis para o trabalho.

O Brasil possui duas grandes associações de profissionais a ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores) fundada em 30 de outubro de 1980 com escritórios regionais em  Salvador, Porto Alegre,Curitiba, Brasília, Goiana, Vitória, Rio de Janeiro, e AMIDE (Associação Mineira de Designers de Ambientes de nível superior) afiliadas a IFI (Federação Internacional de Designers de Interiores)e mais uma série de associações de profissionais regionais.

Propõe-se, atualmente, a regulamentação das profissões via negocial, onde as regras e condições de trabalho de natureza profissional seriam demarcadas por intermédio do entendimento entre os interessados. (10)

Argumentam os defensores desta ideia que seria improdutivo fazer da negociação coletiva o grande instrumento jurídico para criar normas e condições de trabalho e, ao mesmo tempo, continuar preservando as regulamentações  de profissão pela via legal. (10) 

Não é demais enfatizar, porém, que a regulamentação legal de uma determinada profissão integra a tradição de nosso ordenamento jurídico, como o confirmam as diversas leis e dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho.

Teve seu início na década de trinta  do século passado, com a finalidade de disciplinar certas profissões, a fim de garantir ao cidadão a prestação qualificada de bens e serviços.

Nesse contexto, insere-se a regulamentação do exercício da profissão de designer de interiores num mundo  globalizado, onde a qualidade e a excelência de bens e serviços vem  se sofisticando cada vez mais, os profissionais da área de design de interiores  devem ter habilitação especializada, pois a organização dos espaços interiores, residenciais, comerciais, culturais e institucionais requerem procedimentos projetuais sofisticados que envolvem a somatória de diversas especialidades.

Conforme disposto na Constituição Federal (art. 5º, inciso XIII) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Observando os limites impostos pela Constituição, a situação dos designers de interiores exige medida legislativa, a fim de corrigir omissões e lacunas no ordenamento jurídico, que tem prejudicado a atuação desses profissionais em todo o território nacional.

A atividade  do designer de interiores está relacionada com à do arquiteto, sem, contudo, confundir-se com ela. A C.B.O. (Classificação  Brasileira de Ocupações) realizada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego, identifica distintamente as profissões de designer de interiores (código 2629) e a de arquiteto (código 2141) e também os técnicos em design de interiores de nível médio(código 3751).

Ocorre que a falta de regulamentação da  profissão de designer de interiores leva a dúvidas quanto ao livre exercício profissional  desta atividade e uma série de argumentos pré-conceituosos  e de ordem legal são colocados através dos CREAs para inibir e restringir o exercício profissional. (11)

Hoje os processos de formação profissional em curso no Brasil habilitam com qualidade os profissionais ao pleno exercício da atividade.Para tanto, a proposição que ora apresentamos tem o objetivo de esclarecer as atividades  e responsabilidade dos designers de interiores, diferenciando-a explicitamente das exercidas pelos arquitetos.

Observamos, que não se propõe reserva de mercado. Ao contrario, busca-se a expressa autorização legislativa para que os designers de interiores possam atuar em um campo que equivocadamente , tem sido em nome da lei, e protegido por ela, convenientemente  atribuído somente aos arquitetos e isto sim, se configura em reserva de mercado e contraria a legislação em vigor. (12)

Por entender que a regulamentação da profissão de designer de interiores virá em benefício não somente da categoria  mas, principalmente, dos usuários dos serviços,  pedimos aos nobres Pares apoio para a aprovação deste Projeto de Lei.

(1) Vai ser assim? Todos enfiados no mesmo saco como se fossem a mesma coisa? Sem distinção entre arquiteto decorador, decorador e designer? Manterão “interiores” para continuarmos enjaulados entre 4 paredes e as partes internas das edificações dificultando a nossa contratação por clientes que necessitam de projetos internos e externos tendo de optar por dois profissionais distindos (1 para interior e outro para exterior) ou um que faça as duas coisas nos fazendo perder clientes?
Hummm…

(2) No meu caso (e em casos atuais), o nome do curso é Decoração de Interiores porém a matriz curricular é a mesma de Design de Interiores/Ambientes. Isso se deu por ingerência e arrogância do ex-coordenador do curso (um arquitrouxa) que odiava a ideia da existência deste curso e destes profissionais. Eu já tenho experiência de sobra para entrar por “tempo de atuação” mas como fica esse pessoal que está se formando nos cursos de “Decoração de Interiores” que ainda existem hoje cujas matrizes são de Design?

(3) Só dois??? Os decoradores que nunca estudaram instalações prediais e sempre largam isso nas mãos de outros profissionais serão DESIGNERS??? A madame que nao tem o que fazer e começa a “dar um tapa” na decoração da propria casa, depois da filha, depois de uma ou outra amiga, faz um curso livre de Decoração e se tiver mais de dois anos de “atuação profissional em DECORAÇÃO vai ser DESIGNER?? Difícil heim…

(4) Porque não podemos PROPOR alterações estruturais visando a melhoria e adequação dos espaços para os usuários? Pensar, analisar o problema e propor soluções que envolvam alterações estruturais é uma coisa, realizar a alteração é outra bem diferente. Para isso existem as parcerias profissionais onde, quando necessário, existe um profissional competente para realizar estas alterações chamado ENGENHEIRO CIVIL que é quem ficará responsável por esta parte. Por isso eu inseri a observação n° 13, que explicarei abaixo.

(5) Já que falam em interiores e exteriores, porque não assumem de vez a nomenclatura mais adequada que é AMBIENTES libertando-nos de vez do estigma setorizado (melhor dizendo, ENJAULADO) de atuação profissional?

(6) Porque se não tem nada demais nisso? No item IV estamos executando o que fomos “treinados” para fazer na universidade. No item VIII, é uma tarefa normal na execução de obras. Salvo no caso de alterações estruturais, aí sim entra a necessidade de acompanhamento técnico, preferencialmente de engenheiros. Propor é uma coisa, executar é outra.

(7) Surtaram? O que existia ha 100 anos era Arquitetura segundo os decanos da Arquitetura e, para os mortais, um tipo de “arrumação” que foi o princípio da Decoração. Ou será que este surto é mais uma compra de briga com os arquitetos? A 100 anos mal se falava em DESIGN, que é a matriz de onde viemos. Antes de propor algo nesse sentido, vocês deveriam cobrar das IES que apoiam e “validam” seus cursos que produzam mais materiais em teoria e história sobre a área pois ainda não existe bibliografia sólida sobre isso aqui no Brasil.

(8) Vamos lá, me diga 1 revista ou programa de TV ou encarte de jornais que seja realmente especializada em Design de Interiores/Ambientes. O que temos é um monte delas que mistura arquitetura, design, decoração e artesanato como se fosse a mesma coisa. “Cafofo da Cráudia” vir dizer que é especializada em Design é uma piada de mau gosto aliás, eles nem sabem o que é DESIGN! Isso é uma mentira! O que as revistas mostram é apenas uma pequena e irrisória parte do nosso trabalho e, muitas vezes também, trata-se de ARQUITETURA. É um total desrespeito com a nossa área profissional. Estas revistas só servem para confundir o mercado.

(9) Da totalidade de ambientes das mostras que acontecem no Brasil, se contarmos 2% dos ambientes que são (ou foram) realmente projetos de Design de Interiores/ambientes é muito. É pura decoração, arquitetura e exposição de peças de design e lançamentos de produtos. Outra coisa que distancia as mostras do Design é que predominam tendências, estética, luxo… os elementos do design ficam para trás e em muitos espaços não se observa absolutamente nada dele. É um surto coletivo de mediodridade conceitual que somente prejudica o mercado.

(10) ATENÇÃO AQUI=> Isso me soou assim: olha aqui deputados, isso é somente entre nós (ABD) e vocês parlamentares.  SE, e somente SE houver a necessidade de ouvir alguém de fora, somente serão os por nós indicados e que “rezem a nossa bíblia”. Muito ético, muito  transparente, muito respeitoso com os profissionais não é mesmo? No entanrto vale lembrar-lhes que vivemos numa DEMOCRACIA onde o arbitrarismo (normal para vocês) não tem espaço.

(11) Opa pera lá!!! Onde estão o CAU, IAB, AsBEA e outros ligados à Arquitetura que são quem realmente nos enchem o saco com suas sandices??? Os engenheiros NUNCA nos causaram problemas.

(12) Poxa, até que enfim aparece isso vindo pela ABD. Uma pena que esse discurso somente ficará no texto de defesa deste projeto. Pois SE a ABD fosse séria, já teria lançado inúmeras notas e campanhas sobre este assunto, mas mantem-se calada como se nada disso acontecesse. E tem mais, direito adquirido não é significado de reserva “ilegal” de mercado, portanto este argumento dos arquitetos é falacioso e criminoso.

(13) De acordo com o item 4 acima, o correto seria a existencia do seguinte texto: “planejamento de alterações estruturais visando a melhoria dos espaços/ambientes adequando-os às necessidades dos usuários.”

Minhas considerações finais:

Está, de modo geral, bom o projeto. Porém é mais salutar e ético e ABD deixar os designers de interiores/ambientes em paz e ficar apenas com os arquitetos decoradores e decoradores como seus membros. Já que não nos respeita em nossa especificidade que pare de nos usar porcamente.

Também, revogar a ação idiota de alteração do nome e voltar a ser Associação Brasileira dos Decoradores, já que de designers, nunca foi nem nunca será.

Outra coisa, este texto está ótimo sabe para que? Para depois da regulamentação do DESIGN ele servir para regulamentar a área dentro do Conselho de Design, assim como acontecerá com as outras áreas suprimidas do PL de regulamentação do DESIGN. Mas claro, aproveitado por NÓS, verdadeiros DESIGNERS e sem ingerência desta associação tosca e vendida.

Vi várias vezes em comunidades e fóruns pela web, o pessoal mais ligado ao CAU elaborando planos para regulamentar Design de Interiores através deles, dentro do CAU. Mas o primeiro passo seria a extinção dos cursos de Design de Interiores aqui no Brasil. Isso é só uma parte das sandices que vi pela web.

Também alerto para o fato de que um amigo meu de Brasilia me informou que tem um deputado negociando com o CAU a inserção da área dentro do conselho, já com um projeto de regulamentação em mãos.

INADMISSÍVEL!!!!

Já vi várias afrontas do CAU e outros órgãos da arquitetura sem que a ABD se pronunciasse, deixando parecer para todos que eles estão certos.

Se a ABD quiser seguir em frente com isso, terá de alterar este projeto para Decoração (o nome da associação também) eliminando atribuições dos designers e arquitetos. Estes são apenas alguns pontos de discordância e existem ainda muitos outros que corroboram a posição de vários profissionais verdadeiros da área e nos embasam inclusive, juridicamente, para barrar essa tentativa de golpe contra a nossa profissão.

Então é bom a ABD parar com esse processo, pois de estudantes à profissionais, enfrentarão uma batalha que jamais imaginaram contra essa tentativa descabida de golpe contra a nossa profissão pois de profissionais a estudantes, serão muitos os que se levantarão contra esta associação.

Já existem grupos formados e observando o andamento de tudo isso. Não há nenhum vinculo desta ação com qualquer outra associação. São grupos compostos por acadêmicos e profissionais formados em Design de Interiores/Ambientes revoltados com o descaso, desrespeito e falta de transparência e ética da ABD.

Na próxima semana estou pedindo minha desfiliação da ABD e vou sim postar em meu blog, mais uma vez, o porque da decisão. Associado, entende-se que eu concordo com as atitudes dela. Por mais que eu diga que não e afronte-a em meu blog e redes sociais de nada adianta.

Por duas vezes a ABD tentou comprar o meu silêncio oferecendo-me vantagens. Mas não me deixo comprar, não sou sujo.

Um exemplo disso foi quando “surtei” (novamente) meses atrás e lancei um post ácido e critico contra a ABD, o pessoal entrou em contato comigo me convidando para ser colaborador para palestrar, ministrar cursos, escrever artigos para o site, etc… desconfiei… e realmente não passou de uma tentativa de me comprar/calar pois nunca mais entraram em contato.

Por falar nisso, comentei (sem saber quem era ou se havia alguma ligação dela com a ABD) com uma colega de profissão sobre isso e ela literalmente teve um piti em publico, surtou porque “como a ABD convida pessoas sem ao menos me consultar, pedir minha aprovação? Sou eu que mando nisso lá dentro!”. Foram as palavras dela… Prova de que tudo não passou de mais uma armação imunda da ABD na tentativa desesperada de comprar o meu silêncio.

A ABD não passa de ilusão, de um reininho cor de rosa onde os pseudos reis e rainhas intercalam-se no poder para manter sempre a mesma coisa nojenta, inescrupulosa e ineficiente. Usam-na apenas como trampolim profissional e social através da mídia que compram. E os idiotas associados aplaudindo cegamente e bancando toda essa palhaçada sem questionar nada ou, quando questionam, não recebem qualquer resposta. No máximo recebem uma resposta de que a diretoria analisará a situação e enviará um parecer que. Bem sabemos,  NUNCA vai chegar tal resposta. E afirmo isso por experiência própria.

Então é isso. Taí a porcalhada que a ABD está tentando fazer nos bastidores.

Siga-a e aplauda-a quem for idiotizado ou acéfalo.

Eu tou fora.

Especialista, prático ou oba-oba?*

Engraçado o uso do termo oba-oba no título deste texto? A meu ver, creio que ele tem muito a dizer a respeito do mercado de Lighting Designers brasileiro. Por este termo designo tudo aquilo que é feito valendo-se do jeitinho brasileiro que algumas pessoas usam para burlar leis, aproveitar-se de situações.

Para trabalhar com Lighting Design, não basta apenas um curso superior de arquitetura, engenharia ou design. Sabemos que os alunos saem desses cursos despreparados e crus em algumas áreas por causa do todo que engloba um projeto. O que vemos na academia não passa de um esboço em disciplinas estanques do que é trabalhar com iluminação. Grande parte dos formandos desses cursos receberam seus canudos sem saber nominar as lâmpadas, quiçá usálas corretamente. Culpa do desinteresse do aluno? De uma instituição universitária particular irresponsável ou de uma pública negligente?

Esses egressos, sem qualquer especialização, vão engrossando o coro do oba-oba, e só fazem repetir conceitos e discursos aprendidos na academia ou então, dissimuladamente, apoderam-se de fragmentos de discursos alheios lançando ao vento frases de efeito. Forjam uma aparente “expertise” para vender um produto que desconhecem. Isso, de certo modo, depõe contra a seriedade profissional e formação especializada de autênticos Lighting Designers.

Temos um outro grupo, que podemos denominar como práticos, formado por vendedores e instaladores. Dentre esses, alguns, pela seriedade de sua atuação profissional, tornaram-se “experts” no assunto iluminação. Conhecem profundamente o todo que compreende este universo. São profissionais capazes de elaborar projetos complexos e, por vezes, os vemos resolvendo projetos de profissionais formados nas lojas.

Por fim, temos o grupo dos especialistas, aqueles que aliaram sua experiência profissional ao necessário aprendizado teórico-prático em cursos especializados sérios. Mas existem alguns que, mesmo com estes cursos, saem sem aprender ao menos o básico. São aqueles que pensam na especialização apenas como um livro de receitas prontas. Culpa de quem? Deles ou de uma incapacidade decorrente de uma formação generalista realizada em instituições universitárias? De ambos?

Por outro lado, temos de reconhecer aqueles (poucos) que enfrentam seriamente a especialização, incansáveis na pesquisa diária e conscientes da necessidade da formação contínua, não apenas para conhecer melhor, mas compreender os porquês, entender os conceitos e suas inter-relações, conhecer profundamente os equipamentos e sistemas e como eles se constituem e se articulam para atender às demandas dos projetos.

No entanto, esses profissionais acabam encontrando inúmeras dificuldades em estabilizar-se no mercado por causa dos erros cometidos por outros. Culpa de quem isso tudo?

Culpa nossa, Lighting Designers. Culpa das associações profissionais que dizem nos representar e que na verdade só promovem ações inócuas e fragmentadoras, geralmente,visando defender apenas os interesses de sua diretoria. Com toda certeza, culpa também do descaso dos parlamentares reféns de lobbies corporativistas.

Enquanto não tivermos a nossa profissão devidamente regulamentada através de um projeto sério, feito não apenas por associações, mas por um processo democrático, transparente e público, que envolva todos os profissionais, continuaremos com este quadro.

E você acha que não tem nada a ver com isso?

*Coluna “Luz e Design em foco” da revista Lume Arquitetura ed n° 54.

Eu só queria uma luzinha*

Esta frase é, sem dúvida, a que mais ouvimos. Em geral, de clientes ou de profissionais afins que, numa tentativa de alguma vantagem, acabam por menosprezar o conhecimento e o trabalho do Lighting Designer (doravante, LD). É justamente com este tema, que abro minha coluna, aqui, na Lume Arquitetura.

Quando esta frase vem de um cliente, respondo algo como “então chame seu eletricista, que poderá colocar tantas luzinhas quantas você quiser”. Deste modo, levo o cliente a repensar e compreender a seriedade de um projeto de Lighting Design. Para alguns, em geral, com uma divertida ironia, retruco algo mais complexo como “meu primo médico me falou que precisarei passar por uma cirurgia, pois tenho colecistectomia. Então coloco a luzinha que quer e você me opera ‘na faixa’, pode ser?”

Uma boa parte da clientela, por mais que ignore o assunto em questão, sempre tenta levar alguma vantagem econômica – geralmente motivada pelos altos custos envolvidos – no projeto global. Porém, o cliente, ao contratar um LD, direta ou indiretamente, deve reconhecer a importância do trabalho deste profissional e das implicações do projeto a ser desenvolvido.

No entanto, é absurda esta frase quando vem de outros profissionais afins que poderiam se tornar parceiros em projetos. Muito comum receber ligações ou e-mails pedindo dicas sobre iluminação de seus projetos. Recuso-me a dar dicas gratuitas e proponho uma consultoria para o desenvolvimento do projeto. Não me surpreendo quando não recebo qualquer resposta.

Na possibilidade desta consultoria, ainda na negociação, muitos me fazem sentir como uma mercadoria num leilão às avessas: quem dá menos? É comum ouvir frases recorrentemente usadas na tentativa de baixar os custos (claro que do LD!): “Mas é só uma luzinha!” ou “Mas eu sou “X” (arquiteto, engenheiro ou decorador) e você é só um ‘iluminador’, por isso não pode cobrar mais caro que eu!”, dentre outras tantas mais, algumas até insolentes.

Ainda piores são muitos profissionais à semelhança, por exemplo, daquele que acha absurdo o LD cobrar 5 mil reais por um determinado projeto quando ele cobrou apenas 2 mil reais pelo dele (por conta das inúmeras RTs (Reserva Técnica – paga por lojistas aos especificadores) vinculadas ao seu projeto que em geral o cliente desconhece). Ou então, ao propor um desconto – em troca das RTs e com o conhecimento do cliente destas – no valor cobrado do projeto a ser desenvolvido em parceria, este profissional (como muitos!) também se recusa a repartir as RTs das lojas (as relacionadas especificamente ao projeto de Lighting Design). Alega que estas RTs são responsáveis pelo seu sustento. De qualquer forma, para ele, o valor do projeto tem que sair por, digamos, 5 mil reais no máximo – e sem RTs.

O que tem de ficar bem claro tanto para clientes como, principalmente, para os profissionais, é o seguinte:

Como qualquer profissional que teve sua formação profissional, o LD também teve a sua de forma especializada. Foram anos de estudos e pesquisa. O custo do investimento foi alto para adquirir o conhecimento e as competências necessárias que possuem hoje. Então, só podemos concluir que não convém a um cliente ou a um profissional desvalorizar o trabalho do LD com a recorrente frase de que precisa “apenas de uma luzinha” ou, no caso de um profissional que finge uma parceria, dizendo que o seu trabalho é mais importante. Os profissionais sérios reconhecem honestamente que não são capacitados para o desenvolvimento de projetos de iluminação e que, por sua vez, reconhecem a necessidade de parceria com o LD, dado que sem luz projetada adequadamente, seu trabalho não agrega valor e perde muito em qualidade.

*Coluna “Luz e Design em foco” da revista Lume Arquitetura ed n° 53.

Especialista em Lighting Design???

Vejo com tristeza diariamente diversos profissionais não especialistas falando sobre LD sem ter a menor noção do que vem a ser isso na realidade. Na verdade, é um show de repetições de jargões e clichês que estão na mídia acessível a qualquer um, especialmente através do Google. Fazem isso apenas para garantir um naco do mercado tentando iludir e confundir os clientes.

Já escrevi sobre isso aqui no blog algumas vezes mas nunca é demais voltar à este assunto dada a sua relevância e seriedade.

“LD é uma iluminação mais cênica” – clichê mais que batido, não cola mais hoje em dia pois LD nunca foi apenas isso.

Na verdade, o cênico em um projeto de LD fica apenas em suas bases.  Cênica é o conceito básico do projeto e não a aplicação ou resultado final (salvo em caso de iluminação cênica mesmo: teatro, dança, shows, etc). Tem gente que chega até a usar aquelas luminárias em formato reduzido dos refletores de palco para tentar iludir e reforçar essa falsa idéia do que vem a ser um verdadeiro projeto de LD. No entanto ISSO NÃO QUER DIZER NADA. É apenas mais uma luminária solta no espaço.

“LD é buscar a eficiência energética” – também mas não só isso.

A eficiência energética e o baixo impacto ambiental são apenas premissas de um projeto de LD de qualidade, devem fazer parte dele, devem ser pensados e considerados no momento do projetar, desde o início. Mas não são o todo de um projeto de LD.

“LD é atender às necessidades do usuário” – no entanto o que vemos nas imagens logo após o destaque da frase é um show de sandices luminotécnicas. Vemos uma re-re-re-re-repetição de erros crassos e básicos cometidos ainda nos bancos das faculdades, pelos acadêmicos iniciantes que não sabem de nada sobre iluminação e/ou elétrica. Vemos também muitas repetições dos erros baseados nas tendências e na “moda” que as revistas, infelizmente, pregam.

“Esta luminária do fulano é de design assinado e garantirá a qualidade e beleza no projeto de lighting design que estou fazendo” – MINTCHIIIIIRAAAAAAAAAAA!!!

Gente, para um projeto de LD o que menos importa é a estética da luminária e sim o efeito que a luz proporcionará. Não é a toa que num projeto de LD verdadeiro você dificilmente percebe as luminárias. Elas só ficam visíveis quando não há outra opção mesmo. Um verdadeiro LD muito dificilmente especificará um pendente de cristais caríssimo sobre a mesa de jantar (carne-de-vaca) pois sabe que ele irá acabar com os efeitos do entorno pois é uma luminária que não tem controle de luz.

Isso me lembrou também que o verdadeiro LD não está preocupado com quanto ele ganhará de RTs das lojas. Se ele tiver de escolher entre um pendente de cristais de 30.000 e um projetor de 300 ele certamente optará pelo projetor.

O profissional de LD é aquele que busca a especialização, aprofunda-se diariamente, embrenha-se sem medo no universo da iluminação. É aquele que conhece antecipadamente o que há por vir sobre tecnologias em iluminação. É, especialmente, aquele que trabalha exclusivamente com projetos de iluminação e, quando não encontra uma luminária que atenda às necessidades do projeto, concebe, cria, desenha, projeta e produz uma – ou várias – específica. É também aquele profissional que não inventa respostas para dar a seus clientes.

Buscar a especialização, tornar-se um especialista nesse sentido não quer dizer fazer uma pós-graduação apenas (isso qualquer um faz). Conheço muita gente que fez diversos cursos de iluminação – incluindo especializações – e seus projetos não mudaram absolutamente nada do que era feito antes. Tem gente que continua confundindo e desconhecendo as lâmpadas, não faz a menor idéia dos requisitos mínimos para a aplicação das ARs, continuam a errar em seus projetos ou a solicitar a especificação dos equipamentos para os vendedores de lojas simplesmente porque não dominam a matéria/produto que estão vendendo para seus clientes.

Infelizmente tem muitos profissionais que fazem especialização, levam o curso com a barriga e depois recebem o papel que lhes dará o direito de ostentar o título de “Lighting Designer” ou “especialista em iluminação” por aí, enganando o mercado e seus clientes e soltando estas mesmas frases clichês quando surge uma oportunidade na mídia.

O pior disso tudo? Alimentam e ampliam o rol dos desinformados e incompetentes que marcham atrapalhando o desenvolvimento sério da área através de seus projetos toscos e chupados – pode-se dizer também, chutados.

Quer realmente ser um profissional de LD?

Então viva da luz e na luz!!!

Leve choques acompanhando o eletricista instalando os equipamentos, faça você mesmo a afinação da iluminação, atreva-se a instalar luminárias e, principalmente, tenha experiência em iluminação de teatros.

Dias atrás dei uma entrevista para a Helenida Tauil aqui de Londrina e quando ela me perguntou a diferença entre iluminação e lighting design eu coloquei mais ou menos isso:

Num projeto de iluminação – que é o que vemos em revistas – o profissional define o layout e depois joga a luz em cima com a intenção de “tapar buracos” ou esconder aquilo que não se quer mostrar através da ausência de luz. Num projeto de LD o especialista faz o caminho inverso: primeiro ele pensa na luz buscando atender às necessidades do cliente/usuário e depois complementa com o layout. Seja na arquitetura ou em interiores o ponto de partida é sempre a luz, seja ela natural ou artificial, ou ainda quando possível, as duas.

Sim o LD não trabalha apenas com a luz artificial. A luz natural faz parte de seu trabalho também.

Estou trabalhando atualmente em 5 projetos onde o ponto de partida (ou partido) é a luz – isso aprendi conversando com o Oz Perrenoud.

Estranho? Difícil entender? Complicado demais conceber algo partindo da luz?

Um destes projetos é um oratório e comecei pensando em tudo que a Cruz e a vida de Jesus representam. Eu sempre tive na cruz a imagem da Luz Divina, da luz irradiando dela banhando nossas vidas. Parti daí.

“A cruz será com retro-iluminada então Paulo?”

NÃO! Built-in nisso seria óbvio demais.

“Ah, então terá um projetor no centro dela jogando luz pra frente ou pegando ela de frente?”

NÃO! Isso seria brega e comum demais.

“#ComoFaz então Paulo?”

Aguardem pois assim que estiver finalizado tirarei fotos e colocarei aqui para vocês verem. Mas posso adiantar: comecei pelas sensações que eu quero que as pessoas tenham ao estar naquele ambiente. E a luz é uma sensação fundamental para a vida, incluindo a vida espiritual.

Portanto, se você usa o título LD ou especialista em iluminação – ou qualquer outro – sem ter conhecimento tenha consciência de que quem está perdendo é você mesmo ao enganar seus clientes oferecendo um produto para o qual você não é capacitado e, principalmente, o respeito dos profissionais sérios da área e que são verdadeiros LDs.

#FicaDica

Parcerize-se com um verdadeiro especialista no assunto. Já no primeiro projeto em parceria você irá perceber o ganho em qualidade no seu projeto.

;-)

Casa Conceito Londrina 2011

A Haus Innen, tradicional mostra de decoração, arquitetura e design aqui de Londrina agora é:

Reformulada, a mostra promete grandes surpresas na comemoração de seus 15 anos de trajetória de sucesso aqui em Londrina.

Eu particularmente adorei essa mudança pois mostras conceituais são muito mais criativas e forçam os profissionais participantes a ir além do normal, do padrão de revistas, do certinho e arrumadinho. O conceito os deixa livres para criar. Neste tipo de mostra cabe a exposição de produtos de forma não convencional, o layout mais livre sem contudo perder a pontos cruciais de um projeto como a qualidade, acessibilidade, sustentabilidade.

Profissionais muito bem selecionados que estão criando ambientes exclusivos e especiais para brindar os visitantes. Muitas surpresas!!!

De 27 de agosto a 25 de setembro.

Av. Adhemar Pereira de Barros, 555 – Londrina – PR.

Uma bela casa à beira do Lago Igapó I está sendo totalmente reformada para abrigar este que é, sem sombra de dúvida, a maior e melhor mostra de decoração, arquitetura e design do interior do Paraná.

Além dos ambientes especialmente decorados, a Casa Conceito abrigará também diversos eventos.

Confira a agenda:

30 de Agosto – Exposição de Arte da artista Isabel Santacecília no ambiente Galeria Bahiarte da arq Marlene Ricci
31 de Agosto – Happy Hour BPW no Restaurante da Mostra dos arq Gilmar Mazari e Marcos Maia
31 de Agosto – Palestra J. Serrano na Tenda de Eventos
09 de Setembro – Desfile Solidário no ambiente Jardim de Esculturas da paisagista Fabíola Giocondo
12 de Setembro – Palestra “Como divulgar sua Empresa nas Redes Sociais“ com Leandro pascoal na tenda de Eventos
13 de Setembro – Tarde O Boticário no ambiente Galeria Bahiarte da arq Marlene Ricci
15 de Setembro – Exposição de Arte do artista Maragoni com a presença dele no ambiente Galeria Bahiarte da arq Marlene Ricci
21 de Setembro – Workshop Maquiagem com Roberta Peixoto na Tenda de Eventos
21 de Setembro – Desfile Coleção Primavera Verão loja Dallu no ambiente Piscina dos arq Alessandro Cavalcanti e Ricardo Mahkoul

Comprando o ingresso você tem acesso aos eventos!

A Jacque me falou que tem ainda vários outros eventos sendo agendados. Assim que ela for me repassando vou atualizando este post para que vocês não percam nada.

Ingressos:

R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia (estudantes com apresentação da carteirinha e pessoas acima de 60 anos)

Acesso somente a maiores de 12 anos.

Informações:

http://www.casaconceitopr.com.br/

Ou ainda:

licht@hausinnen.com.br

Andreia Scherer Hovgesen
Coordenadora Técnica
43 9117 2161
andreiash@sercomtel.com.br

Jacqueline Luz
Coordenadora Geral e Executiva
43 9911 6014
jacqueline@hausinnen.com.br

E vamos que vamos

Pois a correria tá grande e o tempo muito curto.

Bom pessoal, lá vou eu com um tapão na fuça de alguns ok? Não se assustem.

Quero e preciso destacar aqui que deu entrada no Congresso Nacional um projeto de regulamentação do Design (mais um).

Ótimo! Espero realmente que dessa vez a coisa ande.

Porém tenho algumas considerações à fazer sobre o referido projeto. Isso terá de ser muito debatido pois do jeito que está, vai dar complicações.


Coloquei na resposta no Portal DesignBR o seguinte sobre o mesmo:

“(Comunicação Visual, Desenho industrial, Programação Visual, Projeto de Produto, Design Gráfico, Design Industrial, Design de Moda e Design de Produto)

é,

pra não variar, a panelinha dos “dotôres” do dezáine brasuca excluíram mesmo interiores/ambientes do processo demonstrando claramente o quanto entendem realmente sobre Design.

Entendem tanto que não conseguem perceber a obviedade da áres de interiores/ambientes ser parte da matriz Design.

LAMENTÁVEL!

Mas observem o absurdo disso:

Art. 5º A denominação “designer” é reservada aos profissionais que atendam as exigências previstas no art. 3º, desta Lei.

Ah sim senhores dôtores, então nós da área de Interiores/ambientes não poderemos nos apresentar mais como Designers? Aham… senta lá cráudia… pode sentar…

Art. 7º A pessoa física ou jurídica que desempenhar ilegalmente as atividades reservadas aos profissionais de que trata esta lei, ficará sujeita as sanções previstas no Decreto-Lei nº 3.688, de 1941.

Aham cráudia, continua sentadinha tá??? Eu vou sim continuar a usar o título que tenho e quero ver quem vai me impedir.

Não, não sou contra a regulamentação e todos sabem o quanto luto por ela. Meu blog e este portal são provas disso.

No entanto, nao posso ficar calado diante desse absurdo.

Fica aqui registrado o meu protesto com relação a isso e intimo os “dotôres” que estao fazendo isso a efetuar consultas públicas no congresso, convidando os Designers de Interiores/Ambientes para o debate.

Mas não associações vendidas, chamem os profissionais. E nao ajam, novamente, desta forma sorrateira e covarde.

Apoio a causa, mas nao o meio.

Como se vê, o projeto não contempla a área de Interiores/Ambientes e tampouco sonha com a existência da de Lighting.

Isso se deu por dois motivos que já expus aqui neste blog e vale a pena ressalta-los:

1 – porque o grupo que se reuniu para elaborar este projeto convidou a ABD para fazer parte e a mesma fez pouco caso dizendo que tem um projeto próprio de regulamentação da área de Interiores. Porpem vale ressaltar aqui que até hoje a ABD não teve culhões para separar decoradores, arquitetos e designers e continua insistindo no ERRO de classificar todos como designers. E o projeto que a dita cuja pretende enfiar no Congresso Nacional seguirá essa linha tosca de pensamento.

2 – porque a maioria dos “dotôres” que participaram da elaboração deste projeto preferem viver no achismo (Morin) à ir pesquisar sobre o que realmente é Design de Interiores/Ambientes. Preferem continuar vomitando seus lixos intelectualóides sobre uma coisa que sequer se preocuparam em ler sobre, em conversar com um profissional da área realmente sobre.

Mas vale ressaltar que nos dois casos há um “argumento” velado: não querem se indispor com o pessoal da arquitetura.

Cráudias, um detalhe:

DESIGN DE INTERIORES/AMBIENTES NÃO É ARQUITETURA FOFFY’S, É DESIGN!!!

Dá pra entender isso?

Porém a coisa é mais grave: este projeto elimina outras vertentes (áreas) do Design.

Eu já tinha falado várias vezes que o correto seria um projeto que regulamentasse o DESIGN.

Depois disso, no Conselho à ser criado, regulamentariam-se as áreas.

Mas os “dotôres-sabe-tudo-e-reis-da-razão” preferiram seguir seus egos. Ou melhor, as associações e grupinhos “falando em nome de” sem consultar os inúmeros “des”, que são os profissionais.

Isso vai sim dar merda!!!

Então, já que está no Congresso Nacional o projeto, vamos lá, para ajudar nisso tudo:

1) Que se promovam audiências públicas (várias – pois o tema é amplo e complexo) onde os profissionais sejam convidados a participar, opinar, alterar enfim, fazer parte do processo que irá regulamentar a sua área profissional e que este não seja feito nos bastidores, apenas com grupinhos que se acham os reizinhos da cocada branca.

2) Que estas audiências não sejam realizadas apenas em Brasília dada a dificuldade de acesso para quem mora longe, mas sim que sejam realizadas plenárias em todos os Estados (e não só nas capitais) para que um maior número possível de profissionais possam ser ouvidos. Me disponho a organizar aqui no interior do Paraná.

3) Também que nestas audiências sejam realizadas mesas separadas por áreas, para que todas possam ser ouvidas em suas reivindicações e realidades, sem a interferência de outras áreas ou de “achistas” de plantão.

Sim, é uma intimação isso!

Se é pra ser, que seja.

Mas que seja JUSTO, CORRETO e ÉTICO para TODOS os profissionais de Design.

E aí?

Vão encarar?

Dúvidas sobre iluminação (LD)?

Estava eu pesquisando pela web quando me deparo com o título de uma matéria no site de uma revista. Fui ver e, logo de cara já me deparei com absurdos, desinformação e erros contidos no texto.

Então, vamos arruma-lo e escrever a VERDADE sobre o tema iluminaçãoe corrigir pontos falhos?

Mãos à obra!!!

1. Qual o papel do projeto luminotécnico?
O papel da iluminação é valorizar o trabalho do arquiteto ou do designer de interiores sempre atendendo as necessidades do cliente.
Nele são planejados os circuitos de luz considerando o uso que se faz de cada espaço e as necessidades de quem o ocupa. Deve levar em consideração os aspectos humanos, estéticos, arquitetônicos, financeiros e ambientais. Por exemplo, a manutenção precisa ser fácil e de baixo custo e os elementos escolhidos devem partir dos cuidados eco-sustentáveis.
Compõe-se de projetos (plantas, cortes, perspectivas e detalhes) memorial descritivo (especificações de lâmpadas, luminárias e demais equipamentos), e orçamentos.

2. Em qual momento deve-se pensar nesse projeto?
Aqui temos duas situações distintas:
A – Construção: o ideal é que o lighting designer seja contratado no mesmo momento que o arquiteto, ainda na concepção da idéia da edificação, pois as escolhas dos equipamentos e tipo de iluminação interferem em outras partes da construção, como no planejamento elétrico e até mesmo na alvenaria – no caso de iluminação arquitetural.
B – Reforma: idem ao anterior, logo no início da fase de pensar o projeto. Porém aqui o trabalho é mais complexo pois a construção já está levantada e as intervenções são mais difíceis – mas não impossíveis.Há limitações e as intervenções são realizadas se possível. Edificações já construídas possuem algumas condicionantes de estrutura, hidráulica e elétrica. O profissional da obra terá de avaliar o que já existe e o que poderá ser feito naquelas condições. Existem no mercado produtos que foram desenvolvidos para aumentar as possibilidades de intervenções nestes casos.

3. Por onde iniciá-lo?
Nas necessidades dos usuários para cada ambiente. Nestas necessidades o profissional deve ser capaz de captar inclusive como cada membro da família responde à luz, necessidades individuais e coletivas. etc. Jamais deve-se começar pela escolha de lâmpadas e luminárias. O planejamento luminotécnico faz parte do projeto de interiores (design ou arquitetura pura) e para isso o profissional considera as particularidades de cada ambiente, as atividades exercidas ali, sem se esquecer da incidência da luz natural e como aproveita-la da melhor maneira possível.
Depois desse levantamento, é hora de interpretar essas ideias e colocá-las no papel.

Fonte: Zeospot.com

4. Quem contratar?
Profissionais formados em arquitetura, engenharia, ou design de interiores/ambientes possuem conhecimentos básicos sobre iluminação e elétrica, o bê-a-bá.
O ideal é colocar o projeto de iluminação (lighting design) nas mãos de um profissional especializado na área.
Hoje no Brasil já existem profissionais especialistas em iluminação que são conhecidos como Lighting Designer.
Com a contratação de um especialista certamente o seu projeto irá atender as suas necessidades, ser bastante autoral e refletir a personalidade do usuário. Além da grande vantagem de não correr o risco futuro de ter em mãos um projeto que não funciona direito e/ou vive dando problemas.
Tenho visto com tristeza – por falta da regulamentação profissional – vários profissionais dizendo que são lighting designers, arquitetos de iluminação e designer de iluminação sem ter a devida especialização. Estão tentando “pegar a onda” deste novo mercado mas não tem a devida especialização e conhecimento necessários.
Assim como num emprego comum, caso você se sinta inseguro(a) com o profissional, exija a apresentação de seu currículo completo (incluindo certificados e diplomas).
Dica: Um especialista consegue explicar a iluminação usando uma linguagem simples, sem o uso exagerado dos termos técnicos para “vomitar conhecimento”.

5. O projeto luminotécnico pode ser feito pelo mesmo arquiteto/designer que está fazendo os projetos para a minha casa/empresa?
O ideal é que não seja o mesmo profissional.
Isso serve tanto para projetos arquitetônicos quanto de design de Interiores/Ambientes.
Profissionais de arquitetura e de interiores que primam pela qualidade de seus projetos possuem parcerias com profissionais especialistas, dentre eles os lighting designers.
Assim como a medicina, a arquitetura e o design tem se fragmentado em especialidades e o lighting design é uma delas.

6. Como dimensionar a elétrica da casa/empresa pensando no projeto luminotécnico?
Novamente temos duas situações distintas aqui: à construir e já construída.
1 – à construir: o projeto de iluminação deve ser feito antes, pois traz as especificações de lâmpadas (tipo, potência e voltagem) e equipamentos (transformadores e reatores) que o engenheiro elétrico irá utilizar para elaborar o sistema elétrico (carga, especificação, distribuição, etc).
2 – já construída: numa reforma, pode-se trabalhar de duas formas: para evitar sobrecarga avalia-se a construção identificando qual carga há disponível e fazer a quantificação/distribuição desta entre as luminárias e equipamentos elétricos (geladeira, fornos, computadores, etc). Também há reformas que permitem a ampliação desta carga, mas isso deve ser realizado por um profissional especializado, preferencialmente engenheiro elétrico. Ele também irá orientar sobre como reforçar a instalação elétrica caso necessário.

7. Quais as consequências de fazer o projeto luminotécnico com a casa pronta?
Basicamente o custo que irá ficar um pouco mais alto. Depois devo lembra-los também que ele será mais trabalhoso exigindo a contratação de mais profissionais (pedreiros, gesseiros, pintores, etc).
Isso se deve ao fato de termos de quebrar muito do que foi construído ou executar adaptações – como trabalhar com gesso, por exemplo.
Porém, mesmo com a edificação finalizada, as opções de soluções integradas com a arquitetura são possíveis. Nesse caso, é imprescindível a contratação de um profissional especializado em iluminação.

8. Quando devo pensar na automação?
Se você pensa em usar automação para a iluminação é bom conversar com o profissional logo no inicio.
Assim ele pensará em toda a parte estrutural necessária para a instalação dos equipamentos e fará o projeto para atender as necessidades técnicas dos equipamentos levando em consideração também a usabilidade. Assim, no momento da obra esta estrutura (dutos, calhas, etc) já serão implantadas independente se o sistema irá ser instalado imediatamente ou, por causa do alto custo, futuramente.
Pense sempre que se você optar por instalar futuramente e não tiver a estrutura pronta terá de quebrar tudo de novo para conseguir passar o cabeamento. Mais trabalho, mais transtornos, mais custos.

9. Quantos pontos de luz são necessários para cada espaço?
Existem profissionais que dizem que alguns aspectos devem ser considerados, tais como o tamanho do ambiente, o pé-direito, as cores que predominam no local (do acabamento e dos móveis), a maneira como o espaço é utilizado (por exemplo, para leitura ou para assistir televisão) e o modo de vida dos moradores.
Eu já prefiro dizer que o que vai definir isso é a necessidade do usuário aliada aos conhecimentos técnicos e estéticos do profissional e a sua relação com o ambiente a ser iluminado.
Já vi ambientes ricamente iluminados com uma ou duas luminárias que atendiam perfeitamente as necessidades dos usuários.
Existem normas técnicas para a iluminação, mas como diz Howard M. Brandston regras e normas num bom projeto de iluminação são feitas para rasga-las e joga-las no lixo.
Mas calma, isso só é feito por profissionais realmente especializados e que entendem do assunto. Profissionais que não precisam ficar correndo atrás de números técnicos para “não errar”.
O cálculo de quantidade de lâmpadas de acordo com as normas técnicas é necessário em obras comerciais – como lojas, clínicas e escritórios – pois estes ambientes precisam de uma iluminação mais forte, precisae em alguns casos, específica.
Quando você ouvir um profissional falando que tem de ser implantado um sistema com uma determinada quantidade de lux para determinada tarefa, desconfie.

10. Quais os principais erros?
Eu já fiz um post aqui no blog entitulado Lighting – erros básicos.
Porém vale lembrar aqui de erros mais que comuns que vejo diariamente nos mundos real/virtual/midiático:
– encher o teto de spots – pra que????
– iluminar excessivamente o local – ofuscamento…
– eliminação do maior numero de sombras possível – a luz sem sombra fica morta e chata…
– iluminação que causa reflexos em superfícies espelhadas, envernizadas, cromadas, etc.
– uso de lâmpadas inadequadas para o pé direito/uso – AR111 em pé direito de 4m (ou inferior) ou sobre uma bancada de trabalho…
– projeções de sombras desnecessárias ou que “não deveriam aparecer.
– entre outros.

11. Quando uma iluminação pode ser considerada adequada?
Se ela atende à eficiência (visibilidade suficiente, baixo consumo elétrico, etc), praticidade funcional (manutenção simples, não esquente o ambiente, manuseio de controles, etc) e prazer sensorial (boa estética e conforto visual) pode ser considerada boa.

12. De que forma a luz interfere na maneira como enxergamos os objetos e os ambientes?
A nossa visão é dependente da luz, por mínima que seja. Logo, ela altera a nossa percepção do espaço e suas formas, cores, brilho, volumetria, sombras, contornos.
A luz também influencia na fisiologia e na psicologia humana.
Por isso é fundamental que o profissional contratado para realizar o projeto de iluminação seja um especialista pois somente ele detém os conhecimentos técnicos e estéticos para atender as necessidades dos usuários de maneira coerente e correta.

13. Que recursos são possíveis para iluminar um ambiente?
Hoje há uma gama enorme de produtos para iluminação e todos são aplicáveis em praticamente todos os ambientes.
Tipos de luminárias: spots, arandelas, lustres, pendentes, projetores embutidos no piso ou no teto, balizadores, washers entre outros. Também existe dentro dos recursos de iluminação o built-in (embutidos em sancas, móveis, painéis, etc) que geram belos efeitos e são também eficientes..
Ficaria muito extenso reunir aqui nesta pequena resposta todas as possibilidades.

14. Como harmonizar o uso desses recursos em um mesmo ambiente?
Cada tipo de iluminação (direta, indireta, direta/indireta, built-in, etc) tem uma função. Mas profissionais que realmente entendem do assunto conseguem brincar com estes equipamentos criando novas aplicações para os mesmos sem alteração de sua qualidade ou vida util.
O que você tem de pensar é que a iluminação virá para coroar o ambiente dando o toque final necessário e valorizando elementos.
O uso do jogo luz e sombra é fundamental para que um projeto fique agradável e bonito.E é através deste jogo que o profissional de iluminação – o lighting designer – vai brincar com o espaço como se fosse uma tela e ele o pintor. As lâmpadas, luminárias e equipamentos são as suas tintas para concretizar efeitos cênicos e eficientes.

15. O que fazer em áreas integradas?
Em áreas integradas o ideal é optar por uma iluminação versátil, com circuitos independentes e que possibilite alteração no layout (trilhos e spots direcionáveis). Assim o usuário poderá criar diversos cenários de acordo com o uso de cada cômodo.

16. Que recursos adotar em um escritório em casa?
Você deve pensar da seguinte maneira:
– se quer um ambiente para relaxar use luz com temperatura de cor mais quente.
– se quer um ambiente para produzir, use lampadas com temperatura de cor mais fria.
O ideal é fazer um mix distribuindo as lâmpadas com diferentes TC em diferentes luminárias pelo ambiente.
Claro que, sobre a sua área de trabalho, o ideal é optar por uma luminária de mesa com luz mais fria (branca).
Prefira investir sempre em lâmpadas que usem transformadores/reatores pois assim elimina-se a oscilação que causa fadiga visual e diminui a produtividade.

17. As lâmpadas fluorescentes são desaconselháveis em áreas sociais?
De maneira alguma.
O profissional que realmente conhece sobre iluminação saberá utiliza-las de maneira correta, eficiente e esteticamente perfeitas.
Desconfie de profissionais que dizem o contrário.

18. Por que as incandescentes continuam sendo as mais adotadas?
Principalmente pelo baixo custo e facilidade de instalação.
Mas elas apresentam curta durabilidade, alto consumo de energia, pouca diversidade em tamanhos e modelos além de não ter a opção de temperatura de cor diferentes.
Estas lâmpadas já estão sendo proibidas em diversos países e aqui no Brasil a sua “morte” está agendada para 2016.

19. Onde usar lâmpadas halógenas?
São mais indicadas quando se quer excelente qualidade de luz e sombra, pois valorizam os objetos iluminados.
Lembre sempre que qualquer lâmpada halógena aquece o ambiente e possui alta emissão de raios UV que causam danos nas superfícies iluminadas e podem também causar danos à saúde se mal locadas nos projetos, como o câncer de pele. Portanto o que vai especificar estas lâmpadas são, principalmente, a distância da área iluminada, pé direito e acessórios (filtros).

20. Os tons dos acabamentos interferem na sensação de luminosidade?
Sim pois as cores são refletidas pela luz.
Superfícies claras e brilhantes refletem. Dão a falsa sensação de que o ambiente pareça ainda mais iluminado.
Os cromados e espelhados tendem a produzir reflexos que, se não pensados e observados pelo projetista, podem estragar todo o efeito do projeto de iluminação.
nestes dois casos o cuidado deve ser também com relação ao ofuscamento.
Toda superfície com cor acaba por, em maior ou menor grau, refletindo a sua cor para as áreas proximas. Coloque um pano vermelho junto a uma parede branca e jogue o facho de uma lanterna sobre ele e veja o que acontece. A parede próxima não ficou levemente avermelhada?
Então, o projeto de iluminação deve pensar no sentido de que a cor de um objeto ou superfície não interfira no ambiente – salvo se isso for intencional.

21. Como usar cor na iluminação?
Existem hoje no mercado lâmpadas coloridas, leds e acessórios como as gelatinas e lentes que podem ser acopladas em uma luminária e algumas luminárias já dispõem de “garras” para a colocação destes elementos.
Mas é preciso tomar muito cuidado com o uso destes acessórios e os mesmos somente devem ser comprados com a consultoria e orientação de um profissional especializado pois o tom da lâmpada aliado ao tom da lente interferem na percepção do ambiente. Cuidado pois se o profissional não souber utilizar as cores, pode estragar todo o projeto.

22. Que cuidados tomar em áreas externas?
Ponto fundamental: uso de equipamentos com proteção IP igual ou superior a 66 (proteção contra chuva e outros agentes externos).
Distribuir as luzes coerentemente: áreas são para circulação com luz suficiente para enchegar onde pisa, de convivência com iluminação suficiente para o uso, e a iluminação paisagística/arquitetônica que devem destacar o que há de melhor na área. Todas estas devem ser integradas num mesmo estilo. Outro ponto importante é com a instalação elétrica que deve ser embutida em conduítes e enterrada para evitar acidentes.

Fonte: Junior Barreto estúdio Fotográfico

23. Que soluções atendem à piscina?
Por segurança recomenda-se o uso de lâmpadas de baixa voltagem (de 12 volts) para não haver riscos de choques elétricos.
Existem no mercado hoje além das lâmpadas convencionais sistemas como a fibra óptica e o led.  Ambas tem baixo consumo durabilidade maior (vida útil).
Nestes sistemas também é possível programar trocas de – você não só ilumina como também modifica a coloração da água ou qualquer elemento iluminado por estes sistemas.

24. Cada ambiente tem um tipo de luminária adequado? Por exemplo, lustre para salas, abajures para quartos, etc?
O tipo de iluminação determina a lâmpada, e esta determina qual a luminária mais adequada.
Os cuidados maiores devem considerar:
– áreas úmidas: luminárias adequadas e com isolamento/proteção. Estas não devem deixar a lâmpada exposta à umidade e outros agentes. Spots embutidos no box por exemplo.
– áreas sociais: vai depender dos efeitos desejados tomando sempre os cuidados para evitar os erros comuns (questão 10). Trabalha-se bastante com spots embutidos (direcionáveis ou não), abajoures, pendentes e arandelas. Para a mesa de jantar é bastante comum (modismo) utilizar pendentes sobre a mesma mas tome muito cuidado com ofuscamento, tipo de làmpada e para que a luminária não obstrua visão de uma pessoa em pé para o outro lado da mesa.
– áreas de trabalho: luz geral, de trabalho e decorativa. Cuidado com ofuscamento e escolha da lâmpada – especialmente a da bancada de trabalho. Plafons, spots e luminárias de mesa. Se houver um canto para leitura uma boa opção é umaluminária de coluna ou arandela de leitura articuláveis.
– quartos: pedem uma luz mais aconchegante. Plafons, pendentes, abajoures. Muito cuidado com spots sobre a cama pois imagine que quando você estiver deitado(a) a luz estará incidindo diretamente sobre seus olhos.
– áreas com armários: a iluminação deverá promover a perfeita visualização do interior dos armários. Plafons, spots, embutidos, etc.
– idosos e crianças: cuidados especiais com as áreas de circulação, BWC e de maior uso.
Bom, não existem regras fixas para iluminar um ambiente. O importante é considerar o gosto/uso dos usuários e ter bom senso.

Fonte: Magazine Enlighter

25. Quais as áreas de atuação de um especialista em iluminação?
O profissional especializado em iluminação – o lighting designer – está habilitado para realizar com eficiência e qualidade projetos de:
– Iluminação Residencial
– Iluminação Comercial
– Iluminação Corporativa
– Iluminação Paisagística
– Iluminação Pública
– Iluminação Esportiva
– Iluminação de Eventos
– Iluminação para Publicidade
– Iluminação Cênica
– Design de Produtos
– Educação superior e pesquisa

Tem ainda mais alguma dúvida?

É só postar nos comentários aqui embaixo que respondo ok?

Abraços corretamente iluminados!!!

Plágio – questões profissionais

Quem aqui já não viu alguma coisa ou algum projeto e ficou com aquela sensação de “déjà vu” ou “eu ja vi isso em algum lugar”?

Pois bem, sempre que isso acontece pode ter certeza: é muito provável que trate-se de plágio.

Segundo o professor Alberto:

“Plágio significa copiar, imitar (obra alheia), apresentar como seu o trabalho intelectual de outra pessoa.
Reproduzir apenas partes de um texto, sem citar sua fonte é plágio.
Se houver citação, porém incompleta, representa apenas uma irre-gularidade, um descumprimento das normas de citações e referên-cias bibliograficas.”

E vai mais longe ainda:

“A Lei de Direitos Autorais 9.610/98 estabelece que reproduzir integralmente um texto, mesmo indicando a fonte, mas sem a autorização do autor, pode constituir crime de violação de direitos autorais.”

Pois bem, vamos trabalhar com duas hipóteses daqui para frente: uma acadêmica e outra profissional.

Fonte da imagem: Ossosdooficio

No meio acadêmico é bastante comum os professores depar-se com situações onde o plágio é visível e claro quando da correção de trabalhos, especialmente os teóricos. Eu mesmo já cansei de pegar trabalhos onde algumas partes me faziam soar o sininho de alerta ou explodia a sensação de “déjà vu”. Eu já li isso em algum lugar. Bastava copiar o parágrafo (ou até mesmo a frase), colar no Google e “voilà”! Plágio descarado, na cara dura e de pau encerada com óleo de peroba.

Não sei se trata-se de pouco tempo para elaborar o trabalho, preguiça mental e acadâmica descarada ou se este tipo de aluno busca subestimar ou colocar à prova a inteligência minha ou de outros docentes. Não me importa “o que move”, o que importa é que detectado o plágio, a punição é certeira. Nota: zero sem direito a reclamação uma vez que as anotações e observações são feitas em vermelho no trabalho ao lado do trecho.

E engana-se quem pensa que isso acontece apenas com pequenos trechos, um ou outro parágrafo ou frase. Tem trabalhos que são uma verdadeira colcha de retalhos de diversos autores. Aí me pergunto: se o acéfalo teve a capacidade e tempo suficiente para encaixar todos estes recortes numa ordem correta, mais ou menos coerente e que cumpre o seu objetivo, porque então não teve a mesma capacidade de analisar os contextos, pensar e escrever com as suas próprias palavras, mostrando a sua capacidade argumentativa?

Aí é que está o problema da mania de plagiar dentro do meio acadêmico: a falta da capacidade argumentativa. Raros são os alunos que conseguem defender de forma coerente as suas idéias e conceitos dentro de sala de aulas durante as apresentações de trabalhos e projetos. A grande maioria não sai da superficialidade, tem muita dificuldade em expor seu pensamento verbalmente. Textualmente não é nada diferente.

Medo de parecer ridículo, de levar um “cutucão” de algum colega de classe ou professor ou ainda, “saindo da superfície”, de cair em áreas e questões que não observou, pesquisou e considerou como deveria de fato ter feito? Sim, tem bastante disso nestes casos. Porém vejo que esta dificuldade de expressar-se tem muito a ver também com a atual condição pessoal: mídias eletrônicas.

As mídias eletrônicas hoje favorecem uma velocidade inimaginável ha 15 anos atras no acesso à informação. Muitas destas informações são recortadas, resumidas, amputadas de fontes originais. A não seleção correta de fontes de pesquisa ou a busca por dados cada vez mais velozes ou fáceis de absorver (curtos, rápidos e fáceis de ler) acabam levando os acadêmicos a cometer este e outros erros.

As normas da ABNT e a legislação sobre Direitos Autorais não existem apenas para fazer com que os autores sejam citados incontáveis vezes e com isso ganhem visibilidade, fama ou qualquer outra coisa similar. Elas existem para proteger o direito intelectual da obra. E este direito só aparece depois de zilhões de neurônios torrados, olhos cansados de tanta leitura, dedos doloridos diante de tanta digitação, noites e noites insones e tantas outras coisas “bem legais” como estas realizadas e sentidas “na pele” pelo autor. Ele não fez simplesmente um “copy+paste” de varios textos que encontrou na web ou em livros ou revistas. Os textos realmente significativos e interessantes são aqueles com fortes marcas autorais ou seja, pessoais. Logo, quem o escreveu tem direitos sobre o mesmo. Ele não estava brincando de escrever e sim realizando um trabalho sério.

A ironia é que estes mesmos alunos ficam irados quando alguém cita uma situação, idéia ou o que for que já foi colocada em outra ocasião por eles. A revolta e ira fica visível quando começa o bate boca de que “esta idéia eu já dei outro dia” ou “eu já falei isso noutra ocasião” e assim por diante. Incoerente mas mais que comum e presente nas salas de aulas.

Eu já peguei projetos para corrigir que, em 15 minutos folheando algumas revistas “da moda” encontrei o mesmo projeto apenas com alterações de cores e alguns detalhezinhos. Não importa se mudou esse ou aquele detalhe ou cor, você plagiou na maior cara de pau o trabalho de outro e deve receber uma nota compatível com o seu empenho no desenvolvimento do mesmo.

Lembre-se que o que você faz (treina) na academia irá repetir-se incontáveis vezes na sua vida profissional posterior. Por mais que não admita ou queira, isso irá sim repetir-se uma, mais uma, mais uma e mais e mais vezes.

Aí fica a questão: que direito você tem de reclamar se é o rei do “copy+paste” em seus trabalhos?

Alguns módulos atrás da Pós, me deparei com o modelo do contrato que disponibilizei aqui no site sendo distribuído como material oficial mas estava sem a citação da fonte. Recorri ao professor e alertei sobre o fato e no exato momento ele avisou a turma sobre isso e disse que iria ajeitar a situação junto ao IPOG. Não foi ele quem colocou o contrato como modelo oficial e sim outra pessoa que encontrou no meu blog, copiou e repasou a ele. Neste caso não me indignou o fato em si de não ter o meu nome citado por mero prazer egoístico e sim o fato de que para se chegar àquele modelo de contrato foram dias e dias sentado com meu advogado e um amigo jurista na busca do melhor modelo que suprisse as necessidades reais e fechasse as brechas que nos colocam em risco. Foi um trabalho enorme montar aquilo.

Com isso, nem de longe quero dizer que quem o for utilizar profissionalmente terá de citar a fonte. Isso ficaria até ridículo frente aos  seus clientes. No entanto, para uso em trabalhos acadêmicos, referências bibliográficas e distribuição (como foi o caso), a divulgação da fonte é necessária sim, inclusive por força de Lei.

Isso me lembra a questão das cópias de móveis sob a desculpa de “tornar o design acessível aos que não podem pagar por uma original”. Concordo que design realmente custa caro para a grande maioria. Mas a questão é: e o autor da peça? E a indústria que gastou fortunas no desenvolvimento da peça? A cópia tem a mesma qualidade da original? NÃO MESMO! É uma peça, digamos, “made in China”. O que nos leva às questões profissionais.

É bastante comum encontrarmos clientes que, na primeira conversa, chegam com revistas de decoração já com páginas marcadas para nos mostrar o que gostariam de ter realizado em nossos projetos. Até aí tudo bem se esse material fosse servir apenas como referencial estético ou de estilo. No entanto, muitos clientes chegam e dizem que “eu quero exatamente esta sala” ou “este é o quarto (cozinha, sala, banheiro, etc) dos meus sonhos, quero um igual”.

É um direito do cliente? Sim afinal trata-se do sonho dele e que, para piorar a situação, não consegue expressar-se corretamente. Por outro lado, é uma tremenda falta de ética e respeito por parte do profissional que realiza este tipo de serviço levando ao pé da letra o que o cliente diz. PNem podemos chamar isso de pojeto, é uma cópia descarada, plágio, safadeza. Ele demonstra claramente que não está nem aí para seus colegas de profissão, não respeita ninguém porém exige respeito. Só quer saber de ganhar e ganhar e ganhar. Além claro, de deixar visível a sua preguiça mental. Copiar não exige esforço.

Aqui em Londrina e em Maringá já encontrei algumas cópias descaradas de outros projetos residenciais e comerciais.

Temos de ter em mente que quando o cliente chega com essa pilha de recortes, na verdade quando ele diz “é exatamente isso que eu quero”, ele está dizendo que “este é o meu estilo, é disso que eu gosto”. Ele não está pedindo para você copiar aquela foto pois isso ele conseguiria fazer sozinho bastando contratar pintores, gesseiros e saber onde comprar os moveis e acessórios.

Para isso existe o brieffing que deve ser muito bem feito, muito bem fechado e profundo o suficiente para esclarecer pontos fundamentais sobre o cliente/projeto. Após o brieffing você terá de fechar o stimmung para só depois seguir para o projeto.

Jamais use do artifício de pedir “dicas” a outro profissional, especialmente quando esta solicitação vem disfarçada em meio a conversas banais de “amigos”. Se você não sabe, parceirize-se com quem sabe afinal ele estudou tanto ou mais que você portanto tem o mesmo direito de ter seu trabalho remunerado que você. Lembre-se que  nem o relógio trabalha de graça: alguém sempre tem de dar corda ou trocar a pilha.

Também jamais procure copiar algo ou algum efeito que você viu em algum lugar (especialmente iluminação) se você não tem conhecimento sobre como fazer aquilo. Fatalmente ficará horrível o resultado final.

Tome muito cuidado ao “chupar” alguma coisa de algum lugar. E jamais use sem permissão do autor o que quer que seja: de um detalhe a um projeto geral.

Vamos trabalhar honestamente e com ética para fortalecermos a nossa profissão?

Abraços!

Concurso Cultural Digital Software – Portal DesignBR

Atenção estudantes e profissionais de Design de Interiores/Ambientes:

O Portal DesignBR em parceria com a Digital Software acaba de lançar seu primeiro concurso cultural.

É um concurso exclusivo para membros do Portal.

O que tá valendo?

Uma licença do software VD Max 3.0.

Interessou? Clique aqui e participe!

Boa Sorte a todos!

Como são complicadas certas coisas…

Os meu amigos leitores deste blog e também aqueles que já me conhecem, já devem ter percebido que uma das coisas que mais me irrita – seja profissionalmente, seja numa sala de aulas ou ainda na vida pessoal – são pessoas preguiçosas…

Tanto aqui neste blog quanto em vários outros que visito diariamente e também em fóruns das comunidades do Orkut, Ning, etc tenho percebido claramente a insistência dos preguiçosos.

O que acontece é os eguinte: as pessoas simplesmente NÃO LÊEM direito – se lêem alguma coisa além de seu foco – e postam comentários estapafúrdios. E depois ainda temos de aturar sermos chamados de arrogantes, estrelinhas, blábláblás sem fim.

“Deixei” passar um comentário no post Tira Dúvidas em Design de Interiores propositalmente. No texto deixo claro que o mesmo não se destina a “dar dicas de decoração” e sim sanar dúvidas sobre a profissão, a academia, etc. Mas não dar dicas sobre “o que ou como fazer pra minha sala ficar mais bonita”? E isso está lá em cima no texto, claro, cristalino e em NEGRITO! Mas mesmo assim recebo diariamente vários comentários nesse sentido.

Outro fato: “preciso saber desenhar para fazer este curso?” Alguém aí pode contar nos comentários quantas vezes eu já respondi isso? E mesmo assim tem uma média de 12-15 comentários questionando isso diariamente. Então o que vale é só o que está escrito nos posts? Será que a preguiça em ler os comentários na sequencia é tamanha que pulam direto pra caixa de postagem de comentários? E quando pedimos para lerem os comentários somos tirados por intolerantes, grossos, estúpidos…

Dias atrás numa comunidade aconteceu uma coisa no mínimo estranha. Um rapaz – ainda acadêmico -postou uma dúvida e eu e os outros designers mais experientes buscamos fazê-lo refletir sobre os erros cometidos por ele no processo para que ele não voltasse a incorrer neste erro para não prejudicar nem a futura vida profissional dele mesmo nem ao mercado de design que já anda podre por causa de ações do tipo da que ele adotou também junto àquele cliente específico. O fato foi que ele entendeu perfeitamente o movimento que fizemos na tentativa de ajudá-lo. Quando pensamos que o caso estava resolvido e que ele tinha conseguido finalmente entendido e mudado de atitude – ele até nos agradeceu e muito pelas coisas postadas – outros “ainda acadêmicos” entraram no tópico botando pose pois sentiram-se ofendidos… Ofendidos por agirem exatamente da mesma forma errada e irresponsável que o autor do tópico, porém preferem não mudar seus modos e formas de atuação profissional. Preferem já pensar – ainda que dentro de uma academia – como prostitutas do design. “Dinheiro na mão, calcinha no chão!”

Desculpem o termo mas é esta a verdade.

E nestes casos não adianta argumentar, não adianta mostrar e apontar os erros e as consequências dos mesmos.

Infelizmente é esse tipo de “profissional” que vem sendo formado pelas academias. Os professores não prestam atenção e os alunos não pedem ajuda antes de fazer as caquinhas. Saem já viciados e prostituídos em sua maioria.

Vindo diretamente para Interiores, tenho trocado e-mails com alguns Designers que já tem anos de carreira, são experientes e pessoas que respeito muito profissionalemente. Todos são taxativos num ponto:

– A formação que recebemos e continuam passando nas IES é uma ilusão!

Raros são os professores que passam a realidade do mercado. Preferem continuar com suas aulinhas medívcres fazendo seus alunos sonharem com “o cliente” que vai tirar seus pés da lama, encher seus bolsos de grana, projetar seus nomes pra dentro das revistas e mpidias e blablablablas infinitos.

Heeeellooooooooooo people!!!! Acordem Cinderelas alienadas e alucinadas!

Existem sim estes clientes com suas mega-mansões e que só de RT o designer consegue tranquilamente comprar o carro importado do momento, comprar o apartamento ou casa que tanto quer. Mas isso raramente vai aparecer! SE aparecer!

Me poupem os sonhadores e alucinados de plantão!

Seria tão bom se os professores mostrassem a realidade do mercado…

Me lembro que em minha formação TODOS os projetos eram enormes, salas enormes, quartos gigantes, cozinhas big! Porém a realidade me mostrou – e a todos os outros designers que tenho contato – que as coisas não são bem assim.

Sim já tive clientes excelentes e exatamente como aqueles estudados e criados em sala de aulas mas posso afirmar que a maioria são clientes normais, gente normal onde o excesso de m² da construção não é o ponto principal e sim a qualidade de vida, a qualidade projetual.

Vivemos hoje num mercado onde os espaços estão cada vez menores. Vivemos hoje num mercado onde os clientes são pessoas normais, da classe média e até aqueles abaixo disso. Os magnatas não pegam profissionais comuns e sim pagam por grifes – por mais que não passe apenas de uma falsa grife.

Mas os professores continuam alimentando essa falsa impressão de que tudo na vida profissional de um Designer de Interiores/Ambientes é um lindo mar de rosas, com um cé azul e um lindíssimo sol a brilhar… Não preparam os alunos para o mercado verdadeiro. Não mostram a realidade do mercado. Não  mostram a concorrência. Não mostram a falta de regulamentação e sua importância. Não trabalham questões como parcerias profissionais, ética profissional, entre outras… Infelizmente.

Pelo contrário, muitos professores tratam os alunos como “potenciais concorrentes futuros”. Continuam a formar “decoratores e decoratrizes” alienados, alucinados, sonhadores e totalmente fora da realidade.

Por outro lado, continuamos a ver alunos entrando nos cursos de Design de Interiores penando não se tratar de nada além de mera “decoração”. Continuamos a ver alunos – e infelismente profissionais já formados – realizando projetos em cima de mobiliários já prontos e deixando o verdadeiro DESIGN de lado.

Pra se montar um espaço pegando uma cadeira na loja A, uma mesa na loja B, um tapete na loja C, umas almofadinhas na loja D, É FÁCIL, QUALQUER UM FAZ, NÃO PRECISA DE CURSO PARA ISSO.

Isso contribui e muito para desvalorização de nossa profissão, contribui para a prostituição do mercado, contribui para que cada vez mais sejamos vistos como profissionais desqualificados e incompetentes pois não fazemos nada além de ajeitar alguns objetos dentro de um espaço de forma jeitosinha, bonitinha e arrumadinha.

Se você é desses, por favor, não diga nunca que você é um Designer, apresente-se apenas como mais um decorador em meio à multidão. Assim você não suja o nome de nossa profissão. Design é muito mais que apenas isso que vocês pensam que é. Design é muito mais do que se vê nas revistas de DECORAÇÃO!

Pode parecer meio confuso o texto acima mas ele abre portas para diversos debates, diversos assuntos à serem tratados. Mas nem de longe representa qualquer frustração de minha parte para com a minha vida profissional que, graças a Deus, vai muuuuuuito bem, obrigada! É apenas um ponto de vista de quem ha muito tempo vem exaustivamente e diariamente tendo de arrumar as concepções errôneas sobre a área de Design de Interiores/Ambientes que o mercado tem por causa de atitudes irresponsáveis de outros “profissionais” junto a clientes, mídia, academias, etc.

Seja consciente academicamente e profissionalmente faloando, não seja preguiçoso! Não seja mais um prostituto!

Formação plena x parcerias profissionais

Em uma de minhas palestras – Design de Ambientes – áreas de atuação profissional – logo de início chamo a atenção dos ouvintes para um fator essencial nos dias de hoje: as parcerias profissionais.

Antes de entrar neste assunto – e ainda dentro do embróglio do assunto – tenho de destacar a forma como entro neste assunto na palestra.

É mais que comum vermos profissionais auto-suficientes, todo-poderosos, detentores mor de todo o conhecimento. BALELA!

O profissional que se coloca desta forma é no máximo medíocre pois sabe um tiquinho de nada de tudo. BÁSICO.

Nossas formações acadêmicas nos mostram caminhos que podemos seguir. Isso nem de longe quer dizer que podemos fazer tudo ou que estamos realmente aptos a fazer tudo. Seja em engenharia, arquitetura, design, advocacia, medicina…Dois excelentes exemplos por sinal estas duas ultimas áreas citadas.

Não vemos um médico que faça de tudo em todas as áreas da medicina assim como não vemos um advogado que atue em todos os campos do direito. Porque em nossa área (engenharia, arquitetura e design) tem de ser diferente? EGOS!!!

Muitos vão dizer que se eu me especializei em determinada área em detrimento das outras vou ficar refém de outros profissionais, ou ainda que vou atuar na sombra destes e mais um monte de afirmações descabidas e inconsequentes.

Ao especializar-me em uma determinada área estarei ajustando o foco e direcionando os meus trabalhos para aquilo que realmente gosto e tenho interesse. Aquilo que realmente me dará prazer pessoal e profissional. Confesso aqui que não gosto nem um pouco de trabalhar com a parte hidráulica. Por isso mesmo, sempre entrego estas partes a algum engenheiro parceiro que trabalhe exclusivamente com hidráulica. Prefiro que ele faça isso de forma correta e perfeita a eu ter de queimar a cabeça re-estudando e relendo sobre isso o que me gastaria tempo precioso.

A área de design de ambientes hoje nos proporciona um grande mercado com muitas áreas para atuação profissional. Porém, assim como na medicina, faz-se necessário que o profissional seja mais que apenas qualificado e sim altamente especializado em determinado assunto.

É o caso da iluminação x lighting design. Engana-se muito quem pensa tratar-se da mesma coisa – vá pesquisar direito! Assim como também engana-se quem continua a acreditar que arquitetura de interiores é o relativo à design de interiores na área de arquitetura. Desinformação pura!

Quando escolhi especializar-me em lighting design, não foi uma coisa motivada por modismos – até mesmo porque nem se falava em lighting aqui no Brasil ainda. Foi uma escolha motivada por gosto mesmo. A luz sempre me fascinou, me hipnotizou, me seduziu, me incomodou. Daí, partir para esta área foi um estalo pois já entrei na faculdade com este foco bem específico.

Eu já vinha analisando ha muito tempo como o mercado externo funcionava e o que estava sendo alterado. E é exatamente no ponto das parcerias que estavam as maiores alterações. Mas como parcerizar se os profissionais se acham “deuses”?

Aí é que está o X da questão! Os ego-centrados preferem fazer tudo sozinhos a ter de compartilhar os créditos do projeto com outros profissionais. No entanto esta maneira de ser pode reverter-se contra ele mesmo pois seus projetos acabarão caindo numa mesmice, erros básicos – como os de lighting expostos no post anterior, muitas cópias, releituras e etc.

Quando você toma consciência de que na verdade não sabe quase nada de tudo, o seu lado profissional tende a sofrer uma grande mudança: para melhor!

Quando você toma consciência de que chamar algum amigo para auxilia-lo num projeto nem de longe quer dizer que você não entende do assunto mas sim que você realmente está preocupado com a qualidade final do projeto e a satisfação dos seus clientes, a sua vida profissional e pessoal vai mudar também: para melhor!

Isso nem de longe quer dizer que você ficará refém ou estará atuando na sombra deste ou daquele profissional, mas sim que você é um profissional consciente, racional, que prima pela qualidade e que vê isso como PARCERIAS PROFISSIONAIS.

Profissionais parceiros tendem a agrupar-se e acabam por “trocar favores” entre si. Tenho um engenheiro parceiro que sempre me chama para fazer os projetos de iluminação e lighting dos projetos dele. Todos os projetos são realizados por mim.

Outros parceiros arquitetos – que não gostam de interiores e sim de obras – fazem a mesma coisa.

Como retribuo? Sempre que aparece algum projeto que necessite de alguma alteração que não posso assinar, chamo-os para resolver. Entrego os esboços com os conceitos, idéias, brieffing e trabalhamos em conjunto. Simples assim.

Esta troca “de favores” só traz melhorias para todos: você, parceiros, fornecedores e clientes.

Coloquei fornecedores pois novamente confesso: não sou nenhuma assumidade em hidráulica. Prefiro fazer uma parceria com algum designer, engenheiro ou arquiteto que entenda realmente destes assuntos a cometer erros que depois darão dor de cabeça a mim, ao cliente, ao lojista, ao empreiteiro e à indústria.

Mas percebo que ainda aqui pelo Brasil isso é muito complicado de acontecer. Cada um prefere ficar enclausurado em seu egocentrismo, errando repetidas vezes mas sempre sem abaixar o topete.

Trabalho atualmente com vários parceiros de São Paulo, Campinas, Curitiba, Maringá e outras cidades mais. às vezes na forma de parceria, outras em consultorias. Mas percebo que ainda existem “vilas” onde os profissionais não amadureceram profissionalmente – alguns já com mais de 20 anos de estrada.

Portanto nobre leitor, “caia na real” e abra seus olhos e procure perceber o que realmente você gosta de fazer dentro de um projeto. Aquelas áreas onde você tem mais dificuldades ou que não gosta mesmo de mexer, coloque nas mãos de alguém que realmente entenda do assunto. Todos voces só tem a ganhar com isso!

Bom trabalho, parceiros!

MARKETING PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA DESIGN DE INTERIORES

Está errado quem pensa que para um bom marketing faz-se necessário um alto investimento financeiro. Existem formas de trabalhar o marketing onde o investimento financeiro é praticamente nulo e o seu talento e esforço pessoal são determinantes.

 

O desafio pessoal está em utilizar esses instrumentos de maneira correta agregando valor ao seu lado profissional. Depois de ações básicas e nem tão difíceis de realizar, basta realizar serviços e ações de manutenção das ações.

 

Confira algumas dicas:

 

Estréia ou inicio profissional

No início da atividade profissional, ações de divulgação mais intensas no mercado têm possibilidades reduzidas de emplacarem. Primeiro, é importante construir uma base comercial, um currículo mínimo de obras, pois de nada adianta se apresentar ao mercado com belíssimos desenhos se você não tem o que mostrar em projetos já realizados. Então, de inicio, busque conseguir trabalhos dentro do círculo familiar, ou nas amizades próximas, completa, mesmo que sejam os famosos “de grátis” (SIC). Os trabalhos efetivados tem mais valor que os criados apenas no papel.

 

Rede de relacionamentos

Na universidade iniciamos a nossa rede de relacionamentos profissionais. Ela inicia-se junto aos colegas e professores, que são potenciais parceiros em trabalhos futuros. Batalhar por estágios em empresas são outra fonte valiosa de aproximação com integrantes do mercado. Durante os estudos, já deve existir a preocupação em desenvolver o plano de marketing pessoal e a gestão da carreira. Por isso mesmo é importante observar a Matriz Curricular do curso pretendido para verificar se há disciplinas como Gestão e Empreendedorismo. Depois da formação, parte-se para o plano de negócios.

 

Presença em eventos e vida social

Congressos, convenções e eventos similares são ambientes férteis para ampliação e fortalecimento do círculo de relacionamentos. O designer também pode se dispor a promover palestras ou cursos gratuitos como forma de criar projeção social. E a presença não deve se restringir a reuniões do setor. É necessário manter um bom relacionamento também com advogados, médicos e profissionais de outras áreas. Essas pessoas vão construir casas, reformar, remodelar seus escritórios e clinicas e têm um círculo de amizades que pode acabar favorecendo o designer. Estes contatos são conhecidos como prospects.

 

Internet

Uma ferramenta de baixo custo e elevado retorno para quem sabe utiliza-la corretamente.

A internet oferece diferentes meios e formas de aproveitamento profissional. A utilização mais habitual concentra-se no desenvolvimento de sites para a sua empresa ou profissionais autônomos.

Porém, existem vários outros recursos que podem ser utilizados e que não necessitam de investimentos altos como é o caso dos blogs.

Uma outra maneira de promoção virtual é a publicação de artigos, no próprio site, blog ou em outros endereços eletrônicos de interesse do público-alvo do designer. Estas iniciativas podem ser gratuitas e a exigência é muito mais por uma disposição intelectual. Vejo muitos profissionais se negando a escrever para blogs e sites por não receberem pagamento pelo trabalho. Mas também vejo estes mesmos profissionais reclamando da falta de clientes, não reconhecimento profissional. Não é preciso esperar que o escritório ou seu nome profissional cresça e seja reconhecido para desenvolver ações nesse sentido, ligadas ao plano de marketing. O importante é desenvolver o plano de marketing para, em seguida, conseguir crescer. No site do SEBRAE encontra-se à disposição um modelo de plano de marketing.

 

Parcerias

Fazendo uso dos contatos construídos ao longo dos anos, os designers têm, nas parcerias, uma ferramenta poderosa de obtenção de trabalhos. São acordos informais, de ajuda mútua, a serem feitos com outros designers, arquitetos, engenheiros e construtoras. É uma troca mutua de informações, favores, apoios, um indicando o outro. Esta é uma das principais ferramentas de promoção, hoje. Um nível adequado de parcerias por si só é capaz de manter um escritório de design num bom ritmo de atividade.

 

Força da indicação

Comparada com o recurso da publicidade e da propaganda paga, a indicação profissional traz muito mais resultados ao prestador de serviços do setor. É mais forte a indicação de um designer por um arquiteto ou engenheiro que já está na obra, já tem um grau de relacionamento ali dentro, do que se o proprietário recebesse a informação daquele profissional de design por um jornal, ou outra publicação qualquer, ou ate mesmo por indicação de outra pessoa. Não se faz leilão para contratação de designers. Os clientes gostam de trabalhar na confiança. Ou ele viu sua obra, ou alguém fez uma indicação muito incisiva do seu trabalho.

 

Manutenção dos contatos

A rede de contatos não existe para ser acessada apenas quando há interesses. A alimentação e manutenção desta precisa ser freqüente, sem que se tente planejar retorno. Se sua rede estiver bem alimentada, o nome do profissional será lembrado quando surgir uma necessidade. O engenheiro Manoel Botelho, que oferece cursos de marketing nos setores de engenharia e arquitetura, sugere que os profissionais se manifestem formalmente pelo menos duas vezes ao ano, por cartas ou e-mails. “Tem que avisar que você está vivo, está atuando, e qual sua especialidade. As pessoas esquecem”, afirma Botelho.

 

Identidade e comunicação visual

Estabelecer um padrão visual nos meios de contato com os clientes ajuda na fixação do nome do designer ou escritório. A dica se aplica do cartão de visita à placa de obra, passando pelo papel timbrado e pelos desenhos do profissional. “Em tudo que for feito, tem de haver uma marca característica, personalizada com uma lembrança indiscutível”, salienta Manoel Botelho.

 

Auxílio especializado

Além do próprio consultor de marketing (cuja atuação costuma ser vigorosa nas primeiras semanas e mais aliviada posteriormente), outro profissional especializado que auxilia na divulgação do escritório é o assessor de imprensa. Isso porque a mídia está entre os instrumentos que mais geram resultados aos diversos profissionais, incluindo-se aqui os designers. Temos visto constantemente nomes aparecendo nas publicações especializadas. Estas publicações são fundamentais. Quando você chega num cliente novo e mostra uma obra sua publicada, ele gosta, mesmo que não tenha tido acesso ao material pelas vias normais. Quando a sua intenção for grandes empreendimentos você tem de promover uma ação mercadológica mais ativa. Visita pessoal, deixar um currículo, um portfólio e, no caso de obras de menor vulto, como residências, os veículos de imprensa economizam esse trabalho de campo, na medida em que conseguem atingir diretamente o consumidor final.

 

Presença na mídia

Quem quiser evitar o custo com a assessoria especializada pode procurar, por conta própria, a interação com a mídia. Procure entrar em contato com a redação dos jornais locais fazendo sugestão de pautas ou até mesmo enviar artigos ou matérias de sua autoria. Podem ser sobre os mais diversos assuntos relacionados ao Design de Interiores/Ambientes. Assunto não falta! Com isso, fatalmente você começará a ser procurado pela imprensa sempre que houver interesse ou necessidade para alguma matéria dentro da tua área.

Outra forma é enviar às revistas especializadas cases de seus projetos e artigos de sua autoria. Envie um a cada três meses e seu nome começará a ser conhecido dentro da redação. Hora ou outra alguém fatalmente entrará em contato mesmo que seja para participação em alguma matéria mais geral. É importante, principalmente nas revistas especializadas, que você estabeleça posições, mostre o que pensa, desenvolva raciocínios e, principalmente, seja capaz de defender as suas idéias e que estas estejam embasadas.

 

Ética

Todo e qualquer resultado, seja positivo ou negativo, num plano de marketing, estão atrelados à ética do dia-a-dia. É comum vermos um profissional denegrir a imagem de outro para tentar ganhar um cliente, o que demonstra falta de profissionalismo e incapacidade de trabalhar dentro de um sistema organizado. Os clientes percebem manobras dessa natureza e isso fatalmente acarretará em conseqüências desastrosas ao envolvido.

 

Ferramentas de promoção

Super Dicas!!!

 

Contatos pulverizados

Busque relacionar-se com profissionais de diferentes segmentos. Todos são potenciais “prospects” clientes e ajudam na propagação de seu nome ou de seu escritório.

 

Parcerias

Designers com focos distintos de atuação, arquitetos, engenheiros e construtoras podem estabelecer acordos informais em que um indica o outro para trabalhos em geral.

 

Rede bem alimentada

Desenvolva o hábito de trocar informações com colegas, parceiros e clientes.

 

Internet

Utilize para criação de um site, blog ou publicação de artigos em endereços de interesse de seu público-alvo.

 

Comunicação visual

Padronize cartões de visitas, placas de obras, papel timbrado. Isso ajuda a fixar sua marca ou nome no mercado.

 

Assessoria de imprensa

Contrate para promover seus projetos em revistas especializadas e demais veículos de comunicação.

 

Texto base: http://fernandaguizi.blogspot.com/