Indicação de filmes

Assisti neste final de semana a dois filmes e quero compartilhar com vocês leitores pois, além de excelentes roteiros e argumentos são um espetáculo cenográfico, de locações e de figurinos.

Vou escrever sobre “A Single Man” (pessimamente traduzido para o português como “direito de amar”). O mais coerente com a tradução e com a história seria “um homem sozinho” ou coisa assim. O segundo filme coloco um pouco no final deste post.

Confesso que ainda estou bastante tocado por este filme por causa da história. Já aviso que é doída, corta a alma e nos deixa com um apertado nó na garganta e no coração.

Colin Firth está surpreendente neste filme. Jamais esperaria vê-lo interpretando um homossexual, mas agradáveis surpresas sempre acontecem. Ele trata o tema do filme e o carater da personagem com uma integridade moral e ética perfeitas.

Em resumo, ofilme apresenta o drama de um professor homossexual no início da década de 60 que perde seu companheiro de 16 anos num acidente de carro e não vê – apesar da vida que leva cheia de luxo e uma posição social privilegiada – razão para continuar vivendo.

Os mais homofóbicos podem ficar tranquilos pois este filme não é nada agressivo e tampouco tem cenas de putaria que vocês adoram ver nos filmes héteros. Pelo contrário, mostra um homem já maduro e bem resolvido em todos os sentidos na vida e que sofre pela perda do amor de sua vida. Se vocês pensam que ser gay é ser uma caricatura de mulher apenas, não percam a oportunidade de conhecer o outro lado gay que a mídia não mostra por não dar retorno: o dos homens, que são homens, gostam de ser homens, andam, falam, gesticulam como homens e não tem o menor problema com a sua sexualidade. São simplesmente homens que gostam de homens. E, principalmente, que tem o direito de amar livremente assim como você.

Bom, tecnicamente falando o filme é um show em todos os sentidos.

A fotografia, cenografia e locações são um espetáculo e para aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre como eram as coisas e a vida na década de 60 é fundamental assisti-lo. Indiscutivelmente a melhor representação deste período que eu já vi em filmes até hoje.

O make-up é outro show a parte. Os penteados e maquiagens são uma verdadeira viagem no tempo.

Os figurinos são uma perfeita representação de bom gosto. Também pudera, o diretor estreante é ninguém menos que Tom Ford. Não sabe quem é ele?

Foi Tom Ford quem reergueu a grife Gucci e ocupou o lugar de Yves Saint Laurent depois de sua morte.

Daí os figurinos impecáveis, ternos absurdamente alinhados e vestidos maravilhosos como o usado pela Juliane Moore (num papel pequeno mas fundamental à história) na noite de natal que aparece em parte na foto acima.

Tudo isso embalado por uma trilha sonora e uma sonoplastia impecáveis.

Vale cada segundo. Veja o trailler:

O segundo filme, aqui no Brasil traduziram seu nome para “Os homens que não amavam as mulheres” .

Este é um filme sueco (falado em sueco também) e muito interessante. É uma história de investigação que envolvem crimes contra mulheres. Cria-se uma estética interessante ao misturar vários elementos de personagens distintos. O filme faz parte de uma trilogia do autor sueco Stieg Larsson. Todos os tres livros já foram filmados por lá.

Uma curiosidade: Larsson não chegou a ver o sucesso de sua obra, ele morreu de infarto pouco após entregar os três livros ao seu editor. Parece que seria uma decalogia mas o sueco não viveu para tanto.

Para quem não conhece a Suécia é uma excelente oportunidade para perceber um pouco da paisagem e do modo de vida deles. Veja o trailler e fique com vontade:

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