Palestra ABD_PR / FAG – Cascavel-PR.

Bora trabalhar em defesa de nossa profissão!

Palestra #ABD_PR na #FAG, em Cascavel – PR.

A Ana Eliza Roder França irá falar sobre a nossa regulamentação profissional (tramitação, bastidores e as conquistas para a nossa profissão através da Lei n° 13.369/2016.

Na sequência eu irei apresentar a minha palestra campeã de solicitações “Design de Interiores: N Jeitos de Atuar”, sobre os diversos nichos de mercado possíveis para nós, profissionais de Design de Interiores.

O pessoal de toda a região está convidado e serão muito bem-vindos!

Agradecimento especial à coordenadora Marieli G. Moreira, por abrir as portas da FAG para a ABD.

Mais informações e inscrições no link:
http://abd.org.br/guia-de-designers/palestra-pr-regulamentacao-profissao-fag?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Palestra+PR+FAG+Profiss%26atilde%3Bo+de+DI

NDesign2016 / NParahyba

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Pois é pessoal!

E lá vou eu mais uma vez participar como representante de nossas áreas (Interiores e Lighting) de mais um NDesign, o N Parahyba, e claro, respirar por mais uns dias o maravilhoso ar nordestino!

ndesign2016

Como já devem ter visto, esse ano será realizado em João Pessoa, na Paraíba.

E esta será a VIGÉSIMA SEXTA EDIÇÃO!!!

Não você não leu errado: 26ª edição deste evento!!!

O NDesign é o Encontro Nacional de estudantes de Design, realizado a cada ano numa região diferente do País. Faz parte das ações do CONe Design (Conselho Nacional dos Estudantes de Design). É um baita evento organizado por estudantes (CONDe) locais com uma semana inteirinha de puro Design pra você se deliciar!

Tem muuuuuuuuuito conteúdo! Duvida?

Oficinas e SEPAs e SEPP , veja aqui.

Convidados, palestras e workshops, veja aqui.

E tem festas, parceiros, patrocinadores, alojamento, local do encontro e tudo mais que você precisa ou quer saber aqui ó.

Não estarei sozinho este ano na missão de representar o Design de Interiores. Tem também essa figura linda aqui:

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É a Margaret de Zorzi que também estará lá falando sobre o que amamos!!!

E pensa que acabou?

Nananinanão!!!

Ainda tem mais nomes de nossa área como convidados. Pena que ainda não posso divulgar os nomes. Só depois que CONDe Parahyba divulgar posso compartilhar.

Mas garanto que são grandes nomes!!!

E você? Vai ficar de fora?

Poxa, ainda não sabe o que é o NDesign?

Como assim nunca ouviu falar sobre este, que é o principal evento de Design do Brasil, em sua faculdade?

Coloque seu(a) coordenador(a) e professor(a) na parede e peça explicações.

Garanto que vale a pena cada suado centavo investido para participar!

Nos vemos no N?

Sobre novelas, personagens e danos profissionais

O site Administradores.com publicou no dia 22/01/15 uma matéria interessante sobre a ficção X a vida real. No caso, refere-se à novela das 21h, Império, da Rede Globo, de autoria do Aguinaldo Silva. Ali eles buscam apontar como é importante a contratação de um profissional habilitado para administrar as empresas, mesmo nas familiares, como é o caso, onde nenhum dos herdeiros se importou realmente com esta área. Leia a matéria aqui: http://www.administradores.com.br/mobile/artigos/carreira/novela-da-vida-real/84227/

cristina-relacaoNo caso referem-se à personagem Cristina, personagem da atriz Leandra Leal. Estão certos afinal, estão defendendo a sua área profissional mostrando realmente a necessidade e as vantagens deste ato visando a saúde físico-financeira das empresas.

Lendo a matéria me deu um estalo sobre algo que já estava me incomodando faz tempo nesta novela, mas que eu ainda não tinha conseguido sacar, de tão óbvio e escrachado que estava a coisa: o papel do Design e dos designers nas empresas.

Sim, pois uma das personagens, ligadas diretamente à empresa, e filha do criador da mesma e, consequentemente herdeira, é uma designer de jóias com cursos, inclusive, no exterior. Maria Clara é o nome dela, interpretada pela atriz Andreia Horta.

MariaClara-relacaoAté aí tudo bem. De inicio ela representava bem o papel de uma designer mostrando, mesmo que superficialmente, suas funções, habilidades, competências e o potencial do Design em alavancar e/ou manter uma empresa. Porém, de uns tempos para cá a coisa toda mudou e esta personagem vem apresentando um perfil que se distancia – e muito – do perfil de qualquer profissional, inclusive de um designer: arrogante, ensimesmada, melindrosa, dona da verdade, impositiva, irresponsável, com um grau elevado de falta de ética pessoal/profissional entre outros aspectos bastante pejorativos e danosos ao Design nacional, enquanto ela figura como uma “representante” de nossa área, mesmo que na ficção.

claudiaraiaNão é a primeira vez que isso acontece e, para mim, o caso mais emblemático foi numa novela (não me lembro do nome) onde a personagem representada pela atriz Claudia Raia acordava num dia e dizia: “A partir de hoje serei designer de interiores”. Sim, bem assim, de boca cheia, num passe de mágica tipo “pirlimpimpim”. Sem curso algum, sem qualificação alguma, tomada por uma futilidade imensa digna das “peruetes” de plantão. Fazia altas merdas (sorry pelo termo “chulo”, como dizem alguns por aí), levava os clientes a gastar com coisas absolutamente desnecessárias com projetinhos mequetrefes e que NADA tinham de Design além do que, esta personagem era uma trambiqueira nata que queria se dar bem na vida de qualquer jeito. Consequentemente, desmereceu, ofendeu, ridicularizou e afetou a nossa área seriamente.

Voltando à novela atual, se não bastassem todos esses problemas originários desta personagem ainda temos de conviver com outros: a tal administradora exemplar foi a primeira a dar um passo errado ajudando esse desmerecimento quando, numa conversa com o ourives, perguntou se ele teria capacidade de criar uma coleção com o mesmo padrão e qualidade dos produtos da empresa. De pronto este respondeu que sim, tranquilamente. Não assisti o desfecho disso, mas me falaram que a Maria Clara deu um pitti violento do tipo “eu sou a designer”… Além de se esquecer totalmente os riscos que a empresa irá correr fazendo isso, também da multidisciplinaridade e trabalho colaborativo que são fundamentos do Design. E Clara deveria valorizar e reconhecer mais quem está em sua equipe afinal, ela não é nada sem o ourives, mas o ourives não funciona no seu melhor sem ela numa linha de produção.

O correto seria ela ter adotado uma postura pró-ativa, aceitando desenvolver em equipe a nova coleção. O aprendizado seria imenso bem como, a valorização e aproveitamento dos conhecimentos dos outros profissionais envolvidos sempre geram bons frutos e, claro, retorno financeiro. Isso faz parte do processo de briefing. O ourives também errou ao aceitar a proposta e, me lembro muito bem, disse que “há anos esperava essa oportunidade!”. Então ele ficou ali parado anos seguidos e não procurou aperfeiçoar-se e fazer um curso superior? Longe de desmerecer estes profissionais incríveis, é preciso fazer a correta distinção do papel deles: seu trabalho destina-se a clientes individuais onde eles trabalham para transformar o sonho e o desejo de um cliente em uma bela jóia, exclusiva. Raros são os que entendem de coleções, mercado, produção seriada, etc. Croquizar bem na frente do cliente não faz de ninguém um designer.

personagens_relacao_21Como se não bastasse isso, recentemente a prima da Maria Clara, a Amanda (Adriana Birolli), que ninguém sabe o que faz nem de onde veio, resolveu brincar de desenhar também e está tentando colocar dentro da empresa uma coleção assinada por ela.

Seja como for, não está legal – mais uma vez – a representação do profissional de Design numa novela. De novo somos colocados como profissionais fúteis e dispensáveis perante grande parte da população já que estas novelas atingem a maioria dos lares nacionais – e até internacionais.

Seria muito importante que os autores, antes de fazer esse tipo de coisa, procurassem conhecer melhor as profissões e suas atribuições/funções/capacidades/importância.

Fica claro também, através desta matéria, que muitos administradores desconhecem a importância do Design como ferramenta para os negócios e tampouco sabem que, parafraseando o Ed Ramos, “Design não é custo. É investimento!”. Além disso, a personagem Cristina do inicio da novela até o momento quando assumiu o cargo dentro da empresa, era ainda estudante, não formada e, em momento algum, falou-se sobre a sua formatura. Fica aqui também um alerta para a academia de Administração: informem-se sobre o que é Design e instruam seus discentes a, sempre que necessário, buscar a ajuda destes profissionais.

Não estou querendo aqui santificar todos os profissionais de Design, pois bem sabemos que, como em todas as áreas, também existem as laranjas podres. Mas porque sempre destacar nesses folhetins exatamente estes depreciando a área profissional bem como os bons profissionais?

Não estaria na hora dos profissionais manifestarem seu repúdio contra tudo isso?

Não estaria na hora das associações começarem a agir de modo efetivo quando este tipo de coisa acontece defendendo, realmente, nossas profissões?

Discurso é bom, mas ações são melhores, mais necessárias e mais eficazes.

Portanto, fica aqui registrado o meu repúdio a este tipo de tratamento que, vira e mexe, é dado aos profissionais de Design quando retratados em algum folhetim.

N_Goiânia 2014, mude seu estado_

E aí pessoas estudantes, já estão preparando as malas, mochilas, barracas, fantasias para as festas, dando uma turbinada na inspiração e reforçando a resistência para encarar as atividades do N2014??

ngoianiaEste será o 24º Encontro Nacional de Estudantes de Design (NDesign)

Desta vez será realizado em GO GO GO GO GOIÂNIA!!!

E a data já está certa!!!

De 19 a 26 de julho de 2014.

Fiquem ligados na página do NGoiânia no facebook , pois sempre está rolando promos e detalhes fresquinhos do encontro.

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Vai perder?

¬¬

ProDesign>pr x CAU

NOTA DE REPÚDIO À RESOLUÇÃO Nº 51 DO CAU/BR CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL

A ProDesign>pr, Associação das Empresas e Profissionais de Design do Paraná, vem à público se manifestar e posicionar contra a Resolução nº 51 do CAU/BR, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, somando-se às forças que em todo o país se unem veementemente contra a arbitrariedade do referido documento.

Como uma das instituições associativistas mais articuladas do Brasil, e representando seu quadro de membros e empresas associadas, a ProDesign>pr reivindica a revisão imediata e portanto, melhor redação, da Resolução nº 51 do CAU/BR por considerar que esta pode ferir o exercício da profissão de designer, notoriamente instituída no país, apesar de sua não regulamentação, e por entender que esta pode ser contrária aos anseios de todos os profissionais do Design, que de maneira formal e legal, atuam legitimamente e eticamente.

A Resolução nº 51 visa cumprir definições dispostas nos artigos 2º e 3º da Lei nº 12.378, de 2010, que em nosso entendimento passam por cima de profissionais, escritórios de design, centros e núcleos de design, setores de design em instituições públicas e privadas, instituições de ensino e de um histórico de mais de 50 anos de atuação científica e profissional dos designers no Brasil, ao simplestemente desconsiderar a profissão do designer.

Por tudo isto, a Resolução nº 51 pode ferir o exercício da profissão de designer, ainda mais quando determina para fins de Registro de Responsabilidade Técnica o desenvolvimento por arquitetos e urbanistas das seguintes atividades: – Projeto de Mobiliário; – Projeto de Mobiliário Urbano; – Projeto de Design de Interiores; – Projeto de Comunicação Visual para Edificações; – Projeto de Comunicação Visual Urbanística; – Projeto de Sinalização Viária; – Execução de Adequação Ergonômica; – Execução de Reforma de Interiores; – Execução de Sinalização Viária; – Execução de Mobiliário; – Execução de Mobiliário Urbano; – Execução de Comunicação Visual para Edificações; – Execução de Comunicação Visual Urbanística.

Muitas destas atividades sequer são contempladas por grades curriculares em vários cursos de Arquitetura e Urbanismo ao passo que fazem parte das grades curriculares dos cursos de Design. Nos parece que falta esclarecimento sobre o desenvolvimento destas atividades por profissionais que não são arquitetos e urbanistas, deixando uma lacuna que pode variar de acordo com interpretação, o que não é coerente com um documento que visa eliminar dúvidas. Isto acontece também com o Anexo da Resolução Nº 51 que procura definir conceitos descritos na própria resolução e na Lei 12.378. Um exemplo claro é a inclusão da Comunicação Visual como parte integrante da Arquitetura de Interiores, e portanto atividade exclusiva de arquitetos e urbanistas. A Resolução nº 51 do CAU/BR em nosso entendimento, parece aproveitar-se da falta de regulamentação da profissão do designer, que encontra-se neste momento em tramitação no Senado brasileiro.

A ProDesign>pr ainda entende que estas determinações caminham na contramão do trabalho cooperado entre arquitetos, urbanistas e designers, na solução de problemas para as nossas cidades, adotando as ferramentas do design e as tecnologias e metodologias desenvolvidas por designers, centradas nos usuários.

Por ainda acreditar na boa fé e nas boas práticas, a ProDesign>pr reivindica em voz uníssona a todas as Associações Profissionais de Design, Instituições de Ensino de Design, Empresas e Profissionais que corroboram dos mesmos ideais e que lutam pela valorização do Designer, a revisão no intuito da melhor compreensão, da Resolução nº 51 por parte do CAU/BR, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.

Curitiba, 30 de agosto de 2013

José Augusto Tulio Filho Presidente ProDesign>pr

fonte:
http://prodesignpr.com.br/inspiracao/noticias/nota-de-repudio-a-resolucao-n%C2%BA-51-do-caubr/

Quero aqui parabenizar ao Tulio e à ProDesign>pr pela excelente nota de repúdio!!!!

Importantíssima neste momento!!!

Trabalho final da pós

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É pessoal, finalmente terminei meu artigo da pós em Iluminação do IPOG. Já foi devidamente entregue, corrigido e liberado para publicação.

Bem diferente dos trabalhos que tenho visto sendo publicados onde o foco são os projetos, parti em outra direção: uma análise do mercado profissional brasileiro, associações e ações ilícitas destas últimas, especialmente a AsBAI.

O trabalho consiste na construção de uma cartilha informativa sobre o Lighting Design. Esta já é uma idéia antiga que eu vinha amadurecendo em conversas com o Valmir Perez e outros profissionais da área.

Segue então os arquivos em PDF:

– Artigo: Cartilha informativa sobre Lighting Design

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– Modelo inicial da Cartilha

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É sempre bom lembrar que eu não sou designer gráfico, portanto a apresentação da cartilha é apenas uma ideia.

Espero que gostem (a AsBAI sei que não vai gostar nem um pouco ah ah ah) e que dele surjam novos movimentos profissionais e acadêmicos.

The Victorias Secret Fashion Show 2012

É, de novo o “The Victorias Secret Fashion Show”, edição 2012 é uma verdadeira aula de muito sobre Design.

E eu novamente babei em cada detalhe desse verdadeiro show de Design. Assisti várias vezes para conseguir assimilar tudo o que ali se faz presente.

vejam só:

Para o pessoal de Moda> cortes, camadas, tramas, produção, acessórios, estilo, sensualidade, etc etc etc

Para o pessoal do Gráfico> grafismos, cores, produção de vídeos e vinhetas, etc etc etc

Para o pessoal de Produtos> acessórios, complementos, produtos diversos, etc etc etc

Para o pessoal de Ambientes> cenografia, passarela, platéia, coxia, etc etc etc

Para o pessoal de LD> luz, luz, luz e mais luz!!!

Divirtam-se!!!

N Jeitos – Ô trem bão!!!

É, o NDesign em BH foi um evento daqueles que nos fazem pensar “Ô trem bão sô”!!!!

Foi tão bão, mas tão bão que ninguém queria que acabasse…

Foi tão bão, mas tão bão que ouvi de alguns organizadores dos próximos eventos que o NJeitos complicou a vida deles pois vão ter de trabalhar muito para ao menos igualar o nível do evento.

No Open Space (atividade em grupos para pensar os próximos eventos), antes da plenária final, decidi participar para aproveitar e colocar mais atenção sobre a nossa área, Interiores/Ambientes, nos próximos eventos.

Acabei falando antes da plenária final, parabenizando-os e incitando (energizando) todos os presentes. Pena que eu não tinha conhecimento deste vídeo, senão teria pedido para passar antes do encerramento:

The Wayseer Manifesto – Visionarios do Caminho (Legendado)
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Tem tudo a ver com o espírito do evento, dos participantes e dos Designers!!!

Então propus aos presentes o seguinte desafio daqui para a frente:
“Antes do designer, vem o DESIGN.”

Para os próximos eventos dei a idéia de que no primeiro dia, as primeiras atividades não foquem em nenhuma área específica e sim, apenas no DESIGN. Que seja apenas uma palestra, mesa redonda, bate papo onde o “apartheid”, a segregação não estejam presentes. Derrubar os preconceitos entre áreas já de início. Após “abrir a mente” dos participantes, parte-se para as especificidaders.

Antes de eu ser designer de ambientes, a minha raiz, base, estrutura está no DESIGN. Uma idéia para quebrar barreiras, derrubar paradigmas, eliminar os guetos profissionais e dos departamentos…

Se você é de produto, não interaja apenas com o pessoal do seu curso, não leia apenas sobre produtos, não produza apenas sobre produtos, não pense apenas em produtos. Isso é um paradigma imposto pelo sistema que precisa ser questionado até ser derrubado.

Promovam a interação entre os departamentos de design nas universidades estudando como um segmento pode contribuir, colaborar, somar com os outros.

Ampliar a mente, expandir a visão e o foco. Somos multi, pluri, trans e megadisciplinares.

E nunca pedir informação sobre ambientes para um gráfico. Faça isso diretamente a um de ambientes.

O N Jeitos trouxe uma nova forma de ver o Design, várias atividades foram multifacetadas (inter-áreas). Não deixem isso morrer.

Como falei no encerramento, o nome “N Jeitos” foi uma sacada genial da organização. Já derrubaram inúmeras barreiras só através do nome escolhido.

Também elogiei o pessoal que está organizando o RDesign de Curitiba (acho que em outubro próximo): 360°.

É isso, abram suas mentes, ampliem seu mundo, nosso campo visual é em média de 150° e com isso, deixamos de perceber o restante que fica escondido nos 210°.

Me esqueci de falar na hora mas tinha um grupo bem na minha frente e o nome do R é bem isso: Revolução!!!

Revolucionem, não se contentem, não aceitem pacificamente tudo que lhes é imposto. Que a partir do N Jeitos, esse pensamento de inovação, inquietação, indignação, inspiração, integração esteja presente não só nas organizações dos próximos eventos mas, principalmente, na cabeça de todos.

Como falei, estou a disposição de todos para auxiliar, indicar, propor, participar enfim, ajuda-los a construir os proximos eventos. É só entrar em contato que terei o maior prazer em ajuda-los.

Afinal, somos parte dos “Visionários do Caminho”!!!

Valeu pessoal!!!

LightingNow > workshop online

É pessoal, à convite do Alexandre, gestor do Portal Lighting Now, vou ministrar um workshop online em junho/julho.

Trata-se do workshop “Lighting Design: mitos, verdades e erros frequentes em projetos de iluminação”.

Objetivo:

Este Workshop On-Line tem por objetivo, trazer à discussão o papel do Ligthing Designer no cenário brasileiro, evidenciando suas qualificações, relações entre profissionais, atividades projetuais complementares e desmistificando o projeto luminotécnico, apontando o que é Mito e o que é Verdade quando o assunto é luz.

Todos estes pontos, além dos Erros mais frequentes nos projetos de iluminação, serão tratados de forma simples, clara e objetiva junto aos profissionais do mercado, buscando um melhor entendimento sobre o assunto e promovendo cultura orientada à qualificação e diferenciação em seus projetos.

Público-Alvo:

– Profissionais da área de Arquitetura, Decoração e Iluminação;
– Contratantes de projetos e serviços correlatos que precisam de maiores conhecimentos sobre o assunto;
– Estudantes e pesquisadores das áreas acima citadas.

Formato:

O workshop será ministrado no formato de apostilas em PDFe está dividido em 4 módulos com início em 18/06 e vai até 13/07 (4 semanas).

A cada semana (segunda -feira) será disponibilizado um novo módulo que o participante pode assistir on-line ou baixar para acompanhar posteriormente nos dias e horários que mais lhe for adequado.

Durante a semana, o participante pode tirar suas dúvidas sobre o conteúdo exposto comigo pelo próprio site.

Todas as aulas ficarão disponíveis para consulta até o final do último módulo.

O Programa

1º Módulo – 18 a 22/06
Introdução
Cultura de parcerias profissionais (importância das parcerias)
Comunidade criativa
Diferenças entre Iluminador e Lighting Designer

2º Módulo – 25 a 29/06
Erros mais comuns e frequentes em projetos de iluminação
Estudos de casos
É mais caro consertar do que iniciar certo

3º Módulo – 02 a 06/07
A valorização da arquitetura e dos ambientes através da iluminação
Intervenções urbanas
Desenvolvimento de produtos

4º Módulo – 09 a 13/07
Pesquisa
Mitos e verdades
Tira dúvidas

Maiores informações:

Workshop Lighting Design com Paulo Oliveira
Data: de 18/06 a 13/07
Onde: Evento On-Line (internet)
Valor: R$ 49,90 (Cartão de Crédito ou Boleto Bancário pelo PagSeguro)

Inscrições: clique aqui para inscrever-se.

é… estamos ferrados???

A falta da regulamentação profissional do Design de Interiores/Ambientes está afetando cada dia mais o nosso exercício profissional. Muitos acadêmicos nem fazem idéia do que anda acontecendo e incontáveis profissionais já formados simplesmente fazem de conta que o problema não é com eles.

Pois bem, está tramitando no Congresso Nacional o PL 1391/11, de autoria do Deputado Luiz Penna, que regulamenta a profissão do designer. No entanto, abre-se uma grande discussão em torno desta regulamentação.

O PL contempla apenas as seguintes áreas: Comunicação Visual, Desenho industrial, Programação Visual, Projeto de Produto, Design Gráfico, Design Industrial, Design de Moda e Design de Produto. Design de Interiores/Ambientes ficou de fora.

Esta é uma discussão que já tenho há vários anos com alguns “cabeças do referido PL”. Com um deles, especificamente, não há mais qualquer respeito no tratamento um com o outro – e também nem faço questão disso com relação especificamente a esse cara. Explico:

Em todos os fóruns que participo sobre o assunto sempre tentei mostrar a área de Interiores/Ambientes como parte integrante da raiz Design. Tanto é verdade isso que até mesmo as diretrizes do MEC a mantém ligada à raiz Design. No entanto, nunca recebi qualquer argumento convincente que me calasse. Todas as tentativas foram baseadas em máscaras e deixavam claro o desconhecimento total deste(s) com relação à área de Interiores/Ambientes. Não passam de meros “achismos”.

Sempre questionei sobre as escolhas das pessoas que iriam compor este comitê para estudos do PL, especialmente sobre “quem” representaria Interiores neste grupo. Também me posicionei radicalmente contra a escolha da ABD como representante em detrimento da AMIDE, ou melhor, porque associações são ouvidas e os profissionais não? Porque alguns profissionais de outras áreas do Design foram ouvidos e nenhum da área de Interiores foi? Alertei inúmeras vezes de que isso não funcionaria, pois a ABD não é uma associação de Design. Ela é uma associação que congrega decoradores, arquitetos decoradores E designers de interiores/ambientes. Para piorar a situação, a própria associação é incapaz de distinguir os três profissionais que fazem parte de seu corpo de associados. Mas foi a escolha deste grupo, sem qualquer tipo de consulta aos profissionais da área. Claro e óbvio que não funcionou e a ABD caiu fora alegando ter “um projeto próprio de regulamentação”.

Certa vez, depois de um forte debate e, quando vários designers de outras áreas perceberam a enrolação dele e começaram a pegar no seu pé para que me respondesse claramente ele soltou:

“Não queremos problemas com os arquitetos”.

Na sequência, quando percebeu que isso revoltou vários profissionais presentes, ele apagou o post. Nesse mesmo período, o pessoal das comunidades de arquitetura estavam com um forte movimento pela criação do conselho próprio, o CAU. Vários assuntos eram debatidos e entre eles, claro, ficava claro o descontentamento deles com a invasão (na verdade percebia-se o medo pela competitividade) dos Designers de Interiores/Ambientes, raça infeliz que tinha de ser extirpada. Como, legalmente, isso não é possível, começaram com um trololó de fazer a regulamentação da área através do CAU. E esse fulano juntou-se ao coro deles apoiando integralmente a ideia. Aí foi quando o respeito meu por ele acabou de vez (o dele por mim nunca existiu).

Então é assim. Corta-se na carne para beneficiar alguns grupos – ou áreas – e que se danem os outros. Uma postura no mínimo vergonhosa e que deve ser motivo de vergonha para todos os designers, de todas as áreas, nesse processo em andamento e para os parlamentares que o estão aprovando cegamente.

O Design no Brasil está sendo regulamentado, porém, antes disso, foi estupidamente amputado.

E pior, ainda tem gente que acredita que fazendo isso o Design brasileiro vai encontrar finalmente a sua identidade…

Mas devemos culpar apenas este grupo por esse erro insano?

Não!

Querem saber de quem também é a culpa? Vamos lá:

Das IES:

Enquanto tivermos cursos de Design de Interiores ligados à coordenações de Arquitetura e não de Design, enquanto tivermos uma maioria do quadro docente oriundos da Arquitetura e não do Design, dificilmente teremos cursos reais de Design de Interiores/Ambientes. Grande parte dos cursos está formando meros decoradores por causa destes dois problemas citados.

Ponto 1: O curso deve, assim como direciona o MEC, ser ligado ao departamento de Design;

Ponto 2: Os professores devem ser primeiramente das diversas áreas do Design que são utilizadas num projeto de Interiores/Ambientes. Arquitetos e engenheiros entram apenas nas disciplinas técnicas de plantas arquitetônicas, hidráulica, elétrica e similares. O resto tem de ser ministradas por DESIGNERS.

Ponto 3: os coleguismos nas contratações devem acabar. Professor que não tem comprometimento com a educação e não está disposto a compartilhar conhecimento, não merece espaço numa IES séria. E temos muitos pseudos-professores que não vêem alunos e sim futuros concorrentes no mercado de Interiores e evitam a todo custo, compartilhar corretamente os conhecimentos.

Ponto 3: Devemos pressionar e incentivar as IES públicas no sentido da abertura deste curso. A grande maioria dos cursos brasileiros é oferecida por IES privadas e todos sabem muito bem como estes funcionam (PP e PPP).

Ponto 4: O reconhecimento de qualquer profissão e o fortalecimento vêm através de pesquisas e, nas IES privadas isso não interessa. Para as IES provadas a pesquisa é um gasto desnecessário. Tanto é verdade isso que a bibliografia brasileira na área é ridícula.

Ponto 5: Nos vestibulares faz-se urgente a exigência de THE (Teste de Habilidade Específica). Da forma como vem sendo feito, muitas IES privadas cobram apenas uma redação que, muitas vezes, não passam de um parágrafo ridículo e mal escrito. Não à toa que muitos calouros desistem do curso ao descobrir que o curso de Design de Interiores/Ambientes não é mera decoração como pensavam e sim algo bem mais complexo. Um THE já eliminaria essa visão errada do curso e, certamente, teríamos alunos mais preparados para o curso.

Ponto 6: as IES devem ver este curso como uma importante área para o bem estar da sociedade e não apenas como um mero arrecadador de dinheiro, já que está na moda e a procura é grande.

Ponto 7: eliminação da oferta deste curso na modalidade “à distância”. É uma área técnica e que exige a presença constante do professor ao lado do aluno para corrigir seus erros e ensinar a forma correta de fazer um projeto e tudo que engloba o mesmo. Não vemos cursos de Arquitetura à distância. Da mesma forma é impensável um curso de Design de Interiores/Ambientes à distância dada a sua complexidade e transdisciplinaridade.

Das associações:

Ponto 1: Seriedade. Ninguém aqui estudou e investiu tanto para ficar brincando de casinha. As associações tem de acordar para a realidade do mercado e posicionar-se claramente sobre o mesmo. Não devem agir apenas quando um problema acontece com um dos membros da corte e na sequencia simplesmente fazer o problema cair no esquecimento da mídia.

Ponto 2: Jamais uma associação deve ficar em cima do muro por melindres ou medinhos. Deve encarar de frente os problemas que afetam os profissionais por ela representados.

Ponto 3: Transparência. As associações devem ser claras nas informações destinadas ao público, distinguindo corretamente os profissionais que agregam.
Ponto 4: Ação. Elas devem promover ações propositivas e positivas no sentido de educar o mercado corretamente e de maneira eficiente.

Ponto 5: Isenção. Uma associação jamais deve deixar-se guiar por fornecedores tornando-se refém. Em primeiro lugar devem vir os profissionais por ela representados, depois idem, depois idem e se sobrar tempo, idem.

Dos Profissionais:

Depois de formados saem feito loucos atrás de clientes sem se importar com questões profissionais. Só aparecem quando enfrentam algum problema. Mas assim que é resolvido, desaparecem novamente sem se importar com os colegas de profissão. Na verdade o problema é bem mais sério.

Ponto 1: A maioria atua como decoradores e se esquecem dos princípios do Design em seus projetos. Vivem dentro do mesmo mercado que os decoradores e os arquitetos decoradores. Raramente aplicam seus conhecimentos em Design em seus projetos. A maioria não desenha um móvel mais que a forma externa e esboços do que pensaram para as divisões internas. Especificar ferragens e materiais pra que se o marceneiro sabe tudo e fará o trabalho? A maioria prefere largar o projeto da cozinha nas mãos dos vendedores projetistas das lojas. Também pra que perder esse tempo todo se temos móveis prontos em lojas de qualquer esquina? Onde enfiaram os conhecimentos aprendidos na faculdade? Ou será que só frequentaram faculdades do tipo PP (pagou passou) ou PPP (papai pagou passou)? Ou ainda, será que cursaram mesmo Design de Interiores ou algum curso mascarado de decoração? Foram enganados?

Ponto 2: Será que a formação foi tão deficiente para lançar no mercado meros decoradores com canudo de designers?

Ponto 3: profissionais que preferem ficar com suas bundas gordas confortavelmente sentados esperando que alguém faça o “trabalho sujo”, que “dê a cara pra bater”. Assistem tudo de camarote e são covardes ao ponto de não se pronunciar, mesmo sabendo que a situação pode afetar o seu lado profissional.
Ponto 4: estes mesmos profissionais folgados que, depois de regulamentada a profissão e, antes mesmo da instalação do Conselho Federal, já estarão berrando nas redes sociais que querem a sua carteira profissional.

Como muito bem colocou a Keylla Amelotti no grupo Design de Ambientes – UEMG:

“Acredito que se os próprios designers de ambientes se entendessem como uma disciplina de design e não um “braço” da arquitetura, não bateríamos tão de frente com a arquitetura. Porque nós, designers de ambientes, fazemos muito mais do que decorar e humanizar a edificação que o arquiteto projetou; nós podemos ser paisagistas, designers de móveis, cenógrafos, designers de eventos; nós podemos fazer a diferença na qualidade de vida dos trabalhadores de uma loja, de uma fábrica, de um consultório; nós podemos auxiliar na produtividade de uma empresa, nós podemos transformar a forma como uma criança pode ver e sentir toda a sua vida escolar; nós podemos fazer o sonho de uma vida virar realidade num casamento, numa festa de aniversário, num quarto com alma… Nós somos e podemos muito mais do que a maioria pensa – muito mais do que alguns de nós mesmos pensam, e é por isso que parece que lutamos por migalhas de arquitetos. Nós temos muito mais a oferecer à sociedade do que querem nos fazer acreditar. Basta que a gente descubra isso, inclusive dentro da escola de design.”

Disse tudo!

Todo Designer de Interiores/Ambientes é também um Decorador. Mas não é Arquiteto.

Todo Arquiteto é também um Decorador. Mas não é Designer.

Todo Decorador é apenas Decorador. Não é Arquiteto. Também não é Designer.

Isso é um fato real e tem de ser encarado de frente, sem achismos, melindres e ego(ísmo)s.

Daí a necessidade de um profissional necessitar da parceria com os outros numa equipe multidisciplinar. Cada um no seu quadrado correto.

Ou preferem ficar aí vendo a banda passar para depois chorar sobre o leite derramado se fazendo de vítimas do sistema?

Apresentando: Baldanza iluminação Conceito

Pois é pessoal. Graças à interatividade do facebook consegui mais uma empresa parceira para o blog.

Trata-se da Baldanza iluminação Conceito.

Numa mistura muito bem casada entre arquitetura, design de produtos, design de moda e iluminação, a baldanza conseguiu chegar à um conceito exclusivo para a sua linha de luminárias.

Sempre cheias de estilo, as referências são encontradas em nosso dia a dia.

Os produtos da Baldanza estão classificados em 05 categorias:

Vista Sua Luminária

Já pensou em trocar a roupa de sua luminária?

Pois é! As peças desta categoria dão a possibilidade de trocar os vestidos delas. Descontração total.

Assim, no lugar de uma luminária, você pode ter várias, dependendo da quantidade de vestidos que comprar.

Uma deliciosa brincadeira para a sua casa!!

Especialidades

Uma linha já mais estruturada onde as peças realmente marcam presença pela beleza de suas formas e acabamentos.

O Designer é você

Aqui você tem s possibilidade de escolher os tecidos para as cúpulas de seus abajoures. Você escolhe entre as bases, modelos de cúpulas e tecidos.

Dá pra brincar bastante e soltar a sua imaginação e criatividade.

Projetos Especiais

Aqui, o profissional cria uma luminária e a Baldanza a produz com a possibilidade ainda de entrar para o catálogo.

É sem sombra de dúvida, um serviço mais que especial oferecido pela Baldanza aos profissionais.

Um exemplo? A luminária desenvolvida para o Restaurante Ponto G:

e Técnico

São as luminárias mais técnicas mas que mantém o conceito da marca em sua aparência.

Os responsáveis por essa novidade no mercado brasileiro são a Lise e o Robison.

Visite e curta a página no facebook.

Ou baixe o catálogo da Baldanza clicando no link abaixo:

BALDANZA-LANÇAMENTOS.2012.01

Parabéns, sucesso e grato pela nossa parceria!!!

Reader: cores e mais cores

É, resolvi fazer um post mais leve baseado em meu reader já que andam me chamando de ranzinza (ah ah ah). Vamos então a um post sobre o uso de cores e outros detalhes interessantes que encontrei em meu reader hoje. Quem vai gostar é a minha amiga mega colorida Joyce Diehl:

foto 1 – woodmat1

Simples, alegre, divertido, customizável nas cores. Adorei!!!

foto 2 – Corian Loves Missoni

Quem já trabalhou com este material conhece bem suas características físicas como a sua resistência e durabilidade. Isso possibilita a sua aplicação em áreas perigosas e problemáticas como os banheiros. Porque não tornar os banheiros mais alegres, usar e abusar dos geometrismos na paginação?

foto 3 – Hot Paper Restaurant

Eu simplesmente amei o detalhe da parede com built-in.

Podemos chamar este elemento de “sanca de parede”?

Para facilitar as coisas, sim.

Como podem perceber, é um ambiente sóbrio. Mas a cor entra sutilmente neste elemento de parede quebrando a seriedade do espaço tornando-o mais leve.

foto 4 – Acne Store

Gritante e berrante sobreposição de tons de vermelhos.

Achou pesado?

Eu não.

Na verdade eu amo estas ousadias que, infelizmente, poucos clientes permitem.

foto 5 – house beautful banheiro

Perceberam a leveza desta cor aplicada neste banheiro? Relaxante e suave.

Outro detalhe é a brincadeira gráfica do revestimento das paredes.

Show!!!

foto 6 – quarto Contemporary Condo

E quem falou que o preto não é cor? (tou brincando ok teóricos chatos de plantão!)

Quem estudou comigo e teve aulas com um determinado professor vai entender esta frase:

“Olhem o lilás das flores….. que lindo… perfeito… é o ponto focal…”

AHAHAHAHARRRRRRRRRRRGH!!!

Agora, parando de brincadeira, sim o preto é cor pigmento. Sóbrio e sério como o perfil de muitos clientes. Porém, culturalmente, aqui no Brasil ele ainda é relacionado com um lado não muito agradável da vida: a morte, o doloroso luto (credo, que incoerência entre os termos vida e morte).

Mas ele é “chique no úrtimo” e a garantia de espaços lindíssimos. Outra prova disso vocês podem ver neste post sobre o ateliê do artista plástico Jadir Battaglia.

Eu adoro!!!

foto 7 – a arte dos dedos mágicos de Judith Ann Braun

Não consigo expressar tamanha surpresa e admiração ao descobrir esta artista. Sugiro que visitem o site dela para conhecer outros trabalhos e mais detalhes sobre a sua arte “digital”

foto 9 – Sala

A beleza está nos detalhes que alegram e personalizam os ambientes.

;-)

As fotos à seguir vieram do excelente Retail Design Blog by Artica que conheci este final de semana. Já entrou para meu reader e para o blogroll aqui do blog!!!

Foto 10 – “SUPER by Dr. Nicholas Perricone” store by Janis Bell Design, Malibu

Duas considerações sobre este projeto:

1 – a deliciosa mistura de cores tem tudo a ver com a empresa: se observarem atentamente irão perceber que cada cor utilizada nos módulos é a mesma que está presente na embalagem dos produtos expostos em cada um deles.

2 – a perfeição do IRC do projeto de iluminação garantindo a fidelidade exata da reprodução das cores do ambiente e das embalagens/produtos.

PERFECT!!!

;-)

foto 11 – Etch Web lamp by Tom Dixon

Luz e texturas ou luz e sombra brincando, dialogando numa perfeita interação.

foto 12 – Aurelia lamp by QisDesign

Luz e cor ou, luz é cor. Não importa.

Observando bem percebemos que esta é uma luminária que, apesar de ter a luz mais aberta (espalha-se pelo ambiente) não interfere tanto em outros efeitos que podemos utilizar no restante do ambiente.

foto 13 – Luxury cladding collection by Lithos Design

Olha o preto aí de novo, mas desta vez sem o seu fiel escudeiro branco e sim acompanhado do dourado…

Confesso que demorei um pouco para entender o que é este revestimento mesmo observando as fotos mas próximas.

Pelo que entendi (em meu inglês nem tão perfeito), trata-se de placas cerâmicas pretas e os círculos dourados são, na verdade, “entalhes”.

Possuem duas opções de cores: preto com dourado e preto com prata.

Vertiginosamente lindo!!!

fotos 14, 15 e 16 – Dent Cube by Teruo Yasuda for Inax

Quando vi este produto me lembrei na hora do revestimento da TWBrazil que usei na mostra e que agora está aqui em casa num painel de TV na sala.

Só que este não é de madeira. Porém ele é um produto muito versátil podemdo ser aplicado de diversas formas e pode ser customizado em suas cores como podem observar nas duas fotos a seguir:

Para os que buscam possibilidades em paisagismo vertical.

Para os que buscam mais alegria e cor nos ambientes.

Finalizando, deixo alguns vídeos para apreciação de vocês.

Primeiro, três vídeos do The Creators Project:

E agora vejam este desfile. Passarela limpa, estrutura simples e um elemento excelente como pano de fundo:

Aproveito para deixar um exercício de observação: estes quadros no piso da passarela, do lado direito, são o que? Projeção, elemento físico (algum material aplicado) ou o que?

Espero que tenham gostado.

Até o próximo post!!!

;-)

A-B-S-U-R-D-O-!

Calma, não vou sentar a marreta em nada nem em ninguém desta vez.

O absurdo do título deste post refere-se a coisas como: Lindo, maravilhoso, genial, perfeito, etc etc etc etc… Da cenografia, passando pela luz e sonorização às peças mostradas (e a forma como são mostradas).

Trata-se do desfile da Louis Vuitton (Fall Winter 2012/2013) durante a Paris Fashion Week. Assistam:

Para mim, este foi, de longe, o melhor desfile de todos na temporada.

Absurdamente lindo!!!

Alexander McQueen também fez um belo desfile, onde destaco o elemento decorativo de cristais e vidro suspenso no centro da passarela.

Vivienne Westwood Gold Label já preferiu um desfile sem grandes cenografias. Porém usou de forma bastante inteligente a iluminação criando um jogo constante de luz/sombra e movimento através do laser e dos moving beams. Um resultado, no mínimo, inesperado, para um desfile de moda onde a luz chapada e uniforme é uma “regra”. Observem:

Já a Channel usou e abusou da cenografia com um grandioso e complexo desfile. Ao contrário da edição primavera verão que eu achei a cenografia excessivamente branca, no da coleção outono/inverno eles conseguiram quebrar essa sensação com elementos escuros e cristais.

Prestem muita atenção no uso da luz como elemento decorativo e para fazer os cristais acenderem:

É, a cara dos desfiles tradicionais está mudando bastante.

Graças a Deus!!!

A história das listras

por Ligia Fascioni

Uma das coisas que mais me encantam no mercado editorial americano é que o volume de publicações é tão escandalosamente astronômico que dá até para um sujeito escrever um livro sobre listras e seu significado ao longo da história (sim, listras, aquelas faixas compridas de cores diferentes que estampam um tecido).

Não pude resistir a algo assim (como poderia?) e antes de alguém achar que o meu já altíssimo nível de futilidade atingiu o seu extremo, devo dizer que essas informações podem ser bastante úteis para quem trabalha com design gráfico, artes, ilustrações ou qualquer área da comunicação visual.

O livro se chama “The devil’s cloth: a history of stripes” e foi escrito pelo historiador de arte francês Michel Pastoureau (ele também estudou a história de várias cores que já estão na minha lista – sem trocadilhos).

A história começa com o grande escândalo registrado em 1254 em Paris, quando uma ordem de religiosos carmelitas chegada de Jerusalém entrou na cidade usando hábitos listrados de branco e marrom. Reza a lenda que as roupas eram assim porque representavam como as vestes brancas do profeta Elias, fundador da ordem, ficaram após terem passado através de chamas. Como ele não morreu, os hábitos listrados passaram a simbolizar uma espécie de armadura de proteção. Há variações de interpretação dependendo do número e das cores das faixas (as 4 brancas representavam as virtudes cardinais: retidão, justiça, prudência e temperança; e as 3 marrons, as virtudes teológicas: fé, esperança, amor).

Mas voltando ao escândalo, os monges foram motivo de chacota e insultados por todo mundo porque na Europa as listras estavam associadas aos países islâmicos, e, por isso, eram indignas dos cristãos. O caso era tão sério que um clérigo foi condenado à morte, em 1310, não apenas porque se casou, mas principalmente por ter sido pego em flagrante usando roupas listradas.

Mesmo na sociedade leiga havia leis que reservavam as listras para uso exclusivo de bastardos, prostitutas, palhaços, malabaristas, coxos, boêmios, hereges e enforcados, enfim, todos aqueles que não podiam ser considerados cristãos honestos, “gente de bem”. Com o tempo, chegou-se até a ampliar o uso para identificar ocupações menos nobres como ferreiros, moleiros, açougueiros e serviçais menos qualificados. Na época, nem Judas escapou de ser representado usando seu modelito bicolor nas obras de arte. São José, inclusive, que nesse tempo carecia de prestígio (a mulher havia engravidado de Outro), aparece com bastante freqüência usando o padrão. A zebra, coitada, era um animal maldito, desnecessário esclarecer os motivos.

As listras eram associadas ao não puro, não liso, não reto; aquilo que dividia, que mudava (um cristão honesto não podia admitir esse tipo de variedade ou diversidade). Para a cultura medieval, duas cores confrontando-se no mesmo tecido representavam o mesmo que dez cores, ou seja, a transgressão, a rebeldia.
A popularidade veio com a heráldica, onde os brasões se dividiam em cores e, por vezes, incluíam áreas flagrantemente listradas. É que na idade média quase todo mundo podia ter seu brasão (não somente os nobres, como a gente às vezes acredita). A única regra era que o desenho fosse inédito; para se ter uma idéia, 15% da população tinha um escudo para chamar de seu, de maneira que ficou difícil evitar as linhas paralelas. Cada tipo de hachura tinha um nome e as variações eram infinitas. Os códigos das listras não apenas representavam etnias, clãs e grupos familiares europeus; as tribos africanas e os povos andinos da América do Sul mostram que a prática era quase universal. Ah, cabe dizer que, para todos os efeitos, o xadrez era considerado um tipo de super-listra.

Mesmo tão populares, cabe dizer que, na Europa, as listras continuaram tendo uma conotação negativa, sendo mais ou menos pejorativas de acordo com o desenho. Nos brasões, elas invariavelmente indicavam cavaleiros traidores, príncipes usurpadores, plebeus, bastardos, reis pagãos, mercenários e toda a sorte da mais fina “elite” da época.

Aos poucos os significados foram mudando e as listras verticais passaram a ser usadas pela aristocracia; já as horizontais, mais comuns, pelo serviçais. As listras viraram moda, caíram em desuso, voltaram. Nunca chamaram tanto a atenção como nas revoluções (elas representavam transgressão, lembra?) a ponto de virarem figurinha fácil em bandeiras; pelo mesmo motivo, tornaram-se as queridinhas de artistas rebeldes.

Mesmo assim, as listras más, por assim dizer, nunca desapareceram. Elas, na verdade, caracterizam a coexistência de dois sistemas de valores opostos baseados na mesma estrutura.

A etimologia da palavra também revela muita coisa. Em francês, o verbo rayer significa fazer listras, mas também remover, apagar, eliminar e excluir; em resumo, punição. O verbo corriger também tem o mesmo duplo sentido: fazer listras e corrigir. As “casas de correção” servem para punir e as janelas são ornadas com barras que parecem listras. Bars, aliás, podem ser listras ou barras (sem esquecer que sempre se pode “barrar” alguém indesejado).

Em inglês, a palavra stripe pode ser traduzida como listra, mas também é relacionada ao verbo to strip, que pode significar tanto despir como privar, deixar sem, punir.

Em latim, palavras como stria (listra, raia), striga (linha, sulco), strigilis (raspar, arranhar) pertencem à larga família do verbo stringere que, entre outros significados, também pode ser traduzido como fechar, tirar e privar; constringere significa, literalmente, aprisionar. Em quase todas as línguas que se pesquise, listras estão sempre associadas à exclusão, impedimento, punição.

Os medievais acreditavam, inclusive, que além de diferenciar os bons dos maus, as listras também serviam como um portão, ou filtro, para proteger as pessoas fracas das influências nefastas do demônio. Curioso observar que hoje em dia as listras são usadas predominantemente em pijamas. E em qual situação, senão completamente indefesos na nossa cama e em pesadelos, estamos mais vulneráveis à ação dos espíritos malignos?

No início da popularização das listras pelos cidadãos comuns, elas eram usadas apenas nas roupas íntimas. Alguém tem um palpite do porquê? Ora, essas peças tocam as partes “sujas” do nosso corpo. Sem dizer que as listras eram coloridas por tons pastel, ou seja, cores falhadas, quebradas, mutiladas, desbotadas. Com o tempo, todos os objetos e roupas relacionados à higiene (que precisam de “barras de proteção” contra o mal, no caso, a sujeira) também utilizam estruturas bicolores ou multicolores em tons pastel.

O mundo contemporâneo é muito complexo em termos semióticos e estudar listras é um desafio de respeito. Há realmente muito que analisar: as listras das pastas de dente; a presença constante nas marcas esportivas, os onipresentes códigos de barras, o vai e vem do padrão na moda e muito mais (eu fiquei prestando muito mais atenção nas listras quando acabei de ler o livro).

Muita coisa mudou, mas o imaginário coletivo continua representando apenas os marinheiros de mais baixo escalão com uniforme listrado, os presidiários, o malandro carioca e sua indefectível camiseta bicolor e os gânsters em seus ternos de risca…

E você, já se alistou?

 

Luxuria ou futilidade?

Estava rascunhando a algum tempo um post específico falando sobre o livro “A Linguagem das Coisas” de Deyan Sudjic. Desde que li o livro estou rabiscando algo sobre e nunca chego num ponto em que digo para mim mesmo: está digno, fiel ao livro e à visão que tenho sobre o Design…

Mas dias atrás, lendo meu reader, me deparei com um post num blog que me indignou (também porque eu já disse que iria retira-lo de meu reader e ele ainda se mantém lá rsrsrs).

Uma das partes do livro que mais gostei é a que ele diz sobre a deturpação (e desidentificação) que o Design vem sofrendo desde que iniciou a invasão de não designers na área, o que acabou por futiliza-la. A perda da identidade da profissão começou neste ponto. Procurem pesquisar sobre quando foi que surgiu essa porcaria de onda sobre “tendências” no Design e entenderão.

É mais que comum vermos hoje em dia profissionais de outras áreas fazendo suas incursões no Design, especialmente o de produtos. Tem também designers de outras áreas se metendo onde não deve pois não estudou especificamente para aquilo. Tudo isso à custa do certo renome que tem (muitas vezes o jabá $$ mesmo) , então se acham no direito de invadir, impor suas sandices e que todos tem de aplaudir, aceitar e comprar, claro que também elogiando (babando-ovo) com frases de efeito: fantástico, genial, maravilhoso….

É um tal de estilista lançar linha de móveis, arquiteto lançar roupas e mais uma infinidade de combinações estranhas e bizarras às suas raízes acadêmicas que dá medo…

Até parece que virou moda, tendência esse tipo de coisa, #credo.

O resultado disso?

FUTILIDADES que destróem a essência do Design!

Aham, a Rocca lança uma linha nova de metais – que já são caros e belos – e aí vem um imbecil e craveja a peça com cristais, diamantes ou a folheia com ouro e voilá: a futilidade personificada usando erradamente a palavrinha RE-DESIGN!!!

Se esse tipo de coisa for um Re-Design eu não sei mais quem eu sou, onde está o céu e a terra, etc…

Re-Design significa muito mais que simplesmente alterar a cor, textura ou revestimento de um objeto ou produto.

Vamos ser francos gente? Pra que uma coisa dessas folheada a ouro?

Tem público que consome? Sim, mas são mínimos se comparados ao publico normal do nosso mercado diário.

O pior é que este nosso público começa a querer copiar esse lixo e muitas vezes nos vemos em “sinucas-de-bico” por causa disso sabem porque? Porque eles não tem $$ para comprar o original e aí caem nas porcarias das cópias fajutas.

Vemos diariamente essas tendências sendo forçadas por sites, revistas e mídia em geral. Já escrevi aqui sobre tendências e os cuidados que temos de ter com esse tipo de coisa.

Além de não representar a personalidade do cliente e sim apenas um desejo forjado e forçado pela mídia de consumo, as tendências são passageiras. O que hoje é moda, semana que vem já não é mais. E o cliente como fica nisso tudo? Vai ficar com um trambolho demodê ou “over” e sua casa? E quando ele cair na realidade e perceber que este produto não atende às suas necessidades diárias? Que aquilo não tem absolutamente nada a ver com a sua personalidade e está incomodando?

A grande maioria destes produtos feitos por não designers ou por designers de outras áreas se esquecem do principal: atender a necessidade do usuário (função) e a usabilidade. Sim, são estes elementos que devem nortear todos os projetos seja em qual área do design for. E as tendências não tem nada disso, não consideram isso. Tem só desejo de consumo.

Voltando aos projetos estúpidos feitos por “dezáiners”, vejo diariamente um show de horrores pela web e pelas revistas. Sinceramente? Não tem como não acreditar na existência do “jabá” ($$).

Pois é, acreditem ou não, essa mesinha de torno – que eu aprendi a fazer em minhas aulas de técnicas industriais quando estudei no Polivalente lá em Assis Chateaubriand nos anos 70 – foi tempos atrás lançada no mercado por um arquiteto brasuca através de uma marca podero$a.

O que tem isso de novidade??? O que tem isso de Design??? O que tem isso demais que justifique o valor insano que é cobrado por essa peça?

NADA!!!

Nenhuma novidade na forma ou na estética, nenhuma técnica ou tecnologia inovadora seja em materiais ou processo de fabricação ou seja, é um NADA!

Porém ele tem grana pra pagar o “jabá” e colocar esse lixo em lojas de renome por um preço absurdo e também para divulgar em revistas como sendo “dezáine”… é Design o c*

Pra piorar vi dias atras um estilista internacional lançando uma linha de móveis através de uma grande marca internacional… Sinceramente? A pior aluna de minha turma de graduação ainda no 1° mês desenhava coisa bem mais útil e interessante que ele.

Um profissional sério e que respeite o seu cliente acatar e aceitar pacificamente este tipo de imposição demonstra claramente que não entendeu absolutamente nada durante os anos de faculdade.

Se este é incapaz de mostrar ao cliente a futilidade de determinados modismos, também cabe a mesma afirmativa anterior.

São pouquíssimos os profissionais de outras áreas que realmente conseguiram fazer Design.

Não é à toa que o Design continua sendo confundido com artesanato, especialmente aqui no Brasil.

Vamos parar de idiotices e de dizer amém pra tudo que esta mídia tosca e desinformada (movida por $$) tenta impor como “IN”?

Vamos centrar a nossa atenção no usuário e não nas revistas? Afinal fomos formados para isso e não para consumir deliberadamente porcarias.

Sobre este blog e o Design

Quando fui incentivado para escrever este blog fiquei pensando sobre a melhor maneira de apresentar o Design de forma concisa, objetiva e clara. Sinceramente, não sou muito fã de colocar um amontoado de fotos de produtos e os nomes de lojas onde são comercializados e os respectivos preços. Entendo que isso não significa apresentar adequadamente o Design ao mercado. Ao contrário, esta maneira distorcida de reduzir o Design a uma comercialização tácita e leviana de produtos leva os leigos a compreendê-la como uma mera vitrine de consumo sem a menor fundamentação. Desta forma o Design torna-se refém de uma inversão mercadológica voltada para a criação de necessidades quase sempre “desnecessárias”. Entendo que uma mídia (e este meu blog faz parte desta) não pode resumir sua atuação ao interesse comercial, mas sobretudo informar corretamente.

Uma das minhas maiores preocupações desde meu ingresso na área do Design relaciona-se com o desconhecimento generalizado sobre o que vem a ser o Design. Para que serve o Design afinal de contas? Deparamo-nos constantemente com pessoas falando sobre Design. Entretanto, em seus discursos, demonstram claramente que não conhecem o que ele seja na realidade e deixam claro que não tem qualquer formação acadêmica em Design. Vemos também pessoas usando o termo Design para nomear quaisquer profissões que absolutamente nada tem a ver com o Design propriamente dito. Portanto, levo este blog por este caminho: busco conscientizar sobre o que é e para que serve o Design ao mesmo tempo que apresento alguns produtos e esclareço um pouco mais sobre as reais áreas do Design e a sua necessária formação acadêmica para o exercício profissional.

De início, convém esclarecer alguns aspectos. Muitas pessoas reclamam sobre nomear esta profissão com um termo estrangeiro. O fato é que, por incrível que pareça, não existe uma palavra na língua portuguesa que compreenda o todo do Design. Projetista? Não apenas isso. Desenhista? Muito mais que isso. Artista? Bastante criativo também. Arquiteto? Um pouco disso também. Engenheiro? Em algumas coisas sim. O Design é um complexo jogo multidisciplinar que agrega em si muitas outras áreas, da filosofia à engenharia. Se observarmos ao nosso redor, vivemos cercados pelo Design. Esta tela pela qual me lê, por exemplo, apresenta-se como fruto de áreas do Design: gráfico, interação, web, produto – isso sem contar a área a acadêmica na qual mergulho a cada post por mais simples que seja.

A área é Design e o profissional é Designer. Ainda, a título de exemplo, Design Gráfico (profissão) e Designer Gráfico (profissional).

Ultimamente temos visto uma enxurrada de “X” design como já coloquei anteriormente. No entanto, a aplicação do termo Design em algumas profissões apresenta-se incorreta pelo simples fato de não haver projeto do produto final e, principalmente, reduzir-se apenas a uma técnica. Logo, pintar unhas não tem absolutamente nada a ver com Design (mesmo se considerarmos o desenho), assim como misturar tintas e dar tesouradas no cabelo também não é Design. Receitas de seja lá o que for também não é design. É preciso ter consciência de que Design não é sinônimo de artesanato ou mera técnica. Também não se forma um designer em cursos de finais de semana ou de poucos meses ou ainda que ensine a utilizar softwares, mesmo que de última geração.

Aproveito então este post para explanar brevemente sobre quais são então, na verdade, as áreas principais do Design. Todas que apresentarei agora são “filhas” do Design (Desenho Industrial). Baseado nas necessidades mercadológicas o Design foi se especializando em diferentes áreas. Assim como ocorre na engenharia e na medicina com suas especialidades, da mesma forma, a complexidade do Design levou a compreender que um só profissional não conseguiria trabalhar com tudo. Portanto, dividiu-se o Design em áreas.

Design de produtos:

Tudo o que existe ao seu redor e que você usa diariamente é um produto. Talheres, canetas, carros, luminárias, celular, computadores, óculos, móveis, relógios, roupas, enfim, tudo é produto do Design. Tudo passou por fases projetuais e industriais até chegar às suas mãos. Tudo foi ergonomicamente estudado para facilitar o manuseio e a aplicação e garantir ao usuário segurança no uso e conforto. O foco principal deste profissional é principalmente a indústria, mas além da produção industrial, este profissional também atua como projetista de peças exclusivas para empresas e clientes particulares.

Design Gráfico:

Folhetos, cartões de visita, revistas, jornais, outdoors, cartazes, sites, logotipos, identidade visual e corporativa, painéis e letreiros, animações e todo o restante de coisas que servem para informar ou apresentar algo visualmente é um produto da área do Design Gráfico.

Design de Embalagens:

Um desmembramento do Design Gráfico e de Produtos. Como o próprio nome diz, trabalha especificamente com as embalagens visando torná-las mais acessíveis, ergonômicas e esteticamente melhores. É uma área que vem crescendo bastante, pois a indústria já percebeu o diferencial que uma embalagem bonita e de qualidade faz.

Design de Interiores/Ambientes:

Esta área, pode-se dizer, é uma evolução da Decoração. Além de trabalhar a estética do ambiente como o decorador faz, o profissional de Design de Interiores/Ambientes vai mais além: ele foi habilitado em sua formação acadêmica para executar intervenções mais profundas nos ambientes que visam a melhoria da qualidade de vida do usuário final. Além da escolha de almofadas, acessórios e cores, o profissional é capaz de resolver os espaços através da aplicação de conhecimentos como ergonomia, conforto térmico, acústico e luminoso, semiótica, projeto de mobiliários, adequação e correção de fluxos, redesign arquitetônico e outros tantos mais. É um profissional cada vez mais requisitado já no momento do início de um projeto arquitetônico, trabalhando junto ao arquiteto. Também está aparecendo cada dia mais nas reformas de edificações já prontas pela sua facilidade em retrabalhar e readequar os ambientes para novos usos. Engana-se quem pensa que um Designer de Interiores/Ambientes trabalha apenas com ambientes residenciais. Este profissional está apto a trabalhar com ambientes comerciais, corporativos, clínicas, cenografia, eventos, stands, desfiles e editoriais de moda, interiores de automóveis, barcos e aviões ente outros. Da simples troca de almofadas, passando por uma redistribuição dos móveis até uma intervenção mais ampla com troca de pisos e algumas alvenarias, você pode contar com este profissional.

Design de Interação:

Quem assistiu ao filme Minority Report pôde notar a quantidade de equipamentos que interagem com o usuário. De telas touch-sreen (celular, TV, câmeras digitais, etc) ao reconhecimento de voz e íris tudo é interação. E muito disso já é uma realidade hoje em dia. Os caixas eletrônicos, aparelhos de GPS e celulares tem hoje muito do Design de Interação. Mas a interação não fica apenas no físico sendo possível também através da realidade aumentada e programas que interagem com o usuário e/ou meio. Este último está sendo cada dia mais usado em casas noturnas e eventos. Na web também encontramos exemplos de interação em diversos sites.

Lighting Design:

Quando um profissional se forma em Design, Arquitetura ou Engenharia Civil, estes saem das academias como iluminadores. É aquela iluminação que vemos geralmente nas revistas de decoração, geralmente com excessos de luz pois o que foi aprendido é iluminar: colocar luz. O Lighting Design é um passo adiante na iluminação: ele tem a sua raiz na iluminação cênica, aquela de palcos de teatro e shows. Aliando as técnicas da iluminação convencional com as cênicas este profissional consegue trabalhar os ambientes com uma linguagem única que busca o refinamento estético e as explorar as sensações do usuário através da luz. É a arte de iluminar retirando a luz desnecessária. Hoje, a iluminação é responsável por 70% do efeito final de um projeto. Este profissional também trabalha com a pesquisa e criação de produtos específicos para os projetos como luminárias, lâmpadas, filtros e outros mais, além da luz natural.

Design de Moda:

A Moda alcançou hoje um nível de excelência tão grande que a necessidade de uma formação mais ampla dos profissionais se fez presente. O profissional desta área forma-se não para ser mais um estilista, mas sim, para também ser o profissional encarregado por todo o processo dentro de uma indústria de confecção. Da criação dos modelos ao lançamento da coleção existe um árduo e longo processo que envolve a escolha de tecidos, aviamentos, muitas vezes a criação de algo novo (design têxtil), viabilidade econômica e mercadológica entre tantas outras coisas mais. Este profissional é o responsável pelas roupas, calçados, jóias, cintos, bolsas e acessórios que você usa diariamente.

Existem ainda outras áreas específicas que estão desvinculando-se e formando seus próprios campos. Todas as áreas conversam entre si, trabalham juntas e às vezes com os mesmos projetos e produtos. Outras vezes, num mesmo produto, cada um desenvolvendo o seu foco.

Como se pode ver, o Design é uma ferramenta fundamental hoje em dia seja no campo corporativo ou pessoal.

A verdade é que não se vive sem Design hoje em dia.

Artigo definido: LIGHTING DESIGN – UM ESBOÇO SOBRE SEU ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO.

Pois é galera, finalmente defini o tema de meu artigo da pós do IPOG.

LIGHTING DESIGN – UM ESBOÇO SOBRE SEU ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO.

De modo resumido, será isso que vou analisar:

1. PROBLEMAS:

Problema Geral
A falta de uma denominação, delimitação e/ou definição correta da área profissional para os profissionais que trabalham com iluminação.

Problemas específicos
Qual a denominação mais adequada à ser utilizada pelos profissionais?
Qualquer pessoa formada em engenharia, arquitetura, design e outras áreas que utilizam a luz como ferramenta pode utilizar-se desta denominação?
“X” é uma especialidade ou um simples complemento de outras áreas?
Qual a permeabilidade da área?
Qual a hibridicidade da área?

2. OBJETIVOS:

Objetivo Geral: 

Estabelecer um esboço para um estatuto epistemológico da área profissional de iluminação.

Objetivos Específicos:
Investigar se a área de Lighting Design pode ser fechada com exclusividade dentro de alguma outra baseada na formação acadêmica e assim propor a definição da denominação da área;
Verificar se o direito adquirido por outras áreas pode barrar a independência desta nova área;
Analisar a permeabilidade da área sobre outras e verificar o que torna esta área híbrida mostrando o porquê desta hibridicidade gerar uma área pura, exclusiva e não poder ser fechada dentro – ou exclusiva – de outra.

3. HIPÓTESES
O mercado está interessado e necessita do profissional de Iluminação especializado.
O aprendizado formal em Iluminação favorece o desempenho de um profissional de Iluminação
O profissional de outras áreas sente necessidade de conhecer e aprender aspectos qualitativos e quantitativos da luz para trabalhar com iluminação pois sua formação acadêmica foi insuficiente.
O mercado de trabalho exige um aprendizado formal para um profissional de Iluminação.

 

Bom, como puderam perceber é uma bomba (eu e minhas santas sandices que invento e me meto ahahahahha) e vai me dar uma trabalhão danado escrever este artigo. Vou utilizar dois questionários para reforçar as idéias:

a – destinado aos profissionais que atuam exclusivamente com iluminação

b – com profissionais de outras áreas que trabalham TAMBÉM com iluminação em seus projetos.

A dificuldade é contar com a sinceridade e honestidade no segundo grupo, então, creio que o melhor caminho seja realizar estas entrevistas pessoalmente ou através do MSN ou Skype (com câmera), assim consigo perceber quando o entrevistado enrola, titubeia, não responde de imediato (acaba pesquisando para responder corretamente e não passar carão) entre outras coisas.

Assim que tudo estiver pronto vou disponibilizar o questionario para profissionais de iluminação.

Os profissionais de outras áreas (engenharia, arquitetura, Interiores e Ambientes, decoração, design, etc) que desejar me ajudar nesta pesquisa respondendo à entrevista, é só entrar em contato comigo pelo e-mail LD.PAULOOLIVEIRA@GMAIL.COM me passando o contato do MSN ou do Skype para que eu possa adiciona-los e realizar a entrevista ok?

Mas lembro que somente iniciarei as entrevistas com outros profissionais em agosto.

Abraços a todos ;-)

P.S. > continuarei meio sumido aqui do blog por causa desse artigo mas não os deixarei na mão, fiquem tranquilos.

O melhor de 2010 aqui no #DAC!

Fiz uma lista com os melhores posts que fiz aqui no blog em 2010. Espero que gostem da seleção.

Mas tem muitos outros espalhados pelas páginas aqui. Sintam-se à vontade para fuçar…

JANEIRO
IPOG – pós em iluminação

FEVEREIRO
Set Design?

MARÇO
Poxa, falhei com vocês neste mês….

ABRIL
E neste também… manter o blog e cuidar dos projetos às vezes é complicado.

MAIO
CREA autua Designers de Interiores – saiba como agir

JUNHO
Mais do mesmo – RTs
Set Design – Moda

JULHO
Atividades Complementares – formação
Analisando – iluminação

AGOSTO
Entrevista – Jamile Tormann – Iluminadora

SETEMBRO
Como anda o seu vocabulário?

OUTUBRO
Stimmung

NOVEMBRO
“Dezáiner” de interior (sic)
600.000 acessos! coloquei este aqui para marcar bem a data em que este blog atingiu os 600.000 acessos e para agradecer novamente a todos vocês.

DEZEMBRO
Plágio – questões profissionais