Já escrevi a pouco tempo aqui neste post sobre os pseudos LDs que estão por aí atuando livremente no mercado e, por falta de um órgão fiscalizador, continuam emporcalhando as cidades, edificações e as cabeças dos clientes com suas sandices. Este é mais um texto sem figurinhas ou fotinhas para olhar. É para ler, refletir e ajudar a mudar este quadro.
Hoje, não me surpreendeu quando li pelo face a chamada de uma revista para um evento via Twitter: o arquiteto fulano vai responder as dúvidas dos leitores sobre iluminação. Até aí tudo bem. Fui então ver quem era o fulano. Meia hora esperando o site dele carregar e não encontrei referência curricular alguma. Voltei então ao Google e mandei ver “nome+curriculo”.
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Formação em arquitetura + 3 cursos na Philips – e se apresenta como “luminotécnico”. (ai que vontade de soltar um palavrão aqui)
Segundo esta revista isso o habilita como especialista e referência no assunto para “tirar dúvidas” sobre iluminação. Ele é tão profissional e especialista na área que está disposto a dar “dicas grátis” sobre o assunto. Se realmente trabalhasse especificamente com iluminação ou LD e vivesse disso, certamente não ficaria aí prostituindo o mercado dessa maneira, não se submeteria a esse tipo de coisa.
Ah, o cara é podero$o?? Que se exploda. Só pagando jabá mesmo pra sair nas revistas como suposto queridinho ou referência em alguma coisa. O dia que para mim ser poderoso significar ter grana pra bancar jabá pra sair em revistas e mais revistas, mudo de profissão pois é sinal que não estou nem um pouco bem profissionalmente e meu produto está abaixo da mediocridade, por isso tenho de pagar.
É, depois quando eu venho aqui e esculacho com uma marca, profissional, produto ou mídia dizem que sou grosso, faltei com a ética e mais um monte de blablablas.
Essa mídia brasileira é porca e torta (com raríssimas excessões como a Lume Arquitetura, por exemplo). Seja ela impressa, televisiva ou da web, mais desinforma que informa. Tanto para o mercado, quanto para os profissionais e consumidores finais, ela só faz emporcalhar tudo. Muitos dos atritos existentes entre Designers e Arquitetos provém dessa estupidez dessa mídia de quinta categoria (que se acha “a maior”, “a melhor”, etc) quando demonstra claramente que não tem um mínimo de conhecimento sério sobre as áreas citadas em seus lixos publicados.
Gostaria de saber onde é que seus editores estudaram, onde é que seus jornalistas se formaram e se seus proprietários realmente querem um país melhor para todos.