N Jeitos – conteúdos

Foi realizado entre os dias 15 a 21 de julho, na cidade de Belo Horizonte, o N Design 2012. O tema deste ano foi N Jeitos.

N Jeitos de fazer, pensar, aplicar, estudar, atuar, produzir, formar, enfim, N Jeitos de sair do quadradinho.

Pela primeira vez a minha área ganhou espaço e recebeu o devido respeito dentro de um evento de Design. Digo isso, pois em outros eventos quando aparece alguma atividade em minha área, ela não recebe a mesma prioridade das outras e para piorar a situação, sempre convidam designers ou outros profissionais de outras áreas para falar sobre. O resultado é sempre a distorção e a disseminação da desinformação.

Tanto é verdade que estamos fora do processo de regulamentação do Design porque os membros do comitê não entendem Interiores/Ambientes como área do Design. Porém só firam buscar informações dentro dos grupos de arquitetura e, pior ainda, da ABD.

Mas desta vez, quem esteve presente como convidado foram pessoas realmente comprometidas com a profissão, com formação na área, que sabem muito bem o que estão afirmando e mostrando tornando possível a eliminação do “achismo” que impera sobre a nossa área e acima de tudo, são Designers de formação específica na área.

Dentro do projeto original de construção do N Jeitos os pilares foram:
– Foco no processo
– Integração com outras áreas (não só do Design)
– difusão do conhecimento.

Dentro desse espírito foi lançada a grade de atividades. Dêem uma olhada em tudo que rolou (palestras, oficinas, workshop, plenárias, atividades, exposições, sepas, bazar, etc.) através deste link:

http://www.ndesign.org.br/2012/atividades/

Como podem perceber, foi muita coisa, cobrindo todas as áreas do Design e muitas ainda mostrando como o Design pode e deve contribuir com outras profissões.

Em Design de Interiores/Ambientes tivemos:

MESA REDONDA
Dedo de Prosa – Design de Ambientes
Mediador: Viviane Gomes Marçal
Com
Paulo Oliveira e Samantha Cidaley
Era para ser uma mesa redonda e acabamos fazendo um bate papo onde a Viviane também pudesse participar mais ativamente, expondo seus pontos de vista e opinar afinal, ela também é uma profissional e educadora da área.

PALESTRA
Design de Interiores/Ambientes – N Jeitos de atuar
Palestrante: Paulo Oliveira
Descrição da Atividade:
Falará sobre os diversos segmentos onde o profissional de design de ambientes/interiores pode vir a atuar no mercado, esclarecendo sobre nichos específicos e as áreas já tradicionais. Apresentará a multidisciplinaridade e amplitude da área mostrando muito mais do que é mostrado em salas de aulas nas universidades.

SEPAS

“As SePAs, ou Seminários de Produção Acadêmica, são espaços destinados à apresentação de trabalhos e pesquisas acadêmicas. Atividade tradicional no N Design, é, desta vez, adaptada para se adequar melhor à proposta N Jeitos. As SePAs serão divididas em Mercado, Universidade e Pesquisa, de forma a melhor orientar o encontrista no momento de sua escolha.” E dentro desta parte tivemos especificamente em Design de Interiores/Ambientes:

Agencia bancaria referencia: valorização da interação ambiente-usuário (Thabata Regina de Souza) – A pesquisa propôs estudar a interação dos usuários com o ambiente das agencias bancárias, tendo como cliente o grupo Santander.

Experiências sensoriais em ambientes interiores (Maryana Mondini) – Este trabalho traz um tema para a reflexão dos ambientes interiores atuais. Partindo de um novo conceito em ambientes: o branding design.

Consultoria participativa para demanda popular no Design de Ambientes: método de Livingston (Talita Marques Soares) – Metodologia participativa que pode ser aplicada no Design de Ambientes, o método Livingston, que abrange técnicas, recursos e práticas de consultoria destinadas a parcelas pobres da população.

A identidade corporativa e o uso do Design de Ambientes para o seu reforço: o caso Google. (Juliana Rizola) – A essencialidade da inserção do design nos ambientes corporativos e de como eles interagem na relação da sociedade com as empresas.

GT – GRUPO DE TRABALHO DESIGN DE AMBIENTES

Esta atividade surgiu por solicitação dos participantes após a mesa redonda: um grupo de trabalho onde pudéssemos pensar ações visando a melhoria da formação acadêmica, a acreditação e afirmação da área como integrante sim do Design e para promover a visibilidade da área. Tudo isso combatendo de forma positiva a informação imperante, desvinculando-a da arquitetura e decoração.

(tema de mais um post MEU que provavelmente gerará uma guerra declarada com a ABD e minha expulsão da mesma. Tou nem aí, basta!)

OUTROS

Senti falta de oficinas específicas na área, porém diversas das de outras áreas puderam ser aproveitadas pelos acadêmicos de Design de Ambientes.

Vale ressaltar também algumas outras atividades que aconteceram e me chamaram a atenção como, por exemplo, a SEPA Transdisciplinaridade do Design (Deborah Maeda Brasil) que expôs como o Design se relaciona com outras áreas de conhecimento, o que o caracteriza como transdisciplinar. (falarei mais sobre isso em outro post).

Nas oficinas, Design Social – o Designer a favor da sociedade (Fabricio Silva Albuquerque). O Designer e a Economia Criativa (Barbara Schrage e Rômulo Pellizzaro).

Passando por gestão, produção, pensamento, educação/formação enfim, por tudo, cada componente da grade do N Jeitos foi altamente positiva.

Surpreendeu-me também a quantidade de acadêmicos da área participando do evento vindo de diversos cantos do país. Mas os acadêmicos de nossa área devem participar mais e mais sim.

Portanto fica o recado para os cursos de Design de Interiores/Ambientes: fiquem atentos aos RDesign que acontecem na sua região e ao próximo NDesign que em 2013 será realizado em Salvador-BA.

OPEN SPACE

Foi uma atividade criada pela organização e lançada no N Jeitos que foi realizada antes da plenária de encerramento.

São formadas mesas onde cada um pode propor um tema e os interessados se reúnem e debatem, propõem idéias e ações visando o NDesign do próximo ano e os próximos Rs. De assuntos, palestras, eventos, oficinas até a parte organizacional, estrutural e de conteúdos.

Uma sacada genial deles e que deu muito certo. Foi bastante produtiva, interativa.

Quem esteve presente e eu fiquei doido porque não consegui acompanhar nenhuma de suas atividades foi, simplesmente, Jum Nakao. Óbvio que terminou com um desfile dele, mas rolou palestra e oficina. Além de ser, no meu ponto de vista. O “the Best” em moda aqui no Brasil, o cara é antes de tudo Designer. Mostrou que não é porque é da moda que deve ficar preso ali no seu quadradinho.

Eu, Samantha e Viviane também batemos nessa tecla no dedo de prosa e reforcei novamente na palestra, depois no GT e também no Open Space. Vou escrever um post específico sobre isso.

Como podem ver, o N Jeitos apresentou o Design antes das áreas. Tanto que isso surgiu bastante forte nos assuntos do Open Space.

Porém, o melhor de tudo foi perceber, por parte do pessoal de outras áreas (participantes e convidados), a receptividade e um melhor entendimento do porque Interiores/Ambientes é sim Design. Até mesmo um dos convidados que já tive debates com ele onde ele não aceitava e nem admitia (categoricamente) nossa área como parte do design. Após a mesa redonda e a palestra ele veio conversar comigo e me pedir desculpas pelas vezes em que ele foi ate mesmo grosseiro comigo pelos fóruns da web. Hoje ele entende sim a nossa área como Design e não mais como arquitetura ou decoração.

Bom, como primeiro post sobre o N Jeitos, acho que já deu para vocês perceberem que foi “bão demais!”, em todos os sentidos.

À organização (vou escrever um post específico sobre isso), os meus parabéns pelo conteúdo transdisciplinar e abrangente. Também agradeço (em nome de todos os estudantes e profissionais) o espaço que finalmente uma organização deu à minha área.

Até o próximo post sobre o N!!!

Responsabilidade e entendimento

Não tem imagem melhor para começar este post que esta.

Já relatei diversas vezes que recebo, vez ou outra, mensagens bastante desagradáveis referentes a algumas coisas que escrevo aqui neste espaço.

No entanto, devo reforçar que: Eu sou responsável apenas pelo que eu escrevo e falo, e NUNCA, JAMAIS pelo que algumas pessoas entendem dentro de suas mentes doentias e pouco capacitadas intelectualmente – isso sem falar ainda do melindre encrustrado em suas vidas medíocres.

De nada adianta chegar aqui neste meu espaço e descarregar as suas frustrações pessoais e/ou profissionais, me agredindo, me xingando ou dando pitis histéricos nos comentários pois os mesmos são moderados e me dou o direito de simplesmente ignora-los.

Se quer argumentar contra o que escrevo que o faça ao menos de forma culta e inteligente (se houver algum lastro de inteligência dentro dessas mentes) mas não venha com barracos e baixarias ok?

Se você se sentiu ofendido pelo que eu escrevi em determinado post pare e repense a sua vida profissional e o que vem fazendo dela e o que quer realmente para ela. Pois aqui escrevo – por vezes – em forma de denúncias e críticas sérias, situações que estragam não só o mercado mas corroem a credibilidade e seriedade de nossa profissão Designer.

Então, aprenda a “interpretar textos da forma correta*” antes de vir vomitar suas sandices em meu blog pois aqui não é um manicômio e tampouco tenho tempo para bancar o psiquiatra para aturar sandices e falta de educação alheias, valeu???

Aos que não tem nada a ver com isso desculpe o desabafo mas era necessário.

Portanto repito:

* quando digo “interpretar textos da forma correta” me refiro a conhecer o inteiro teor do autor e sua obra. Pegar uma frase de um texto e marretar sobre a mesma é mostrar que mal se sabe ler.

 

 

 

 

Proposta de Projeto (I)

Baseado no texto “Proposta de projeto : a difícil negociação entre o arquiteto e o cliente” dos arquitetos Luís Otávio Forster e Iberê M. Campos, escrevo este texto mais voltado ao Design de Interiores/Ambientes. Como trata-se de um assunto sério e que acabou ficando um pouco longo, vou dividi-lo em três partes:

Primeira parte: apresentação geral da importância de uma proposta bem elaborada

Segunda parte: itens de uma proposta

Terceira parte: um pouco mais a fundo sobre a responsabilidade técnica.

Boa leitura.

ft-assinar

“A negociação entre o arquiteto e seu possível cliente pode ser confusa quando ambos não têm a perfeita noção do que estão fazendo. Propostas desprovidas de conteúdo e clientes que não sabem a importância do projeto são o ponto de partida para obras mal feitas e que provavelmente não atenderão às necessidades de seu proprietário.”

Isso é mais comum do que pensamos. Propostas totalmente irreais, fora de foco, de difícil compreensão. O fato é que faltam conteúdos e dados dentro da proposta para a clara compreensão por parte do cliente do que ele está prestes a adquirir. Como os clientes são, em sua maioria, leigos no assunto, torna-se muito complicada a leitura e compreensão do que aquelas linhas expressam. Com isso acabam focando sua atenção em apenas um único item: o preço.

Com isso fica de fora todo o conteúdo da proposta e ele acaba comprando uma coisa que não sabe exatamente o que é. Devemos nos lembrar que nossos “produtos” não são coisas palpáveis enquanto não estiverem concretizadas. Não passam de sonhos, desejos, vontades e, posteriormente, depois de já assinada a proposta, desenhos muitas vezes incompreensíveis.

Isso é bastante preocupante pois trata-se de um produto que será usado diariamente pelo cliente e seus familiares. E esse fator especialmente, é o calcanhar de aquiles de vários profissionais. Lançam propostas desprovidas de conteúdos, projetam, executam e depois acabam com clientes insatisfeitos. E essa insatisfação pode reverter basicamente de duas formas contra o profissional:

1 – um cliente insatisfeito fala mal para 10 pessoas…

2 – a certa “readequação” do projeto que pode levar meses… Pois não foi exatamente aquilo que o cliente pediu… também, você não perguntou e tampouco especificou corretamente na proposta.

É complicado para o cliente leigo compreender uma planta de layout. Muitos não tem a percepção espacial e de volumetria. De nada adiantará depois você encher de imagens de móveis apontando na planta baixa onde cada um ficará. Eles não conseguirão visualizar isso. Alguns, mesmo com imagens em 3D não conseguem. Por isso faz-se importantíssima a fase do brieffing do cliente. Você deve sugar a alma dele nesse momento. E, este brieffing, não deve ser feito em apenas uma etapa ou conversa/entrevista. Ele deve sim ser refeito e atualizado constantemente, a cada novo contato com o cliente.

Porém, o mais complicado em relação à proposta para o cliente é entender o que querem dizer os incontáveis itens constantes da proposta: layout, hidráulica, elétrica, alvenaria, revestimentos, direitos autorais entre vários outros e, mais recentemente, automação residencial. Essas são linguagens que eles não entendem. Daí acontecerem muitos erros, especialmente orçamentários.

“Não há como separar o preço do conteúdo de um trabalho. Embora seja óbvio, ninguém se dá conta de que serviço bem feito custa mais caro, e acabam por fazer uma comparação simples de preços sem entrar no mérito do escopo. O contratante do serviço de projeto faz cotação de preços como se estivesse ao telefone adquirindo uma geladeira, algo como ligar para uma loja de eletrodomésticos e perguntar algo como:

— “Por favor, por quanto vocês me fazem aí o projeto de uma casa de 200 m²? Quanto???? Ah, não, a outra loja me fez bem mais barato…””

Esse é um ponto muito complicado: PREÇO.

Aqui entra em cena o seu conhecimento técnico para conseguir explicar ao cliente o que vem a ser comprar um projeto de interiores/ambientes. O preço é um dos itens da proposta e este está intrinsecamente relacionado ao escopo da proposta. Não são coisas separadas. Como eles bem explicam no texto citado:

“Escopo é o objetivo do trabalho, seu conteúdo, seu propósito.

Preço é o valor a ser pago para realização e recebimento desse conteúdo.”

A sua proposta deve ser completa e clara o suficiente para permitir – até mesmo ao cliente mais leigo – que consiga realizar outras comparações quando em contato com outros profissionais. A proposta não deve conter coisas dúbias e que dêem margem à especulações e/ou dúvidas. Se ele entender de uma forma diferente uma cláusula (ou item) e vier te cobrar sobre isso, prepare-se pois ou você faz do jeito que ele quer/entendeu ou terá de enfrentar um advogado, juiz… E ele estará no direito dele.

Outra coisa: ele não pode “pechinchar” atrás de menor preço pelo m². Se o fizer, certamente cairá nas mãos de profissionais cujos projetos tem qualidade duvidosa.

Quem cobra por m² um projeto, não conhece a fundo realmente o que está fazendo. Por mais que isso seja uma “regra de mercado”, só contribui para a prostituição profissional e o acobertamento de péssimos profisionais que continuam no mercado pois competem de igual para igual com os outros.

Quem compra por m² não faz a menor idéia do que pode estar adquirindo.

Só orça por m² aqueles profissionais que não levam em consideração a complexidade que é projetar.

Só pede um “deseinho” aqueles clientes que não tem a menor noção do que é projetar ou então aqueles clientes aproveitadores e que sabem exatamente o valor e a complexidade do projetar.

No primeiro caso – leigo – vai necessitar de toda a tua atenção. Contudo, jamais tente faze-lo engolir um “projetinho de gaveta” aproveitando-se da ignorância dele. Seja honesto e transparente, atento às dúvidas, tenha paciência para explicar-lhe 10 vezes a mesma coisa enfim, oriente-o corretamente inclusive com relação à formação do preço da proposta. Explique o porque do valor, esmiúce em detalhes o que gerou aquele valor para que ele entenda que comprar um projeto da mesma maneira que se compra uma geladeira não é a melhor solução.

“Sabendo-se da inexperiência das pessoas, a proposta pode e deve ser orientativa, aproveitando para deixar claro para o contratante que não adianta conseguir um “projetinho” e colocá-lo na mão de um pedreiro que não saberá interpretá-lo e complementá-lo com tudo o que uma obra atual e útil precisa.”

Aqui entra também a sua equipe de confiança. Pedreiro, pintor, eletricista, encanador e outros necessários ao correto cumprimento do que está especificado em seu projeto. Isso deve ser repassado ao cliente também. Da mesma forma que ele não deve negociar o projeto por m², não deverá contratar estes profissionais pelo menor preço. Isso acarretará sérios problemas orçamentários e técnicos durante a execução do projeto. Os profissionais envolvidos devem ter a correta leitura e compreensão dos desenhos técnicos. Quanto mais baixo o valor cobrado, mais duvidosa é a qualidade final. E, com isso, mais pesada será a tua responsabilidade sobre as “cacas” alheias. Portanto, lembre-se também de defender com unhas e dentes a contratação de uma equipe capacitada tecnicamente.

Isso entra na questão da responsabilidade técnica do projeto. Você é o responsável técnico pelo teu projeto e isso inclui a qualidade dos serviços prestados. Portanto, essa questão da indicação dos profissionais deve levar em consideração principalmente a qualidade dos serviços prestados pelos mesmos. Nesse ponto, para garantir-se, entregue ao cliente uma lista com os profissionais que você costuma trabalhar e tem confiança no trabalho por eles desenvolvidos. E também deixe bem claro que a sua responsabilidade vai até onde começa a do outro. Ele deve assinar o recebimento de uma cópia dessa lista (“de acordo”). Em seu contrato/proposta, deixe bem claro a entrega/recebimento dessa lista e o que ela quer dizer. Caso ele opte por um profissional fora dessa sua lista e que você desconheça o trabalho do mesmo, você estará garantido quanto à má qualidade dos serviços prestados.

No entanto, você ainda assim continuará sendo o responsável técnico do projeto geral. Então a sua presença constante na obra para acompanhamento da execução se faz mais que imprescindível, nem que saia brigas entre você e o outro profissional. Você deverá ficar em cima e bater pesado quanto à correta execução do que está detalhado nos projetos e exigir a correta realização dos mesmos.  Desde um arame fino e enferrujado para fixar o gesso até a fixação porca dos revestimentos e pintura, tudo deve ser dentro dos teus padrões de qualidade e não da duvidosa do outro profissional.

Esses problemas podem ocorrer porque muitos dos profissionais envolvidos simplesmente desconhecem quem somos nós, o que fazemos, etc. Para eles, não passamos de decoradores. Portanto você deverá deixar muito claro que domina/entende a área e questão e sabe como as coisas devem ser feitas, que é apto e capacitado para tal.

Um aparte aqui: vida de obra é imprescindível exatamente por causa disso. Se você é um profissional de escritório/loja jamais vai entender a complexidade real de um projeto.

É comum vermos profissionais que tem medo de deixar claro aos seus clientes a complexidade que envolve um projeto. Em suas cabeças ocorre que o cliente pode entender isso apenas como um fator que eleva o preço final – o que pode até ocorrer de fato – e que fatalmente poderá ocorrer a perda desse cliente. No entanto, como já venho colocando desde o início deste texto, a sua capacidade de argüição estará à prova e será através dela que você conseguirá contornar esses pormenores.

Jamais caia no erro de “fazer uma plantinha” para quem quer que seja. Essa notícia é que nem erva daninha e se espalha rapidinho e aí você terá de conviver com comentários do tipo: “Ah, mas para fulana você fez baratinho aquele projeto” e por aí vai.

“A desculpa é algo como “Ora, se eu não fizer, alguém vai fazê-lo… então é melhor eu mesmo fazer e ganhar uns troquinhos por aqui mesmo.””

Errado. Absurdamente errado esse tipo de pensamento. Errado enquanto profissional e errado enquanto mercado. Como já coloquei antes da citação, você terá de arcar com o estigma de ser o profissional que cobra baratinho e faz “projetinhos da hora” e simplesinhos. Por outro lado, você estará contribuindo com a prostituição profissional. Prostituição essa que hora ou outra pode voltar-se contra você mesmo seja pela concorrência de outros prostitutos, seja por clientes/fornecedores conhecedores de sua “alma prostituta” enquanto profissional.

Cada um é cada um e sabe onde o sapato lhe aperta. No entanto, essa atitude desesperada e até mesmo desastrosa contribui e muito para o desrespeito à nossa classe profissional. Daí a desvalorização e desrespeito enquanto profissionais pelas empresas, por profissionais de áreas correlatas, da mídia e dos próprios clientes.

Nosso trabalho não é apenas lançar alguns meros rabiscos soltos sobre uma folha de papel e sim um complexo jogo de saberes, conhecimentos, competências e habilidades que farão com que o suado investimento do cliente não seja em vão. Que ele compre gato por lebre, como dizem.

Para que as edificações tornem-se cada dia mais perfeitas, confortáveis, seguras e funcionais, deve-se ter profissionais realmente capacitados e habilitados para tal. Assim como engenheiros e arquitetos cuidam da parte estrutural e arquitetônica, devemos fazer coerente e corretamente a nossa parte. Devemos sim estar no lugar certo, com as armas certas. Portanto, a comunicação profissional x cliente deve ser o mais transparente e ética possível. E os documentos assinados, idem. Devem transparecer todo esse cuidado e respeito de um pelo outro.

Diga não ao bloqueio de blogs!

Talvez você não saiba, mas seu blog está sendo bloqueado na escola de minha filha,
na faculdade onde estudo e na empresa em que minha esposa trabalha.
Mas por quê esse bloqueio?

Ponto de vista dos profissionais de TI e empresários

A função dos blogs é disponibilizar downloads de programas e filmes piratas que geralmente trazem junto com eles algum vírus ou código malicioso que infecta a rede corporativa. Por segurança tudo é bloqueado.

Ponto de vista dos blogueiros sérios

Nossos blogs não podem ser bloqueados e discriminados pagando pelos erros de pessoas sem escrúpulos que mancham a reputação de blogs de qualidade e conteúdo relevante.


O bloqueio por url é uma realidade

Uma rápida busca no Google e você encontrará vários scripts ensinando como bloquear páginas da web pela url. Em alguns fóruns você verá perguntas formuladas por profissionais querendo descobrir como bloquear o blogger pela url. Mas não para por ai, wordpress, blogspot, blog, e isso é uma pena pois existem blogs de muita qualidade que são bloqueados por esses scripts de firewall.

Veja um link que comprova que há busca por esse tipo de script na web:

* Como liberar apenas um blog no blogger

Campanha “Diga não ao bloqueio de blogs”

Por esse motivo o GF Soluções e o Informação Virtual se uniram para criar a campanha “Diga não ao bloqueio de blogs”, que tem dois objetivos principais:

1. Conscientizar os blogueiros de que empresas, bibliotecas, faculdades e escolas bloqueiam blogs com palavras específicas na url como blogger, blogspot, blog, wordpress entre outros, sem levar em conta o conteúdo desses blogs.
2. Conscientizar os administradores de rede de empresas, bibliotecas, faculdades e escolas que nossos blogs possuem conteúdo relevante para seus colaboradores e estudantes.

Como participar

Escreva um post divulgando a campanha, coloque os banners da campanha em seu blog, orkut, myspace, facebook e envie essa notícia para seus amigos que trabalham em empresas ou estudam e frequentam escolas, faculdades e bibliotecas que bloqueiam nosso conteúdo. Vamos conscientizar os administradores de rede de que possuímos conteúdo relevante para seus colaboradores e estudantes.

Pegue o banner que melhor se adapta a seu template e coloque em seu blog com um link para essa postagem.

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