Fico muito feliz que minhas duas últimas colunas na Lume Arquitetura estejam dando um verdadeiro chacoalhão no mercado.
A primeira direcionada aos profissionais. A segunda à industria, fornecedores e lojistas.
Sim, atingi meu objetivo. Estou recebendo muitos elogios, mas também críticas. Ótimo sinal de que fui certeiro nos problemas e, como nao tenho o rabo preso com ninguém, falo o que quiser.
Porém, os que me criticam deixam claro que concordam com as práticas espúrias que prostituem o mercado e não estão interessados na construção da profissão. Destes, nós profissionais sérios e comprometidos, definitivamente, não precisamos. O mercado nao precisa de gente assim maculando a profissão.
Na última edição saiu uma entrevista com o presidente da AsBAI no mínimo, nojenta. Sob um falso discurso de renovação, novos ares, novos caminhos, percebi que nada mudou, continuam com a mesma cabeça oca de sempre. Só que agora estão agindo nos bastidores (sim sei dos passos que estão trilhando nos bastidores) e me levou a fazer o post AsBAI e reserva ilegal de mercado.
Diante disso exposto, muitos profissionais revoltaram-se com a situação e intenções desta associação. Tanto que a Malu Junqueira soltou na sequencia outro texto também bastante ácido e sério sobre a situação.
Transcrevo-o abaixo. Volto ao final:
“A “bendita” e mal intencionada reserva de mercado
Fazendo um contraponto ao dito de meu colega lighting designer e designer de interiores, Paulo Oliveira, coloco também meu ponto de vista. Em relação a matéria da revista renomada e séria, Lume Arquitetura, com conteúdo de uma entrevista ao recém-empossado presidente da AsBAI, o jovem Rafael Leão, concordo plenamente com o colega Paulo. Rafael não tem vivência suficiente para poder colocar todas as suas prerrogativas como sendo a verdade absoluta. Como já disse em outras ocasiões, não existem verdades, mas sim versões. E, Deus só existe um, o onipotente.
Acredito até que ele tenha boa vontade e ótimas ideias, mas em pleno século vinte e um, não podemos admitir que ainda pudesse existir discriminação, seja ela racial, religiosa ou mesmo profissional. E é o que acontece com a AsBAI. Os outros profissionais não aceitos em seu quadro, mesmo sendo arquitetos, se sentem rejeitados e discriminados por não compactuarem com seus modos de pensar; e com isso se colocam à margem vendo a banda errada passar.
Os dirigentes de associações voltadas para a iluminação também não aceitam e nem concordam com seus estatutos. Está se formando uma associação protecionista apenas para quem reza em sua cartilha. O que fazer com esses profissionais que de uma forma ou outra são reconhecidos? Pelas escolas, pelos alunos, pelos leitores e por dirigentes sérios de um profissionalismo exemplar? Se temos respeitadíssimas pessoas em nosso mercado de trabalho (o da iluminação) que até são convidadas para participar de evento internacional em solo nacional, o Rio +20 e membro de associação abalizada e que faz restrição aos estatutos dessa “mandona” entidade, por que os “manda – chuvas” querem por força serem melhores? Não seria de bom tom e melhor convivência não impor regras e deixar o mercado ser algoz?
Se nós “os pequenos” que fomos aceitos pelo mercado de trabalho, pelos nossos clientes e fomos não só analisados, mas fomos agraciados com prêmios pelos nossos trabalhos executados, não basta?
Será que os novatos sofreram lavagem cerebral? Será que o tempo dos coronelismos não vai acabar nunca? Eu mando e você obedece? Isso é inadmissível…
Essa sociedade brutal precisa acabar, pois o sol nasceu para todos; por certo que a sombra só para meia dúzia, mas espaço há para todos e que se sobressaia o melhor. A competição é salutar! Ou será que essa imposição absurda reflete certo temor em perder o poder? O que neste século, nosso papel, é, de na corrida da vida mostrar que podemos e devemos ser melhores pessoas para que com nosso exemplo, possamos inspirar novas gerações com o livre arbítrio de pensar e agir. Pelo menos temos que tentar.
Fiz parte dessa associação (discriminadora) por um curto espaço de tempo, e deliberadamente resolvi sair, por me sentir aviltada por tentar ajudar e não ser aceita. Já que na área da iluminação era discriminada, tentei ajudar na área jurídica. Também sou bacharel em direito. Não fui levada a sério.
Então lutemos com as armas que temos e vamos em frente. Quem sabe possamos deixar este grito para o futuro.”
Diante da divulgação de meu texto e depois deste da Malu, surgiu um forte movimento de indignação de profissionais que atuam na área da iluminação.
Comprometimento é a palavra e defesa a regra.
Vale salientar que não falamos de pessoas e sim da instituição e suas artimanhas. Esse recado vai para a ABD também. Estão no mesmo barco que a AsBAI, tramam as mesmas sujeiras nos bastidores sob a lápide da ética.
Mas que ética se nem mesmo seus diretores, membros cumprem um simples código de ética ditado e imposto por eles mesmos?
Em breve terei mais notícias muito boas para vocês que não posso compartilhar por hora, mas os reinadinhos baseados em apartheids e reservas ilegais de mercado irão desmoronar.
E a ação já começou!!!
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Pela prmeira vez faço coro ao Paulo Oliveira, e me alinho no combate a reserva de mercado. Também penso como nossa colega Malu Junqueira. Estive várias vezes prestes a me associar a AsBAI, felizmente não o fiz, pois de totalitarismo basta. Temos que criar um ambiente de coperativismo, onde teremos espaço para trocar informações. Eu sou arquiteto, tenho pós graduação, tenho muitos projetos de executados durante meus 20 anos de viencia em iluminação, e estou a disposição para auxiliar na “ação”. Saudações Iluminadas