Estágio, DA e portfólio

É bastante comum receber comentários e e-mails indagando sobre uma situação bastante corriqueira para quem está começando.

“Como sabemos, a maioria dos escritórios não divulgam o nome de todos que participam da equipe que realizou determinado projeto, ou seja, os créditos pelo projeto ficam somente em nome do arquiteto que é o dono do escritório. Isso torna a divulgação do profissional de interiores ainda mais complicada.

Enfim, a dúvida que fica é:

Pode um designer utilizar trabalhos realizados no escritório que atua como contratado em seu portfólio particular? Qual é a melhor forma de fazê-lo?”

O trecho acima é de um deles que recebi a pouco tempo aqui em meu blog.

Ilustração: Rafael Corrêa

Ilustração: Rafael Corrêa

 

Sim, é fato que a maioria dos escritórios não divulgam os nomes de todos os envolvidos nos projetos, especialmente dos estagiários. Geralmente vemos, quando muito, os nomes dos profissionais parceiros ou empregados dos escritórios “oficiais” que, via de regra, levam os nomes de seus titulares. Assim, estes profissionais acabam levando sozinhos os louros pelos trabalhos desenvolvidos por outros profissionais/acadêmicos. Também os lucros.

Não estou generalizando  ok? Apenas constatando uma atitude muito desonesta e comum em vários escritórios.

Conheço alguns escritórios que os titulares entregam nas mãos da equipe alguns rabiscos acompanhados de alguns garranchos acrescidos da seguinte frase: “é isso que eu quero”. Não difícil é perceber que tratam-se de meras garatujas tais rabiscos e tampouco que o tal profissional não tem a menor idéia do que exatamente ele terá de fazer. Aliás, a equipe que se dane em resolver já que são pagos (na maioria das vezes bem mal pagos).

Do projeto arquitetônico ao projeto de mobiliário (quando há) raros são os titulares que realmente sentam em suas pranchetas ou PCs para resolve-los. Traçam as linhas gerais e depois ficam apenas coordenando os trabalhos. Nesse momento entram as criações “dos outros”, ou seja, aquelas soluções criadas pelos funcionários que são prontamente aceitas e assumidas como “suas”.

Percebemos isso até em mostras e revistas ditas especializadas em Decoração.

Aí vem a questão: você trabalhou por anos ali dentro do escritório do outro ou se formou e finalizou seu estágio e quer lançar carreira solo. Para tal, necessita de um portfolio. Afinal, você podem ou não utilizar as imagens dos projetos em seu portfolios?

No meu ponto de vista não só pode como deve utiliza-las, afinal nelas estão as marcas de sua experiência profissional, você participou ativamente da criação daqueles projetos. Assim, você é co-autor destes projetos.

No entanto, deve-se ponderar algumas coisas antes de fazê-lo:

– observe se no seu contrato de trabalho ou estágio existe alguma cláusula de impedimento disso. Existem escritórios que exigem a renúncia dos direitos autorais em favor do titular.

– sempre que utilizar este tipo de imagem seja honesto e coloque os créditos corretamente citando, ao menos, o nome do escritório titular ou destrinche os nomes de todos os envolvidos no estilo “quem fez o que?”.

No primeiro caso, havendo este empecilho tente contato com o escritório para negociar uma autorização do uso de imagens explicando o fato da necessidade do portfolio. Caso não haja acordo, entre na justiça afinal trata-se de um abuso cometido livremente por muitos escritórios (e empresas) contra o trabalhador. Além disso, há também o fator de “apoderação de criação alheia” ou, no bom e velho português, roubo de idéias ou de propriedade intelectual mesmo.

Não tenha medo e tampouco sinta-se menor que o outro quando for conversar. Fale sempre de igual para igual.

Outro caminho é tentar uma denúncia via CAU ou CREA uma denúncia. Não sei se estes órgãos apoiam esse tipo de atitude, se seus estatutos, regimentos e códigos de ética permitem tais abusos por parte de seus filiados. Duvido que permitam isso livremente.

Espero ter ajudado aos que ainda tem dúvidas sobre isso.

Escolhendo a cadeira ideal

Olha só gente, mais uma matéria diretamente de meu Reader que achei simples, porém bastante interessante por tratar de ergonomia:

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Escolhendo a cadeira ideal

Por: Eder L. Marques

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É fato. Na era da informação, passamos mais tempo sentados que em qualquer outra posição. Seja ao computador, em uma reunião, almoço ou jantar, são horas a fio nesta posição antifisiológica.

Segundo estudos, a pressão em nosso disco intervertebral é 50% maior do que quando estamos em pé. Não é de estranhar que tenhamos dificuldade em permanecer por muito tempo na mesma posição.Problemas com a postura Por causa de uma má postura, podemos desenvolver vários problemas.

Mas será que estamos dando a devida atenção a isso?


Vimos no artigo anterior alguns cuidados que podemos tormar para evitar os problemas causados por LER/DORT. Iremos agora conhecer os principais aspectos a serem observados para que possamos escolher uma cadeira adequada para o nosso dia-a-dia, e que não prejudique nossa coluna.

O que devemos levar em conta

  • Beleza ou preço não é sinônimo de qualidade: De nada adianta combinar o estofado com a decoração de seu escritório ou encontrar “aquela” promoção se a cadeira não respeita as minímas condições ergonômicas. O melhor é deixar esse aspecto em segundo plano. Ao encontrar a cadeira ideal, provavelmente ela estará disponível em várias cores.
  • Observe as normas existentes: Prefira cadeiras que respeitem e sejam certificadas pelas normas Técnicas estabelecidas pela ABNT. A norma em vigor é a NBR 13 962/2002.
  • Não se preocupe com o status: Uma cadeira “mais elegante” que as dos subordinados não garante uma melhor saúde no trabalho. É preferível utilizar o mesmo mobiliário – desde que seja adequado – do que procurar se diferenciar apenas por questões de hierarquia.

Problemas mais comuns

Entre os principais problemas de um mal mobiliário estão:

  • assento demasiado alto e não regulável, responsável por cansaço e dores no quadril.
  • assento não moldado segundo as depressões do corpo (curva das pernas, principalmente), o que pode provocar dores musculares e até varizes.
  • falta de regulagem da altura e do ângulo do encosto, provocando dores nas costas e na regial renal.
  • Apoio para os braços mal projetado, dificultando a apŕoximação à mesa e levando à posturas incorretas.

Escolhendo cadeira ideal

Como as mudanças de funcionários são maiores que as de mobiliário, as cadeiras do escritório precisam ser as mais ajustáveis possíveis. Além disso, entre as principais qualidades que devemos observar em uma cadeira utilizada em nosso dia-a-dia, estão:

  • Possuir uma mola amortecedora, para evitar impactos bruscos na base da coluna.cadeira2.jpg
  • O assento deve ser regulável, possuir um bom estofamento, bordas arredondadas, com uma pequena inclinação para trás e possuir depressões (escavações). Isto evita problemas de circulação, entre eles as temidas varizes.
  • Encosto regulável e côncavo, de modo a acompanhar a curvatura do dorso no sentido horizontal. A região renal deve ficar completamente apoiada, assim como as costas.
  • O apoio para os braços deve ter altura e largura reguláveis, de modo a não restringir a aproximação entre a cadeira e a mesa.
  • A altura da cadeira também deve ser regulável, de modo que quem irá sentar fique com os pés completamente apoiados no chão.
  • A cadeira deve permitir o relaxamento, através da mudança da posição sentada, quando desejado.

Tenha em mente que por mais que a cadeira seja confortável e respeite as normas brasileiras de ergonometria, se não adotarmos uma melhor postura, de nada adiantará. Portanto, junto com o novo mobiliário, tente adquirir uma nova postura!

Via: Administrando.net – Seu blog sobre gestão, marketing e finanças. Dicas e truques diários para melhorar a sua carreira. Agradeço ao Eder pela autorização para postar este post aqui.

Admirável pureza das linhas

Um belíssimo projeto onde a pureza das linhas é levado ao extremo. De autoria do trio Matija Bevk, Vasa Perović e Uršula Oitzl.

Leveza e suavidade.

O site deste escritório de arquitetura e design vale a pena ser visitado pois é um show de imagens dos projetos por eles executados. Outro exemplo é esta Casa do Estudante, bem diferente do que vemos normalmente aqui pelo Brasil: