Mais sobre D.A.

E lá vou eu de novo falar sobre esse assunto. Já falei algumas vezes sobre plágio e Direitos Autorais (DA) aquiaqui e compartilhei um excelente texto da Sandra aqui, além de outras mais. Também “desopilei o fígado” sobre o assunto aqui. Para alguns (os fidaputinhas descarados) é um assunto chato e, muito provavelmente, nem lerão este post. Mas para aqueles sérios e éticos, é um assunto mais que pertinente, especialmente aqueles que, como eu, sofrem com a cara de pau de muita gente por aí que vem aqui em meu blog, copiam partes ou textos completos e não citam a fonte, quiçá ao menos um “muito obrigado, seu trouxa, por me poupar tempo em pesquisa e me entregar o que eu precisava aqui, prontinho”.

Bom, esclarecendo uma coisinha: quando disponibilizei aqui o modelo de contrato nem de longe quis dizer que TODO o conteúdo deste blog está disponibilizado e livre do Direito Autoral. Aquele modelo de contrato eu disponibilizei pois sei que esta é uma da maiores dificuldades para os egressos: elaborar um contrato decente para poder trabalhar com segurança. Os profissionais e acadêmicos que o copiam, tudo bem, sem problema algum pois como eu escrevi no post: está disponibilizado, livre para o uso de vocês. Mas, a partir do momento em que vejo professores distribuindo aquele contrato (sem alterar um “A” sequer) como se fosse material de sua autoria ou de sua produção acadêmica, aí já se torna uma puta falta de respeito não só comigo, mas também com seus alunos e com a instituição que lhe emprega. Mostra claramente o nível de respeito com o qual leva a sua profissão.

Bom, então lá vou eu de novo compartilhar mais um excelente texto, de outra blogueira (Nospheratt). Pela qualidade de seu blog (Blosque – blogando com a alma) eu já imaginava que ela também sofria com esse problema e não me surpreendi ao encontrar em seu blog um texto falando sobre.

Plágio e Direitos de Autor nos Blogs – Legislação Aplicável

Mais desenhado, para os idiotas que não entendem o que lêem, impossível. Mais explícito, para os FDP que copiam descaradamente e sem permissão, impossível.

foto: via PortalMidia.net

Tá dado o recado. Depois não digam que eu não avisei. Estou preparando uma lista (feita através de uma exaustiva pesquisa) onde colocarei TODOS os que me copiam e não citam a fonte (roubam a autoria). Além da ridicularização na web (sim, espalharei através deste blog e de todas as outras formas possíveis de comunicação os nomes e links) preparem-se pois meu advogado está recebendo cada link que encontro e preparando ações deliciosamente indenizatórias.

#FicaDica

antes de plagiar, leia isso:

A Márcia Nassrallah colocou lá no grupo deste blog no facebook um link para um excelente material desenvolvido pela UFRJ sobre plágio. Na verdade trata-se de uma cartilha explicando de forma simples o que é e quando você está cometendo plágio (crime) e também as punições que você pode vir à receber caso seja pego.

De tão necessário ultimamente, resolvi disponibiliza-lo aqui para vocês. Podem clicar, é um arquivo em PDF.

cartilha-sobre-plagio-academico

Então, antes de copiar o que for, deste blog ou de qualquer outro lugar, leia esta cartilha. Aqui em meu blog, leia a página D.A. onde deixo bem claro que o conteúdo é fruto de meu trabalho e, portanto, deve ser respeitado.

Sobre a praça citada no post Cidade Limpa

O Marcel do blog Janela Londrinense me mandou um link com um post que ele fez em 2010 falando sobre esta praça. Apesar de ser popularmente conhecida como “praça da bandeira”, na verdade chama-se Praça Mal. Floriano Peixoto.

“Chupei” de lá estas duas fotos que mostram a praça:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Perceberam como – bem destacado pelo Marcel – a forma não tem nada a ver com a tal bandeira, salvo uma similaridade?

E também Marcel, agora você já sabe quem desenhou e quem construiu a tal praça ;-)

Mas o que me levou a fazer este novo post – claro, além de mostrá-la a vocês o mais próximo do original possível – é destacar a antiga catedral de Londrina.

Olhem a maravilha que tínhamos aqui em nossa cidade:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Pois é, linda, majestosa, imponente.

Sua inauguração aconteceu no dia 24 de outubro de 1943, ainda sem o forro. Somente em fevereiro de 1945 a Igreja foi rebocada e as duas torres ficaram prontas em 1949.

Em junho de 1968, a Igreja Matriz antiga, de material, começa a ser totalmente demolida. Em nome da “evolução”, da modernização e sob a alegação de que precisavam de mais espaço para os frequentadores da igreja, simplesmente derrubaram este patrimônio histórico para a construção disso:

Uma cópia estúpida da forma – que provavelmente estava na moda – de outras tantas existentes por aí. Só em Maringá, que eu sei, existem 4 assim. Lamentável.

Lamentável também ter de engolir os absurdos argumentos, especialmente o acima sobre “espaço” quando vemos santuários com igrejas menores que a antiga catedral de Londrina recebendo milhares de devotos sem terem derrubado sequer um único tijolo das paredes.

Pelo contrário, para conseguir atender a todos, eles simplesmente multiplicam as missas, abrindo mais horários.

Mas aqui em Londrina é assim. Seja por parte da administração pública ou da própria sociedade, o desrespeito à história beira a crueldade e tem seus pés fincados na mais absoluta falta de bom senso.

Desculpem mas faz tempo que eu precisava desabafar sobre isso.

Plágio – questões profissionais

Quem aqui já não viu alguma coisa ou algum projeto e ficou com aquela sensação de “déjà vu” ou “eu ja vi isso em algum lugar”?

Pois bem, sempre que isso acontece pode ter certeza: é muito provável que trate-se de plágio.

Segundo o professor Alberto:

“Plágio significa copiar, imitar (obra alheia), apresentar como seu o trabalho intelectual de outra pessoa.
Reproduzir apenas partes de um texto, sem citar sua fonte é plágio.
Se houver citação, porém incompleta, representa apenas uma irre-gularidade, um descumprimento das normas de citações e referên-cias bibliograficas.”

E vai mais longe ainda:

“A Lei de Direitos Autorais 9.610/98 estabelece que reproduzir integralmente um texto, mesmo indicando a fonte, mas sem a autorização do autor, pode constituir crime de violação de direitos autorais.”

Pois bem, vamos trabalhar com duas hipóteses daqui para frente: uma acadêmica e outra profissional.

Fonte da imagem: Ossosdooficio

No meio acadêmico é bastante comum os professores depar-se com situações onde o plágio é visível e claro quando da correção de trabalhos, especialmente os teóricos. Eu mesmo já cansei de pegar trabalhos onde algumas partes me faziam soar o sininho de alerta ou explodia a sensação de “déjà vu”. Eu já li isso em algum lugar. Bastava copiar o parágrafo (ou até mesmo a frase), colar no Google e “voilà”! Plágio descarado, na cara dura e de pau encerada com óleo de peroba.

Não sei se trata-se de pouco tempo para elaborar o trabalho, preguiça mental e acadâmica descarada ou se este tipo de aluno busca subestimar ou colocar à prova a inteligência minha ou de outros docentes. Não me importa “o que move”, o que importa é que detectado o plágio, a punição é certeira. Nota: zero sem direito a reclamação uma vez que as anotações e observações são feitas em vermelho no trabalho ao lado do trecho.

E engana-se quem pensa que isso acontece apenas com pequenos trechos, um ou outro parágrafo ou frase. Tem trabalhos que são uma verdadeira colcha de retalhos de diversos autores. Aí me pergunto: se o acéfalo teve a capacidade e tempo suficiente para encaixar todos estes recortes numa ordem correta, mais ou menos coerente e que cumpre o seu objetivo, porque então não teve a mesma capacidade de analisar os contextos, pensar e escrever com as suas próprias palavras, mostrando a sua capacidade argumentativa?

Aí é que está o problema da mania de plagiar dentro do meio acadêmico: a falta da capacidade argumentativa. Raros são os alunos que conseguem defender de forma coerente as suas idéias e conceitos dentro de sala de aulas durante as apresentações de trabalhos e projetos. A grande maioria não sai da superficialidade, tem muita dificuldade em expor seu pensamento verbalmente. Textualmente não é nada diferente.

Medo de parecer ridículo, de levar um “cutucão” de algum colega de classe ou professor ou ainda, “saindo da superfície”, de cair em áreas e questões que não observou, pesquisou e considerou como deveria de fato ter feito? Sim, tem bastante disso nestes casos. Porém vejo que esta dificuldade de expressar-se tem muito a ver também com a atual condição pessoal: mídias eletrônicas.

As mídias eletrônicas hoje favorecem uma velocidade inimaginável ha 15 anos atras no acesso à informação. Muitas destas informações são recortadas, resumidas, amputadas de fontes originais. A não seleção correta de fontes de pesquisa ou a busca por dados cada vez mais velozes ou fáceis de absorver (curtos, rápidos e fáceis de ler) acabam levando os acadêmicos a cometer este e outros erros.

As normas da ABNT e a legislação sobre Direitos Autorais não existem apenas para fazer com que os autores sejam citados incontáveis vezes e com isso ganhem visibilidade, fama ou qualquer outra coisa similar. Elas existem para proteger o direito intelectual da obra. E este direito só aparece depois de zilhões de neurônios torrados, olhos cansados de tanta leitura, dedos doloridos diante de tanta digitação, noites e noites insones e tantas outras coisas “bem legais” como estas realizadas e sentidas “na pele” pelo autor. Ele não fez simplesmente um “copy+paste” de varios textos que encontrou na web ou em livros ou revistas. Os textos realmente significativos e interessantes são aqueles com fortes marcas autorais ou seja, pessoais. Logo, quem o escreveu tem direitos sobre o mesmo. Ele não estava brincando de escrever e sim realizando um trabalho sério.

A ironia é que estes mesmos alunos ficam irados quando alguém cita uma situação, idéia ou o que for que já foi colocada em outra ocasião por eles. A revolta e ira fica visível quando começa o bate boca de que “esta idéia eu já dei outro dia” ou “eu já falei isso noutra ocasião” e assim por diante. Incoerente mas mais que comum e presente nas salas de aulas.

Eu já peguei projetos para corrigir que, em 15 minutos folheando algumas revistas “da moda” encontrei o mesmo projeto apenas com alterações de cores e alguns detalhezinhos. Não importa se mudou esse ou aquele detalhe ou cor, você plagiou na maior cara de pau o trabalho de outro e deve receber uma nota compatível com o seu empenho no desenvolvimento do mesmo.

Lembre-se que o que você faz (treina) na academia irá repetir-se incontáveis vezes na sua vida profissional posterior. Por mais que não admita ou queira, isso irá sim repetir-se uma, mais uma, mais uma e mais e mais vezes.

Aí fica a questão: que direito você tem de reclamar se é o rei do “copy+paste” em seus trabalhos?

Alguns módulos atrás da Pós, me deparei com o modelo do contrato que disponibilizei aqui no site sendo distribuído como material oficial mas estava sem a citação da fonte. Recorri ao professor e alertei sobre o fato e no exato momento ele avisou a turma sobre isso e disse que iria ajeitar a situação junto ao IPOG. Não foi ele quem colocou o contrato como modelo oficial e sim outra pessoa que encontrou no meu blog, copiou e repasou a ele. Neste caso não me indignou o fato em si de não ter o meu nome citado por mero prazer egoístico e sim o fato de que para se chegar àquele modelo de contrato foram dias e dias sentado com meu advogado e um amigo jurista na busca do melhor modelo que suprisse as necessidades reais e fechasse as brechas que nos colocam em risco. Foi um trabalho enorme montar aquilo.

Com isso, nem de longe quero dizer que quem o for utilizar profissionalmente terá de citar a fonte. Isso ficaria até ridículo frente aos  seus clientes. No entanto, para uso em trabalhos acadêmicos, referências bibliográficas e distribuição (como foi o caso), a divulgação da fonte é necessária sim, inclusive por força de Lei.

Isso me lembra a questão das cópias de móveis sob a desculpa de “tornar o design acessível aos que não podem pagar por uma original”. Concordo que design realmente custa caro para a grande maioria. Mas a questão é: e o autor da peça? E a indústria que gastou fortunas no desenvolvimento da peça? A cópia tem a mesma qualidade da original? NÃO MESMO! É uma peça, digamos, “made in China”. O que nos leva às questões profissionais.

É bastante comum encontrarmos clientes que, na primeira conversa, chegam com revistas de decoração já com páginas marcadas para nos mostrar o que gostariam de ter realizado em nossos projetos. Até aí tudo bem se esse material fosse servir apenas como referencial estético ou de estilo. No entanto, muitos clientes chegam e dizem que “eu quero exatamente esta sala” ou “este é o quarto (cozinha, sala, banheiro, etc) dos meus sonhos, quero um igual”.

É um direito do cliente? Sim afinal trata-se do sonho dele e que, para piorar a situação, não consegue expressar-se corretamente. Por outro lado, é uma tremenda falta de ética e respeito por parte do profissional que realiza este tipo de serviço levando ao pé da letra o que o cliente diz. PNem podemos chamar isso de pojeto, é uma cópia descarada, plágio, safadeza. Ele demonstra claramente que não está nem aí para seus colegas de profissão, não respeita ninguém porém exige respeito. Só quer saber de ganhar e ganhar e ganhar. Além claro, de deixar visível a sua preguiça mental. Copiar não exige esforço.

Aqui em Londrina e em Maringá já encontrei algumas cópias descaradas de outros projetos residenciais e comerciais.

Temos de ter em mente que quando o cliente chega com essa pilha de recortes, na verdade quando ele diz “é exatamente isso que eu quero”, ele está dizendo que “este é o meu estilo, é disso que eu gosto”. Ele não está pedindo para você copiar aquela foto pois isso ele conseguiria fazer sozinho bastando contratar pintores, gesseiros e saber onde comprar os moveis e acessórios.

Para isso existe o brieffing que deve ser muito bem feito, muito bem fechado e profundo o suficiente para esclarecer pontos fundamentais sobre o cliente/projeto. Após o brieffing você terá de fechar o stimmung para só depois seguir para o projeto.

Jamais use do artifício de pedir “dicas” a outro profissional, especialmente quando esta solicitação vem disfarçada em meio a conversas banais de “amigos”. Se você não sabe, parceirize-se com quem sabe afinal ele estudou tanto ou mais que você portanto tem o mesmo direito de ter seu trabalho remunerado que você. Lembre-se que  nem o relógio trabalha de graça: alguém sempre tem de dar corda ou trocar a pilha.

Também jamais procure copiar algo ou algum efeito que você viu em algum lugar (especialmente iluminação) se você não tem conhecimento sobre como fazer aquilo. Fatalmente ficará horrível o resultado final.

Tome muito cuidado ao “chupar” alguma coisa de algum lugar. E jamais use sem permissão do autor o que quer que seja: de um detalhe a um projeto geral.

Vamos trabalhar honestamente e com ética para fortalecermos a nossa profissão?

Abraços!

Excelentes soluções

Bom, quando digo que Design de Interiores e Ambientes tem muito de Desenho Industrial tem muita gente que torce o nariz.

Alguns da área de interiores, por preguiça mental. Só de pensar em ter de criar soluções, pesquisar materiais e mais um mundaréu de coisas para depois ainda colocar tudo no papel, conseguir quem execute com qualidade e etecéteras dá um frio na barriga, um sono.

É mais fácil comprar tudo pronto nas lojas né não senhores DECORADORES?

Alguns da área de DI-Produtos, alegam que esta é uma área deles e que os Designers de Interiores  não devem se meter ora por nao ter formação em produtos, ora por seja lá qual for o motivo alegado. De qualquer forma, estes que defendem esta visão demonstram absoluto desconhecimento das matrizes curriculares dos cursos de Design de Interiores e Ambientes. No mais, porque não reclamam de arquitetos, engenheiros, cozinheiros e tantos outros profissionais de áreas que não tem nada a ver com o Design que atualmente vem fazendo design? Bah…

Bom, independente destas fuleirices, sempre que encontro em design excelente posto aqui para vocês.

Muitas vezes, e hoje em dia é cada vez mais comum isso devido aos reduzidos espaços das novas construções, buscar soluções inteligentes para resolver os ambientes é uma constante.

Assim, exige-se do profissional de Design de Interiores e Ambientes mais que uma especificação de produtos prontos e sim a solução, a criação destas soluções.

O vídeo acima nos traz excelentes soluções para espaços reduzidos.

Não é questão de copiar – até mesmo porque isso é CRIME, mas sim, e antes de tudo, analisar as soluções apresentadas buscando indentificar possíveis soluções que possam ser adaptadas ao seu problema.

Este adaptar pressupõe criar, recriar, entender o funcionamento e reconhecer os materiais utilizados para que se possa aplica-los de outras formas na solução de seus problemas projetuais.

Bom, lapiseiras na mão, muita borracha e bom trabalho!

porque poucos posts?

Recebi hoje um e-mail de um leitor assíduo do blog onde ele me questiona do porque o meu blog não ter uma quantidade de posts diários. Bom, já escrevi algumas vezes aqui no blog sobre isso mas hoje vou tentar detalhar mais sobre o assunto.

Quem me conhece, sabe da correria que é a minha vida. Muitas vezes passo horas no note sem nem olhar o e-mail por estar envolvido com desenvolvimento de projetos, pesquisas, etc. São clientes, projetos, preparação de aulas… enfim, são muitas coisas a fazer e que, envolvido nelas, nao me permito perder o foco do que estou fazendo.

Também tem a vida pessoal onde tenho de cuidar da casa, do predio onde somos síndicos, das duas cachorras, dar atenção à família, etc.

fonte da imagem: Nem1e99

Outro fator que impedem postagens constantes e diárias e meu ponto de vista sobre o tema informação. O blog é uma janela de informação pública, que encontra-se baseado na web para quem quiser ver, ler, opinar… No meu reader acompanho diversos blogs nacionais e internacionais – coisa que já fazia mesmo antes de virar blogueiro. No entanto existe um elemento que sempre me incomodou: a igualdade de assuntos, imagens e temas abordados bem como posts sem fundamentação teórica.

Isso é fácil de detectar. Olhem o site YankoDesign e depois olhem os diversos blogs que vocês acompanham. A grande maioria de conteúdos dos blogs de Design provém deste site.

Os de arquitetura e interiores vem geralmente do Contemporist.

fonte: osamorais

Não, nem de longe estou querendo provocar uma briga com os blogueiros enaltecendo o meu trabalho e denegrindo o dos outros. Só estou colocando que este não é o meu estilo, não é o que eu gosto de fazer, não é a minha forma de ensinar.

Um dos argumentos que me convenceu a iniciar este blog foi o fato de eu escrever sem medo, lançar sobre o papel as minhas idéias doa a quem doer. Tanto que os primeiros posts do blog tem relação aos ataques recebidos por mim e outros designers que “tiveram a petulância e ousadia” de afrontar alguns arquitetos em fóruns pela web. Este afrontar, na verdade nada mais foi que questionar do porque estarmos sendo vítimas de ataques infundados por parte de alguns arquitetos totalmente desinformados e da perseguição dos CREAs. Mas isso já história passada.

Assim, este foi o foco definido deste blog: o diferencial de ser sempre franco, direto e objetivo, doa a quem doer, gostem ou não gostem, amando-me ou odiando-me.

Isso dificulta a postagem diária pois antes de postar qualquer coisa é feita uma grande pesquisa verificando leis, normas, bibliografia entre outras pesquisas para se ter certeza do que estou escrevendo. Uma coisa que não suporto, e talvez daí a minha fama de dr House do Design, é debater com pessoas que “acham” que sabem alguma coisa. Os famosos “achistas” que acham que as coisas são como pensam porque alguém lhes falou que era daquele jeito.

Achar não leva ninguém a lugar algum. Penso ser isso semelhante ao uso do gerúndio: sempre estão tentando, querendo, sendo, pensando, etc. Nunca fazem, querem, são, pensam, etc. São eternos “pessoandos”.

fonte: abismosdossonhos

Algumas vezes me rendi ao ctrlC+ctrlV por pura necessidade e falta de tempo para não deixar meus leitores sem nada. Mas confesso que as poucas vezes que fiz isso me senti frustrado, incomodado e com um alto sentimento de rejeição pelos respectivos posts.

Não é meu estilo fazer posts baseados em ctrlC+ctrlV e muito menos fazer aqueles posts com títulos como por exemplo, “românticos”, recheado de fotos cor de rosa, com flores, de ambientes europeus ou norte americanos que não tem absolutamente nada a ver com a nossa cultura e só. Quando olho aquilo me recordo das piores aulas que tive na universidade com um professor que toda aula ficava mostrando fotos e mais fotos, não dizia nada sobre elas, nenhuma informação sobre o projeto e tampouco a autoria dos mesmos, apenas observação pela observação. Vago demais que não atingiam comentários dos alunos maiores que “olha que vaso bonito…”, “olha aquela almofada” em uma ou outra foto.

Inspiração? Me poupe gente.

Prefiro deixar esse tipo de inspiração para os meus clientes leigos que sempre chegam carregados de fotos indicando o que gostam e o que não gostam.

Como um blog de cunho acadêmico e profissional, com o reconhecimento que já consegui atingir de universidades e outros profissionais e empresas, não tem porque eu partir para este tipo de postagem frenética apenas para aumentar o contador de posts do blog.

Que também fique claro que, apesar deste reconhecimento eu não recebo um único centavo de ninguém para manter e atualizar este blog. Quem sabe parta para esse tipo de ação futuramente, não sei. Mas, mesmo que parta, isso não quer dizer que estarei “amarrando” meu nome ou meu blog a quem quer que seja.

As postagens que realizo são feitas geralmente em momentos como o de agora, em que paro tudo para mexer no blog seja respondendo comentários, seja preparando posts e deixando-os agendados para serem soltos durante a semana ou ainda promovendo melhorias no blog.

Então, fica aqui em definitivo, a resposta do porque de não realizar postagens diárias aqui no blog ok?

Um excelente final de semana a todos com muita luz!

Skyline

Dias atras estava conversando com um amigo sobre a elaboração de um evento. A conversa estava animada, divertida, com vários surtos criativos e idéias até que percebemos que para isso tudo acontecer necessitaríamos de um elemento básico: o skyline da cidade.

Este é um dos principais elementos de eventos deste tipo. Parei o carro numa região alta da cidade e, já ao entardecer, percebemos que, apesar de Londrina ser uma bela cidade, ter um skyline interessante, faltam elementos de destaque e tudo é muito chapado, quadradinho, parecido. Se olharmos atentamente e desconsiderarmos as cores das edificações, tudo é muito igual.

Pensamos então em outra cidade: Maringá. Lá existe aquela maravilhosa catedral em forma de nave espacial, existem também dois prédios que se destacam facilmente no skyline, e só…

Vamos a Curitiba então? Infelizmente esta verdade se faz presente até mesmo na “cidade modelo”. Lembro-me de quando morei lá que, ao voltar da faculdade ou do trabalho sempre tinha à minha frente o skyline central. E também é a mesma coisa: quadradinhos, retinhos, iguaizinhos…

Voltando a Londrina começamos a pensar na cidade e esquecemos do projeto. O que acontece? Até mesmo os mega lançamentos são todos, iguais, tem a mesma casca, é quadradinho, caixotinho, sem graça.

Para piorar, o skyline noturno é triste. Tirando as luzes das janelas, não se vê um projeto de Light Design que faça com que o empreendimento se destaque na paisagem urbana. A única coisa que vemos são os esqueletos fantasmagóricos refletidos na sobra da iluminação pública (péssima por sinal).

Por falar em iluminação pública, nem mesmo os parques, praças, monumentos e árvores recebem uma iluminação de destaque e acabam transformando-se em áreas de risco, tráfico e prostituição.

O que acontece?

O que passa na cabeça de quem faz este tipo de projeto?

Será que falta “o dedo e o olho” de um Designer?

Será que a capacidade criativa secou?

Será que isso é algum tipo de LEI imposta por alguma associação ou órgão que diz que TEM DE SER ASSIM, CAIXOTINHO, QUADRADINHO E SEM GRAÇA?

Aí resolvemos ir até o estacionamento do Shopping Catuaí onde temos uma bela visão da área dos condomínios horizontais da cidade. Crentes de que encontraríamos referências na paisagem noturna, nos decepcionamos. Novamente apenas luzes vindas das janelas e aquelas das ruas.

No outro dia tivemos de ir novamente ao shopping comprar alguns materiais e, novamente nos aproximamos do beiral que nos favorece esta visão privilegiada. Mas novamente a decepção foi enorme.

Até mesmo dentro dos condomínios de residências – que são individuais, cada um faz a sua como quer e pode – percebemos a tímida (pra não dizer nula) exposição de criatividade projetual. Isso tudo sem falar naqueles bem comerciais mesmo onde um mesmo projeto é reproduzido quantas vezes couber dentro do terreno.

O que parece é que nada se cria, tudo se copia, realmente.

A impressão é que os únicos pontos que valem uma pirada ao aplicar uma pitada de Design são as entradas e salões das áreas comuns.

Comecei a dar uma olhada geral no país e tristemente constatei que a criatividade realmente anda em baixa na arquitetura brasileira. O que vemos são projetos isolados, feitos por algum maluco que ousou romper o código de enfeiamento urbanistico vigente e que, por isso mesmo, não foi seguido pelos outros profissionais.

Quando vemos algo de inusitado, criativo, legal mesmo, geralmente este se encontra afogado, imerso num paredão de concreto sem graça, quadradinho, caixotinho… Logo, desaparece. Por algum tempo o projeto é festejado, elogiado, ganha prêmios, destaque e projeção e pensamos: dessa vez vai mudar algo.

Ledo engano…

Em São Paulo começamos a perceber algumas alterações neste sentido, especialmente às margens do rio Pinheiros e na região da Av. Berrini onde algumas construções estão saindo fora deste padrão.

Porém, ainda estamos longe de ter um skyline interessante como os de várias cidades estrangeiras.

Quem sabe um dia…

Quem sabe um dia numa outra geração…