Pra não dizer que não falei…

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 70 – 2014
“Pra não dizer que não falei…”
By Paulo Oliveira

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…das flores,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, paisagismo é atribuição dos arquitetos, e as flores fazem parte desta disciplina. E não se tocaram que eu falava de um jardinzinho com flores com que resolvi presentear aquela senhorinha que acabou de perder sua família toda, para que ela tenha algum prazer no pouco tempo de vida que lhe resta.

…dos carros,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, mobilidade urbana é atribuição dos arquitetos e os carros fazem parte desta disciplina. E não perceberam que eu estava me referindo ao projeto de um motor office para uma ONG que trabalha com formação profissional, para que ela possa atender as comunidades mais distantes.

…das favelas,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, a favelização urbana não é atribuição nem responsabilidade dos arquitetos; são responsabilidade apenas dos governos. Mas não viram que eu estava fazendo um trabalho junto à comunidade sobre os acumuladores, a organização e as consequências disso sobre o bem viver e estar familiar e da população.

…das praças inutilizadas,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, projetos só podem ser feitos por profissionais habilitados nos termos da Lei. E não perceberam que eu estava auxiliando um grupo de moradores a pensar (brifando) sobre um espaço vazio de sua comunidade para que suas ideias pudessem chegar ao poder público e seus desejos e necessidades fossem realizados.

…do mobiliário,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, mobiliário é atribuição exclusiva dos arquitetos, de acordo com os cacos espalhados por trezentas disciplinas. E não perceberam que eu estava me referindo ao projeto de uma chaise, para que portadores de necessidades especiais consigam curtir os prazeres sexuais, em diversas posições, de maneira confortável e segura.

…da ergonomia,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, acessibilidade é atribuição dos arquitetos e os aspectos ergonômicos fazem parte desta disciplina. E não perceberam que eu estava me referindo à reorganização ergonômica de uma indústria visando à saúde, segurança e produtividade de seus empregados.

…do projeto,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, projeto é atribuição dos profissionais legalmente habilitados na forma da Lei. E não perceberam que eu estava me referindo ao briefing para a construção de um projeto educacional de uma creche que um grupo de empresários quer implantar próximo às suas empresas para atender a demanda de suas trabalhadoras.

…das luzes,

mas não posso mais, pois, segundo o CAU, iluminação é atribuição dos arquitetos e as luzes fazem parte desta disciplina. E não perceberam que eu estava me referindo às luzes cênicas daquela peça teatral de uma escola de periferia daqui de minha cidade, em homenagem ao dia das mães.

…“Fiat Lux!”

Aí vem o CAU dando carteirada, me enfiando uma notificação por exercício ilegal da profissão de arquiteto. E não percebeu que eu estava apenas começando a ler em voz alta a minha Bíblia em latim, em Gênesis 1:3, quando Deus diz isso.

Devaneios à parte, este é o quadro que se desenha à nossa frente: uma ditadura do CAU sobre tudo e todos. Eles agem através de dois lobbies: o primeiro, localizado no Congresso Nacional, onde se aproveitam do desconhecimento dos parlamentares sobre os assuntos e temas abordados e sapateiam na cara da sociedade e dos profissionais de outras áreas, induzindo nossos representantes ao erro, fazendo-os legislar apenas em favor dos arquitetos; o segundo é junto à mídia, onde eles conseguem anunciar o que for, mesmo que lesivo e prejudicial à sociedade, beneficiando apenas a sua classe e, propositadamente, desinformando a população.

Mas ainda dá tempo de acordar e impedir isso.

Com o perdão da palavra neste momento…

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Primeiramente deixo aqui o meu pesar às famílias que perderam seus entes (crianças ainda) nesse desastre horrível na boate Kiss em Santa Maria – RS.

Deixo também o meu pesar aqueles que perderam amigos de modo tão absurdo.

Deixo o meu pesar também à bela e acolhedora cidade de Santa Maria que tive o prazer de conhecer ano passado quando fui palestrar na UFSM durante a Semana Acadêmica de Design.

Rogo a Deus que derrame sobre todos vocês as suas bênçãos, sua paz e em seu infinito amor conforte seus corações nesse momento tão triste e doloroso.

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fonte: Folha de São Paulo

A imagem acima representa o que estou sentindo neste domingo sombrio e triste. Compartilho a dor e o desespero de meus irmãos rio-grandenses.

Mas, com o perdão da palavra neste momento de tanta dor e desolação, faz-se necessário expor algumas verdades.

É de conhecimento de todos que a maioria absoluta das casas noturnas e espaços de diversão e entretenimento aqui do Brasil não respeitam as normas de segurança. Isso se deve a diversos fatores que levanto a seguir:

1 – PROPIETÁRIOS DE ESTABELECIMENTOS

É muito comum no dia a dia profissional, quando apresentamos projetos para proprietários desse tipo de estabelecimento (por vezes até mesmo em residências, lojas, etc) que eles comecem a chiar, reclamar por causa dos custos. É um tal de corta isso, tira aquilo que dá medo. O fato é que eles priorizam a estética (beleza) deixando de lado a técnica (segurança).

Quando nos negamos a eliminar itens essenciais para a segurança e acessibilidade, muitos clientes fazem os acertos nos bastidores com os mestres de obras e pedreiros que desconhecem, na maioria, as Leis. Quando chegamos à obra para fiscalizar o andamento a coisa toda já foi feita. Muitas coisas foram alteradas sem a permissão ou aval do profissional responsável pela obra. E, quando o profissional percebe tais alterações e solicita a assinatura por parte do cliente de um documento relatando as alterações projetuais, isentando-o da responsabilidade nestes itens especificamente, geralmente inicia-se uma guerra entre os dois lados e dificilmente o profissional consegue tal assinatura.

Isso tudo quando existe algum profissional por trás do projeto, pois é sabido que existem muitas casas desse tipo que nem isso tem. Muitos proprietários simplesmente acham que o seu bom gosto basta e montam verdadeiras arapucas para os usuários destes espaços.

Não devemos nos esquecer também que, em caso de pânico, até prove-se a veracidade do acontecimento, as portas dos estabelecimentos são fechadas para que ninguém saia sem pagar a sua comanda. E isso são ordens dos proprietários, gananciosos e dinheiristas. Outro detalhe é que, no caso, apesar da estrutura baixa do palco aliada à irresponsabilidade do proprietário em contratar a banda permitindo o uso de fogos sabendo que o isolamento era de espuma logo, altamente inflamável. E agora a pergunta: Que diabos – ou quem foi o diabo – que especificou espuma para isso sendo que existem inúmeros produtos mais adequados e, especialmente, anti-chamas?

2 – PROFISSIONAIS DAS ÁREAS ENVOLVIDAS

Já cansei de ver profissionais curvando-se aos pedidos dos clientes. Aquela velha história de “o cliente sempre tem razão” infelizmente muitos levam ao pé da letra desconsiderando as questões acima já citadas.  Já outros preferem o lado negro da atuação profissional buscando o “jeitinho brasileiro” para resolver os problemas.

Alguns anos atrás fui convidado para participar do projeto de uma casa aqui em Londrina. Na primeira reunião que tive com a arquiteta e o proprietário ela estava se gabando, super feliz por uma coisa que tinha conseguido efetivar durante o dia: a liberação do projeto junto ao Corpo de Bombeiros. Porém o fato é que o projeto tinha diversos problemas relativos à segurança e, nada que um bom “cachê” não resolvesse. E resolveu. O projeto foi liberado, uma casa que comporta mais de 3000 pessoas, com apenas UMA saída de emergência minúscula. O piso superior da casa não dispunha de uma saída independente levando os usuários, em caso de pânico, a ter de descer uma escadaria e entrar no meio do empurra-empurra para tentar alcançar essa única saída de emergência afunilada.

Podem se perguntar se eu fiz a denúncia e respondo: não fiz. Não sou arquiteto e tampouco engenheiro, não é responsabilidade minha fazer isso, especialmente porque a fulana é uma das bambambãns daqui. Outro fator é que em Londrina imperam os cartéis, as máfias, os grupinhos que adoram tirar vantagem de todos e tudo. Não iria virar alvo fácil para sei lá o que. No entanto, conversei com diversos profissionais de arquitetura e engenharia sobre o caso na esperança que estes levassem a denúncia ao CREA e que este, como órgão fiscalizador, cumprisse o seu papel. Mas a casa foi inaugurada e está funcionando normalmente sem qualquer alteração. E onde estão os fiscais que deveriam bater em todas as obras analisando se tudo está realmente sendo feito de acordo com o projeto para o qual a ART foi assinada? Será também que estes fiscais desconhecem tais normas e leis de segurança e não conseguem perceber esses erros em suas visitas de fiscalização?

Fonte: G1

Fonte: G1

Outro fator que deve ser considerado são as falhas projetuais cometidas pelos profissionais.  A imagem acima é a planta baixa da boate Kiss (desconsidere a legenda ao lado direito e preste atenção na planta). Muitas vezes vemos coisas básicas que não deveriam acontecer como, por exemplo, banheiros com péssima – ou nenhuma – ventilação salvo aqueles exaustores minúsculos que, em caso de pane elétrica, param de funcionar. Deve-se levantar também que raramente vemos banheiros espaçosos.

Se formos analisar os projetos de espaços de diversão, perceberemos facilmente muitos problemas relativos à segurança e acessibilidade. Por essas e outras há mais de 10 anos que não frequento mais boates e similares, lugares fechados onde eu não conheça ou não tenha uma perfeita visualização através da sinalização, das rotas de fuga.

Fato é que é muito comum os empreendedores buscarem edificações nas regiões mais centrais das cidades, logo, são edificações já cercadas por todos os lados por outras edificações, não havendo a possibilidade da inserção de rotas de fuga a não ser pela frente. Poucas são as casas noturnas que instalam-se em locais afastados e em terrenos amplos permitindo que as questões de segurança sejam realmente efetivadas nos projetos.

Isso está errado, muito errado e precisa ser revisto com urgência!!!

3 – ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

Nem de longe quero aqui desmerecer esta magnífica corporação de verdadeiros heróis que é o Corpo de Bombeiros, homens que muitas vezes dão a própria vida na tentativa de salvar outras vidas.

No entanto, sempre há uma ou outra laranja podre nas corporações e, como citei acima, departamentos como este de fiscalização deveriam ser alvo de constante vigilância. Este departamento é de suma importância para que as normas de segurança sejam cumpridas mas o que vemos muitas vezes são ações que vão na contramão disso.

Aqui em Londrina é muito mais difícil você aprovar a aplicação de um piso vinílico – por mais que haja liberação legal do produto e comprovação de que o mesmo é anti-chamas – para uma escadaria de um edifício, que aprovar uma casa noturna que tenha apenas uma saída de emergência com pouco mais de 1m de largura num local praticamente invisível para quem está afastado dela.

Onde está a fiscalização? Segundo relatos o extintor do palco simplesmente não funcionou. Isso jamais deveria acontecer! Será que alguma vez foi vistoriado seja pelos Bombeiros ou pela administração da boate?

Fonte: G1

Fonte: G1

O foco está errado, as diretrizes e prioridades estão equivocadas. É preciso uma revisão urgente nestes departamentos. Uma investigação profunda sobre os profissionais neles alocados e, havendo comprovação, a devida e exemplar punição.

Existem também as laranjas podres também nos departamentos de Aprovação de Projetos nas prefeituras. Nestes é bastante comum e fácil percebermos falhas de simples e graves.

Certa vez aqui em Londrina eu precisava de uma planta de uma edificação. Após ter pago todas as taxas legais, fui surpreendido quando o estagiário me extorquiu mais “algum” para uma cervejinha no final do dia, sob o olhar do chefe do departamento que ria aprovando a ação dele. Caso eu não liberasse, apesar de estar com todas as taxas legais pagas, ele não me daria a cópia do projeto. Mas o problema não para aí. O que andam fazendo os fiscais desses departamentos em suas fiscalizações? Ganhando algum por trás também?

E os alvarás? A Kiss estava com o dela vencido desde agosto/12 e ninguém fez absolutamente nada com relação a isso.  E o que não falta nesse país é empresa funcionando tranquilamente com alvará vencido ou pior, sem alvará.

Aí já não é um problema apenas dos fiscais, mas sim de gestão interna dos departamentos. Será que ainda não são simplesmente informatizados para facilitar a busca pelos vencidos ou por vencer?

E o que dizer dos CREAs e CAUs que adoram pegar no nosso pé (designers) e fazem vista grossa para obras mais vultuosas e perigosas que as nossas feitas pelos profissionais de sua verdadeira alçada?

Como coloquei acima, lancei a denuncia para os profissionais desses conselhos e pelo que percebi não levaram adiante. Tampouco os fiscais do CREA (na época só existia esse ainda) se foram até a obra, fizeram vista grossa também seja por qual motivo for.

5 – BANDAS

Não vou nem entrar no mérito muito a fundo, mas uma bandinha que precisa utilizar destes artifícios como “identidade visual de seus shows” para tirar “gritinhos de emoção” da plateia deve rever seriamente seu conteúdo, sua qualidade musical e suas responsabilidades.

Fonte: G1

Fonte: G1

6 –  POLITIQUEIROS & AFINS

Me enojou ver na TV a FALSA cara de drama da presidente Dilma, do governador, de alguns deputados estaduais e federais, de alguns vereadores, quase vomitei quando li que o molusco¹³ fez o que pode para aparecer na mídia…

No ultimo caso claro, ele precisa voltar a aparecer como o bonzinho, o paizinho afinal está envolvidos em inúmeros escândalos, sendo denunciado por incontáveis falcatruas realizadas por ele e seus comparsas durante seu mandato, está tendo várias de suas palestras canceladas… Ele¹³ precisa voltar a ser, custe o que custar, o “painho” do brésiu.

Digo isso, pois estes são os verdadeiros responsáveis por toda essa bagunça que anda nosso país. Os exemplos de corrupção no alto escalão, nas altas esferas são a mola propulsora para encorajar os funcionários públicos – aqueles desprovidos de um mínimo de moral e ética – a entrar nesse jogo também. É fácil agora esse bando de safado aparecer na TV nesses momentos com suas máscaras de arrasados, derramar algumas lágrimas de crocodilo e prometendo rios e mundos, enquanto temos até hoje vítimas dos desastres de SC, RJ e tantos outros ainda sem ter recebido qualquer tipo de ajuda efetiva, qualquer solução para os danos sofridos. Agora, reaparecem como santos, anjos…

Não devemos nos esquecer também de algumas laranjas podres dentro do judiciário que fazem parte da indústria de liminares. Os órgãos de fiscalização, quando fazem a sua parte, tropeçam em agentes do judiciário que estão mais preocupados em agradar aos empresários que zelar pela segurança pública. Um reprova e o outro libera geral.

É, estes que deveriam administrar e gerir decentemente este país, estados e municípios são responsáveis também por toda essa desgraça.

Que esta tragédia não caia no esquecimento, que não seja apenas mais uma desgraça em meio a tantas que aconteceram em nosso país.

Que a partir dela, os responsáveis e envolvidos passem a ser realmente RESPONSÁVEIS. Que a partir dela os baladeiros de plantão sejam mais responsáveis e não entrem em qualquer arapuca.

Que a partir dessa desgraça, os profissionais de arquitetura, engenharia e design sejam mais responsáveis e menos corporativistas denunciando sim sempre que souberem de alguma falcatrua afinal, é melhor eliminar a laranja podre a deixar que ela contamine ou suje toda a caixa (classe profissional).

Que a partir de ontem, sejamos então mais RESPONSÁVEIS.

Então, é Natal!!!!

Mas não vou cantar a musica da Simone não ahahhahah podem ficar tranquilos.

Desejo a todos vocês leitores, seguidores, comentadores, críticos enfim, a todos que aqui por este espaço passam diariamente – ou voltam – um feliz natal!

Que este dia seja iluminado para todos vocês e seus familiares.

Que o único e verdadeiro significado desta data, Jesus, brilhe em cada coração abençoando-os grandemente.

Conforme prometido, aqui está o meu natal deste ano aqui em casa. Peguei tudo o que usei nos ultimos 9 anos e amontoei na árvore e na guirlanda:

E aqui o nosso presépio, peça italiana, entalhada num único bloco de madeira:

Como não vamos viajar este ano e receberei meus pais hoje a noite, resolvi caprichar na decoração da entrada do prédio também (só descontem a câmera pendurada pois o hall está em obras):

E aqui, minhas meninas – Leeloo e Molly – preparadas esperando o vovô e a vovó chegar (tenho certeza de que a Maggye também está aqui conosco, sempre):

Então, por hoje é isso pessoal.

Um forte abraço e meu sincero agradecimento a todos vocês. Sem vocês eu não alcançaria o reconhecimento e respeito que hoje tenho.

Revelando segredos e conquistas – I

Vocês se lembram de quando fiz este post aqui ainda em agosto deste ano?

Pois é meus leitores. Está na hora de revelar o porque de tamanha bobice minha. Realmente fiquei embasbacado, boquiaberto, abobado (mais do que já sou rsrs) e extremamente feliz com uma chamada que recebi pelo skype naquele dia. Nada podia ser revelado pois estávamos em negociação e acertos dos detalhes necessários para a efetivação disso.

Eu tenho a honra de contar com uma ávida leitora de meu blog que me cobra bastante quando fico dias sem postar nada. É a M.C. que citei no post. Na verdade ela me incita, cutuca, instiga muito sobre temas para posts.

Então é chegada a hora de revelar a vocês o porque de eu estar me sentindo mais que orgulhoso e respeitado pelo trabalho desenvolvido aqui no blog e também honrado com esse presente (que tenho absoluta certeza de que tem as mãos de Deus nisso).

Bom, vamos lá: quem for presenteado neste próximo sorteio da revista Lume Arquitetura irá receber a revista de estréia de uma coluna minha nela.

É isso mesmo que vocês leram: a partir da edição n° 53 (dez/11) sou o mais novo colunista da revista Lume Arquitetura.

A Maria Clara me falou que já vinha pensando em me convidar a algum tempo mas a pedrada mesmo veio através deste post aqui. Ele definiu o convite.

É uma honra imensa escrever para uma mesma revista onde escrevem profissionais de excelência como o Valmir Perez – com seus fantásticos textos sobre estética, arte e luz – além, claro, de todos os outros que participam de forma fixa ou esporádica na revista. Não posso deixar de citar também a seriedade e competência de toda a equipe responsável e que trabalha para fazer da Lume Arquitetura, sem sombra de dúvida, a maior e melhor revista sobre iluminação e Lighting Design do Brasil – e que agora faço parte desta excelente equipe!!!

Agradeço à Maria Clara por este convite e por acreditar na seriedade de meu trabalho.

A coluna seguirá a linha editorial deste blog e levará o título Luz e Design em foco. A diferença é que lá os textos são mais curtos (rsrsrsr) porém não perdem o foco, a ética, a crítica e a acidez com relação ao mercado de Lighting Design nacional.

Então é isso gente. Esta é a novidade para 2012.

Eu não poderia receber um presente melhor de aniversário (27/12) e Natal.

Não posso deixar de agradecer também a vocês leitores. Sem vocês (mesmo que anonimamente ou “apenas” aumentando o contador de acessos em busca de informação) esse reconhecimento dificilmente aconteceria.

Um forte abraço, recheado de agradecimento, em todos vocês!!!!

Falta de respeito e desconsideração

Pois é, como sabem estou montando espaços para a Casa Conceito aqui em Londrina em parceria com a Adriana Tavares e o Fernando Garla. São áreas externas e só por isso já prevíamos algumas dificuldades mas que, pensamos, seriam facilmente superadas caso as coisas corressem normalmente.

Descontando S. Pedro que não está ajudando muito pois chove aqui desde sexta e está atrasando a obra toda, ainda temos de lidar com problemas provocados por outros profissionais e seus funcionários e parceiros.

Dois de nossos espaços são externos e áreas de passagem: um é o acesso principal à casa, o Lounge Externo, e o outro, o Oratorium. Pois bem, projeto pronto, parceiros definidos e comprometidos, começam os problemas.

Como vocês podem ver, o projeto do Lounge não é nada complicado, bastante simples e tampouco pensamos em fazer algo no estilo megalomaníaco e utópico que impera nas mostras. Foi pensado em algo mais conceitual porém USÁVEL seja durante a mostra, seja numa residência. O “+” mesmo ficaria por conta do projeto de Lighting que foi por onde partimos para fazer o projeto.

1 – Entulhos e falta de respeito:

Não conseguimos mexer em nada do espaço pois os outros arquitetos pensam que as áreas são depósitos de entulho das obras deles. Tiram o lixo de seus ambientes e largam ali nos nossos. Isso porque tem caçambas à disposição lá. Chegam os caminhões para entregar materiais deles e deixam ali nos nossos espaços e isso só desaparece dali depois que é usado. Enquanto isso, ficam ali entulhando e atrapalhando. Tem uma profissional que largou 40 sacos de areia ali ha mais de 2 semanas e até agora o pedreiro dela nem chegou perto. Juntei (varri) toda a porcariada na sexta a noite e pedi para retirarem os entulhos. Hoje chego lá e já estava a lambança de novo no espaço.

A Jacqueline e a Andreia tentam conversar com o pessoal mas de nada adianta. É virar as costas e pronto, jogam lixo até pelas janelas superiores e descarregam materiais de outros espaços ali.

Isso tem muito a ver com o pessoalzinho sobre os quais eu escrevi no post anterior: aquelas estrelinhas e pseudas estrelinhas que só visitam a obra e só olham pra sua coisa. Não conseguem nem mesmo perceber o que está acontecendo ao lado ou o que os seus funcionários estão fazendo com quem está ao lado. É entulho da piscina que vem pro espaço do Oratorium, é entulho do Guilherme Torres que vem pro Lounge, é Areia da Katia Costa que está lá no Lounge a 2 semanas (e que jajá eu vou mandar pra dentro do lago Igapó e ela que se entenda com IAP e Secretaria Municipal de Meio Ambiente), é gesso de não sei quem, é saco de cimento do outro, é porcelanato de um outro e por aí vai.

2 – Danos a terceiros:

Pelo cronograma, questionei se iria ser feito algo mais na parte superior da casa pois eu precisava instalar uma bancada de vidro (Arti in Vetro) desenhada por mim, com uma película importada e que não poderiam mais mexer em nada pelo risco de danificar a peça. Me disseram que não e que eu poderia instalar. Agendei a instalação para ontem (sexta). Acompanhei a instalação da bancada e após tive de sair comprar uns materiais. Quando voltei estavam mexendo no telhado…

Olhem o que me aprontaram:

Além de perder a película toda, ainda desalinharam a peça da parede e sinceramente não sei o que vai acontecer a hora que tirar o calço pois ela deveria estar com a base TODA embutida e aproveitando o alinhamento para dar sustentação. Numa das laterais conseguiram desloca-la 2cm pra fora da parede. O material de fixação precisava de 24hs de cura para que não soltasse. Só depois disso poderiamos tirar o calço e colocar algum peso em cima. Não colocaram nenhuma proteção e encostaram um andaime nela – o que provocou o deslocamento dela.

O pior é que agora ninguém tem culpa e eu que tenho de bancar o prejuízo.

NÃO MESMO!!!

Outro problema é que as portas e janelas da casa foram trocadas todas para vidro temperado. Aí me vem o Guilherme Torres e seu egocentrismo e estrelismo exagerado acreditando piamente que ele pode surtar e fazer o que quiser e os outros que se explodam e me fecha toda a sala dele com gesso acartonado. Resultado: o nosso Lounge e a piscina de outros dois arquitetos estão com janelas lindamente fechadas pelas costas do gesso acartonado e a estrutura visíveis pelo lado externo.

Como faz?

Nós que temos de nos virar para resolver e solucionar o problema que o “bunito” causou. Pois ele não é responsável pelos nossos ambientes.

Juro que dá vontade de passar um vermelhao no meu piso só pra ferrar com o piso de madeira clarinha dele para que nos dias de chuva vire aquela meleca mesmo. E faço como ele fez conosco: dane-se você!

3 – Parceiros nem tão parceiros assim. 

Uma empresa se comprometeu de fazer a cobertura do lounge. Seria um pergolado simples coberto com policarbonato. Porém, a empresa desapareceu e, na última semana, a cada telefonema meu eles davam uma desculpa para não fazer. No último telefonema foi-me dito que não poderiam fazer pois estavam de mudança e que as máquinas estavam todas desligadas e prontas para serem colocadas no caminhão e que a reinstalação demoraria e blablablablablablabla.

Pensei: DANOU-SE!!! Mas se estava dessa forma teria sido muito mais correto eles terem me falado desde o início que não poderiam fazer e não ficar me enrolando como fizeram, me fazendo perder tempo com eles. Assim eu teria como ir atras de outra empresa.

Tenho produtos que não podem molhar e agora não consigo protegê-los sem a cobertura. Nenhuma outra empresa aceitou pegar o pepino em cima da hora e, gambiarra eu nao faço.

A iluminação ferrou toda pois vai ficar na chuva e pedi (e comprei) peças para uso interno e agora não dá tempo de chegar ou trocar para externas. As que comprei ( de iluminação cênica) não existem para uso externo. A casa já está pintada por fora e não tenho mais como rasgar paredes para passar cabeamentos e esconder as luminarias sobre o beiral numa tentativa de protegê-las parcialmente da chuva. Se fizer isso tenho de assumir os custos da repintura além ter de ouvir um monte da Jacqueline e da Andreia.

Porém descubro uma coisa interessante essa semana: pra mim (quem é esse tal de Paulo Oliveira?) essa empresa do pergolado não faz, pois está de mudança, com as máquinas desmontadas. Mas para o Caco Piacenti ela faço, afinal é o Caco né??? Pro Caco as máquinas estão em ordem, não tem mudança e eles vão buscar material no quinto dos infernos. Se fosse pro Melhado, Donadio, Guilherme Torres, Makhoul, Ricci e outrps poderosos que lá estão com ambientes, essa empresa faz – até se algum deles ligar agora (04:07hs de domingo) pedindo algo. Mas como é pra esse (quem é você mesmo?) Paulo Oliveira, não. Qualquer desculpa serve.

E isso aconteceu com muitos fornecedores aqui de Londrina.

Só sabem nossos nomes e nos tratam bem quando levamos clientes nas lojas deles para gastarem lá. Só sabem nosso nome quando vem pedir uma notinha aqui no meu blog. Só se lembram de mim quando eu desapareço e ligam para cobrar porque eu sumi, porque faz tempo que eu não apereço mais na loja/ empresa. Os profissionais só se lembram quem eu sou quando me ligam ou encontram na rua pra pedir dicas gratuitas de iluminação pra seus projetos.

Muitos me falaram que já tinham se comprometido com os poderosos citados acima. Mas se esquecem que o reles mortal aqui conversa com eles lá durante a obra e descobre que o Donadio e o Melhado não tinham feito contato algum com essas empresas para seus ambientes.

Depois estes fornecedores reclamam quando alguém traz parceiros de fora com produtos iguais – ou até melhores – que os deles.

4 – Finalização:

Temos de entregar o ambiente até segunda. Terça a casa está fechada para limpeza e preparação para o coquetel que será realizado à noite.

Como vamos finalizar este ambiente se temos de pintar o chão (e lustra-lo depois) com o povo descarregando móveis, acessórios e etc passando por cima com o nível de respeito pelo outro que já demonstraram ter? Com o povo da galeria e do restaurante lá na beira do lago em obra pesada, entrando e saindo com TERRA, cimento e mais uma mundaréu de coisas, passando obrigatoriamente pelo espaço do Oratorium???

Não consiguimos nem fazer os fechamentos com vegetação que precisamos (e que o bombeiro exigiu para liberar a mostra) pois com isso os caminhões de móveis não conseguirão descer a rampa para descarregar, e ja teve arquiteto dando piti ontem por lá quando falei que vou fechar a rampa na segunda de manhã e ninguém mais passa por ali. E ai de quem ousar mexer em alguma coisa pois se arrastar um vaso vai riscar a pintura preta lustrada do chão e terão de refazer e eu não vou pagar por um serviço que eu já fiz e tampouco vou ficar com uma porcaria exposta em meu ambiente feita por outros.

Porém já tenho a solução para isso tudo (Salve Zeca!!!). Vou colocar no Lounge e no Oratorium, no lugar da placa de identificação, uma outra enorme dizendo bem assim:

“Este era para ser o projeto original:

(perspectiva em 3D)

e graças às empresas  tal, tal e tal que NOS LARGARAM NA MÃO em cima da hora e AOS profissionais fulano, beltrano, cicrano que usaram este espaço como lixão, não foi possível executa-lo E FICOU ESTA PORCARIA QUE VOCÊS ESTÃO VENDO.

críticas, favor direcionar aos citados acima.

DEVEM INCLUSIVE DEIXAR RECADINHOS DE AGRADECIMENTO PELA FALTA DE RESPEITO E DESCONSIDERAÇÃO NOS LIVROS DE VISITAS DE SEUS RESPECTIVOS AMBIENTES”

E, claro, mandarei através de meu advogado as contas dos gastos que tivemos para montar o ambiente para os respectivos escritórios de arquitetura e empresas que nos prejudicaram. Afinal muitos materiais tivemos de comprar e para as estrelinhas sabemos que saíram de graça.

Mas não se preocupem pois apesar de tudo isso estou bem, muito bem e tranquilo com tudo isso.

Para o coquetel vou fechar as duas áreas com tapume e que se virem para resolver.

Também, não pouparei acidez e críticas em meus posts que farei da cobertura da mostra, especialmente à estes que ferraram com todo o nosso projeto.

Sinceramente?

Vou deixar o muro pronto pra terça e o ambiente da Ana Paula.

O resto?

Faço quando der e SE der.

Se não der, mais plaquinhas como a acima aparecerão nos ambientes pois eu não vou queimar o meu nome por causa de cagada e falta de bom senso, educação e respeito de estrelinhas e protegidinhos não.

Um outro detalhe que não tem a ver comigo mas tem a ver com a mostra e os absurdos de Londrina e desse país:

O Dan Mendes ia colocar som ambiente na suíte que está montando. Foi ele lá no ECAD pagar a taxa e voltou revoltado sabem porque??

R$ 350,00 por dia pra deixar um cdzinho rodando.

Perceberam que eu coloquei POR DIA???

Pois é, a mostra fica aberta por 30 dias. Então quer dizer que ele teria de desembolsar a bagatela de R$ 10.500,00 pro ECAD só pra deixar um cdzinho rodando, pelo qual ele já pagou os direitos autorais quando comprou o CD????????

Que que é isso gente??? Ele não vai vender cópias piratas do CD lá dentro e tampouco CDs contrabandeados e muito menos montou um bar ou uma boate. É só uma suíte.

Esse povo surtou? Alguém sabe me dizer se isso acontece em todos os escritórios do ECAD no país ou se a corrupção da política londrinense ja chegou lá dentro do escritório londrinense do ECAD também???

Não existe uma taxa fixa para mostras que é algo bem diferente de um bar ou boate que ganham em cima da música?

É isso… Tou mega azedo e irritado sim e tenho muitos motivos como podem perceber.

Mas me aguardem.

Eu confio em meu Deus e sei que Ele vai me honrar.

Mas também sei que o preço que estes pagarão no final (ou durante) de suas vidas é bem amargo.

Tou no céu!!!! Alguém me belisca???

Bom pessoas, ainda estou meio anestesiado com um papo que tive a pouco via skype com M.C.. (alguém me belisca???)

Não posso dizer ainda sobre o que se trata mas posso afirmar, com certeza, que que me sinto mega, super, hiper honrado com isso.

Não esperava um dia chegar a isso mas, M.C., é com imensa alegria que recebo e aceito o convite e o desafio que o mesmo representa dada a amplitude e seriedade do mesmo e agradeço de coração por esta oportunidade. Que Deus te abençoe grandemente e te faça cada dia mais iluminada e vitoriosa, assim como tudo que você toca e faz!!!

Devo mais essa conquista a todos vocês leitores que acompanham o meu trabalho aqui no blog e, principalmente, a Deus que tem me honrado diariamente pois sabe absolutamente tudo de minha vida, de minha honestidade, seriedade e ética pessoal e profissional.

Posso dizer que trata-se da colheita do que venho semeando diariamente ha anos.

Não temas. Crê somente!!!

Aguardem pois em breve terão uma agradável surpresa ok??

Apesar de tudo, eu nunca perdi a minha fé.

Amigos,

como todos vocês, tenho muitas lutas em minha vida. Algumas novas, outras já antigas que insistem em permanecer vivas, mesmo como fantasmas, reaparecendo vez ou outra.

No entanto, a tudo isso digo com absoluta certeza:

O meu Deus é maior que tudo ou todos!

Tenho uma frase que carrego sempre comigo (em breve literalmente pois será tatuada) que diz:

NÃO TEMAS, CRÊ SOMENTE!

Sim, não temo mal algum e creio firmemente nas promessas de Deus para a minha vida e sei que chegará a hora em que olharei para trás e verei todos estes fantasmas e lutas derrotados e humilhados e poderei sorrir realmente para a vida.

Enquanto um destes fantasmas do passado insiste em tentar me tirar o chão, Deus me proporcionou essa conquista maravilhosa que foi o reconhecimento da revista Lume Arquitetura.

É sempre assim, em meio às lutas sempre há a beleza das bênçãos de Deus. Só nos resta escolher para qual delas focar a nossa vida. E eu escolhi focar nas bênçãos, vitórias e conquistas que Deus me proporciona diariamente seja num reconhecimento desse ou no simples bom dia de um vizinho.

Portanto, como agradecimento a Ele que é tudo em minha vida compartilho essa música deste que é – sem sombra de dúvida – o melhor coro evangélico: The Brooklyn Tabernacle Choir.

I Never Lost My Praise

I’ve lost
Some good friends
Along life’s way
Some loved ones departed
In heaven to stay
But thank god
I didn’t lose everything
I’ve lost faith in people
Who said they cared
In time of my crisis
They were never there
But in my disappointment
In my season of pain
One thing never wavered
One thing never changed

Chorus:
I never lost my Hope
I never lost my Joy
I never lost my Faith
But most of all
I never lost my Praise

My praise still here
My praise still here

I’ve let some blessings
Slip away
When i lost my focus
And went astray
But thank God
I didn’t lost everything
I lost possessions
That were so dear
I lost some battles
Walking in fear
But in the midst
Of my struggles
In my season of pain
One thing never wavered
One thing never changed

(chorus)

Praise, praise, praise
Praise, praise
Most of all
I never lost my praise

My praise still here
My praise still here

.

Uma semana abençoada e iluminada a todos os amigos de bem e bons!!!

Sobre a praça citada no post Cidade Limpa

O Marcel do blog Janela Londrinense me mandou um link com um post que ele fez em 2010 falando sobre esta praça. Apesar de ser popularmente conhecida como “praça da bandeira”, na verdade chama-se Praça Mal. Floriano Peixoto.

“Chupei” de lá estas duas fotos que mostram a praça:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Perceberam como – bem destacado pelo Marcel – a forma não tem nada a ver com a tal bandeira, salvo uma similaridade?

E também Marcel, agora você já sabe quem desenhou e quem construiu a tal praça ;-)

Mas o que me levou a fazer este novo post – claro, além de mostrá-la a vocês o mais próximo do original possível – é destacar a antiga catedral de Londrina.

Olhem a maravilha que tínhamos aqui em nossa cidade:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Pois é, linda, majestosa, imponente.

Sua inauguração aconteceu no dia 24 de outubro de 1943, ainda sem o forro. Somente em fevereiro de 1945 a Igreja foi rebocada e as duas torres ficaram prontas em 1949.

Em junho de 1968, a Igreja Matriz antiga, de material, começa a ser totalmente demolida. Em nome da “evolução”, da modernização e sob a alegação de que precisavam de mais espaço para os frequentadores da igreja, simplesmente derrubaram este patrimônio histórico para a construção disso:

Uma cópia estúpida da forma – que provavelmente estava na moda – de outras tantas existentes por aí. Só em Maringá, que eu sei, existem 4 assim. Lamentável.

Lamentável também ter de engolir os absurdos argumentos, especialmente o acima sobre “espaço” quando vemos santuários com igrejas menores que a antiga catedral de Londrina recebendo milhares de devotos sem terem derrubado sequer um único tijolo das paredes.

Pelo contrário, para conseguir atender a todos, eles simplesmente multiplicam as missas, abrindo mais horários.

Mas aqui em Londrina é assim. Seja por parte da administração pública ou da própria sociedade, o desrespeito à história beira a crueldade e tem seus pés fincados na mais absoluta falta de bom senso.

Desculpem mas faz tempo que eu precisava desabafar sobre isso.

Mal conectado

Tá difícil conseguir conexão aqui na praia… Cidade cheia demais, não há sistema que aguente e acaba tudo congestionado.

Mas hoje consegui acessar o blog para responder os comentários e fazer este pequeno post para vocês.

Então aproveito para desejar a todos uma excelente festa de revellión e que 2011 venha com tudo, iluminado e abençoado!

E, SE houver alguma escuridão, que venha também pois estaremos com nossas lanternas em punho e também temos o nosso farol maior para iluminar a nossa caminhada: JESUS!!!

Tou visitando muitos lugares lindos e quando voltar prometo postar para vocês mostrando um pouco da beleza do litoral sul de SP.

Forte abraço a todos!!!

Boas festas!

Bom pessoal,

estou bastante sumido estes dias pois estou finalizando um trabalho da pós sobre iluminação de exteriores. Tenho de encaminhar ainda hoje…

Eu estava pensando em fazer um cartão como sempre faço e postar aqui para vocês, mas a minha madrinha me enviou um vídeo pelo orkut que é perfeito para a ocasião.

Assim, desejo a todos um Natal grandioso em paz, amor ágape e luz (que vem de Deus) e que 2011 venha carregado de gratas surpresas como a que este vídeo mostra:

Um forte abraço a todos!

Natal aqui de casa – 2010

Como coloquei para vocês dias atrás neste post, eu estava em busca de inspiração para resolver a decoração de natal daqui de casa.

Como sabem, não suporto a importação do modelo de decoração natalina da Europa/EUA por alguns simples motivos:

1 – Já passei da idade de papai noel, contos de fada e histórias da carochinha.

2 – Passamos o natal debaixo de um calor infernal, em pleno verão; portanto nada tem a ver a nossa decoração ser baseada em modelos com neve, bonecos de neve, etc.

3 – O Brasil é riquíssimo culturalmente; então, nada mais justo que buscarmos em nossas raízes ou até mesmo no gosto pessoal os elementos para decorarmos o nosso natal.

Baseado nisso, aboli de vez o pinheirinho, quem sabe quando conseguir enfiar uma araucária aqui dentro do meu “apertamento” eu volte a usar algo assim.

Então, fiz uma guirlanda para a porta e um arranjo sobre o espelho da sala – básico. O presépio vai ficar num canto da sala pois não consegui deixa-lo com a cara que eu queria. Depois acrescento a foto dele montado aqui neste mesmo post para vocês verem ok?

Então seguem as três imagens, da guirlanda e do arranjo do espelho com breves descrições:

As guirlandas e arranjos de portas são elementos já tradicionais. Este ano resolvi não trabalhar a parte superior da porta e colocar apenas uma guirlanda fixada na mesma. O festão que eu usava na parte superior virou a guirlanda.

Optei por usar flores este ano na composição em tons de azul, branco e prata pois:

O azul é a minha cor predileta.

O prata traz luz, brilho – lembrando que o natal é a festa do nascimento daquele que veio para nos salvar morrendo numa cruz; Nunca penso nesta cruz como símbolo de morte e sim vejo a LUZ que dela irradia sobre nossas vidas.

E o branco, trazendo a pureza, a paz além de dar leveza ao arranjo.

Uma constatação: preciso aprender a fazer laços rsrsrrs.

Já no arranjo sobre o espelho este ano resolvi me confrontar: sempre tive receio no vermelho. É uma cor que me incomoda. Mas encarei o desafio. Também usando flores: a espírito santo que é bastante popular aqui no Brasil e sempre aparece nas decorações natalinas.

Aboli as tradicionais bolinhas e optei por estas 4 que encontrei no mesmo tom das flores pois gostei da forma e do desenho em veludo nas mesmas.

Optei por luzes brancas em LED pois se eu usasse as vermelhas ficaria pesado demais pela combinação da cor das flores e das luzes; já as tradicionais amareladinhas, não dariam o efeito que eu gosto além de consumir mais energia. Achei nas caixas que guardo as coisas de natal estes dois fios de lampadas brancas em LED que eu nem me lembrava que tinha aqui. BINGO!

Na foto as luzes acabaram explodindo pois tirei a foto sem o flash mas aqui no real o efeito ficou suave e deu o contraste perfeito que eu queria.

Espero que gostem das idéias.

E você, já preparou o seu natal?

600.000 acessos!!!

UH-LA-LÁÁÁÁÁ

Caramba, este blog já ultrapassou os 600.000 acessos! Na verdade, neste exato momento contamos com 610.322 acessos!

Valeu gente pela confiança, carinho, respeito e interesse com que encaram o meu trabalho.

De coração sinto-me emocionado e ao mesmo tempo isso aumenta a minha ansiedade.

Emocionado porque em tão pouco tempo de existência, este blog tem se tornado uma referência dentro de minhas áreas de atuação o que me faz lembrar de uma passagem de minha vida que gostaria de compartilhar com vocês:

Ha pouco mais de 10 anos atras, passei por um momento complicadíssimo em minha vida. Foi quando me converti ou melhor, voltei a trilhar nos caminhos do Senhor.

Dentre tantas conversas e orações, um dos pastores com quem tive um único momento – que fui levado pela minha irmã Pollyana – me fez uma revelação: “Eu te vejo sentado em uma mesa sendo responsável por direcionar a vida de milhares de pessoas, especialmente os mais jovens”.

De imediato pensei em duas opções e dei risada até mesmo porque nunca me dei muito bem com esse lance de revelações e tal:

1 – algum trabalho burocrático por causa do “atras da mesa” – coisa que eu não suporto nem pensar sobre

e

2 – atuando em algum ministério com jovens – o que sinceramente não me agradava nem um pouco a ideia.

Pois bem, hoje estoou eu aqui, com este blog que nasceu não de uma vontade minha mas sim de uma solicitação de muitos amigos e colegas profissionais realizando este trabalho. Levando cultura, conhecimento, curiosidades, compartilhando percalços e vitorias profissionais entre tantas coisas mais com vocês, meus leitores.

Um trabalho que ultimamente eu não tenho levado tão a sério hora por falta de tempo, hora por preguiça e hora por algum outro motivo mas que, agora que me caiu esta ficha vou obedecer!

Estava aqui pensando em como agradecer a vocês por todo este apoio e carinho e só me veio em mente utilizar uma de minhas grandes paixões que é a música. Então uno aqui duas grandes paixões de minha vida: música e Deus para agradecer-lhes com uma apresentação do, na minha concepção e entendimento, melhor coro gospel que existe:

The Brooklin Tabernacle Choir cantando Thou, Oh Lord

Infelizmente os vídeos deles são bloqueados e não consigo coloca-los aqui, então está aí o link ou se quiser, coloquei-o no gadget do VodPod ali em cima, à direita, bem abaixo do meu logotipo.

Confesso que me emocionei agora constatando isso e as lágrimas rolaram aqui rsrs. Mas sabemos que são lágrimas de alegria, de felicidade e paz plenas pois sei que minha vida está nas mãos d’Ele. E dali ninguém nem nada a tira. Nada me atinge.

Assim, encerro este post mais uma vez agradecendo a vocês por todo este apoio durante estes pouco mais de 3 anos de blog e especialmente a Deus por me fazer capaz de realizar este trabalho com seriedade e integridade moral e ética.

Valeu gente!

Valeu meu Senhor!

Ordens médicas

Perceberam que eu sumi mesmo do blog por umas 3 semanas não é?

Pois é, foram ordens médicas.

Tive um mau súbito tempos atras por causa de estresse e cansaço e meu médico me ordenou que parasse com tudo ao menos por uma semana e depois fosse retornando aos poucos.

No momento do susto, eu estava dirigindo sozinho, vindo para casa almoçar e siplesmente apaguei. Acordei 3h depois já no hospital.

Eu andei de SAMU ahahahahha mas nem vi… tava desmaiado.

O bom foi que, segundo meu médico, devo ter percebido algo e tirei o pé do acelerador tanto que nem foi uma batida e sim um “beijo” no carro que vinha na pista contrária que mal riscou as latarias.

Ah, e eu estava como sempre, de cinto de segurança! E com toda certeza, com os anjos do Senhor ao meu lado, cuidando de mim.

Já estou quase 100% novamente.

Aos poucos vou colocando aqui muitas novidades que tenho para compartilhar com vocês ok?

Isso é pra quem pensa que vida de Designer é fácil, só trocar almofadinhas e etc repensar suas “análises” irresponsáveis.

A seguir, uma news.

Mundo hipócrita

Assista ao vídeo a seguir. Depois leia o que coloco.

Pois bem, o vídeo mostra claramente como as pessoas são hipócritas e misteriosamente “deixam de ser” quando há algum interesse particular em jogo.

No vídeo temos duas situações distintas porém semelhantes e que demonstram claramente a hipocrisia que existe no ser humano.

Primeiro, um ser prestativo, ajuda a comunidade num momento de dificuldade inclusive protegendo crianças. Quando a tormenta passa e esta comunidade não precisa mais de sua ajuda, simplesmente deixam aflorar o que há de mais bizarro no ser que se diz humano: o lado animal, irracional, intolerante.

Depois, hipocritamente, o endeusam. Mas em meio a esse “arrependimento” eis que surge outro diferente querendo participar e, assim como o primeiro, o animal selvagem aflora. Hipocritamente as placas, faixas que levantavam ha pouco ainda permanecem em suas mãos no momento do segundo ato bizarro.

Assim, esta é a hipocrisia do ser que se diz humano. E você tem sido um hipócrita ou um animal irracional e selvagem com seus clientes?

Pergunto isso pelo seguinte: me lembro que ainda na faculdade, em um dos trabalhos desenvolvidos, optei por fazer o projeto de uma residência tendo por base um casal de amigos meus de São Paulo. Dois homens já maduros, sérios, profissionais respeitadíssimos em suas áreas e… gays. Amantes da arte, do design, da música de qualidade, etc.

Pra mim não há problema algum nisso, muito pelo contrário e por isso mesmo resolvi encarar este desafio. Como sempre sozinho pois sempre fui arredio com trabalhos em grupos. Confesso que abusei nas artes homoeróticas, porém não havia uma única peça de cunho ou carater pornográfico.

Lembro-me claramente do momento da apresentação. Teve gente que só faltou enfartar dentro da sala enquanto eu apresentava o trabalho. Outros preferiram fechar seus olhos e orar sei lá pra qual deus intolerante eles servem. Mas cumpri o meu papel firme e forte em meus propósitos, idéias e ideais.

Posto isso, me recordo de tempos atrás numa conversa informal com uma arquiteta evangélica, ela ter me falado que tinha pego um projeto para um casal gay. Até aí tudo bem se ela não tivesse proferido suas “bestialidades homofóbicas insanas” com relação aos dois clientes.

Aí pergunto:

1 – O que vale é só o dinheiro ou seus princípios?

2 – Qual a qualidade e qual o atendimento às  necessidades dos clientes neste caso?

3 – Será que enquanto projeta e constrói, não estaria esta arquiteta “azarando ou rogando praga” sobre estes clientes movida por sua intolerância?

Tudo bem que eu não acredito em pragas, isso é coisa de gente fraca que precisa de muletas para apoiar e desculpar as suas fraquezas. O meu Deus é maior que qualquer coisa!

Mas o que me pega mesmo é onde está a ética deste tipo de profissional. Onde está o respeito deste tipo de profissional para com os seus clientes. Pois assim como ela fez este comentário comigo (e foi de forma irada e jocosa) certamente o fez com outras pessoas.

Digamos que para um profissional racista apareça um cliente afro-descendente.

Digamos que para um cliente homofóbico apareça um cliente gay.

Digamos que para um profissional socialista (ECA!) apareça um cliente milionário.

Entre tantas outras combinações possíveis.

Qual será a reação?

Serão estes éticos e agirão de acordo com os seus princípios?

Ou serão animais irracionais como os do filme acima?

E você, que tipo de profissional é?

Atividades complementares – formação

Dando sequência aos posts relacionados à formação, gostaria de aprofundar um pouco mais aqui sobre um elemento que não é explorado pelas universidades.

Praticamente todos os cursos de Design de Interiores/Ambientes tem em sua Matriz Curricular as atividades complementares, porém estas ficam desconhecidas e/ou escondidas dentro dos ementários não possibilitando ao pré-acadêmico analisar corretamente sobre o que são, na verdade, estas. Já coloquei em outro post sobre estas atividades que, muitas vezes, estas não passam de “embromattion” para fechar a carga horária dada a dificuldade de se conseguir informações sobre o que estas vem a ser na verdade. Geralmente só descobrimos isso durante o curso.

Também tem este post a ver com o carater social que a nossa profissão deve ter já desde a formação e, através disso, além de formar profissionais mais conscientes de seu papel no mundo real – lembrando que este também é composto por pessoas de baixo poder aquisitivo que merecem ter uma vida mais digna e que a nossa profissão não só pode como deve ser utilizada com um carater social e não somente naquilo que aparece em capas de revistas – auxiliar aqueles mais necessitados com o que a nossa profissão puder alcançar.

Pois bem, as IES que oferecem os cursos de Design de Interiores/Ambientes possuem estrutura para estender estas atividades além de seus muros. É comum vermos dentro destas as incubadoras de empresas em várias áreas, menos em Design de Interiores/Ambientes.

No entanto, percebemos que a maioria dos cursos superiores exigem dos alunos o estágio. Então porque não aproveitar  uma idéia como componente curricular que atenda a esta necessidade trabalhando de uma forma socialmente responsável?

Os investimentos para isso por parte das IEs são baixíssimos se comparados aos benefícios sociais e retornos que a mídia pode oferecer.

Basicamente teríamos dois pontos de ação:

1 – desenvolvimento, acompanhamento e execução de projetos voltados a entidades assistenciais (orfanatos, asilos, centros de recuperação, hospitais, etc). Veja bem: não me refiro às casas de repouso e outras entidades particulares e sim aquelas públicas e filantrópicas que carecem de recursos de todos os tipos.

2 – desenvolvimento, acompanhamento e execução de projetos voltados às residências e comércios de populações menos favorecidas.

No primeiro caso, temos a oportunidade de desenvolver projetos que irão atender entidades filantrópicas e assistenciais buscando soluções para seus problemas funcionais através de intervenções no layout, mobiliário, iluminação, cores e texturas, paisagismo, higiene e bem-estar, etc.

Em asilos e orfanatos, por se tratar de ambientes onde os usuários permanecem o dia todo muitos por um longo período e outros até a morte, podemos entrar com ações que visem a melhoria da qualidade de vida dentro destes espaços buscando atender as necessidades de acessibilidade, higiene, segurança, fluxo e organograma, estética, conforto (térmico, acústico, sensorial) entre outros. Estas ações são necessárias para diminuir a sensação de prisão, isolamento, afastamento e rompimento dos laços familiares (abandono), rejeição, inutilidade entre tantos outros sentimentos e sensações ruins.

Nos hospitais, centros de recuperação e creches as ações são parecidas e as finalidades as mesmas, porém aqui, temos um ponto a mais de atenção que está voltada à saúde, pressupondo, assim, projetos mais específicos.

No segundo caso, dar atendimento às pessoas oriundas de classes menos favorecidas buscando soluções para melhorar a qualidade de vida delas e o bem-estar através de projetos simples com custos adequados aos seus orçamentos.

Sempre que vemos imagens dos interiores dessas residências percebemos a falta de noção espacial e de arrumação. Também é comum percebermos um sistema elétrico sobrecarregado, ou insuficiente, ou ineficaz assim como o sistema hidráulico. Além disso é comum percebermos as coisas amontoadas, armários sobrecarregados, falta de espaço para circulação, acidentes domésticos acontecendo rotineiramente por causa destes motivos.

Tanto em um como no outro, são intrínsecas as ações de conscientização e educação ambiental, higiene e saúde coletiva, segurança entre outros tópicos importantes na construção da cidadania e do cidadão.

Uma sala para atendimento/desenvolvimento/administração, uns três computadores para desenvolvimento dos projetos, suporte de mídia e/ou divulgação e um professor orientador. Basicamente esta é a estrutura que a IES tem de oferecer. Nada perto do que isso significa socialmente.

Um ponto a se destacar aqui é que não é difícil encontrar na indústria voltada para a nossa área, parceiros e patrocinadores para uma empreitada desse porte. De tintas e revestimentos, passando por mobiliários e chegando aos acessórios finais de decoração, são produtos fáceis de se conseguir através de patrocínios e parcerias afinal, responsabilidade social e ambiental estão em alta.

Eu particularmente adoraria pegar a responsabilidade de um projeto nesta linha pois não gosto de ações que visam arrecadar fundos que eu não sei como, onde e se serão realmente e corretamente utilizados. Prefiro agir, fazer. Isso faz parte de mim. A necessidade de fazer algo pelo próximo e não simplesmente pagar para que outro o faça por mim.

Ao pessoal que está no meio acadêmico fica aqui uma dica: conversem com seus professores e coordenadores de curso para viabilizar isso na sua IES.

Todos tem a ganhar com isso seja o discente, o docente, a IES, os parceiros e, principalmente, aqueles que realmente necessitam de ajuda.

Natal, 2010…

Nossa, o ano passou que nem vi…

Passou não, voou na verdade.

Além de muitos projetos, passei num concurso para professor do Projovem Urbano. Virei no período noturno professor de Matemática (UFF!!).

Isso se deve à necessidade que eu tenho de fazer algo pelo próximo, especialmente aos mais necessitados e carentes. E posso afirmar que está sendo uma escola de vida.

Dentre os alunos tenho de todos os tipos, raças, credos e origens. Este projeto destina-se a jovens de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental e estão correndo atrás do prejuízo, esforçando-se para mudar a sua realidade de vida, agarrando-se na possibilidade de uma vida melhor. A esperança de ser respeitado, no mínimo.

As histórias de vida que convivo ali dentro são coisas que muitas pessoas não acreditam existir infelizmente. As coisas mais absurdas que o ser humano é capaz de fazer já ouvi relatos de alunos que vivenciaram isso. De violência física, moral e sexual, humilhação por ser pobre, drogas enfim, de tudo um pouco eles já viveram e experimentaram.

Agradeço a Deus por esta oportunidade, por esta vivência e experiência que me faz constatar que a minha vida e a de minha família é boa demais, mesmo com alguns percalços e coisas que, se comparadas às deles, não passam de grãos de areia que podem ser facilmente transpostos ou eliminados.

Então, quero aqui neste post de final de ano desejar do fundo do meu coração que todos vocês possam usar este momento tão especial que é o Natal e fazer uso do verdadeiro sentido dele: Jesus!

O verdadeiro presente que Deus nos deu, em seu infinito amor. Amor este, ágape. Aquele amor que não vê diferenças raciais, sexuais, religiosas ou sociais. Aquele amor capaz de estender a mão a quem quer que seja num ato de bondade que vem do fundo do coração, do mais profundo de nossas almas.

O amor puro e cristalino que nasceu numa manjedoura e veio ao mundo para doar-se a quem quer que seja, sem excessões, sem receios. Doar-se simplesmente por amar ao próximo, sem esperar absolutamente nada em troca.

E que o novo ano que está por iniciar-se venha 10 x 1000 em tudo para cada um de vocês: paz, saúde, amor, felicidades, realizações e muita, mas muita luz de Jesus sobre as suas vidas.

Agora vocês entendem o porque de eu estar sem tempo e com muita dificuldade de manter este blog atualizado como vocês e eu desejamos. Porém é por uma excelente causa: eles precisam muito mais de mim que vocês.

Isso não quer dizer que os estou abandonando meus leitores, é apenas uma explicação que sei que devia a vocês já a algum tempo.

Abraços a todos vocês.

PS= as fotos são da Catedral de Maringá – Natal 2010.

GADU? Tá errado…

Amigos, participando do portal Casa Pró, da revista Casa Claudia, vira e mexe me deparo com situações constrangedoras onde algumas pessoas que se acham deuses só por ser arquiteto acabam denegrindo e atacando os Designers e outras profissões.

GADU – Grande Arquiteto Do Universo. Termo utilizado por vários agrupamentos, entre eles a Maçonaria onde, talvez, o termo tenha nascido. Não concordo com este termo e a minha explicação se dá numa resposta que acabo de dar a um arquiteto numa das comunidades. Segue a resposta/ reflexão:

“engraçado Fabio,

Sempre tive em mente que as primeiras profissões que surgiram foram as de agrônomo ou zootecnista ou talvez, quem sabe, até mesmo a de decorador se forçarmos que o homem primeiro entrou para dentro das cavernas e procurou ajusta-la às suas necessidades deixando-a mais “confortável”. Logo, se não houve construção por elas ja existirem, o que houve foi a decoração.

Não consigo ver arquitetura nessa imagem…

.
Outro ponto que me instiga é dizer que Deus foi o GADU. Não acredito pois a sua primeira ordem foi FIAT LUX (faça-se a luz) e, sabemos perfeitamente que isso não é obra de arquiteto e sim de engenheiros, físicos, etc… depois disso veio o grande biólogo na formação dos ecossistemas, sistemas estelares (astrônomos), geneticista,e depois, beeeeeeeeeeeeem lá pra frente, veio o bicho homem (e não Deus) brincar de construir… apesar de todas as estruturas pensadas e elaboradas, continuam a afirmar que trata-se de arquitetura e não de engenharia.

É uma questão de lógica, mas parece que o senso comum, os melindres e egos não aceitam a lógica e preferem historinhas da carochinha.

Temos de ver tamém que na Bauhaus houve um golpe sujo por parte de Mies quando destruiu a essência da escola ao acabar com as oficinas de artes e design inserindo-as como meras disciplinas de arquitetura… Os alunos que se colocaram contra essa tragica mudança de rumos, bem como professores como Kandinsky, foram denunciados como inimigos do Estado (comunista na época) e tiveram de fugir… talvez venha daí essa mania de “tudo posso” de ALGUNS ARQUITETOS e também a forma suja e nada ética como atuam no mercado. Claro que isso levou ao fim da Bauhaus, não poderia acontecer outra coisa.

Talvez venha da formação mesmo a arrogância e prepotência, vide Mies na imagem acima… Pela cara não precisa dizer mais nada.

.
Sobre a sua visão dos cursos de interiores te digo: é medo. O que aprendemos dentro de um curso de Design de Interiores pode muito bem ser aproveitado em exteriores também e, por isso mesmo, adota-se ja a algum tempo o termo DESIGN DE AMBIENTES, independente se interno ou externo. Você desconhece completamente o que um Designer pode fazer ao afirmar isso de forma tão irresponsável ou, se conhece, deve ter medo de perder clientes para estes. Me desculpe mas é esta a visão baseada em experiências que tenho de profissionais de arquitetura que compartilham da mesma visão que vc.

Sobre leis, é fácil falar quando se está protegido. Porém outras áreas vem surgindo de acordo com as necessidades humanas e sua evolução (social, tecnológica, mercadológica, etc) e, queiram ou não, estas tem direitos independente de avançar sobre outras área sou não. Está na CF: direito ao livre exercício profissional desde que atendidas as exigências das Leis. E as exigências são formação acadêmica, que nós temos sim. Portanto é descabido este teu raciocínio.

Seria mais ético – e até mesmo salutar – se você viesse com um discurso menos ofensivo e melhor embasado como por exemplo: um designer pode lidar com estruturas?

Não, não pode. Porém o designer tem conhecimentos de leitura de plantas para propor alterações estruturais, idealizar livremente o que realmente venha a atender as necessidades do cliente. Se esta parede está atrapalhando, derrubemos ela então. Aí entra a parceria com os profissionais conscientes e éticos de arquitetura e engenharia que irão assumir esta parte no projeto sem problemas para ninguém. Quem ganha com isso?

Todos: o cliente, os profissionais e o mercado.

Mas os melindrosos não conseguem enchergar as coisas assim. Infelizmente.

Aí vemos diariamente arquitetos oferecendo orçamentos numa disputa da seguinte forma:
– projeto arquitetônico, paisagismo e interiores: R$ 20.000,00
– projeto arquitetônico: R$ 60.000,00

Assim fica fácil ah ah ah

Isso sem contar nas RTs que o bloco rende.

Isso é disputa de mercado?

Não, é golpe baixo e sujo. É a absoluta falta de ética.

Então, acho que já passou da hora dos profissionais (de todas as áreas) amadurecerem e esquerecer que moramos num país onde a ética foi jogada no lixo e fazermos a nossa parte na construção de uma sociedade justa, correta e ética.

“ah me esqueci,
sobre o GADU, Ele foi tbm, antes de arquiteto, um exímio geólogo na formação do planeta afinal, primeiro veio a formação da terra, depois a água…

afff “”

E ainda acrescento  ais sobre GADU: antes ainda de qualquer tendência à arquitetura, o bicho homem tornou-se artesão/designer ao criar seus utensílios domésticos, de caça entre outros e, para não ir mais longe, virou artista plástico ao imprimir nas paredes das cavernas as imagens que representam o seu dia a dia. Então, deixemos de ser hipócritas.

Acho que já passou da hora de alguns profissionais pararem de agir como crianças mimadas e birrentas e, antes de ficar esperneando ou fazendo fofoca porque perdeu uma disputa num projeto, procurar rever a sua história para encontrar onde estão seus erros, sua falta de informação/formação. E, principalmente, não atirar pedras no telhado dos outros se o seu é de vidro.

Abraços e excelente semana a todos.

Te agradeço meu Senhor!

Aproveito este post para além de agradecer a Deus por mais uma vitória em minha vida apresentar a vocês o Coral e Orquestra da 1ª Igreja Presbiteriana de Maringá – PR. Ministério este usado por Deus para a minha conversão no momento mais obscuro de minha vida. Aqueles desertos que atravessamos em determinados momentos de nossas vidas quando nos encontramos cegos pelas coisas do mundo e feridos por algum motivo.

Como a música sempre se fez presente em minha vida desde a mais tenra idade e eu vinha de uma faculdade de música recente, Deus colocou este ministério em minha vida e, através do louvor e da adoração coloquei minha vida em Suas mãos. Essa é a minha Igreja de coração, pois foi nela que me converti e fui batizado.

Te agradeço meu Deus por tudo que Tu sempre foi, és e será em minha vida. Pai sempre presente, amoroso e cuidadoso. Tu és fiel Senhor!!!

Esta foi uma das primeiras músicas que cantei junto a este coral. Infelizmente – ou felizmente, não sei, isso vem dos planos de Deus para a minha vida – hoje não participo mais desse abençoado ministério pois me mudei de Maringá mas esses irmãos e esse ministério está sempre presente em minha orações para que Deus continue os abençoando e fazendo com que alcancem cada dia mais vidas.

Páscoa

Deus, óh Deus, onde estás que não me respondes? Em que mundo, em que estrelas Tu te escondes, embuçado nos céus?

O clamor acima, desesperado, é de uma esquete que participei ja ha bastante tempo atrás, de autoria de uma grande pessoa e muito querida, Anatilde Julião. Era uma esquete voltada ao treinamento do pessoal ligado à saúde.Numa parafrase a um poema de Castro Alves – Vozes d’Africa – mostrávamos o desespero daqueles que esperavam por horas a fio o atendimento nos Postos de Saúde e, principalmente ns emergências dos Hospitais. Esse é um clamor de desespero.

No entanto, em maior ou menor grau, todos nós passamos por esses momentos de clamor em algum ou vários momentos de nossa vida. Clamor de agradecimento, clamor de arrependimento, clamor de adoração, clamor de desespero.

É bastante comum vermos nos dias de hoje que muitas pessoas tem clamado a Deus em momentos ruins, de desespero sejam estes por quais motivos forem. Sejam por coisas graves e sérias, tristesas, medos enfim, tudo que possa vir a nos tirar dos trilhos.

Porém, nenhum sofrimento, nenhuma dor pode ser comparada àquela sofrida por Jesus. Ninguém, por mais profundo que seja o poço em que se encontra, pode sentir-se mais desamparado que Ele naquele dia fatídico, triste e vergonhso.

O Filho do Homem ali, sozinho, humilhado, triste. Aquele que veio para trazer amor e paz ao mundo. O Cordeiro de Deus, ali… Só.

Tamanho desespero, se reflete em sua indagação: “Ó Deus, porque me abandonaste?”

Porém tudo isso aconteceu para que todos nós tivéssemos a oportunidade de viver a plenitude do amor de Deus por cada um de nós.

E no terceiro dia Ele ressuscitou.

Venceu o mundo, venceu a humilhação, venceu a dor e venceu, principalmente, aqueles que pensavam que Ele tinha fracassado.

Quando passamos por momentos de tribulação em qualquer área de nossa vida, devemos ter como nosso foco a cruz. Nos lembrar da cruz e tudo que ela significa.

Mas não aquela cruz ensanguentada, triste e feia.

Não aquela cruz dolorosa e humilhante.

Não aquela cruz humana.

Esta devemos ter a consciência de sua existência mas não a ter como significado.

O real significado da cruz é a vida plena e abundante banhada pela luz que irradia dessa cruz.

A luz da salvação.

A luz da redenção.

A luz do perdão.

E, acima de tudo, a luz do amor incondicional de Jesus por cada um de nós.

Amor este que devemos refletir e disseminar por onde quer que passemos.

Amor esse que devemos compartilhar com todos os que temos contato.

Amor esse que deve ser dado gratuitamente sem esperar absolutamente nada em troca.

Esse é o amor puro, ágape.

Aquele que vem lá do fundo de nossos corações.

Que flui naturalmente em nossas palavras e ações diárias.

Portanto, ame o teu próximo!

Assim como Ele te amou e deu a Sua vida por você.

Assim como Ele amou profundamente cada ser com o qual teve contato e sua vida terrena os perdoando e lavando de todo pecado, de toda dor, de toda humilhação, de toda doença, de todo deslize.

Que esta páscoa seja um momento de reflexão entre cada um de vocês e Deus e percebam como estão ou não fazendo uso desse amor em seu dia a dia.

Que nesta páscoa, recebam toda a pureza da luz que vem da cruz em suas vidas.