Carta aberta ao Senado Federal.

Prezado(a) Senador(a),

Novamente venho pedir a atenção especial dos Senhores e Senhoras para a nossa causa.

Somos milhares de Designers de Interiores em todo o Brasil mobilizados pela regulamentação da nossa profissão. O PLC 97/2015 já se encontra na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) desta casa aguardando a votação pela mesma.

Precisamos do seu apoio na regulamentação de nossa profissão!

Caso o(a) Senhor(a) faça parte da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), solicitamos que vote favoravelmente ao PLC 97/2015 para que possamos exercer nossa profissão com dignidade. Caso não faça parte desta Comissão, nos ajude junto a seus pares para que votem favoravelmente pela regulamentação de nossa profissão.

Lembramos que essa é uma das atividades que mais cresce no país. Hoje, somos mais de 100 mil designers de interiores formados atuando profissionalmente em todo o Brasil. A cada ano, cerca de 6.500 novos profissionais entram no mercado de trabalho após concluir seu curso de nível técnico ou superior. Aqui no Brasil contamos atualmente com mais de 190 escolas e universidades formando estes profissionais de acordo com as Diretrizes do MEC.

Os trabalhos desenvolvidos por mais de 100 mil profissionais injetam cerca de 60 bilhões/ano na economia de nosso país. Estes números comprovam a importância social e econômica dessa atividade e já justificariam a regulamentação da profissão.

Mas a sociedade exige mais que isso. E nós também.

Queremos assumir, de fato e de direito, os deveres e as responsabilidades inerentes ao pleno exercício de nossa profissão, inclusive o de sermos fiscalizados por um órgão próprio.

Entendemos que esse também  é um direito de quem contrata um Designer: que o profissional seja responsável pelos seus projetos. Trabalharmos com contratos muito bem elaborados juridicamente, resguardando os direitos e deveres do profissional e do cliente bem como a nossa sobre a responsabilidade técnica de nossos projetos. Além disso, consta em nosso Código Civil a questão da Responsabilidade Civil que é indicada em nossos contratos. Mas a Responsabilidade Técnica (registro em órgão de representatividade da classe profissional) faz-se necessária assim como ocorre com as Engenharias (ARTs) e a Arquitetura (RRTs) para que seus conselhos possam, de fato, tomar as medidas necessárias com relação a profissionais que causem danos aos clientes e à sociedade como, por exemplo, a cassação do direito ao exercício profissional assim como acontece com outras profissões em seus respectivos conselhos.

Temos consciência da importância e do papel social e econômico da nossa profissão e o quanto podemos contribuir através de nossos conhecimentos na construção de um País melhor para todos, intervindo e transformando os diversos espaços utilizados direta ou indiretamente pelos usuários sejam estes uma edificação, uma embarcação, uma aeronave, um motorhome, uma praça, enfim, qualquer espaço que necessite de nosso trabalho para implantar, melhorar, revitalizar, atualizar, redestinar e reestruturar os diversos lugares utilizados pelos usuários, tornando-os seguros, funcionais, confortáveis, energeticamente eficientes, ecologicamente corretos e esteticamente agradáveis.

Ressalto também que a nossa área pode – e deve – ser aproveitada no âmbito social onde podemos contribuir no redesign (ou reuso) de residências, comércios, escolas, creches, asilos, orfanatos e todos outros ambientes da população de baixa renda demonstrando, portanto, a nossa responsabilidade social.

Ocorre que somos estamos sofrendo uma perseguição no mercado e na academia por profissionais e Conselhos que não fazem parte da área do Design, inibindo e atuando para impedir que a nossa área se desenvolva plenamente, assim como desenvolveu-se em outros países como EUA, Inglaterra, Alemanha, Japão, Portugal e outros tantos. Somos constantemente acusados de termos cometido erros que provocaram danos graves (desabamentos de edificações, por exemplo). Porém, em nenhum destes sinistros conseguiram identificar – provar – a atuação de um profissional devidamente habilitado em Design de Interiores/Ambientes. Encontram sim, pessoas que se autodenominam designers sem ter a devida formação acadêmica ou oriundas de outras áreas e que utilizam o título profissional livremente exatamente pela ausência da restrição ao uso da mesma. E isso tem provocado danos graves à nossa profissão e aos profissionais.

Para vencer esta árdua batalha e termos direito ao pleno exercício profissional, precisamos que nosso trabalho seja valorizado e respeitado. Infelizmente em nosso país, em áreas técnicas como a nossa, isso somente acontece através da regulamentação profissional que a torna legal perante a Lei. Já somos reconhecidos pelo MEC, MTE e outros órgãos. Porém, precisamos da regulamentação, da legalização jurídica de nossa profissão.

Contamos com o seu voto para que a profissão de Designer de Interiores seja, finalmente, regulamentada!

#RegulamentaJá!

Atenciosamente,

Paulo Oliveira

Designer de Interiores/Ambientes e Lighting Designer.

pelo meu reader…..

Bom, vamos a mais um post sobre o que encontrei de interessante pelo meu reader.

Para iniciar, quero compartilhar este texto “Diploma para quê?” da Ligia Fascioni. Ele não é novo e não estava na atualização de meu reader, mas fuçando no blog dela acabei encontrando-o e vale o comentário e citação neste post. Não o copiei e colei aqui pois não pedi permissão para ela, então fica aí o link. Posso copiar e colar aqui na íntegra os que eu gostar Ligia????

Ela tem muito material interessante em seu site e em seu blog que vale a pena vocês conhecer.

Hoje que percebi que ainda não tinha colocado o link do blog dela aqui no meu blogroll. Agora já está devidamente arrumada esta minha falha ok Ligia? Mais que merecida a citação de seu trabalho aqui.

Bom, com relação ao texto é aquilo que eu sempre escrevo: um diploma só – ou vários de vários níveis como ela diz no texto – não valem absolutamente nada se você não coloca todos estes conhecimentos em prática no dia a dia. Nem as revistas, nem as IES, nem eu e nem os outros blogs mentem quando dizem que a atualização e especialização profissional são importantíssimas em nossa área, porém,

“Não estão. É que, teoricamente, se você tem vários diplomas, teve acesso a vários conjuntos de informações específicas. Isso aumenta muito as suas chances de recombiná-las e criar algo que, de fato, tenha valor para o mercado. Que faça diferença na vida das pessoas. Que seja desejável a ponto de alguém poder pagar mais por isso. Quanto mais cursos, mais combustível e mais matéria prima para converter em excelência. Quem sabe aproveitar isso, ganha mais, claro.”

Leiam este texto, ele esclarece muitas coisas em poucas linhas ok?

E parabéns Lígia por mais este brilhante texto!!!

Encontrei também este vídeo no Youtube mostrando a importância do Design na nossa vida, brincando com dois mundos paralelos:

1 – com a presença do Design em todas as suas áreas

2 – sem a presença do Design

Simples, bonito e vai direto ao ponto. Foi feito, pelo que entendi, por um grupo de estudantes de Design da UFRGS.

Parabéns pela iniciativa e pelo resultado pessoal!!!

Por falar em resultados e aplicação dos conhecimentos adiquiridos em busca de algo novo, diferente, até que ponto você tem aplicado seus conhecimentos em seus projetos?

Você é daqueles que prefere especificar mobiliário de lojas ou é do time da criação personalizando seus projetos?

Pois é, tenho percebido uma grande quantidade de profissionais da área de Design de Interiores/Ambientes acomodando-se dentro de lojas de planejados e buscando as terríveis RTs.

E onde você enfia todo o conhecimento restante que adiquiriu em seu curso? Pra que então você investiu tempo e dinheiro na sua formação? Especificar modulados onde o vendedor é quem vai fazer o projeto qualquer um faz, até minha vizinha de 5 anos. Isso não faz o Designer pelo contrário, depõe contra a nossa profissão. Transformam o Designer num mero decorador ou pior, atestam o que falam e escrevem por aí que esta área é coisa de madame desocupada.

Isso inclusive reforça a visão tosca que alguns arquitetos* disseminam aos quatro cantos contra a nossa profissão sendo inclusive um dos “boatos” de que o CAU – recém aprovado e em fase de implantação – deve restringir a área exclusivamente para arquitetos. Estão usando erradamente a denominação “arquitetura de interiores” como sinônimo de Design de Interiores – o que é um erro gravíssimo e demonstra total e absoluto desconhecimento sobre as duas coisas – uma vez que muitos profissionais formados em Design de Interiores/Ambientes estão manchando a profissão com atitudes umbiguistas e equivocadas abrindo então esta brecha.

Gente, com as matrizes curriculares dos cursos de Design de Interiores/Ambientes é inadmissível que esse tipo de atitude aconteça. Buscar soluções exclusivas, criativas, inovadoras e que atendam principalmente à personalidade do cliente é fundamental. E não é numa loja de planejados ou de móveis prontos que isso vai acontecer. Não mesmo!

Nem é tão difícil assim chegar a uma solução com identidade própria. Veja este exemplo:

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos: String_Gardens

Observem como uma solução simples deu um toque todo especial neste projeto. Tá, eu sei que isso não tem muito a ver com as soluções de mobiliário que eu vinha falando, mas faz parte do processo criativo.

Por falar nisso, você só projeta quando tem um cliente ou faz isso diariamente como forma de estudo, testes, aplicações, etc? Prefere deixar a sua mente atrofiar ou explora seus conhecimentos, pesquisa sobre novas coisas?

Olhem o que Robert Butkovic fez: estipulou que produziria 100 logos diferentes em 100 dias. Não foram projetos para clientes mas sim apenas uma forma de desenvolver, explorar e ampliar o seu pensamento criativo. Esse tipo de atitude serve como estudo através do qual acabaremos descobrindo e criando muitas coisas. Só temos a ganhar com esse tipo de atitude.

Outra coisa é a absurda falta de união dos profissionais. Vejo uma grande parcela olhando o colega profissional como um inimigo comercial e não como um aliado até mesmo quando o assunto refere-se a questões como a regulamentação profissional que é de interesse de todos: nós profissionais, nossos clientes e o mercado.

#ficadica: se não nos unirmos urgente a coisa vai ficar feia em pouco tempo. Vamos levar uma rasteira e depois não adianta ficar de chororô por aí não.

Então pessoal, que tal começar a levar mais a sério a profissão e trabalhar pelo coletivo em benefício de todos nós?

Vamos parar de olhar apenas para nossos umbigos quando o assunto refere-se à atuação e exercício profissional?

Pensem e reflitam seriamente sobre isso ok?

Abraços e até o próximo post.

.

*alguns arquitetos: não me refiro a todos os arquitetos mas como a expressão diz, apenas a alguns que insistem em denegrir, deturpar, desinformar, fazer denúncias vazias e atrapalhar os trapalhos desenvolvidos pelos Designers de Interiores.

de luto e de mudança: DesignBR

Bom pessoal, infelizmente tenho de informar que o nosso espaço DesignBR no Ning irá desaparecer dentro de alguns dias.

Eu e a equipe que vinha mantendo aquele espaço estamos bastante chateados pois sabemos que muito do conteúdo que ali foi depositado irá perder-se assim que a equipe do Ning apertar a tecla “delete”.

Isso se deve ao fato de que a partir de agora, a hospedagem de grupos naquela plataforma passou a ser paga – e bem paga.

Tentamos contato com diversas empresas buscando apoio, patrocínio ou ajuda para que pudéssemos levantar a quantia necessária para manter o portal online e, infelizmente, não conseguimos. Até mesmo com faculdades e universidades nós conversamos e nada.

As que sinalizavam aparentemente de forma positiva vinham tentando impor suas condições que, via de regra eram:

– exclusividade

– exigências com relação ao conteúdo querendo impor censuras absurdas

– acesso direto aos dados de membros

– entre outros absurdos.

Com isso, tivemos de engolir o amargo sabor da derrota, da perda de um trabalho desenvolvido exaustivamente pela equipe de moderadores, especialmente o Ed Ramos que é quem estava tocando firme o DesignBR nestes últimos tempos.

Um espaço voltado para designers que em menos de 4 anos conseguiu reunir num mesmo espaço uma quantidade absurda de estudantes, profissionais, professores das diversas áreas do design como nenhum outro espaço já conseguiu.

Um espaço onde o livre pensar, os debates, a troca de informações, a construção do conhecimento eram as chamas que mantinham o portal em pé.

Um espaço técnico, acadêmico e profissional que tornou-se uma grande enciclopédia do design.

Um espaço que transformou-se numa verdadeira vitrina do design brasileiro.

Triste, constatamos que se fossemos pedir apoio, patrocínio ou socorro para um timinho qualquer de futebol, de fundo de vila, para um campeonatinho de milésima categoria, não nos faltariam recursos cedidos. Absolutamente tudo nos seria cedido.

Triste constatamos que aqui neste país não se valoriza o que é daqui, a produção nacional.

Triste constatamos que tampouco valoriza-se a construção permanente do conhecimento.

Não conseguimos salvar quase nada de lá do portal. Na verdade, pouco mais que arquivos com a listagem de membros.

Os materiais das comunidades, fórum, imagens e todos os outros dados serão, fatalmente perdidos.

Até mesmo o Ning não respondeu sobre um possível apoio ao portal reduzindo o valor ou isentando-nos deste valor. Vou tentar mais um contato nesta semana tentando mostrar a eles a importância da manutenção daquele espaço.

Pensamos em fazer uma chamada de fundos junto aos membros mas desistimos ao analisar outras ações envolvendo arrecadação de fundos onde quem recebe sempre é acusado de absurdos, por melhor, pura e verdadeira que seja e sua intenção.

Assim, estamos sim de luto por causa da “morte” anunciada daquele espaço.

De luto por causa da ignorância nacional.

De luto por causa da leviandade dos empresários nacionais.

De luto por causa da falsidade das Instituições de Ensino que “dizem” promover o conhecimento.

De luto por nos ver de mãos e pés amarrados, boca, olhos e ouvidos vedados por causa da superficialidade humana.

Se você também sente-se de luto por esta perda assim como nós, divulgue este manifesto contra a ignorância e descaso cultural que varre nosso país. Seja por e-mail, em seu blog, nas redes sociais que você participa. O importante é mostrar publicamente qual é a realidade de nosso país.

Outra forma de você tentar ajudar é mandando mensagens ao Ning solicitando apoio a nossa causa, que o portal não seja eliminado, mostrando que é um espaço acadêmico, voltado á construção e disseminação do conhecimento.

Mesmo assim, estamos tentando elaborar um outro espaço com as mesmas funcionalidades mas isso demandará tempo.

O Jonas do blog espaço.com é quem está nos ajudando nisso tudo. Valeu garoto!

Portanto mesmo de luto, nos sentindo como uma ave que acaba de ter sua asa decepada, estamos tentando voar em prol do conhecimento e da cultura do Design aqui no Brasil.

Ética profissional? Ética de vida!

Acho engraçado quando leio posts e comentários falando sobre ética ao perceber a fragilidade do conhecimento sobre o tema da maioria das pessoas.

E também acho triste quando leio posts e comentários falando sobre ética profissional uma vez que  o discurso não bate com a prática.

A deturpação e relativização da palavra ética estão cada dia mais em voga e, hoje em dia, reduziu-se a algo que traga algum benefício próprio. Só é ético aquilo que for conveniente e útil pra mim e/ou para minha classe profissional.

Isso temos visto aos montes na política, na indústria, na (des)educação, na saúde e, claro, no meio profissional.

Dizem que existem advogados de porta de cadeia que não estão nem aí pra ética, pois o que vale é ganhar dinheiro. É triste notar que nas outras áreas profissionais a coisa não é nada diferente.

Alguns levantam a bandeira da ética como baluartes de suas vidas, porém estão muito longe de saber na realidade o que vem a ser isso. Muitos dizem que não sou nada ético quando “escrevo verdades” sobre assuntos “tabus” como esse, e me lançam apelidos como Dr. House do Design, Jabour do Design e por aí vai. Isso se deve à acidez e dureza real com a qual trato determinados assuntos. Ao menos não sou hipócrita e muito menos “falo pelas costas”, covardemente. Gosto de transparência e sinceridade nas relações sejam elas quais forem. Lamento, mas se acreditam que me chamando assim estão me agredindo, estão redondamente enganados: sou fã de carteirinha dos dois. Quem dera se em cada círculo social tivesse ao menos um dos dois personagens. O mundo certamente seria bem melhor.

Assim, não sou anti-ético e sim anti-hipócritas.

Olha, tenho de parabenizar aos que seguem os códigos de ética de seus conselhos e associações. Realmente seguem à risca! Nem um “A” a mais e nem um a menos. Robozinhos repetitivos, treinados para fazer exatamente o que o “chefinho mandou”. Na verdade, poodles adestrados.

Ataca! Senta! Deita! Rola! Finja de morto!

Sei que muita gente não está entendendo nada do meu discurso até agora, portanto, vamos ao ponto:

No código de ética do sistema CREA/CONFEA, do IAB, AsBEA e tantas outras, tem algo que diz que a relação entre os colegas profissionais deve ser cordial, leal e respeitosa. Isso realmente é fundamental em qualquer meio social, especialmente o profissional.

No entanto, na prática sabemos que as coisas não são bem assim. O que vemos diariamente, seja no mundo real e no virtual, é um show de palhaçadas que vão totalmente na contramão da ética.

A revista Casa Claudia lançou uma rede voltada para Arquitetos, Designers de Interiores e Decoradores e, em menos de dois meses já percebe-se esse tipo de coisa. Na comunidade “Designer, Decorador ou Arquiteto?” já se fazem presentes os anti-éticos e arrogantes que atacam sem a menor fundamentação e embasamento os Designers. No mundo real isso acontece com freqüência e muito mais corriqueiro do que vocês imaginam.

Chegam ao absurdo de boicotarem coquetéis e inaugurações caso algum Designer seja convidado. Quando trombam com algum Designer por aí, não medem esforços em tentar ridicularizá-los seja na frente de quem for. Muitos abrem mão de cobrar o projeto em troca das RTs, pois sabem que a sua RT é de 10% e a dos Designers, na maioria das lojas, mal atinge 3%. Quando na disputa por clientes, não medem esforços em desqualificar o Designer ante o cliente. Isso são só algumas colocações, mas existem várias outras que seu eu for listá-las todas aqui, ficaria extenso demais.
Dias atrás ouvi de um “profissional” que pretende ampliar seus clientes no mercado de São Paulo que estava encontrando dificuldades pois, “os clientes de lá não são burros como os daqui”, segundo suas próprias palavras.

Tempos atrás elaborei um projeto em parceria com um arquiteto. Era um espaço enorme: de minha parte, o projeto de Lighting Design; a dele, o de interiores. Tudo bem se ele não tivesse me esmagado num orçamento de no máximo R$ 20.000,00, dizendo que o orçamento total era de apenas R$ 60.000,00. Porém, ao final descobri que ele gastou mais de R$ 180.000,00 e ainda rapou todas as RTs, incluindo as de elétrica e iluminação. Fiz a minha parte, o projeto ficou belíssimo, foi muito elogiado e não estourei o orçamento. Consegui me manter exatamente na faixa indicada sem que com isso, a qualidade e estética do projeto de Lighting fossem prejudicadas. Hoje ele passa por mim com a maior cara de pau e me chama de “amigo”. E pra completar, adora me ligar pedindo “dicas” de iluminação.

Outro ponto a ser destacado é que, gostem ou não, há décadas Arquitetura é uma coisa e Design é outra. Arquiteto NÃO É designer e designer NÃO É arquiteto. Quem insiste em afirmar isso deve seriamente repensar a sua escolha profissional, pois certamente errou lá atrás, portanto, volte para a faculdade e faça o curso certo. As duas áreas andam juntas em alguns aspectos, porém são fundamentalmente distintas e distantes em tantos outros. E repito: quem insiste em acreditar que o arquiteto se forma designer mostra o quão pífio é o seu conhecimento sobre o que é Design.

A “ira” contra os designers que se pode perceber em alguns arquitetos* relaciona-se, sobretudo, com a área de interiores. Como já destaquei acima, alguns pontos sim, muitos outros não. Apesar de trabalharmos o mesmo elemento – a edificação – a linha projetual é completamente diferente, as bases e conceitos idem, e as técnicas mais ainda. Engana-se quem acredita que estes cursos superiores de Design de Interiores tem as mesmas características daqueles antigos de decoração. As matrizes curriculares e ementários dos atuais cursos é bastante extensa e pesada e abrangem disciplinas de arquitetura, engenharia e, na maior parte, design (incluindo-se aqui criação e desenvolvimento de produtos, linha de produção, decoração, ergonomia e acessibilidade entre tantas outras, exclusivas da área de Design).

Vejo com tristeza quando não-designers aparecem na mídia “lançando” suas coleções de objetos e produtos “de design” sendo que, na verdade, o que foi trabalhado foi apenas a casca da escultura. Por exemplo, um estofado. A forma é linda, mas é difícil ver um arquiteto que trabalhe o todo da peça: forma, função, cor, textura, ESTRUTURA, MONTAGEM, CORTE, ENCAIXES, INSUMOS, ETC. Quem geralmente faz o trabalho duro (a parte técnica) é algum designer – muitas vezes estagiário do escritório.

O que tem de ficar claro é que o Designer de Interiores não é um mero “trocador de almofadas”. Quem ainda insiste nessa afirmativa está bem atrasado e desconhece completamente a formação que estes profissionais recebem e não faz a menor idéia do ganho real em qualidade que a parceria arquiteto x designer ou engenheiro x designer tem a oferecer aos projetos.

Cada um na sua função e todos interagindo a partir de suas especificidades, reconhecendo-as: esta deveria ser a premissa, mas o que vemos nem chega perto disso.

Para que esse longo discurso? Simples: a ética imposta pelas associações e conselhos não deve ser aplicada apenas com seus pares. Ela deve sim ser aplicada no todo afinal, colegas profissionais não são somente seus pares, mas sim o pedreiro, o pintor, o encanador, o construtor, a vendedora da loja, o jardineiro, o entregador de materiais, o técnico em telefonia, o designer, o padeiro, o ascensorista e todos os outros profissionais que você cruza em seu dia a dia.

Como coloquei no início, muitos adoram usar a ética apenas quando lhe convém, é pertinente, lhe é favorável. Mas quando percebem que se forem éticos corem o risco de “perder o cliente”, simplesmente a amassam como uma folha de papel usado e jogam no lixo.

Portanto, antes de levantar a bandeira da ética profissional, tem muita gente aí que precisa rever seus conceitos e ações diários para não correr o risco de ser chamado de hipócrita, por qualquer um.

*Novamente reafirmando: quando uso alguns arquitetos, não me refiro à toda a classe e sim, apenas àquela parcela de desinformados e alienados que se acham deuses e que, certamente, erraram na escolha de seu curso, pois não trabalham com arquitetura e sim com decoração.

Proposta de Projeto (II)

Itens de uma proposta de projeto

“Uma proposta simples, básica e fundamentada precisa assumir compromissos claros e objetivos. Se quem a elabora tem conhecimento da solicitação do contratante e do trabalho, não precisa ter receio de redigir compromissos e obrigações. Este receio é diretamente proporcional à falta de conhecimento ou da capacidade de atender a uma determinada solicitação.”

Se o brieffing não foi bem feito, certamente você encontrará dificuldades para formatar uma proposta ao seu cliente. Conhecer exatamente o que o cliente deseja faz-se fundamental assim como a assinatura de uma única proposta. Caso a proposta inicial não cubra as necessidades do cliente, certamente você terá de fazer alguns adendos ou aditivos de contrato posteriormente. Isso gera custos para o cliente além da sensação de despreparo de sua parte.

Portanto atente-se para os itens principais de uma proposta bem elaborada:

Cabeçalho da proposta

Aqui entra, em ordem:

A – o seu logotipo ou nome do escritório/profissional

B – número da proposta – essencial para arquivo e fácil localização posterior

C – data

D – quem é você

E – a quem é dirigida a proposta (nome, endereço, telefone, e-mail, etc)

Por exemplo:

PROPOSTA N° 0154/09 – 21/04/2009

CONTRATANTE: (o cliente)

Inscrito no CPF/CNPJ sob número xxx.xxx.xxx-xx

Com endereço à Rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx – Curitiba – PR. Telefone (xx)  xxxx-xxxx, e-mail: xxxx@xxxx.xx.xxx

CONTRATADO: (você)

Inscrito no CPF/CNPJ sob número xxx.xxx.xxx-xx

Com endereço à Avenida xxxxxxxxxxxxxxxxxxx – Londrina – PR.

Telefone (xx) xxxx-xxxx, e-mail: xxxx@xxxx.xx.xxx

Feito isso, passemos ao corpo da proposta propriamente dita:

1-      Referência da proposta:

Aqui deve ser deixado bem claro, de maneira resumida, quem é quem e sobre o que se trata a proposta. Como especificar o que se trata a proposta? Simples. Aqui você não deve estender-se demasiadamente pois na etapa seguinte sim é que você irá esmiuçar e detalhar a proposta. Por exemplo:

Proposta para execução de projeto de Design de Interiores e Ambientes para uma residência em alvenaria – contendo 3 quartos sendo 1 suíte, duas salas, varanda, cozinha, área de serviço, 3 banheiros, garagem e quintal – já construída (ou em fase de construção) localizada na Rua XXXX, n° XX, Bairro XXX, na cidade de XXXX, Estado XX.

2 – Metodologia de trabalho:

Aqui vem a parte chata e demorada de uma proposta, afinal é aqui que você deverá especificar todo o seu trabalho a ser executado. É através dessa parte que o cliente irá compreender o todo que engloba o que será feito.

A melhor opção, sem sombra de dúvidas, é apresentar a edificação por cômodo indicando o que será feito em cada um. Mais ou menos assim:

Suíte: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de cama, cômoda e bancada banheiro, especificação de cortinas/persianas, mobiliários, acessórios, box, louças e metais.

Quarto 1: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de bancada de estudos, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Quarto 2: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de bancada de estudos, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Sala 1: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de estante para home theater, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Sala 2: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de 01 mesa de centro, 02 mesas laterais e 01 aparador, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Cozinha: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de 01 mesa de jantar para 8 pessoas, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Varanda: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Área de serviços: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Garagem: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, especificação de mobiliário e acessórios.

Isso fica bem mais claro se colocado em uma tabela. Facilita a leitura e delimitação.

Um fator importante aqui é especificar se haverá ou não desenho e detalhamento de mobiliário específico ou se será tudo adquirido em lojas. Esse detalhe pode entrar no final desta apresentação/parte ou juntamente com a descrição do item Projeto Executivo. Mas saiba que havendo a contratação desse serviço, o mesmo deverá ser feito por você mesmo e não por lojas de modulados ou marceneiros.

Outra questão importante para a formação de seu preço é a quantidade de móveis que você terá de criar especificamente para esse projeto. Um projeto com mobiliário comprado em lojas nos toma relativamente pouco tempo, mesmo os comprados em lojas de planejados. Já aqueles que você tem de criar, desenhar, detalhar e especificar toma bastante tempo. Portanto cuidado para não deixar a tua proposta aberta o suficiente para que o cliente possa vir a exigir uma quantidade enorme de móveis específicos quando você não levou isso em consideração no momento do fechamento do preço da proposta.

Você pode criar uma lista de mobiliários à serem desenvolvidos depois de conversar com seu cliente e inseri-la aqui nesta parte. Por exemplo:

Desenvolvimento de mobiliário:

Banheiros: 3 bancadas

Quartos: 2 bancadas de estudo, 1 cama casal, 1 cômoda

Cozinha: mesa para 8 pessoas

Sala 1: 1 estante/hack para home theater, 1 mesa de centro

Sala 2: 1 aparador, 1 mesa de centro, 2 mesas laterais

Qualquer peça a mais que as especificadas acima serão tratadas em instrumento particular à parte e com valores próprios.

Agindo assim, você estará se garantindo e assegurando que não haverá abusos por parte do cliente pois qualquer tentativa dele de “ganhar” algum prêmio extra estará fechada por esta cláusula contratual informando-o de que ele terá de pagar por cada item extra.

3 – Apresentação dos trabalhos:

Aqui você deverá especificar cada etapa do trabalho:

01. Estudo Preliminar – Brieffing, estudos preparatórios, relatórios, desenhos esquemáticos, e demais documentos em que se demonstra a compreensão do problema e a definição dos critérios e diretrizes conceituais para o desenvolvimento do trabalho;

02. Projeto Conceitual – desenhos de lançamento das propostas anunciadas no Estudo Preliminar, acompanhadas de cálculos e demais instrumentos de demonstração das propostas apresentadas no projeto; inclui-se instruções a serem encaminhadas aos responsáveis pelos projetos de instalação elétrica, ar condicionado e automação, como a indicação da composição dos comandos e modo de operação dos mesmos, que evidenciem as diferentes possibilidades de uso dos sistemas propostos; compreende também a compatibilização, atividade em que se justapõem as informações técnicas e as necessidades físicas relativas às determinações do projeto de Design de Ambientes e as decorrentes dos demais projetos integrantes do trabalho global (arquitetura, estrutura, instalações elétricas e telefônicas, hidráulicas, de ar condicionado, de sonorização e sprinklers, interiores e exteriores, paisagismo, etc), com a finalidade de garantir a coexistência física e técnica indispensável ao perfeito andamento da execução do projeto;

03. Projeto Executivo – concretização das idéias propostas no Projeto Conceitual devidamente compatibilizadas a partir da integração do projeto de Ambientes com todos os sistemas prediais envolvidos no trabalho. Inclui-se as informações técnicas pertinentes à correta integração dos ambientes e demais equipamentos aos detalhes da arquitetura, bem como os dados do equipamento especificado, para a concretização dos conceitos estabelecidos no projeto. Os desenhos referentes móveis (desenho e detalhamento), equipamentos, revestimentos, materiais e acabamentos deverão ser inseridos no Projeto Executivo ou complemento deste (Memorial Descritivo), para que haja perfeita compreensão das dimensões físicas e da forma de instalação dos mesmos no edifício.

Parágrafo único: os desenhos serão apresentados em escala 1/50.

04. Supervisão Técnica – atividade de acompanhamento da execução das obras do edifício ou empreendimento, para constatação da correta execução de suas determinações e apresentação de modificações ou adaptações tecnicamente convenientes, quando necessário e pertinente. Ficam acordadas 3 visitas técnicas semanais à obra durante o andamento da execução da mesma.

Na prática, lembre-se – e avise ao seu cliente também – que só se passa de uma fase para a outra após o “de acordo”, que sinaliza por parte do cliente a compreensão do projeto e autorização para dar seqüência à próxima etapa.

4 – Prazo de entrega:

Aqui entra a sua capacidade de organizar-se. A planilha (cronograma) deve ser ampla o bastante pra que você possa trabalhar sem atropelos, mas também curta o bastante para que o cliente não comece a te ligar cobrando o projeto.

É importante deixar claro que não devemos prescrever datas fechadas e sim usar dias corridos após o “de acordo”. Isso se deve ao fato de que o cliente pode segurar e demorar para assinar o “de acordo” por dias. Você tendo colocado uma data específica certamente terá de correr contra o tempo para dar conta de finalizar a etapa.

Vejamos dois exemplos:

A – com data fechada:

O cliente assinou a proposta no dia 01/01/2009. Nessa proposta temos as seguintes datas de entrega:

Estudo Preliminar (EP): 25/01/2009

Projeto Conceitual (PC): 01/03/2009

Projeto Executivo(PE): 01/04/2009

Digamos que você passou para o cliente o PC no dia 20/02/2009. Aí você entra em “stand-by” aguardando que ele assine o “de acordo” pra que você possa dar seguimento no projeto. No entanto ele acabou tendo de fazer uma viagem do dia 22/02/2009 até o dia 15/03/2009 e, chegando aqui a sua mãe falece e lá se vai mais uma semana no mínimo de enrrolação. Chegamos então à data de 22/03/2009. Aí ele assina tudo e te entrega no dia 23/03/2009. Você conseguirá fechar todo o executivo até o dia 01/04/2009, incluindo as novas alterações que ele solicitou? Certamente que não.

B – Com prazo corrido:

Imagine a mesma situação com a seguinte especificação:

O cliente assinou a proposta no dia 01/01/2009. Nessa proposta temos as seguintes datas de entrega:

Estudo Preliminar (EP): 25 dias após a assinatura desta proposta.

Projeto Conceitual (PC): 35 dias após do “de acordo” no Estudo Preliminar.

Projeto Executivo(PE): 30 dias após o “de acordo” no Projeto Conceitual.

Usando essa prerrogativa, se o cliente quiser ficar um mês segurando a proposta ele pode ficar e isso não irá atrapalhar o seu trabalho. Não irá te sobrecarregar e você terá os seus necessários dias de trabalho garantidos.

5 – Preço e condições de trabalho:

Aqui é onde o seu cliente geralmente vai correr para olhar: o preço da proposta. Portanto esta parte tem de ser muito bem elaborada e você deverá ficar atento às reações do mesmo nesse momento. Você pode ser maleável na negociação dos prazos estendendo-os em mais parcelas porém cuidado com os “descontos”.

Geralmente, usa-se a fórmula 40+30+30 assim sendo:

40% na assinatura da proposta

30% no “de acordo” do Projeto Conceitual

30 % no “de acordo” do Projeto executivo.

Outros preferem a fórmula 20+30+50:

20% na assinatura da proposta

30% no “de acordo” do Projeto Conceitual

50 % no “de acordo” do Projeto executivo.

Existem ainda outras fórmulas, porém vale ressaltar que cada caso é um caso e, como já coloquei acima, você pode aumentar as parcelas a serem pagas pelo cliente dependendo da necessidade/realidade do mesmo.

Algumas pessoas caíram no erro de colocar uma das parcelas para o final da obra (confesso que no início fiz isso), ato da entrega da obra pronta, finalizada. Porém existe um sério risco de a obra atrasar, ser interrompida e você ficar à ver navios até sabe-se lá Deus quando.

Um ponto muito importante à destacar aqui é que o valor de projeto é uma coisa e valor de acompanhamento e execução é outra.

Valor de projeto diz respeito ao seu trabalho de gestação, criação, lançamentos e fechamentos do projeto. Ele não cobre a execução e acompanhamento. É o valor pago pelo trabalho intelectual.

Valor de execução e acompanhamento é aquele que você deve receber por acompanhar os trabalhos durante a execução da obra. É o pagamento de “peão de obra” mesmo, o trabalho braçal. Este valor gira em torno de 10% do valor total da obra que está sendo realizada e é realizado mensalmente após o início da execução encerrando-se ao final da mesma.

Portanto, o valor de projeto deve ser pago até antes da finalização da obra e tome cuidado para não deixar o seu cliente levar dois pagando um.

Mais um ponto que deve ser destacado nessa parte da proposta diz respeito aos retrabalhos de etapas já superadas e inserções/alterações de coisas. A partir do momento que o cliente assina o “de acordo” qualquer alteração por ele proposta deverá ser tratada em documento à parte desta proposta.

6 – Prazo de validade:

Sim, assim como um produto tem seu prazo de validade, esta proposta também deve ter o seu. Caso contrário, o cliente poderá pegar a sua proposta e um ano depois vir solicitar a execução do projeto com os valores escritos ali na proposta.

7 – Despesas reembolsáveis:

Tudo o que você tiver de despesas relativas ao projeto em questão são passíveis de serem reembolsadas pelo cliente. Quem já pegou algum cliente numa cidade que não é a sua sabe bem do que estou falando. Não se trata apenas das copias e plotagens mas de várias outras coisas:

A – plotagens e cópias xérox

B – correios

C – outros levantamentos e projetos complementares

D – taxas públicas quando necessário

E – despesas com transporte, hospedagem, alimentação, pedágios, etc.

8 – Autoria e Responsabilidade Técnica:

A parte relativa à Responsabilidade Técnica eu vou tratar especificamente na parte III deste texto. Já sobre a Autoria, vamos lá…

O Direito Autoral é regido pela Lei Nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. Ela resguarda os direitos do autor de qualquer obra de cunho artístico ou intelectual. E isso inclui nossos projetos apesar de que é um pouco complicada a aplicação desta lei em obras de design, arquitetura e outras correlatas por não serem vistas exatamente como uma obra artística. No entanto ela é uma obra intelectual. Por isso temos também a Propriedade Industrial (Lei Nº 9.279, de 14 de Maio de 1996).

No caso de desenvolvimento de mobiliários ou outros equipamentos específicos – como luminárias – para um projeto, estes podem/devem ser patenteados. Isso vai depender muito de você profissional. Fazer a patente não é tão difícil como muitos imaginam. No entanto a patente só ocorrerá se o produto desenvolvido for realmente exclusivo e não houver nada igual no mercado.

Porém isso não precisa estar vinculado à esta proposta em detalhes. O que você deve fazer constar em uma ou mais cláusulas é que os desenhos exclusivos são de sua autoria e a sua reprodução ou posterior confecção de novas peças está proibida, salvo no caso do cliente pagar por uma nova peça.

Outro elemento que deve estar coberta na proposta com relação aos Direitos Autorais diz respeito às cópias de seu projeto por outras pessoas. Quem já não presenciou um cliente com uma revista nas mãos dizendo que quer exatamente aquela sala? Pois é, isso é o mesmo que pirataria de CDs e DVDs. E você tem a obrigação de esclarecer o seu cliente quanto a isso. Caso seja feita a sala que ele quis e o autor real do projeto fique sabendo, você correrá um sério risco de ser processado por cópia não autorizada. Assim como esse dispositivo contratual atestará que o projeto em questão é de sua autoria, foi gestado, criado e desenvolvido por você e, caso alguém venha a copia-lo, você estará no direito de processar quem o copiou.

Um bom texto para leitura sobre o assunto encontra-se neste link.

9 – Elementos preliminares:

Aqui nesta parte você deverá definir as bases necessárias para que o trabalho seja iniciado e tenha o andamento perfeito.

É aquela parte das obrigações do contratante (cliente) e do contratado (você) e das disposições iniciais.

Nas iniciais temos a geração do brieffing, entrevista e programa de necessidades que são fundamentais para qualquer início de trabalho.

Já nas obrigações deve constar tudo que o contratante deverá cumprir para que você tenha condições de realizar o trabalho com segurança como, por exemplo: entrega das plantas baixas e todos os documentos necessários, contratação de outros profissionais quando necessário, não intervenção “in loco” na obra sem o seu consentimento, pagamento das despesas já descritas na proposta e outras que porventura venham a ocorrer, entre outras coisas mais.

Já da sua parte entram elementos como a correta observância dos prazos, atendimento às necessidades, indicação (lista) e mediação na contratação de profissionais, lojas e fornecedores, assumir a responsabilidade técnica, autoria e acompanhamento da execução da obra entre outras coisas.

10 – Disposições finais:

Aqui entram os dispositivos de encerramento da proposta como por exemplo:

– A não criação de vínculo empregatício entre contratante e contratado;

– “De Acordo” – especificação de como funciona este dispositivo;

– rescisão, interrupção, transferência da obra;

– multas;

– custos de trabalhos extras – aqueles que não estão contemplados nesta proposta;

– outros assuntos pertinentes.

Aqui também deve entrar a cláusula compromissória que é aquela que elege o foro legal. Como já coloquei em outros posts, procure utilizar as Câmaras de Mediação e Arbitragem como a que eu uso em meus contratos:

“As partes elegem o TRIBUNAL DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO PARANÁ, CÂMARA DE LONDRINA, como órgão do INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL, com sede na Avenida Bandeirantes, nº116, Londrina, Estado do Paraná, CEP:86.020-010, para solução de toda e qualquer dúvida ou controvérsia resultante do presente contrato ou a ele relacionado, de acordo com as normas de seus regulamentos, renunciando expressamente a qualquer outro foro por mais privilegiado ou especial que seja.”

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11 – Aprovação da proposta:

É a parte final onde devem constar:

– texto que o contratante ateste estar de acordo com as clausulas e condições do contrato/proposta;

– a data e local da assinatura da proposta;

– todos os dados do contratante e sua assinatura;

– todos os dados do contratado e sua assinatura;

– dados e assinaturas das testemunhas (quando houver)

As assinaturas vão na última página mas todas as páginas devem ser rubricadas por você e pelo cliente. Depois disso feito, é só fazer o registro – ou reconhecimento de firma – em cartório do contrato/proposta e mandar ver no projeto e na execução da obra posteriormente.

Um outro detalhe é que se você não possui papel timbrado não se esqueça de usar o rodapé para indicar o seu endereço, telefones para contato, e-mail, site, etc.

Até que enfim um concurso público com vagas para Designers!

Tudo bem que terão outras áreas concorrendo à mesma vaga, mas o simples fato de estar presente no edital a exigência da formação em Design já é um grande passo!
As inscrições encerram-se dia 22/03 às 20hs.

Fica aqui o recnhecimento deste importante passo da APEX em prol do Design!!!

Parabéns à APEX!!!

AGÊNCIA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES DO BRASIL (Apex–Brasil)
PROCESSO SELETIVO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO RESERVA EM EMPREGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL MÉDIO

A jornada de trabalho para todos os empregos é de 40 (quarenta) horas semanais.
Os contratados pelo presente Processo Seletivo Público cumprirão período de experiência de 90 (noventa) dias e os contratos serão regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
As provas do processo seletivo público serão realizadas nas cidades de Brasília/DF, Manaus/AM, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP.

2.3.3.7. ANALISTA DE GESTÃO E NEGÓCIOS – PROJETOS SETORIAIS (CÓDIGO 207)
2.3.3.7.1. NÚMERO DE VAGAS: 1 (uma) vaga e formação de cadastro reserva.
2.3.3.7.2. REQUISITOS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível superior e/ou graduação em Administração, Comércio Exterior, Economia, Engenharia, Direito, Gestão Ambiental, Ciências da Computação, Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, Turismo, Design ou Relações Internacionais, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação, ou outro documento com mesmo valor legal, e registro no respectivo conselho de classe, se for o caso.
2.3.3.7.3. REQUISITOS DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: experiência mínima de 6 (seis) meses completos em gestão de projetos de desenvolvimento industrial, econômico ou de comércio exterior.

2.3.3.8. ANALISTA DE GESTÃO E NEGÓCIOS – PROJETOS ESPECIAIS (CÓDIGO 208)
2.3.3.8.1. NÚMERO DE VAGAS: 3 (três) vagas e formação de cadastro reserva.
2.3.3.8.2. REQUISITOS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível superior e/ou graduação em Administração, Comércio Exterior, Economia, Engenharia, Direito, Gestão Ambiental, Ciências da Computação, Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, Turismo, Design ou Relações Internacionais, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação, ou outro documento com mesmo valor legal, e registro no respectivo conselho de classe, se for o caso.
2.3.3.8.3. REQUISITOS DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: experiência mínima de 6 (seis) meses completos em gestão de projetos de desenvolvimento de produtos ou serviços para comércio exterior ou eventos internacionais.

2.3.3.9. ANALISTA DE GESTÃO E NEGÓCIOS – PROJETOS DE IMAGEM E ACESSO A MERCADOS (CÓDIGO 209)
2.3.3.9.1. NÚMERO DE VAGAS: 2 (duas) vagas e formação de cadastro reserva.
2.3.3.9.2. REQUISITOS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível superior e/ou graduação em Administração, Comércio Exterior, Economia, Design, Arquitetura, Engenharia, Direito, Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas ou Publicidade e Propaganda, Informática ou Relações Internacionais, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação, ou outro documento com mesmo valor legal, e registro no respectivo conselho de classe, se for o caso.
2.3.3.9.3. REQUISITOS DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: experiência mínima de 6 (seis) meses completos em marketing internacional, publicidade, relações públicas, comércio exterior, pesquisa de percepção, administração da marca e comunicação integrada ou eventos internacionais.

Classe  Nível       Requisitos                                                                                  Salário (R$)
I                 1           Graduação + 6 meses de experiência profissional      4.971,04
I                 2          Graduação + 1 ano de experiência profissional            5.301,37
I                 3          Graduação + 2 anos de experiência profissional          5.653,65
II               1          Graduação + 3 anos de experiência profissional          6.029,33
II               2         Graduação + 4 anos de experiência profissional          6.429,98
II               3        Graduação + 5 anos de experiência profissional          6.857,25
II               4       Graduação + 6 anos de experiência profissional           7.312,92
III             1       Pós-Graduação + 7 anos de experiência profissional  7.798,86

DA INSCRIÇÃO NO POSTO DE ATENDIMENTO PRESENCIAL
PERÍODO: de 1 a 15 de março de 2009 (exceto sábados, domingos e feriados).
LOCAL: Central de Atendimento ao Candidato da Fundação Universa, localizada na SGAN 609 Módulo A, Asa Norte, Brasília/DF.
HORÁRIO: das 10 (dez) horas às 17 (dezessete) horas, ininterrupto.
Para efetuar a inscrição no posto, o candidato deverá:
a) preencher e entregar o formulário de inscrição com os dados pessoais (nome, endereço, CEP, telefone(s) para contato, número de documento de identidade e número do CPF);
b) receber da Fundação Universa comprovante provisório de inscrição e o boleto de cobrança para pagamento na rede bancária;
c) encaminhar-se a uma agência bancária munido do boleto de cobrança correspondente e efetuar o pagamento da taxa de inscrição; a data de vencimento do boleto bancário é 16 de março de 2009.
O pagamento da taxa de inscrição sem a devida entrega do formulário de inscrição no posto de atendimento presencial acarretará o indeferimento da inscrição do candidato.

DA INSCRIÇÃO VIA INTERNET
Será admitida a inscrição via internet, no endereço eletrônico http://www.universa.org.br, solicitada no período entre 8 (oito) horas do dia 1 de março de 2009 e 20 (vinte) horas do dia 15 de março de 2009, observado o horário oficial de Brasília/DF.
A Fundação Universa não se responsabilizará por solicitação de inscrição via internet não recebida por motivos de ordem técnica dos computadores, falhas de comunicação, congestionamento das linhas de comunicação, bem como outros fatores de ordem técnica que impossibilitem a transferência de dados.
O candidato que desejar realizar sua inscrição via internet poderá efetuar o pagamento da taxa de inscrição por meio de boleto bancário, pagável em toda a rede bancária.
O boleto bancário estará disponível no endereço eletrônico http://www.universa.org.br e deverá ser impresso para o pagamento da taxa de inscrição após a conclusão do preenchimento da ficha de solicitação de inscrição on-line.
O pagamento da taxa de inscrição por meio de boleto bancário deverá ser efetuado até o dia 16 de março de 2009.

As inscrições efetuadas via internet somente serão acatadas após a comprovação de pagamento da taxa de inscrição.
O candidato inscrito via internet não deverá enviar cópia de documento de identidade, sendo de sua exclusiva responsabilidade a correção e a veracidade dos dados cadastrais informados no ato de inscrição, sob as penas da lei.
Informações complementares acerca da inscrição via internet estarão disponíveis no endereço eletrônico http://www.universa.org.br.

ANEXO I – DOS OBJETOS DE AVALIAÇÃO

1. CONHECIMENTOS BÁSICOS
1.1. LÍNGUA PORTUGUESA: 1. Compreensão, interpretação e reescrita de textos e de fragmentos de textos, com domínio das relações morfossintáticas, semânticas, de redação e argumentativas. 2. Tipologia textual. 3. Coesão e coerência. 4. Ortografia oficial. 5. Acentuação gráfica. 6. Pontuação. 7. Formação, classe e emprego de palavras. 8. Significação de palavras. 9. Coordenação e subordinação. 10. Concordância nominal e verbal. 11. Regência nominal e verbal. 12. Emprego do sinal indicativo de crase.
1.2. RACIOCÍNIO LÓGICO: 1. Compreensão de estruturas lógicas. 2. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. 3. Diagramas lógicos. 4. Fundamentos de matemática. 5. Princípios de contagem e probabilidade. 6. Arranjos e permutações. 7. Combinações.
1.3. CONHECIMENTOS GERAIS: 1. Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como: comércio exterior, desenvolvimento sustentável, ecologia, tecnologia, energia, política, economia, sociedade, relações internacionais, educação, segurança e artes e literatura e suas vinculações históricas.
1.4. LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA: 1. Lei nº 10.668, de 14/5/2003, e alterações posteriores. 2. Decreto n° 4.584, de 05 de fevereiro de 2003. 3. Estatuto Social da Apex-Brasil. 4. Regulamento de Licitações e Contratos da Apex-Brasil. 5. Regulamento de Convênios da Apex-Brasil.
1.5. LÍNGUA INGLESA: correção gramatical; compreensão textual; organização e desenvolvimento de idéias; qualidade da linguagem.

2. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
2.9. ANALISTA DE GESTÃO E NEGÓCIOS – PROJETOS SETORIAIS (CÓDIGO 207). 1. Formação econômica do Brasil (macroeconomia, economia nacional e internacional). 2. Comércio exterior (processo de exportação e importação). 3. Marketing internacional (promoção internacional). 4. Desenvolvimento industrial e econômico do Brasil (conhecimento do setores produtivos). 5. Políticas públicas e desenvolvimento tecnológico (conhecimento das prioridades governamentais). 6. Reestruturação produtiva no Brasil. 8. Organização dos setores produtivos brasileiros. 9. Políticas públicas de incentivo a exportação. 10. Planejamento Estratégico. 11. Entes que prestam apoio ao comércio exterior. 12. Gestão de Projetos. 13. Língua espanhola: correção gramatical; compreensão textual; organização e desenvolvimento de idéias; qualidade da linguagem.

2.10. ANALISTA DE GESTÃO E NEGÓCIOS – PROJETOS ESPECIAIS (CÓDIGO 208). 1. Potencialidades econômicas estaduais e regionais do Brasil. 2. Economia nacional e internacional. 3. Comércio exterior (entes ligados ao comércio exterior federais, estaduais e de classe, instituições que prestam apoio ao comércio exterior, logística). 4. Marketing internacional (publicidade, propaganda, promoção e distribuição). 5. Políticas públicas de incentivo a exportação. 6. Relações Públicas. 7. Técnicas de negociação internacional. 8. Língua espanhola: correção gramatical; compreensão textual; organização e desenvolvimento de idéias; qualidade da linguagem.

2.11. ANALISTA DE GESTÃO E NEGÓCIOS – PROJETOS DE IMAGEM E ACESSO A MERCADOS (CÓDIGO 209). 1. Marketing internacional (trade marketing, estratégias de marketing, mídias de acesso ao mercado). 2. Noções de comunicação social e relações públicas. 3. Economia de mercado. 4. Comércio exterior. 5. Geografia humana e econômica. 6. História social e política do Brasil e do mundo. 7. Pesquisa de percepção, administração da marca e comunicação integrada e suas ferramentas. 8. Planejamento Estratégico. 9. Língua espanhola: correção gramatical; compreensão textual; organização e desenvolvimento de idéias; qualidade da linguagem.

Maiores informações e Edital completo: clique aqui

Vantagens da luz – LD

Uma das grandes vantagens em contratar um profissional de Light Design, por um profissional devidamente capacitado e habilitado, é o aproveitamento da plasticidade e, dependendo dos equipamentos utilizados, o lado mutável, ilusório, lúdico que a luz é capaz de nos proporcionar.

Colocar-se diante do mercado, dizendo-se ser, como um Lighting Designer hoje em dia é fácil graças à web. Nela encontramos facilmente as características, fundamentos, discursos e entrevistas de profissionais reconhecidos e que ao lê-las, muitos acabam incorporando no seu discurso no dia a dia profissional. É o caso do trabalho em cenas de luz. Hoje não se ilumina mais um ambiente mas sim as possíveis cenas que nele podem ser montadas.

Porém, o grande diferencial entre um Light Designer e um iluminador é o seu conhecimento técnico e as aplicações não comerciais/comuns/usuais que vemos infinitamente repetidos nos projetos por aí. É a capacidade de leitura dos espaços, adaptar equipamentos, criar novos equipamentos quando necessário.

Muitas vezes, um projeto que um iluminador iria surtar para resolver além de ter um alto custo, um Light Designer consegue resolver num piscar de olhos. Observe as imagens abaixo da mesma fachada:

Perceba que não foi feita alteração alguma nesta fachada. Provavelmente, se um iluminador comum tivesse pego este projeto o cliente teria um alto custo com instalações elétricas, muitas luminárias espalhadas pelo plano, alto consumo energético e, muito provavelmente, ela se pareceria e muito com as fachadas vizinhas.

Já o Light Designer consegue ver além da fachada, colocar a sua pincelada artística e aplicar conceitos e equipamentos que para um iluminador comum é dificil conceber pela simples razão dele desconhecer equipamentos e aplicações.

Taí o que foi usado para esta fachada. Dois projetores de imagens, ligados a um software e só.

 

GRÁTIS!!! – Logotipos, ilustrações e artes!

“Não me peça para dar a única coisa que eu tenho para vender”
(Cacilda Becker)

Aposto que a palavra GRÁTIS do título chamou a atenção, não é? Ah, eu sabia! Essa palavra é mágica! Receber algo bacana sem pagar nada por isso deve ser muito bom…

Nós, designers, (bota aí também os ilustradores e artistas) adoramos o que fazemos. Ninguém entra nessa área sem ter, no mínimo, muuuita paixão pelo que faz (particularmente, além da paixão, tenho um tesão indecente pelo design e um amor quase doentio por fazer arte, desenhar, criar e projetar). Isso leva muitas pessoas a confundir trabalho com prazer.

Nesses quase 23 anos de atuação profissional através do meu próprio estúdio, perdi a conta de quantos clientes, amigos e desconhecidos (!) me pediram logotipos, ilustrações, artes, ‘desenhinhos’ ou ‘pequenos favores’ de graça. A maioria foi delicadamente recusada mas, confesso aqui publicamente meus pecados: já atendi alguns desses pedidos… Tá legal, vou falar a verdade… Já atendi VÁRIOS desses pedidos! (tenho culpa de ter muitos ‘amigos’?) Mas também tenho de dizer que, depois de longo ‘tratamento’  já estou quase curado dessa incômoda patologia!

E, não estou falando de filantropia, pois quando identifico trabalhos sociais bem intencionados, faço questão de atender e ajudar. Falo de pedidos sem remuneração, feitos para atender necessidades pessoais, comerciais e corporativas. Coisa que vai gerar retorno, seja de imagem, de público ou até mesmo financeiro (lucro, grana, dinheiro!!!).

Ao longo desses anos, esses pedidos assumiram as mais variadas formas e vieram disfarçados sob os mais diversos argumentos.
Seguem os mais comuns:

> Não precisa ter pressa… Quando você tiver cinco minutinhos sobrando você faz…
> No momento a grana está curta, mas assim que der retorno a gente acerta!
> Faça esse trabalho de graça e no próximo eu nem pergunto o preço!
> Pagar eu não posso, mas vou divulgar seu nome para todo mundo!
> Você poderá divulgar seu nome junto com o desenho ou colocar sua assinatura na arte!
> Isso pra você é moleza…
> Tenho um amigo que faz de graça mas quero dar a oportunidade para você!
> É uma parceria: você faz de graça agora e ganha lá na frente!
> Faça uns esboços. Se eu gostar a gente acerta um preço.
> Não precisa ser nada muito caprichado…
> Faz aí depois a gente acerta!
> Ah, mais isso é diversão para você! Você faz brincando! (Vai dizer isso para uma ‘profissional do sexo’ para ver o que ela responde…).

Todas essas frases e pedidos me levam a acreditar que essas pessoas que pedem coisas de graça acham que:

> Eu não me alimento, não tenho contas para pagar e meu carro é abastecido com ar.
> Meus softwares são de graça e recebo meus computadores e equipamentos como doação.
> Minha conexão de internet é feita através de telepatia.
> Eu desenho por diversão, crio logotipos por prazer e projeto coisas apenas para ocupar o tempo.
> As idéias nascem na cabeça por geração espontânea.
> O Governo não me cobra impostos.
> Acho livros e material de pesquisa na rua (além de não me cobrarem ingressos em exposições e eventos).
> Recebi uma herança (grana pra nunca mais ter de trabalhar!) e resolvi virar uma espécie de ‘Madre Tereza de Calcutá’ do design e da arte, fazendo apenas caridade…
> Meus fornecedores mandam um enorme carregamento de tintas, pincéis e telas todos os meses (de graça!!!) para o estúdio.
> Meu dentista, meu contador, minha faxineira e todos aqueles que prestam serviços para mim, trabalham por prazer, sem cobrar um centavo!

No ‘mundo real’, porém, a matéria prima do meu trabalho é uma equação muito bem balanceada. Ela é composta de TEMPO (um bem muito precioso!), IDÉIAS (fruto de mais de 30 anos de estudo e uma vida inteira de experiências), PROFISSIONALISMO (coisa rara nos tempos atuais) e CONHECIMENTO (resultado de todos os trabalhos feitos até hoje e de MUITA pesquisa).
Isso tudo tem um valor. O valor que, quando é pago, reverte em benefícios enormes para quem me contrata, gerando muito retorno institucional e financeiro.

Design e arte não são caros. A forma com que se investe neles (pagando por eles) é diretamente proporcional ao grau de seriedade que uma pessoa tem em relação ao seu empreendimento, seu pequeno negócio e sua própria imagem.

(Copyright – Morandini 2008)
www.morandini.com.br

Declaração para a Instituição Oficial da Profissão do Designer de Iluminação de Arquitetura

Em 27 de outubro de 2007, na cidade de Londres, Inglaterra, na sessão plenária da PLDC – The Professional Lighting Design Convention – Foi aprovada e proclamada a “Declaração para a Instituição Oficial da Profissão do Designer de Iluminação de Arquitetura”

O texto em língua portuguesa encontra-se abaixo e na coletância de arquivos do Laboratório de Iluminação, endereço http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Diversos/Declaracao_portugues_01.pdf
O endereço do site da PLDA – Professional Lighting Designers’ Association é o http://www.pld-a.org/31.0.html

Declaração para a Instituição Oficial da Profissão do Designer de Iluminação de Arquitectura.

Reconhecida e declarada em Sessão de Plenário da Convenção de Design de Iluminação Profissional (PLDC), em Londres, Reino Unido, a 27 de Outubro de 2007. A 27 de Outubro de 2007, a sessão de plenário da PLDC (a Convenção de Design de Iluminação Profissional) reconheceu e anunciou a Declaração para a Instituição Oficial da Profissão do Designer de Iluminação de Arquitetura, conteúdo que consta no seguinte texto. No seguimento deste marco histórico, a sessão de plenário apela a todas as associações, organizações e publicações, directa e indirectamente relacionadas com a Iluminação, para que divulguem o texto da Declaração, e para que a publicitem junto de todas as instituições educativas, escolas dos diversos ramos do Design e dos cursos de Arquitetura e Engenharia, bem como junto dos respectivos membros dessas associações e instituições.

Prefacio
Reconhecido que está, que são as qualidades especificas, o conhecimento e o saber, a perícia e a experiencia que constituem a instituição da profissão; Visto que o conhecimento sobre Luz e Iluminação, sobre as suas ferramentas, o seu controlo e manipulação se desenvolveu de forma complexa e diversificada; Reconhecido que está, que o impacto que a Luz tem nos seres humanos é do elementar senso comum, e que tem hoje bem mais ramificações para alem da área visual e perceptiva, complexa esta à partida; Visto que as responsabilidades daqueles que lidam com o Design e a especificação de Iluminação para o ambiente humano se desenvolveram de forma muito significativa, Assim e consequentemente, a Sessão de Plenário da Convenção de Design de Iluminação Profissional anuncia que a Declaração para a Instituição Oficial da Profissão do Designer de Iluminação de Arquitetura é um facto a ser oficializado por cada um dos Governos Nacionais e por todas as instituições internacionais que lidem com o reconhecimento de profissões e actividades independentes.

Artigo 1
O Design de Iluminação é a arte e ciência de Iluminar o ambiente humano. Designers de Iluminação são aqueles profissionais que têm a capacidade de aplicar esta arte e ciência a projectos, ajudando ao sucesso destes.

Artigo 2
O Design de Iluminação é uma profissão e uma disciplina distinta de todas as outras da área da Arquitectura, do Design de Interiores e de Equipamento, do Paisagismo, do Urbanismo bem como da Engenharia Electrotécnica.

Artigo 3
Os Designers de Iluminação são parte integrante do desenvolvimento do projecto de Arquitectura. Estes cooperam coordenando a sua actividade profissional junto das outras especialidades relevantes no mesmo projecto, actuando como garante do seu sucesso integral.

Artigo 4
Os Designers de Iluminação são responsáveis pelo design de uma parte do ambiente humano e assim responsáveis pela forma como esse mesmo design é apresentado e pelas suas consequências sobre o design de terceiros. São responsáveis pelo bem-estar das pessoas que usufruem destes espaços submetidos ao processo de design, pelo garante da forma adequada como se deverão sentir nestes espaços, pela eficácia dos utilizadores em levar a cabo tarefas de elevada exigência visual, bem como pela garantia de segurança, todas estas dentro dos limites de influencia que uma Iluminação submetida ao processo de design oferece, ao espaço e aos seus usuários, ou aos objectos iluminados e os seus utilizadores.

Artigo 5
Os Designers de Iluminação são tidos com responsáveis pela sustentabilidade do seu projecto de design.

Artigo 6
Os Designers de Iluminação não são parte da cadeia de fornecedores de um projecto de arquitectura, no entanto, estes tem uma forte ligação a este processo. Os Designers de Iluminação cooperam com todos os intervenientes desta cadeia, desde fabricantes, empreiteiros, representantes oficiais e instaladores, dentro dos limites do seu código de ética, com o objectivo de fazer beneficiar o utilizador final, o cliente e o projecto na sua totalidade.

Artigo 7
O Design de Iluminação tem todas as qualificações exigidas para o seu reconhecimento oficial. Este é leccionado a nível académico, é composto por massa critica de profissionais que o praticam, é sujeito a códigos de deontologia bem como a uma pratica profissional efectiva.

 

ABIL – Associação Brasileira de Iluminação

A ABIL – Associação Brasileira de Iluminação – é uma associação de cunho cultural e social criada para estimular o conhecimento da história da luz e divulgar a produção mundial das técnicas e arte de iluminar, priorizando a conservação de energia.

As ações da ABIL buscam orientar os profissionais e o público a utilizar os conceitos de uma melhor qualidade de vida por meio da iluminação adequada, respeitando o meio ambiente e economizando energia. Isto se aplica de maneira global, visando oferecer soluções em iluminação dentro de um conceito novo de urbanismo no qual o ser humano e o cidadão serão contemplados.

Entre as metas para 2008 estão a ampliação da atuação da associação no mercado e do número de associados, e enfatizar os projetos sociais promovidos pela associação tais como o ‘Luz Solidária’.

http://www.abil.org.br/