Vai nessa onda de “como fazer” vai…

(Texto publicado originalmente no facebook como nota em meu perfil, no dia 18 de março de 2011 às 17:05hs. Me esqueci de postar aqui)

Como são as coisas….

Ainda ha pouco antes de sair pra uma obra comentei no TT que os blogs, sites e revistas de decoração e design deveriam parar com a mania estúpida de soltar matérias de “como fazer/comprar/etc” uma vez que atingem o público leigo no assunto construção/reforma/etc e deveriam sim passar a publicar materias do tipo “saiba porque voce DEVE contratar um profissional habilitado para tais coisas”…

Numa das minhas atuais obras tem uma casa na frente que  estaVA em obras até a semana passada. E não é qualquer casinha em um bairro qualquer não.

Pois bem, tinha um pedreiro lá na casa da frente que tentou de todas as maneiras pegar o trabalho na minha obra.

Só que percebi de cara que não tinha placa alguma na obra dele, deduzi então que não havia um profissional na área…

Quando entramos na casa para eu conhecer o espaço da minha obra, o danado abandonou a obra dele lá e veio junto pois meu cliente tinha comentado com ele dias atrás que tinha comprado a casa e iria iniciar a reforma.

Pois bem, ele na nossa cola, não me deixava conversar com meu cliente. Interfiria em tudo.

Até que chegou um ponto em que eu comentei que provavelmente não seria tão simples a abertura de uma parede enorme para fazer uma cozinha americana dada a espessura da parede: tinha visualmente todas as caracteristicas de alvenaria estrutural e, mesmo que não tivesse seria necessária a contratação de um engenheiro para lidar com a parte estrutural.

Nisso o cara surtou e disse:

Que é isso, eu ja tenho anos de experiência. Se o senhor (cliente) me contratar, segunda mesmo já entro na obra e meto a marreta onde o senhor quiser, abro as paredes que o senhor quiser“.

Fiquei olhando atônito a cena e comentei com meu cliente que não era tão simples assim ainda mais que a construção estava parada ha mais de 18 anos, no reboco e estava cheia de infiltrações. Portanto, necessitariamos pegar um engenheiro estrutural para fazer uma análise do caso de verificar as possibilidades.

O pedreiro caiu na gargalhada e soltou pro meu cliente:

Tá vendo? Vai contratar esse tipo de gente pra tua obra e eles só te fazem gastar grana com coisa idiota. Eu já tenho anos de experiência, cansei de derrubar paredes e nunca tive problema algum.

Meu cliente percebeu que eu já estava nervoso e me chamou para irmos embora e conversar em outro lugar. Paramos na próxima esquina mesmo e falei que eu não sabia nem o que dizer diante de tamanha afronta e absurdo. Não é a toa que vemos casas e mais casas nas vilas despencando. Ele me pediu para chamar o engenheiro.

Chamei um amigo meu que já tem mais de 20 anos de experiência e fomos lá na obra. Quando entramos, o danadinho veio correndo lá da casa da frente e entrou junto (intrometido é pouco!), dessa vez munido de sua trena (provavelmente pra demonstrar alguma credibilidade, sei lá) e já entrou medindo ate pedrinhas que tinham no chão…

E eu tentando conversar com o engenheiro que foi categórico:

Não dá. Pra fazer estas alterações terá de gastar muito com a parte estrutural que terá de ser refeita, colocar várias vigas metálicas “I”, levantar colunas… e o orçamento está apertado demais para isso.”

O pedreiro caiu na gargalhada e chamou o meu amigo engenheiro de ignorante, que não sabe de nada…

Tive de segurar meu amigo pra porrada não rolar, claro. E pedir pro pedreiro sumir dali.

Depois fui com meu cliente explicar tudo o que o engenheiro tinha falado e adivinhem?

É… o fidaputinha veio na cola de novo… E já entrou praticamente com contrato numa mão e a marreta na outra.

Como eu já tinha explicado pro  meu cliente antes de chegar à casa tudo o que o engenheiro tinha falado e o que tinha rolado com o pedreiro, meu cliente resolveu então dar mais 5 minutos de chance, até que, ao ver que ele não me respeitava como profissional responsável pela obra e tampouco as vontades do próprio cliente pois ficava dando idéias de coisas pra fazer passando por cima de meu projeto e das vontades do cliente, meu cliente deu um passa fora no canalha.

Tudo bem e tranquilo então, conseguimos um outro com quem já trabalhei antes e fechamos o contrato para a obra.

Hoje fui lá para acompanhar o eletricista (credenciado junto ao CREA tá linguarudas) que tinha de deixar preparada a entrada para a Copel (pois nem isso tem na casa) e vejo a obra da casa da frente parada.

Nisso uma vizinha apareceu, puxou conversa e descobri que o dono da obra da frente tinha mandado o cara embora na porrada dias atras… Motivos?

1- 12 (DOZE) esquadrias novas da Sasazaki colocadas todas tortas, fora de prumo, algumas até ficaram danificadas e outras que não abriam ou “enroscavam”….

2 – pisos da Portobelo, Gyotoku e outras mais caras desperdiçados pois foram colocados que nem o >*< do pedreiro seguindo a paginação que ele achava mais correta – do total da área mais os 15%, ele conseguiu fazer faltar pisos.

Moral da história???

Bem feito!!!

Quem mandou não contratar um profissional habilitado para fazer o projeto ou acompanhar a obra.

Fica entrando na onda dessas revistas, sites e blogs que “ensinam como fazer” tem de se ferrar mesmo!!!!

Nisso o dono da obra da frente chega e, me vendo, me chama e diz: “vem ver uma coisa“. E entrei na tal obra.

Gézuiiiiiiiiiiiiiz!!!

O cara além de incompetente é altamente porco no serviço.

Saímos da casa e o cara falou: “vou precisar conversar com você depois ok?

Ok! Pensei: Tudo bem, mas veja se dessa vez me contrata e siga as minhas especificações. Prejuízo você já levou e não tem como voltar atrás.

Fica então o alerta para os meus seguidores, leitores e amigos:

Não se meta a fazer algo só porque essa ou aquela revista botou um “como faz” (Do It Yourself – DIY) ou porque você acha que tem bom gosto o suficiente para fazer a obra sem o acompanhamento de um profissional habilitado.

As coisas não são tão simples assim.

Tem muita coisa técnica envolvida num projeto que, pedreiros, por mais que tenham 1.000 anos de experiência não entendem. Tem de ter o profissional ali do lado acompanhando e explicando exatamente para eles não o “como faz”, mas sim o “como faz corretamente”.

#FicaDica

——–Nota pós publicação———

Não fui mais contatado pelo dono da casa após isso. No entanto, segundo a mesma vizinha, a esposa dele assumiu o “acompanhamento da obra”. Enquanto eu acompanhava a minha obra, presenciei várias discussões e o troca troca de pedreiros lá. Acabaram terminando a obra de qualquer jeito e o sonho de ir morar na casa desmantelou-se, pois venderam a casa.

Sobre tendências, revistas, cópias e o “eu” do cliente

Hoje acompanhando meu facebook vi uma postagem da Maria Alice Miller com o link para um texto da Danuza Leão. Fazia tempo que não lia nada dela e, como sempre gostei, fui ver do que se tratava. E não é que ela continua sempre acertando na “boca do estômago” de uns e outros por aí???

Pois bem pessoal, segue então o texto. Sugiro que leiam duas vezes:
1) leitura normal
2) transfira tudo isso para as nossas áreas. Ex: quando ela fala do sapato, imaginem no lugar aquele pendente “da moda” ou outras coisas comuns de vermos por aí.
Volto na sequência.

“Danuza Leão tem razão. Olha o texto que escreveu…
Há muito, muito tempo, bacana era ser nobre; começava pela rainha, depois vinham as duquesas, condessas, marquesas etc. O tempo passou, cabeças foram cortadas, e os novos ricos foram os herdeiros, digamos assim, do que era a elite da época.
O tempo continuou passando; vieram os grandes industriais, os empresários, os donos de supermercado, os bicheiros, os marqueteiros, a indústria da moda, até mesmo os políticos, houve os yuppies e surgiu uma curiosa casta nova: a das celebridades. Desse grupo fazem parte atores de televisão, personagens da vida artística, jogadores de futebol, pagodeiros, sertanejos etc., e começaram a pipocar dezenas de revistas cujo objetivo é mostrar a intimidade dessas celebridades, contando os detalhes da vida (ou morte) de princesa Diana, Madonna ou Michael Jackson.
Quanto mais íntimos e escabrosos, melhor. Nesse admirável mundo novo, a moda tem uma enorme importância, e nesse quesito o que conta -mais que a elegância e o bom gosto- é saber de que grife é cada peça que está sendo usada; quanto custou cada uma todos sabem, já que são tão cultos. Um pequeno detalhe: quando duas celebridades se encontram, mesmo que nunca tenham se visto, se cumprimentam efusivamente.
Antes, muito antes, era diferente: um nobre, mesmo pobre, era respeitado por suas origens, pelo que teria sido feito por algum de seus antepassados. Mais tarde, os homens de negócios eram admirados por sua inteligência, sua capacidade em construir alguma coisa importante na vida. Agora as pessoas são definidas por símbolos, a saber: onde moram, a marca do sapato, da saia, da jaqueta, da bolsa, do relógio, do carro, se têm ou não Blackberry, para onde costumam viajar, em que hotéis se hospedam, a marca de suas malas, que restaurantes frequentam, aqui e quando viajam. Ninguém tem coragem de arriscar férias em um lugar novo, um restaurante que não é famoso, usar uma bolsa sem uma grife facilmente identificável.
Mas quem responder de maneira certa às tais indagações poderá, talvez, ser aceito na turma das celebridades. Acordei hoje falando muito do passado; acontece, vou continuar. Houve um tempo em que mulheres do maior bom gosto apareciam com uma bonita saia e uma amiga dizia “que linda, onde você comprou?”.
Hoje, isso não existe mais, porque as pessoas -aquelas- não usarão jamais uma única peça de roupa que não seja grifada. Outro dia fui a um jantar em que havia umas 40 pessoas, sendo 20 mulheres. Dessas 20, dez usavam sapatos Louboutin, aquele que tem a sola vermelha. Preço do par, em São Paulo: R$ 10 mil. Estavam todas iguais, claro, mas o pior é ser avaliada e aceita pela cor da sola do sapato; demais, para minha cabeça.
O prazer -e o chique, a prova da capacidade de improvisar- era botar uma roupa bonita comprada em um mercado qualquer de Belém, Marrakech ou Istambul, e ser diferente. Hoje é preciso mostrar que folheou a revista que tem a informação do que está na moda e que tem dinheiro para comprar. E os jogadores de futebol e os pagodeiros, que não aprenderam o que é bonito na infância, porque eram pobres, nem na vida adulta, porque não deu tempo, olham as revistas, entram no Armani e fazem a festa, já que são também celebridades.
Não há mais lugar para a imaginação, a criatividade, para uma sacada de última hora, que faz com que uma determinada mulher seja a mais especial da noite. Eu não frequento este mundo, mas de vez em quando esbarro nele sem querer, e é difícil.
Um mundo de clichês; mas como tudo passa, estou esperando a hora de acordar e pensar que essa época não passou de um pesadelo”.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/chris-mello/2010/06/10/danuza-leao-tem-razao-olha-o-texto-que-escreveu/

Voltei.

Então, perceberam as semelhanças disso tudo com a nossa atuação profissional junto à alguns clientes? Também junto à algumas revistas tidas como referência ou “a melhor ou maior” no assunto? Perceberam a futilidade das tendências eliminando a autenticidade e identidade individual?

Já escrevi aqui sobre tendências e aqui e aqui e aqui sobre a péssima influência que estas revistas fazem junto ao mercado.

Repito: arquitetura e design não são meras roupas que podem ser trocadas baseadas em modismos e depois descartadas.

Ambas áreas devem considerar a identidade do cliente e este, por sua vez e em sua grande maioria, deve ter consciência que o projeto vai permanecer ali por um bom tempo devendo acolhe-lo, fazê-lo sentir-se confortável e num ambiente que reflita a sua personalidade, onde ele se identifique.

Não à toa que grandes redes hoteleiras estão investindo pesadamente em modelos (reformas) diferenciados de seus quartos para atender as características individuais de cada cliente. Cada quarto tem um projeto diferenciado, com estilo próprio (e até autores diferentes para cada um deles) e somente é indicado ao cliente após uma breve entrevista para perceber o estilo do mesmo. Isso se deve à grande reclamação dos clientes com relação aos hotéis: ambientes frios, despersonalizados e impessoais onde eles não conseguem se sentir “em casa”. Daí que tantas pessoas odeiam permanecer em hoteis por muito tempo. (eu mesmo não suporto mais que 2 dias).

Assim, ver nas revistas “da moda” as tendências ou fotos das casas das celebridades e querer trazê-las para dentro de nosso lar (ou de nossos clientes) é o pior caminho a ser trilhado pois certamente resultará num fracasso projetual em pouco tempo – assim que o usuário começar a conviver diariamente com aquele amontoado de coisas estranhas.

Devemos considerar que, quando uma celebridade (leia-se cheia da $$) mostra a sua casa nas revistas, ela contratou um profissional que projetou baseado no que ela é na verdade – dado que estas são narcisistas o suficiente para não copiar dos outros e sim impor o seu estilo – e não em cópias disso ou daquilo. Porém a mídia irresponsável (ah essa maldita novamente) acaba por vender o “eu” da celebridade como produto para o consumidor que, ávido por “estar na moda”, compra-os prontamente e só percebe o erro, depois de um tempo (ou pouco tempo) de uso e vê que aquele corpo estranho está mais atrapalhando e incomodando que ajudando.

Portanto, clientes e, especialmente, profissionais é hora de dar um basta nisso tudo.

Não é porque o lustre é da marca tal e custou uma fortuna que ele proporciona a melhor ou mais adequada luz.

Não é porque o sofá da Galisteu é lindo que ele irá atender às suas necessidades ergonômicas.

Não é porque fulano diz que a cor da moda é tal que esta irá refletir ou influir positivamente em seu organismo.

Isso me faz lembrar de uma vez quando eu lecionava em Curitiba quando, no intervalo, rolava na rádio da escola músicas do “É o Tcham”. Desci no pátio e vi uma multidão repetindo a coreografia com perfeição. Quando acabou comecei a bater palmas e diaer: “Parabéns!!! Parecem um bando de cachorrinhos poodles adestrados. Tosos fazendo a mesma coisa. Pula. Se faz de morto. Dá a patinha.” E soltei uma forte gargalhada.

Depois, em sala de aulas, alguns (poucos mas corajosos alunos) me questionaram sobre aquilo. Expliquei que a indústria de massa estava eliminando a identidade individual, formando um bando de seres cada vez mais parecidos uns com os outros onde até mesmo o simples ato de pensar diferente (ou ser) era motivo de bullying. Questionei do porque de quando se ouvia uma das musicas deles a obrigação (aceita socialmente) era ter de dançar exatamente como o grupo e não se podia mais “dançar como eu gosto ou como eu quero”. Eles conseguiram entender o recado e para a nossa alegria (professores e administradores da escola) percebemos grandes mudanças em vários alunos, até mesmo o aparecimento de novos (até então adormecidos) líderes.

Então, vamos parar de palhaçada???

Sejamos sensatos?

Sejamos nós mesmos e vamos respeitar o “eu real” do cliente e não o que ele acha que é ele apenas por estar na moda?

Se você se acha incapaz de fazer o cliente perceber isso, mude de profissão ou volte para a academia pois certamente esta parte de sua formação foi bastante falha.

LD: revistas online

Pessoal, existem muitas revistas online sobre lighting design. Não só revistas, mas também catálogos de fabricantes onde aprendemos muito sobre iluminação, luminárias, projetos, etc.

Já postei sobre algumas delas aqui no blog mas vale a pena relembrar e inserir novidades.

No entanto ressalto que, apesar destas trazerem “dicas” lembrem-se sempre:

Uma dica não o faz um LD e tampouco garante qualidade em seu projeto de iluminação.

Nunca tente “copiar” o efeito visto em algum lugar sem ter o conhecimento técnico específico sobre o assunto – isso vale para qualquer coisa na vida ok?

É para isso que existem os profissionais especializados e as parcerias profissionais.

Sim, bato de novo na velha tecla:

CADA MACACO NO SEU GALHO.

CADA UM NO SEU QUADRADO.

Só assim teremos um mercado ético, justo e respeitado.

Bom, descobri agora como colocar este tipo de material aqui no blog. Só não sei ainda como eliminar o texto HTML que aparece junto. Mas dá para vocês folhear e divertir-se.

Por hora vai ficando assim até que eu descubra como resolver esse probleminha ok?

Tenho certeza que será de grande ajuda para todos vocês.

Revistas de decoração – fotos e imagens podem realmente ajudá-lo a definir suas preferências e estilo?

Talvez você já tenha pensado sobre um determinado estilo para a reforma de algum dos ambientes de sua casa. Pode ser também que isso só ocorreu durante a visita à uma loja de móveis onde talvez você pôde obter algumas idéias ou ainda, folheando várias revistas de decoração*.

Então você entra na loja e encontra várias revistas que apelam para as suas – da loja – preferências de decoração (especialmente aquilo que está disponível em seu catálogo). À medida que percorre rapidamente as páginas, você começa a tirar mais idéias das fotos de ambientes e mobiliários de vários estilos distintos.

A obtenção de idéias para decoração em revistas é uma forma divertida de se obter o direcionamento que você precisa antes de consultar um Designer de Interiores/Ambientes, ou mesmo enfrentar uma reforma sozinho(a) – DIY – o que não recomendo a ninguém.

Se você quer reformar a sua casa ou apartamento inteiros ou apenas alguns dos cômodos com certeza não há de ser numa revista que vai encontrar o seu estilo de decoração. Revistas falam muito sobre tendências – que já escrevi sobre aqui – que são passageiras, são moda e não refletem a sua personalidade. Depois de pronto você acabará com ambientes despersonalizados e que não representam o seu eu e tampouco atendem realmente às suas necessidades.

Muitas pessoas sonham com a criação de um novo estilo para a sua casa, apartamento ou espaço de trabalho, mas elas se sentem desconfortáveis diante de tantas opções, e não sabem realmente qual estilo seguir ou como combinar as cores que preferem. Então passam anos visitando showrooms, lojas de móveis, e conversando com amigos sobre o que eles pretendem fazer um dia. Infelizmente, mesmo se elas têm um orçamento apertado ou até tomar as medidas efetivas, os planos para reformar um quarto ou outros ambientes dificilmente vai acontecer.

Em vez de procrastinar ou ficar adiando a decisão de reformar o seu espaço de vida ou de trabalho, talvez você possa encontrar consolo e ajuda quando se identificar com um estilo de sala ou a cor que você viu em uma revista de decoração. Sim, para você cliente que está pensando em reformar ou simplesmente dar um ar novo ao seu espaço elas são muito úteis. Vá coletando estas imagens e guardando-as numa pasta, como idéias. Então, quando você estiver pronto financeiramente para começar a colocar em prática seus planos, ele vai acontecer mais rápido desde que você já tenha feito a pesquisa e saiba exatamente o que você quer, se conheça um pouco mais.

Durante a conversa com o profissional de Design de Interiores contratado ficará mais fácil a conversa se você explicar os seus desejos através destas imagens coletadas. Mesmo que você goste de apenas um vaso na imagem de uma ampla sala, uma textura em outra imagem, uma cadeira ou mesa em outra. Através destes recortes de imagens o profissional já conseguirá traçar mais precisamente o seu perfil, o seu estilo e os seus sonhos.

O benefício de comprar revistas de decoração e arquitetura é que elas são uma fonte barata de inspiração e devido à variedade de estilos,  qualquer um pode encontrar uma idéia ou duas que irão minimizar as lutas anteriores – e interiores – para a reforma.

Mas não se esqueça, encarar uma reforma sozinho(a) – DIY – pode lhe trazer grandes frustrações e prejuízos financeiros e materiais.

Divirta-se, solte-se e viaje na seleção do que você mais gosta nas imagens das revistas, mas deixe a composição final nas mãos de um profissional.

Opte sempre pela contratação de um profissional devidamente habilitado em Design de Interiores. É a segurança de ter ambientes completamente projetados para atender às suas necessidades, ao seu gosto, estilo e bem estar.

* Aqui no Brasil ainda não existe uma revista especializada em Design de Interiores/Ambientes, infelizmente.

Do It Yourself (DIY) – perguntas a se fazer antes de começar uma reforma sozinho(a)

Para auxiliar os clientes a eliminar as frustrações na hora de se decidir a enfrentar um projeto de melhoria em casa sozinho(a) (Do It Yourself – DIY), ou contratar um profissional de design de interiores/ambientes, segue uma lista de perguntas para fazer a si mesmo(a) que vai ajudá-lo(a) a tomar a decisão correta.

Seja para apenas melhorar a sua sala ou redesenhar a ambientação de vários cômodos de uma só vez, isso nos obriga a prever e planejar corretamente para alcançar os resultados desejados que temos em mente. Embora você possa ter talento criativo para usar as cores em sua casa e seus amigos e familiares lhe digam que seu bom gosto para decoração são excepcionais, como você sabe realmente se quer assumir os riscos do projeto por si mesmo (DIY) ou deve contratar um profissional?

Aqui estão perguntas para ajudá-lo(a) no processo. Depois de terminar de anotar suas respostas, só você mesmo(a) pode tomar essa decisão.

1. Ao olhar para o calendário, você tem grandes blocos de tempo disponível a cada semana para as tarefas que o projeto vai exigir?

2. É fácil e natural que você coloque uma amostra da tinta que será usada na pintura ao lado de uma amostra de tecido e imagine o resultado, de como as cores e materiais ficarão depois de finalizados no ambiente que você quer modificar?

3. Quando você pensa em reformar três cômodos de sua casa, fazer as tarefas necessárias para você o(a) faz se sentir cansado(a), considerando que você terá que fazer tudo sozinho(a) (DIY)?

4. Você alguma vez já comprou tintas ou acessórios para um dos ambientes e depois já não tinha mais certeza sobre as cores e arranjos que você escolheu?

5. Você achou inspiração para reambientar um ou mais cômodos de sua casa a partir de uma foto em uma revista da moda, mas agora você não tem certeza se você gosta do estilo, se retro, eco-friendly, minimalista, tradicional ou contemporâneo?

6. Você tem dificuldade de definir-se com relação ao estilo que deseja para sua casa?

7. Você é a única pessoa tomando as decisões sobre cor e decoração ou você vive com mais pessoas que discordam totalmente ou parcialmente com as mudanças que você está prestes a realizar?

8. Seus planos incluem mais que fazer alterações com tintas, tecidos e escolha de acessórios?

9. Para alcançar seus objetivos desejados para melhorar a sua casa, será necessário derrubar paredes ou realocar fontes de água,e componentes elétricos e cabeamentos telefônicos  e de TV?

10. Você tem dinheiro disponível agora porque você estava pensando em comprar uma casa nova, mas recentemente decidiu ficar em sua casa atual em vez de se mudar para outra casa e começar tudo de novo?

11. Você vive em uma parte histórica da cidade e você gostaria de ter o interior de sua casa que refletisse a área onde você vive, mas você não tem a menor idéia por onde começar?

12. Você vive em uma parte histórica da cidade e você gostaria de ter o interior de sua casa totalmente diferente da área onde você reside, mas você não tem a menor idéia de como trabalhar questões sobre patrimônio histórico, restauração e outros assuntos e Leis relativos à  isso tudo?

13. Você conhece equipes de profissionais realmente qualificados para fazer os serviços (pintura, instalações, marcenaria, gesso, etc)?

14. Você vai alterar os móveis de um ou mais ambientes e já conversou com uma loja de planejados que prometeu o projeto “de graça”?*

Como podem observar, alterar os ambientes pressupõem vários elementos que devem ser considerados. Ainda caberiam diversas outras perguntas nesta lista mas só por estas já dá para perceber que uma simples alteração pode não ser tão simples assim.

Não basta apenas bom gosto e vontade. É necessário conhecimento técnico e uma equipe coerente e competente para a execução dos serviços agregados a um projeto de reforma ou remodelação de ambientes.

Portanto, pense seriamente sobre isso tudo antes de começar uma reforma por conta própria. Você pode acabar com prejuízos financeiros e com um resultado que não te agrade plenamente.

Fonte do texto base: http://EzineArticles.com/2704153

* Sabia que estes projetos são feitos por vendedores que na maioria das vezes não são profissionais qualificados e que a personalização depende do que está disponível no catálogo e na linha de produção da marca? E também que o custo pelo desenvolvimento do “projeto” sempre está embutido no valor do produto e não sai de graça?

fontes de informação – LD

Bom, a seguir compartilho vocês com uma série de links interessantes e mais que úteis sobre Lighting Design.

Divirtam-se e leiam muuuuuuuuitoooo!!!

IALD Guidelines for specification integrity – um guia de orientações para a correta especificação de luminárias.

Revista Ilumina – revista nacional sobre iluminação.

Lightlife – revista eletrônica do fabricante Zumtobel.

Mondo – revista sobre arquitetura, lighting, etc.

Lighting for libraries – como projetar corretamente a iluminação para livrarias, bibliotecas, etc.

Louiszone – revista eletrônica da perfeita Louis Puolsen.

ArchLight – revista eletrônica italiana sobre lighting design.

ERCO – uma das melhores industrias de luminárias e equipamentos. No site você encontrará diversos materiais na área de download.

PLD Professional Lighting Design – revista internacional de lighting Design.

Lighting Campus – um portal excelente para aprendizado de iluminação. Na verdade é quase uma universidade online com muito material, cursos, etc.

Lume Arquitetura – revista nacional sobre iluminação.

Portal Lumière – site da editora Lumière com notícias, assinatura de revistas (L+D e outras).

HighLight – revista sobre lighting design.

Bom, já tem bastante material aí para vocês se divertirem.

Espero que gostem e aproveitem.

Tá caro??? Sebo neles….

Uma das maiores reclamações de alunos e amigos é a dificuldade na aquisição de livros por causa dos preços altos.

Realmente, especialmente em nossa área os livros estão bem carinhos. Porém sempre digo que um livro é um investimento e nunca um dinheiro perdido.

Confesso, ok, que sou um rato de Sebos. Adoro quando vou pra São Paulo e me enfio dentro deles. Tudo bem que a minha rinite acaba comigo mas vale o sacrifício!!!

Já encontrei pérolas valiosas neles.

Quando não se encontra, o jeito é recorrer às livrarias mesmo.

Desde um tempo atrás já podemos contar com um serviço online onde diversos sebos de várias cidades reuniram-se e montaram o site Estante Virtual.

Vale a pena a visita!!!

http://www.estantevirtual.com.br

E a mídia especialzada?

Ja ha bastante tempo venho analisando os materais “especializados” nas áreas de Interiores e Lighting e sempre faço aquele exercício que já postei aqui sobre análise, crítica e leitura projetual. Porém aqui entram vídeos, reportagens e outros materiais que nos dão maiores informações sobre o que está (ou nao) sendo mostrado.

O que posso denominar como “normal” e corriqueiro é encontrar erros crassos dentro destas matérias. Não me refiro aqui aos erros dos reporteres apenas mas sim, e princialmente, dos projetistas sejam estes designers, arquitetos, etc.

Das poucas que se salvam entre as revistas estão a Lume Arquiteturae a Lumière que são realmente muito especializadas. Indico a leitura e assinatura sem qualquer ressalva negativa.

Porém, o que mais gosto de ver é quando uma revista mais geral tenta abocanhar e encampar de tudo um pouco em suas páginas ou sites. Aí o bixo pega.

Recebi estes dias uma newslwter de uma dessas revistas e uma materia me chamou a atenção pois falava sobre iluminação.

Acessei o site e fui ver a matéria. Meio a contragosto pois ja imaginava quais os prováveis figurões estariam presentes. Na mosca!!! Dos 5 que pensei, a matéria referia-se a dois deles.

(Jabá Lígia… Jabá… rsrsrs)

Pois bem, comecei a assistir o tal vídeo e fui ercebendo algumas coisas:

1 – A repórter nao tranmite muita segurança e domínio sobre oassunto iluminação.

2 – Percebi que no primeiro projeto haviam muitos elementos mais importantes do que os que foram mostrados.

3 – Não ficou claro a quem se destinava a matéria: público comum ou profissionais. O texto pendia hora pro mais técnico e hora pro mais “popularzão”.

4 – Quando passou para o segundo ambiente é que a coisa pegou, e feio. Até metade da apresentação deste projeto as imagens estavam bonitas e nao se percebiam erros projetuais. Porém, quando passou  da metade as coisas erradas saltavam aos olhos de quem entende pelomenos um poco de iluminação. Porém, nem a reporter e tampouco os editores devem ter conhecimentos sobre para eixar passar um lapso desse tamanho.

Em resumo: plantas de chao de jardim sendo iluminadaspor spots com lâmpadas (creiam) AR111 instaladas a no maximo 20cm dos pés das plantas.

Creio eu que o efeito (realmente belo) deve ter aguçado o olhar dos editores e liberaram tudo. Porém, puxando para o lado técnico, quem conhece a lampada AR111 sabe muito bem que ela é uma das que mais projetam calor na direção do facho. Que são estas mesma lâmpadas que sempre dõ problemas em vitrines por mancharem (queimarem) peças expostas. E também, que a indicação do fabricante mostra alta irradiação de UV. Porém pa quemse aprofunda um pouco sobre iluminação ou light design, ou ate mesmo aqueles que já manipularam esta lâmpada sabem que a distancia minima de montagem recomendada é de 2,80m do objeto a ser iluminado. E mesmo à esta distância é sempre recomendado que se coloque a mão sobre o objeto para verificação se o mesmo não está esquentando com a luz.

O que eu quero dizer com isso?

Que em dois meses no máximo as plantas terão de ser todas trocadas pis estarão morrendo e sofrendo por causa da luz. Porém o projeto de iluminação difiilmente será alterado, mas a plantas? Existem inumeros viveros por aí…

Bom, se é erro de projeto ou erro de reportagem não posso afirmar com certeza pois a reporter apenas indicou “spot com lâmpada AR111” o que dificulta uma análise mais realista.

Porém, pelas imagens não se percebe nenhum elemento de proteção, contenção ou bloqueio tanto do calor emitido quando dos raios UV.

Bom, fica aqui o meu alerta, especialmente aos profissionais e acadêmicos: não acreditem em tudo o que vêem nas tais “mídias especializadas”. Sejam mais técnicos que visuais e percebam os detalhes.

Para a mídia, ainda precisam aprender muito sobre as áreas de Interiores, lighting, etc. E por favor, sejam mais cuidadosos na seleção de conteudo.

Saudações!!!!