Tou no céu!!!! Alguém me belisca???

Bom pessoas, ainda estou meio anestesiado com um papo que tive a pouco via skype com M.C.. (alguém me belisca???)

Não posso dizer ainda sobre o que se trata mas posso afirmar, com certeza, que que me sinto mega, super, hiper honrado com isso.

Não esperava um dia chegar a isso mas, M.C., é com imensa alegria que recebo e aceito o convite e o desafio que o mesmo representa dada a amplitude e seriedade do mesmo e agradeço de coração por esta oportunidade. Que Deus te abençoe grandemente e te faça cada dia mais iluminada e vitoriosa, assim como tudo que você toca e faz!!!

Devo mais essa conquista a todos vocês leitores que acompanham o meu trabalho aqui no blog e, principalmente, a Deus que tem me honrado diariamente pois sabe absolutamente tudo de minha vida, de minha honestidade, seriedade e ética pessoal e profissional.

Posso dizer que trata-se da colheita do que venho semeando diariamente ha anos.

Não temas. Crê somente!!!

Aguardem pois em breve terão uma agradável surpresa ok??

Concepção e Crítica da Iluminação – pós

Pois é, tive nesse final de semana este módulo na pós com o Oz Perrenoud.

A aula foi bem diferente do que eu imaginava inicialmente.

Como ando numa fase meio estranha em minha vida, confesso que foi bastante complicado este modulo. Por incrível que pareça, não consegui desenvolver um texto corrido no trabalho e parti para responder à lista de itens.

Tivemos de analisar o filme “Moça com brinco de Pérola” que retrata parte da vida do pintor holandês Johannes Vermeer, mais especificamente, o período da pintura do quadro “Girl with a pearl earring” (1665) que empresta o nome ao filme.

Eu já tinha assistido este filme logo em seu lançamento portanto, quando foi passado na sala de aulas pude fixar a minha atenção nos detalhes exigidos na lista.  Pura observação da luz no filme todo – tanto a natural quanto a artificial. É estranho observarmos como a nossa luz natural, diurna ou noturna, é diferente da existente na europa ou em qualquer outro local do planeta. Vamos nos dando conta de detalhes que geralmente passam despercebidos quando assistimos a filmes.

Já na iluminação artificial, especialmente em filmes de época, isso também ocorre. No entanto percebem-se detalhes que nos tiram daquela realidade.

Um exemplo é a iluminação artificial daquela época que era baseada no fogo: velas, toucheiros e lanternas. Por vir do fogo, a luz deveria ser toda trêmula mas percebem-se em diversas cenas que esse detalhe fica apenas no cenário. As personagens sempre são iluminadas por luz complementar o que acaba deixando a luz chapada e fixa.

Porém neste filme especificamente, isso não tira totalmente a beleza e realismo das cenas por um detalhe técnico: o angulo de incidência da luz. O projeto da iluminação foi muito bem elaborado refletindo com precisão isso nas cenas. São raras aquelas onde isso não ocorre.

Naquela época, como já coloquei acima, a luz era produzida através de candelabros, velas, tochas. Quase não existiam lustres pela dificuldade em ficar acendendo e apagando ou trocando as velas – estes resumiam-se a grandes áreas. Então, a luz vinha ou de um plano semi baixo (candelabros nas mesas, lareiras, etc) ou de um plano médio (tochas = arandelas). Assim, a sombra das personagens é essencialmente paralela à sua altura ou levemente mais alta que ela.

Já na iluminação natural o que impressiona – especialmente para nós dos trópicos – é a tonalidade da luz mais branca e por vezes azulada. Não vemos a luz amarelada que temos naturalmente por aqui. Esta última só aparece nas cenas de outono mas não nos espanta pois já estamos acostumados com as belas fotos retratando o outono europeu e mesmo assim, é diferente da nossa pois é um pouco mais carregada de séphia.

Mas o interessante é a percepção exata dos ângulos de incidência dessa luz natural nas diversas cenas do filme, tanto diurna quanto noturna. Muito bem feito.

Além da iluminação tivemos de analisar outros itens como cenografia, estética, cor, texturas, etc. Foi um trabalho exaustivo onde detalhes mínimos tiveram de ser observados, com o controle do DVD player na mão adiantando, voltando, pausando, ajustando imagem, zoom e etcéteras para conseguir obervar com detalhes toda esta bela obra dirigida p/ Peter Webber.

Para quem não assistiu é uma excelente dica pois vale cada cena.

#FicaDica

;-)

Quase lá!!! 700.000 acessos!!!

Pois é pessoal, tenho muito a agradecer a todos vocês que acreditam na seriedade do trabalho que desenvolvo aqui neste espaço.

Não imaginam como me sinto orgulhoso e feliz por isso.

Orgulhoso pelo reconhecimento do trabalho acadêmico e profissional que realizo aqui.

Feliz por saber que muitos trabalhos acadêmicos (incluindo TCC’s, monografias e teses) colheram as suas sementinhas em algumas destas páginas e hoje fazem parte da bibliografia do Design nacional.

Orgulhoso por saber que professores de diversas IES tem utilizados os textos por mim escritos e publicados aqui nestas páginas nas salas de aulas – mesmo daqueles que não citam o autor e “roubam o filho”.

Feliz por saber que de tanto espernear e gritar em alguns posts acabei conseguindo levar a quem devia a realidade e as dificuldades que os profissionais “não estrelas” enfrentam no dia-a-dia.

Orgulhoso por saber que mesmo aqueles que apenas lêem o que escrevo e seja lá por qual motivo for não comentam aqui, o fazem entre colegas profissionais, pelos corredores e salas de aulas das universidades.

Feliz por poder contar com amigos que vez ou outra liberam seus textos ou que encaminham materiais para publicação aqui neste espaço por acreditarem na seriedade dele.

Orgulhoso por levantar a bandeira da regulamentação profissional de forma tecnicamente embasada, sadia e coerente, sem medo dos ataques recebidos, com dignidade e respeito à profissão que escolhi por amor.

Feliz por saber perfeitamente que um blog que começou de brincadeira acabou tornando-se referência me obrigando a ser mais cauteloso e político com determinados assuntos porém sem ser hipócrita e fazer de conta que não estou vendo ou que o assunto não é de meu interesse quando na verdade afeta a minha área profissional.

Orgulhoso por não ter melindre algum em compartilhar com todos vocês um pouco do pouco que sei sem ser egoísta ou ver qualquer um como um potencial “inimigo ou concorrente profissional”.

Feliz por lançar direcionamentos e idéias relativas à formação coerente e decente dos profissionais de minhas áreas e perceber que estas são bem aceitas pelos acadêmicos e também pelas IES.

Orgulhoso e feliz por conseguir contribuir com muitos leitores que chegam a estas páginas buscando informações correntas e coerentes sobre as áreas de Interiores/Ambientes e Lighting, cheios de dúvidas e incertezas e perceber, após algum tempo, que meus conselhos foram úteis.

Existem ainda vários outros motivos que eu poderia citar aqui que me deixam orgulhoso e feliz mas não quero parecer boçal ou presunçoso e tampouco força-los a comemorar comigo através de mais um texto longo, típicos como são a maioria dos meus.

Também não quero deixar que o significado que ora coloco sobre a palavra “orgulhoso” acabe caindo no sentido pejorativo de arrogância. Longe disso.

Quero apenas agradecer de coração a Deus por me capacitar e dar forças para realizar este trabalho e também a todos vocês leitores, amigos e colegas profissionais.

Em comemoração a isso, estou prevendo algumas promoções aqui no blog com sorteios de brindes para vocês. Um já está garantido e posso afirmar que é um livro que todos vocês desejam ter e ler.

Assim que virar o contador para 700.000, já começarei a soltar as promoções.

Valeu gente!!!

Plágio – questões profissionais

Quem aqui já não viu alguma coisa ou algum projeto e ficou com aquela sensação de “déjà vu” ou “eu ja vi isso em algum lugar”?

Pois bem, sempre que isso acontece pode ter certeza: é muito provável que trate-se de plágio.

Segundo o professor Alberto:

“Plágio significa copiar, imitar (obra alheia), apresentar como seu o trabalho intelectual de outra pessoa.
Reproduzir apenas partes de um texto, sem citar sua fonte é plágio.
Se houver citação, porém incompleta, representa apenas uma irre-gularidade, um descumprimento das normas de citações e referên-cias bibliograficas.”

E vai mais longe ainda:

“A Lei de Direitos Autorais 9.610/98 estabelece que reproduzir integralmente um texto, mesmo indicando a fonte, mas sem a autorização do autor, pode constituir crime de violação de direitos autorais.”

Pois bem, vamos trabalhar com duas hipóteses daqui para frente: uma acadêmica e outra profissional.

Fonte da imagem: Ossosdooficio

No meio acadêmico é bastante comum os professores depar-se com situações onde o plágio é visível e claro quando da correção de trabalhos, especialmente os teóricos. Eu mesmo já cansei de pegar trabalhos onde algumas partes me faziam soar o sininho de alerta ou explodia a sensação de “déjà vu”. Eu já li isso em algum lugar. Bastava copiar o parágrafo (ou até mesmo a frase), colar no Google e “voilà”! Plágio descarado, na cara dura e de pau encerada com óleo de peroba.

Não sei se trata-se de pouco tempo para elaborar o trabalho, preguiça mental e acadâmica descarada ou se este tipo de aluno busca subestimar ou colocar à prova a inteligência minha ou de outros docentes. Não me importa “o que move”, o que importa é que detectado o plágio, a punição é certeira. Nota: zero sem direito a reclamação uma vez que as anotações e observações são feitas em vermelho no trabalho ao lado do trecho.

E engana-se quem pensa que isso acontece apenas com pequenos trechos, um ou outro parágrafo ou frase. Tem trabalhos que são uma verdadeira colcha de retalhos de diversos autores. Aí me pergunto: se o acéfalo teve a capacidade e tempo suficiente para encaixar todos estes recortes numa ordem correta, mais ou menos coerente e que cumpre o seu objetivo, porque então não teve a mesma capacidade de analisar os contextos, pensar e escrever com as suas próprias palavras, mostrando a sua capacidade argumentativa?

Aí é que está o problema da mania de plagiar dentro do meio acadêmico: a falta da capacidade argumentativa. Raros são os alunos que conseguem defender de forma coerente as suas idéias e conceitos dentro de sala de aulas durante as apresentações de trabalhos e projetos. A grande maioria não sai da superficialidade, tem muita dificuldade em expor seu pensamento verbalmente. Textualmente não é nada diferente.

Medo de parecer ridículo, de levar um “cutucão” de algum colega de classe ou professor ou ainda, “saindo da superfície”, de cair em áreas e questões que não observou, pesquisou e considerou como deveria de fato ter feito? Sim, tem bastante disso nestes casos. Porém vejo que esta dificuldade de expressar-se tem muito a ver também com a atual condição pessoal: mídias eletrônicas.

As mídias eletrônicas hoje favorecem uma velocidade inimaginável ha 15 anos atras no acesso à informação. Muitas destas informações são recortadas, resumidas, amputadas de fontes originais. A não seleção correta de fontes de pesquisa ou a busca por dados cada vez mais velozes ou fáceis de absorver (curtos, rápidos e fáceis de ler) acabam levando os acadêmicos a cometer este e outros erros.

As normas da ABNT e a legislação sobre Direitos Autorais não existem apenas para fazer com que os autores sejam citados incontáveis vezes e com isso ganhem visibilidade, fama ou qualquer outra coisa similar. Elas existem para proteger o direito intelectual da obra. E este direito só aparece depois de zilhões de neurônios torrados, olhos cansados de tanta leitura, dedos doloridos diante de tanta digitação, noites e noites insones e tantas outras coisas “bem legais” como estas realizadas e sentidas “na pele” pelo autor. Ele não fez simplesmente um “copy+paste” de varios textos que encontrou na web ou em livros ou revistas. Os textos realmente significativos e interessantes são aqueles com fortes marcas autorais ou seja, pessoais. Logo, quem o escreveu tem direitos sobre o mesmo. Ele não estava brincando de escrever e sim realizando um trabalho sério.

A ironia é que estes mesmos alunos ficam irados quando alguém cita uma situação, idéia ou o que for que já foi colocada em outra ocasião por eles. A revolta e ira fica visível quando começa o bate boca de que “esta idéia eu já dei outro dia” ou “eu já falei isso noutra ocasião” e assim por diante. Incoerente mas mais que comum e presente nas salas de aulas.

Eu já peguei projetos para corrigir que, em 15 minutos folheando algumas revistas “da moda” encontrei o mesmo projeto apenas com alterações de cores e alguns detalhezinhos. Não importa se mudou esse ou aquele detalhe ou cor, você plagiou na maior cara de pau o trabalho de outro e deve receber uma nota compatível com o seu empenho no desenvolvimento do mesmo.

Lembre-se que o que você faz (treina) na academia irá repetir-se incontáveis vezes na sua vida profissional posterior. Por mais que não admita ou queira, isso irá sim repetir-se uma, mais uma, mais uma e mais e mais vezes.

Aí fica a questão: que direito você tem de reclamar se é o rei do “copy+paste” em seus trabalhos?

Alguns módulos atrás da Pós, me deparei com o modelo do contrato que disponibilizei aqui no site sendo distribuído como material oficial mas estava sem a citação da fonte. Recorri ao professor e alertei sobre o fato e no exato momento ele avisou a turma sobre isso e disse que iria ajeitar a situação junto ao IPOG. Não foi ele quem colocou o contrato como modelo oficial e sim outra pessoa que encontrou no meu blog, copiou e repasou a ele. Neste caso não me indignou o fato em si de não ter o meu nome citado por mero prazer egoístico e sim o fato de que para se chegar àquele modelo de contrato foram dias e dias sentado com meu advogado e um amigo jurista na busca do melhor modelo que suprisse as necessidades reais e fechasse as brechas que nos colocam em risco. Foi um trabalho enorme montar aquilo.

Com isso, nem de longe quero dizer que quem o for utilizar profissionalmente terá de citar a fonte. Isso ficaria até ridículo frente aos  seus clientes. No entanto, para uso em trabalhos acadêmicos, referências bibliográficas e distribuição (como foi o caso), a divulgação da fonte é necessária sim, inclusive por força de Lei.

Isso me lembra a questão das cópias de móveis sob a desculpa de “tornar o design acessível aos que não podem pagar por uma original”. Concordo que design realmente custa caro para a grande maioria. Mas a questão é: e o autor da peça? E a indústria que gastou fortunas no desenvolvimento da peça? A cópia tem a mesma qualidade da original? NÃO MESMO! É uma peça, digamos, “made in China”. O que nos leva às questões profissionais.

É bastante comum encontrarmos clientes que, na primeira conversa, chegam com revistas de decoração já com páginas marcadas para nos mostrar o que gostariam de ter realizado em nossos projetos. Até aí tudo bem se esse material fosse servir apenas como referencial estético ou de estilo. No entanto, muitos clientes chegam e dizem que “eu quero exatamente esta sala” ou “este é o quarto (cozinha, sala, banheiro, etc) dos meus sonhos, quero um igual”.

É um direito do cliente? Sim afinal trata-se do sonho dele e que, para piorar a situação, não consegue expressar-se corretamente. Por outro lado, é uma tremenda falta de ética e respeito por parte do profissional que realiza este tipo de serviço levando ao pé da letra o que o cliente diz. PNem podemos chamar isso de pojeto, é uma cópia descarada, plágio, safadeza. Ele demonstra claramente que não está nem aí para seus colegas de profissão, não respeita ninguém porém exige respeito. Só quer saber de ganhar e ganhar e ganhar. Além claro, de deixar visível a sua preguiça mental. Copiar não exige esforço.

Aqui em Londrina e em Maringá já encontrei algumas cópias descaradas de outros projetos residenciais e comerciais.

Temos de ter em mente que quando o cliente chega com essa pilha de recortes, na verdade quando ele diz “é exatamente isso que eu quero”, ele está dizendo que “este é o meu estilo, é disso que eu gosto”. Ele não está pedindo para você copiar aquela foto pois isso ele conseguiria fazer sozinho bastando contratar pintores, gesseiros e saber onde comprar os moveis e acessórios.

Para isso existe o brieffing que deve ser muito bem feito, muito bem fechado e profundo o suficiente para esclarecer pontos fundamentais sobre o cliente/projeto. Após o brieffing você terá de fechar o stimmung para só depois seguir para o projeto.

Jamais use do artifício de pedir “dicas” a outro profissional, especialmente quando esta solicitação vem disfarçada em meio a conversas banais de “amigos”. Se você não sabe, parceirize-se com quem sabe afinal ele estudou tanto ou mais que você portanto tem o mesmo direito de ter seu trabalho remunerado que você. Lembre-se que  nem o relógio trabalha de graça: alguém sempre tem de dar corda ou trocar a pilha.

Também jamais procure copiar algo ou algum efeito que você viu em algum lugar (especialmente iluminação) se você não tem conhecimento sobre como fazer aquilo. Fatalmente ficará horrível o resultado final.

Tome muito cuidado ao “chupar” alguma coisa de algum lugar. E jamais use sem permissão do autor o que quer que seja: de um detalhe a um projeto geral.

Vamos trabalhar honestamente e com ética para fortalecermos a nossa profissão?

Abraços!

Prospectando clientes

Conversando com a Mônica Fuchshuber – grande amiga e profissional – sobre como trabalhar esta dificuldade de muitos profissionais, ela me mostrou um post de seu blog.

Li, gostei demais e resolvi compartilhar com vocês, com a devida autorização dela.Ela fala sobre a área gráfica, mas percebam que estas dicas podem ser aproveitadas por qualquer profissional, de qualquer área.

Então, segue o texto:

Não sabe como arrumar clientes?

Nesse texto eu conto um pouco sobre a minha experiência nesse assunto. Aqui, eu descrevo as técnicas que eu utilizava na época em que eu trabalhava como “Atendimento” numa agência.

Olá amigos,

Todos sabemos que o melhor vendendor para o nosso tipo de negócio é o famoso boca-a-boca. Cliente indica para cliente, que indica para amigos e assim vai… Uma verdadeira corrente da alegria!

Mas.. O que fazer quando você está iniciando e ainda não tem ninguém para te indicar??
Bem, suponhamos que você já tenha um portfolio bacana, um cartão de visitas simpático, ama o que faz, tenha boa argumentação, etc, etc, etc… O que fazer??

Caçar clientes exige estratégia. Por isso, vou contar um pouco da minha experiência como Atendimento em uma agência de propaganda há alguns anos atrás.

Em primeiro lugar, é preciso adquirir alguns hábitos:

* Ser observador e estar atento às oportunidades: aprenda a perceber quais são as empresas ou pessoas que podem estar precisando do seu trabalho. (Logotipos mal feitos, anúncios ruins, folhetos amadores, amigos que estão abrindo uma empresa…)

* Andar sempre com cartões de visitas no bolso ou na bolsa: (a gente nunca sabe quando vai encontrar um cliente em potencial. Já fiz prospecção na piscina do prédio..!.) Precisamos ser vendedores 24 horas por dia!!

* Ser confiante e entusiasmado: Sim, é preciso desenvolver alguma cara de pau.  E a melhor forma de expulsar a timidez é confiar no próprio trabalho.  Acredite firmemente nos benefícios que suas idéias trarão para o negócio do seu cliente e você vai ver os milagres que isso vai fazer na sua auto-confiança. Seja honesto e se interesse pelo sucesso dele. Seu entusiasmo quebrará muitas barreiras.

De posse daquele hábito observador, comece a procurar a sua “vítima”: pode ser no seu bairro, na sua comunidade, no seu clube, na sua academia. Comece a estudá-la minuciosamente e reúna informações de modo a encontrar qual é a melhor forma de abordá-la.

Um e-mail se apresentando (não é SPAM!!), um telefonema, uma carta, uma visita pessoal..?? Cada caso é um caso e a gente precisa saber adaptar a forma de acordo com cada cliente.

Vou contar um exemplo prático e bem sucedido:

Uma época lá na agência, nós queríamos prospectar uma concessionária de automóveis. Eu conhecia algumas perto da minha casa e comecei a visitá-las. Passava lá como se fosse uma simples compradora de automóveis. Conversava com vendedores, fazia test-drive, pegava tabelas… folhetos…

Observava e fazia perguntas. E numa dessas visitas, olha só! Descobri que uma das concessionárias iria iniciar uma concorrência para mudar a agência de propaganda….!!!!! Bingo!

Foi só descobrir com o vendedor qual era o nome da pessoa responsável e…
No mesmo dia liguei para perguntar se podia participar da concorrência!
Fomos aceitos e…. Ganhamos a conta!

É claro que essa é apenas uma forma de prospectar clientes.  Existem muitas e cada um deve descobrir aquela que melhor se adapte às suas necessidades e ao seu perfil. O importante é que sejamos criativos e saibamos desenvolver uma auto-confiança capaz de driblar as dificuldades iniciais. Acreditem, com o tempo a gente acaba desenvolvendo uma postura extremamente vendedora.
Precisa até tomar cuidado para não virar um chato de galochas.. Risos

Um abraço,

Mônica.

Valeu Mônica!

Tenho certeza de que os leitores daqui vão aproveitar muito as suas dicas e certamente passarão a acompanhar o seu blog também!

#ficadica:

1 – visitem o site dela pois ela realiza um trabalho de primeiríssima qualidade e tenho certeza que vocês irão gostar bastante!!

2 – para as meninas que vão curtir uma praia ou piscina no próximo verão, ela produz cangas lindas com as suas ilustrações!!! E podem ser adquiridas pelo site dela neste link.

600.000 acessos!!!

UH-LA-LÁÁÁÁÁ

Caramba, este blog já ultrapassou os 600.000 acessos! Na verdade, neste exato momento contamos com 610.322 acessos!

Valeu gente pela confiança, carinho, respeito e interesse com que encaram o meu trabalho.

De coração sinto-me emocionado e ao mesmo tempo isso aumenta a minha ansiedade.

Emocionado porque em tão pouco tempo de existência, este blog tem se tornado uma referência dentro de minhas áreas de atuação o que me faz lembrar de uma passagem de minha vida que gostaria de compartilhar com vocês:

Ha pouco mais de 10 anos atras, passei por um momento complicadíssimo em minha vida. Foi quando me converti ou melhor, voltei a trilhar nos caminhos do Senhor.

Dentre tantas conversas e orações, um dos pastores com quem tive um único momento – que fui levado pela minha irmã Pollyana – me fez uma revelação: “Eu te vejo sentado em uma mesa sendo responsável por direcionar a vida de milhares de pessoas, especialmente os mais jovens”.

De imediato pensei em duas opções e dei risada até mesmo porque nunca me dei muito bem com esse lance de revelações e tal:

1 – algum trabalho burocrático por causa do “atras da mesa” – coisa que eu não suporto nem pensar sobre

e

2 – atuando em algum ministério com jovens – o que sinceramente não me agradava nem um pouco a ideia.

Pois bem, hoje estoou eu aqui, com este blog que nasceu não de uma vontade minha mas sim de uma solicitação de muitos amigos e colegas profissionais realizando este trabalho. Levando cultura, conhecimento, curiosidades, compartilhando percalços e vitorias profissionais entre tantas coisas mais com vocês, meus leitores.

Um trabalho que ultimamente eu não tenho levado tão a sério hora por falta de tempo, hora por preguiça e hora por algum outro motivo mas que, agora que me caiu esta ficha vou obedecer!

Estava aqui pensando em como agradecer a vocês por todo este apoio e carinho e só me veio em mente utilizar uma de minhas grandes paixões que é a música. Então uno aqui duas grandes paixões de minha vida: música e Deus para agradecer-lhes com uma apresentação do, na minha concepção e entendimento, melhor coro gospel que existe:

The Brooklin Tabernacle Choir cantando Thou, Oh Lord

Infelizmente os vídeos deles são bloqueados e não consigo coloca-los aqui, então está aí o link ou se quiser, coloquei-o no gadget do VodPod ali em cima, à direita, bem abaixo do meu logotipo.

Confesso que me emocionei agora constatando isso e as lágrimas rolaram aqui rsrs. Mas sabemos que são lágrimas de alegria, de felicidade e paz plenas pois sei que minha vida está nas mãos d’Ele. E dali ninguém nem nada a tira. Nada me atinge.

Assim, encerro este post mais uma vez agradecendo a vocês por todo este apoio durante estes pouco mais de 3 anos de blog e especialmente a Deus por me fazer capaz de realizar este trabalho com seriedade e integridade moral e ética.

Valeu gente!

Valeu meu Senhor!

Stimmung

Bom, como já encaminhei o trabalho para o prof Glaucus, posso postá-lo aqui e compartilhar com vocês. Este trabalho foi feito em grupo por mim, Marcia Ely Tano, Carlos Cavalcante %&#&)@%&%*%$# (Kühnlein), José Fernando Garla e Simone de Aquino Araujo El Haouli.

Brincadeira Carlos, sabe que todos conseguem falar e escrever seu nome com a maior facilidade e naturalidade ahahahah.

Vamos lá:

“Definir stimmung, as ferramentas para a sua concepção e a forma pela qual o designer de interiores pode usufruir destas para a concepção de seus espaços interiores.”

Stimmung é, em resumo, a atmosfera, a sensação que produz cada ambiente. Também conhecido como o “feeling” do espaço, constitui-se no elemento principal para que o profissional consiga projetar os ambientes buscando atender as necessidades objetivas e subjetivas dos clientes.

Stimmung (Stim-mung)
Sf, -en 1 – ambiente, atmosfera, clima.
2 – tendência.
3 – humor, disposição, ânimo.
4 – animação. in Stimmung sein estar animado. (WIKI)

A noção de stimmung é buscada – e/ou levantada – pelo profissional no momento do brieffing, na conversa informal com o cliente onde se tornam conhecidos os desejos, vontades e sonhos. Através deste conhecer, conseguimos perceber quais são os pontos relevantes e mais pessoais que devemos cuidar de forma mais precisa no projetar que mais agradará no resultado final.

É bastante comum vermos clientes buscando não um lar, mas sim uma casa para exibir, as casas de revista. Este tipo de projeto dificilmente consegue atingir o lado psicológico pessoal do cliente. Mantém-se na superficialidade, sem identidade própria. Em geral, observam-se ambientes belos e ricos, porém frios e impessoais por mais que os produtos, cores e texturas tentem dizer o contrário. É uma sensação de “quarto de hotel”: por melhor e mais confortável que possa ser não é a nossa casa, o nosso cantinho e lar. Não conseguimos nos ver dentro do espaço ou reconhecer-se como parte integrante do mesmo. Não tem a nossa identidade.

Conhecer a fundo o cliente, a sua história, trajetória e perspectivas de vida é fundamental para que o profissional consiga direcionar o projeto para algo mais vivo, pessoal, personalizado e com atmosfera particular e pessoal.

A definição de stimmung como a “atmosfera do espaço” nos direciona a concretizar e equilibrar os desejos e sonhos conscientes e inconscientes dos clientes, com os espaços projetados buscando um diálogo permanente e conciso entre os dois.

O que pretende “passar” para quem vai conviver com você neste espaço ou ambiente?. Acredito que essa frase resume bem tudo o que stimmung quer dizer: atmosfera, sensações, vibração, energia.

A palavra “atmosfera” apenas, pode não passar de um clima passageiro como, por exemplo, quando arrumamos a casa para receber visitas. Stimmung está bem à frente disso, é uma constante, vive-se a cada momento em um fluxo contínuo e regular.

É complicado traduzir o que o cliente deseja, pois temos que tentar entender o que a resposta que ele nos dá realmente significa para ele. Lidar com palavras para traduzir sentimentos é complicado e por vezes pode ser enganoso. Por isso faz-se necessário que nos primeiros contatos com o cliente, o profissional consiga coletar informações subjetivas através de um brieffing bem elaborado. Ainda neste brieffing, é importante que o profissional não fale e sim deixe o cliente a vontade para fazê-lo.

O livro A terapia do Apartamento, de Maxwell Gillingham-Tyan, nos apresenta um excelente exemplo ou forma de como conseguir captar este lado mais íntimo e que dificilmente os clientes expõem. É-nos apresentada também uma outra forma de pensar o lar: um corpo composto de ossos, respiração, coração e cabeça. Segundo esta visão, o stimmung, aqui, está intrinsecamente ligado ao coração da casa. É este coração que vai permitir que fluam as paixões e sentimentos (bons ou ruins) e que estes mesmos atinjam aqueles que moram ou visitam esta casa. Através das cores, texturas, aromas e outros elementos este coração pulsa fortemente mostrando a sua identidade.

No entanto, Maxwell deixa claro que, de nada adianta uma casa confortável, muito bem organizada em todos os sentidos e esteticamente bela se os moradores e/ou usuários não estiverem bem. É o que acontece quando vamos a alguma festa na casa de alguém e, mesmo sem saber se está acontecendo algo de ruim entre o casal, o “clima”, por mais que eles se esforcem, fica estranho e as pessoas percebem que algo está “deslocado” ou fora do lugar. É um algo imperceptível aos olhos, mas que incomoda. É a energia pessoal influindo no ambiente.

Esta energia negativa pode ter origem em vários pontos: pessoal, familiar, profissional, etc. Ao profissional cabe detectar e, de uma maneira sutil, procurar direcionar o cliente para que busque uma forma de arrumar a área que está afetando negativamente a sua vida.

Assim percebemos que o stimmung, além de toda a parte física necessária para compor o espaço, tem, na energia pessoal, uma influência e impacto direto sobre o espaço.

“A casa é uma caixa de sentimentos humanos”. (Arq. Aurélio Martinez Flores)

ABD, de novo – mas agora paz.

Pois é amigos, aconteceu a eleição como previsto, a ABD teve duas chapas concorrentes e eu me vi num mato sem cachorro.

Sei que algumas pessoas ficaram chateadas comigo pela minha mudança de apoio na semana decisiva da eleição mas os motivos já estão expostos no post anterior e não vou entrar no mérito novamente.

Digam o que quiserem (especialmente as más línguas que me atacam pelas costas) pois em nada me afeta e a carapuça que tentam me colocar não me serve.

Sim, mudei meu apoio e os motivos ficaram mais do que claros no post anterior. Não foi por causa das figurinhas já carimbadas da ABD que resolvi apoiar a chapa da situação mas sim, e especialmente, por causa do Jéthero, pessoa digna, que luta pelos nossos direitos profissionais mesmo sem estar ligado a qualquer associação, sempre nos defendendo onde quer que vá. Pessoa esta que tem um respeito enorme por parte de todos que o conhece pessoalmente, por seus alunos e ex-alunos, parceiros profissionais e amigos.

Através dele a ABD entrou em contato comigo para formalizar a minha associação (finalmente!) já que pelo site a coisa parecia nunca andar. Já encaminhei meus documentos e estou no aguardo.

Na conversa que tive com o Jethero, me dispus a ajudar a ABD no que for necessário para tornar esta uma associação séria, respeitada e que realmente faça algo pela nossa classe profissional.

AÇÕES e menos discursos, é disso que a ABD – e nós profissionais – necessitamos com urgência. Só assim teremos o mercado em sintonia conosco.

Desde o relacionamento com fornecedores e clientes, passando pela formação acadêmica (discentes e docentes, níveis e matrizes curriculares), relações com áreas correlatas entre vários outros pontos mais, necessitamos de ações para todos e menos flashes nas carinhas “da moda” de uns poucos. Afinal a associação não é feita apenas por estas carinhas da moda e sim por um grupo grande de profissionais.

Espero que desta vez, se não por respeito à associação, mas ao menos pelo Jéthero e pela Maria do Carmo, que desta vez a ABD torne-se algo em que realmente valha a pena ser investido.

Como deixei claro para ele no telefonema, coloco-me à disposição para trabalhar pró-ABD aqui em Londrina e em Maringá, trazendo a associação para o interior, aproximando-a dos profissionais e do mercado destas duas cidades. Não somente na parte burocrática, mas também na área de formação contínua, aperfeiçoamento profissional.

E vamos que vamos!!!

Quem sabe não é agora?

Proposta de Projeto (II)

Itens de uma proposta de projeto

“Uma proposta simples, básica e fundamentada precisa assumir compromissos claros e objetivos. Se quem a elabora tem conhecimento da solicitação do contratante e do trabalho, não precisa ter receio de redigir compromissos e obrigações. Este receio é diretamente proporcional à falta de conhecimento ou da capacidade de atender a uma determinada solicitação.”

Se o brieffing não foi bem feito, certamente você encontrará dificuldades para formatar uma proposta ao seu cliente. Conhecer exatamente o que o cliente deseja faz-se fundamental assim como a assinatura de uma única proposta. Caso a proposta inicial não cubra as necessidades do cliente, certamente você terá de fazer alguns adendos ou aditivos de contrato posteriormente. Isso gera custos para o cliente além da sensação de despreparo de sua parte.

Portanto atente-se para os itens principais de uma proposta bem elaborada:

Cabeçalho da proposta

Aqui entra, em ordem:

A – o seu logotipo ou nome do escritório/profissional

B – número da proposta – essencial para arquivo e fácil localização posterior

C – data

D – quem é você

E – a quem é dirigida a proposta (nome, endereço, telefone, e-mail, etc)

Por exemplo:

PROPOSTA N° 0154/09 – 21/04/2009

CONTRATANTE: (o cliente)

Inscrito no CPF/CNPJ sob número xxx.xxx.xxx-xx

Com endereço à Rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx – Curitiba – PR. Telefone (xx)  xxxx-xxxx, e-mail: xxxx@xxxx.xx.xxx

CONTRATADO: (você)

Inscrito no CPF/CNPJ sob número xxx.xxx.xxx-xx

Com endereço à Avenida xxxxxxxxxxxxxxxxxxx – Londrina – PR.

Telefone (xx) xxxx-xxxx, e-mail: xxxx@xxxx.xx.xxx

Feito isso, passemos ao corpo da proposta propriamente dita:

1-      Referência da proposta:

Aqui deve ser deixado bem claro, de maneira resumida, quem é quem e sobre o que se trata a proposta. Como especificar o que se trata a proposta? Simples. Aqui você não deve estender-se demasiadamente pois na etapa seguinte sim é que você irá esmiuçar e detalhar a proposta. Por exemplo:

Proposta para execução de projeto de Design de Interiores e Ambientes para uma residência em alvenaria – contendo 3 quartos sendo 1 suíte, duas salas, varanda, cozinha, área de serviço, 3 banheiros, garagem e quintal – já construída (ou em fase de construção) localizada na Rua XXXX, n° XX, Bairro XXX, na cidade de XXXX, Estado XX.

2 – Metodologia de trabalho:

Aqui vem a parte chata e demorada de uma proposta, afinal é aqui que você deverá especificar todo o seu trabalho a ser executado. É através dessa parte que o cliente irá compreender o todo que engloba o que será feito.

A melhor opção, sem sombra de dúvidas, é apresentar a edificação por cômodo indicando o que será feito em cada um. Mais ou menos assim:

Suíte: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de cama, cômoda e bancada banheiro, especificação de cortinas/persianas, mobiliários, acessórios, box, louças e metais.

Quarto 1: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de bancada de estudos, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Quarto 2: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de bancada de estudos, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Sala 1: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de estante para home theater, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Sala 2: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de 01 mesa de centro, 02 mesas laterais e 01 aparador, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Cozinha: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, desenvolvimento de 01 mesa de jantar para 8 pessoas, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Varanda: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Área de serviços: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, especificação de cortinas/persianas, mobiliário e acessórios.

Garagem: layout, troca de piso, pintura de paredes, iluminação, especificação de mobiliário e acessórios.

Isso fica bem mais claro se colocado em uma tabela. Facilita a leitura e delimitação.

Um fator importante aqui é especificar se haverá ou não desenho e detalhamento de mobiliário específico ou se será tudo adquirido em lojas. Esse detalhe pode entrar no final desta apresentação/parte ou juntamente com a descrição do item Projeto Executivo. Mas saiba que havendo a contratação desse serviço, o mesmo deverá ser feito por você mesmo e não por lojas de modulados ou marceneiros.

Outra questão importante para a formação de seu preço é a quantidade de móveis que você terá de criar especificamente para esse projeto. Um projeto com mobiliário comprado em lojas nos toma relativamente pouco tempo, mesmo os comprados em lojas de planejados. Já aqueles que você tem de criar, desenhar, detalhar e especificar toma bastante tempo. Portanto cuidado para não deixar a tua proposta aberta o suficiente para que o cliente possa vir a exigir uma quantidade enorme de móveis específicos quando você não levou isso em consideração no momento do fechamento do preço da proposta.

Você pode criar uma lista de mobiliários à serem desenvolvidos depois de conversar com seu cliente e inseri-la aqui nesta parte. Por exemplo:

Desenvolvimento de mobiliário:

Banheiros: 3 bancadas

Quartos: 2 bancadas de estudo, 1 cama casal, 1 cômoda

Cozinha: mesa para 8 pessoas

Sala 1: 1 estante/hack para home theater, 1 mesa de centro

Sala 2: 1 aparador, 1 mesa de centro, 2 mesas laterais

Qualquer peça a mais que as especificadas acima serão tratadas em instrumento particular à parte e com valores próprios.

Agindo assim, você estará se garantindo e assegurando que não haverá abusos por parte do cliente pois qualquer tentativa dele de “ganhar” algum prêmio extra estará fechada por esta cláusula contratual informando-o de que ele terá de pagar por cada item extra.

3 – Apresentação dos trabalhos:

Aqui você deverá especificar cada etapa do trabalho:

01. Estudo Preliminar – Brieffing, estudos preparatórios, relatórios, desenhos esquemáticos, e demais documentos em que se demonstra a compreensão do problema e a definição dos critérios e diretrizes conceituais para o desenvolvimento do trabalho;

02. Projeto Conceitual – desenhos de lançamento das propostas anunciadas no Estudo Preliminar, acompanhadas de cálculos e demais instrumentos de demonstração das propostas apresentadas no projeto; inclui-se instruções a serem encaminhadas aos responsáveis pelos projetos de instalação elétrica, ar condicionado e automação, como a indicação da composição dos comandos e modo de operação dos mesmos, que evidenciem as diferentes possibilidades de uso dos sistemas propostos; compreende também a compatibilização, atividade em que se justapõem as informações técnicas e as necessidades físicas relativas às determinações do projeto de Design de Ambientes e as decorrentes dos demais projetos integrantes do trabalho global (arquitetura, estrutura, instalações elétricas e telefônicas, hidráulicas, de ar condicionado, de sonorização e sprinklers, interiores e exteriores, paisagismo, etc), com a finalidade de garantir a coexistência física e técnica indispensável ao perfeito andamento da execução do projeto;

03. Projeto Executivo – concretização das idéias propostas no Projeto Conceitual devidamente compatibilizadas a partir da integração do projeto de Ambientes com todos os sistemas prediais envolvidos no trabalho. Inclui-se as informações técnicas pertinentes à correta integração dos ambientes e demais equipamentos aos detalhes da arquitetura, bem como os dados do equipamento especificado, para a concretização dos conceitos estabelecidos no projeto. Os desenhos referentes móveis (desenho e detalhamento), equipamentos, revestimentos, materiais e acabamentos deverão ser inseridos no Projeto Executivo ou complemento deste (Memorial Descritivo), para que haja perfeita compreensão das dimensões físicas e da forma de instalação dos mesmos no edifício.

Parágrafo único: os desenhos serão apresentados em escala 1/50.

04. Supervisão Técnica – atividade de acompanhamento da execução das obras do edifício ou empreendimento, para constatação da correta execução de suas determinações e apresentação de modificações ou adaptações tecnicamente convenientes, quando necessário e pertinente. Ficam acordadas 3 visitas técnicas semanais à obra durante o andamento da execução da mesma.

Na prática, lembre-se – e avise ao seu cliente também – que só se passa de uma fase para a outra após o “de acordo”, que sinaliza por parte do cliente a compreensão do projeto e autorização para dar seqüência à próxima etapa.

4 – Prazo de entrega:

Aqui entra a sua capacidade de organizar-se. A planilha (cronograma) deve ser ampla o bastante pra que você possa trabalhar sem atropelos, mas também curta o bastante para que o cliente não comece a te ligar cobrando o projeto.

É importante deixar claro que não devemos prescrever datas fechadas e sim usar dias corridos após o “de acordo”. Isso se deve ao fato de que o cliente pode segurar e demorar para assinar o “de acordo” por dias. Você tendo colocado uma data específica certamente terá de correr contra o tempo para dar conta de finalizar a etapa.

Vejamos dois exemplos:

A – com data fechada:

O cliente assinou a proposta no dia 01/01/2009. Nessa proposta temos as seguintes datas de entrega:

Estudo Preliminar (EP): 25/01/2009

Projeto Conceitual (PC): 01/03/2009

Projeto Executivo(PE): 01/04/2009

Digamos que você passou para o cliente o PC no dia 20/02/2009. Aí você entra em “stand-by” aguardando que ele assine o “de acordo” pra que você possa dar seguimento no projeto. No entanto ele acabou tendo de fazer uma viagem do dia 22/02/2009 até o dia 15/03/2009 e, chegando aqui a sua mãe falece e lá se vai mais uma semana no mínimo de enrrolação. Chegamos então à data de 22/03/2009. Aí ele assina tudo e te entrega no dia 23/03/2009. Você conseguirá fechar todo o executivo até o dia 01/04/2009, incluindo as novas alterações que ele solicitou? Certamente que não.

B – Com prazo corrido:

Imagine a mesma situação com a seguinte especificação:

O cliente assinou a proposta no dia 01/01/2009. Nessa proposta temos as seguintes datas de entrega:

Estudo Preliminar (EP): 25 dias após a assinatura desta proposta.

Projeto Conceitual (PC): 35 dias após do “de acordo” no Estudo Preliminar.

Projeto Executivo(PE): 30 dias após o “de acordo” no Projeto Conceitual.

Usando essa prerrogativa, se o cliente quiser ficar um mês segurando a proposta ele pode ficar e isso não irá atrapalhar o seu trabalho. Não irá te sobrecarregar e você terá os seus necessários dias de trabalho garantidos.

5 – Preço e condições de trabalho:

Aqui é onde o seu cliente geralmente vai correr para olhar: o preço da proposta. Portanto esta parte tem de ser muito bem elaborada e você deverá ficar atento às reações do mesmo nesse momento. Você pode ser maleável na negociação dos prazos estendendo-os em mais parcelas porém cuidado com os “descontos”.

Geralmente, usa-se a fórmula 40+30+30 assim sendo:

40% na assinatura da proposta

30% no “de acordo” do Projeto Conceitual

30 % no “de acordo” do Projeto executivo.

Outros preferem a fórmula 20+30+50:

20% na assinatura da proposta

30% no “de acordo” do Projeto Conceitual

50 % no “de acordo” do Projeto executivo.

Existem ainda outras fórmulas, porém vale ressaltar que cada caso é um caso e, como já coloquei acima, você pode aumentar as parcelas a serem pagas pelo cliente dependendo da necessidade/realidade do mesmo.

Algumas pessoas caíram no erro de colocar uma das parcelas para o final da obra (confesso que no início fiz isso), ato da entrega da obra pronta, finalizada. Porém existe um sério risco de a obra atrasar, ser interrompida e você ficar à ver navios até sabe-se lá Deus quando.

Um ponto muito importante à destacar aqui é que o valor de projeto é uma coisa e valor de acompanhamento e execução é outra.

Valor de projeto diz respeito ao seu trabalho de gestação, criação, lançamentos e fechamentos do projeto. Ele não cobre a execução e acompanhamento. É o valor pago pelo trabalho intelectual.

Valor de execução e acompanhamento é aquele que você deve receber por acompanhar os trabalhos durante a execução da obra. É o pagamento de “peão de obra” mesmo, o trabalho braçal. Este valor gira em torno de 10% do valor total da obra que está sendo realizada e é realizado mensalmente após o início da execução encerrando-se ao final da mesma.

Portanto, o valor de projeto deve ser pago até antes da finalização da obra e tome cuidado para não deixar o seu cliente levar dois pagando um.

Mais um ponto que deve ser destacado nessa parte da proposta diz respeito aos retrabalhos de etapas já superadas e inserções/alterações de coisas. A partir do momento que o cliente assina o “de acordo” qualquer alteração por ele proposta deverá ser tratada em documento à parte desta proposta.

6 – Prazo de validade:

Sim, assim como um produto tem seu prazo de validade, esta proposta também deve ter o seu. Caso contrário, o cliente poderá pegar a sua proposta e um ano depois vir solicitar a execução do projeto com os valores escritos ali na proposta.

7 – Despesas reembolsáveis:

Tudo o que você tiver de despesas relativas ao projeto em questão são passíveis de serem reembolsadas pelo cliente. Quem já pegou algum cliente numa cidade que não é a sua sabe bem do que estou falando. Não se trata apenas das copias e plotagens mas de várias outras coisas:

A – plotagens e cópias xérox

B – correios

C – outros levantamentos e projetos complementares

D – taxas públicas quando necessário

E – despesas com transporte, hospedagem, alimentação, pedágios, etc.

8 – Autoria e Responsabilidade Técnica:

A parte relativa à Responsabilidade Técnica eu vou tratar especificamente na parte III deste texto. Já sobre a Autoria, vamos lá…

O Direito Autoral é regido pela Lei Nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. Ela resguarda os direitos do autor de qualquer obra de cunho artístico ou intelectual. E isso inclui nossos projetos apesar de que é um pouco complicada a aplicação desta lei em obras de design, arquitetura e outras correlatas por não serem vistas exatamente como uma obra artística. No entanto ela é uma obra intelectual. Por isso temos também a Propriedade Industrial (Lei Nº 9.279, de 14 de Maio de 1996).

No caso de desenvolvimento de mobiliários ou outros equipamentos específicos – como luminárias – para um projeto, estes podem/devem ser patenteados. Isso vai depender muito de você profissional. Fazer a patente não é tão difícil como muitos imaginam. No entanto a patente só ocorrerá se o produto desenvolvido for realmente exclusivo e não houver nada igual no mercado.

Porém isso não precisa estar vinculado à esta proposta em detalhes. O que você deve fazer constar em uma ou mais cláusulas é que os desenhos exclusivos são de sua autoria e a sua reprodução ou posterior confecção de novas peças está proibida, salvo no caso do cliente pagar por uma nova peça.

Outro elemento que deve estar coberta na proposta com relação aos Direitos Autorais diz respeito às cópias de seu projeto por outras pessoas. Quem já não presenciou um cliente com uma revista nas mãos dizendo que quer exatamente aquela sala? Pois é, isso é o mesmo que pirataria de CDs e DVDs. E você tem a obrigação de esclarecer o seu cliente quanto a isso. Caso seja feita a sala que ele quis e o autor real do projeto fique sabendo, você correrá um sério risco de ser processado por cópia não autorizada. Assim como esse dispositivo contratual atestará que o projeto em questão é de sua autoria, foi gestado, criado e desenvolvido por você e, caso alguém venha a copia-lo, você estará no direito de processar quem o copiou.

Um bom texto para leitura sobre o assunto encontra-se neste link.

9 – Elementos preliminares:

Aqui nesta parte você deverá definir as bases necessárias para que o trabalho seja iniciado e tenha o andamento perfeito.

É aquela parte das obrigações do contratante (cliente) e do contratado (você) e das disposições iniciais.

Nas iniciais temos a geração do brieffing, entrevista e programa de necessidades que são fundamentais para qualquer início de trabalho.

Já nas obrigações deve constar tudo que o contratante deverá cumprir para que você tenha condições de realizar o trabalho com segurança como, por exemplo: entrega das plantas baixas e todos os documentos necessários, contratação de outros profissionais quando necessário, não intervenção “in loco” na obra sem o seu consentimento, pagamento das despesas já descritas na proposta e outras que porventura venham a ocorrer, entre outras coisas mais.

Já da sua parte entram elementos como a correta observância dos prazos, atendimento às necessidades, indicação (lista) e mediação na contratação de profissionais, lojas e fornecedores, assumir a responsabilidade técnica, autoria e acompanhamento da execução da obra entre outras coisas.

10 – Disposições finais:

Aqui entram os dispositivos de encerramento da proposta como por exemplo:

– A não criação de vínculo empregatício entre contratante e contratado;

– “De Acordo” – especificação de como funciona este dispositivo;

– rescisão, interrupção, transferência da obra;

– multas;

– custos de trabalhos extras – aqueles que não estão contemplados nesta proposta;

– outros assuntos pertinentes.

Aqui também deve entrar a cláusula compromissória que é aquela que elege o foro legal. Como já coloquei em outros posts, procure utilizar as Câmaras de Mediação e Arbitragem como a que eu uso em meus contratos:

“As partes elegem o TRIBUNAL DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO PARANÁ, CÂMARA DE LONDRINA, como órgão do INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL, com sede na Avenida Bandeirantes, nº116, Londrina, Estado do Paraná, CEP:86.020-010, para solução de toda e qualquer dúvida ou controvérsia resultante do presente contrato ou a ele relacionado, de acordo com as normas de seus regulamentos, renunciando expressamente a qualquer outro foro por mais privilegiado ou especial que seja.”

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11 – Aprovação da proposta:

É a parte final onde devem constar:

– texto que o contratante ateste estar de acordo com as clausulas e condições do contrato/proposta;

– a data e local da assinatura da proposta;

– todos os dados do contratante e sua assinatura;

– todos os dados do contratado e sua assinatura;

– dados e assinaturas das testemunhas (quando houver)

As assinaturas vão na última página mas todas as páginas devem ser rubricadas por você e pelo cliente. Depois disso feito, é só fazer o registro – ou reconhecimento de firma – em cartório do contrato/proposta e mandar ver no projeto e na execução da obra posteriormente.

Um outro detalhe é que se você não possui papel timbrado não se esqueça de usar o rodapé para indicar o seu endereço, telefones para contato, e-mail, site, etc.

Pense nisso…

O que será que acontece quando 6 designers de moda ingleses, ligados às grifes da moda e consumistas, resolvem ir à Índia conhecer as confecções daquele país?

A resposta você pode ver nos vídeos abaixo.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Eu assisti esse programa no Multishow na semana passada e confesso que me tirou o sono. E que também, já comecei a repensar minhas ações consumistas.

Não está completo, mas estas três partes disponibilizadas já são suficientes para entender todo o processo. Processo esse que se iguala à indústria chinesa onde temos os navios fábrica que igualmente abusam dos trabalhadores, muitas vezes, chegando a aburdos como a escravidão independente se adulta ou infantil.

E também tem aquela velha frase que se encaixa perfeitamente nestes casos:

Quanto mais conheço os homens, mais gosto de meus cachorros.

O que se passa pela sua cabeça depois de ver isso tudo?

Assista e comece a fazer a sua parte também.

4UDECOR

É com muita felicidade que compartilho com vocês, meus leitores, que o trabalho aqui desenvolvido foi mais uma vez agraciado e reconhecido. Nosso blog agora faz parte do blogroll deles, na parte de links e foi conforme as próprias palavras deles:

Exmos Srs,

A nossa empresa, 4UDECOR é lider em blogs de decoração em Portugal. O Blog é actualizado diariamente com novidades dos artigos por nos representados, apresentações mundiais, dicas de decoração, etc. Como identificamos o vosso Blog como credivel e de confiança gostariamos de efectuar uma parceria / troca de links como já efectuamos com Blog Lopes.
Desde já agradeço a vossa atenção.
 
Atentamente,
Jorge Neves
4UDECOR”

A 4UDECOR é uma empresa portuguesa de design, sediada em Lisboa.

Site: www.4udecor.com

Blog: http://4udecor.blogspot.com

Muito obrigado!

Designer Laments Rejection with Song

This song is for all those creative workers at advertising agencies who stay up all night mounting creative ideas on foam core for client presentations.

See Video: Client Review Lament Song

Here’s what Maxwell had to say: “I am a freelance web designer and I have been writing songs about design, advertising and tech and putting them on YouTube. I am doing it for self-promotion—and fun—and therapy.
“I am a crappy singer (which I think makes it more entertaining)”

*Está em inglês e vale a pena rsrsrsrsr

sugado: http://blog.howdesign.com/PermaLink,guid,b43f265a-b66c-4324-9f86-533595f391d6.aspx

Tudo que você precisa saber sobre Design de Interiores e Ambientes

…e que não tinha a quem ou vergonha de perguntar. *

ATENÇÃO:  antes de postar um comentário, leia os comentários e respostas já postados. Perguntas já respondidas não serão mais respondidas pois isso toma muito de meu tempo além de demonstrar que você é preguiçoso e quer tudo mastigado. Portanto,

LEIA OS COMENTÁRIOS TAMBÉM!

O que é Design de Interiores?
Design de Interiores é uma evolução técnica e estética da Decoração. Com a necessidade urbana de espaços cada vez mais detalhados e personificados aliado aos avanços tecnológicos em equipamentos, materiais e uso destes espaços, o profissional de decoração foi ficando para trás por não ter competência, conhecimentos e nem habilidade técnica para projetar. Com esta nova realidade surge então o Design de Interiores, uma área bem mais ampla e vasta com vários segmentos onde o profissional aprende em seu curso conteúdos multidisciplinares de Design, Arquitetura, Engenharia, Artes entre outras áreas que formam o todo.
Com esta formação o profissional está apto a realizar alterações no layout, trabalhar gesso, iluminação, projetar móveis, trocar revestimentos enfim, tudo o que for necessário para que o seu projeto seja inovador, contemporâneo e correto dentro das Normas Técnicas.
Através de toda a sua carga de conhecimentos aliada às informações obtidas junto com o cliente através de entrevistas e briefing ele tem materiais em mãos para projetar estes espaços de forma ou a simplesmente fazer ajustes usuários/uso até mesmo propor alterações gerais dos espaços, incluindo propondo novas aberturas e/ou fechamentos.

O que é Design de Ambientes?
Design de Ambientes é uma nomenclatura mais ampla para Design de Interiores que, por ranço, melindre ou vício de outros profissionais de áreas correlatas, insistem em afirmar que o próprio nome do curso limita a área de atuação do profissional de Interiores às áreas internas da edificação. Isso entra numa tentativa mascarada de reserva de mercado pois os mesmos que pregam este tipo de coisa sabem perfeitamente que um cliente dificilmente contratará dois profissionais: um para a área interna e outro para a externa. Logo quem faz os dois tem mais chances.
Mas em sua formação acadêmica, o profissional de Design de Interiores absorve e aprende conteúdos que o habilitam tecnicamente para efetivar alterações no exterior também seja em fachadas, paisagismo, eventos, etc.

Quais as áreas de atuação do Designer de Interiores/Ambientes?
Design de Interiores:
Todos os ambientes internos residenciais, comerciais, industriais, estandes, etc
Design de Ambientes:
Paisagismo, fachadas, eventos externos, etc
Transportes:
Interiores de automóveis, aviões, embarcações, etc.
SET Design:
Cenografia teatral, estúdios de foto/TV/vídeo, etc
Moda:
Desfiles, vitrines, produção de catálogos e editoriais, etc.
Games:
Produção em conjunto com os desenvolvedores dos ambientes internos e externos para jogos.
Produto:
Móveis, acessórios, luminárias, etc
Educação:
Lecionar em faculdades e universidades, produção de textos, artigos, livros, palestras, cursos, seminários e outros pertinentes ao Design.
Existem ainda outras áreas em que o Designer de Interiores/Ambientes pode trabalhar. Basta você perceber os ninchos de mercado e entrar.
Qual a diferença entre “design” e “designer”?
Design é a profissão, designer é o profissional. Ou seja, você faz design e você é um designer.
Desconfie quando ouvir um “profissional” dizendo-se design e que trabalha com designer. Isto demonstra claramente o quão a sério ele levou o seu curso, se é que fez algum.

O que um Designer de Interiores/Ambientes precisa saber para atuar profissionalmente?
Dentro da formação acadêmica o Designer de Interiores/Ambientes cursa disciplinas como:
Ergonomia
Desenho de expressão e de observação
Desenho técnico arquitetônico
Leitura e análise de projetos arquitetônicos, estruturais e elétricos
Desenho e detalhamentos de objetos (moveis, acessórios, luminárias, etc)
Psicologia humana
Acessibilidade
Cor
História da arte, arquitetura e design
Semiótica
Paisagismo
Ética
Gestão e marketing
Materiais e revestimentos
Estética
Projeto luminotécnico, hidraulico e elétrico
Normas técnicas
Entre vários outros conteúdos pertinentes.
Todos estes conhecimentos são necessários para que o Designer possa vislumbrar todas as possibilidades projetuais e realiza-las de forma a atender e satisfazer plenamente o cliente.

Já no âmbito profissional, o designer tem de ter conhecimentos sobre o mercado de trabalho, sociedade na qual está inserido, parcerias e prospects entre outros.
Apesar de saber fazer corretamente a leitura das plantas estruturais, quando da necessidade da derrubada de alguma parede para melhorar o espaço o Designer deve recorrer à parceria junto a um engenheiro civil que ficará encarregado desta parte. Da mesma forma quando se fizer necessária alteração no projeto elétrico (engenheiro elétrico) e outras situações. Isto não tem absolutamente nada a ver com sombreamento profissional mas sim com parcerias provocadas pela própria multidisciplinaridade do Design de Interiores/Ambientes.

O que é design de produto? Onde ele está presente no trabalho do Designer de Interiores/Ambientes?
É o designer que trabalha com o desenvolvimento de produtos: embalagens, móveis, eletrodomésticos e qualquer coisa usável. Já o Designer de Interiores/Ambientes, em sua formação, aprende como se deve projetar corretamente os produtos mais utilizados em seus projetos e que são, normalmente, a maior carga de trabalho projetual: móveis.
Nem todos os móveis que vemos em revistas ou em lojas cabem, dentro dos espaços cada vez mais reduzidos portanto, o Designer tem de projetar peças e mais específicas que serão produzidas em marcenarias. Aqui também entram vários outros conhecimentos que um leigo nem faz idéia: ergonomia, materiais, resistência dos materiais entre outros. Há também casos de produção de acessórios, objetos decorativos e luminárias. Por isso é importantíssima a formação do profissional.

Como um designer cria um ambiente?
Primeiramente, é preciso que o cliente preencha um briefing – um documento explicando o que ele quer. O briefing contém informações pertinentes ao designer, como desejo principal do cliente, sonhos e vontades, cores que lhe são agradáveis, fluxograma (uso) diário dos espaços, composição familiar/empresarial entre vários outros elementos. Depois, ele junta todas as informações que ele puder sobre o cliente, traçando um perfil psicológico/social. Após isso, o designer faz um brainstorming ou um painél de semântica com tudo relacionado ao assunto: imagens de móveis, imagens de equipamentos e materiais, conceitos, etc. Em seguida, ele analisa todas as informações e começa a gerar rascunhos alternativos de layouts. Não há nenhuma regra para o número de alternativas. Alguns geram 3, outros geram 300. Esta é a etapa mais demorada do processo, pois o designer precisa levar em conta todas as informações que ele juntou e todo seu conhecimento. Quando o designer acredita que já gerou soluções o suficiente, começa o processo de eliminação no qual ele descarta as alternativas até reduzir até no mínimo 3 alternativas. Com isto feito, ele aperfeiçoa os esboços (em um software, ou no papel mesmo) já com as cores que ele definiu no processo de rascunho. Em seguida, o designer apresenta alternativas ao cliente (muitos preferem apresentar apenas uma alternativa). Caso o cliente desaprove, abre-se uma discussão entre os dois lados para verificação de ajustes no projeto, onde estão os objetos indesejáveis (pontos de rejeição), pontos de acertos, possíveis soluções, etc. Isto implica voltar à mesa de desenho e re-projetar algumas ou muitas coisas. O processo se repete até o cliente finalmente aprovar o trabalho. Depois ainda é aconselhável criar um manual de uso para o cliente saber como lidar com equipamentos e materiais (lâmpadas, limpeza, etc).

Quanto um designer ganha?
Ah, a pergunta que vale ouro.
O correto seria o cliente perguntar: quanto um advogado, um médico, um arquiteto ganha? E depois de tomar consciência disso, perceber que o profissional de Design investiu tanto quanto qualquer outro profissional em sua formação e carreira.
Depende muito. E esse “depende” inclui vários fatores: onde ele trabalha, em que cidade ele trabalha, como é o cenário do design na cidade dele, quão bom ele é, se é estágiário ou já é formado, etc.

O que é melhor: ter um emprego fixo ou trabalhar como profissional autônomo?
Muito designer decide ser freelancer (profissional autônomo) para ganhar mais. Alguns destes ganham mais, outros não. O bom de ser freelancer é que você não gasta dinheiro com impostos (na teoria), você define seu próprio salário, não precisa responder a ninguém exceto ao cliente, têm horários flexíveis, etc. Em contra-partida, o freelancer não têm carteira assinada e não pode se aposentar, não têm renda comprovada e pode passar por um período de “seca”: aquele mês onde você não consegue nenhum cliente novo e suas contas a serem pagas começam a atrasar. Então depende muito de como você quer trabalhar. Freelancing funciona para alguns, não funciona para outros. O jeito, é testar ambos e ver qual que lhe cai melhor.

Vale a pena fazer faculdade de design?
Sim. Claro, existe algumas faculdades ruins por aí. O jeito é conhecer alunos destas faculdades e perguntar como são as aulas, como são os professores e como é a infra-estrutura. Existe algumas coisas que você simplesmente não aprende em livros ou em posts de blogs sobre design na net. Experiências reais de professores que atuam no mercado é uma destas coisas: é sempre bom saber como que o profissional vai lidar com determinado problema na vida real. Sem dúvida, existe muita coisa que você não vai poder aplicar na vida real devido a velocidade em que corre o mercado do design. Mas é sempre bom saber, pois se você acabar encontrando-se preso em algum lugar saberá como se safar usando uma técnica que requer mais tempo porém fará com que o trabalho seja feito. Pessoalmente, sou 100% a favor do ensino de design em faculdades. Afinal de contas, você pode facilmente aprender a construir casas através de apostilas na internet e livros: mas isso faz de você um engenheiro civil? Você contrataria uma pessoa que nunca fez uma faculdade de engenharia civil para construir a sua casa? Pense nisto.

Existe faculdade de Design de Interiores/Ambientes?
Sim, existem várias hoje em dia no Brasil.
Aqui em meu blog postei uma breve relação de algumas que fui encontrando pela web em minhas pesquisas. Não conheço todas elas porém vale ressaltar que quem faz o curso e o futuro profissional é o próprio acadêmico quando leva a sério a sua formação.

Onde posso arranjar trabalho na minha cidade?
Primeiramente, crie um portfólio: seja online ou seja impresso. Se você nunca fez nenhum serviço real, inclua trabalhos acadêmicos. Inclua sempre apenas aquilo que você gostou do que fez, esqueça os seus trabalhos “medianos” e “ruins”. Depois utilize o Google para procurar por termos como escritório de design, loja de móveis, decoração, escritório de arquitetura e outros. Em seguida, é só enviar o endereço do seu portfólio online ou enviar o seu portfólio (e currículo) via correio (ou deixar lá pessoalmente) e esperar. Se você tiver bons trabalhos e se mostrar competente, quem sabe o dono não te chame.

Onde que posso encontrar modelos de contrato e briefing?
Este é um ponto bastante confuso pois cada região do país funciona de um jeito.
Pode parecer que não mas as características regionais influenciam na formatação dos documentos.
O ideal é você tentar conseguir modelos com outros profissionais e ir adequando-os às tuas necessidades profissionais. É aquele joguinho de quebra cabeças: uma pecinha daqui, outra dali, mais outra de acolá e assim por diante e, quando você menos esperar, terá os seus documentos prontos.

É interessante participar de concursos?
Não, e vou explicar por quê*: de acordo com o capítulo III, Artigo 12º do Código de Ética Profissional do Designer Gráfico da Associação dos Designers Gráficos (ADG): “O Designer Gráfico não deve, sozinho ou em concorrência, participar de projetos especulativos, pelo qual só receberá o pagamento se o projeto vier a ser aprovado”. Pense neste exemplo: você é engenheiro civil e um cliente entra em contato com você e pede para que você construa uma casa para ele. Ele não diz onde, nem quantos quartos, nem nada. Só diz “Construa!”. Mas você não é o único: outros cinco engenheiros foram contactados e estão fazendo o mesmo. No final, o cliente vai escolher uma das casas e pagar por apenas esta. Você, que gastou dinheiro com mão de obra e materiais vai ficar no prejuízo. Mas e se você fosse muito muito muito bom e fizesse a melhor casa de todas, você ainda corre o risco de não ganhar e sabe por quê? Porque o cliente nunca falou quantos quartos queria, se queria uma casa grande, pequena, com piscina ou sem, etc. Não houve o “briefing”, então por melhor que tenha sido talvez não caiba nas necessidades do cliente. Os “concursos” são predatórios e trazem prejuízos ao mundo gráfico, então deveremos resistir e não participar!
* Na ausência de normas específicas em Interiores/Ambientes resolvi manter o texto original. Porém ressalto que não sou contra os concursos de Design Universitário pois acho estes uma grande oportunidade para quem está ingressando na área e força a pesquisa no meio acadêmico de forma positiva.

Quais os softwares que o designer de interiores/ambientes precisa dominar?
Primeiramente é preciso deixar bem claro que nada substitui o bom e velho desenho à mão.
Mas, em meio aos vários softwares disponíveis, os melhores e mais comumente usados são:
AutoCAD (2D e 3D)
3DMax
Virtual Designer
DIALux
Estes são os básicos mas existem vários outros. O uso vai depender da adaptabilidade do profissional à interface.

Tenho outras perguntas a fazer. Onde que pergunto?
Deixe sua pergunta nos comentários abaixo e visite o blog regularmente para conferir a resposta. Se for uma pergunta boa, eu adicionarei-a ao post.
* Eita ferro… peguei esta idéia de algum blog que visitei, copiei o texto e fui fazendo as alterações. Porém fui apagando e reescrevendo e acabei ficando sem a fonte rsrsrsrsrs coisas de quem tem virado as noites trabalhando… Se o autor do original ver isso aqui, por favor poste nos comentários pois nem dentro de meu reader consegui localizar.