CLD Certified Lighting Designer

Demorou mas saiu!

Finalmente temos uma certificação Internacional profissional de Lighting Design.

CLD logo

Diferentemente daqui, onde o corporativismo, o coronelismo e a falta de bom senso e ética imperam através de organismos oficiais que agem contra outras profissões e o mercado e que ficam o tempo todo tentando promover uma reserva de mercado (que é crime), o mundo evoluído continua, evoluindo ainda mais!

É o que eu sempre digo sobre “pensar fora da caixinha” e livrar-se das gaiolas (jaulas e prisões) visando a melhoria do mundo, da humanidade.

Pois bem, o que é esse tal de Certified Lighting Designer? Vou explicar resumidamente com uma tradução livre.

Segundo o próprio site

“A certificação Certified Lighting Designer (CLD) é a primeira certificação baseada em evidências do design de iluminação do mundo. O processo de certificação foi projetado para avaliar se um indivíduo é capaz de atuar como um designer de iluminação arquitetônica de uma forma profissional e competente.”

Por que foi desenvolvida a CLD?

Os profissionais que atuam na área devem ser os únicos a definir a profissão iluminação. No entanto, na ausência de uma definição oficialmente codificada internacionalmente, existia um risco real de que aqueles fora da profissão e os outros nas esferas legislativas ou públicas tentaria defini-lo em seu lugar. É o caso aqui do Brasil onde determinados grupos vem tentando fechar a área exclusivamente para arquitetos sob alegações estapafúrdias e totalmente sem qualquer fundamentação teórico-prática.

Analisando esta situação, que não acontece apenas aqui no Brasil, a IALD iniciou uma série de conversas e debates com partes interessadas, com profissionais de iluminação e com a indústria de todo o mundo para determinar se seria benéfico para a profissão criar uma certificação que identificasse e avaliasse as habilidades e conhecimentos dos lighting designers que trabalham com projetos voltados para a Arquitetura. Essas conversas também envolveram partes interessadas de profissões relacionadas, tais como Arquitetura e Design de Interiores, já que a maioria dos profissionais atuantes hoje em dia são oriundos destas duas áreas.

Com base nesses debates, a IALD montou, em 2010, uma força-tarefa internacional credenciada para continuar a conversa e determinar a viabilidade de uma certificação global. A Associação de Designers de Iluminação Profissional (PLDA) desempenhou um importante papel, representando o grupo de trabalho. Depois de extensas pesquisas internacionais de investigação envolvendo webinars, entrevistas pessoais e reuniões, a força-tarefa decidiu que existia a necessidade premente de uma certificação profissional reconhecida mundialmente e começou a desenvolver a CLD.

A certificação CLD é uma avaliação baseada em evidências que testa a sua competência profissional ao longo de sete domínios relacionados à prática. Os candidatos são obrigados a apresentar dois tipos de provas:

  • Informações por escrito: Isso inclui respostas a um conjunto de questões, bem como descrições de projetos.
  • Portfólio: Este material presta suporte às suas respostas escritas para demonstrar a sua competência em cada domínio necessário.

Cada inscrição é avaliada por revisores treinados e capacitados. O processo de avaliação demora entre 4 e 6 semanas.

Quem é considerado apto a ser certificado?

Para solicitar o CLD, os candidatos devem comprovar no mínimo três (3) anos de experiência atuando como lighting designer profissional, sendo o principal responsável por:

  • Criar estratégia de Lighting Design e na elaborar conceitos em Lighting Design para projetos;
  • Documentação relacionada ao projeto e soluções de Lighting Design;
  • Transmitir e trocar idéias com a equipe de projeto e clientes;
  • Cumprir prazos de concepção do projeto e reuniões;
  • Realizar o acompanhamento ao longo do processo de implementação dos projetos;
  • Orientar o desenvolvimento do projeto desenvolvido e documentado.

Além disso, os candidatos devem ter de dois a quatro projetos em seu portfolio que será utilizado para demonstrar a sua competência profissional.

Domínios de Prática

Os sete domínios da prática definir as competências essenciais para profissionais de design de iluminação em todo o mundo e fornecer um padrão para medir o desempenho dos candidatos CLD.

Lighting designers qualificados que são membros de alguma associação profissional de Lighting Design aprovada devem demonstrar proficiência em cinco dos sete domínios (de colaboração e de manejo são excluídos). Todos os outros candidatos devem demonstrar proficiência em todos os sete. Ser membro de uma associação de iluminação não é uma condição prévia para a certificação, no entanto.

As competências e conhecimentos exigidos são:

  • Metas e resultados – A criação do conceito de iluminação que cumpra os requisitos do projeto e a intenção do projeto para que a solução funcione como previsto.
  • Colaboração – Interação com outras disciplinas, servindo como um membro integrante da equipe de projeto na área de Lighting Design, relacionado ao seu contexto e agregando valor ao projeto.
  • Engenhosidade – A contribuição de ideias que demonstram inovação, criatividade, originalidade, imaginação ou desenvoltura para promover os objetivos do projeto.
  • Síntese – A integração dos elementos técnicos e estéticos da iluminação com o espaço e a forma.
  • Ciência – A aplicação dos princípios da luz para atender a critérios técnicos relevantes nos projetos.
  • Sustentabilidade – A resposta do projeto de iluminação para o impacto ambiental conhecido e potencial.
  • Experiência Humana – O design de soluções de iluminação que afetam positivamente as pessoas.

Documentações:

Para demonstrar sua proficiência, você deve realizar um teste, em Inglês, com questões aplicadas sobre cada domínio. Além disso, você deve apresentar evidências ilustrativas – portfolio – para cada um dos domínios, exceto colaboração.

O número de documentos para cada domínio exigido varia dependendo se você for membro de uma associação profissional de Lighting Design aprovada pela CLD. As aprovadas são:

  • International Association of Lighting Designers (IALD)
  • Asociación Profesional de Diseñadores de Iluminación (APDI)
Domínio Professional Members of Approved Lighting Design Associations All Other Applicants
Metas e resultados

1

2

Colaboração

0

1

Engenhosidade

1

2

Síntese

1

2

Ciência

1

1

Sustentabilidade

0

1

Experiência humana

1

2

Você pode enviar até três cases como documentação para cada um dos domínios exigidos para comprovar sua qualificação. Exemplos de documentações dos cases incluem esboços, planos, fotografias, consumo energético e documentação de conformidade com as normas internacionais.

As documentações devem ser encaminhadas com pelo menos dois tipos de projetos exclusivos tais como comercial, cultural, hospitalidade, residencial, ou varejo. Embora sua solicitação deva incluir projetos tanto de interiores como exteriores, não é necessário para satisfazer cada competência um exemplo interior e outro exterior.

Todos os projetos devem ter sido concluídos nos últimos sete anos, ou estar em vias de ser finalizada a sua implementação. Para obter uma lista completa de cases aceitos para avaliação ​​e tipos de projetos, consultar o Manual do Candidato CLD disponível neste link.

5 Razões para ganhar o seu CLD

  • Alcance reconhecimento global. A CLD é a referência baseada em provas de desempenho profissional reconhecida internacionalmente.
  • Aumente a sua visibilidade profissional. Diferencie-se de seus concorrentes apresentando a sua Certificação Profissional Internacional em Lighting Design.
  • Demonstre conhecimento. Mostre a seus clientes e ao mercado que você já provou proficiência e conhecimento no desenvolvimento, orientação e conclusão de projetos de Lighting Design.
  • Invista em sua carreira. Atraia novos negócios e clientes a partir do valor de uma certificação Internacional, a CLD.
  • Ganhe o respeito que você merece. Confirme o seu status profissional aos olhos do mercado, academia, parceiros e colegas profissionais, legisladores e do público em geral.

Bom demais isso não é mesmo pessoal? Uma certificação Internacional que acaba de vez com essa lenga-lenga de que “só arquiteto pode iluminar a Arquitetura”.

Com este certificação você tem o reconhecimento e o aval do maior organismo mundial de Lighting Design para atuar profissionalmente. Tenho certeza absoluta de que ninguém irá querer contestar isso e comprar briga com a CLD.

Gostou?

Para maiores informações é só acessar o site da CLD neste link.

Ah, informação importante:

O pessoal da área cênica que atua também em projetos ligados ao objeto arquitetônico também podem solicitar a sua certificação! Aqui não há corporativismo, coronelismo e golpismos visando a reserva de mercado.

¿CUANTO SABEMOS DEL ARTE-CIENCIA DE ILUMINAR?

Por Carlos Laszlo*

 

En este día Mundial del Arte, 15 de abril, declarado por la por la Asociación Internacional del Arte (IAA) en homenaje al nacimiento de Leonardo Da Vinci, he querido contribuir con algunos comentarios sobre nuestro arte/ciencia de iluminar.

En este año internacional de la luz, nos hemos preguntado

¿CUANTO SABEMOS DEL ARTE-CIENCIA DE ILUMINAR?

Yo diría que lamentablemente poco, muy poco!

Antes de entrar en esta nota, quisiera detenerme en el título de la misma, que no es sino una síntesis de la magnífica frase/definición perteneciente al innovador diseñador de iluminación norteamenricano Gerry Zekowski que ha recorrido el mundo entero como una de las definiciones más exactas de esta disciplina:

“La ciencia de iluminar es un arte y el arte de iluminar es una ciencia”

Esta simple frase encierra en sí lo que “debemos saber” de lo que significa “iluminar”, y para comprender su real mensaje, debemos desmenuzarla cuidadosamente.

En primer lugar, debemos admitir que “la ciencia de iluminar” corresponde a lo que yo llamo el luminotécnico, y “el arte de iluminar” al diseñador de iluminación. Esto en sí no es un descubrimiento que me pertenezca, ya que en USA existe el Lighting Engineering y el Lighting Designer. También en Francia se distingue entre el Éclairagiste y el Concepteur Lumière.

En nuestro país, se nos conoce como Luminotécnicos (por todo concepto,) ya que el mercado en general no da como para contemplar las dos especialidades. Pero…estamos a la altura de tal calificación?

Veamos; siendo que el luminotécnico debe abarcar dichas dos especialidades, es obvio que DEBE dominar ambas. Y aquí es donde debemos comenzar a analizar la intención del título de esta nota: “Cuanto sabemos del arte/ciencia de iluminar?

Por un lado: normas, reglas, fórmulas, niveles de iluminación, uniformidad de iluminación, deslumbramiento, etc. Por el otro la concepción de los espacios según las diversas corrientes, dominio del color, la textura, y todo lo relacionado con el aspecto estético y artístico.

No faltará quien traiga al tapete el lamento del inefable maestro y magnífico diseñador de iluminación Howard Barandston, quien en su libro “learning to see”, (aprendiendo a ver) señala que “las reglas son un substituto del pensar; los códigos y normas suelen interferir en nuestra idea del diseño”.

Por supuesto que no soy quien para discutir con el Sr. Brandston, pero admitamos que cuando él iluminó Las Petronas o La Estatua de la Libertad, las normas y reglas no tenían cabida; lo importante era lograr el magnífico efecto que él ha logrado en esas emblemáticas obras.

Ahora bien, veamos una situación totalmente diferente, una de las más comunes en nuestros días. Un arquitecto debe iluminar un edificio de oficinas, para la cual ha elegido los modernos escritorios negros. Las normas (que SÍ hay que respetar so pena de sanción) nos exigen una iluminancia media de 500 lux en servicio en el plano de trabajo de una oficina. Eso quiere decir mantenidos a lo largo del tiempo según el plan de mantenimiento de la instalación. (¡?)

Para mantener ese valor de iluminancia en el tiempo, tendremos que considerar una reserva; (factor de mantenimiento o conservación) generalmente 0.8. (aunque debería ser mayor de acuerdo al tipo de luminaria!) Para que el nivel medio de iluminancia sea de 500 lux, seguramente habrá puntos de 600 o 650 lux; (para lograr el promedio total en el local:G1; E= Em/Emin = 2 : 1 máximo ) además, para que estos niveles lleguen al valor establecido a lo largo del tiempo estipulado y considerando un factor de mantenimiento de 0.8, esos 650 lux serán inicialmente unos 800 lux!

Hasta aquí todo bien, aunque un tanto exagerada la iluminancia media inicial!. (pero normas son normas!) Ahora ha llegado el momento de la inauguración del edificio y la oficina se puebla de personas que ocupan sus escritorios. Acto seguido, a trabajar!

Como en el colegio, saquen una hoja! Y la hoja blanco níveo aparece sobre el escritorio negro. Para esta situación, la norma dice que la relación de “luminancias” (sabíamos que es y para qué sirve la “Luminancia”?) entre el foco de trabajo y el entorno inmediato no debe superar una relación de 3 : 1; donde el papel blanco es nuestro foco de trabajo y el escritorio el entorno inmediato.

Supongamos que tuvimos la desgracia de que nuestro escritorio se encuentre justo bajo el punto de 800 Lux. Ahora tendremos que calcular ambas luminancias (papel blanco/escritorio negro) para lograr la relación que exige la norma. Si somos generosos y suponemos al escritorio negro como con cierto brillo, nuestra luminancia podrá ser de L= 20cd/m2 (sabíamos lo de L= cd/m2?)) mientras que el papel blanco tendrá unas 200cd/m2. Esto nos indica que nuestra relación de luminancias será de 10 : 1!!! ó sea, más de 3 veces lo admitido por las normas.

Vale señalar, que esto no solo NO cumple con las normas, sino que origina un serio perjuicio fisiológico afectando nuestra vista, la que continuamente salta del papel al escritorio y viceversa inconscientemente, obligando a la pupila a dilatarse al máximo y contraerse al máximo infinidad de veces al día, a veces en fracciones de segundo!

Esto es solo un ejemplo de los muchos elementos que se deben sopesar al realizar un proyecto, como lo son además y entre otros: el deslumbramiento fisiológico, deslumbramiento psicológico, luminancia de paredes y techos y en las nuevas tendencias que apuntan a potenciar el bienestar del personal, considerando entre otras cosas la Exitancia o Emitancia (Sabíamos que es esto?) de estas superficies, etc.

Todos estos estudio requieren fundamentalmente de una correcta elección de la luminaria, lo cual nos exigirá los necesarios conocimientos sobre óptica y fotometría, interpretación de una curva de distribución luminosa polar u ortogonal, coeficientes de utilización y su origen, etc. Ni que decir si la obra apunta a alguna certificación LEED!!!

Cuando todas estas premisas se hayan cumplido, recién podremos encarar libremente nuestras ideas acerca del Diseño de Iluminación, en el cual también habrá componentes luminotécnicos como la temperatura del color y la reproducción cromática (¿?) entre otras.

Luego de este breve análisis, que obviamente debería ser mucho más extenso y profundo, vuelve como un bumerang el epígrafe de esta nota:

REALMENTE:…¿CUANTO SABEMOS DEL ARTE-CIENCIA DE ILUMINAR?

Algunas consideraciones al margen:

He tenido alumnos que luego de “asistir” a uno de mis cursos básicos que abarca desde las magnitudes y unidades de la luminotecnia hasta la iluminación de paisajismo, todo en tan solo 18 capítulos en 6 clases de 2 horas cada una, han emitido tarjetas profesionales auto titulándose Diseñador de Iluminación o más aún, Lighting Designer! Yo me pregunto: no es un tanto aventurado? Puede un curso de 12 horas preparar a un individuo sin conocimientos previos para afrontar con idoneidad todas las dificultades que ofrece un diseño de iluminación? Para tener una idea más cabal, solamente mi curso sobre el manejo del Software de Cálculo de Iluminación (herramienta imprescindible para el diseño y cálculo de iluminación) insume al menos 12 horas reloj, y a veces algo más! Todo esto no solo atenta contra el bolsillo del cliente sino que lo hace contra los especialistas realmente avezados y con décadas de preparación y experiencia y en definitiva porqué no, contra si mismos!

Para los Arquitectos y Diseñadores de Interiores, quienes darán un carácter definitivo a cada ambiente valiéndose en gran parte de la iluminación, el consejo es: si queremos lograr algo distinto y especial en materia de iluminación, se debe atacar esta disciplina desde el mismísimo comienzo del proyecto. Cuando los plenos de los cielorrasos se encuentren abarrotados de conductos de aire acondicionado, agua, etc., el diseñador de iluminación se verá seriamente comprometido por tales elementos impidiendo muchas veces diseñar una garganta en el cielorraso, o rajas iluminadas, o bien una determinada distribución de las luminarias; en fin, su trabajo se verá limitado y supeditado al resto de los servicios que integran una obra.

Carlos* CARLOS LASZLO é diretor na Carlos Laszlo Lighting Design & Assoc – Consultora Luminotécnica. Possui mais de 40 anos de experiência em projetos de Iluminação. Para saber mais clique aqui.

O Lighting Designer.

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 60 – 2013
“O Lighting Designer.”
By Paulo Oliveira

60
O que é e quem é o Lighting Designer? Quando e onde ele pode ser aproveitado? Como pode contribuir para o desenvolvimento de um novo padrão de qualidade e valorização projetual em todos os setores? Estas são questões que pretendo levantar neste novo ano como articulista nesta coluna.

Diante dos avanços tecnológicos e dos projetos cada dia mais individualizados, considerando ainda as necessidades de cada usuário, a iluminação deixou de ser um mero complementar e passou a ser protagonista dos projetos. Um único profissional é capaz de cumprir todas as exigências de um projeto global com tantas novidades diárias em todos os setores envolvidos?

Aquela formação básica adquirida nas faculdades de Engenharia, Arquitetura e Design são suficientes para formar o LD? Aumentar a carga horária em iluminação nos cursos de Arquitetura (como a AsBAI pretende, arrogantemente) será suficiente para cumprir as necessidades projetuais no padrão internacional do Lighting Design? Um bom projeto é aquele que agrega, ao mesmo tempo, valor, segurança e economia. Como pode um só profissional afirmar que consegue cumprir estes três itens em todos os segmentos de um projeto global? As especialidades necessárias para o sucesso de um projeto global são muitas e o Lighting Design é uma delas.

Distanciando-se dos projetos de iluminação aprendidos nas faculdades, a base do Lighting Design encontra-se na iluminação cênica que garante a possibilidade de criar efeitos de luz ao mesmo tempo que atende às necessidades técnicas e individuais de cada projeto. Um projetista de iluminação não é um LD se nunca trabalhou com iluminação cênica. É esta experiência de palco que o diferencia e distancia dos outros profissionais garantindo a qualidade técnica e estética.

E sua raiz está no Design, que tem em suas premissas: função, criatividade, tecnologia, linguagem, inovação, identidade, qualidade e comunicação. A arte da iluminação cênica e a sua paixão pela luz são o alimento da alma de todo LD.

Estes profissionais podem atuar em vários segmentos do mercado, mas o que vemos por aí é sempre a repetição – na arquitetura (residencial, comercial, institucional, industrial, governamental), algumas vezes no urbano (praças, parques ,ruas, avenidas e acessos, monumentos, embelezamento urbano) e no cênico (teatro, dança, shows, TV, desfiles de moda). Porém, o trabalho de um LD é muito mais amplo. Por exemplo, você saberia dizer como ele pode atuar em eventos, design, publicidade, educação e pesquisa, projetos públicos e sociais? Lembre-se: onde há luz, há mercado para o LD.

O Lighting Designer é o profissional que detém conhecimentos aprofundados sobre a técnica e a arte de iluminar os ambientes bem como sobre os melhores equipamentos e seus funcionamentos para solucionar cada projeto.

O profissional de LD não faz instalação de nada. Ele projeta, acompanha o cliente durante as compras para evitar interferência de vendedores, acompanha a instalação que é feita por uma equipe de eletricistas e, ao final, faz a afinação da iluminação para que o resultado seja perfeito. No caso de desenvolvimento, ele projeta, faz a prototipagem e testes, acompanha a linha de produção e avalia a reação do mercado bem como o ciclo de vida do produto.

Também vale lembrar que o profissional de Lighting Design não estudou tanto sobre o universo da iluminação para “colocar uma luzinha” onde for. Ele não trabalha com “luzinha”. Ele trabalha com a LUZ e todos os equipamentos necessários para a excelência projetual.

ABD> Pauta Unificada

Pois é pessoas, encaminhei este texto à ABD no dia 30/07/2013, às 19:02 horas. Até o momento, mais de um mês depois, não obtive qualquer resposta sobre a mesma.

Dada a gravidade da situação que estamos passando era para a ABD ter se pronunciado de pronto sobre isso, sobre os pontos contidos nessa “pauta unificada”. Mas eles estão preferindo manter as reuniões de diretoria à cada 15 dias apenas. Será que a diretoria não julga esta minha carta (que tem por trás diversos profissionais e acadêmicos em coro) importante?

Ainda aguardando respostas sobre isso. Como perceberão claramente, nenhum dos itens é impossível de se colocar em prática. É só ter um pouco de boa vontade.

Segue o texto.

 

Londrina, 29 de Julho de 2013.

À Mesa Diretora da Associação Brasileira de Designers de Interiores

Considerando,

– As diversas conversas que tenho tido com vários membros de diretorias da ABD, sejam estes da nacional ou das regionais;

– A possibilidade inédita de sentarmos juntos, frente a frente, para debatermos abertamente sobre pontos importantes de nossa área, inclusive as discordâncias sobre a regulamentação profissional levantadas durante o NDesign 2013;

– A clareza de informações que me foram repassadas pela ABD, fato este que até então não havia presenciado;

– A perceptível ação atual, até então inexistente dentro da ABD;

– As pautas debatidas dentro das reuniões de diretoria que tomei conhecimento através da Bianka e numa conversa por telefone com a Renata;

– A visibilidade que tenho junto aos profissionais e acadêmicos de Design de Interiores/Ambientes no país;

– A deprimente e insustentável situação em que nos encontramos após a Resolução n° 51 do CAU que afetou a todos, deixando-nos abalados e preocupados com o nosso futuro profissional;

– E, finalizando, que ficou perceptível que até mesmo vocês, diretores da ABD, sentiram na pele que nem mesmo esta associação poderá salva-los e que, antes de diretores são designers assim como eu.

Elenco abaixo quatro pautas que deverão ser assumidas pela ABD, através de ofício, como compromisso público por parte desta associação, como condição para a minha volta ao quadro de associado.

Ressalto que quando escrevo “eu”, refiro-me a uma quantidade enorme de profissionais e acadêmicos que tem idéias afinadas ou próximas às minhas sobre a nossa área e o que esperamos desta associação.

Lembro ainda que a minha volta à associação trará todos estes “discordantes” para dentro da mesma e que esta pauta não foi definida apenas por mim.

São os seguintes pontos:

1- COMPROMISSO COM O DESIGN

Se, no enfrentamento da grave problemática atual, a ABD quiser levar em sua bandeira o nome da associação em prol da defesa da profissão relacionada ao Design e, por esta razão, tornar-se efetivamente uma associação de designers, deve assumir um compromisso definitivo com a área e a nossa raiz: o Design.

Tenho acompanhado através do site, releases e a página do facebook os chamados de eventos realizados pela Nacional e Regionais e venho percebendo a presença constante de arquitetos-decoradores ministrando palestras, workshops e cursos, além de escreverem para o website da associação sem qualquer atenção específica para os interesses dos profissionais realmente oriundos do Design.

Com tristeza percebi que o último CONAD (e em outros eventos regionais), levaram profissionais que claramente pagaram “jabá” para aparecer na mídia e construir o seu status. Como profissional e pesquisador da área acadêmica e mercadológica, repudio veementemente qualquer ação que acabe por dar eco a todas estas vozes vazias, sem uma contrapartida significativa para o apoio e desenvolvimento da atividade profissional dos autênticos designer que deveriam ser representados e cujos interesses resguardados.

Temos aqui no Brasil uma quantidade imensa de profissionais e acadêmicos produzindo conhecimento específico em nossa área e que não encontram espaço para disseminar e compartilhar os resultados de suas pesquisas e dos inúmeros trabalhos que desenvolvem. A ABD, como única associação de nível nacional, tem o dever moral e ético de proporcionar este espaço.

Ainda neste aspecto, sugiro a todos os diretores da ABD a leitura do livro “A Linguagem das Coisas” de Deyan Sudjic. Tendência não é Design, ela apenas faz parte dele, uma pequeníssima parte. E os eventos tem sido pautados nisso. Sei que muito disso se deve aos patrocinadores. Mas somos criativos e temos como apresenta-los sem que fiquemos reféns de um marketing eventual e oportunista.

Numa perspectiva teórico-prática, na forma de estudos e pesquisas, carecemos de uma autêntica produção do pensamento em Design que nos permita construir o nosso estatuto epistemológico sem o qual nossa profissão continuará indefinida ou, como acontece, com infinitas definições que se contradizem.

Assim, para que possamos alinhavar a partir da multiplicidade de saberes, numa perspectiva interdisciplinar, um referencial epistêmico articulador das práticas de pesquisa e das diversas formas de atuação profissional de nossa área, deverão ser convidados profissionais – da área do Design e de outras correlatas – que contribuam clara e efetivamente para a produção deste conhecimento teórico-prático em nossa área.

Cabe ressaltar que muitos destes profissionais descompromissados com nossa área se lançam na mídia como designers, entretanto, ao observarmos seus projetos constatamos que pouco ou nada se vê de Design de Interiores nos mesmos.

Por exemplo: pagar jabá em uma empresa para enfiar uma mesinha de torno que qualquer aluno de 5° ano produzia quando ainda existia técnicas industriais na escola, não é fazer Design, é enganação.

Outro exemplo: se for para falar sobre iluminação, que seja feito por um lighting DESIGNER e não por um arquiteto que trabalha com iluminação sem ter a devida especialização, salvo raríssimas exceções.

Esta ação não exige estrutura nem recursos, portanto deve ser implantada imediatamente.

2- APOIO/INCENTIVO/FOMENTO.

Junto de Bianka, Ana Eliza e Cátia participamos do NDesign 2013, realizado entre os dias 21 e 28 de julho em Salvador-BA. Não me causou estranheza a surpresa que elas tiveram por não conhecerem este evento e sua importância, não obstante o porte grandioso do mesmo. Afinal, para mim (e muitos mais, incluindo alguns de vocês) é fato que a antiga ABD não se importava e nem estava interessada em divulgar, apoiar, participar e incentivar eventos especificamente voltados para profissionais do Design e outras iniciativas desta natureza.

Um ponto que ficou bastante claro – creio que Ana e Cátia perceberam melhor por terem participado do evento por mais dias – diz respeito à estrutura do mesmo e os problemas que aconteceram. Todos estes problemas ocorrem por absoluta falta de apoio de associações e instituições de ensino que se mostram indiferentes para a importância de eventos como esse.

Longe de manifestar uma atitude arrogante, mas simplesmente explicando o processo e reforçando tudo que a antiga ABD sempre preferiu ignorar, nossa área conseguiu entrar na pauta do NDesign graças ao trabalho desenvolvido por mim por longos cinco anos junto ao órgão realizador do mesmo. Foram incontáveis conversas, trocas de e-mails, horas e mais horas através do Skype negociando, explicando corretamente sobre a especificidade e o significado da área do Design. Neste aspecto, esclarecendo dúvidas e cutucando (importunando sim) para que abrissem ao menos uma palestra para que pudessem ver a nossa área através de um profissional originário dela. Foi o meu trabalho realizado no NDesign 2012. Após isso, o Design de Interiores/Ambientes passou a fazer parte da pauta do NDesign, temos garantida a nossa área daqui para a frente em todas as edições. E ressalto ainda que, a ABD só foi convidada com meu apoio, numa tentativa de verificar in loco a real mudança de rumos que esta associação diz que está tomando.

Só ressaltando, o NDesign é o evento de caráter nacional. Mas existem também os RDesign que são os regionais. Geralmente acontecem de 5 a 8 R’s por ano espalhados pelo Brasil e nestes também a nossa área já está pautada.

Mas somente este evento não basta. Neste último NDesign estiveram presentes apenas 4 acadêmicos aqui de meu estado (PR) de nossa área. De minha região, nenhum. Tem estados que possuem cursos e nenhum acadêmico foi participar.

Assim, considerando que a ABD tem realizado eventos nas regionais que são claramente mais destinados aos profissionais e/ou com atividades únicas por edição proponho:

Que a ABD assuma o compromisso de realizar uma vez por ano, em cada diretoria/secretaria regional, um evento de um dia com uma grade voltada exclusivamente aos acadêmicos produzindo ao final de cada uma publicação mostrando os trabalhos realizados e os resultados dos mesmos.

As atividades deverão basear-se na parte teórica/pratica descartando tudo que for relativo a tendências e modismos. Deve ser um espaço democrático com pauta debatida e definida junto à comunidade acadêmica (alunos) e que sirva também – na forma de comunicações e painéis – para a apresentação do que vem sendo produzido de conhecimento dentro das universidades no campo das pesquisas, na graduação e pós-graduação.

Todo o programa do evento deverá ser envolver exclusivamente convidados devidamente habilitados (legalmente) em Design.

Sei que esta atividade necessita ser estruturada e serão necessários recursos. No entanto, sei também que há como uma associação buscar as verbas necessárias através dos governos em suas três esferas.

Por haver esta necessidade de estruturação, este compromisso não precisa ser executado imediatamente, mas os estudos e analises para tal devem ser iniciados imediatamente.

3- PRÊMIO JOVENS TALENTOS

Conforme já escrevi acima, nossa profissão irá permanecer incerta se não alinhavarmos e construirmos o nosso estatuto epistemológico. E este só se concretiza através de conhecimento debatido e produzido nas pesquisas acadêmicas e do pensar sobre a área. Assim proponho:

Que no Premio Jovens Talentos seja inserida a categoria Teoria. Esta categoria deverá contemplar dois segmentos: projetos de pesquisa e artigos relacionados à produção teórico-prática que fortaleça o discurso epistêmico sobre o Design. Ou ainda, incentivar o Design como objeto de pesquisa para além de suas ramificações.

Vejo com tristeza aqueles cursos que deixam de lado o pensar a área em favor de abordagens meramente técnicas que se reduzem ao projetar exaustivamente. Enquanto isso, temos profissionais de outras áreas falando sobre a nossa área e temos, consequentemente, uma enxurrada de desinformação na mídia e nas rodas de conversas. Enquanto permitirmos que outros pensem e falem por nós, não conseguiremos ser o que devemos ser.

Acredito que, ao abrir esta categoria de premiação, as IES irão repensar este assunto dentro de seus cursos e passarão a favorecer essa linha educacional. Vale ressaltar aqui que o MEC infelizmente baixou uma resolução onde as IES privadas ficam livres para definir se haverá ou não produção de artigos durante o curso e se haverá TCC ao final dos mesmos. E já sei de muitas IES que aboliram estas duas coisas. Isto não é um absurdo, é uma aberração!

Aponto ainda que uma das maiores dificuldades nos cursos de formação acadêmica em nossa área é o de encontrar profissionais da área de Design que sejam de fato preparados e aptos para o exercício da docência porque simplesmente não os temos à disposição. Há concursos para contratação de docentes cujas vagas são preenchidas por arquitetos, pois não aparecem designers nas inscrições. Todavia, não podemos ser ingênuos. Esta carência de docentes formados na área de Design acaba trazendo aos cursos de formação específica em nossa área profissionais despreparados e descompromissados para o desenvolvimento do Design de Interiores/Ambientes. Deste modo, muitos cursos de formação acadêmica específica em nossa área, além de ser coordenados por estes profissionais, trazem no seu corpo docente um número reduzido de designers. Isso gera um círculo vicioso: nos concursos públicos ou nos processos seletivos de contratações, acabam privilegiando outros profissionais e não propriamente o designer.  Ressalto ainda que muitos destes arquitetos-professores insistem em menosprezar e minimizar a nossa área. Estou atualmente fazendo uma complementação curricular para o mestrado em 2014 e ouvi de uma arquiteta-professora que “vocês pensam que são o que para querer ousar trabalhar o jardim da casa? Vocês tem que ficar contentes com as plantas dos vasos internos e só que servem para isso.”. Isso eu já venho berrando em meu blog há anos e ainda continua acontecendo.

Nos diversos eventos que tenho participado e nas palestras que tenho ministrado sempre me deparo com muitos acadêmicos que vêm ao meu encontro com a seguinte pergunta: “como me tornar um professor após a faculdade?”. Tem muita gente querendo isso, até mesmo profissionais. E estamos deixando isso passar em branco.

Acredito que inserindo esta categoria, os acadêmicos passarão a cobrar de seus professores e coordenadores que abram esta disciplina, ou ao menos um espaço para isso, dentro dos cursos para que eles possam participar do prêmio. Aí entrará também a Comissão para Assuntos Acadêmicos da ABD que terá o papel de incentivar isso junto às coordenações de cursos.

Devo também ressaltar que as parcas produções científicas que temos em nossa área ficam isoladas dentro das IES e não são levados ao conhecimento do universo acadêmico nacional. Já presenciei pesquisas idênticas tanto em cidades próximas quanto em distantes. Alias carecemos de iniciativas que objetivem a articulação das instituições universitárias, sobremaneira de cursos de pós-graduação, e quiçá no futuro algo como Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Design, à semelhante de outras áreas, por exemplo, como o CONPEDI para o Direito, ANPEPP para a Psicologia, ANPOF para Filosofia, ANPEd para a Educação, ANPOCS para Ciências sociais e tantos outros, os quais fortaleceram a produção de pesquisa em seus respectivos domínios.

Inicialmente pode-se colocar como premiação apenas a participação em algo como um “Anuário Teórico do Design de Interiores” à ser editado e publicado contendo os trabalhos selecionados/premiados. Posteriormente pode-se avançar e buscar fomento para premiações maiores. Como acadêmico sei o valor que uma publicação oficial tem no currículo de um profissional, especialmente aqueles que querem manter-se dentro da área acadêmica.

Outro detalhe muito importante é que este trabalho irá fatalmente incentivar aquele que será o grande alicerce de nossa profissão: a abertura de mestrados e doutorados em nossa área.

Sei que esta atividade necessita ser estruturada e serão necessários recursos. No entanto, sei também que há como uma associação buscar as verbas necessárias através dos governos em suas três esferas.

Como este trabalho exigirá logística e recursos, não precisa ser executado imediatamente, mas os estudos e analises para tal devem ser iniciados imediatamente.

4- REGULAMENTAÇÃO

Entendendo que as Comissões do Congresso Nacional, por onde o PL de regulamentação terá que tramitar, são constituídas para implementar aqueles ajustes e alterações necessários para que a publicação da Lei seja justa e coerente. Portanto, este é o momento exato para que estas sejam debatidas e realizadas.

Entendendo também que qualquer alteração necessária à Lei após a sua publicação deverá passar por todo este trâmite e nos custará muito tempo para que estes ajustes sejam realizados, atrapalhando, inclusive, a implantação do Conselho Federal de Design de Interiores pois terão que ser feitas antes deste ato, pauto o último compromisso:

Que a ABD trabalhe junto com o Deputado Ricardo Izar visando a abertura de audiências públicas dentro destas Comissões para que possamos realizar estes ajustes juntos, de forma democrática e franca.

Tais alterações que concluímos necessárias, após analise dos resultados da mesa que tive com a Bianka são:

– A retirada do termo “não estrutural” do texto da Lei. Deixar o texto livre nos possibilitando pensar e propor alterações. O parágrafo único do Art. 6° faz a ressalva de que somos obrigados ao acompanhamento de profissionais habilitados no caso do inciso IV. Obviamente isto remete que, em qualquer alteração estrutural que se fizer necessária em um planejamento ou proposta necessária para a solução do problema do espaço visando a usabilidade do mesmo, deveremos contar com o acompanhamento de um profissional habilitado para efetuar tal alteração.

Portanto, que se retire a citação ao inciso IV e em outros dentro do PL e se faça uma alteração indicando, neste parágrafo único, que qualquer proposta fora de nossas atribuições devem ter o acompanhamento de um profissional especializado na área tratada.

– Algumas alterações e inserções no texto da justificativa –  o qual, após a publicação, torna-se o substrato conceitual da norma e, deste modo, sua referência hermenêutica – que, tanto na presente produção da lei, quanto na sua futura aplicação, impeçam interpretações equivocadas. Neste sentido impõe-se desvincular-se da área da arquitetura exclusivamente de modo a inserir elementos que nos abram outros mercados que não se reduzam aos objetos arquitetônicos (Ex. embarcações, motor homes, aeronaves e outros).

Apenas isso.

Com este compromisso teremos a certeza de que a ABD realmente está de “cara nova”, ou melhor ainda, “com a verdadeira cara dos Designers de Interiores/Ambientes”, sem máscaras e democrática.

Com este compromisso teremos a certeza de que podemos confiar nesta nova ABD.

Com este compromisso iremos finalmente acreditar que podemos nos unir em torno de nossa causa em comum: a nossa profissão.

Encerrando, quando me desassociei da ABD o fiz motivado por muitas insatisfações relacionadas às posições das antigas diretorias desta associação que, creio eu, todos vocês conhecem muito bem. Era uma associação que não passava para os associados e os não associados qualquer credibilidade no tocante à representatividade e tampouco na luta real pelos interesses inerentes ao nosso exercício profissional. Assim como eu, muitos profissionais se desassociaram da ABD pelos mesmos motivos que eu. Porém existe uma multa cobrada por esta associação para quem deseja voltar a ser associado. Assim, julgo justo, que esta associação promova uma anistia com relação à esta multa para todos os ex-associados que voltarem para a ABD.

Atenciosamente,

Paulo Oliveira

Especialista, prático ou oba-oba?*

Engraçado o uso do termo oba-oba no título deste texto? A meu ver, creio que ele tem muito a dizer a respeito do mercado de Lighting Designers brasileiro. Por este termo designo tudo aquilo que é feito valendo-se do jeitinho brasileiro que algumas pessoas usam para burlar leis, aproveitar-se de situações.

Para trabalhar com Lighting Design, não basta apenas um curso superior de arquitetura, engenharia ou design. Sabemos que os alunos saem desses cursos despreparados e crus em algumas áreas por causa do todo que engloba um projeto. O que vemos na academia não passa de um esboço em disciplinas estanques do que é trabalhar com iluminação. Grande parte dos formandos desses cursos receberam seus canudos sem saber nominar as lâmpadas, quiçá usálas corretamente. Culpa do desinteresse do aluno? De uma instituição universitária particular irresponsável ou de uma pública negligente?

Esses egressos, sem qualquer especialização, vão engrossando o coro do oba-oba, e só fazem repetir conceitos e discursos aprendidos na academia ou então, dissimuladamente, apoderam-se de fragmentos de discursos alheios lançando ao vento frases de efeito. Forjam uma aparente “expertise” para vender um produto que desconhecem. Isso, de certo modo, depõe contra a seriedade profissional e formação especializada de autênticos Lighting Designers.

Temos um outro grupo, que podemos denominar como práticos, formado por vendedores e instaladores. Dentre esses, alguns, pela seriedade de sua atuação profissional, tornaram-se “experts” no assunto iluminação. Conhecem profundamente o todo que compreende este universo. São profissionais capazes de elaborar projetos complexos e, por vezes, os vemos resolvendo projetos de profissionais formados nas lojas.

Por fim, temos o grupo dos especialistas, aqueles que aliaram sua experiência profissional ao necessário aprendizado teórico-prático em cursos especializados sérios. Mas existem alguns que, mesmo com estes cursos, saem sem aprender ao menos o básico. São aqueles que pensam na especialização apenas como um livro de receitas prontas. Culpa de quem? Deles ou de uma incapacidade decorrente de uma formação generalista realizada em instituições universitárias? De ambos?

Por outro lado, temos de reconhecer aqueles (poucos) que enfrentam seriamente a especialização, incansáveis na pesquisa diária e conscientes da necessidade da formação contínua, não apenas para conhecer melhor, mas compreender os porquês, entender os conceitos e suas inter-relações, conhecer profundamente os equipamentos e sistemas e como eles se constituem e se articulam para atender às demandas dos projetos.

No entanto, esses profissionais acabam encontrando inúmeras dificuldades em estabilizar-se no mercado por causa dos erros cometidos por outros. Culpa de quem isso tudo?

Culpa nossa, Lighting Designers. Culpa das associações profissionais que dizem nos representar e que na verdade só promovem ações inócuas e fragmentadoras, geralmente,visando defender apenas os interesses de sua diretoria. Com toda certeza, culpa também do descaso dos parlamentares reféns de lobbies corporativistas.

Enquanto não tivermos a nossa profissão devidamente regulamentada através de um projeto sério, feito não apenas por associações, mas por um processo democrático, transparente e público, que envolva todos os profissionais, continuaremos com este quadro.

E você acha que não tem nada a ver com isso?

*Coluna “Luz e Design em foco” da revista Lume Arquitetura ed n° 54.

Portal Lighting Now

Apresentando mais um parceiro do blog: Portal Lighting Now.

O Lighting Now acaba de completar 1 ano de estrada e ao longo desta curta jornada vem colecionando excelentes resultados.

Além do reconhecimento da ferramenta pelos profissionais do mercado (mais de 1500 profissionais cadastrados), o site tem apoio de diversas empresas, tais como: Philips, GE, Lume Arquitetura, ABD, Aureside, AD Fórum, Academia de Engenharia e Arquitetura, entre outros.

O site, que é definido como um sistema de informações qualitativas sobre o mercado de iluminação nacional, foi criado por Alexandre Rautemberg, arquiteto, MBA em marketing e com experiência de 12 anos neste mercado e tem por objetivo, estreitar o relacionamento entre profissionais e fornecedores, facilitando as rotinas do dia a dia.

Segundo Rautemberg, o grande problema da WEB é que existe uma grande quantidade de dados espalhados, com pouca consistência e desta forma deixam “pobre” a informação. O site veio para juntar estes dados em um único lugar, de forma organizada e prática para todos aqueles que atuam ou se relacionam com este mercado, transformando tais dados em informação de qualidade.

O sistema tem o foco muito bem definido e totalmente orientado para o Marketing e TI (tecnologia da informação). “Não temos um cunho jornalístico, por isso não temos matérias ou entrevistas. Isto os nossos amigos das Revistas e Blogs fazem com extrema perfeição”, acrescenta Rautemberg.

Algumas ferramentas já estão disponíveis, tais como:

– Cadastro de Fornecedores (fabricantes, distribuidores, representantes, lojas e serviços)
– Pesquisa (por região, atividade, produto/serviço, materiais, etc…)
– Vitrine de Lançamentos
– Agenda e Cursos
– Auditório Virtual
– Catálogos On-Line
– Biblioteca Virtual
– Newsletter, etc…

Para o mês de aniversário, o site vem prevendo mais seções e funcionalidades tais como:

– Espaço Lighting Designer
Seção onde os profissionais poderão divulgar seus principais projetos, com fotos, ficha técnica, contatos, curriculm, etc…

– Acontece no Mercado
Post de notícias sobre produtos, lançamentos, cursos, eventos e tudo o que acontece no mercado de iluminação.

– Versão para IPAD
Novo layout para possibilitar ser consultado pelos equipamentos da Apple.

O Cadastro é gratuito e outras funcionalidades, principalmente aquelas que vão auxiliar o departamento de marketing das empresas estão sendo implantadas à medida que o sistema ganha corpo.

www.lightingnow.com.br