Victoria’s Secret Fashion Show 2010-2011

Bom, para os antenados de plantão, isso já nem é tão novidade. Consegui agora o vídeo completo do show da Victoria’s Secret deste ano. Na verdade, está dividido em 4 partes.

Quem já viu algum sabe do tipo de show que estou falando, vale cada segundo, cada detalhe. E, como a produção de Set é uma das possíveis áreas para os Designers de Interiores/Ambientes, vou posta-los aqui para vocês com alguns comentários abaixo de cada parte.

Quem está acostumado com as mega produções deste desfile pode ter estranhado o deste ano. Apesar de continuar sendo um mega evento, com uma mega produção, este ano eles optaram pela simplicidade: prova de que nem tudo precisa ser caro e/ou precioso para valorar a montagem.

Um outro detalhe importante é que nestes vídeos aparece o backstage (as coxias como chamam aqui no Brasil) que é o espaço de preparação e produção das modelos e de moda. Além de todo o aparato necessário, que é também, este espaço, trabalho nosso.

Vamos aos vídeos.

Na primeira parte devemos observar a largura da passarela que eles sempre usam. Essa deve ser larga o suficiente para que as modelos possam exibir os adereços que fazem parte da produção de moda. Perceberam o revestimento do piso da passarela? Não sei se é isso, mas me lembrou um papel de parede que vi em São Paulo aplicado na parede de uma loja. É um papel com gliter, maravilhoso!

Na boca de cena, vemos um cortinão simples e  levemente translúcido com grafismo simples. Sobre a boca de cena, apenas um trabalho também simples de frontão que passa perfeitamente o recado da marca. Identidade total!

Temos um grande coreto giratório no centro do palco que é, na verdade, o único elemento cênico desta parte. Simples, e manda o seu recado.

Já na parte do show da Katy Perry, nada de especial cenograficamente falando a não ser os fresnéis que descem sobre a passarela criando um efeito fantástico e inesperado. Raramente se vê uma iluminação que desce para o meio do palco.

Nota mil para esta parte!

Repito, prestem muita atenção na estrutura montada no backstage. Tudo tem de ser muito bem layoutado e atendendo um fluxograma que permita a agilidade de locomoção de toda a equipe.

Nesta parte vemos que para a cenografia foi utilizado um elemento bastante simples que lembra bastante os celeiros das fazendas norte-americanas. Muito simples e com um efeito belíssimo!

Na sequência entra uma parte mais agitada onde, cenograficamente falando, não temos elementos. Na verdade temos apenas os adereços utilizados pelos atletas de ginástica e um trabalho de Lighting Design estonteante. É a parte esportiva.

Peceberam como tudo muda do vermelho para o azul num piscar de olhos? É o poder da luz.

Nesta parte temos o show do Akon com as modelos desfilando ao mesmo tempo. Prestem atenção na quantidade de cristais suspensos formando um grande céu estrelado sobre a platéia. E, novamente, quem faz a cenografia é o lighting design. Quando as modelos comeam a entrar, descem fios com cristais presos nas pontas sobre a boca de cena. Conforme as modelos vão esbarando nos mesmos, eles começam a balançar (dançar) suavemente ampliando ainda mais o efeito. Certamente também há um pouco de vento promovendo a movimentaçção.

Simples e lindo!

Após, entramos numa cenografia bastante simples com grandes árvores na boca de cena. Sobre a passarela descem lanternas. Tudo bastante étnico.

E novamente, quem comanda o espetáculo é o Lighting design.

Na última parte do vídeo temos novamente a participação da Katy Perry. A cenografia foi muito bem sacada: simples e linda! Mostra toda a alegria e energia, características muito fortes na marca.

Em cada lateral do palco temos um monte de balões metalizados coloridos. No centro, um elemento bastante simples também na forma de um cachorro deitado.  Ao ser virado, aparece uma escadaria.

De fundo, temos um trabalho muito bonito também de lighting design.

E, promovendo a interação com a platéia, além da que as modelos já fazem, vemos os mesmos balões do palco caindo suavemente sobre a platéia.

Por falar em platéia, vocês perceberam o layout dela? O recuo necessário para as câmeras sobre trilhos e gruas? A iluminação de segurança trabalhada de forma bastante estética fugindo dos tradicionais balizadores de piso?

Bom é isso gente. Este show da Victoria’s Secret mostra claramente que não é necessário um cenário gigantesco, cheio de detalhes para conseguir passar o recado.

Espero que tenham gostado.

Abraços.

Pós.. pesquisas e metepe

Ha dois meses tive aula da pós (do IPOG) e dessa vez o módulo foi sobre a famigerada e odiada METEPE (Metodologia e Técnicas de Pesquisas).

Apesar do receio inicial geral da turma com relação à disciplina, conseguimos atingir um nivel bastante interessante nas propostas dos trabalhos desenvolvidos.

Entrei com três idéias para a Monografia e saí com cinco… Está difícil escolher pois são temas distintos e polêmicos dentro de áreas distintas do universo do LD. Mas este não é o foco deste post.

Foi interessante perceber como as pessoas tem dificuldade em focar um elemento dentro de um tema e, por vezes, resistem quando alguém tenta mostrar que não existe um foco e sim vários no que foi apresentado. Tentam se justificar e não prestam atenção no que está sendo apontado.

Pelas nossas profissões (arquitetura e Design) serem bastante criativas – e exigirem muito disso da gente – acabamos por “viajar na maionese” jogando tinta demais sobre a tela. No entanto, quando vamos escrever um artigo temos de ser extremamente específicos e focados. Interessante notar que nos outros módulos mais práticos isso não tina aparecido ainda na turma.

Vou exemplificar usando o meu grupo e o que aconteceu nele. Escolhemos como área, “Iluminação e Terceira Idade”.  Na hora de recortar o tema foi um auê geral pois cada um apontava uma coisa. Da acessibilidade ao tipo de lâmpada com características menos danosas aos idosos, rolou de tudo:

– Segurança

– Acessibilidade

– Características fisiológicas dos idosos

– tipos de lâmpadas mais adequadas

– tipos de luminárias mais adequadas

– tipo de iluminação mais adequada

– efeitos psico-fisiológicos da luz na terceira idade

– adequação projetual de espaços voltados à terceira idade

Enfim, idéias não paravam de borbulhar em nossas cabeças. Mas analisando as idéias acima, começamos a perceber que mesmo assim, cada uma nos davam margem para vários focos, ou artigos distintos, que é o caso do curso.

Depois de horas debatendo, conseguimos focalizar em um problema e escolher um objeto:

Area:

Iluminação e Terceira Idade.

Tema:

Melhoria da qualidade de vida para pessoas da terceira idade através da implantação de iluminação artificial adequada em residências institucionais.

Imagem: joaobem

Parece ainda bastante aberto o tema não é mesmo? Porém, ele já está bem fechado e isso fica claro nos itens seguintes descritos no trabalho:

Problemas:

1 – Como trabalhar a iluminação artificial para as pessoas da terceira idade que já não tem a mesma percepção visual e espacial do jovem e do adulto.

2 -As necessidades de adequação do projeto de iluminação artificial para idosos visando saúde, segurança e bem-estar.

Hipóteses:

1 -A ausência de projetos de iluminação artificial específica para a terceira idade nas instituições.

2 -Os cuidados com o bem estar dos idosos e o desconhecimento sobre a iluminação adequada.

3 -O alto custo para implantação de um projeto de iluminação adaptado.

Objetivo Geral:

1 -Identificar as necessidades fisiológicas de idosos para que através da adequação da iluminação artificial possa melhorar sua qualidade de vida.

Objetivos Específicos:

1 -Verificar os pontos deficientes da iluminação artificial nos ambientes;

2 -Coletar dados para viabilizar a elaboração de projetos adequados;

3 -Demonstrar que o custo inicial para implantação de um projeto de iluminação adaptado para idosos tem retorno a curto prazo.

Metodologia:

1 – Método: Monográfico.
2 – Universo: Iluminação de Interiores.
3 – População: Iluminação artificial para terceira idade.
4 – Amostra: Iluminação artificial para terceira idade em residências institucionais em Londrina.
Imagem: djibnet

Não entenderam nada? Claro, isso aqui é apenas uma cópia do powerpoint da apresentação. Vamos entender melhor como se daria este trabalho de pesquisa:

Dentro de todos os recortes que o grupo fez vinham ligados de uma forma ou de outra às questões sociais, especialmente aquelas ligadas a entidades assistenciais que carecem de recursos.

Ponto 1 – clientela:

Trabalharemos apenas com entidades não privadas e sim aquelas mantidas pelo estado (ou que o estado tenta manter).

Mas o que fazer?

O foco do curso é a iluminação, logo, recortamos mais ainda o tema especificamente em cima da iluminação e excluímos todo o resto. Qualquer coisa que não tenha a ver com iluminação estava em definitivo descartado.

Veja bem, o projeto de interiores existente é mantido, porém a análise fica sobre como a iluminação interfere e interage com este também,

Ponto 2 – O que fazer exatamente?

1 – Através de pesquisas bibliográficas, buscar elementos e dados para

2 – realizar uma avaliação da iluminação instalada no ambiente visando

3 – detectar erros, falhas e problemas buscando e propondo

4 – soluções  e ajustes no sistema de iluminação que

5 – atendam as necessidades dos usuários.

Clareou?

Perceberam como conseguimos focar em um determinado problema?

Não?

Pois bem, o que isso quer dizer é que formataríamos – caso este fosse um projeto real – um modelo avaliativo para os sistemas de iluminação existentes especificamente nos espaços voltados a guarda e cuidados de idosos em situação de risco.

De posse destes dados coletados nessa análise, pode-se então seguir adiante para a proposta de melhoria através de projeto que vise atender as reais necessidades dos idosos usuários do espaço. Mas isso já não entra na proposta nem no artigo. É apenas um direcionamento para o trabalho pós-artigo. E também, por se tratar de um espaço mantido pelo estado, busca-se então no projeto, além do bem-estar dos usuários, elementos que visem ajustar o custo/benefício: um projeto de excelente qualidade, a baixo custo, de fácil manutenção. É a tão falada viabilidade econômica da gestão pública.

Entendeu agora?

Mas porque de ser assim tão fechado?

Porque no curso, a construção de artigos monográficos tem um limite de páginas. Então, se abrirmos demais o tema  corremos o risco de falar sobre muitas coisas sem ser aprofundado em quase nada ou seja, muito blablabla para pouco resultado.

Houveram alguns casos de grupos que não conseguiram ser tão específicos e acabaram com seus temas dando margem para muitas suposições.

Outro ponto interessante foi a metodologia de avaliação utilizada pela professora Glaucia Yoshida:

Foi montado na frente da sala uma banca (duas mesas) onde cada grupo era avaliado por esta banca composta de 3 membros-alunos do curso. Inicialmente era esta banca que avaliava, inquiria, apontava problemas sobre os projetos. Após isso, abria-se para o restante da turma que quisesse fazer alguma pergunta. E a professora fazia as suas considerações finais.

Cada membro desta banca recebia um papel com elementos que deveriam ser avaliados no projeto:

1 – Tema (englobando a área e o recorte, se foi bem recortado)

2 – originalidade e execução (se é exequível, dentro da realidade, etc)

3 – apresentação (clareza na apresentação, firmeza nos argumentos)

Muito interessante a metodologia empregada pela professora Glaucia e os resultados obtidos.

Bom, é isso, finalmente consegui finalizar este post que estava aqui nos rascunhos desde o dia seguinte da aula.

Espero que os ajude.

SET Design: Moda

Dando sequência aos posts sobre SET Design, quero agora falar um pouco dessa área voltada para a Moda.

Como já expliquei anteriormente, SET refere-se a algo “fake”, no bom sentido. Um excelente exemplo é o caso da cenografia para TV onde temos falsas paredes, falsas fachadas, etc.

No mercado da Moda isso não é diferente mas veja bem, não vou me referir aqui a lojas e show-rooms pois estes são Projetos de Interiores/Ambientes. O SET Design voltado para a Moda compreende os trabalhos destinados a divulgação e publicidade da marca.

Ainda não temos um mercado forte neste meio aqui no Brasil uma vez que geralmente quem faz este trabalho é o Designer de Moda junto com o Fotógrafo. Porém é um nincho que está aí disponível e as empresas e profissionais que já o descobriram tem avançado grandemente em questões de qualidade estética do produto final e agilidade na conclusão do trabalho. Eles deixando esta área nas mãos de um profissional especializado ganham tempo para cumprir as suas outras funções na produção.

E já vou avisando: quem quiser entrar nessa área que se prepare para carregar muitos mobiliários, acessórios, montar e desmontar cenários rapidamente, alterar detalhes e também ajustar a parte da iluminação juntamente com o Fotógrafo (incluindo segurar os equipamentos de iluminação e rebatedores).

Vamos começar falando sobre produção de Editoriais e de Catálogos de Moda. Pra que servem os editoriais e catálogos e onde estes são utilizados?

Pois bem, os editoriais são utilizados basicamente em revistas ou TV. Nem sempre um editorial está ligado a uma marca exclusivamente. Ele tem a função de mostrar idéias, conceitos e tendências. Já os catálogos são aqueles distribuídos para lojistas e clientes no formato revista (hoje em dia também encontramos estes disponíveis nos sites das confecções). Quem assistiu ao filme “O diabo veste Prada” teve a oportunidade de visualizar a produção de vários editoriais e catálogos.

Para que um editorial/catálogo seja bem feito, deve haver uma sintonia muito forte entre marca/designer de moda/set designer/stylist/fotógrafo.

Essa sintonia se faz necessária, especialmente entre os designers de moda e de SET, para que a linguagem utilizada na produção esteja afinada com os conceitos, idéias e ideais que representam a coleção em questão e a empresa que representa.Tem também a linguagem relativa ao público alvo da marca que deve ser muito bem pensada e planejada dentro de todo esse contexto pois uma foto mal produzida pode destruir uma clientela cativa.

(Os editoriais e catálogos nem sempre são feitos com fotos.Hoje em dia, especialmente com a internet, os vídeos estão em alta.)

Os editoriais e catálogos podem ser realizados in ou outdoor e tudo vai depender das negociações entre estes dois profissionais (Moda e SET). Caso seja optado por uma produção externa, é função do SET Designer buscar a locação perfeita que represente o momento, a linguagem da coleção ou uma que possa ser adaptada para esta representação.

Enquanto o pessoal da moda faz os preparativos (make-up, produção) o SET Designer e o Fotógrafo devem dialogar sobre os pontos fortes da locação, buscar focos, ângulos e pontos a serem fotografados. Por isso é importantíssimo que o SET Designer já tenha conhecimento prévio de todo o espaço da locação e seus possíveis pontos que possam ser aproveitados. As poses também são discutidas e escolhidas nesse momento.

Outro fator importantíssimo a ser observado no caso de externas é a luz. Ela pode valorizar ou destruir um editorial caso o olhar não seja técnico o suficiente sobre o assunto provocando manchas de luz ou sombras. Por isso é importantíssimo trabalhar sempre com fotógrafos que tenham em mãos os materiais e equipamentos corretos e suficientes para estes ajustes.

Para os editoriais indoor, a função do SET Designer é preparar o estúdio cenograficamente caso seja necessário ou, no caso de fundo infinito, analisar as possibilidades que este proporciona para melhores closes e poses.

Já no caso do SET Design voltado para desfiles, o trabalho é bem mais pesado e complexo pois consiste em áreas bem específicas e detalhes que devem ser pensados na hora do projeto. Sim, este tem de ser cuidadosamente projetado, incluindo o atendimento às normas de segurança, especialmente.

O SET Design de um desfile engloba basicamente:

– Área de Recepção: onde os convidados são recebidos, nomes conferidos e informações;

– Lounge: é o espaço onde os convidados permanecem até ser liberada a entrada na área de desfiles. Aqui deve-se pensar numa área de bar, outra para descanço e a circulação além de sanitários;

– Camarins: é a área de preparação dos modelos. Não visível para os convidados esta área deve conter 5 espaços basicamente: alimentação, make-up, produção, espera e sanitários;

– Área de Desfile: esta é a parte mais complexa da produção pois devem ser respeitadas algumas áreas bem específicas e com localização pré-determinada. As áreas “soltas” são aquelas relativas à platéia que dependerão do formato da Passarela e da “boca de cena ou palco” (coloquei entre aspas pois existem vários nomes para esta última, depende da região). Além destas, a área de mídia destinada à imprensa, especialmente fotógrafos e filmagens, deve ser locada bem de frente à passarela. Além disso há ainda o espaço para a equipe de produção (som, luz e efeitos) que devem ter uma visualização completa do espaço.

Neste último tópico, vamos separar estas partes para melhor compreensão.

Para a platéia, é de bom tom que esta seja montada de forma a que todos tenham uma perfeita vizualização da passarela e as cadeiras sejam confortáveis. A melhor disposição é a do tipo arquibancada.

Área de mídia: é um “box” localizado bem na ponta da passarela destinada aos fotógrafos e à imprensa televisiva. Deve ser o suficiente para acomodar toda a mídia convidada e estar delimitada por algum tipo de barreira para que não seja invadida pelo público. Quando a passarela é alta, geralmente esta área encontra-se nivelada com a mesma e, mesmo assim, faz-se necessário pensar em desníveis tipo arquibancada para que todos possam ter ângulos de visão melhor da passarela.

Área de produção: é o espaço destinado a equipe de som, luz e efeitos. Deve ser elevada e permitir uma visão completa do espaço todo. Aqui, a luz deve ser o suficiente para a manipulação dos equipamentos, porém esta não deve ultrapassar esta área iluminando o entorno.

Passarela: Esta deve atender às necessidades do desfile. Se for reta simples, deve ter largura suficiente para ida e vinda, incluindo o cruzamento de modelos sem provocar os esbarrões. Também deve ser de uma cor diferente do piso do espaço para balizamento e uma melhor visualização pelos modelos evitando aquelas quedas toscas. Também evite trabalhar com um revestimento muito brilhoso que pode refletir a iluminação para os modelos e sobre a área da platéia. Como citei as quedas, evite sempre que possível trabalhar com desníveis na passarela pois além de dificultarem o trânsito, lembre-se que os modelos já estão cansados com a preparação que começa horas antes do desfile além de ter toda a iluminação e os flashes que são bastante ofuscantes.

(Isso não é mapeamento e sim barras leds que permitem esse efeito)

Palco, ou boca de cena: aqui está a grande surpresa dos desfiles além, é claro, da coleção mostrada. Este elemento deve ser muito bem pensado e planejado em conjunto com o Designer de Moda e deve refletir ao mesmo tempo a identidade corporativa e o conceito da coleção. Sempre bastante chamativo, é ele que dará o tom do desfile e direcionará o olhar do público. Existem dois tipos básicos. O primeiro é o tipo “show” onde busca-se mostrar o poder da marca:

E o tipo simples onde reforça-se o foco no produto:

Independente do estilo do desfile, a iluminação é um elemento importantíssimo. Esta deve proporcionar uma perfeita visualização em 360° dos produtos seja em cores, texturas e detalhes bem como não pode em hipótese alguma causa ofuscamento a quem quer que seja.

Bom, acho que é isso. De forma rápida, uma explicação de mais uma área que podemos trabalhar.

E para terminar, mais um da Victoris Secrets cujos desfiles são sempre mega shows. Aqui sim foram utilizados o mapeamento e a projeção arquitetural num belíssimo exemplo de produção:

Espero que tenham gostado e apreciem os vídeos analisando e identificando nos mesmos os dados e elementos que destaquei no texto.

Abraços e muita luz a todos vocês!

Design e processos

Muitas vezes é difícil mostrar para os clientes todo o processo que o design envolve. às vezes é até mesmo difícil para pessoas de áreas correlatas entenderem isso tudo o que geram os “X” tipos de designers e os pseudos designers.

Já escrevi sobre isso e tem muita bibliografia sobre esse assunto disponível na web. Mas tem gente que ainda confunde design com artesanato. GRRRRRRRRRRRR

A diferença é que o processo de Design pode ser aplicado ao artesanato. O contrário não. Design tem estrutura industrial e não artesanal. Simples assim. Porém as características e linguagem artesanais podem ser aproveitadas numa escala de Design.

Confuso? Pode ser, mas fica aí um excelente tema para TCCs. Divirtam-se.

Bom, encontrei alguns vídeos de um escritório de design chamado LZF. Este grupo trabalha com lâminas de madeiras aplicadas à iluminação ou seja: luminárias de madeira. Na verdade eles já são uma fábrica.

Um trabalho muito interessante e complexo que exige muita dedicação, pesquisa além de muita mão na massa literalmente falando.

Então, coloco aqui um vídeo deles mostrando este excelente trabalho. Mas não só isso…

O vídeo a seguir mostra o processo Design: da idéia inicial, passando pela criação, esboços, pesquisas, mock-up, prototipagem em escalas e materiais diversos, desenhos técnicos e especificações até a produção:

Por hoje é isso gente.

Tá dificil, a correria grande, a falta de tempo maior ainda mas este final de semana levei dois puxões de orelhas lá na pós: um da professora Glaucia e outro da Acácia do LAC/Philips….

Preciso voltar a postar, arrumar minha agenda em respeito a vocês leitores. Graças a vocês meu blog hoje é referência em design, mesmo estando bem parado nestes últimos meses.

Sei que ja prometi isso antes e não cumpri, mas dessa vez é sério ok?

abraços e muita luz a todos.

Set Design?

Sempre recebo perguntas sobre o que quer dizer Set Design. Estas vem de leitores do blog e também de pessoas com as quais converso diariamente. Todos sabem o que é Set Design, só não conhecem a palavra. Vou explicar:

Set Design é o trabalho de projeto voltado para TV, teatro, dança, moda, show, exposições e outras áreas mais.

Podem estar pensando: ah, mas isso é cenografia…

Não é não. Cenografia é cenografia sendo esta apenas uma parte do Set Design.

Portanto, trabalhar com Set Design engloba a cenografia e a iluminação num só pacote. Mas o trabalho não acontece somente na hora do projeto e da execução. Ele é árduo também na hora da filmagem/fotografia. O profissional tem de estar presente para dirigir – e na maioria das vezes agir – para que as alterações projetadas aconteçam no tempo certo sejam estas cenográficas e/ou de iluminação. Ah e sim, este trabalho envolve a escolha de locações (áreas e espaços externos e/ou internos) quando necessário.

Em qualquer dessas áreas de atuação o Set Designer trabalha diretamente ligado ao diretor do evento. Junto com ele, é feita a escolha de tomadas, ângulos, traçados, etc.

Uma área bastante forte para o profissional de Set Design é a produção de videoclipes. É também, sem sombra de dúvida a mais complicada. A seguir apresento alguns clipes que acho de extremo bom gosto e onde este trabalho foi desenvolvido com maestria:

No clipe da Beyoncé temos um plano infinito, sem absolutamente nada de cenografia. A sequencia em P&B desenvolve-se utilizando-se apenas da iluminação extremamente bem conceituada e projetada.

Neste clipe da japonesinha Utada Hikaru, Colors, podemos observar que não é utilizado apenas um projeto de set design mas vários, incluindo o design gráfico inicial e que complementa varias outras cenas. Porém não vemos uma grande cenografia: temos cenas simples e limpas onde o forte está na utilização correta de cores e na perfeita iluminação de cada uma delas.

Rain da Madonna. Ja antiguinho e batidinho, este clip ajudou a mudar totalmente a forma como os clipes são produzidos. É bastante interessante pois para quem nao conhece este trabalho, nele vemos várias tomadas que nos mostram como são os bastidores de um estúdio, de uma gravação. Além disso mostra também que por mais que o maquiador se esforce sempre temos de fazer algumas correções ou alterações para que a imagem captada esteja dentro dos padrões exigidos ou necessários. Sem contar que esteticamente é perfeito.

Vogue, Madonna. Tudo bem, confesso que sou fã de carteirinha dela mas só isso não a colocaria como exemplo neste post. Este clipe também em P&B é esteticamente perfeito. É outro que também não tem uma cenografia exagerada e temos na luz a maior força, é perfeita. 100% coerente entre figurinos e cenografia. Se vocês pretarem atenção perceberão o aproveitamento de elementos em cenarios diferentes. Os clipes da Madonna geralmente são muito bem trabalhados, todos sem exceção. Os shows dela também são um espetáculo à parte, imbatíveis.

All is full of love, Björk. Quem não a conhece precisa conhecer!!! Adoooooooooorooooooooooooo!!!! Um belíssimo trabalho gráfico com uma luz impressionante. Vale mais um dela:

Big time sensuality. Este foi um dos primeiros clipes dela que estourou no inicio dos anos 90. Como podem ver, uma idéia simples, com uma locação também simples e de baixíssimo custo. Engraçado, lúdico e interessante. Busquem outros clipes dela no youtube, garanto que não irão se arrepender.

My immortal, Evanescense. Suave e sensível como a música. Mescla tomadas externas com internas. A sutileza de mostrar elementos que aparecem na música como o piano que inicia a música de forma que não fiquem pesadas. Também em P&B, percebe-se um cuidado todo especial com a iluminação especialmente nas tomadas externas.

Vem andar comigo, Jota Quest. Adoro também. Este clipe bastante simples utiliza-se da reversão de imagens que tem um fundo liso e uma iluminação bastante precisa. O Jota Quest tem acertado bastante em seus clipes.

Lembro que além do trabalho acima demonstrado, a produção de set entra em vários outros campos e nichos de mercado. Este post foi só um exemplo, um exercício para vocês.

Linha de produção

Lá vem o marreteiro novamente…

Um fato que tem me assustado bastante nesses últimos meses diz respeito à uma constatação que estou tendo na medida em que estou aprofundando o meu trabalho junto com uma de minhas sócias. Ela “só tem” mais de 25 anos de chão de fábrica e conhece como poucos o que isso quer dizer.

Através dos inúmeros contatos que estamos tendo com profissionais (arquitetura, design e engenharia principalmente) e empresários e lojistas chegamos a uma triste constatação: OS PROFISSIONAIS – A GRANDE MAIORIA – DESCONHECEM COMPLETAMENTE O QUE É, PARA QUE SERVE E COMO FUNCIONA UMA LINHA DE PRODUÇÃO.

O que temos percebido é que, no caso moveleiro, a idéia geral de uma linha de produção é igualada à produção de uma marcenaria de pequeno porte.

Isso fica claro já desde os primeiros contatos em conversas informais. E depois a coisa se torna mais e mais assustadora na medida em que começamos e ver “projetos” de mobiliário desenvolvidos por profissionais.Aqui, especialmente, percebe-se claramente a absoluta falta de noção dos profissionais seja em questões de concepção, seja na parte mais técnica mesmo no que diz respeito a matéria prima.

Os projetos – se é que se pode denomina-los assim – não passam de rabiscos e esboços. Não há indicação de corte, ferragens, montagem, encaixes… nada. Mais ou menos como aqueles desenhos que nossas professoras de educação artística nos pediam para fazer: uma cadeira. Perninha aqui, perninha ali, assento, encosto e voilá!!! Ah, e uma corzinha também.

Até mesmo os materiais – quando são indicados – na maioria das vezes são incorretos ou inaplicáveis ao caso por questões diversas como por exemplo, estruturais.

Não é entregue ao marceneiro nem ao menos uma planificação de chapas para corte e depois reclamam que os valores cobrados é absurdo. Claro que é. Se o marceneiro terá de fazer todo o projeto – incluindo aqui escolha de materiais, estudos estruturais e de montagem, planificação de corte, entre muitas outras coisas que vão além do trabalho dele que deveria ser construir o produto – é óbvio que o valor irá ser alto. Como se curva uma placa? Qual o processo? Precisa de máquina? Pra que eu preciso saber disso?

Querem ver onde isso fica cristalino? Projetos montados dentro de lojas.

Pessoas, qualquer um junta um punhado de coisas legais numa loja e consegue fazer sozinho uma decoração legal e vistosa. Isso é pura e simplesmente DECORAÇÃO. Não tem absolutamente nada a ver com DESIGN, com a área que escolhemos para trabalhar.

O que será que esse pessoal está ensinando nos cursos por aí? Aqui incluo também os de arquitetura porém com a ressalva que eles não são formados para isso, portanto, a decoração lhes serve perfeitamente.

Mas, formar-se em Design e vender decoração é forçar demais para qualquer pessoa com um mínimo de consciência. Formar-se em Arquitetura e vender decoração é um tremendo absurdo.

Onde raios foi parar o que vocês aprenderam nos cursos? Ou será que só iam fazer turismo nas faculdades e universidades?

Vocês não estudaram ergonomia, planejamento espacial, materiais, acabamentos, ferragens, desenho de mobiliário entre tantas outras coisas exatamente para não incorrer nessa falha vergonhosa?

Vocês não pesquisaram absolutamente nada sobre linha de produção, indústria moveleira, fluxo, etc? Não tiveram nem ao menos curiosidade em querer conhecer um pouco sobre isso?

Será que as únicas visitas que vocês fizeram até hoje foram a feiras e lojas? No máximo na marcenaria?

Estou começando a acreditar que a resposta para essa ultima pergunta é sim. Infelizmente.

Mesmo que tenha sido apenas na marcenaria, você se preocupa em acompanhar detalhes da montagem para ao enos entender como ela deve ser feita corretamente? Como os encaixes devem ser projetados? Você sabe dizer qual a melhor placa para ser usada em um banheiro? E o revestimento? Só existe a fórmica? Fala sério.

Dias atrás, acompanhando uma amiga arquiteta de fora numa loja de iluminação daqui fui indagado por uma vendedora que me conhece do porque eu nunca comprar nada lá. Olhei para ela, olhei para as luminárias expostas e soltei, em outras palavras claro, que nunca comprei nada ali porque de tudo o que eles tem ali exposto, nada me serve para projeto. O lighting não visa o decorativo mas sim o técnico. Ela com os olhos arregalados me disse que nunca ouvira aquilo de profissional algum e que acreditava que os produtos por eles vendidos eram suficientes. Aí comecei a lançar algumas marcas para verificar se  ela tinha ali na loja. Das 10 citadas, nenhuma pois ela acha as peças “feias”. Questionei então sobre quais as marcas que ela trabalha dispõem de um atendimento para o caso de eu desenvolver uma peça para um projeto específico, me confeccionariam essa peça. Resposta: nenhuma. Falei que para o lighting não importa a luminária e sim o efeito que ela proporciona e que o nosso trabalho não é uma iluminação decorativa e sim algo com uma carga muito forte conceitual e um alto conhecimento técnico que vão muito além de lâmpadas, spots e dimmers. Ela não entendeu nada. Detalhe: ela é arquiteta formada.

Outro dia fui a uma loja de móveis dar um oi para uma amiga que trabalha lá. Ela resolveu me mostrar a nova coleção. De cara já apontei um erro projetual numa estante. A dona da loja que é a designer dos produtos ouviu e veio “tirar satisfações” comigo alegando que eu sou abusado… Tentei explicar a ela qual era o erro e ela alegou saber exatamente o que fazia. Sugeri então que ela colocasse sobre a estante, nem que fosse uma fileira de livros para ver o resultado. Ela se recusou. Uns tres dias depois essa minha amiga me ligou dizendo que assim que eu saí da loja, a dona mandou colocar a fileira de livros lá em cima. Quando eles chegaram na loja, nesse dia da ligação, tudo estava no chão. E, claro, me chamando para ir lá pois a dona estava disposta a ouvir as minhas “dicas”. No entanto, no primeiro dia eu até poderia sim apontar onde estava o erro mas depois do que tive de ouvir, só o faria através de uma consultoria que envolveria, claro, custos. E o problema é algo simples demais que qualquer pessoa com um minimo de noção sobre mobiliário perceberia: trocar apoios para prateleiras por parafusos, ou seja, as placas que formam as prateleiras da estante deveriam ser parafusadas e não simplesmente apoiadas sobre descansos. Com o peso na parte superior, as laterais facilmente iriam se curvar para fora e com isso as prateleiras se soltariam dos apoios. Estas estando parafusadas evitaria esse problema pois entrariam como auxílio na parte estrutural.

Portanto gente, vamos honrar o nome que carregamos com profissão e fazer por merecer quando abrimos nossas bocas para dizer: “Eu sou Designer”.

O que temos aprendido em nossos cursos vai muito além do que está sendo feito por aí.

Ou será que a preguiça fala mais alto?

100% Nacional – Design de Jóias

Dando sequência aos posts 100% Nacional, quero hoje escrever sobre o Design de Jóias – dica do Sergio.

Como é de conhecimento de todos, o mercado de Jóias movimenta milhões todos os anos e, ao andar pelas ruas ou shoppings é fácil perceber como este mercado vem se desenvolvendo seja em técnicas, materiais e, principalmente na criatividade. Tanto que temos vários visto ultimamente famosos lançando suas coleções assinadas.

A dica do Sergio é o portal JóiaBR. Um portal que agrega no mesmo espaço uma vitrine do que vem sendo produzido no Brasil e pelos Designers brasileiros, bem como listas com fornecedores, feiras, artigos técnicos, tendências, livraria online e mais um monte de informações.

Neste portal você encontrará desde os que trabalham com materiais convencionais até aqueles que pesquisam novos e novas aplicações.

Abaixo algumas criações de Designers brasileiros.

By Pitty Rebelo

By José Carlos Guerreiro

By Mariana Gorga

By Antonio Bernardo

By Patricia Gottilf

Tem muitos mais lá no portal JoiaBR.

Móveis de madeira sustentável preservam a mata nativa

Novo conceito de móveis, o Biomóvel é caracterizado pela sustentabilidade do processo de produção e desenvolvimento do design

Os produtos de madeira sustentável como o pinus e eucalipto estão voltando com força total ao cenário do mercado brasileiro de móveis. O conceito foi o tema do evento Biomóvel que aconteceu nos dias 19 e 20 de novembro, do Hotel Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo. O objetivo foi discutir a produção de móveis a partir de madeira de manejo, ou seja, que respeita e preserva a mata nativa como mogno, canela, imbuia, araucária, entre outras.

“O fato dos móveis serem produzidos de madeira sustentável ajuda a conservar a mata nativa. Pois, se não houver demanda para o corte de madeiras nobres, as florestas serão conservadas. Comprando biomóveis alivia a pressão na demanda de madeira com origem desconhecida”, alerta Alexandre Battistella, diretor da Battistella Operações Florestais.

Atualmente, no Brasil, mais de 250 cidades com mais de 100 mil habitantes concentram um potencial de consumo de R$ 22,7 bilhões em móveis, o equivalente a 70% do total nacional. Neste universo, o principal destaque é o estado de Santa Catarina. Em 2005, o estado sagrou-se como grande exportador brasileiro de móveis, com a comercialização de mais de US$ 449 milhões, respondendo por 41,8% do total de exportações de móveis do Brasil. Hoje, este índice já chega a 47% e os maiores compradores são os países da Europa e os Estados Unidos.

O novo conceito de móveis, o Biomóvel é caracterizado pela sustentabilidade do processo de produção e desenvolvimento do design. Ou seja, a cultura na produção de móveis por parte das indústrias será a partir de processos de fabricação que atendem a todos os requisitos socioambientais, além de qualidade e bom gosto.

“São móveis em madeira maciça reflorestada, produção limpa e que foram produzidos com todo o cuidado para atender as exigências da legislação européia”, explica Ari Bruno Lorandi, diretor da Central da Excelência Moveleira idealizador deste novo conceito no Brasil.

A preocupação em produzir com sustentabilidade faz parte da história da Battistella, que mantém reservas florestais próprias, programa de manejo e condução correta dos cultivos florestais e um centro de pesquisa dedicado a melhoria genética. O conjunto dessas ações resulta em árvores mais retas, com menos galhos e com madeira de qualidade cada vez maior, possibilitando o melhor aproveitamento e rendimento pelas indústrias moveleiras. “Por exemplo, o móvel de Pinus, além de ser um produto ecológico e que faz bem ao meio ambiente, resistente, ótima qualidade e que tem novos designs”, complementa Alexandre.

Paralela à importância da preservação ambiental está a certificação das florestas. O manejo florestal da Battistella é certificado pelo Forest Stewardship Council que atesta que o plano de manejo da empresa atende aos principais requisitos de equilíbrio ecológico, econômico, operacional e social. O selo é reconhecido internacionalmente entre empresas que trabalham com produtos florestais. “O consumidor brasileiro precisa perceber que ao adquirir um móvel fabricado com madeira proveniente de uma floresta certificada ele está contribuindo para o meio ambiente”, declara.

Até o momento, 20 empresas filiadas ao Sindusmobil, Sindicom (Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Rio Negrinho) e Arpem (Associação Regional da Pequena Empresa Moveleira) confirmaram presença no evento de lançamento do Projeto Biomóvel, em São Paulo. Para comprovar a qualidade do móvel, os produtos receberão um selo de certificação que será fornecido pelo SENAI, o qual garante sua origem.

História do Biomóvel

O desenvolvimento do Biomóvel teve como base o projeto Green Home, elaborado na Toscana, Itália. A estratégia do Biomóvel integra todos os níveis de desenvolvimento do produto e associa vantagens competitivas como a redução dos materiais utilizados e dos resíduos de produto. O projeto orienta e dá indicações sobre os materiais que devem ser utilizados ou evitados, os padrões para o móvel ecológico até o selo de qualidade ambiental para o Biomóvel.

O conceito do Biomóvel acompanha todo o ciclo de vida do produto, desde o nascimento e até morte. Os processos são compostos das seguintes fases: pré-produção (produção dos materiais e semi-acabados utilizados no processo); produção (transformação dos materiais, montagem e acabamento); distribuição (embalagem, transporte e armazenamento) e até a utilização (manutenção).

Nas fases de criação e produção do móvel, aspectos fundamentais devem ser considerados: projetar produtos multifuncionais, evitar o super dimensionamento dos móveis, escolher processos produtivos que reduzem o consumo de materiais, otimizar o consumo de energia na produção e utilizar embalagens recicláveis.

fonte: O Bonde

SET Design

Muita gente me pergunta o que vem a ser SET Design quando pega meu cartão de visitas.

Produção de SET seria o termo mais conhecido, mas mesmo assim, ainda encontro pessoas que ficam com “cara de bolacha sem recheio” e dentre estas pessoas encontram-se clientes (até que dá para entender), alunos e outros profissionais (não, não dá pra entender estas bolachas sem recheio e sem sabor).

Bom, numa aulinha básica e rápida posso explicar da seguinte maneira (sem usar de muito texto):

SET Design tem a ver com toda produção passageira, de uso rápido e que logo após será desmontada e, provavelmente, não utilizada novamente. Mas também tem a ver com aquelas reutilizadas muitas vezes como veremos a seguir.

Dentre os tipos de produção deste gênero encontramos:

SET Design para Moda: desfiles, produção de catálogos e, porque não, as vitrinas que, apesar de sua estrutura manter-se a mesma, o conteúdo é alterado, modificado em prazos curtos.

Engana-se quem pensa que o SET Design para desfiles fica apenas na passarela e boca. Ela compreende tudo o que envolve o evento: desde a recepção, passando pelo lounge, entrando na área de desfiles (acessos e saídas, cadeiras platéia, área mídia, área som & luz, passarela, boca, iluminação geral e específica) e o backstage (camarins e anexos).

Claro que este acima não poderia faltar né?

SET Design para cenografia: entram aqui os trabalhos voltados à cenografia teatral, televisiva e também aquelas voltadas à publicidade e aqueles utilizados para gravações de clipes musicais.

Também engana-se que SET Design para clipes e publicidade são apenas realizados “indoor”. Temos também produções que podem ser realizadas tanto interna como externamente. Aqui entra sempre o olhar cênico e fotográfico do produtor de SET (SET Designer) que irá escolher as locações e, dentro deste olhar, já marcar as cenas, ângulos e movimentações a serem tirados.

Um bom exemplo de mistura entre interna e externa é o clip a seguir, pra variar, da Madonna:

Ou este comercial da Pepsi:

Pode-se inclusive acrescentar aqui as produções voltadas a eventos (festas, casamentos, feiras, shows, etc).

Portanto, SET Design.