Exercício de observação – vídeoclipe

Sempre digo que um excelente (e gostoso) exercício é a análise de fotos e vídeos. Os videoclipes evoluíram muito em vários aspectos, dentre eles, cenografia e iluminação.

Para fazer este tipo de exercício devemos:

– assistir a primeira vez apenas para “curtir” e dar uma geral no clipe.

– a segunda e subsequentes vezes, buscando informações visuais ali presentes. Aqui você pode separar os elementos. Primeiro observe a cenografia quantas vezes forem necessárias. Depois a iluminação e assim por diante.

Pois bem, vamos então analisar o vídeo “Dance Again”, com Jennifer Lopez ft. Pitbull.

Descontem a beleza e sensualidade sublime da Jennifer e a força masculinidade do Pitbull ok? rsrsrs

Então respondam às seguintes questões:

Cenografia:

1 – Quantos cenários (estruturas) temos neste clipe?

2 – Qual deles é o cenário principal?

3 – O primeiro cenário tem estrutura fixa ou móvel?

4 – Quais os elementos decorativos existentes no primeiro cenário em que a Jennifer aparece?

5 – Quais os revestimentos ou materiais deste cenário?

6 – Quais os elementos decorativos que aparecem no primeiro cenário que o Pitbull aparece?

7 – Quais os revestimentos ou materiais deste cenário?

8 – Qual a intenção (ou relação com o que) daquele teto cheio de figurantes?

9 – Qual o material utilizado para a parte onde ela está deitada (parece areia)?

10 – No cenário da dança, quais os elementos decorativos e materiais utilizados?

11 – Há um cenário com duas portas que aparece rapidamente. Quais os elementos decorativos e materiais nele empregados?

12 – No final do vídeo aparece um elemento que parece ser um vidro de perfume. Qual a relação dele com a cenografia?

13 – No cenário da dança, qual o tipo de fundo utilizado?

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Iluminação:

1 – Quais os tipos de luminárias existentes no primeiro cenário em que a Jennifer aparece?

2 – Quais os tipos de efeitos destas luminárias e temperatura de cor?

3 – Quais os tipos de luminárias que aparecem no primeiro cenário que o Pitbull aparece?

4 – Quais os tipos de efeitos destas luminárias e temperatura de cor?

5 – Em iluminação cênica, qual efeito predomina em todos os cenários?

6 – No cenário principal há interferência da iluminação cênica. Qual o tipo de efeito e porque ela se destaca sem “apagar” a outra?

7 – No cenário que tem aquele “glitter” voando, quais as cores das luzes?

8 – No cenário da dança, quais as cores das luzes?

Bom exercício!!!

Marcenarias: vamos educar o mercado?

Profiçionalizmo…

Acho que já comentei isso aqui em meu blog mas não me lembro se cheguei a me aprofundar sobre o assunto. Então vamos lá: a bola da vez é a safadeza da maioria dos marceneiros. Mas calma gente, a culpa não é só deles, é também de péssimos e folgados profissionais de design e arquitetura que educaram o mercado dessa forma.

Seguinte: em março, comprei os materiais (madeiras, MDF, ferragens, etc) para fazer dois móveis aqui de casa (cabeceira e painel para TV). Estão guardados lá na loja desde o dia da compra. Até aí tudo bem.

O problema é que eu simplesmente não estou conseguindo um marceneiro que me façam os móveis. A resposta é sempre:

“Não trabalhamos assim, com o projetista fornecendo o material. Nós que compramos o material.”

CraroCreidi, tá me achando com cara de idiota??? SentaLáCreidi!!!

Sabem porque eles não trabalham assim? Então vamos esclarecer as coisas e colocar tudo em pratos limpos.

A verdade é que eles compram os materiais e revendem pelo dobro do preço.

Geralmente o custo calculado por eles para executarem um projeto é formulado assim:

Custo do material + 100% deste custo + mão de obra (100% em cima da soma dos dois anteriores).

Em números para ficar melhor exemplificado:

Custo material: R$ 1.800,00
Custo material repassado ao cliente: R$ 3.600,00
Mão de obra: R$ 5.400,00
Custo final: R$ 9.000,00

Perceberam a safadeza? Isso é uma PUTA falta de respeito tanto com os profissionais – que chamam de “parceiros” e ainda ligam reclamando quando sumimos – quanto com os clientes.

No entanto devo ressaltar aqui a parcela de culpa dos péssimos profissionais que geraram – e mantém – esse tipo de sem vergonhice no mercado: os profissionais de design e de arquitetura. Sim, estes tem culpa também.

Explico:

É fácil desenhar um móvel (até meu sobrinho com suas garatujas o faz). Difícil é projetar um móvel valendo-se de TODAS as etapas que isso exige. Incluindo a COMPRA dos materiais necessários.

Mas os folgados e preguiçosos preferem deixar esse trabalho para os marceneiros. Escolhem o padrão ou textura pela web, por catálogos ou amostras e deixam o resto todo nas mãos dos marceneiros. Os mauricinhos e patricinhas de plantão se recusam a ir sujar suas roupas e sapatos nesse tipo de lojas. Geralmente tem uma visão dantesca desse tipo de ambiente e arrisco-me a afirmar com certeza de que a maioria NUNCA entrou numa loja desta.

Pra que vão perder tempo numa loja de madeiras e MDF se tenho quem faz para mim? “Eu escolho daqui, ele vai lá e compra.”

Ah não posso deixar de citar também que a grande maioria dos projetos que chegam às mãos hábeis dos marceneiros vem irregulares, cheios de falhas e também tem aqueles só esboçados geralmente acompanhados de frases como:

“Você sabe fazer, então resolva a estrutura”.

BURROS!!!
ASNOS!!!!
INCOMPETENTES!!!
IRRESPONSÁVEIS!!!!

Depois tem a cara de pau de reclamar do preço cobrado pelos marceneiros. Tem a cara de pau de apresentar-se como Designers.

Por causa de vocês é praticamente impossível encontrar um marceneiro que faça estes dois móveis aqui para minha casa (já tive esse problema em outros projetos para clientes e tenho certeza que praticamente 100% dos que já tentaram isso não tiveram sucesso).

SE o mercado tivesse sido EDUCADO da maneira correta – por bons e conscientes profissionais – essas coisas não ocorreriam.

Então vamos nos unir e DESEDUCAR essa prática absurda dos marceneiros?

Vamos passar a fazer os projetos COMPLETOS, comprando os materiais e forçando-os a abandonar esse estelionato enrrustido?

Passe a comprar os materiais que serão usados em marcenaria e pare de trabalhar com marceneiros que não aceitam essa forma de prestação de serviços.

Ou vão preferir continuar perdendo clientes por causa do alto custo da execução dos projetos ou por não encontrar um marceneiro decente e ético que produza seus móveis?

Apresentando: LaCasa Design

Localizada em Londrina, no norte do Paraná, a LaCasa Design hoje é uma das maiores empresas do Brasil no segmento de móveis para área externa. Os móveis são confeccionados com estruturas em alumínios e acabamentos em fibra sintética, tela sling e madeira.

Estruturada em uma área física de 5.500m², investe constantemente na capacitação dos 150 colaboradores, que se comprometem em desenvolver produtos para atender com qualidade e conforto a todas as exigências do mercado.

Produtos

Os móveis destacam-se pelo design diferenciado, a qualidade das matérias-primas utilizadas, acabamento perfeito e um rigoroso controle de qualidade que garante que o consumidor receba um produto de qualidade, mais resistente e durável.

A LaCasa Design antecipa tendências e sua coleção anual é sempre exclusiva e inovadora, o que a torna uma empresa conceituada no mercado.

Os móveis LaCasa Design possuem estilo e design inconfundíveis. Desenvolvidos por designers conceituados neste segmento, com ampla experiência na criação de projetos na área moveleira, tem a preocupação de inserir em cada peça classe, beleza, conforto e funcionalidade.

Saiba mais sobre a empresa, materiais, design e meio de produção na página institucional da LaCasa Design.

Os produtos da LaCasa Design são sempre um show à parte. Não à toa que a LaCasa é uma das fornecedoras oficiais da Rede Globo, merecidamente diga-se de passagem. Fiquem atentos às novelas que perceberão os móveis da LaCasa.

Em sua linha de produtos você encontrará banquetas, acessórios, bancos, cadeiras, chaises, espreguiçadeiras, mesas, namoradeiras, sofás, poltronas, aparadores, cachepôs, carrinhos de chá/bar, ombrelones e puffs.

Posso garantir: se você busca além da beleza, produtos de altíssima qualidade, escolha LaCasa Design ;-)

Contatos:
Rua Condor, 715 – Pq. das Indústrias Leves
CEP 86030-300
Londrina – Paraná – Brasil
Telefone: 43 3027-7636 / 3336-4641
Site: http://www.lacasadesign.com.br/inicial
E-mail: atendimento@lacasadesign.com.br

My Reader 6/11/2010

Bom, vou começar uma série de posts nesse estilo para compartilhar com vocês um pouco sobre o que ando lendo pela web, aqui em meu reader.

Vamos lá então?

1 – No Arch Daily, dois posts me chamaram a atenção hoje:

primeiro o TED Prize-winner JR com suas impressionantes instalações fotográficas levando beleza e, em muitos casos, humor para as ruas das cidades seja em muros, fachadas, áreas degradadas ou qualquer outro ponto. Belíssimo trabalho, merecedor do prêmio.

Depois o Tourist Stop Hardanger Fjord do Huus Og Heim Architecture. Um belíssimo exemplo de projeto para o que chamamos por aqui de Ponto de Apoio Turístico. Mas infelizmente, assim como o nome feio que recebe por aqui no Brasil, os projetos são geralmente ridículos de feios. Quem sabe um dia cheguaremos a esse nivel de projeto.

2 – Do excelente blog de minha amiga Marcia Nassrallah, um excelente post sobre casa acessível. Um post muito bem elaborado sobre como devemos pensar os projetos que realizamos. Não somente visando o hoje mas também pensando e prevendo questões futuras que poderão tornar os ambientes inviáveis. São as casas para uma vida inteira, alguns cuidados que devem ser considerados na hora de projetar.

3 – No Kuriositas um post com mais uma bela apresentação em vídeo sobre mapeamento arquitetural, trabalho de Lighting Design e Arte digital: The LightLine of Gotham.

4 – No deliciosamente machista Papo de Homem, uma cobertura excelente sobre o Salão do Automóvel, em especial um post para aqueles que assim como eu, adoram os carrões.

5 – Do sempre excelente e muito crítico Urbanismo: ainda mais negligências, um post fora do contexto do blog falando sobre as problemáticas RTs. De forma simples e curta a Mary conseguiu levantar alguns pontos fundamentais e suas consequências possíveis. O que fazer?

#pausa… sinceramente não sei pq continuo seguindo alguns blogs…. #pensandoalto

5 – Já no Born Rich – que sepois que eu li o livro A Linguagem das Coisas, passei a vê-lo como um desserviço ao Design pela futilidade de muitas coisas ali – continuo acompanhando pelos excelentes projetos de interiores de embarcações e aviões, como este aqui, realizado pela empresa International Jet Interiors de New York.

6 – No sempre excelente Brainstorm9, confesso que ri muito com esse vídeo sobre o Serra e a Dilma pós-eleições.

7 – Do ChairBlog, uma verdadeira biblioteca sobre este móvel, um post apresentando o trabalho incrível do Sebastian Brajkovic. São peças muito inusitadas que brincam com a sensação motion gerando cadeiras e poltronas muito interessantes. A impressão é de uma foto tirada movimentando o objeto, ou esticando-o, deformando-o. Não sei se são confortáveis, ergonômicas ou seguras, mas que são lindas são!

8 –  Já o Contemporist, apresenta um grupo que trabalha com paisagens urbanas: o Urban Landscape Group. Vale a pena a visita ao site deles pois tem uns projetos incríveis para áreas públicas e algumas intervenções e/ou soluções bastante interessantes como a apresentada no post para iluminação de uma via pública.

Por hoje está bom né pessoal?

Depois volto com mais news e infos pra vocês sobre o que ta rolando pelo meu reader.

Abs e um excelente final de semana!

Móveis em Papelão – Oficina no Rio de Janeiro

O conceito de design limpo praticado com excelência na Escandinávia esta cada vez mais perto de nossas possibilidades, móveis em papelão é uma ótima opção para entrar em sintonia com essa tendência.

Móveis de papelão são duráveis, criativos e de baixíssimo custo, permitem decoração inusitada e reciclar matéria-prima.

Designers consagrados vêm desenvolvendo linhas de móveis feitos 100% com papelão . O design e arquiteto canadense Frank Ghery, o arquiteto suíço Nicola Enrico Staubli, o design e arquiteto italiano Marco Capellinni, desenvolvem projetos criativos e personalizados seguindo o conceito de design limpo. O principal aspecto dessa tendência consiste em ser ecologicamente correta. Confortáveis e práticos os móveis feitos de papelão reciclado permite que você modifique o espaço a hora que quiser, não pesa, e pode ser retrátil; a leveza e a praticidade das peças se destacam como pontos pró-investimento em móveis feitos com esse material.

Venha saber mais e fazer seu móvel em papelão na nossa oficina de Novembro, visite o blog e faça sua inscrição pelo e-mail.

Cirandando no Natal

Olá meus amigos leitores, como sabem este ano resolvi participar da Ciranda de Blogs – uma iniciativa da Flávia do Decora Casa.

Para minha grata surpresa que me “tirou” no sorteio foi a Marcele do excelente blog Viver Arquitetura – que já acrescentei à lista de blogs aqui na barra lateral direita.

Bom, vamos à mensagem que ela nos traz para este encerramento do ano.

Boa leitura.

Olá. Para quem freqüenta esse blog, sabe que o Paulo está participando da Ciranda de Blogs, proposto pela Flávia, do blog Decoracasa (http://decoracasa.blogspot.com). E eu, Marcele, do blog Viver Arquitetura (http://viverarquitetura.blogspot.com), fui sorteada para escrever nesse espaço, cheio de conteúdo e muita informação bacana.

Confesso que estava torcendo para que a filhinha da Flávia sorteasse algum blog que tivesse a ver com a minha profissão, mas mesmo que isso tenha acontecido, o friozinho na barriga por causa de tanta responsabilidade não deixou de me acompanhar.

E como essa segunda edição da ciranda tem como tema o natal, a primeira coisa que me veio à mente foi a questão da retrospectiva que fazemos no final do ano e as expectativas que rondam o iniciar de um período. A partir disso, pesquisei sobre o design e escrevi esse post. Espero agradar ao Paulo e a você, leitor.

“Fim de ano é um momento de balanço, seja pessoal, profissional, político, econômico ou outro qualquer. Pensamos no que aconteceu e no que deixou de acontecer, no que mudou e o que continua exatamente como antes.
Assim, podemos dizer, por um lado, que não foi nesse ano que o Design foi reconhecido como uma profissão no Brasil. Por outro lado, a cada dia os designers brasileiros recebem maior destaque com seus produtos, seja no Brasil, seja fora dele. Como exemplos bastante comentados nesse ano, podemos citar a criação da Chaise Zonza, de Eduardo Baroni, que faturou o prêmio IBAMA 2008 e a luminária Bossa, criação de Fernando Prado para a Lumini e medalha de ouro na edição 2007 do iF Product Design Award  (o oscar do design internacional).

Chaise Zonza, do designer Eduardo Baroni.


Luminária Bossa, do Designer Fernando Prado

Podemos dizer, também, que por um lado, ainda falta ao Brasil o reconhecimento de sua essência e de sua identidade. Por outro lado, 2008 mostrou-se, através do design brasileiro, uma fonte rica para entendermos sobre a cultura nacional e a beleza desse nosso país, que muitas vezes é deixada de lado. Como exemplo, cito Flávia Pagotti, que se utiliza da tecnologia dos materiais empregados e da historia da azulejaria no Brasil para a criação da Poltrona São Luiz.


Poltrona São Luiz, da designer Flávia Pagotti

E, se por um lado, ainda falta muito para que as pessoas reconheçam a necessidade de se cultivar uma vida sustentável, por outro lado, vários profissionais brasileiros e inclui-se aí, os designers, estão se preocupando em trabalhar com matéria-prima renovável ou matéria-prima reciclável ou mesmo matéria-prima certificada. Um exemplo já citado nesse post é da designer Julia Krantz.


Banco Canoa, da designer Julia Krantz

Além do balanço, fim de ano é um momento de novos planos e novos sonhos, construções e reconstruções. Quem não se pega a pensar: ano que vem será diferente! Ano que vem farei isso ou farei aquilo!? Já que sonhar não custa nada, aí estão algumas idéias das quais eu compartilho:

Sonhar com o reconhecimento do trabalho de quem lida com a questão da arte, seja arquiteto, decorador, designer. Não apenas um reconhecimento por parte dos órgãos públicos, mas um reconhecimento por parte de quem usufrui desse serviço ou venha a usufruir do mesmo.

Sonhar que acima do conceito de “moda”, embutido nos discursos de muitas publicações e anúncios, as pessoas se preocupem com o conceito de identidade do usuário para com o produto, do usuário para com a sua necessidade.
E depois do balanço e dos planos para o ano que se inicia, vem um período de “bons desejos”… Assim, desejo a você, leitor, saúde, paz, alegria, harmonia e compreensão para com os outros… E desejo, também, muito trabalho, novos projetos e mais tempo para aproveitar o que essa vida tão boa nos oferece.

Feliz natal e próspero ano novo.

Marcele!”

Valeu Marcele!

Neste teu post você conseguiu sintetizar muito do que coloco semanalmente aqui neste blog e o mais interessante, com um olhar de quem “está de fora da área”. Apesar da arquitetura aproximar-se levemente com o Design, elementos como identidade, cultura e outros são semelhantes e da mesma forma importantes em ambas as áreas.

Esta tua retrospectiva vem bem a calhar uma vez que já postei uma de imagens de 2008 e tem uma outra agendada para o dia 31/12 com os principais posts do ano.

Mais uma vez obrigado pelo belo presente de Natal a mim e aos meus leitores.

100% Nacional – Julia Krantz

Combinar o design de móveis em madeira com uma preocupação ambiental é uma das características do trabalho de Julia Krantz. Formada em arquitetura pela FAU-USP, sua linha de produção deixa transparecer o poder orgânico da madeira, em um cuidado minucioso de artesania que faz essa matéria-prima dialogar com sua condição original, através de formas que suscitam algo para além da simples utilidade cotidiana. Nesse trabalho, a ecologia tem papel fundamental. A designer, associada ao grupo de compradores de produtos florestais certificados e detentora do selo de certificação do FSC, possui o compromisso de se utilizar apenas de materiais obtidos através do manejo sustentável, se recusando a se servir de madeiras ameaçadas pela extinção. A difusão e valorização de espécies pouco conhecidas da floresta tropical, associada ao combate da degradação ambiental, se somam a uma concepção artística da utilização dessa matéria-prima tão especial em recursos. O cuidado e o fascínio pela natureza transparecem nas produções de seu trabalho, em cujas peças se pode verificar uma continuidade em relação a imensa riqueza de desenhos, cores e formas que a floresta oferece as mãos de um artista criativo.

Julia Krantz

Design 100% Nacional

Well…

Novamente na correria passando pra dar um oi geral.

Bom, sobre o título do tópico, tenho recebido varios e-mails questionando do porque de tantas postagens falando sobre o Design produzido no estrangeiro e poucas coisas daqui da terra brasilis…

Isso não tem um porque exato no entanto podemos – eu e outros blogueiros – afirmar que o acesso à produção estrangeira é bem mais fácil que à nacional.

Ou então parece que o Design brasileiro resume-se ao que aparece às vezes em sites e revistas e que, tirando os mesmos de sempre, ninguém mais produz nada.

Então abro este canal para expor os trabalhos dos Designers brasileiros que trabalham com coisas voltadas ao Design de Interiores/Ambientes.

Para expor os trabalhos, envie um e-mail para ldda.paulooliveira@sercomtel.com.br com:

fotos boas dos produtos

breve descrição dos produtos

dados do designer e/ou empresa

De posse desses materiais vou fazer posts variados por tipo de produto:

Móveis para ambientes de Estar

Móveis para ambientes de servir

Móveis para áreas externas

Acessórios

Equipamentos

Materiais e Revestimentos

Portanto, podem começar a mandar as informações ok?

Para poucos que podem pagar

Olhando um site agora, duas coisas me chamaram a atenção:

1 – Móveis compactos.

Temos visto que de um bom tempo para cá as construções tem sido realizadas minimizando ao máximo possível os espaços. Em alguns casos posso até dizer que tornando-os não usáveis. Com isso, tem surgido uma vasta linha de móveis compactos com a intenção de resolver estes problemas sejam de circulação, sejam ergonômicos. Porém pouco se vê de diferente e, como dizem os leigos, quando vejo algo nesse sentido penso: “não dava pra colocar um pouco mais de designer aí não?”

Claro que nao estou generalizando pois existem produtos excelentes, criativos, com muito design, ergonomia, etc. Mas a maioria, como diz meu amigo Vinícius, parace tudo uma Casa (sem) Cor. Parecem cópias “recriadas” umas das outras.

Ainda bem que existem excessões…

2 – Seja um “efeito colateral” de um surto criativo, uma consciência eco-sustentável, seja uma crítica social e política, ou talvez nao seja nada disso e apenas a sorte de dispor dos materiais certos na hora certa, alguns produtos nos surpreendem. É o caso da cadeira abaixo, obra do designer Alexander Reh, que usa cartuchos de espingarda:

Móveis de madeira sustentável preservam a mata nativa

Novo conceito de móveis, o Biomóvel é caracterizado pela sustentabilidade do processo de produção e desenvolvimento do design

Os produtos de madeira sustentável como o pinus e eucalipto estão voltando com força total ao cenário do mercado brasileiro de móveis. O conceito foi o tema do evento Biomóvel que aconteceu nos dias 19 e 20 de novembro, do Hotel Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo. O objetivo foi discutir a produção de móveis a partir de madeira de manejo, ou seja, que respeita e preserva a mata nativa como mogno, canela, imbuia, araucária, entre outras.

“O fato dos móveis serem produzidos de madeira sustentável ajuda a conservar a mata nativa. Pois, se não houver demanda para o corte de madeiras nobres, as florestas serão conservadas. Comprando biomóveis alivia a pressão na demanda de madeira com origem desconhecida”, alerta Alexandre Battistella, diretor da Battistella Operações Florestais.

Atualmente, no Brasil, mais de 250 cidades com mais de 100 mil habitantes concentram um potencial de consumo de R$ 22,7 bilhões em móveis, o equivalente a 70% do total nacional. Neste universo, o principal destaque é o estado de Santa Catarina. Em 2005, o estado sagrou-se como grande exportador brasileiro de móveis, com a comercialização de mais de US$ 449 milhões, respondendo por 41,8% do total de exportações de móveis do Brasil. Hoje, este índice já chega a 47% e os maiores compradores são os países da Europa e os Estados Unidos.

O novo conceito de móveis, o Biomóvel é caracterizado pela sustentabilidade do processo de produção e desenvolvimento do design. Ou seja, a cultura na produção de móveis por parte das indústrias será a partir de processos de fabricação que atendem a todos os requisitos socioambientais, além de qualidade e bom gosto.

“São móveis em madeira maciça reflorestada, produção limpa e que foram produzidos com todo o cuidado para atender as exigências da legislação européia”, explica Ari Bruno Lorandi, diretor da Central da Excelência Moveleira idealizador deste novo conceito no Brasil.

A preocupação em produzir com sustentabilidade faz parte da história da Battistella, que mantém reservas florestais próprias, programa de manejo e condução correta dos cultivos florestais e um centro de pesquisa dedicado a melhoria genética. O conjunto dessas ações resulta em árvores mais retas, com menos galhos e com madeira de qualidade cada vez maior, possibilitando o melhor aproveitamento e rendimento pelas indústrias moveleiras. “Por exemplo, o móvel de Pinus, além de ser um produto ecológico e que faz bem ao meio ambiente, resistente, ótima qualidade e que tem novos designs”, complementa Alexandre.

Paralela à importância da preservação ambiental está a certificação das florestas. O manejo florestal da Battistella é certificado pelo Forest Stewardship Council que atesta que o plano de manejo da empresa atende aos principais requisitos de equilíbrio ecológico, econômico, operacional e social. O selo é reconhecido internacionalmente entre empresas que trabalham com produtos florestais. “O consumidor brasileiro precisa perceber que ao adquirir um móvel fabricado com madeira proveniente de uma floresta certificada ele está contribuindo para o meio ambiente”, declara.

Até o momento, 20 empresas filiadas ao Sindusmobil, Sindicom (Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Rio Negrinho) e Arpem (Associação Regional da Pequena Empresa Moveleira) confirmaram presença no evento de lançamento do Projeto Biomóvel, em São Paulo. Para comprovar a qualidade do móvel, os produtos receberão um selo de certificação que será fornecido pelo SENAI, o qual garante sua origem.

História do Biomóvel

O desenvolvimento do Biomóvel teve como base o projeto Green Home, elaborado na Toscana, Itália. A estratégia do Biomóvel integra todos os níveis de desenvolvimento do produto e associa vantagens competitivas como a redução dos materiais utilizados e dos resíduos de produto. O projeto orienta e dá indicações sobre os materiais que devem ser utilizados ou evitados, os padrões para o móvel ecológico até o selo de qualidade ambiental para o Biomóvel.

O conceito do Biomóvel acompanha todo o ciclo de vida do produto, desde o nascimento e até morte. Os processos são compostos das seguintes fases: pré-produção (produção dos materiais e semi-acabados utilizados no processo); produção (transformação dos materiais, montagem e acabamento); distribuição (embalagem, transporte e armazenamento) e até a utilização (manutenção).

Nas fases de criação e produção do móvel, aspectos fundamentais devem ser considerados: projetar produtos multifuncionais, evitar o super dimensionamento dos móveis, escolher processos produtivos que reduzem o consumo de materiais, otimizar o consumo de energia na produção e utilizar embalagens recicláveis.

fonte: O Bonde

Desenho e detalhamento de móveis

 

Uma das maiores dificuldades e que também muito tempo na hora de projetar, além de gerar muitos problemas na execução de um projeto são os móveis à serem confeccionados especificamente para o ambiente.

O principal problema ou falha – para o projetista – está no desenho e detalhamento.

Muitos profissionais não levam em consideração ou não dão a devida importância à parte de detalhamentos. E é esta parte do projeto que irá concretizar e enfatizar a qualidade do mesmo. É esta parte que fará a diferença no resultado final.

É comum vermos profissionais entregando esboços, croquis ou até mesmo projetos bastante falhos, com falta de informações aos marceneiros e montadores. Muitos entregam pranchas com elevações, cortes e uma perspectiva básica. Tudo devidamente cotado. E apenas isso.

Porém, para que o projeto seja confeccionado devidamente e com qualidade, outros detalhes devem ser mostrados no projeto: outras formas de expressão, detalhamentos minuciosos, para garantir que tudo saia exatamente como imaginado, criado e planejado.

Detalhes ergonômicos devem ser tratados com o devido cuidado e atenção.

Primeiro temos de ter consciência de que será preciso fazer um desenho detalhado de todas as peças que comporão o produto final. Estes desenhos tem de ser cotados, com cortes e vistas. Não basta apenas as elevações e cortes gerais do produto final. Sem isso podem ocorrer erros crassos na execução.

Devemos também mostrar detalhes pertinentes ao funcionamento e manuseio do produto. Isso é fundamental para quem está confeccionando o seu produto. E também para o cliente conseguir visualizaro que terá em mãos posteriormente.

Além da perspectiva manual, faz-se necessário hoje em dia o uso das perspecticas em 3D que facilitarão a visualização do produto final por quem a estará confeccionando.

Devemos também não nos esquecer das perspectivas explodidas. Estas devem ser bastante claras para que o executor possa visualizar e entender perfeitamente como deverá ser feita a montagem, onde entra e encaixa-se cada elemento. Na imagem acima – cadeira de Mauricio Azeredo – não há uso de ferragens. São apenas encaixes. Porém, quando existem parafusos e outros metais e ateriais, estes devem fazer parte da perspectiva explodida.

Quando trabalhamos com juntas, as mesmas devem ser milimetricamente detalhadas para que não haja erro na execução.

Outro detalhe importante, são as ferragens (parafusos, dobradiças, soldas, etc) que devem ser facilmente visualizados no desenho, a sua locação e, por vezes, forma de colocação/aplicação. Estes itens, além de detalhados nos desenhos, devem fazer constar em um memorial descritivo.

Creio que com estas dicas rápidas eu consiga contribuir um pouco mais com o seu trabalho. Lembro que este tipo de detalhamento não se faz necessário apenas em projetos de móveis, mas sim de qualquer outro produto ou equipamento desenvolvido especificamente e também em gesso, projeto luminotécnico, hidráulico e outros que se fizerem presentes no projeto.

Bom trabalho!!!

Destruição da Restauração – imagens

Deixei bem clara a minha visão sobre Restauração e destruição de bem móveis em meu artigo Destruição da Restauração.

Vira e mexe navegando pela web encontro exemplos claros desse tipo de coisa. Hoje não foi diferente:

Não posso tirar o mérito da artista que tem como foco de seu trabalho transformar mobilias do século 20 em peças de arte contemporânea. Porém, também não posso deixar de colocar que a cada peça original destruída dessa forma que vejo, sinto uma punhalada no coração.

Um crime contra a história das pessoas, da cidade, do País. A história das famílias, a história dos fabricantes mesmo que pequenos anônimos.

Ela bem que poderia trabalhar com cópias não é mesmo?