Evoluindo mais ainda

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 66 – 2014
“Evoluindo mais ainda”
By Paulo Oliveira

66
Estive em novembro passado em Campos dos Goytacazes (RJ) participando do R Design e o tema do evento era Evolução. Fui convidado por causa de uma fala minha durante o encerramento do N Design 2012: “Antes do designer, vem o Design”.

A relação de nossa especialidade com as outras áreas tem se tornado cada vez mais importante. E é graças a esta interação, que ela vem se desenvolvendo e temos diariamente novas tecnologias disponíveis.

Um exemplo disso é a fibra ótica. É um produto que não foi criado para o LD. De certa forma, ela foi criada para transportar a luz quando Henrich Lamm tentou desenvolver um pacote de fibras óticas para acessar partes do corpo humano, até então não visualizadas por outros aparelhos. Timidamente, ela começou a aparecer em pequenos acessórios decorativos e hoje já dispomos de uma tecnologia com qualidade e versatilidade que nos possibilita projetar apenas com ela.

Isso se deu por uma constante troca de conhecimentos, análise de problemas a serem solucionados e o consequente desenvolvimento de novos produtos para as novas aplicações (fundamento do Design).

Outro exemplo são os LEDs. Daqueles pequenos pontos dançantes em aparelhos de som, que víamos na década de 70, às luminárias para uso externo e, até mesmo, nos projetores de alta potência para iluminar grandes monumentos.

Estes foram exemplos de como a colaboração – e respeito mútuo – entre as diversas áreas do conhecimento alavancam o desenvolvimento de novas soluções para os problemas e necessidades da sociedade.

No Brasil, este desenvolvimento não ocorre no LD por causa dos “arquitetos de iluminação”. Na verdade, estes poucos contribuíram nisso tudo e a maioria apenas se aproveita dos resultados desenvolvidos por terceiros.

A visão reducionista que o pessoal de arquitetura tem sobre os não arquitetos que trabalham com iluminação é fato. Não culpo os profissionais além do necessário, mas percebo que a base desse pensamento idiotizado está principalmente na academia.

No início de 2013, uma universidade reabriu seu curso de Arquitetura que tinha sido fechado há 10 anos, enquanto os cursos de Design da instituição se desenvolveram e ganharam até um novo espaço próprio, com todos os laboratórios necessários. Como tinham dado outra finalidade ao campus onde funcionou Arquitetura e Design, colocaram-nos no novo campus. Não ficaram ali um mês e solicitaram a troca de campus.

Intrigado, contatei uma colega que é aluna e um amigo que é professor. Fiquei bobo quando ouvi o porquê da troca: “Não queremos nos misturar e tampouco sermos rebaixados ou confundidos comos “dizáiners””, disse a aluna. Questionei o professor e ele me disse que este discurso é o do coordenador e da maioria dos professores.

Dispensaram a oportunidade de ampliar os conhecimentos por mera arrogância, através da troca de conhecimentos com o pessoal dos outros cursos do campus (Gráfico, Produto, Interiores, Artes Visuais, Fotografia). Perderam a oportunidade de conhecer como o pessoal de outras áreas trabalha e pensa, para ampliar seus horizontes. Preferiram fechar-se em seu guetinho.

Facilmente vemos esse mesmo discurso sendo repercutido, especialmente pela AsBAI, dentro do mercado de iluminação e LD.

Mais uma vez eu digo: o mundo evoluiu; nos países realmente desenvolvidos vemos escritórios multidisciplinares sem estrelismos ou egocentrismos.

Nosso país foi descoberto há mais de 500 anos.

Vamos sair das ocas e evoluir?

OLEDs – uaw!

No último módulo da pós, o professor de fontes de luz artificial, Isaac, nos apresentou o que está sendo pesquisado no mundo em novas tecnologias e, dentre tudo o que apresentou-nos, estava o OLED.

Eu já postei aqui anteriormente sobre os OLEDs mas devido à correria do dia a dia acabei deixando de observar o movimento deste produto e confesso que fiquei pasmo como já está muito adiantada a pesquisa deste material bem como o desenvolvimento de novos produtos comfeccionados com ele.

Então resolvi fazer uma seleção mostrando algumas novidades nesta área:

Primeiramente lembro que o OLED é uma fina película:

Mesmo sendo finíssima, ela é composta por várias camadas de componentes:

A espessura reduzida, a maleabilidade e resistência garantem a aplicação deste produto em inimagináveis produtos reduzindo drasticamente algumas medidas:

Além de produtos, a industria de iluminação está investindo pesado em cima deste produto que promete ser, sem sombra de dúvida, o futuro da iluminação:

Fontes das imagens:

http://www.atulo.net/Palavra/netbook/

http://electronics.howstuffworks.com/oled1.htm

http://www.engadget.com/2005/05/20/samsungs-40-inch-oled-tv-pics/

http://www.ubergizmo.com/15/archives/2007/10/bendable_oled_display_from_samsung.html

http://oooled.blogspot.com/2008/11/o-que-oled.html

http://www.tvsnob.com/archives/2008_06.php

http://www.sustainabilityninja.com/sustainable-technology-gadgets/ge-stops-rd-in-incandescent-technology-to-focus-on-oleds/

http://dvice.com/archives/2008/10/sony_flaunts_se.php

http://blogadois.blogspot.com/2008_07_01_archive.html

http://informed-architect.blogspot.com/2009_10_01_archive.html

http://www.imelmaterialeletrico.com.br/noticias.php?codigo=15

http://www.hitechlive.com.br/papel-de-parede-oled-quem-precisa-de-janela/

http://www.printedelectronicsworld.com/articles/oled_lighting_has_a_bright_future_00000551.asp

Móveis em Papelão – Oficina no Rio de Janeiro

O conceito de design limpo praticado com excelência na Escandinávia esta cada vez mais perto de nossas possibilidades, móveis em papelão é uma ótima opção para entrar em sintonia com essa tendência.

Móveis de papelão são duráveis, criativos e de baixíssimo custo, permitem decoração inusitada e reciclar matéria-prima.

Designers consagrados vêm desenvolvendo linhas de móveis feitos 100% com papelão . O design e arquiteto canadense Frank Ghery, o arquiteto suíço Nicola Enrico Staubli, o design e arquiteto italiano Marco Capellinni, desenvolvem projetos criativos e personalizados seguindo o conceito de design limpo. O principal aspecto dessa tendência consiste em ser ecologicamente correta. Confortáveis e práticos os móveis feitos de papelão reciclado permite que você modifique o espaço a hora que quiser, não pesa, e pode ser retrátil; a leveza e a praticidade das peças se destacam como pontos pró-investimento em móveis feitos com esse material.

Venha saber mais e fazer seu móvel em papelão na nossa oficina de Novembro, visite o blog e faça sua inscrição pelo e-mail.

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Envolverde é uma excelente revista digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento já com 11 anos de existência.

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