Está pensando em cursar Design de Interiores?

Então aqui vão algumas respostas a diversas dúvidas básicas que sempre aparecem nos comentários deste blog.

  1. Quais os tipos de formação acadêmicas existentes em Design de Interiores?

Existem três tipos:

– Técnico (ensino médio);

– Tecnológico (nível superior);

– Bacharelado (nível superior).

A escolha depende do que você pretende profissionalmente para o seu futuro.

Os cursos técnicos tem uma formação bem restrita, com carga horária reduzida (em média 800 horas aulas) e, consequentemente, a aquisição de conhecimentos também é reduzida. Há também restrições relacionadas ao exercício profissional onde as atribuições dos técnicos são menores que as dos profissionais oriundos dos cursos superiores. Estes cursos não dão o direito ao aluno de participar de programas de pós-graduações (especializações, mestrados e doutorados). Para sanar as dúvidas referentes a isso, acesse o site do MEC e procure pelas diretrizes curriculares.

Já nos cursos de nível superior a formação é bem mais complexa com carga horária mínima de 2000 horas aulas para os tecnológicos e 3600 para os bacharelados. Isso possibilita mais tempo para aprender sobre os diversos aspectos que compõem um projeto de Design, mais tempo para exercitar, investigar e questionar. Os projetos desenvolvidos também são mais complexos proporcionando diversas possibilidades de atuação profissional após a formação. Incluindo, continuar na vida acadêmica através das pós-graduações visando o aperfeiçoamento profissional ou ainda a entrada para a docência nesta área.

Eu, como educador e por experiência no mercado, sempre indico a quem quer que seja optar pela maior titulação possível na formação.

  1. Quanto custa um curso de Design de Interiores?

Não há como responder esta pergunta de forma precisa por dois motivos:

– Existem cursos em Universidades Públicas: totalmente gratuitos.

– Existem cursos em Universidades Privadas: pagos.

No último caso, cada Universidade tem autonomia para cobrar quanto quiser pelo curso oferecido pela mesma. Se desejar saber quanto custa o curso, entre em contato com Universidade que você pretende cursar e pergunte diretamente na secretaria da mesma.

Lembre-se que há a possibilidade de inscrever-se através do FIES.

  1. Gostaria de saber quanto tempo demora uma faculdade de design de interiores.

Existem os cursos de nível médio (técnicos) com duração média de 1 ano.

Por outro lado, os de nível superior são mais longos: os tecnológicos duram entre 2 e 3 anos. Já os de bacharelado, 4 anos.

  1. Gostaria de saber se existe algum critério a ser analisado na grade curricular do curso antes de ingressar em qualquer faculdade.

Um dos elementos essenciais na formação acadêmica é a exigência de estágio durante o curso.

Outro ponto importantíssimo é analisar se a grade (matriz curricular) incentiva o pensar sobre a área através de disciplinas teóricas e produção de textos e artigos, ou se produz apenas robozinhos projetistas.

Também se informe sobre as tais “atividades complementares” e como estas são trabalhadas dentro da universidade. Se estas são tratadas livremente, do tipo “horas de estudo do aluno”, desconfie do curso. As atividades complementares devem ser trabalhadas visando complementar a formação acadêmica. Fiz um post sobre este assunto e você pode acessá-lo clicando aqui  e também aqui neste outro post.

Outro detalhe muito importante: busque aquela universidade que prioriza designers habilitados em Design como docentes.

  1. Encontrei um curso online. Vale a pena fazer?

Depende do curso (escola), da plataforma de aprendizagem EAD e do conteúdo.

A área de Design de Interiores possui disciplinas que sim, podem ser ministradas integralmente à distância. Alguns exemplos são: História da Arte e do Design, Estética e Estilo, Psicologia Aplicada, Expressão e Comunicação Humana, Design Thinking, Antropologia, Semiótica aplicada ao Design, Sustentabilidade, Materiais de Revestimento I, Materiais de Construção I, Tratamento Gráfico Digital, AutoCAD, SketchUP, Criatividade e Inovação, Empreendedorismo, Gerenciamento de Obras I, Marketing e todas as outras que tenham seu conteúdo fundamentalmente teórico.

Já para as disciplinas de: Projetos Residenciais, Projetos Comerciais, Projetos Institucionais, Projeto de Eventos e Cenografia, Projeto de Mobiliário, Ergonomia, Desenho (observação, perspectiva, técnico, etc.), Instalações Prediais, Estrutura Predial, Segurança Estrutural, Design de Superfície aplicado, Design Gráfico aplicado, Conforto Ambiental (térmico, acústico e luminoso), Gerenciamento de Obras II, Paisagismo, Equipamentos e Instalações, Processos Industriais, Materiais de Revestimento II, Materiais de Construção II, e outras mais técnicas como estas não acredito na formação 100% online. Na verdade estas nem devem ser oferecidas nesta modalidade dada a complexidade de seus conteúdos e a necessidade do professor estar sempre “em cima do aluno” auxiliando, dirimindo dúvidas, orientando, eliminando vícios, corrigindo e explicando o porque do erro entre diversas outras necessidades que, com a educação online, não são possíveis.

Este último grupo de disciplinas são importantíssimos para a sustentação do projeto desenvolvido e qualquer erro no mesmo, a falha está exatamente nesta fase. E quando digo risco refiro-me ao fato de colocar a vida de usuários em risco. Creio que ninguém deseja isso não é mesmo?

Tenho acompanhado alguns alunos oriundos de cursos EAD em Design de Interiores e, facilmente, encontramos problemas dos mais simples aos mais graves em seus projetos. Tudo fruto da ausência do docente para alertar sobre os mesmos.

Portanto, curso totalmente online não é uma boa opção.

Tempos atrás uma menina me questionou aqui pelo blog: “Mas professor, temos que ir apresentar os trabalhos pessoalmente todo mês ou final de módulo lá na escola”.

Mesmo assim ainda não é o suficiente, pois os vícios de projeto não são tratados nestas parcas tratativas presenciais.

  1. É preciso saber desenhar para fazer Design de Interiores?

Esta é a pergunta que não aguento mais responder. As pessoas lêem o post, mas não os comentários. Se o fizessem encontrariam a resposta para esta e várias outras questões.

Respondendo à questão, não! Não é necessário saber desenhar afinal, durante o curso, você terá diversas disciplinas que buscam ensinar o aluno a desenhar.

No entanto sempre digo que: se você entrar no curso já sabendo desenhar terá uma grande vantagem sobre os demais alunos afinal, poderá dispensar o precioso tempo das disciplinas de desenhos para aprofundar-se em outros conhecimentos.

Se possível, antes de entrar no curso procure fazer aulas de desenho em algum atelier de arte. Vai facilitar muito a sua vida.

  1. Precisa saber matemática e cálculo?

Dada a demanda sobre este assunto, eu já respondi esta questão neste post aqui: Ah essa maldita matemática.

  1. Me falaram que tem uma “Lei” proibindo os designers de atuar e que é melhor fazer Arquitetura. Isso procede?

Isso é uma MENTIRA!

O que existe é a Resolução n° 51 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) que é meramente uma legislação INTERNA deste Conselho. Está bem longe de poder ser considerada Lei aplicável a outros profissionais que não fazem parte deste Conselho.

Esta Resolução é aplicável apenas e tão somente aos arquitetos e urbanistas.

  1. Para fazer Design de Interiores é preciso fazer Arquitetura?

Mais uma mentira deslavada. No curso de Design de Interiores você se formará designer. No curso de Arquitetura, arquiteto.

São profissões distintas e complementares, onde cada uma tem o seu espaço no mercado de trabalho e deveriam atuar juntas à exemplo do que acontece no exterior.

Portanto, se alguém lhe disser que será preciso fazer Arquitetura depois de formado(a) em Design de Interiores, dê uma risadinha e mande a pessoa ir catar coquinho.

Não há a menor necessidade disso.

O único caso da real necessidade disso é se você quiser construir, mas aí já é outra história.

  1. Não tenho condições financeiras para montar um escritório para trabalhar depois de formado(a). Gostaria de saber como eu poderia trabalhar sem tanto custo no início.

Se você não tem condições financeiras para abrir seu próprio escritório após formado(a), sugiro algumas alternativas:

– Trabalhe em casa, monte um home office.

– Invista em materiais de divulgação (cartões de visita, flyers, etc).

– Procure emprego em alguma loja antes de abrir seu próprio escritório. Assim você irá montar seu network (rede de contatos) e, consequentemente, clientes particulares começarão a aparecer.

  1. Tenho mais de 50 anos e sou apaixonado(a) pela área. É muito tarde para começar?

Nunca é tarde para correr atrás e realizar os seus sonhos.

Se joga!

  1. Tenho graduação em uma área “nada a ver” com Design ou Arquitetura. Fazendo uma especialização em Design de Interiores conseguirei atuar na área?

Não!

As especializações visam o aperfeiçoamento profissional dentro de sua área de origem. Digamos que você é formado(a) em Química. Certamente os seus conhecimentos sobre aspectos específicos de projeto são nulos. E não é em uma especialização que conseguirá adquiri-los.

O mais indicado é buscar um curso de Design de Interiores, preferencialmente de nível superior. Sim, uma nova graduação.

Para esclarecer mais dúvidas acesse este post.

É antiguinho, mas certamente irá sana-las.

Especialização em Design de Interiores – IPOG

É isso mesmo pessoal, o IPOG está com inscrições abertas para a especialização em Design de Interiores.

Fruto do incansável trabalho do Glauccus, o curso foi pensado e moldado nos padrões do curso de Iluminação, ou seja, primando pela qualidade acima de tudo.

OBJETIVOS:
– Aprimorar os conhecimentos dos profissionais através dos mais inovadores procedimentos metodológicos no que tange à concepção e projeto de espaços interiores e design do mobiliário;
– Enfatizar as premissas de Design, Tecnologia, Funcionalidade e Estética no tocante ao Design de Interiores;
– Viabilizar a atualização dos profissionais sobre a organização de espaços interiores, públicos/privados e residenciais/comerciais, dentro de novas concepções de ambientação e tendências.  tanto brasileiras quanto mundiais.

PÚBLICO ALVO:
Graduados nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Artes Plásticas e Designers;
Empresários, executivos e profissionais dos setores industrial, comercial, de serviços, da administração pública/ privada e educação, que desejam aprofundar e qualificar seus conhecimentos na área de Design de Interiores

MATRIZ CURRICULAR:
A Psicologia do Ambiente: Influência  do ambiente no comportamento do usuário
A Linguagem do Design de Interiores
Composição Espacial
Design Informacional
Design Universal na Ergonomia do Cotidiano
A Cor e suas Influências
Materiais de Revestimentos e Acabamentos na Composição de Interiores
Comportamento do Consumidor e Simbolismo
Design de Interiores Residenciais
Projeto de Design de Interiores Residenciais
Retail Design
Design Corporativo
Design de Interiores Comerciais
Projeto de Design de Interiores Comerciais
Metodologia do Trabalho Científico
Projetos Conceituais: Design e Interiores
Projeto de Paisagismo e Jardinagem
Sistemas, Equipamentos e Instalações
Gestão de Carreira e Marketing
Gestão do Projeto e do Escritório

Carga horária total: 480 horas / aula

Para mais informações sobre o curso, turmas e matrículas, acesse o site do IPOG.

“Y” x especializações

É bastante comum aparecer aqui em meu blog, nos comentários, pessoas formadas em áreas distintas e não correlatas à Design de Interiores/Ambientes questionando sobre as especializações.

A questão é sempre a mesma:

“Sou formado(a) em “Y” e estou pensando em fazer uma especialização em Design de Interiores. É suficiente para o exercício profissional?”

Sinceramente? Na maioria dos casos, não é não. A formação será bastante falha. Explico:

Um curso de especialização tem, geralmente, uma média de 360 h/a. São aulas em finais de semana e modulares onde o professor tem de passar todo o conteúdo da ementa. Assim, você tem todo o conteúdo de História das Artes num final de semana lembrando ainda que tem o trabalho/avaliação no meio disso tudo.

Digamos que uma pessoa formada em Administração queira fazer essa especialização. A parte de gerenciamento ela tirará de letra (e melhor que muitos formados em arquitetura, design, engenharia, etc). Porém na parte mais importante que é a técnica – envolvendo estrutural, cores, texturas, layout, ergonomia, desenho técnico e artístico e etc, ela certamente terá muitas dificuldades pois é um mundo estranho à sua realidade.

As especializações são boas para quem está procurando uma atualização profissional, não para quem está em busca de uma nova profissão, especialmente se são de áreas “estranhas”. É aquela coisa: eu não posso fazer uma especialização em cardiologia e sair fazendo cirurgias ou prescrevendo tratamentos bem como não posso fazer uma especialização em estruturas e sair projetando pontes. E também não é porque eu fiz uma especialização em arquitetura de interiores que vou sair me apresentando como arquiteto (não tendo feito uma graduação em arquitetura).

Logo, não é porque você fez uma especialização em Design de Interiores, que você pode intitular-se Designer.

Especializações (aqui incluem-se os MBAs) são cursos – como o nome já diz – de especialização em algo. É o necessário “focar em algo” profissionalmente. Todas as áreas possuem hoje nichos de mercado (ou sub áreas, ou complementares) que necessitam de profissionais especialistas nelas. Eu sempre foquei em iluminação e lighting design, por isso optei por esta pós, esta especialização, esta linha de formação bastante específica.

Portanto, se você quer entrar numa área estranha à sua (como é o caso de Design de Interiores/Ambientes) procure investir num curso de formação específica – pode ser sequencial, tecnológico ou graduação – pois aí sim você terá a formação acadêmica necessária para o pleno exercício profissional.

Quando digo pleno, leia-se: detentor dos conhecimentos necessários para o exercício profissional. E isto não se consegue através de módulos de 20 h/a de Espaço Cenográfico, nem de iluminação, nem de desenho de detalhamento de móveis, nem de ergonomia, nem de conforto ambiental, ou de nenhuma outra disciplina constante na matriz curricular do curso.

Se quer ser um Designer de Interiores/Ambientes, faça um curso completo.

Quem força a entrada pela porta dos fundos cai sempre no depósito.

Quem busca atalhos, sempre acaba machucado.

Pós em iluminação do IPOG – Londrina TLD2

Pessoal do norte pioneiro e noroeste do Paraná e região sul e noroeste de São Paulo, atenção:

o IPOG já tem uma nova turma sendo formada aqui em Londrina da pós em Iluminação e Design de Interiores. É a turma LD2.

A data de início das aulas será nos dias 25, 26 e 27 de novembro próximo.

Corra e faça a sua inscrição.

Garanto que este curso vale a pena!!!

São aulas distribuídas em módulos mensais (1 final de semana por mês) e a coordenação do curso é da mega profissional de LD Jamile Tormann.

Maiores informações:

www.ipog.edu.br

E-mail> curitiba@ipog.edu.br

Telefones> (41) 3203-2899 / 3203-2884 / 9655-7756.

Fale com o Sandro e diga que viu aqui em meu blog sobre a pós. Garanto que ele dará um atendimento mais que especial para vocês ;-))

P.S.> é claro que vou assistir à aula do Farley sobre história da iluminação que perdi por estar com H1N1…

Especialista em Lighting Design???

Vejo com tristeza diariamente diversos profissionais não especialistas falando sobre LD sem ter a menor noção do que vem a ser isso na realidade. Na verdade, é um show de repetições de jargões e clichês que estão na mídia acessível a qualquer um, especialmente através do Google. Fazem isso apenas para garantir um naco do mercado tentando iludir e confundir os clientes.

Já escrevi sobre isso aqui no blog algumas vezes mas nunca é demais voltar à este assunto dada a sua relevância e seriedade.

“LD é uma iluminação mais cênica” – clichê mais que batido, não cola mais hoje em dia pois LD nunca foi apenas isso.

Na verdade, o cênico em um projeto de LD fica apenas em suas bases.  Cênica é o conceito básico do projeto e não a aplicação ou resultado final (salvo em caso de iluminação cênica mesmo: teatro, dança, shows, etc). Tem gente que chega até a usar aquelas luminárias em formato reduzido dos refletores de palco para tentar iludir e reforçar essa falsa idéia do que vem a ser um verdadeiro projeto de LD. No entanto ISSO NÃO QUER DIZER NADA. É apenas mais uma luminária solta no espaço.

“LD é buscar a eficiência energética” – também mas não só isso.

A eficiência energética e o baixo impacto ambiental são apenas premissas de um projeto de LD de qualidade, devem fazer parte dele, devem ser pensados e considerados no momento do projetar, desde o início. Mas não são o todo de um projeto de LD.

“LD é atender às necessidades do usuário” – no entanto o que vemos nas imagens logo após o destaque da frase é um show de sandices luminotécnicas. Vemos uma re-re-re-re-repetição de erros crassos e básicos cometidos ainda nos bancos das faculdades, pelos acadêmicos iniciantes que não sabem de nada sobre iluminação e/ou elétrica. Vemos também muitas repetições dos erros baseados nas tendências e na “moda” que as revistas, infelizmente, pregam.

“Esta luminária do fulano é de design assinado e garantirá a qualidade e beleza no projeto de lighting design que estou fazendo” – MINTCHIIIIIRAAAAAAAAAAA!!!

Gente, para um projeto de LD o que menos importa é a estética da luminária e sim o efeito que a luz proporcionará. Não é a toa que num projeto de LD verdadeiro você dificilmente percebe as luminárias. Elas só ficam visíveis quando não há outra opção mesmo. Um verdadeiro LD muito dificilmente especificará um pendente de cristais caríssimo sobre a mesa de jantar (carne-de-vaca) pois sabe que ele irá acabar com os efeitos do entorno pois é uma luminária que não tem controle de luz.

Isso me lembrou também que o verdadeiro LD não está preocupado com quanto ele ganhará de RTs das lojas. Se ele tiver de escolher entre um pendente de cristais de 30.000 e um projetor de 300 ele certamente optará pelo projetor.

O profissional de LD é aquele que busca a especialização, aprofunda-se diariamente, embrenha-se sem medo no universo da iluminação. É aquele que conhece antecipadamente o que há por vir sobre tecnologias em iluminação. É, especialmente, aquele que trabalha exclusivamente com projetos de iluminação e, quando não encontra uma luminária que atenda às necessidades do projeto, concebe, cria, desenha, projeta e produz uma – ou várias – específica. É também aquele profissional que não inventa respostas para dar a seus clientes.

Buscar a especialização, tornar-se um especialista nesse sentido não quer dizer fazer uma pós-graduação apenas (isso qualquer um faz). Conheço muita gente que fez diversos cursos de iluminação – incluindo especializações – e seus projetos não mudaram absolutamente nada do que era feito antes. Tem gente que continua confundindo e desconhecendo as lâmpadas, não faz a menor idéia dos requisitos mínimos para a aplicação das ARs, continuam a errar em seus projetos ou a solicitar a especificação dos equipamentos para os vendedores de lojas simplesmente porque não dominam a matéria/produto que estão vendendo para seus clientes.

Infelizmente tem muitos profissionais que fazem especialização, levam o curso com a barriga e depois recebem o papel que lhes dará o direito de ostentar o título de “Lighting Designer” ou “especialista em iluminação” por aí, enganando o mercado e seus clientes e soltando estas mesmas frases clichês quando surge uma oportunidade na mídia.

O pior disso tudo? Alimentam e ampliam o rol dos desinformados e incompetentes que marcham atrapalhando o desenvolvimento sério da área através de seus projetos toscos e chupados – pode-se dizer também, chutados.

Quer realmente ser um profissional de LD?

Então viva da luz e na luz!!!

Leve choques acompanhando o eletricista instalando os equipamentos, faça você mesmo a afinação da iluminação, atreva-se a instalar luminárias e, principalmente, tenha experiência em iluminação de teatros.

Dias atrás dei uma entrevista para a Helenida Tauil aqui de Londrina e quando ela me perguntou a diferença entre iluminação e lighting design eu coloquei mais ou menos isso:

Num projeto de iluminação – que é o que vemos em revistas – o profissional define o layout e depois joga a luz em cima com a intenção de “tapar buracos” ou esconder aquilo que não se quer mostrar através da ausência de luz. Num projeto de LD o especialista faz o caminho inverso: primeiro ele pensa na luz buscando atender às necessidades do cliente/usuário e depois complementa com o layout. Seja na arquitetura ou em interiores o ponto de partida é sempre a luz, seja ela natural ou artificial, ou ainda quando possível, as duas.

Sim o LD não trabalha apenas com a luz artificial. A luz natural faz parte de seu trabalho também.

Estou trabalhando atualmente em 5 projetos onde o ponto de partida (ou partido) é a luz – isso aprendi conversando com o Oz Perrenoud.

Estranho? Difícil entender? Complicado demais conceber algo partindo da luz?

Um destes projetos é um oratório e comecei pensando em tudo que a Cruz e a vida de Jesus representam. Eu sempre tive na cruz a imagem da Luz Divina, da luz irradiando dela banhando nossas vidas. Parti daí.

“A cruz será com retro-iluminada então Paulo?”

NÃO! Built-in nisso seria óbvio demais.

“Ah, então terá um projetor no centro dela jogando luz pra frente ou pegando ela de frente?”

NÃO! Isso seria brega e comum demais.

“#ComoFaz então Paulo?”

Aguardem pois assim que estiver finalizado tirarei fotos e colocarei aqui para vocês verem. Mas posso adiantar: comecei pelas sensações que eu quero que as pessoas tenham ao estar naquele ambiente. E a luz é uma sensação fundamental para a vida, incluindo a vida espiritual.

Portanto, se você usa o título LD ou especialista em iluminação – ou qualquer outro – sem ter conhecimento tenha consciência de que quem está perdendo é você mesmo ao enganar seus clientes oferecendo um produto para o qual você não é capacitado e, principalmente, o respeito dos profissionais sérios da área e que são verdadeiros LDs.

#FicaDica

Parcerize-se com um verdadeiro especialista no assunto. Já no primeiro projeto em parceria você irá perceber o ganho em qualidade no seu projeto.

;-)

pós: A luz sob CONTROLE

Pois é, tive esse final de semana o último módulo da pós do IPOG.

Começou na sexta feira a tarde com uma palestra da Jamile Tormann falando sobre mercado e projetos de iluminação. Super como sempre.

Depois entrou o professor Ricardo Honório ( sales engineer-Brasil da Lutron) com o módulo “A Luz sob Controle”.

Ok, vou organizar os materiais aqui e preparar um post especial sobre este módulo.

Você trabalha com automação? Pois saiba que isso é coisa do passado. Automatizar hoje qualquer um automatiza.

Eu não quero mais só isso.

Agora eu quero é o controle total da luz, certificação LEED.

Automação se preocupa apenas com cenas (ao menos é o que é vendido e mostrado) dimerizadas ou equipamentos controlados. O controle da luz vai muito além disso. Para o controle, temos de planejar e projetar o tipo de carga, as  zonas, circuitos, as cenas e os pontos e tipos de controle.

Apesar da semelhança com a automação, este é um trabalho muito mais complexo e que vai bem além dos controles “xikes” via i-pad, i-phone e “i-coisa”.

Foi mega cansativo pois foi muita informação em pouco tempo, mas cada segundo deste módulo valeu diamantes!!!

Artigo definido: LIGHTING DESIGN – UM ESBOÇO SOBRE SEU ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO.

Pois é galera, finalmente defini o tema de meu artigo da pós do IPOG.

LIGHTING DESIGN – UM ESBOÇO SOBRE SEU ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO.

De modo resumido, será isso que vou analisar:

1. PROBLEMAS:

Problema Geral
A falta de uma denominação, delimitação e/ou definição correta da área profissional para os profissionais que trabalham com iluminação.

Problemas específicos
Qual a denominação mais adequada à ser utilizada pelos profissionais?
Qualquer pessoa formada em engenharia, arquitetura, design e outras áreas que utilizam a luz como ferramenta pode utilizar-se desta denominação?
“X” é uma especialidade ou um simples complemento de outras áreas?
Qual a permeabilidade da área?
Qual a hibridicidade da área?

2. OBJETIVOS:

Objetivo Geral: 

Estabelecer um esboço para um estatuto epistemológico da área profissional de iluminação.

Objetivos Específicos:
Investigar se a área de Lighting Design pode ser fechada com exclusividade dentro de alguma outra baseada na formação acadêmica e assim propor a definição da denominação da área;
Verificar se o direito adquirido por outras áreas pode barrar a independência desta nova área;
Analisar a permeabilidade da área sobre outras e verificar o que torna esta área híbrida mostrando o porquê desta hibridicidade gerar uma área pura, exclusiva e não poder ser fechada dentro – ou exclusiva – de outra.

3. HIPÓTESES
O mercado está interessado e necessita do profissional de Iluminação especializado.
O aprendizado formal em Iluminação favorece o desempenho de um profissional de Iluminação
O profissional de outras áreas sente necessidade de conhecer e aprender aspectos qualitativos e quantitativos da luz para trabalhar com iluminação pois sua formação acadêmica foi insuficiente.
O mercado de trabalho exige um aprendizado formal para um profissional de Iluminação.

 

Bom, como puderam perceber é uma bomba (eu e minhas santas sandices que invento e me meto ahahahahha) e vai me dar uma trabalhão danado escrever este artigo. Vou utilizar dois questionários para reforçar as idéias:

a – destinado aos profissionais que atuam exclusivamente com iluminação

b – com profissionais de outras áreas que trabalham TAMBÉM com iluminação em seus projetos.

A dificuldade é contar com a sinceridade e honestidade no segundo grupo, então, creio que o melhor caminho seja realizar estas entrevistas pessoalmente ou através do MSN ou Skype (com câmera), assim consigo perceber quando o entrevistado enrola, titubeia, não responde de imediato (acaba pesquisando para responder corretamente e não passar carão) entre outras coisas.

Assim que tudo estiver pronto vou disponibilizar o questionario para profissionais de iluminação.

Os profissionais de outras áreas (engenharia, arquitetura, Interiores e Ambientes, decoração, design, etc) que desejar me ajudar nesta pesquisa respondendo à entrevista, é só entrar em contato comigo pelo e-mail LD.PAULOOLIVEIRA@GMAIL.COM me passando o contato do MSN ou do Skype para que eu possa adiciona-los e realizar a entrevista ok?

Mas lembro que somente iniciarei as entrevistas com outros profissionais em agosto.

Abraços a todos ;-)

P.S. > continuarei meio sumido aqui do blog por causa desse artigo mas não os deixarei na mão, fiquem tranquilos.

Dúvidas sobre iluminação (LD)?

Estava eu pesquisando pela web quando me deparo com o título de uma matéria no site de uma revista. Fui ver e, logo de cara já me deparei com absurdos, desinformação e erros contidos no texto.

Então, vamos arruma-lo e escrever a VERDADE sobre o tema iluminaçãoe corrigir pontos falhos?

Mãos à obra!!!

1. Qual o papel do projeto luminotécnico?
O papel da iluminação é valorizar o trabalho do arquiteto ou do designer de interiores sempre atendendo as necessidades do cliente.
Nele são planejados os circuitos de luz considerando o uso que se faz de cada espaço e as necessidades de quem o ocupa. Deve levar em consideração os aspectos humanos, estéticos, arquitetônicos, financeiros e ambientais. Por exemplo, a manutenção precisa ser fácil e de baixo custo e os elementos escolhidos devem partir dos cuidados eco-sustentáveis.
Compõe-se de projetos (plantas, cortes, perspectivas e detalhes) memorial descritivo (especificações de lâmpadas, luminárias e demais equipamentos), e orçamentos.

2. Em qual momento deve-se pensar nesse projeto?
Aqui temos duas situações distintas:
A – Construção: o ideal é que o lighting designer seja contratado no mesmo momento que o arquiteto, ainda na concepção da idéia da edificação, pois as escolhas dos equipamentos e tipo de iluminação interferem em outras partes da construção, como no planejamento elétrico e até mesmo na alvenaria – no caso de iluminação arquitetural.
B – Reforma: idem ao anterior, logo no início da fase de pensar o projeto. Porém aqui o trabalho é mais complexo pois a construção já está levantada e as intervenções são mais difíceis – mas não impossíveis.Há limitações e as intervenções são realizadas se possível. Edificações já construídas possuem algumas condicionantes de estrutura, hidráulica e elétrica. O profissional da obra terá de avaliar o que já existe e o que poderá ser feito naquelas condições. Existem no mercado produtos que foram desenvolvidos para aumentar as possibilidades de intervenções nestes casos.

3. Por onde iniciá-lo?
Nas necessidades dos usuários para cada ambiente. Nestas necessidades o profissional deve ser capaz de captar inclusive como cada membro da família responde à luz, necessidades individuais e coletivas. etc. Jamais deve-se começar pela escolha de lâmpadas e luminárias. O planejamento luminotécnico faz parte do projeto de interiores (design ou arquitetura pura) e para isso o profissional considera as particularidades de cada ambiente, as atividades exercidas ali, sem se esquecer da incidência da luz natural e como aproveita-la da melhor maneira possível.
Depois desse levantamento, é hora de interpretar essas ideias e colocá-las no papel.

Fonte: Zeospot.com

4. Quem contratar?
Profissionais formados em arquitetura, engenharia, ou design de interiores/ambientes possuem conhecimentos básicos sobre iluminação e elétrica, o bê-a-bá.
O ideal é colocar o projeto de iluminação (lighting design) nas mãos de um profissional especializado na área.
Hoje no Brasil já existem profissionais especialistas em iluminação que são conhecidos como Lighting Designer.
Com a contratação de um especialista certamente o seu projeto irá atender as suas necessidades, ser bastante autoral e refletir a personalidade do usuário. Além da grande vantagem de não correr o risco futuro de ter em mãos um projeto que não funciona direito e/ou vive dando problemas.
Tenho visto com tristeza – por falta da regulamentação profissional – vários profissionais dizendo que são lighting designers, arquitetos de iluminação e designer de iluminação sem ter a devida especialização. Estão tentando “pegar a onda” deste novo mercado mas não tem a devida especialização e conhecimento necessários.
Assim como num emprego comum, caso você se sinta inseguro(a) com o profissional, exija a apresentação de seu currículo completo (incluindo certificados e diplomas).
Dica: Um especialista consegue explicar a iluminação usando uma linguagem simples, sem o uso exagerado dos termos técnicos para “vomitar conhecimento”.

5. O projeto luminotécnico pode ser feito pelo mesmo arquiteto/designer que está fazendo os projetos para a minha casa/empresa?
O ideal é que não seja o mesmo profissional.
Isso serve tanto para projetos arquitetônicos quanto de design de Interiores/Ambientes.
Profissionais de arquitetura e de interiores que primam pela qualidade de seus projetos possuem parcerias com profissionais especialistas, dentre eles os lighting designers.
Assim como a medicina, a arquitetura e o design tem se fragmentado em especialidades e o lighting design é uma delas.

6. Como dimensionar a elétrica da casa/empresa pensando no projeto luminotécnico?
Novamente temos duas situações distintas aqui: à construir e já construída.
1 – à construir: o projeto de iluminação deve ser feito antes, pois traz as especificações de lâmpadas (tipo, potência e voltagem) e equipamentos (transformadores e reatores) que o engenheiro elétrico irá utilizar para elaborar o sistema elétrico (carga, especificação, distribuição, etc).
2 – já construída: numa reforma, pode-se trabalhar de duas formas: para evitar sobrecarga avalia-se a construção identificando qual carga há disponível e fazer a quantificação/distribuição desta entre as luminárias e equipamentos elétricos (geladeira, fornos, computadores, etc). Também há reformas que permitem a ampliação desta carga, mas isso deve ser realizado por um profissional especializado, preferencialmente engenheiro elétrico. Ele também irá orientar sobre como reforçar a instalação elétrica caso necessário.

7. Quais as consequências de fazer o projeto luminotécnico com a casa pronta?
Basicamente o custo que irá ficar um pouco mais alto. Depois devo lembra-los também que ele será mais trabalhoso exigindo a contratação de mais profissionais (pedreiros, gesseiros, pintores, etc).
Isso se deve ao fato de termos de quebrar muito do que foi construído ou executar adaptações – como trabalhar com gesso, por exemplo.
Porém, mesmo com a edificação finalizada, as opções de soluções integradas com a arquitetura são possíveis. Nesse caso, é imprescindível a contratação de um profissional especializado em iluminação.

8. Quando devo pensar na automação?
Se você pensa em usar automação para a iluminação é bom conversar com o profissional logo no inicio.
Assim ele pensará em toda a parte estrutural necessária para a instalação dos equipamentos e fará o projeto para atender as necessidades técnicas dos equipamentos levando em consideração também a usabilidade. Assim, no momento da obra esta estrutura (dutos, calhas, etc) já serão implantadas independente se o sistema irá ser instalado imediatamente ou, por causa do alto custo, futuramente.
Pense sempre que se você optar por instalar futuramente e não tiver a estrutura pronta terá de quebrar tudo de novo para conseguir passar o cabeamento. Mais trabalho, mais transtornos, mais custos.

9. Quantos pontos de luz são necessários para cada espaço?
Existem profissionais que dizem que alguns aspectos devem ser considerados, tais como o tamanho do ambiente, o pé-direito, as cores que predominam no local (do acabamento e dos móveis), a maneira como o espaço é utilizado (por exemplo, para leitura ou para assistir televisão) e o modo de vida dos moradores.
Eu já prefiro dizer que o que vai definir isso é a necessidade do usuário aliada aos conhecimentos técnicos e estéticos do profissional e a sua relação com o ambiente a ser iluminado.
Já vi ambientes ricamente iluminados com uma ou duas luminárias que atendiam perfeitamente as necessidades dos usuários.
Existem normas técnicas para a iluminação, mas como diz Howard M. Brandston regras e normas num bom projeto de iluminação são feitas para rasga-las e joga-las no lixo.
Mas calma, isso só é feito por profissionais realmente especializados e que entendem do assunto. Profissionais que não precisam ficar correndo atrás de números técnicos para “não errar”.
O cálculo de quantidade de lâmpadas de acordo com as normas técnicas é necessário em obras comerciais – como lojas, clínicas e escritórios – pois estes ambientes precisam de uma iluminação mais forte, precisae em alguns casos, específica.
Quando você ouvir um profissional falando que tem de ser implantado um sistema com uma determinada quantidade de lux para determinada tarefa, desconfie.

10. Quais os principais erros?
Eu já fiz um post aqui no blog entitulado Lighting – erros básicos.
Porém vale lembrar aqui de erros mais que comuns que vejo diariamente nos mundos real/virtual/midiático:
– encher o teto de spots – pra que????
– iluminar excessivamente o local – ofuscamento…
– eliminação do maior numero de sombras possível – a luz sem sombra fica morta e chata…
– iluminação que causa reflexos em superfícies espelhadas, envernizadas, cromadas, etc.
– uso de lâmpadas inadequadas para o pé direito/uso – AR111 em pé direito de 4m (ou inferior) ou sobre uma bancada de trabalho…
– projeções de sombras desnecessárias ou que “não deveriam aparecer.
– entre outros.

11. Quando uma iluminação pode ser considerada adequada?
Se ela atende à eficiência (visibilidade suficiente, baixo consumo elétrico, etc), praticidade funcional (manutenção simples, não esquente o ambiente, manuseio de controles, etc) e prazer sensorial (boa estética e conforto visual) pode ser considerada boa.

12. De que forma a luz interfere na maneira como enxergamos os objetos e os ambientes?
A nossa visão é dependente da luz, por mínima que seja. Logo, ela altera a nossa percepção do espaço e suas formas, cores, brilho, volumetria, sombras, contornos.
A luz também influencia na fisiologia e na psicologia humana.
Por isso é fundamental que o profissional contratado para realizar o projeto de iluminação seja um especialista pois somente ele detém os conhecimentos técnicos e estéticos para atender as necessidades dos usuários de maneira coerente e correta.

13. Que recursos são possíveis para iluminar um ambiente?
Hoje há uma gama enorme de produtos para iluminação e todos são aplicáveis em praticamente todos os ambientes.
Tipos de luminárias: spots, arandelas, lustres, pendentes, projetores embutidos no piso ou no teto, balizadores, washers entre outros. Também existe dentro dos recursos de iluminação o built-in (embutidos em sancas, móveis, painéis, etc) que geram belos efeitos e são também eficientes..
Ficaria muito extenso reunir aqui nesta pequena resposta todas as possibilidades.

14. Como harmonizar o uso desses recursos em um mesmo ambiente?
Cada tipo de iluminação (direta, indireta, direta/indireta, built-in, etc) tem uma função. Mas profissionais que realmente entendem do assunto conseguem brincar com estes equipamentos criando novas aplicações para os mesmos sem alteração de sua qualidade ou vida util.
O que você tem de pensar é que a iluminação virá para coroar o ambiente dando o toque final necessário e valorizando elementos.
O uso do jogo luz e sombra é fundamental para que um projeto fique agradável e bonito.E é através deste jogo que o profissional de iluminação – o lighting designer – vai brincar com o espaço como se fosse uma tela e ele o pintor. As lâmpadas, luminárias e equipamentos são as suas tintas para concretizar efeitos cênicos e eficientes.

15. O que fazer em áreas integradas?
Em áreas integradas o ideal é optar por uma iluminação versátil, com circuitos independentes e que possibilite alteração no layout (trilhos e spots direcionáveis). Assim o usuário poderá criar diversos cenários de acordo com o uso de cada cômodo.

16. Que recursos adotar em um escritório em casa?
Você deve pensar da seguinte maneira:
– se quer um ambiente para relaxar use luz com temperatura de cor mais quente.
– se quer um ambiente para produzir, use lampadas com temperatura de cor mais fria.
O ideal é fazer um mix distribuindo as lâmpadas com diferentes TC em diferentes luminárias pelo ambiente.
Claro que, sobre a sua área de trabalho, o ideal é optar por uma luminária de mesa com luz mais fria (branca).
Prefira investir sempre em lâmpadas que usem transformadores/reatores pois assim elimina-se a oscilação que causa fadiga visual e diminui a produtividade.

17. As lâmpadas fluorescentes são desaconselháveis em áreas sociais?
De maneira alguma.
O profissional que realmente conhece sobre iluminação saberá utiliza-las de maneira correta, eficiente e esteticamente perfeitas.
Desconfie de profissionais que dizem o contrário.

18. Por que as incandescentes continuam sendo as mais adotadas?
Principalmente pelo baixo custo e facilidade de instalação.
Mas elas apresentam curta durabilidade, alto consumo de energia, pouca diversidade em tamanhos e modelos além de não ter a opção de temperatura de cor diferentes.
Estas lâmpadas já estão sendo proibidas em diversos países e aqui no Brasil a sua “morte” está agendada para 2016.

19. Onde usar lâmpadas halógenas?
São mais indicadas quando se quer excelente qualidade de luz e sombra, pois valorizam os objetos iluminados.
Lembre sempre que qualquer lâmpada halógena aquece o ambiente e possui alta emissão de raios UV que causam danos nas superfícies iluminadas e podem também causar danos à saúde se mal locadas nos projetos, como o câncer de pele. Portanto o que vai especificar estas lâmpadas são, principalmente, a distância da área iluminada, pé direito e acessórios (filtros).

20. Os tons dos acabamentos interferem na sensação de luminosidade?
Sim pois as cores são refletidas pela luz.
Superfícies claras e brilhantes refletem. Dão a falsa sensação de que o ambiente pareça ainda mais iluminado.
Os cromados e espelhados tendem a produzir reflexos que, se não pensados e observados pelo projetista, podem estragar todo o efeito do projeto de iluminação.
nestes dois casos o cuidado deve ser também com relação ao ofuscamento.
Toda superfície com cor acaba por, em maior ou menor grau, refletindo a sua cor para as áreas proximas. Coloque um pano vermelho junto a uma parede branca e jogue o facho de uma lanterna sobre ele e veja o que acontece. A parede próxima não ficou levemente avermelhada?
Então, o projeto de iluminação deve pensar no sentido de que a cor de um objeto ou superfície não interfira no ambiente – salvo se isso for intencional.

21. Como usar cor na iluminação?
Existem hoje no mercado lâmpadas coloridas, leds e acessórios como as gelatinas e lentes que podem ser acopladas em uma luminária e algumas luminárias já dispõem de “garras” para a colocação destes elementos.
Mas é preciso tomar muito cuidado com o uso destes acessórios e os mesmos somente devem ser comprados com a consultoria e orientação de um profissional especializado pois o tom da lâmpada aliado ao tom da lente interferem na percepção do ambiente. Cuidado pois se o profissional não souber utilizar as cores, pode estragar todo o projeto.

22. Que cuidados tomar em áreas externas?
Ponto fundamental: uso de equipamentos com proteção IP igual ou superior a 66 (proteção contra chuva e outros agentes externos).
Distribuir as luzes coerentemente: áreas são para circulação com luz suficiente para enchegar onde pisa, de convivência com iluminação suficiente para o uso, e a iluminação paisagística/arquitetônica que devem destacar o que há de melhor na área. Todas estas devem ser integradas num mesmo estilo. Outro ponto importante é com a instalação elétrica que deve ser embutida em conduítes e enterrada para evitar acidentes.

Fonte: Junior Barreto estúdio Fotográfico

23. Que soluções atendem à piscina?
Por segurança recomenda-se o uso de lâmpadas de baixa voltagem (de 12 volts) para não haver riscos de choques elétricos.
Existem no mercado hoje além das lâmpadas convencionais sistemas como a fibra óptica e o led.  Ambas tem baixo consumo durabilidade maior (vida útil).
Nestes sistemas também é possível programar trocas de – você não só ilumina como também modifica a coloração da água ou qualquer elemento iluminado por estes sistemas.

24. Cada ambiente tem um tipo de luminária adequado? Por exemplo, lustre para salas, abajures para quartos, etc?
O tipo de iluminação determina a lâmpada, e esta determina qual a luminária mais adequada.
Os cuidados maiores devem considerar:
– áreas úmidas: luminárias adequadas e com isolamento/proteção. Estas não devem deixar a lâmpada exposta à umidade e outros agentes. Spots embutidos no box por exemplo.
– áreas sociais: vai depender dos efeitos desejados tomando sempre os cuidados para evitar os erros comuns (questão 10). Trabalha-se bastante com spots embutidos (direcionáveis ou não), abajoures, pendentes e arandelas. Para a mesa de jantar é bastante comum (modismo) utilizar pendentes sobre a mesma mas tome muito cuidado com ofuscamento, tipo de làmpada e para que a luminária não obstrua visão de uma pessoa em pé para o outro lado da mesa.
– áreas de trabalho: luz geral, de trabalho e decorativa. Cuidado com ofuscamento e escolha da lâmpada – especialmente a da bancada de trabalho. Plafons, spots e luminárias de mesa. Se houver um canto para leitura uma boa opção é umaluminária de coluna ou arandela de leitura articuláveis.
– quartos: pedem uma luz mais aconchegante. Plafons, pendentes, abajoures. Muito cuidado com spots sobre a cama pois imagine que quando você estiver deitado(a) a luz estará incidindo diretamente sobre seus olhos.
– áreas com armários: a iluminação deverá promover a perfeita visualização do interior dos armários. Plafons, spots, embutidos, etc.
– idosos e crianças: cuidados especiais com as áreas de circulação, BWC e de maior uso.
Bom, não existem regras fixas para iluminar um ambiente. O importante é considerar o gosto/uso dos usuários e ter bom senso.

Fonte: Magazine Enlighter

25. Quais as áreas de atuação de um especialista em iluminação?
O profissional especializado em iluminação – o lighting designer – está habilitado para realizar com eficiência e qualidade projetos de:
– Iluminação Residencial
– Iluminação Comercial
– Iluminação Corporativa
– Iluminação Paisagística
– Iluminação Pública
– Iluminação Esportiva
– Iluminação de Eventos
– Iluminação para Publicidade
– Iluminação Cênica
– Design de Produtos
– Educação superior e pesquisa

Tem ainda mais alguma dúvida?

É só postar nos comentários aqui embaixo que respondo ok?

Abraços corretamente iluminados!!!

Pós em iluminação – IPOG – novas turmas

Amigos, recebi um e-mail da Jamile Tormann informando a abertura de mais duas turmas do curso de especialização em Iluminação e Design de Interiores:

Curitiba III – 05 de novembro de 2010

Porto Alegre V – 26 de novembro de 2010

O planejamento de 2011 está iniciando este mês e assim que tivermos a confirmação das filias repassaremos. Creio que isto ocorrerá após reunião do dia 20 de dezembro.

Bom, assim que eu receber estas informações vou postar aqui para vocês ok?

Ah, claro, para maiores informações, entre em contato com a secretaria do IPOG.

cada macaco no seu galho…

ou cada um no seu quadrado, é o que alguns de outras áreas correlatas adoram pregar alfinetando-nos sobre possíveis áreas de sombreamento ou interposições profissionais.

Infelizmente, estes mesmos que bradam fervorosamente isso são, geralmente, os primeiros a burlar o que seria ético, correto.

Imagem: rleite

Hoje mesmo tive mais um exemplo de como isso não é uma via de mão dupla no nosso caso.

Sempre me senti bastante incomodado com duas figuras daqui que vira e mexe estão na mídia local blablablaseando sobre a importância do lighting design nos projetos. Porque o LD isso, porque o LD aquilo e aquele outro também… Mas me falaram que eles eram especialistas em iluminação e tal, resolvi deixar quieto mesmo quando tempos depois comecei a suspeitar de que havia algo de errado pois os discursos sobre LD eram recorrentes, repetitivos… daqueles tipo de frases prontas ou na pior da hipótese, dado um ctrlC+ctrlV verbal de frases retiradas de sites específicos de lighting design.

Fui logo cedo numa loja daqui para comprar umas lâmpadas aqui para minha casa e acabei topando com as duas figuraças lá. Estavam sentados numa mesa afastada com um vendedor detalhando um projeto.

Enquanto esperava que minha lâmpadas chegassem do depósito, foi inevitável ouvir a conversa deles e, para minha surpresa, descobri que de experts em iluminação estas figuras tem tanto quanto eu de açougueiro.

Eles, de um lado da mesa, com a planta aberta mostrando a locação dos pontos e o que pensaram pera a luz. Do outro lado, o vendedor analisando a situação e especificando lampadas, luminárias e equipamentos. Pelo que percebi, as figuras mal sabem os nomes de lâmpadas básicas.

Fala sério gente, isso é um embuste sem tamanho. Uma absurda falta de vergonha na cara e de ética pessoal (nem falo da profissional pois percebi que isso não existe ali).

É mentir na cara dura, enganando clientes sobre uma coisa que você não tem: conhecimento. E olha que ja tive relatos de pessoas que pagaram caro nos tais projetos de LD desenvolvidos por eles. Agora fica mais claro do porque do mercado londrinense não perceber a diferença entyre um projeto de iluminação e um de LD. Tem rato no balaio vendendo gato vira latas por lebre.

Mas fazer o que né?

Eles tem grana, vivem na mídia, fazem parte do rol de estrelinhas de minha cidade. Não me surpreende afinal tudo aqui nesta cidade beira o “fake”, indo das pessoas até a aparência urbana de fotos passando, claro, pela administração pública e seus gestores. Porque no meio profissional isso seria diferente?

Hoje mesmo conversando com um conhecido ele me disse que tem gente trabalhando, inclusive na área de arquitetura, batendo no peito dizendo que é arquiteto e humilhando designers quando na verdade não tem formação em arquitetura.

Vou denunciar?

Não!

Isso é dever dos arquitetos daqui e não meu que sou “apenas” um designer e não lhes devo satisfação. Já que á cada macaco no seu galho, então truco! Descubram por si mesmos e ajam.

Aí fica a questão: não deveria ser cada macaco no seu galho? Ou cada um no seu quadrado? Respeitar outros profissionais e não utilizar de meios embusteiros para concorrer no mercado?

Isso não tem a ver com uma “guerrinha” entre arquitetos e designers e sim de alguns profissionais contra todos os outros profissionais afinal, eles não puxam apenas o meu tapete como especialista em lighting ou como designer mas também dos colegas arquitetos oferecendo um produto para o qual eles não são especializados, ao menos até terminarem alguma especialização em Design.

Por falar nisso, como está cada dia mais comum vermos nas placas de escritórios de arquitetura termos como Design de Interiores, Lighting Design e outros tipos de Design né gente? Triste é constatar que nas matrizes curriculares dos cursos por eles feitos não tem absolutamente nada disso, nenhuma disciplina que os autorize a usar estes termos baseado em conhecimento específico adquirido.

E os CREAS da vida insistindo em vir em cima dos Designers, fechando os olhos para o que seus agregados andam aprontando no mercado.

Façamos então a seguinte campanha colegas Designers: procure manter sempre a mão uma lista de escritórios e profissionais de arquitetura que estão utilizando erroneamente as áreas do Design em seus materiais de divulgação. Quando aparecer algum fiscal do CREA pra te encher o saco, mande-os ir a estes escritórios verificar a autenticidade das informações divulgadas pelos profissionais responsáveis.

Já disse aqui e repito: uma vez que o sistema CREA/CONFEA não nos aceita de maneira justa entre os associados, eles não tem qualquer poder sobre a nossa atuação profissional. Então, que se entendam com seus queridinhos protegidos e façam eles cumprir as regras, leis e normas às quais estão presos pelo sistema.

Pra cima de nós não!!!

Assim teremos sim cada macaco no seu galho, cuidando daquilo que é especializado.

IPOG – pós em iluminação

Pessoal, vocês já sabem que estou fazendo o curso do IPOG em Iluminação (lighting).

Vim aqui fazer um breve relato sobre o mesmo.

Até agora tivemos 3 módulos:

História da Iluminação: este módulo não participei pous estava de quarentena por causa da H1N1. Mas a turma disse que foi excelente. Pelo material que o professor nos passou pude comprovar que realmente é bastante aprofundado e tem muitos dados que eu não fazia a menor ideia rsrsrrss e olha que conheço bastante sobre esta parte.

Grandezas e cálculos: excelente! Apesar de ser uma constante em meus projetos e de qualquer outra pessoa que projete iluminação. Mesmo assim, muitos detalhes e dicas importantíssimas que facilitaram bastante o projeto.

Fontes de Luz artificiais: foi neste final de semana. Só o trabalho de campo já valeu a pena o módulo. De um modo geral tivemos a apresentação das fontes de luz e depois fomos aplicar os conhecimentos na prática. Excelente!

O próximo módulo será sobre Conforto Ambiental.

Assim, indico a vocês que estão procurando uma pós para fazer e que realmente gostem de iluminação que façam este curso.

Dê uma olhadinha no site www.ipoggo.com.br e vejam onde tem uma turma aberta próximo de onde você está. Vale cada centavo investido.

Vale aqui lembrar também que eles estão com outra pós com inscrições abertas: o Master em Arquitetura, que promete ser tão bom quanto este de Iluminação.

Pós em Iluminação – IPOG – Londrina

Sob a coordenação da Jamile Tormann, o IPOG abriu as inscrições para uma turma de especialização em Iluminação e Design de Interiores aqui em Londrina – até que enfim!!!

logoIpog2

O início das aulas está marcado para os dias 6, 7 e 8 de novembro.

Este curso está sendo considerado o melhor na área aqui no Brasil. Também pudera, a lista de professores é de primeira grandeza:

Adriano Genistretti – Engenheiro eletrotécnico formado pela Escola de Engenharia Mauá. Gerente de Projetos de Iluminação Philips do Brasil Ltda. – Divisão Luminárias, com experiência de mais de 26 anos no ramo de Projetos (iluminação Pública, Esportiva, Comercial/Predial, Decorativa, Industrial, etc.), cursos de especialização na Holanda. Tem seus projetos aplicados em trabalhos como o Estádio do Morumbi, Vila Belmiro, Centro Empresarial Nações Unidas, Mosteiro de São Bento, Cais do Porto de Recife entre outros.
Claudia Amorim – Arquiteta. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UNB. Doutora pela Università Degli Studi di Roma “La Sapienza”. É docente da UnB, pesquisadora e consultora adHoc do CNPq.
Claudia Torres – Arquiteta. Mestre em Iluminação Arquitetônica PELA FAU/USP, Doutoranda pela UFPB, é sócia do escritório VIA ARQUITETURA Iluminação e design Ltda.
Farlley Derze – Mestre em Educação pela UNB. Especialista em História da Arte pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (FADM) – DF; docente de graduação e pós-graduação na FADM. Pesquisador e Coordenador do Núcleo de História da Associação Brasileira de Iluminação (ABIL).
Gláucia Yoshida – Socióloga – UFG, Mestre em Educação – UFG, Especialista em Formação Sócio-econômica do Brasil – ASOEC, Especialista em Docência Universitária: Formação e Vivência – UNIVERSO, Especialista em Psicanálise e Inteligência Multifocal – Faculdade Michelangelo.
Glaucus Cianciardi – Mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie; Especialista em História da Arte pela Fundação Armando Álvares Penteado – FECAP. Atualmente ministra aulas nos cursos de Design de Interiores, Design Gráfico e Design de Produtos no Centro Universitário Belas Artes. Professor de programas de aperfeiçoamento da Câmara de Arquitetos, IAB – SP, com Formação Continuada e AEA – Academia de Engenharia e Arquitetura; atuando em todo o território nacional.  Desenvolve projetos nas áreas residencial e comercial.
Guinter Parschalk – Arquiteto e designer, especialista em iluminação e percepção visual com atuação internacional. Especialista em desenho industrial na Hochschule für künstlerische und industrielle Gestaltung Linz – Áustria.
Isac Roizenblatt – Engenheiro elétrico formado pela Escola de Engenharia Mauá, São Paulo – Brasil – CREA 23171 (1968). Mestre em Energia pela Universidade de São Paulo. Especialista em Iluminação pela Universidade Tecnológica de Eindhoven – Holanda. Programa Interunidades do Instituto de Eletrotécnica e Energia, Escola Politécnica, Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis e Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Consultor da Pró Light and Energy Consultants.
Jamile Tormann – Lighting – Designer, Fez Arquitetura e Urbanismo pela USU – RJ, Licenciatura Plena em Artes – Habilitação em Artes Visuais pela FADM-DF, é Pós-Graduada em Iluminação e Designer de Interiores pela UCB-RJ. Autora do livro Caderno de Iluminação: arte e ciência. Editora Música e Tecnologia – RJ, 2006. É Sócia fundadora da ABrIC e ABIL, e Membro da CIE-BR comissão 3 (Comission Internationale de L’Éclairage). Escreve artigos como colaboradora para a Revista Lume Arquitetura – SP e Tecnoprofile Magazine – Argentina.
Juliana Ramacciotti – Arquiteta e Urbanista pela FAAP-SP. Mestranda pela Mackenzie – SP. Atuou por 4 anos na Philips Lighting em  projetos luminotécnicos e por 7 anos como Country Manager da Lutron do Brasil.
Leonardo Moraes – Sociólogo pela UFG – Mestre em História pela UnB, Especialista em História Nacional de Goiás pela UFG. Especialista em Docência Universitária pela UNIVERSO.
Lori Crízel – Arquiteto. Mestre em Conforto Ambiental pela UFRJ – ênfase em Luminotécnica. Docente da UFRJ e UFPR.
Luiz Emiliano Lavendaño – Arquiteto e Designer pela Universidad Católica de Valparaíso – Chile. Mestre em Design pela FAU/USP, docente e coord. do curso de graduação em Desenho Industrial da FAITER – SP.
Marcos Simão – Arquiteto. Especialista em Tecnologia e Projeto de Iluminação pela UNESA.
Nelson Ruscher – Eng. Eletricista e Mestre em Eficiência Energética e Eletrônica de Potência pela UNB. Consultor técnico da Philips Iluminação, Vice-Presidente da ABIL – Associação Brasileira de Iluminação.
Nelson Solano – Arquiteto. Mestre. Doutorando em Arquitetura pela USP. Autor do Livro Iluminação e Arquitetura. Editora Geros – SP, 2001.
Plinio Godoy – Engenheiro, coordenador da Divisão 3 do Comitê Brasileiro de Iluminação – CIE-Br, representante brasileiro no Comitê Internacional de Iluminação – CIE, palestrante no curso de Iluminação de Exteriores da Universidade de Versailles (Fr), autor de projetos reconhecidos, como a Ponte Estaiada, em São Paulo (SP).
Silvia Bigoni – Arquiteta. Especialista em Marketing pela FGV. Mestranda pela USP. Consultora desde 2001 do segmento de iluminação. Ministra o curso de Pós-Graduação de Design de Interiores na FAESA/ES e presta consultoria para o Prêmio ABILUX de Projetos de Iluminação. Atuou  na OSRAM do Brasil por 11 anos e ministrou o curso de Projetos de Iluminação na FUPAM/FAU-USP. Desenvolve ao longo dos anos projetos de iluminação residencial e comercial tais como Livraria Cultura; Artefacto; Esfera.
Thais Borges Lima – Arquiteta. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela UNB.
Wilson Salloutti – Formado nas Faculdades Integradas Alcântara Machado, é sócio-fundador e atual diretor de Marketing da FASA Fibra Ótica, empresa pioneira na iluminação em fibra ótica para fins arquiteturais, decorativos e de comunicação visual no país. Sua luminária ‘Floating’ recebeu o Prêmio Via Design 2005.
Convidado: Peter Gasper – Arquiteto e Cenógrafo. L.D. responsável pela maioria das luzes dos monumentos de Brasília. Trabalhou na Rede Globo, onde fez o cenário e iluminação das novelas. Iluminou a Hidrelétrica de Itaipu, o show de Frank Sinatra no Maracanã, a Missa do Papa e o Rock’n’Rio. Fez o projeto de iluminação da casa da Xuxa e BIG BROTHER BRASIL.

As disciplinas são todas voltadas ao Lighting Design:

•HISTÓRIA DA ILUMINAÇÃO
•GRANDEZAS E CALCULOS LUMINOTÉCNICOS
•FONTES DE LUZ ARTIFICIAL
•PERCEPÇÃO VISUAL
•SISTEMAS DE ILUMINAÇAO COM FIBRA ÓTICA
•CONFORTO AMBIENTAL
•DESIGN DE INTERIORES RESIDENCIAL
•DESIGN DE INTERIORES COMERCIAL
•DESIGN DE LUMINARIAS
•METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
•PROJETO DE ILUMINAÇÃO AUXILIADO POR COMPUTADOR
•ILUMINAÇÃO DE INTERIORES RESIDENCIAL
•ILUMINAÇÃO DE INTERIORES COMERCIAL
•ILUMINAÇÃO DE EXTERIORES
•ILUMINAÇÃO ESPORTIVA
•ILUMINAÇÃO CÊNICA
•ILUMINAÇÃO DE MUSEUS, GALERIAS E SALAS DE EXPOSIÇÃO
•A LUZ SOB CONTROLE
•GERENCIAMENTO DE OBRAS E GESTÃO DE PROJETOS
•CONCEPÇÕES E CRITICA DA ILUMINAÇÃO

A duração do curso é de 20 meses com aulas uma vez por mês (Sexta das 18h às 23h, Sábado 8h às 19h, Domingo 8h às 13h) e o investimento é:

•Matrícula = R$200,00
•Parcelas = 21
•Mensalidade = R$ 480,00

Para maiores informações e inscrições:

IPOG – Instituto de Pós-Graduação
Av. Cândido de Abreu, 776, 6* andar, Ed. World Business
Centro Cívico    Curitiba – PR
Fones: (41) 3203-2899 / Fax 3203-2884 / 9900-9657
curitiba@ipoggo.com.br
www.ipoggo.com.br

Formação plena x parcerias profissionais

Em uma de minhas palestras – Design de Ambientes – áreas de atuação profissional – logo de início chamo a atenção dos ouvintes para um fator essencial nos dias de hoje: as parcerias profissionais.

Antes de entrar neste assunto – e ainda dentro do embróglio do assunto – tenho de destacar a forma como entro neste assunto na palestra.

É mais que comum vermos profissionais auto-suficientes, todo-poderosos, detentores mor de todo o conhecimento. BALELA!

O profissional que se coloca desta forma é no máximo medíocre pois sabe um tiquinho de nada de tudo. BÁSICO.

Nossas formações acadêmicas nos mostram caminhos que podemos seguir. Isso nem de longe quer dizer que podemos fazer tudo ou que estamos realmente aptos a fazer tudo. Seja em engenharia, arquitetura, design, advocacia, medicina…Dois excelentes exemplos por sinal estas duas ultimas áreas citadas.

Não vemos um médico que faça de tudo em todas as áreas da medicina assim como não vemos um advogado que atue em todos os campos do direito. Porque em nossa área (engenharia, arquitetura e design) tem de ser diferente? EGOS!!!

Muitos vão dizer que se eu me especializei em determinada área em detrimento das outras vou ficar refém de outros profissionais, ou ainda que vou atuar na sombra destes e mais um monte de afirmações descabidas e inconsequentes.

Ao especializar-me em uma determinada área estarei ajustando o foco e direcionando os meus trabalhos para aquilo que realmente gosto e tenho interesse. Aquilo que realmente me dará prazer pessoal e profissional. Confesso aqui que não gosto nem um pouco de trabalhar com a parte hidráulica. Por isso mesmo, sempre entrego estas partes a algum engenheiro parceiro que trabalhe exclusivamente com hidráulica. Prefiro que ele faça isso de forma correta e perfeita a eu ter de queimar a cabeça re-estudando e relendo sobre isso o que me gastaria tempo precioso.

A área de design de ambientes hoje nos proporciona um grande mercado com muitas áreas para atuação profissional. Porém, assim como na medicina, faz-se necessário que o profissional seja mais que apenas qualificado e sim altamente especializado em determinado assunto.

É o caso da iluminação x lighting design. Engana-se muito quem pensa tratar-se da mesma coisa – vá pesquisar direito! Assim como também engana-se quem continua a acreditar que arquitetura de interiores é o relativo à design de interiores na área de arquitetura. Desinformação pura!

Quando escolhi especializar-me em lighting design, não foi uma coisa motivada por modismos – até mesmo porque nem se falava em lighting aqui no Brasil ainda. Foi uma escolha motivada por gosto mesmo. A luz sempre me fascinou, me hipnotizou, me seduziu, me incomodou. Daí, partir para esta área foi um estalo pois já entrei na faculdade com este foco bem específico.

Eu já vinha analisando ha muito tempo como o mercado externo funcionava e o que estava sendo alterado. E é exatamente no ponto das parcerias que estavam as maiores alterações. Mas como parcerizar se os profissionais se acham “deuses”?

Aí é que está o X da questão! Os ego-centrados preferem fazer tudo sozinhos a ter de compartilhar os créditos do projeto com outros profissionais. No entanto esta maneira de ser pode reverter-se contra ele mesmo pois seus projetos acabarão caindo numa mesmice, erros básicos – como os de lighting expostos no post anterior, muitas cópias, releituras e etc.

Quando você toma consciência de que na verdade não sabe quase nada de tudo, o seu lado profissional tende a sofrer uma grande mudança: para melhor!

Quando você toma consciência de que chamar algum amigo para auxilia-lo num projeto nem de longe quer dizer que você não entende do assunto mas sim que você realmente está preocupado com a qualidade final do projeto e a satisfação dos seus clientes, a sua vida profissional e pessoal vai mudar também: para melhor!

Isso nem de longe quer dizer que você ficará refém ou estará atuando na sombra deste ou daquele profissional, mas sim que você é um profissional consciente, racional, que prima pela qualidade e que vê isso como PARCERIAS PROFISSIONAIS.

Profissionais parceiros tendem a agrupar-se e acabam por “trocar favores” entre si. Tenho um engenheiro parceiro que sempre me chama para fazer os projetos de iluminação e lighting dos projetos dele. Todos os projetos são realizados por mim.

Outros parceiros arquitetos – que não gostam de interiores e sim de obras – fazem a mesma coisa.

Como retribuo? Sempre que aparece algum projeto que necessite de alguma alteração que não posso assinar, chamo-os para resolver. Entrego os esboços com os conceitos, idéias, brieffing e trabalhamos em conjunto. Simples assim.

Esta troca “de favores” só traz melhorias para todos: você, parceiros, fornecedores e clientes.

Coloquei fornecedores pois novamente confesso: não sou nenhuma assumidade em hidráulica. Prefiro fazer uma parceria com algum designer, engenheiro ou arquiteto que entenda realmente destes assuntos a cometer erros que depois darão dor de cabeça a mim, ao cliente, ao lojista, ao empreiteiro e à indústria.

Mas percebo que ainda aqui pelo Brasil isso é muito complicado de acontecer. Cada um prefere ficar enclausurado em seu egocentrismo, errando repetidas vezes mas sempre sem abaixar o topete.

Trabalho atualmente com vários parceiros de São Paulo, Campinas, Curitiba, Maringá e outras cidades mais. às vezes na forma de parceria, outras em consultorias. Mas percebo que ainda existem “vilas” onde os profissionais não amadureceram profissionalmente – alguns já com mais de 20 anos de estrada.

Portanto nobre leitor, “caia na real” e abra seus olhos e procure perceber o que realmente você gosta de fazer dentro de um projeto. Aquelas áreas onde você tem mais dificuldades ou que não gosta mesmo de mexer, coloque nas mãos de alguém que realmente entenda do assunto. Todos voces só tem a ganhar com isso!

Bom trabalho, parceiros!

Design de Interiores/Ambientes x Arquitetura de Interiores x Decoração

Este texto faz parte de minha monografia de pós. Vou começar a dividi-lo em partes para poder postá-los para que algumas pessoas não reclamem dos tamanhos de meus textos.

Para perfeita delimitação das áreas de atuação de um profissional de DA, há que se destacar a diferença de atuação dos diversos profissionais que atuam neste mercado.

Para o público, os profissionais são e fazem a mesma coisa. Genericamente, na cabeça dos clientes todos são arquitetos. Decorador e Designer são sinônimos de arquiteto. Porém, para esclarecer e delimitar as áreas e atuações faz-se necessário o entendimento claro de cada um desses profissionais e de seus trabalhos:

a) Decoração: é aquele profissional que buscou aqueles cursos de curta duração oferecidos por escolas como SENAC ou até mesmo aqueles autodidatas. Suas atribuições são bastante restritas uma vez que o seu conhecimento sobre vários elementos componentes de um projeto é inexistente ou nulo. As suas funções restringem-se à escolha de acessórios (vasos, almofadas, cortinas, outros), móveis, cores para paredes e poucas coisas mais. Param por aí, pois não possuem o conhecimento necessário para interferências mais pesadas no ambiente. Não há projeto e detalhamento de mobiliários específicos.

b) Arquitetura de Interiores: está bem distante da realidade da Decoração ou do Design. O uso deste termo como algo similar ou referente ao DA fez-se tão somente por causa do status e valor – glamour – que o termo arquitetura agrega ao trabalho profissional. Na realidade, Arquitetura de Interiores diz respeito à parte estrutural interna da edificação e dentre essas temos as aberturas, fechamentos, janelas, portas, colunas, vigas, escadas estruturais, mas tem a ver também com a relação entre os espaços, destinação e usos destes espaços, enfim, tudo o que faz parte do esqueleto é Arquitetura de Interiores. É o antes do Design. Apesar de alguns arquitetos¹ alegarem que tiveram durante a sua formação essa disciplina e que ela os habilita para atuação em Design de Interiores, é uma afirmação inverídica, pois no Brasil apenas em cinco cursos constam em suas matrizes curriculares disciplinas específicas em Interiores – e mesmo assim nada de Design aparece nem no nome da disciplina nem no ementário. Este profissional, raramente projeta e detalha móveis e, assim como o Decorador, busca opções já prontas no mercado como móveis de linha ou planejados. Adrian Forty, historiador britânico e crítico de arquitetura, que foi o organizador de um extenso volume da editora britânica Phaidon, “Arquitetura Moderna Brasileira” noz diz:

 “Houve algumas mudanças no status da arquitetura brasileira na cena mundial. O Pritzker dado a Mendes da Rocha certamente foi importante. Mas eu ainda tenho a impressão de que o Brasil persiste um tanto isolado em termos de cultura arquitetônica.” (Folha de São Paulo, Ilustrada, 17/06/07).

Anamaria de Moraes, já em 1994 quando da concepção da Matriz Curricular da Especialização em Design de Interiores, quando atuava como docente da Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro, vislumbrava as diferenças entre as áreas e da necessidade e importância da atuação conjunta dos profissionais de arquitetura com os designers na concepção dos projetos de DA quando, nos objetivos do curso coloca, entre outros:

“Integrar o design e a arquitetura de interiores num projeto que considere a otimização espaço, o conforto ambiental e o bem estar do usuário.” (MORAES, 1994)

Já Francesco Iannone, arquiteto italiano, entende que o trabalho multidisciplinar é fundamental, mesmo para a solução de problemas de menor complexidade. Em uma entrevista sua para a revista Lume Arquitetura (2007), ele desconstrói toda a visão totalitarista e onipresente que a arquitetura emprega quando deixa claro o papel do arquiteto e a real necessidade destes profissionais em realizar essas parcerias pelo simples fato de reconhecer que a sua formação não é tão perfeita como alguns arquitetos afirmam. E esta é a característica principal da visão que alguns arquitetos e até mesmo alguns órgãos e associações ligadas direta ou indiretamente à arquitetura no Brasil tem: somos perfeitos e completos.

Aproveito para fazer um aparte neste ponto. Acho engraçado como alguns arquitetos teimam em atacar e atrapalhar o trabalho dos Designers. Digo isso pois pelo visto não deve haver nada de mais importante e sério para eles fazerem como, por exemplo, dentro de suas próprias cidades, junto à administração pública, buscar soluções para as mazelas urbanas. É mais fácil atacar quem está quieto fazendo o seu trabalho para o qual foi devidamente capacitado, treinado e habilitado e não tem poderio de fogo que as prefeituras e câmaras de vereadores exigindo das mesmas que realizem melhorias. Outra coisa é que adoram criticar a péssima fiscalização do CREA sendo que não se dispõem a ajudar. Só coloquei estes dois exemplos para incitar a análise de quem lê este trabalho. Se formos olhar bem para nosso bairro, cidade, estado, país ou planeta não é nada difícil perceber o tanto de trabalho realmente arquitetural há por se fazer. Há coisas mais importantes a se fazer senhores alguns arquitetos.

c) Design de Interiores/Ambientes: o profissional de Design é habilitado para atuar em intervenções que possa ocorrer já desde o momento da concepção do projeto arquitetônico auxiliando o arquiteto a resolver os espaços da edificação de forma a atender melhor as necessidades do cliente. Após a obra pronta, o designer entra em cena para fazer o fechamento/coroamento da obra através da escolha das cores, texturas, revestimentos, mobiliário, os layouts ergonomicamente corretos, a iluminação adequada, o ajuste de algum elemento arquitetônico que esteja atrapalhando ou que esteja esteticamente desagradável. Enfim, o profissional de DA carrega um vasto conhecimento sobre como as pessoas habitam e usam seus espaços. Ele não se preocupa com a escultura que é a edificação e por isso tende a realizar os projetos com maior complexidade e perfeição.

Diferente do que prega um grande arquiteto brasileiro em um livro de sua autoria onde narra uma história ocorrida com uma cliente sua. A mesma foi reclamar com ele pois seu filho pequeno caiu de um beiral com 1,5m de altura e fraturou a perna. Em resposta, ele simplesmente diz que agora ele aprendeu que não se deve chegar próximo do beiral. Um profissional de DA certamente não daria uma resposta absurda dessa apenas com a intenção de proteger a sua escultura, obra de arte.

[1] Antes de qualquer confusão ou generalização como tem ocorrido em alguns fóruns de discussões sobre os assuntos aqui abordados, deixo claro que em nenhum momento eu ou qualquer um dos outros Designers que compartilham desta mesma opinião estamos generalizando. O grifo sobre “alguns arquitetos” (que usarei a todo momento que esta referência aparecer neste trabalho) serve para chamar a atenção ao sentido exato da colocação: ALGUNS profissionais de arquitetura e não TODOS como tem sido interpretada esta colocação exatamente por estes “alguns” com a intenção explícita de provocar todos os outros arquitetos contra os Designers.