(in)Segurança.

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 61 – 2013
“(in)Segurança.”
By Paulo Oliveira

61
Boate Kiss, janeiro de 2013. Vimos uma série de debates imediatos sobre a questão da segurança nos espaços destinados à diversão coletiva com acusações e apontamentos de falhas para todos os lados. Duas semanas depois, a impressão que tenho é que já perdeu a importância. Os debates se amornaram, a mídia não lança mais denúncias diárias, políticos não se reúnem para analisar ou melhorar as leis, e-groups de arquitetura, engenharia e design já não debatem sobre isso, mídias sociais já estão interessadas em novos assuntos.

Não podemos deixar que isso simplesmente passe e caia no esquecimento. Não podemos permitir que tudo continue como antes do trágico incêndio que ceifou a vida de mais de duzentos jovens. Esta questão é vital tanto para os usuários quanto para nós profissionais que estamos firmando e afirmando a importância da nossa profissão no mercado.

É fato que os empreendedores priorizam a visibilidade estética como forma de marketing nos estabelecimentos e, muitas vezes para redução de custos, forçam-nos a eliminar elementos relativos à segurança e acessibilidade. Mas isso não é um problema apenas desse tipo de projeto. Até nas residências isso acontece. Todo o sistema de iluminação faz parte de ambos – estética e segurança. Diante de tudo isso, qual o nosso papel e as nossas responsabilidades?

A especificação de equipamentos de marcas já consolidadas no mercado reflete padrões técnicos já testados e aprovados, logo seguros para o uso. Mas alguns empreendedores saem à busca destes equipamentos no Paraguai, onde as marcas nem sempre são originais. Geralmente, adquirem equipamentos que, muitas vezes, não se sabe a origem, tampouco o padrão de qualidade. Claro, eles buscam fugir dos altos impostos que incidem sobre os equipamentos importados ou nacionais aqui no Brasil.

Para este tipo de projeto é essencial a presença de um engenheiro eletricista na equipe (coisa rara). É ele que, através das cargas previstas nos projetos de LD (cênico+arquitetônico), som e demais partes onde exista consumo elétrico, irá prever as devidas instalações finais do ambiente, com materiais e insumos de qualidade.

Francesco Iannone disse numa entrevista a esta revista (Ed. 24) que o profissional de LD não deve projetar a parte estrutural e que isso é da alçada do engenheiro ou arquiteto. Realmente não é o nosso papel fazer isso, porém não devemos nos furtar do necessário acompanhamento e fiscalização das partes que darão suporte ao nosso projeto, cada qual em sua competência, especialmente a elétrica. No projeto de LD devemos especificar a carga total necessária para suprir a instalação fixa bem como a previsão das extras para uso e segurança e ficar em cima dos responsáveis pelos projetos de suporte para que atendam com a devida qualidade às necessidades impostas nele. Digo isso, pois é bastante comum as casas noturnas convidar DJs e bandas que, na maioria das vezes, têm suas próprias equipes de som e luz que irão, fatalmente, aumentar a carga consumida.

Outro fator que leva ao erro e risco está nas normas técnicas. O Brasil, salvo engano, é o único país no mundo onde o mínimo é aceitável, por lei, como bom. Duvida? Faça então uma pesquisa sobre os níveis mínimos aceitáveis de coliformes fecais na água que é legalmente autorizada para o seu consumo.

Qual o nosso poder de argumentação legal diante de um engenheiro ou um arquiteto que resolve agradar o cliente, satisfeito com a obediência ao padrão mínimo, independente das condições variáveis de sua implantação cortando gastos? É fácil ouvirmos, na frente do cliente, que “você nem pode assinar o projeto”.

Não temos ainda a regulamentação profissional e a consequente responsabilidade sobre os projetos. Isso não é bom para ninguém.

Prazos e qualidade projetual.

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 59 – 2013
“Prazos e qualidade projetual.”
By Paulo Oliveira

59
Escrevi tempos atrás em meu blog sobre os prazos apertadíssimos que alguns clientes nos impõem. Esta redução de tempo hábil para pensar e solucionar um projeto baseia-se em vários motivos. Sejam estes quais forem, vamos então analisar apenas a questão prazo e o que ela implica.

Todos os profissionais que trabalham com projeto conhecem bem as dificuldades para fechá-los. São vários fatores, condicionantes, necessidades, elementos, normas, análises e estudos necessários para conseguirmos chegar a um padrão mínimo de qualidade. E, por mínimo que este seja, exige tempo, um prazo adequado para tal.

Tecnicamente é impossível realizar projetos, pois não dependemos apenas de nosso trabalho como projetistas. Não estudamos tanto para colocar “apenas uma luzinha”. Os fornecedores demoram vários dias para responder orçamentos; outros profissionais demoram a responder sobre as alterações e soluções encontradas e necessárias, entre outros fatores externos que nos impossibilitam de cumprir prazos curtos mantendo a qualidade nos projetos.

Já do nosso lado, gastamos horas a fio analisando o briefing, pensando em soluções, esboçando ideias técnicas e estéticas, pesquisando na imensidão de equipamentos disponíveis no mercado através dos catálogos, fazendo testes, projetando, etc. Pensar em um projeto de LD com menos de 30 dias de prazo é um tiro no próprio pé. Mas há profissionais e empresas que andam fazendo isso e bagunçando o mercado. O caso é que estes, para conseguir cumprir estes prazos enxutos, agem de maneira antiética com seus clientes.

Alguns profissionais têm os famosos e conhecidos “projetos de gaveta”, que repetem para vários clientes, fazendo apenas pequenos ajustes ou alterações. Isso acontece na arquitetura, na engenharia, interiores/ambientes e várias outras áreas. No entanto, este tipo de projeto não considera o essencial: o usuário. Além disso, são os projetos que nos dão aquela sensação de déjà vu. Repetem-se infinitamente e descaradamente, deixando tudo com a mesma cara.

Já os fornecedores que “dão de graça” projetos para clientes que compram em suas lojas fazem quase a mesma coisa. A diferença é que eles mudam os equipamentos de acordo com as tendências e lançamento de catálogos. E também sabemos que estes projetos não saem de graça, pois seu custo está embutido – e diluído – no valor das peças.

E engana-se quem acha que isso só acontece com interiores. Existem vários edifícios, monumentos e espaços públicos com a mesma iluminação. Analisando seus projetos, percebe-se a autoria. Por falar em autoria, esta sempre vem amarrada a algum fornecedor especial – o que paga mais comissão. E não posso deixar de execrar também os valores cobrados por esses projetos, se é que podemos denominá-los assim.

Por culpa única e exclusiva destes dois citados acima, encontramos clientes desinformados, seja com relação à técnica e estética, quanto sobre os prazos necessários para a qualidade.

Creio que nenhum bom profissional quer ver seu nome atrelado a um projeto mal resolvido, solucionado e executado. Prazos enxutos só levam a suposições e, consequentemente, erros. Projetar não é um truque de mágica.

Temos de ter a consciência de nosso papel na sociedade e no mercado, esclarecendo e informando corretamente os clientes sobre todas as necessidades que um projeto de qualidade exige. Só assim teremos um mercado sério, responsável e respeitado.

Colocar uma luzinha?

No way!!!

Iluminação cênica x arquitetural

A luz sai dos palcos e espetáculos e vai para a arquitetura com a finalidade de valorizar e enaltecer espaços e elementos da arquitetura.

A característica principal da luz cênica é a sua volatilidade que faz o espectador mergulhar numa dimensão mágica, única. Ela por si só já é um espetáculo à parte em um palco; seja num show, seja numa peça de teatro.

Ali, o LD realiza as suas pinturas cênicas. O palco é a tela onde ele vai brincar com suas tintas, com seus pincéis.

As sutilizas e a sensibilidade deste trabalho chamou a atenção de alguns profissionais que trabalhavam com a iluminação arquitetural. Como aplicar aqueles conceitos, como trazer aqueles efeitos para a arquitetura seja ela interior ou exterior? Destas indagações e de várias outras surgiu o Light Design voltado para a arquitetura. Uma necessidade real de algo diferente e único, fugindo do comercial, do comum.

Portanto, para ser um bom profissional de LD faz-se necessário que o profissional busque informações e esteja atendo ao mundo cênico, seja ele em um palco real ou numa cena de TV e filmes. As concepções e tecnologias estão mudando dia a dia e isso é perceptível, especialmente em cinema e televisão.

Mas este conhecimento não vem apenas através da observação de uma imagem ou cena encontrada em algum tipo de mídia ou numa visita. É bem mais profundo e técnico o que exige do profissional um constante aprimoramento e aperfeiçoamento através de pesquisas, leituras e prática, muita prática.

Como a luz é uma matéria não palpável, você não consegue pegá-la. É só através da manipulação e experimentação que o LD conseguirá alcançar um nível de conhecimento e técnica que o torne apto ao trabalho através das múltiplas facetas e possibilidades que a luz tem e é capaz nos proporcionar.

De nada adiantaria eu ou qualquer outro autor ficar escrevendo laudas e mais laudas descrevendo o comportamento de um facho produzido por um determinado equipamento e uma determinada luz. Você poderia até mesmo conseguir visualizar mais ou menos o efeito, porém restariam muitas dúvidas e distorções. Ao contrário do que acontece quando você manipula e sente e percebe ao vivo o que realmente acontece.

A iluminação cênica tem suas características e peculiaridades. A começar por ela ser um show à parte dentro de qualquer espetáculo. O primeiro versículo do Gênesis da Bíblia: “Deus disse: “Haja luz” e houve luz. Deus viu que a luz era boa…”. É a luz que dará a visibilidade de tudo que se fez para o resultado final da montagem e o encantamento da platéia pelo conjunto de elementos cênicos. Ela complementa a linguagem do espetáculo. Deve agregar novos elementos ao conjunto que se pretende transmitir ao público. A luz atua diretamente no referencial psicológico de cada espectador, provocando em cada um reações diferentes, fruto da própria experiência individual com as cores.

Pensemos que ela acontece na grande maioria das vezes em ambientes fechados e que não sofrem interferências externas. É a caixa escura dos teatros (palco + caixa cênica). Isso facilita e muito o trabalho do iluminador. Porém, quando esta acontece num ambiente externo e exposto às variações do entorno algumas coisa necessitam ser super-dimensionadas para alcançar o mesmo efeito.

Por exemplo: numa caixa cênica quando usamos fog (fumaça) ela tende a manter-se no espaço espalhando-se e dissipando-se vagarosa e lentamente. Já num palco aberto a incidência dos ventos faz com que ela se espalhe, nunca tenha uma direção certa. Logo, necessitamos neste caso de uma maquina mais potente ou mais máquinas espalhadas pelo espaço.

Outra característica é que numa caixa cênica os equipamentos são mais simples de manipular, pois ali dentro contamos com uma gama enorme de acessórios tais como varas, bambolina, cortinas que nos garantes o “esconder” dos mesmos do observador e também, os mesmos estão protegidos das intempéries e agressões. Já num espaço aberto eles ficam expostos à chuva, sol, vento, poeira e vários outros elementos que podem danificá-los, especialmente tratando-se de iluminação arquitetural. Por isso os fabricantes começaram a desenvolver os mesmos produtos com IP alto através de vedações e outros elementos que os protegem. Hoje encontramos a maioria dos equipamentos cênicos em versões para uso externo.

Boas leituras são as que contam a história da iluminação cênica. Nestes materiais encontra-se claramente a evolução das técnicas e equipamentos utilizados. Existem vários arquivos em PDF disponíveis pela web sobre o assunto que valem a pena a leitura.

Na iluminação arquitetural, seja esta de fachadas, interiores, paisagismo, monumentos ou qualquer outro tipo é comum termos de especificar e detalhar nos projetos outros elementos além das luminárias e especificações técnicas. Mais ainda quando a edificação ou espaço a ser iluminado são anteriores ao projeto. Num projeto novo onde o LD trabalha em parceria com arquiteto, engenheiro ou designer isso pode ser corrigido já no momento no momento da concepção arquitetural, porém quando isto não ocorre, acabamos por ter a necessidade de adequar os espaços e as instalações ao projeto de LD.

Um exemplo fácil é um projeto de LD para uma praça pública já existente. Um dos primeiros itens a ser verificado é a realidade das instalações existentes. Isso engloba a verificação de instalações elétricas, se existem pontos onde poderemos instalar os equipamentos ou se terão de ser construídos, o tipo de uso da praça, questões relativas a segurança e vandalismo entre vários outros fatores. O mais comum é termos de projetar também estes espaços para instalação seja este enterrado, sobreposto ao chão, elevado ou suspenso.

Em interiores o mais comum é o uso do gesso onde podemos embutir todo o sistema de iluminação. Porém alguns cuidados devem ser observados como, por exemplo, numa sanca com built-in. Pensemos na manutenção do sistema. Um instalador que venha a fazer algum reparo – que seja uma simples troca de lâmpada – apoiando-se no border da sanca onde o sistema encontra-se “escondido”. Se esta não for projetada de modo que a resistência a choques, impactos e cargas seja maior, corremos o risco de ter um elemento quebrado ou trincado o que demandará mais trabalhos ao usuário: remendo, pintura…

Não digo com isso que teremos de nos atentar a toda a parte de instalação elétrica, por exemplo. Isso deve ser feita pelo engenheiro elétrico responsável pela obra. Porém, é um trabalho que demanda atenção e trabalho conjunto.

Alguns lembretes:

Local

Ambiente

Pontos   de atenção

Externo

Fachadas

  • Visibilidade
  • Segurança
  • Vandalismo
  • Existência ou não de   pontos favoráveis
  • Necessidade de   projetos complementares
  • Projeto elétrico
  • Pontos e elementos   arquitetônicos de destaque
  • Níveis de iluminância   rua x fachada

Praças   e parques

  • Tipo de uso
  • Segurança
  • Vandalismo
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Plano Diretor   Municipal

Monumentos

  • Tipo
  • Textura, forma,   dimensão e cor
  • Segurança
  • Vandalismo
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico

Pontes

  • Tipo de uso
  • Tipo de transporte
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Normas técnicas   (DETRAN, etc)
  • Plano Diretor   Municipal
  • Elementos   arquitetônicos de destaque

Vias   urbanas

  • Tipo de uso   (normalmente transporte E pedestre)
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Normas técnicas   (DETRAN, etc)
  • Plano Diretor   Municipal

Interno

Residencial

  • Características do   usuário
  • Tipo de uso
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança

Comercial

  • Características do   mercado
  • Tipo de comércio
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Acessibilidade

Saúde

  • Características   do(s) usuário(s)
  • Área da saúde
  • Área de atenção:   níveis de iluminação por setor
  • Segurança em   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Acessibilidade
  • Normas técnicas   (ANVISA)

Industrial

  • Características a   industria
  • Área de atenção:   níveis diferentes de iluminação por setor
  • Segurança em   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos e áreas a   serem valorizados pela iluminação
  • Níveis de   ofuscamento e segurança
  • Acessibilidade
  • Normas técnicas

Interno   efêmero

Stands

  • Tipo e publico da   feira/evento
  • Segurança nas   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Pontos, produtos e   áreas a serem valorizados pela iluminação
  • Normas do pavilhão   ou centro de exposições

Shows

  • Tipo e publico
  • Segurança nas   instalações
  • Existência ou não de   pontos favoráveis à instalação
  • Necessidade de   projetos complementares para a instalação dos equipamentos
  • Projeto elétrico
  • Áreas a serem   valorizados pela iluminação
  • Normas de segurança   (bombeiros, salvamento, etc)

Estes são apenas alguns exemplos de pontos de atenção que devem ser observados cuidadosamente pelo LD antes de projetar. A visitação “in loco” do espaço é fundamental para a detecção destes pontos. A atenção neste tipo de detalhe fará, certamente, a diferença em seu projeto.

Agenda de Feiras – Lighting Design 2011 – Cênica

NIGHT CLUB & BAR
from March 7, 2011 to March 9, 2011
Las Vegas, USA
http://www.ncbshow.com/

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USITT
from March 9, 2011 to March 12, 2011
Charlotte, USA
http://www.usitt.org/

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SOUND CHECK EXPO
from March 20, 2011 to March 22, 2011
Mexico
http://www.soundcheckexpo.com.mx/

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PROLIGHT+SOUND
from April 6, 2011 to April 9, 2011
Frankfurt, Germany
http://pls.messefrankfurt.com/

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NAB SHOW
from April 9, 2011 to April 14, 2011
Las Vegas, USA
http://www.nabshow.com/

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PLASA FOCUS
from April 19, 2011 to April 20, 2011
Leeds, UK
http://www.plasafocus.com/

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EN COULISSE
from April 20, 2011 to April 21, 2011
Montréal, Canada

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PALME MIDDLE EAST
from April 26, 2011 to April 28, 2011
Dubai, UAE
http://www.palme-middleeast.com/

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SHOWWAY
from May 15, 2011 to May 17, 2011
Bergamo, Italy
http://www.showway.com/

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LIGHTFAIR
from May 17, 2011 to May 19, 2011
Philadelphia, USA
http://www.lightfair.com/

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PALM EXPO
from May 26, 2011 to May 29, 2011
Beijing, China
http://palmexpo.iirx-gallery.com/

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KOBA
from June 14, 2011 to June 17, 2011
Seoul, Korea
http://www.kobashow.com/

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INFOCOMM
from June 15, 2011 to June 17, 2011
Orlando, USA
http://www.infocomm.org/

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ABTT THEATRE SHOW
from June 15, 2011 to June 16, 2011
London, UK
http://www.abtt.org.uk/

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PALME ASIA
from July 13, 2011 to July 15, 2011
Singapore
http://palme.iirx-gallery.com/

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ENTECH
from July 19, 2011 to July 21, 2011
Sydney, Australia
http://www.entechintech.com/

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PLASA
from September 11, 2011 to September 14, 2011
London, UK
http://www.plasashow.com/

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MUSIC MOSCOW
from September 15, 2011 to September 18, 2011
Moscow, Russia
http://www.musicmoscow.com/

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EXPOMUSIC
from September 21, 2011 to September 25, 2011
Brazil
http://www.expomusic.com.br/

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PALME VIETNAM
from October 26, 2011 to October 28, 2011
Hanoi, Vietnam
http://palme-vietnam.com/

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LDI
from October 28, 2011 to October 30, 2011
Orlando, USA
http://www.ldishow.com/

TvLeo

A empresa Leo Madeiras, alem de ser um excelente fornecedor na área em questão, é uma empresa preocupada com a qualidade de seus produtos e com a constante qualificação dos profissionais que utilizam seus produtos.

Uma de suas ações nesse sentido é o programa Marcenaria Moderna onde, através de vídeo-aulas, entrevistas e outros procura levar conhecimento a quem se interessar.

Basta acessar o site da TVLeo e assistir os vários vídeos disponíveis.

Por exemplo:

Ou ainda este  que fala sobre as etapas de um projeto e o cuidados no desenrolar do desenvolvimento:

Alem destes tem vídeos sobre ergonomia, ferramentas de trabalho, soluções sob medida,

Vale a pena a visita. Tenho certeza de que vocês aprenderão muitas coisas por lá.

Ou então você pode ir direto à pasta da Leo Madeiras no Youtube onde encontrará todos esses vídeos disponíveis.

Luz, Iluminação, Lighting Design

“A luz em si é invisível, o que vemos é o objeto iluminado e a fonte luminosa. A luz depende totalmente da matéria e reage de forma diferente com cada tipo de material”
“Há fabricantes que copiam formas mas não outras qualidades do produto, como ótica, engenharia, cálculos, tipo de anodização, curvaturas que refletem ou dispersam a luz e a especificidade do material”
Guinter Parschalk.

“Isso é positivo porque dispensa o rotineiro e ajuda a conquistar avanços a cada projeto”
“É preciso ter uma clara identificação do que e como será iluminado”
Antônio Carlos Mingrone.

“A integração dos projetos é fundamental”
Gilberto Franco.

“Algumas luminárias bonitinhas só servem para disfarçar a falta de um trabalho de luz”
Esther Stiller.

ETAPAS DE UM PROJETO
Esther Stiller trabalha com três parâmetros básicos que se aplicam a todos os seus projetos, mudando apenas o peso que cada um tem conforme as necessidades do ambiente e as expectativas do usuário:
1) O aspecto emocional, que inclui atração visual, é prioridade em espaços como lojas ou restaurantes.
2) O conforto visual – controle de reflexos, brilhos e ofuscamento, além de cuidados com contrastes – é fundamental em locais onde as pessoas permanecem por horas seguidas.
3) A economia de energia, que ganhou maior importância após a crise energética de 2001. Mas mesmo fora das crises, a conservação de energia é fundamental em projetos de maiores dimensões ou de grandes redes, de forma que o somatório do consumo tenha menor impacto no conjunto.

Compreender o universo do projeto
· Atentar para as condições de visão dos usuários
· A linguagem luminotécnica deve ser compatível com a arquitetura
· Observar restrições decorrentes de sistemas embutidos nos forros
· Observar restrições decorrentes das características do meio ambiente
· Avaliar as condicionantes de custo de implantação e de operação

Conceber o sistema
· Conhecer as expectativas dos usuários
· Definir requisitos luminotécnicos segundo as funções exercidas em cada ambiente
· Utilizar recursos da informática para prever os cenários, com perspectivas de cada ambiente
· Definir os fachos luminosos que desenharão o cenário
· Checar a adequação dos fachos quanto aos requisitos luminotécnicos
· Checar a conveniência do custo unitário do equipamento ao custo global da obra
· Checar a eficácia do equipamento segundo requisitos operacionais
· Definir um repertório de equipamentos que possa ser aplicado em todo o projeto

Projetar o sistema
· Calcular o sistema somente depois de ter avaliado todas as questões anteriores

Acompanhar a implantação do sistema
· Etapa importante para que tudo saia conforme o esperado

Avaliar os resultados
· Conheça os erros e acertos na execução de um trabalho

QUESITOS BÁSICOS
1. Desenvolver um projeto atribuindo o devido peso a três fatores básicos: conforto visual, luminotécnica e economia de energia.

2. Avaliar se a quantidade de luz (iluminância, medida em lux) é adequada às atividades exercidas no ambiente

3. Promover a correta distribuição das iluminâncias no campo visual para garantir conforto ao usuário

4. Promover o controle de brilhos de fontes luminosas e superfícies iluminadas para não causar deslumbramento (excesso de brilho que reduz a capacidade visual) e evitar reflexões veladoras
(reflexo da lâmpada no papel ou na tela do computador)

5. Quando o projeto exigir contrastes de luz e sombra, cuidar para que haja uniformidade de luminância sobre superfícies de trabalho, como caixa de loja ou balcão de demonstração

6. Tomar cuidado ao trabalhar com contrastes e zonas de sombra

Fonte: Esther Stiller

Sugado: ArcoWEB

Design 100% Nacional

Well…

Novamente na correria passando pra dar um oi geral.

Bom, sobre o título do tópico, tenho recebido varios e-mails questionando do porque de tantas postagens falando sobre o Design produzido no estrangeiro e poucas coisas daqui da terra brasilis…

Isso não tem um porque exato no entanto podemos – eu e outros blogueiros – afirmar que o acesso à produção estrangeira é bem mais fácil que à nacional.

Ou então parece que o Design brasileiro resume-se ao que aparece às vezes em sites e revistas e que, tirando os mesmos de sempre, ninguém mais produz nada.

Então abro este canal para expor os trabalhos dos Designers brasileiros que trabalham com coisas voltadas ao Design de Interiores/Ambientes.

Para expor os trabalhos, envie um e-mail para ldda.paulooliveira@sercomtel.com.br com:

fotos boas dos produtos

breve descrição dos produtos

dados do designer e/ou empresa

De posse desses materiais vou fazer posts variados por tipo de produto:

Móveis para ambientes de Estar

Móveis para ambientes de servir

Móveis para áreas externas

Acessórios

Equipamentos

Materiais e Revestimentos

Portanto, podem começar a mandar as informações ok?

Dicas de Consumo

Usando a energia com consciência.

Quanto maior o desperdício de energia, maior é o preço que você e o meio ambiente pagam por ela. Ao usar a energia elétrica de maneira correta, você economiza na conta de luz e ainda ajuda o país a preservar suas reservas ecológicas e, conseqüentemente, a vida do planeta.

Existem três maneiras de usar a energia eficientemente:

Hábitos Inteligentes
Use os equipamentos elétricos de maneira correta como está indicado no seu manual.

Equipamentos Eficientes
Na hora de comprar, verifique se o equipamento tem este selo de eficiência.

Projetos Inteligentes
Ao reformar ou projetar sua casa utilize algumas soluções criativas que podem ajudar na redução do seu consumo de energia. Projete os ambientes utilizando o máximo de luz natural, pinte as paredes com cores claras e com melhor isolamento térmico. Utilize ventilação apropriada, circuitos elétricos bem dimensionados e formas de aquecimento de água mais adequadas à sua necessidade.

Energia Elétrica. Use corretamente e tenha sempre uma amiga ao seu lado.

Com fios de alta tensão

Se você encostar ou mesmo chegar perto de fios de alta tensão, o choque pode ser fatal. Alguns trabalhos rotineiros merecem muito cuidado e devem ser executados por profissionais experientes. Saiba quais são as atividade:

. Instalação de antenas de TV e rádio.
. Trabalhos em marquises de casas e prédios.
. Podas de árvore embaixo de fios.
. Manuseio de escadas em colheitas de frutas.

Não faça queimadas, principalmente sob as linhas de transmissão. O calor do fogo, mesmo quando não atinge os cabos elétricos, pode provocar curtos-circuitos.

Atenção redobrada, diversão garantida.

Não deixe seu filho soltar pipa perto dos fios de alta tensão. Essa brincadeira é muito divertida se você estiver em campo aberto e longe dos fios da rede elétrica. Os fios dos postes não são encapados e caso a linha do papagaio encosta neles, o choque pode ser fatal.

Porque é importante evitar o uso de energia no horário de pico

Entre 18 e 21 horas, o consumo de energia elétrica é muito mais alto do que nos outros horários. Isso porque estão funcionando ao mesmo tempo, além das fábricas, a iluminação pública, a iluminação residencial, vários eletrodomésticos e a maioria dos chuveiros. Este é o chamado horário de pico (horário de ponta) de consumo de energia elétrica.

Seria necessário construir novas usinas e linhas de transmissão só para atender o horário de pico. E isso teria custos sociais ambientais elevadíssimos. Por esta razão, a CPFL e o Governo Federal através do PROCEL, Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica, desenvolveram uma série de projetos junto às indústrias e aos grandes consumidores, para diminuir o consumo nesse horário.

Você também pode contribuir, como consumidor e como cidadão, para que a energia elétrica não falte: evite ligar muitos aparelhos e lâmpadas nesse horário. Utilize-os por menos tempo e um de cada vez e, se possível, escolha outra hora para seu banho. Esse pequeno esforço, por parte de cada cidadão, trará benefícios ao meio ambiente e garantirá o conforto de todos.
Para saber o valor do consumo dos equipamentos da sua casa, consulte a placa atrás de cada equipamento ou o manual do fabricante, multiplicando a potência pelas horas de uso durante o mês.

Instalações corretas. Mais economia e segurança para você.

Algumas dicas importantes para evitar problemas e prevenir acidentes com eletricidade:

. Quando um fusível derreter ou fundir, nunca o substitua por moedas, arames, fios de cobre, de alumínio ou qualquer outro objeto. Desligue imediatamente a chave e procure saber a causa do incidente. Troque sempre o fusível danificado por outro novo, de igual amperagem e, se possível, troque por disjuntores “quick-lag” que oferecem maior segurança.

. O uso de “benjamim” é muito perigoso. Você sobrecarrega a tomada com vários aparelhos elétricos, e isso pode provocar um superaquecimento dos fios, causando um curto-circuito.

. Nunca use aparelhos elétricos em locais com água ou umidade, nem com mãos ou os pés molhados. O choque é inevitável.

. Nunca mude a chave (verão/inverno) do seu chuveiro enquanto ele estiver ligado.

. Não mexa no interior de televisores, mesmo desligados. A carga elétrica pode estar acumulada e provocar choques perigosos.

. Jamais use garfo, faca ou objeto metálico em aparelhos ligados. E só limpe esses equipamentos depois de tirá-los da tomada.

Alguns cuidados no dia-a-dia

. Nunca deixe as crianças mexerem em aparelhos elétricos ligados, fios, nem colocarem os dedinhos em tomadas.

. Coloque sempre os protetores nas tomadas que estão ao alcance das crianças.

. Desligue sempre a chave geral quando precisar fazer qualquer reparo na manutenção.

. Se você tomar choque ao ligar torneiras e chuveiros elétricos, isso indica que existe um problema de aterramento (fio-terra) na instalação.

Hoje você já pode contar com um seguro residencial que cobre danos elétricos em aparelhos eletrodomésticos causados por curto-circuito e raios. Informe-se com a CPFL e faça o seu seguro.

Ao trocar uma lâmpada segure-a só pelo bulbo de vidro. Nunca toque na parte interna do bocal (soquete).

Equipamentos eletrônicos sensíveis como microcomputadores e aparelhos de fax precisam de proteção especial, como estabilizadores de voltagem e protetores contra descargas elétricas. Consulte o manual do fabricante e as lojas especializadas.

fonte: CPFL

Prisma – iluminação urbana

O designer Agustin Otegui desenvolveu uma luminária para espaços públicos bastante funcional e prática.

Trata-se da Prisma street light.

O ponto de partida de seu projeto foi a sua inquietação com a rigidez das luminárias existentes. Elas são fixas, iluminam e mal apenas em uma direção. Então, partiu em busca de referências que pudessem ser usadas como base na construção de um novo modelo e encontrou nos prismas exatamente o que precisava.

Com alimentação com energia elétrica, tem painéis de captação de energia solar para alimentar o sistema wireless que faz as movimentações e alterações de intensidade e um globo de LEDs (que também podem ser RGB) especialmente desenvolvido para a peça, além de seus espelhos refletores de alto desempenho, a Prisma garante um alto fluxo luminoso e vida longa aliados à um consumo baixíssimo de energia já que maioria vem do sol.

Do prisma veio a idéia de que, quando jogamos um facho de luz sobre um prisma temos a dispersão de raios de luz em diversas direções. Então, usando deste modelo ele chegou à duas formas básicas: uma com dois fachos (inferiores) e uma com três fachos (2 inferiores e 1 superior).

Extensão CESUMAR – 2° semestre

Saiu a lista de cursos de extensão para o segundo semestre do CESUMAR.

Vou ministrar dois cursos:

CONTRATOS E DOCUMENTOS – COMO ELABORAR CORRETAMENTE

MINISTRANTE
PAULO OLIVEIRA
 
OBJETIVO GERAL
Conscientizar os profissionais sobre os principais pontos de atenção quanto a elaboração de documentos e a necessidade de que estes sejam muito bem elaborados.

CRITÉRIOS
Freqüência de 80%, participação e desenvolvimento dos trabalhos em sala.

REQUISITOS
Trazer os modelos adotados pela empresa para serem discutidos em sala de aula.

PÚBLICO ALVO
Acadêmicos, professores, profissionais das áreas de Design, Arquitetura e Engenharia e demais interessados.

VAGAS
30

CARGA HORÁRIA
16 horas/aula

AULAS
01 e 08|Novembro

INSCRIÇÕES 
http://www.cesumar.br/inscricao/inscricao/extensao/inscricao_form.php

AULAS
Sábados, das 8h às 12h e 14h às 17h30

INVESTIMENTO 
ALUNO DO CESUMAR 1x R$ 65,00
COMUNIDADE 1x R$ 75,00 
EX-ALUNO DO CESUMAR 1x R$ 65,00
FUNCIONÁRIO DO CESUMAR 1x R$ 65,00
PROFESSOR DO CESUMAR 1x R$ 65,00

DISCIPLINAS
ACOMPANHAMENTO E EXECUÇÃO
ADENDOS E ANEXOS (PÓS-CONTRATOS)
CONTRATOS – MODELOS E MODALIDADES
DESIGN – PRODUÇÃO OU DIREITOS?
ÉTICA CONTRATUAL
IMPORTÃNCIA E NECESSIDADE
INTERIORES, ARQUITETURA E LIGHT – EMPREITADA OU OBRA?
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
RISCOS

LIGHT DESIGN I

MINISTRANTE
PAULO OLIVEIRA

OBJETIVO GERAL
Apresentar o trabalho, mercado, campos de atuação, referências técnicas e metodologia projetual de um Light Designer.

CRITÉRIOS
Freqüência de 80%, participação e desenvolvimento dos trabalhos em salas de aula. Projeto final de curso.

REQUISITOS
Conhecimentos básicos de iluminação e AutoCAD.

PÚBLICO ALVO
Acadêmicos,professores, profissionais das áreas de Design, Arquitetura e Engenharia e demais interessados na área de Light Design.

VAGAS
30

CARGA HORÁRIA
48 horas/aula

AULAS
06, 13, 20, 27|Setembro, 04 e 11|Outubro
Sábados, 8h às 12h e 14h às 18h

INSCRIÇÕES 
http://www.cesumar.br/inscricao/inscricao/extensao/inscricao_form.php

INVESTIMENTO
ALUNO DO CESUMAR 1x R$ 180,00 
COMUNIDADE 1x R$ 200,00 
EX-ALUNO DO CESUMAR 1x R$ 180,00 
FUNCIONÁRIO DO CESUMAR 1x R$ 180,00
PROFESSOR DO CESUMAR 1x R$ 180,00 

DISCIPLINAS
APLICAÇÕES BÁSICAS E EFEITOS
EQUIPAMENTOS I – LÂMPADAS
EQUIPAMENTOS II – LUMINÁRIAS
EQUIPAMENTOS III – ESPECIAIS E TECNOLOGIAS
ESTUDO DE CASOS – OBSERVAÇÃO, ANÁLISE CRÍTICA E CONSTEXTUALIZAÇÃO
ILUMINAÇÃO ARQUITETURAL
ILUMINAÇÃO CÊNICA
INTRODUÇÃO AO LD
LIGHT EM EVENTOS – CÊNICO, SHOWS, EVENTOS DIVERSOS
LIGHT INTERIOR E EXTERIOR – COMERCIAL
LIGHT INTERIOR E EXTERIOR – RESIDENCIAL
NORMAS TÉCNICAS
SOFTWARES PARA LD

Estudos de casos: observação, análise, crítica e contextualização

Vou disponibilizar aqui para vocês um exercício que sempre desenvolvo com meus alunos em sala de aulas. Aqui este exercício está voltado para o Lighting Design, mas deve também ser aplicado em Interiores e Ambientes.

 

Sem a menor sombra de dúvida, a principal arma de um LD é a sua capacidade de observação. É através da observação que o profissional vai perceber todas as nuances e características que formam o espaço ou ambiente a ser projetado.

É um exercício diário que por muitas vezes deixamos de lado. Devemos observar não só o foco de nosso trabalho ou nossos projetos em desenvolvimento, mas sim, e principalmente, observar toda e qualquer imagem que encontramos pela frente seja ao vivo, impressa ou na web.

É através deste exercício de observação que vamos construindo o nosso leque de possibilidades e cultivando a nossa capacidade criativa.

Porém, para este exercício não podemos ser apenas observadores, meros espectadores de uma cena. Temos também que exercitar em conjunto, outras habilidades que possuímos: análise, senso estético, conhecimentos específicos, contextualização e finalmente a crítica.

Analisar algo impõe que tenhamos conhecimentos sobre o objeto que está sendo observado. Durante a análise você vai detectar as formas, cores, texturas, luz e sombra, volumetria, estética, possíveis equipamentos utilizados, entre vários outros elementos.

É uma leitura “fria” do objeto observado. Toda análise deve ser isenta de partidarismos e favoritismos (amizades) para que seja realmente séria e realista. Disto nasce a crítica que, na verdade, não é nada mais que um relatório onde descrevemos as sensações que tivemos durante a fase de observação. A crítica é o lado duro deste exercício, é aquele que todo profissional – seja de que área for – detesta e prefere mantê-la bem longe de si.

Porém, não estou me reportando àquelas críticas já conhecidas que figuram em jornais e revistas, cujos autores muitas vezes são considerados personas non gratas em vários meios. Refiro-me a uma crítica particular, íntima do profissional, que atesta dia a dia o seu crescimento profissional, a apuração e refinamento de seu senso estético.

Mas claro que tal crítica vem a se tornar como uma outra área de atuação quando se pode contar com uma imprensa especializada realmente independente e não corporativista como já acontece em vários ramos de atividade profissional.

Muitas vezes nos deparamos com alguma coisa que nos tocam de maneira tão profunda que acabamos por emudecer, por não conseguir expor nossos sentimentos, travamos literalmente. Seja por nos provocar sentimentos bons ou maus. Aqui entra o papel do exercício da contextualização. É através deste exercício que iremos expor – pelo uso de palavras escritas, desenhos, etc – o que estamos sentindo. Porém este exercício serve também para todos os outros casos e é uma excelente fonte de informação e referência para a crítica.

Muitas vezes fazemos estes exercícios sem nos dar conta do que estamos fazendo e da importância disso no seu percurso profissional. Quem já não parou diante de uma imagem em uma revista onde rapidamente apareceram frases e sua cabeça como estas:
– Maravilhoso!!!
– Que cor horrorosa a deste sofá…
– Eu jamais me sentiria bem neste espaço com toda essa luz incidente.
– Interessante a solução para o cortineiro com a sanca built-in.

Essas frases e incontáveis outras são pura e simplesmente reflexos involuntários ou intuitivos de nossa capacidade de observação, análise e crítica. Já estão impregnadas em nós, fazem parte do ser humano. Porém alguns em maior ou menor grau, menos ou mais desenvolvida e aguçada.

Para efetivação destes exercícios permita-se ao menos 5 minutos diários trabalhando com isso. Pode ser quando está na frente do computador navegando. Sempre temos uma imagem na nossa frente que nos chamam a atenção ou não.

Se sim, por quê? O que tem de especial, de belo, que esteja em sintonia com o meu gosto?

Se não, por quê? O que tem de errado, feio, que me desagrada?

Alguns podem dizer que este tipo de análise e crítica é um erro pois desconhecemos a realidade da concepção do projeto, o briefing do cliente, a linha e estilo projetual do autor bem como do todo que engloba o projeto (áreas próximas) entre várias outras alegações. Concordo com tudo isso. Porém temos que relembrar que isso é apenas um exercício de refinamento estético, de observação. Tudo o que você pensar, rabiscar e anotar não irão para nenhuma página de revista e tampouco aparecerão em programas de TV. É uma coisa sua, o SEU olhar sobre determinada cena. Isso se chama análise e crítica às cegas – quando não temos informações detalhadas e técnicas sobre o objeto ou cena em questão. Temos somente a imagem. Para ser mais exato, aquela cena da foto como se fosse uma tela de algum artista. E como tal, deve ser observada da mesma maneira. Não vale aqui ler os textos explicativos sobre conceitos, equipamentos enfim, nada que lhe dê informações sobre a cena em si. Legendas sim estão liberadas desde que não apresentem as locações de cada peça. Depois que você fizer a sua análise, aí tudo bem, pode ler.

É um exercício de leitura e releitura. Por exemplo, observe a imagem abaixo:

Você concorda com o projeto executado acima? Onde estão os erros e acertos? O que você faria diferente, que soluções proporia para melhorar este espaço? Que materiais, equipamentos e plantas utilizaria? A cor da luz foi bem escolhida? Está bem empregada?

Outra imagem:

O que a imagem acima lhe diz? Que sentimentos provoca em você? Quais os recursos e equipamentos que provavelmente foram utilizados para confecção desta cena? Você parou para contar quantas pessoas estão presentes na cena? Usam roupas ou não? Que cores você jogaria ao fundo? Como se comportaria a cena se houvesse a projeção de uma imagem neste ________ (qual é mesmo o nome daquele pano de fundo dos palcos?)? Qual música deve estar tocando e qual eu colocaria?

E quando nos deparamos com imagens que nos trazem alguma informação, será que somos capazes de fazer a leitura técnica desta imagem? Você seria capaz de alocar cada equipamento observando apenas a imagem?  Consegue perceber onde começam os fachos? A luz usada é simétrica? É um sistema MIX?

A realização deste tipo de exercício diariamente afina e apura a nossa sensibilidade para coisas que normalmente passam despercebidas por vários motivos. Porém, um LD tem de ser perfeccionista quanto à observação. Isso vai refletir em seu trabalho de uma forma ou de outra. É esta capacidade de observação que irá tornar os projetos perfeitos em todos os sentidos seja no que diz respeito às instalações quando nos efeitos reais obtidos.

Outro ponto importante a destacar neste tipo de exercício é o fato de que ele nos permite uma leitura mais complexa quando estamos na fase de análise de correlatos, onde conseguimos perceber detalhes que antes passariam despercebidos ou simplesmente não daríamos a devida atenção. Detalhes estes que podem fazer toda a diferença num projeto.

Sempre sugiro uma tabela onde meus alunos irão colocar suas observações. A ordem é esta:

1 – Objeto de estudo:

2 – Imagem da cena.

3 – Percepção sensoria: onde você irá descrever as sensações que a cena provoca em você (aconchego, frio, etc)

4 – Percepção técnica: onde você irá descrever as suas observações técnicas da cena (fachos, pontos de luz, luminárias, prováveis equipamentos, etc).

5 – O que eu gosto: (e manteria)

6 – O que eu não gosto: (e alteraria ou teria feito diferente)

7 – Conclusão:

 

Bom exercício!!!

 

Paulo Oliveira

Tira dúvidas – Light Design

Como estão ocorrendo vários comentários com dúvidas, mas estes ocorrendo em tópicos de assuntos diversos, resolvi abrir este espaço para que possam colocar suas dúvidas sobre Light Design em um só espaço.

começo transportando para cá uma dúvida postada por Kamila Rebeca:

“gostaria de saber como é feita a iluminação para expositor de jóias, sendo que se eu tentar colocar diretamente uma luz do teto ao expositor (de vidro) este não ficará bom, e a luz não irá iluminar como deveria. como se faz para que por dentro do vidro mesmo ou por pontos estratégicos as jóias fiquem bem iluminadas??”