Evoluindo mais ainda

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 66 – 2014
“Evoluindo mais ainda”
By Paulo Oliveira

66
Estive em novembro passado em Campos dos Goytacazes (RJ) participando do R Design e o tema do evento era Evolução. Fui convidado por causa de uma fala minha durante o encerramento do N Design 2012: “Antes do designer, vem o Design”.

A relação de nossa especialidade com as outras áreas tem se tornado cada vez mais importante. E é graças a esta interação, que ela vem se desenvolvendo e temos diariamente novas tecnologias disponíveis.

Um exemplo disso é a fibra ótica. É um produto que não foi criado para o LD. De certa forma, ela foi criada para transportar a luz quando Henrich Lamm tentou desenvolver um pacote de fibras óticas para acessar partes do corpo humano, até então não visualizadas por outros aparelhos. Timidamente, ela começou a aparecer em pequenos acessórios decorativos e hoje já dispomos de uma tecnologia com qualidade e versatilidade que nos possibilita projetar apenas com ela.

Isso se deu por uma constante troca de conhecimentos, análise de problemas a serem solucionados e o consequente desenvolvimento de novos produtos para as novas aplicações (fundamento do Design).

Outro exemplo são os LEDs. Daqueles pequenos pontos dançantes em aparelhos de som, que víamos na década de 70, às luminárias para uso externo e, até mesmo, nos projetores de alta potência para iluminar grandes monumentos.

Estes foram exemplos de como a colaboração – e respeito mútuo – entre as diversas áreas do conhecimento alavancam o desenvolvimento de novas soluções para os problemas e necessidades da sociedade.

No Brasil, este desenvolvimento não ocorre no LD por causa dos “arquitetos de iluminação”. Na verdade, estes poucos contribuíram nisso tudo e a maioria apenas se aproveita dos resultados desenvolvidos por terceiros.

A visão reducionista que o pessoal de arquitetura tem sobre os não arquitetos que trabalham com iluminação é fato. Não culpo os profissionais além do necessário, mas percebo que a base desse pensamento idiotizado está principalmente na academia.

No início de 2013, uma universidade reabriu seu curso de Arquitetura que tinha sido fechado há 10 anos, enquanto os cursos de Design da instituição se desenvolveram e ganharam até um novo espaço próprio, com todos os laboratórios necessários. Como tinham dado outra finalidade ao campus onde funcionou Arquitetura e Design, colocaram-nos no novo campus. Não ficaram ali um mês e solicitaram a troca de campus.

Intrigado, contatei uma colega que é aluna e um amigo que é professor. Fiquei bobo quando ouvi o porquê da troca: “Não queremos nos misturar e tampouco sermos rebaixados ou confundidos comos “dizáiners””, disse a aluna. Questionei o professor e ele me disse que este discurso é o do coordenador e da maioria dos professores.

Dispensaram a oportunidade de ampliar os conhecimentos por mera arrogância, através da troca de conhecimentos com o pessoal dos outros cursos do campus (Gráfico, Produto, Interiores, Artes Visuais, Fotografia). Perderam a oportunidade de conhecer como o pessoal de outras áreas trabalha e pensa, para ampliar seus horizontes. Preferiram fechar-se em seu guetinho.

Facilmente vemos esse mesmo discurso sendo repercutido, especialmente pela AsBAI, dentro do mercado de iluminação e LD.

Mais uma vez eu digo: o mundo evoluiu; nos países realmente desenvolvidos vemos escritórios multidisciplinares sem estrelismos ou egocentrismos.

Nosso país foi descoberto há mais de 500 anos.

Vamos sair das ocas e evoluir?

Prazos e qualidade projetual.

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 59 – 2013
“Prazos e qualidade projetual.”
By Paulo Oliveira

59
Escrevi tempos atrás em meu blog sobre os prazos apertadíssimos que alguns clientes nos impõem. Esta redução de tempo hábil para pensar e solucionar um projeto baseia-se em vários motivos. Sejam estes quais forem, vamos então analisar apenas a questão prazo e o que ela implica.

Todos os profissionais que trabalham com projeto conhecem bem as dificuldades para fechá-los. São vários fatores, condicionantes, necessidades, elementos, normas, análises e estudos necessários para conseguirmos chegar a um padrão mínimo de qualidade. E, por mínimo que este seja, exige tempo, um prazo adequado para tal.

Tecnicamente é impossível realizar projetos, pois não dependemos apenas de nosso trabalho como projetistas. Não estudamos tanto para colocar “apenas uma luzinha”. Os fornecedores demoram vários dias para responder orçamentos; outros profissionais demoram a responder sobre as alterações e soluções encontradas e necessárias, entre outros fatores externos que nos impossibilitam de cumprir prazos curtos mantendo a qualidade nos projetos.

Já do nosso lado, gastamos horas a fio analisando o briefing, pensando em soluções, esboçando ideias técnicas e estéticas, pesquisando na imensidão de equipamentos disponíveis no mercado através dos catálogos, fazendo testes, projetando, etc. Pensar em um projeto de LD com menos de 30 dias de prazo é um tiro no próprio pé. Mas há profissionais e empresas que andam fazendo isso e bagunçando o mercado. O caso é que estes, para conseguir cumprir estes prazos enxutos, agem de maneira antiética com seus clientes.

Alguns profissionais têm os famosos e conhecidos “projetos de gaveta”, que repetem para vários clientes, fazendo apenas pequenos ajustes ou alterações. Isso acontece na arquitetura, na engenharia, interiores/ambientes e várias outras áreas. No entanto, este tipo de projeto não considera o essencial: o usuário. Além disso, são os projetos que nos dão aquela sensação de déjà vu. Repetem-se infinitamente e descaradamente, deixando tudo com a mesma cara.

Já os fornecedores que “dão de graça” projetos para clientes que compram em suas lojas fazem quase a mesma coisa. A diferença é que eles mudam os equipamentos de acordo com as tendências e lançamento de catálogos. E também sabemos que estes projetos não saem de graça, pois seu custo está embutido – e diluído – no valor das peças.

E engana-se quem acha que isso só acontece com interiores. Existem vários edifícios, monumentos e espaços públicos com a mesma iluminação. Analisando seus projetos, percebe-se a autoria. Por falar em autoria, esta sempre vem amarrada a algum fornecedor especial – o que paga mais comissão. E não posso deixar de execrar também os valores cobrados por esses projetos, se é que podemos denominá-los assim.

Por culpa única e exclusiva destes dois citados acima, encontramos clientes desinformados, seja com relação à técnica e estética, quanto sobre os prazos necessários para a qualidade.

Creio que nenhum bom profissional quer ver seu nome atrelado a um projeto mal resolvido, solucionado e executado. Prazos enxutos só levam a suposições e, consequentemente, erros. Projetar não é um truque de mágica.

Temos de ter a consciência de nosso papel na sociedade e no mercado, esclarecendo e informando corretamente os clientes sobre todas as necessidades que um projeto de qualidade exige. Só assim teremos um mercado sério, responsável e respeitado.

Colocar uma luzinha?

No way!!!

Chega!!! Cansei… “Regulamentação 171”

Como coloquei no grupo deste blog lá no Facebook, eu não vou mais me meter em questões relativas à regulamentação. Não adianta espernear, especialmente estando praticamente sozinho nessa luta por uma regulamentação séria, ética e honesta com os profissionais e, principalmente com a nossa área.

Cansei de dar a cara aos tabefes, de me expor enquanto a classe mantem-se comodamente silenciosa sem manifestar-se diante dos absurdos que estão sendo cometidos nesse processo.

Pois bem, vou explicar pela ultima vez o que está rolando:

1. A ABD contratou um “leão de chácara” para ficar correndo os diversos grupos defendendo-a e também ao PL dela. Trata-se do advogado Jonatan. Não sei se perceberam mas onde estão os diretores dessa associação nos debates sobre a regulamentação. NENHUM deles aparece, nenhum deles tem a decência de dar o ar da graça para responder questões ainda abertas e pendentes. Jonatan, te admiro demais como advogado, mas como designer você é péssimo, mesmo que somente na teoria. Já cansei de escrever e repito: o que teus professores estão te ensinando não é Design de Interiores/Ambientes. É mera Decoração. Por isso a sua dificuldade em entender pontos simples que questionamos com relação ao PL: você não sabe o que é Design de Interiores/Ambientes.

2. Um exemplo do que escrevi acima? Fácil: tempos atrás eu estava ministrando a palestra “N Jeitos de atuar” e na plateia estava uma das diretoras. Quando eu estava falando sobre a área de moda e os nichos que esta nos proporciona e citei Vitrinas esta riu jocosamente. Questionada do porque da risada ela fez um sinal de deixa pra lá. Insisti para entender o porquê da risada e ela soltou que “vitrine é coisa de vitrinista”. Pois bem, eu lhe afirmo minha senhora que NÃO! Vitrinas não são coisas de vitrinistas. Vitrinas fazem parte do pacote Visual Merchandisign, que é a peça chave de todo projeto comercial. Sem o conhecimento adequado desta ferramenta não se consegue atingir com precisão o resultado esperado. Fico me perguntando se é daí que vem a tosca ideia de que todo projeto comercial tem validade de no máximo 3 anos. Claro, afinal se vitrinas é trabalho de vitrinistas vocês não devem fazer a menor ideia do que é identidade corporativa, jamais devem ter estudado manuais de aplicação e uso de marcas, etc… Lamentável.

3. Outro exemplo: não sei se perceberam, mas desde a audiência meu blog está parado, fiquei um bom tempo em silêncio no Facebook. Motivo? VERGONHA de tudo que ali fui obrigado a engolir calado, sem poder me expressar. Com exceção das falas da Nora que foram mais completas, o que se viu durante toda a audiência foi um show de firulas e romantismos desnecessários. A área técnica, que é o que realmente interessa para a regulamentação foi totalmente esquecida nas defesas. De riscos aos usuários (responsabilidade técnica) apenas a Nora tocou no assunto. De resto pareceu um bando de desabrigados implorando por socorro, apelando pelo lado emocional mascarado como humano.

4. Técnico sim! A nossa área é extremamente técnica. Nem briffar corretamente é ensinado nas faculdades e duvido que qualquer um dos diretores da ABD saibam o que é isso realmente. Quando eu estava voltando de um evento me encontrei num aeroporto com uma diretora e conversamos sobre isso. Areação dela quando eu coloquei que devemos aplicar as técnicas de brieffing do Design em nossos projetos ela quase babou. Preferiu repetir as baboseiras que foram ditas à exaustão durante a audiência de que a nossa área é de humanas, que temos de ter sensibilidade, atender à estética… quando coloquei que por trás de todo sonho do cliente existe na verdade um problema a era resolvido, que somos muito mais exatas que humanas, ela literalmente não conseguiu entender e se recusou a ao menos tentar entender…

5. Por sinal foi no mínimo risível quando soltei esta imagem:

 papel1

E na sequência a Sr Jonatan postou outro insistindo em enfiar a palavra “sonho” e forçando o debate em torno do tópico por ele postado numa clara tentativa de esvaziar o meu. Ali ficou claro o papel de “leão de chácara” e a intenção dele e da ABD. Mas o que mais chamou a atenção é que NENHUM(A) diretor(a) apareceu em nenhum dos dois. Que novidade… Aquilo soou como um açougueiro querendo escrever sobre microcirurgia neurológica. Na verdade é o que parece sempre quando a ABD tenta falar sobre Design de Interiores/Ambientes: na verdade fala apenas de Decoração que NÃO É Design de Interiores/Ambientes.

6. De todas as conversas anteriores onde ficou acordado que ambas as partes (discordantes e ABD) cederiam para que conseguíssemos chegar a um ponto em comum nos ajustes necessários no PL, tudo não passou de mais um embuste por parte da ABD. Apenas trocaram em alguns lugares a palavra “interiores” por “espaços” numa vã tentativa de atender às nossas solicitações. No entanto, os pontos fundamentais e sérios ainda estão lá sem qualquer alteração ou possibilidade de. Pelo contrário, já estão com outro projeto substitutivo tentando a auto-regulamentação. Sem alterar os pontos necessários e ainda partindo para um modelo menos democrático: nos conselhos auto-regulamentados, apenas associações e entidades de classe podem concorrer aos cargos ou seja, o poder fica com a ABD. Por isso a resistência em nos inserir no PL do Penna após a sanção presidencial através de uma emenda. PODER, nada além disso.

7. Tinha sido acordado que começaríamos a realizar em conjunto o “Fórum Nacional pela Regulamentação”, com palestras e mesas em diversas cidades do país para debatermos abertamente os problemas de mercado para realizar os ajustes necessários no PL. No entanto, a ABD vem realizando diversas palestras sozinha e sem qualquer possibilidade de abertura da participação dos discordantes, salvo se ficarem quietinhos na plateia. Um amigo meu assistiu a palestra em Curitiba e disse que foi triste ver a lavagem cerebral que estão fazendo nos profissionais, escondendo/omitindo o que realmente interessa. Como se vê, democracia é uma coisa que a ABD definitivamente abomina.

Assim, me afasto desse assunto, desse lixo de associação em definitivo! Me fizeram acreditar que a ABD estava de cara nova mas percebo que mais uma vez fui iludido, usado  e enganado por esse grupelho asqueroso, mentiroso e dissimulado.

Vai ser regulamentada a área? Provavelmente será, mas aquela coisa “meia boca”, que “paga migué” pro CAU, que não atende às reais necessidades do mercado. Será mais uma daquelas coisas “pra inglês ver” apenas. Uma verdadeira “Regulamentação 171”.

Prova disso?

Encaminhei uma pauta unificada à diretoria da ABD com solicitações básicas, coisas bobas e fáceis de fazer. Fui severamente criticado por diretores alegando que eu “estava sendo duro demais com a coitadinha da associação”, que eu tinha que pegar mais leve. Quando não tive resposta alguma e a publiquei aqui em meu blog só faltou me espancarem na rua e ficou visível nos comentários pelas redes sociais o ódio que sentiram por eu ter tornado aquele documento público. Oras, é um documento público, pois não foi feito apenas por mim e ele atende à demanda de muitos profissionais que estão no mercado público. Já se passaram quase seis meses e NADA!!!

Até agora NADA de resposta.

Atitude típica atitude dessa associaçãozinha ensimesmada, umbiguista e arrogante. Prefere  deixar que isso caia no esquecimento como sempre faz com assuntos espinhosos e sérios.

Mas dizer mais o que de uma associação cujos diretores se dizem designers e nem sabem o que é brieffing (na exata concepção da palavra) e tampouco o que é  plano de corte (isso sem contar inúmeras outras ferramentas do Design)? Uma associação que prefere dar voz aos patrocinadores falando sobre “a cor da moda” que sobre assuntos teóricos muito mais importantes para o exercício profissional?

Me respondam: esperar o que dessa palhaçada?

Lamento, mas esse antro não serve para mim. Me usaram mais uma vez para tentar alcançar uma credibilidade junto aos profissionais que a ABD está longe de conseguir.

Que venha a regulamentação imposta pela ABD.

Estou tirando meu time de campo deste assunto pois sei que futuramente os designers de interiores irão encontrar sérios problemas no exercício profissional por causa dessa Regulamentação 171. E eu não serei vidraça quando os problemas começarem a estourar. A associação que assuma sozinha a responsabilidade por todos estes problemas já que é a ÚNICA responsável por essa merda toda que vem por aí.

A minha parte eu já fiz desde que comecei este blog. Ele é prova irrefutável de minha luta por uma regulamentação séria, honesta e ética.

Que venha a regulamentação!

Que venham as merdas!!!

E que a ABD mostre-se séria, assuma  e resolva todas elas!!!

Falta de respeito e desconsideração

Pois é, como sabem estou montando espaços para a Casa Conceito aqui em Londrina em parceria com a Adriana Tavares e o Fernando Garla. São áreas externas e só por isso já prevíamos algumas dificuldades mas que, pensamos, seriam facilmente superadas caso as coisas corressem normalmente.

Descontando S. Pedro que não está ajudando muito pois chove aqui desde sexta e está atrasando a obra toda, ainda temos de lidar com problemas provocados por outros profissionais e seus funcionários e parceiros.

Dois de nossos espaços são externos e áreas de passagem: um é o acesso principal à casa, o Lounge Externo, e o outro, o Oratorium. Pois bem, projeto pronto, parceiros definidos e comprometidos, começam os problemas.

Como vocês podem ver, o projeto do Lounge não é nada complicado, bastante simples e tampouco pensamos em fazer algo no estilo megalomaníaco e utópico que impera nas mostras. Foi pensado em algo mais conceitual porém USÁVEL seja durante a mostra, seja numa residência. O “+” mesmo ficaria por conta do projeto de Lighting que foi por onde partimos para fazer o projeto.

1 – Entulhos e falta de respeito:

Não conseguimos mexer em nada do espaço pois os outros arquitetos pensam que as áreas são depósitos de entulho das obras deles. Tiram o lixo de seus ambientes e largam ali nos nossos. Isso porque tem caçambas à disposição lá. Chegam os caminhões para entregar materiais deles e deixam ali nos nossos espaços e isso só desaparece dali depois que é usado. Enquanto isso, ficam ali entulhando e atrapalhando. Tem uma profissional que largou 40 sacos de areia ali ha mais de 2 semanas e até agora o pedreiro dela nem chegou perto. Juntei (varri) toda a porcariada na sexta a noite e pedi para retirarem os entulhos. Hoje chego lá e já estava a lambança de novo no espaço.

A Jacqueline e a Andreia tentam conversar com o pessoal mas de nada adianta. É virar as costas e pronto, jogam lixo até pelas janelas superiores e descarregam materiais de outros espaços ali.

Isso tem muito a ver com o pessoalzinho sobre os quais eu escrevi no post anterior: aquelas estrelinhas e pseudas estrelinhas que só visitam a obra e só olham pra sua coisa. Não conseguem nem mesmo perceber o que está acontecendo ao lado ou o que os seus funcionários estão fazendo com quem está ao lado. É entulho da piscina que vem pro espaço do Oratorium, é entulho do Guilherme Torres que vem pro Lounge, é Areia da Katia Costa que está lá no Lounge a 2 semanas (e que jajá eu vou mandar pra dentro do lago Igapó e ela que se entenda com IAP e Secretaria Municipal de Meio Ambiente), é gesso de não sei quem, é saco de cimento do outro, é porcelanato de um outro e por aí vai.

2 – Danos a terceiros:

Pelo cronograma, questionei se iria ser feito algo mais na parte superior da casa pois eu precisava instalar uma bancada de vidro (Arti in Vetro) desenhada por mim, com uma película importada e que não poderiam mais mexer em nada pelo risco de danificar a peça. Me disseram que não e que eu poderia instalar. Agendei a instalação para ontem (sexta). Acompanhei a instalação da bancada e após tive de sair comprar uns materiais. Quando voltei estavam mexendo no telhado…

Olhem o que me aprontaram:

Além de perder a película toda, ainda desalinharam a peça da parede e sinceramente não sei o que vai acontecer a hora que tirar o calço pois ela deveria estar com a base TODA embutida e aproveitando o alinhamento para dar sustentação. Numa das laterais conseguiram desloca-la 2cm pra fora da parede. O material de fixação precisava de 24hs de cura para que não soltasse. Só depois disso poderiamos tirar o calço e colocar algum peso em cima. Não colocaram nenhuma proteção e encostaram um andaime nela – o que provocou o deslocamento dela.

O pior é que agora ninguém tem culpa e eu que tenho de bancar o prejuízo.

NÃO MESMO!!!

Outro problema é que as portas e janelas da casa foram trocadas todas para vidro temperado. Aí me vem o Guilherme Torres e seu egocentrismo e estrelismo exagerado acreditando piamente que ele pode surtar e fazer o que quiser e os outros que se explodam e me fecha toda a sala dele com gesso acartonado. Resultado: o nosso Lounge e a piscina de outros dois arquitetos estão com janelas lindamente fechadas pelas costas do gesso acartonado e a estrutura visíveis pelo lado externo.

Como faz?

Nós que temos de nos virar para resolver e solucionar o problema que o “bunito” causou. Pois ele não é responsável pelos nossos ambientes.

Juro que dá vontade de passar um vermelhao no meu piso só pra ferrar com o piso de madeira clarinha dele para que nos dias de chuva vire aquela meleca mesmo. E faço como ele fez conosco: dane-se você!

3 – Parceiros nem tão parceiros assim. 

Uma empresa se comprometeu de fazer a cobertura do lounge. Seria um pergolado simples coberto com policarbonato. Porém, a empresa desapareceu e, na última semana, a cada telefonema meu eles davam uma desculpa para não fazer. No último telefonema foi-me dito que não poderiam fazer pois estavam de mudança e que as máquinas estavam todas desligadas e prontas para serem colocadas no caminhão e que a reinstalação demoraria e blablablablablablabla.

Pensei: DANOU-SE!!! Mas se estava dessa forma teria sido muito mais correto eles terem me falado desde o início que não poderiam fazer e não ficar me enrolando como fizeram, me fazendo perder tempo com eles. Assim eu teria como ir atras de outra empresa.

Tenho produtos que não podem molhar e agora não consigo protegê-los sem a cobertura. Nenhuma outra empresa aceitou pegar o pepino em cima da hora e, gambiarra eu nao faço.

A iluminação ferrou toda pois vai ficar na chuva e pedi (e comprei) peças para uso interno e agora não dá tempo de chegar ou trocar para externas. As que comprei ( de iluminação cênica) não existem para uso externo. A casa já está pintada por fora e não tenho mais como rasgar paredes para passar cabeamentos e esconder as luminarias sobre o beiral numa tentativa de protegê-las parcialmente da chuva. Se fizer isso tenho de assumir os custos da repintura além ter de ouvir um monte da Jacqueline e da Andreia.

Porém descubro uma coisa interessante essa semana: pra mim (quem é esse tal de Paulo Oliveira?) essa empresa do pergolado não faz, pois está de mudança, com as máquinas desmontadas. Mas para o Caco Piacenti ela faço, afinal é o Caco né??? Pro Caco as máquinas estão em ordem, não tem mudança e eles vão buscar material no quinto dos infernos. Se fosse pro Melhado, Donadio, Guilherme Torres, Makhoul, Ricci e outrps poderosos que lá estão com ambientes, essa empresa faz – até se algum deles ligar agora (04:07hs de domingo) pedindo algo. Mas como é pra esse (quem é você mesmo?) Paulo Oliveira, não. Qualquer desculpa serve.

E isso aconteceu com muitos fornecedores aqui de Londrina.

Só sabem nossos nomes e nos tratam bem quando levamos clientes nas lojas deles para gastarem lá. Só sabem nosso nome quando vem pedir uma notinha aqui no meu blog. Só se lembram de mim quando eu desapareço e ligam para cobrar porque eu sumi, porque faz tempo que eu não apereço mais na loja/ empresa. Os profissionais só se lembram quem eu sou quando me ligam ou encontram na rua pra pedir dicas gratuitas de iluminação pra seus projetos.

Muitos me falaram que já tinham se comprometido com os poderosos citados acima. Mas se esquecem que o reles mortal aqui conversa com eles lá durante a obra e descobre que o Donadio e o Melhado não tinham feito contato algum com essas empresas para seus ambientes.

Depois estes fornecedores reclamam quando alguém traz parceiros de fora com produtos iguais – ou até melhores – que os deles.

4 – Finalização:

Temos de entregar o ambiente até segunda. Terça a casa está fechada para limpeza e preparação para o coquetel que será realizado à noite.

Como vamos finalizar este ambiente se temos de pintar o chão (e lustra-lo depois) com o povo descarregando móveis, acessórios e etc passando por cima com o nível de respeito pelo outro que já demonstraram ter? Com o povo da galeria e do restaurante lá na beira do lago em obra pesada, entrando e saindo com TERRA, cimento e mais uma mundaréu de coisas, passando obrigatoriamente pelo espaço do Oratorium???

Não consiguimos nem fazer os fechamentos com vegetação que precisamos (e que o bombeiro exigiu para liberar a mostra) pois com isso os caminhões de móveis não conseguirão descer a rampa para descarregar, e ja teve arquiteto dando piti ontem por lá quando falei que vou fechar a rampa na segunda de manhã e ninguém mais passa por ali. E ai de quem ousar mexer em alguma coisa pois se arrastar um vaso vai riscar a pintura preta lustrada do chão e terão de refazer e eu não vou pagar por um serviço que eu já fiz e tampouco vou ficar com uma porcaria exposta em meu ambiente feita por outros.

Porém já tenho a solução para isso tudo (Salve Zeca!!!). Vou colocar no Lounge e no Oratorium, no lugar da placa de identificação, uma outra enorme dizendo bem assim:

“Este era para ser o projeto original:

(perspectiva em 3D)

e graças às empresas  tal, tal e tal que NOS LARGARAM NA MÃO em cima da hora e AOS profissionais fulano, beltrano, cicrano que usaram este espaço como lixão, não foi possível executa-lo E FICOU ESTA PORCARIA QUE VOCÊS ESTÃO VENDO.

críticas, favor direcionar aos citados acima.

DEVEM INCLUSIVE DEIXAR RECADINHOS DE AGRADECIMENTO PELA FALTA DE RESPEITO E DESCONSIDERAÇÃO NOS LIVROS DE VISITAS DE SEUS RESPECTIVOS AMBIENTES”

E, claro, mandarei através de meu advogado as contas dos gastos que tivemos para montar o ambiente para os respectivos escritórios de arquitetura e empresas que nos prejudicaram. Afinal muitos materiais tivemos de comprar e para as estrelinhas sabemos que saíram de graça.

Mas não se preocupem pois apesar de tudo isso estou bem, muito bem e tranquilo com tudo isso.

Para o coquetel vou fechar as duas áreas com tapume e que se virem para resolver.

Também, não pouparei acidez e críticas em meus posts que farei da cobertura da mostra, especialmente à estes que ferraram com todo o nosso projeto.

Sinceramente?

Vou deixar o muro pronto pra terça e o ambiente da Ana Paula.

O resto?

Faço quando der e SE der.

Se não der, mais plaquinhas como a acima aparecerão nos ambientes pois eu não vou queimar o meu nome por causa de cagada e falta de bom senso, educação e respeito de estrelinhas e protegidinhos não.

Um outro detalhe que não tem a ver comigo mas tem a ver com a mostra e os absurdos de Londrina e desse país:

O Dan Mendes ia colocar som ambiente na suíte que está montando. Foi ele lá no ECAD pagar a taxa e voltou revoltado sabem porque??

R$ 350,00 por dia pra deixar um cdzinho rodando.

Perceberam que eu coloquei POR DIA???

Pois é, a mostra fica aberta por 30 dias. Então quer dizer que ele teria de desembolsar a bagatela de R$ 10.500,00 pro ECAD só pra deixar um cdzinho rodando, pelo qual ele já pagou os direitos autorais quando comprou o CD????????

Que que é isso gente??? Ele não vai vender cópias piratas do CD lá dentro e tampouco CDs contrabandeados e muito menos montou um bar ou uma boate. É só uma suíte.

Esse povo surtou? Alguém sabe me dizer se isso acontece em todos os escritórios do ECAD no país ou se a corrupção da política londrinense ja chegou lá dentro do escritório londrinense do ECAD também???

Não existe uma taxa fixa para mostras que é algo bem diferente de um bar ou boate que ganham em cima da música?

É isso… Tou mega azedo e irritado sim e tenho muitos motivos como podem perceber.

Mas me aguardem.

Eu confio em meu Deus e sei que Ele vai me honrar.

Mas também sei que o preço que estes pagarão no final (ou durante) de suas vidas é bem amargo.

Artigo definido: LIGHTING DESIGN – UM ESBOÇO SOBRE SEU ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO.

Pois é galera, finalmente defini o tema de meu artigo da pós do IPOG.

LIGHTING DESIGN – UM ESBOÇO SOBRE SEU ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO.

De modo resumido, será isso que vou analisar:

1. PROBLEMAS:

Problema Geral
A falta de uma denominação, delimitação e/ou definição correta da área profissional para os profissionais que trabalham com iluminação.

Problemas específicos
Qual a denominação mais adequada à ser utilizada pelos profissionais?
Qualquer pessoa formada em engenharia, arquitetura, design e outras áreas que utilizam a luz como ferramenta pode utilizar-se desta denominação?
“X” é uma especialidade ou um simples complemento de outras áreas?
Qual a permeabilidade da área?
Qual a hibridicidade da área?

2. OBJETIVOS:

Objetivo Geral: 

Estabelecer um esboço para um estatuto epistemológico da área profissional de iluminação.

Objetivos Específicos:
Investigar se a área de Lighting Design pode ser fechada com exclusividade dentro de alguma outra baseada na formação acadêmica e assim propor a definição da denominação da área;
Verificar se o direito adquirido por outras áreas pode barrar a independência desta nova área;
Analisar a permeabilidade da área sobre outras e verificar o que torna esta área híbrida mostrando o porquê desta hibridicidade gerar uma área pura, exclusiva e não poder ser fechada dentro – ou exclusiva – de outra.

3. HIPÓTESES
O mercado está interessado e necessita do profissional de Iluminação especializado.
O aprendizado formal em Iluminação favorece o desempenho de um profissional de Iluminação
O profissional de outras áreas sente necessidade de conhecer e aprender aspectos qualitativos e quantitativos da luz para trabalhar com iluminação pois sua formação acadêmica foi insuficiente.
O mercado de trabalho exige um aprendizado formal para um profissional de Iluminação.

 

Bom, como puderam perceber é uma bomba (eu e minhas santas sandices que invento e me meto ahahahahha) e vai me dar uma trabalhão danado escrever este artigo. Vou utilizar dois questionários para reforçar as idéias:

a – destinado aos profissionais que atuam exclusivamente com iluminação

b – com profissionais de outras áreas que trabalham TAMBÉM com iluminação em seus projetos.

A dificuldade é contar com a sinceridade e honestidade no segundo grupo, então, creio que o melhor caminho seja realizar estas entrevistas pessoalmente ou através do MSN ou Skype (com câmera), assim consigo perceber quando o entrevistado enrola, titubeia, não responde de imediato (acaba pesquisando para responder corretamente e não passar carão) entre outras coisas.

Assim que tudo estiver pronto vou disponibilizar o questionario para profissionais de iluminação.

Os profissionais de outras áreas (engenharia, arquitetura, Interiores e Ambientes, decoração, design, etc) que desejar me ajudar nesta pesquisa respondendo à entrevista, é só entrar em contato comigo pelo e-mail LD.PAULOOLIVEIRA@GMAIL.COM me passando o contato do MSN ou do Skype para que eu possa adiciona-los e realizar a entrevista ok?

Mas lembro que somente iniciarei as entrevistas com outros profissionais em agosto.

Abraços a todos ;-)

P.S. > continuarei meio sumido aqui do blog por causa desse artigo mas não os deixarei na mão, fiquem tranquilos.

Tentando manter o blog aqui mesmo…

Bom, ainda na luta para tentar salvar este espaço sem ter de migrar para outro endereço vamos lá… acabo de pagar uma taxa para ampliar o espaço de armazenamento… vamos ver o que vai dar isso…

Enquanto resolvo estes problemas, aí vão mais algumas coisinhas interessantes que encontrei na web:

Natural Furniture from Leif Designpark

The black & white clock by Kibardindesign

Perigot’s vertical shoe rack.

A 4UDECOR está disponibilizando um presente para os amantes de cadeiras: uma série de wallpapers com as cadeiras de design mais famosas. É só acessar o link, baixar as imagens e colocar em seu desktop.

Dicas para o ecocidadão

São Paulo – Secretaria do Meio Ambiente de SP lança livro com informações sobre aquecimento global, preservação de fauna e flora, reciclagem e ações para evitar problemas ambientais, como o desperdício de água e energia. A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo lançou, na semana passada, em cerimônia realizada no Centro de Referência em Educação Ambiental (Crea), em São Paulo, o livro Ecocidadão. Com 110 páginas impressas em papel reciclado e com dezenas de ilustrações, a obra, escrita pelas técnicas da Coordenadoria de Educação Ambiental da secretaria Denise Scabin Pereira e Regina Brito Ferreira, é destinada a professores e pesquisadores das áreas de ecologia e meio ambiente.

Em linhas gerais, o livro mostra como o cidadão comum pode se mobilizar para evitar ou amenizar os problemas ambientais como o desperdício de água e energia, geração de lixo, ruídos, aquecimento global e preservação da fauna e flora. Mostra ainda quais materiais podem ou não ser reciclados e também apresenta um glossário com termos técnicos mais utilizados por especialistas em meio ambiente. Com tiragem de 30 mil exemplares, em um primeiro momento a publicação será distribuída para a rede oficial de ensino fundamental e médio do estado, bibliotecas e outras instituições de ensino e pesquisa interessadas.

O livro oferece ainda uma lista com nomes de especialistas brasileiros que podem ajudar os docentes a tirar dúvidas antes de trabalhar a temática ambiental na sala de aula. O Ecocidadão é o segundo título da série Cadernos de Educação Ambiental, iniciada pela secretaria em novembro de 2008 com a obra As Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo. Ao todo serão lançadas 19 publicações que abordarão temas como agricultura sustentável, biodiversidade, consumo e ecoturismo, a fim de serem trabalhadas em salas de aula e também servirem de suporte a pesquisadores, técnicos e ambientalistas. As instituições de ensino e pesquisa interessadas em adquirir a obra devem encaminhar solicitação para a Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente pelo e-mail cea@ambiente.sp.gov.
Fonte: Envolverde – 31.03.2009

Desenho e detalhamento de móveis

 

Uma das maiores dificuldades e que também muito tempo na hora de projetar, além de gerar muitos problemas na execução de um projeto são os móveis à serem confeccionados especificamente para o ambiente.

O principal problema ou falha – para o projetista – está no desenho e detalhamento.

Muitos profissionais não levam em consideração ou não dão a devida importância à parte de detalhamentos. E é esta parte do projeto que irá concretizar e enfatizar a qualidade do mesmo. É esta parte que fará a diferença no resultado final.

É comum vermos profissionais entregando esboços, croquis ou até mesmo projetos bastante falhos, com falta de informações aos marceneiros e montadores. Muitos entregam pranchas com elevações, cortes e uma perspectiva básica. Tudo devidamente cotado. E apenas isso.

Porém, para que o projeto seja confeccionado devidamente e com qualidade, outros detalhes devem ser mostrados no projeto: outras formas de expressão, detalhamentos minuciosos, para garantir que tudo saia exatamente como imaginado, criado e planejado.

Detalhes ergonômicos devem ser tratados com o devido cuidado e atenção.

Primeiro temos de ter consciência de que será preciso fazer um desenho detalhado de todas as peças que comporão o produto final. Estes desenhos tem de ser cotados, com cortes e vistas. Não basta apenas as elevações e cortes gerais do produto final. Sem isso podem ocorrer erros crassos na execução.

Devemos também mostrar detalhes pertinentes ao funcionamento e manuseio do produto. Isso é fundamental para quem está confeccionando o seu produto. E também para o cliente conseguir visualizaro que terá em mãos posteriormente.

Além da perspectiva manual, faz-se necessário hoje em dia o uso das perspecticas em 3D que facilitarão a visualização do produto final por quem a estará confeccionando.

Devemos também não nos esquecer das perspectivas explodidas. Estas devem ser bastante claras para que o executor possa visualizar e entender perfeitamente como deverá ser feita a montagem, onde entra e encaixa-se cada elemento. Na imagem acima – cadeira de Mauricio Azeredo – não há uso de ferragens. São apenas encaixes. Porém, quando existem parafusos e outros metais e ateriais, estes devem fazer parte da perspectiva explodida.

Quando trabalhamos com juntas, as mesmas devem ser milimetricamente detalhadas para que não haja erro na execução.

Outro detalhe importante, são as ferragens (parafusos, dobradiças, soldas, etc) que devem ser facilmente visualizados no desenho, a sua locação e, por vezes, forma de colocação/aplicação. Estes itens, além de detalhados nos desenhos, devem fazer constar em um memorial descritivo.

Creio que com estas dicas rápidas eu consiga contribuir um pouco mais com o seu trabalho. Lembro que este tipo de detalhamento não se faz necessário apenas em projetos de móveis, mas sim de qualquer outro produto ou equipamento desenvolvido especificamente e também em gesso, projeto luminotécnico, hidráulico e outros que se fizerem presentes no projeto.

Bom trabalho!!!