Manifesto ABD sobre EAD.

Este é um material que tive o imenso prazer e muito orgulho de ajudar na elaboração.

Design é uma área muito séria e complexa e não dá para ser ensinada nessa modalidade pelos motivos apresentados no manifesto e por, ainda, diversos outros.

A modalidade EAD deve sim ser aproveitada por outras áreas que não sejam técnicas. Já para estas técnicas, é imperativa a convivência diária professor-aluno e aluno-aluno para a plena compreensão, entendimento e colaboração entre as partes no tocante à todas as etapas projetuais. Isso não se atinge na modalidade EAD.

Acesse e leia o manifesto:

http://abd.org.br/manifesto-ead

#eadnão #ensino #designdeinteriores #ABD #ManifestoEAD

Prazos e qualidade projetual.

Revista Lume Arquitetura
Coluna Luz e Design em Foco
Ed. n° 59 – 2013
“Prazos e qualidade projetual.”
By Paulo Oliveira

59
Escrevi tempos atrás em meu blog sobre os prazos apertadíssimos que alguns clientes nos impõem. Esta redução de tempo hábil para pensar e solucionar um projeto baseia-se em vários motivos. Sejam estes quais forem, vamos então analisar apenas a questão prazo e o que ela implica.

Todos os profissionais que trabalham com projeto conhecem bem as dificuldades para fechá-los. São vários fatores, condicionantes, necessidades, elementos, normas, análises e estudos necessários para conseguirmos chegar a um padrão mínimo de qualidade. E, por mínimo que este seja, exige tempo, um prazo adequado para tal.

Tecnicamente é impossível realizar projetos, pois não dependemos apenas de nosso trabalho como projetistas. Não estudamos tanto para colocar “apenas uma luzinha”. Os fornecedores demoram vários dias para responder orçamentos; outros profissionais demoram a responder sobre as alterações e soluções encontradas e necessárias, entre outros fatores externos que nos impossibilitam de cumprir prazos curtos mantendo a qualidade nos projetos.

Já do nosso lado, gastamos horas a fio analisando o briefing, pensando em soluções, esboçando ideias técnicas e estéticas, pesquisando na imensidão de equipamentos disponíveis no mercado através dos catálogos, fazendo testes, projetando, etc. Pensar em um projeto de LD com menos de 30 dias de prazo é um tiro no próprio pé. Mas há profissionais e empresas que andam fazendo isso e bagunçando o mercado. O caso é que estes, para conseguir cumprir estes prazos enxutos, agem de maneira antiética com seus clientes.

Alguns profissionais têm os famosos e conhecidos “projetos de gaveta”, que repetem para vários clientes, fazendo apenas pequenos ajustes ou alterações. Isso acontece na arquitetura, na engenharia, interiores/ambientes e várias outras áreas. No entanto, este tipo de projeto não considera o essencial: o usuário. Além disso, são os projetos que nos dão aquela sensação de déjà vu. Repetem-se infinitamente e descaradamente, deixando tudo com a mesma cara.

Já os fornecedores que “dão de graça” projetos para clientes que compram em suas lojas fazem quase a mesma coisa. A diferença é que eles mudam os equipamentos de acordo com as tendências e lançamento de catálogos. E também sabemos que estes projetos não saem de graça, pois seu custo está embutido – e diluído – no valor das peças.

E engana-se quem acha que isso só acontece com interiores. Existem vários edifícios, monumentos e espaços públicos com a mesma iluminação. Analisando seus projetos, percebe-se a autoria. Por falar em autoria, esta sempre vem amarrada a algum fornecedor especial – o que paga mais comissão. E não posso deixar de execrar também os valores cobrados por esses projetos, se é que podemos denominá-los assim.

Por culpa única e exclusiva destes dois citados acima, encontramos clientes desinformados, seja com relação à técnica e estética, quanto sobre os prazos necessários para a qualidade.

Creio que nenhum bom profissional quer ver seu nome atrelado a um projeto mal resolvido, solucionado e executado. Prazos enxutos só levam a suposições e, consequentemente, erros. Projetar não é um truque de mágica.

Temos de ter a consciência de nosso papel na sociedade e no mercado, esclarecendo e informando corretamente os clientes sobre todas as necessidades que um projeto de qualidade exige. Só assim teremos um mercado sério, responsável e respeitado.

Colocar uma luzinha?

No way!!!

Apresentando: LaCasa Design

Localizada em Londrina, no norte do Paraná, a LaCasa Design hoje é uma das maiores empresas do Brasil no segmento de móveis para área externa. Os móveis são confeccionados com estruturas em alumínios e acabamentos em fibra sintética, tela sling e madeira.

Estruturada em uma área física de 5.500m², investe constantemente na capacitação dos 150 colaboradores, que se comprometem em desenvolver produtos para atender com qualidade e conforto a todas as exigências do mercado.

Produtos

Os móveis destacam-se pelo design diferenciado, a qualidade das matérias-primas utilizadas, acabamento perfeito e um rigoroso controle de qualidade que garante que o consumidor receba um produto de qualidade, mais resistente e durável.

A LaCasa Design antecipa tendências e sua coleção anual é sempre exclusiva e inovadora, o que a torna uma empresa conceituada no mercado.

Os móveis LaCasa Design possuem estilo e design inconfundíveis. Desenvolvidos por designers conceituados neste segmento, com ampla experiência na criação de projetos na área moveleira, tem a preocupação de inserir em cada peça classe, beleza, conforto e funcionalidade.

Saiba mais sobre a empresa, materiais, design e meio de produção na página institucional da LaCasa Design.

Os produtos da LaCasa Design são sempre um show à parte. Não à toa que a LaCasa é uma das fornecedoras oficiais da Rede Globo, merecidamente diga-se de passagem. Fiquem atentos às novelas que perceberão os móveis da LaCasa.

Em sua linha de produtos você encontrará banquetas, acessórios, bancos, cadeiras, chaises, espreguiçadeiras, mesas, namoradeiras, sofás, poltronas, aparadores, cachepôs, carrinhos de chá/bar, ombrelones e puffs.

Posso garantir: se você busca além da beleza, produtos de altíssima qualidade, escolha LaCasa Design ;-)

Contatos:
Rua Condor, 715 – Pq. das Indústrias Leves
CEP 86030-300
Londrina – Paraná – Brasil
Telefone: 43 3027-7636 / 3336-4641
Site: http://www.lacasadesign.com.br/inicial
E-mail: atendimento@lacasadesign.com.br

#mariabethania

Pois é gente, vocês devem ter se assustado com o teor de minha postagem de ontem a noite. Hoje quando acordei abri o blog e li e confesso que eu mesmo me assustei pela acidez na crítica.

Pensei até em mexer no texto para suaviza-lo mas uma vez postado, não seria ético altera-lo.

Aí, eis que entro no Twitter para ver o que estava rolando e dar um sinal de “ooooooiiiii pessoas, tou vivo ainda” e me deparo no TTBR com a HT #mariabethania.

 

Por gostar de algumas coisas dela e também motivado por curiosidade pois ela está desaparecida do cenario musical nacional ja ha muito tempo, fui ver o que era e…

#MURRI…

Pois é gente… sem pobreza mesmo mas apenas para os amigos do rei.

A HT #mariabethania entrou no TTBR (e permaneceu desde a manhã até agora a noite em 1° lugar entrando inclusive na lista nos TTs mundiais) depois que foi divulgado que ela acaba de receber a autorização do MinC para captar patrocinadores para montar e produzir um blog de… poesias….

#KILINDU…

Segundo o projeto, ela vai declamar 365 poesias que serão gravadas em vídeo e serão postadas uma a cada dia em seu blog.

Não tenho absolutamente nada contra o tal blog ser de poesias, não sou um amante delas mas sei o valor que as mesmas tem na cultura inclusive na personalidade das pessoas. É uma belíssima forma de expressão, quando quem as escreve sabe ao menos escrever corretamente.

No entanto o que me deixamuito #PUTODAVIDA é perceber o descaramento de que quando você é amiguinho do rei as Leis são deturpadas em favorecimento seu.

Que se dane o lixo que será produzido por você ou se isso vai gerar algum impacto positivo na sociedade, na cultura ou seja lá em que diabo de lugar for. E também se será mesmo né gente? Afinal até hoje existe muitos artistas que conseguiram esta boquinha e estão com pendências da Lei Rouanet seja por não finalizaram a prestação de contas, seja por não ter realizado o que o projeto inicial previa ou o que for. Preferem acreditar no “esquecimento” da sociedade e no encobertamento dos órgãos públicos.

Vejam bem, a minha indignação é simples de vocês entender:

Ha quanto tempo venho postando aqui nestas páginas as dificuldades em manter este blog atualizado como eu gostaria e sei que vocês leitores merecem, com postagens diárias e de qualidade, conteúdo sério, com embasamento correto e simplesmente não consigo pois tenho uma vida real a cuidar, onde tenho de cuidar de minha casa, cuidar dos projetos de meus clientes, dar atenção à família, manter o meu círculo social e de amigos e tantas outras coisas mais que não tenho como fugir disso?

Se eu paro para postar algo (pesquisar, selecionar, conversar, debater, escrever, rever, avaliar, ilustrar, linkagens, formatar, postar) perco, de brincadeira, uma hora para posts pequenos e rápidos, dos mais generalistas.

Quando o assunto é mais sério, como a Carta Aberta ao Senado Federal (e tantos outros que tem por aqui), tive de parar absolutamente tudo o que estava fazendo por 3 dias em média para conseguir focar-me no assunto e expressar-me de forma coerente e ética.

E tenho aqui vários rascunhos e esboços te posts inacabados por absoluta falta de tempo.

Esse afastar-me incluiu deixar obras abandonadas, sem a minha necessária presença para prevenir erros dos executores, por exemplo.

Também já perdi clientes por dar preferência à postagem aqui no blog – dada a importância do assunto – a encaminhar o orçamento para o cliente. Foi o tempo de uma tarde que demorei para encaminhar e já perdi o mesmo para outro profissional.

Então, como podem ver, se eu paro para atender ao blog, deixo coisas pendentes na vida real (sei que o blog hoje em dia faz parte da minha vida real também). Se me debruço demais sobre este blog, estou perdendo tempo precioso que poderia estar cuidando de projetos (vocês sabem quanto tempo leva para projetar de uma forma no mínimo, decente, alguma coisa) e, tempo é dinheiro.

Logo, deixo de ganhar dinheiro – que também é necessário para manter este blog pois o tamanho dele já superou ha muito tempo a zona FREE do wordpress.

Já percebaram também ha quanto tempo venho lutando para conseguir patrocinadores para este blog e, junto com o ED, para o Portal DesignBR?

Simplesmente não conseguimos sabem porque?

Atrair o olhar ou um mero clique apenas (mesmo que sejam milhões deles) não basta para os empresários. A única vantagem que qualquer pessoa aceita é se terá benefício financeiro em troca. E este benefício só vem através da Lei Rouanet – de renúncia fiscal – onde o montante investido em patrocínios culturais é abatido dos impostos devidos pela empresa ao Governo Federal.

Portanto, é dinheiro público sim!!!

O meu, o seu, o nosso dinheirinho sendo destinados a patrocínios de sei lá que coisas.

No caso específico da #mariabethania fica mais absurdo ainda uma vez que vemos constantemente projetos de alta relevância cultural, histórica, acadêmica e social sendo rejeitados ficando portanto, à mercê de alguma alma caridosa que os ajude a ao menos “boiar para não morrer na praia“.

De projetos de restauração de centros históricos à pesquisas de materiais, equipamentos e outras coisas que geram desenvolvimento e constóem conhecimento,  vemos incontáveis projetos sendo rejeitados e não autorizados pelo MinC a realizar a captação de recursos junto à iniciativa privada para patrocínio.

IES tentando apoio para projetos acadêmicos que terão um impacto positivo na sociedade e acabam tendo de bancar todos os custos sozinhas.

Aí me aparece uma amiguinha do rei e consegue do nada a bagatela de R$ 1.300.000,00 para produzir esse blog.

Gente, esse valor dividido por 356 (dias) – que é o que ela planejou – dá um total de R$ 3.561,44 por dia.

Quem não gostaria de receber um salario desses aí que me atire a primeira pedra!!!!

Imaginem se eu recebesse esse valor assim de mão beijada para manter este blog.

Com certeza faria deste o maior blog de design do planeta pois poderia me dar ao luxo de até mesmo rejeitar clientes e ficar com tempo livre o suficiente para cuidar deste espaço.

Se bobear poderia trabalhar apenas metade dos dias da semana e na outra metade levantar este blog acrescentando inumeras funcionalidades (que são pagas), pagando para algum designer gráfico de renome fazer um layout decente e próprio (e não ficar preso à esses gratuitos e limitados do wordpress), comprar hospedar e manter um domínio próprio, pagar digitadores ou ate mesmo algum designer para editar e manter as atualizações diárias, comprar equipamentos para filmagense gravações para produções de vídeos e reportagens mostrando na rua as coisas que escrevo aqui entre tantas outras coisas mais.

Teria condições de visitar todas as feiras nacionais e trazer para cá as novidades em primeira mão, sem ter de ficar replicando conteúdos já replicados em outros sites e blogs.

Também me dar ao luxo de  ministrar palestras por esse país todo cobrando menos pelo pró-labore e custos pois teria condições de ajudar especialmente os alunos que tentam tanto montar seminarios e congressos e não conseguem as verbas necessárias.

Enfim, seriam muitas as possibilidades.

E assim como eu, sei que muitos outros blogueiros sérios também estão indignados com essa palhaçada.

Vocês leitores sabem que existe uma rede de blogs bastante sérios e que seus autores tem de matar um leão por dia para mantê-los vivos e atualizados. E isto buscando sempre o que há de melhor em conteúdo para vocês.

São blogs que hoje servem como referência bibliográfica nos diversos cursos de Design existentes aqui no Brasil e no exterior, de onde os acadêmicos tiram idéias para as suas produções e trabalhos, pesquisas, artigos, monografias, teses, projetos.

Ou seja, são fontes de CONHECIMENTO, de cultura, de questionamentos, de debates, de conteúdos, de novidades, de pesquisa entre tantas outras coisas.

Assim sendo, não mereceríamos nós blogueiros sérios uma parcela desse bolo também?

Só para conhecimento de vocês, eu já recebi diversas respostas de empresas que contatei para patrocinar este blog ou o Portal DesignBR alegando que, não tendo a autorização do MinC, eles não podem ajudar em nada.

Ainda estou me perguntando qual é a relevância social para que este projeto seja contemplado sabendo que vivemos num país onde a maioria da população é analfabeta funcional, que mal sabem ler o próprio nome, não tem acesso à internet e tampouco fazem idéia do que seja poesia. Também me questiono sobre quais autores serão agraciados por majestosa citação? E o que eles irão ganhar com isso? Entre várias outras ainda que mantem-se entaladas em minha goela e me azedaram o dia todo hoje.

Assim, chego à conclusão de que o meu azedume ao postar ontem a noite só podia ser um pressentimento de alguma coisa ruim ou muito imbecil que estava para acontecer de alguma forma, em algum lugar, sei lá….

E BINGO!!!!

#MARIABETHANIA e #MINC

O Brasil da #putaria e da falta de bom senso descarado!!!!

*Perdão meninas e senhoras por algumas palavras mais pesadas, mas não tem como postar sobre isso usando outras na tentativa de representar com exatidão o sentimento que me toma hoje. ;-)

Newsletter

É…

Depois quando eu digo que a mídia mais desinforma que informa tem gente que acha ruim…

Também quando digo que existem profissionais que para tentar parecer o que não são ficam inventando frases ou repetindo coisas óbvias perdidos entre palavras toscas e da moda, tem gente que surta e vem me xingar…

Ainda mais quando vejo gente de outras áreas falando sobre – e como se fosse – design, aí ferrou de vez. É um show de asneiras que merecem ser replicadas para mostrar o quão fúteis e desinformadas são algumas pessoas e, especialmente a mídia – que se diz especializada.

Sinceramente? Tô nem aí. Falo mesmo. Não me calo e tampouco me deixo amordaçar diante de absurdos.

Recebi uma newsletter hoje e creio que bastava apenas o banner. Teriam sido muito mais felizes. Mas não. No afã de querer mostrar-se imponente e importante, acabaram colocando no corpo da mesma comentários mais que desnecessários de profissionais de renome no cenário… midiático.

Nem vou me ater demais a comentar algumas partes, minha ironia já bastará.

“A tendência é conforto, qualidade e bem estar. É a opção por ambientes para serem vividos, com a personalidade do morador.”

Sério mesmo? Será que um profissional que afirma isso pode ser considerado realmente que é formado na área? Estranho, pois se assim fosse saberia claramente que esses elementos elencados acima não são meras tendências mas itens essenciais em qualquer projeto que prime pela qualidade e pela realização dos sonhos do cliente. Com uma frase assim, tenho pena dos clientes que que são forçados à engolir projetos que não refletem sua personalidade e sim a de um projetista  qualquer que fica correndo atrás de “tendências” pra parecer “up”  e “bunito” nas mídias… UAU!!!

Descobriu as américas!!! Merece um Nobel né gente!!!

Confesso que fiquei PANTONE 18-1537 depois dessa…

“(…)o equilibrio das dimensões estão em alta. Os espaços pequenos estão sendo bem aproveitados.(…)”

Impressionante!!!

Juro que de 18-1537 fiquei 17-1612 depois dessa….

“É forte a tendência por todos os materiais que dão sensação de conforto e bem estar, passando a sensação de praticidade. (…) Tudo o que gira em torno desse conceito é tendência: o de tornar a vida mais prática. (…) e que tragam essa sensação de conforto e bem estar. (…)”

Por acaso alguém aqui se esqueceu que o bicho homem já saiu das cavernas ha muito tempo e que isso não é novidade alguma? Que ha muito tempo a praticidade, conforto, bem-estar são intens imprescindíveis seja num projeto arquitetônico, num de interiores ou ate mesmo no de um hair “dezáine”??? Olhem a repetição do mesmo discurso dentro de um mesmo parágrafo…

PAREI!

Agora virei um belo exemplar do 17-1588 da cartela PANTONE.

“A funcionalidade e a integração dos ambientes são grandes tendências para 2011.(…)”

Tudo bem, integração de ambientes nem é tão velho assim, pois há cerca de 10 anos este conceito vem sendo aplicado. Mas a funcionalidade só está entrando “na moda” agora? Pra que serviram as aulas das disciplinas que tratavam sobre fluxograma, programa de necessidades ou coisa similar?

Tou de 18-5622, gostaram do modelito?

“(…) Hoje, mas do que nunca, procuramos o material de alta qualidade. (…)”

Só hoje? Aí ferrou de vez…

Obra de Anselm Reyle

18-1012 na cabeça!

Pois é gente, é bem por aí. Desinformação pura e deslavada para quem quiser. É sem dúvida uma poderosa ferramenta promovendo a prostituição não só das áreas de arquitetura e design mas também de várias outras.

Já postei aqui sobre tendências em nossa área sendo bem realista com 99% do mercado. Seguir tendências não serve para realizar os sonhos dos clientes.

Nós, da área de Interiores, não somos modistas nem fashionistas #pelamordedeus!!!

Somos responsáveis pela criação de um lar ou de um negócio que, dentre tantas coisas, deve:

– ser durável;
– ser confortável;
– promover o bem-estar;
– e, principalmente, atender as necessidades fundamentais e reais dos clientes – e nao modismos impostos.

Também não podemos esquecer que o projeto deve refletir a personalidade do usuário e não do projetista ou de algum bam-bam-bam qualquer que fica por aí impondo modismos desnecessários e, muitas vezes, fúteis.

Tudo bem, entendo que novidades são sempre bem vindas seja numa nova cor de tinta, uma nova padronagem ou tipo de tecido e até mesmo naquele revestimento de última geração para móveis que acabou de sair do laboratório da NASA e que a indústria está desesperada para vender mas, calma lá gente. Isso tem cliente certo, não é para qualquer um e, nem todo mundo gosta dessas coisas.

Ecletismos, vintage, retrô e tantos outros nomes só devem ser aplicados se o cliente realmente gosta e se faz parte de seu estilo. Isso me lembra um trecho do livro “Terapia do Apartamento” (Maxwell Gillingham-Ryan) quando ele fala sobre os clientes que chegam com recortes de revistas dizendo querer exatamente aquilo. O que ele faz? Simples:

Primeiro o profissional deve buscar perceber do cliente o porque dele querer aquilo que deseja – se é por estar na moda ou por gosto mesmo – e, em seguida, permitir ao cliente apontar exatamente o que mais gosta no ambiente da(s) foto(s). Assim poderá captar o estilo deste cliente e, a partir disso, elaborar um projeto que realmente seja a “cara” dele, não das revistas da moda.

Quando isso não é feito, o projeto torna-se muitas vezes um terreno bem cuidado porém árido, impermeável, impessoal.

Foto: Brian Kossof

Por sinal, observem como estas tendências tem deixado os projetos com a mesma cara não é? Já pararam para analisar a mesmice que acaba predominando?

Inevitavelmente vem a dúvida: os projetistas estariam reféns de uma lógica tosca do mercado das tendências ou isso não passa de um mero ócio criativo?

Sem contar que isso também interfere de forma negativa em qualquer tentativa de regulamentação profissional de nossa área, mais que necessária e urgente hoje em dia.

Eu heim…

Pós.. pesquisas e metepe

Ha dois meses tive aula da pós (do IPOG) e dessa vez o módulo foi sobre a famigerada e odiada METEPE (Metodologia e Técnicas de Pesquisas).

Apesar do receio inicial geral da turma com relação à disciplina, conseguimos atingir um nivel bastante interessante nas propostas dos trabalhos desenvolvidos.

Entrei com três idéias para a Monografia e saí com cinco… Está difícil escolher pois são temas distintos e polêmicos dentro de áreas distintas do universo do LD. Mas este não é o foco deste post.

Foi interessante perceber como as pessoas tem dificuldade em focar um elemento dentro de um tema e, por vezes, resistem quando alguém tenta mostrar que não existe um foco e sim vários no que foi apresentado. Tentam se justificar e não prestam atenção no que está sendo apontado.

Pelas nossas profissões (arquitetura e Design) serem bastante criativas – e exigirem muito disso da gente – acabamos por “viajar na maionese” jogando tinta demais sobre a tela. No entanto, quando vamos escrever um artigo temos de ser extremamente específicos e focados. Interessante notar que nos outros módulos mais práticos isso não tina aparecido ainda na turma.

Vou exemplificar usando o meu grupo e o que aconteceu nele. Escolhemos como área, “Iluminação e Terceira Idade”.  Na hora de recortar o tema foi um auê geral pois cada um apontava uma coisa. Da acessibilidade ao tipo de lâmpada com características menos danosas aos idosos, rolou de tudo:

– Segurança

– Acessibilidade

– Características fisiológicas dos idosos

– tipos de lâmpadas mais adequadas

– tipos de luminárias mais adequadas

– tipo de iluminação mais adequada

– efeitos psico-fisiológicos da luz na terceira idade

– adequação projetual de espaços voltados à terceira idade

Enfim, idéias não paravam de borbulhar em nossas cabeças. Mas analisando as idéias acima, começamos a perceber que mesmo assim, cada uma nos davam margem para vários focos, ou artigos distintos, que é o caso do curso.

Depois de horas debatendo, conseguimos focalizar em um problema e escolher um objeto:

Area:

Iluminação e Terceira Idade.

Tema:

Melhoria da qualidade de vida para pessoas da terceira idade através da implantação de iluminação artificial adequada em residências institucionais.

Imagem: joaobem

Parece ainda bastante aberto o tema não é mesmo? Porém, ele já está bem fechado e isso fica claro nos itens seguintes descritos no trabalho:

Problemas:

1 – Como trabalhar a iluminação artificial para as pessoas da terceira idade que já não tem a mesma percepção visual e espacial do jovem e do adulto.

2 -As necessidades de adequação do projeto de iluminação artificial para idosos visando saúde, segurança e bem-estar.

Hipóteses:

1 -A ausência de projetos de iluminação artificial específica para a terceira idade nas instituições.

2 -Os cuidados com o bem estar dos idosos e o desconhecimento sobre a iluminação adequada.

3 -O alto custo para implantação de um projeto de iluminação adaptado.

Objetivo Geral:

1 -Identificar as necessidades fisiológicas de idosos para que através da adequação da iluminação artificial possa melhorar sua qualidade de vida.

Objetivos Específicos:

1 -Verificar os pontos deficientes da iluminação artificial nos ambientes;

2 -Coletar dados para viabilizar a elaboração de projetos adequados;

3 -Demonstrar que o custo inicial para implantação de um projeto de iluminação adaptado para idosos tem retorno a curto prazo.

Metodologia:

1 – Método: Monográfico.
2 – Universo: Iluminação de Interiores.
3 – População: Iluminação artificial para terceira idade.
4 – Amostra: Iluminação artificial para terceira idade em residências institucionais em Londrina.
Imagem: djibnet

Não entenderam nada? Claro, isso aqui é apenas uma cópia do powerpoint da apresentação. Vamos entender melhor como se daria este trabalho de pesquisa:

Dentro de todos os recortes que o grupo fez vinham ligados de uma forma ou de outra às questões sociais, especialmente aquelas ligadas a entidades assistenciais que carecem de recursos.

Ponto 1 – clientela:

Trabalharemos apenas com entidades não privadas e sim aquelas mantidas pelo estado (ou que o estado tenta manter).

Mas o que fazer?

O foco do curso é a iluminação, logo, recortamos mais ainda o tema especificamente em cima da iluminação e excluímos todo o resto. Qualquer coisa que não tenha a ver com iluminação estava em definitivo descartado.

Veja bem, o projeto de interiores existente é mantido, porém a análise fica sobre como a iluminação interfere e interage com este também,

Ponto 2 – O que fazer exatamente?

1 – Através de pesquisas bibliográficas, buscar elementos e dados para

2 – realizar uma avaliação da iluminação instalada no ambiente visando

3 – detectar erros, falhas e problemas buscando e propondo

4 – soluções  e ajustes no sistema de iluminação que

5 – atendam as necessidades dos usuários.

Clareou?

Perceberam como conseguimos focar em um determinado problema?

Não?

Pois bem, o que isso quer dizer é que formataríamos – caso este fosse um projeto real – um modelo avaliativo para os sistemas de iluminação existentes especificamente nos espaços voltados a guarda e cuidados de idosos em situação de risco.

De posse destes dados coletados nessa análise, pode-se então seguir adiante para a proposta de melhoria através de projeto que vise atender as reais necessidades dos idosos usuários do espaço. Mas isso já não entra na proposta nem no artigo. É apenas um direcionamento para o trabalho pós-artigo. E também, por se tratar de um espaço mantido pelo estado, busca-se então no projeto, além do bem-estar dos usuários, elementos que visem ajustar o custo/benefício: um projeto de excelente qualidade, a baixo custo, de fácil manutenção. É a tão falada viabilidade econômica da gestão pública.

Entendeu agora?

Mas porque de ser assim tão fechado?

Porque no curso, a construção de artigos monográficos tem um limite de páginas. Então, se abrirmos demais o tema  corremos o risco de falar sobre muitas coisas sem ser aprofundado em quase nada ou seja, muito blablabla para pouco resultado.

Houveram alguns casos de grupos que não conseguiram ser tão específicos e acabaram com seus temas dando margem para muitas suposições.

Outro ponto interessante foi a metodologia de avaliação utilizada pela professora Glaucia Yoshida:

Foi montado na frente da sala uma banca (duas mesas) onde cada grupo era avaliado por esta banca composta de 3 membros-alunos do curso. Inicialmente era esta banca que avaliava, inquiria, apontava problemas sobre os projetos. Após isso, abria-se para o restante da turma que quisesse fazer alguma pergunta. E a professora fazia as suas considerações finais.

Cada membro desta banca recebia um papel com elementos que deveriam ser avaliados no projeto:

1 – Tema (englobando a área e o recorte, se foi bem recortado)

2 – originalidade e execução (se é exequível, dentro da realidade, etc)

3 – apresentação (clareza na apresentação, firmeza nos argumentos)

Muito interessante a metodologia empregada pela professora Glaucia e os resultados obtidos.

Bom, é isso, finalmente consegui finalizar este post que estava aqui nos rascunhos desde o dia seguinte da aula.

Espero que os ajude.

analisando iluminação

No post anterior, onde expliquei o porque de não postar freneticamente, coloquei também o porque não gosto de realizar postagens apenas com imagens. No entanto quero deixar claro que não acho este tipo de postagem inútil, muito pelo contrário.

Eu sempre olho estes posts porém usando uma metodologia bastante analítica e crítica. Já escrevi aqui sobre ela num post ja ha bastante tempo. Ele foi alvo de críticas de algumas pessoas que alegaram não ser possível realizar este exercício uma vez que não conhecemos o autor do projeto, o conceito, etc. Porém alguém aqui sabe esses e outros dados de todos os ambientes que entramos diariamente? Claro que não. E sempre ouvimos comentários sobre os ambientes.

Então, mantendo a linha de pensamento deste exercício, vamos aplica-lo à iluminação neste post.

Pode parecer estranho para quem lida com interiores, mas sempre que olho para uma foto ou entro num ambiente, o faço “olhando para cima” ou seja, para a iluminação. Claro né, sou lighting designer. Depois de observar este item é que parto para a parte de interiores propriamente dita.

Nesta primeira observação, a intenção é conseguir detectar de onde vem a luz, ou luzes. Quantas, onde e quais são as fontes de luz.

Isso ajuda a perceber como o projeto foi trabalhado e também se houve cuidados com ofuscamento direto, se o trabalho foi feito usando fachos retos (fácil) ou cruzados (difícil), se a temperatura de cor está correta para o projeto, se o IRC é adequado, se houve a preocupação com luz e sombra entre tantos elementos. Outro elemento importante a ser observado é o tipo de iluminação empregado. Uplight, downlight, built-in, sidelight, direta, indireta, etc. Há variações? Se há, ponto positivo.

Por exemplo: você sabe dizer que tipo de lâmpada foi utilizada para conseguir este efeito?

Aqui também já dá para ter uma idéia do tipo de fonte de luz que foi utilizado e, sabendo disso, se a aplicação está correta de acordo com os dados técnicos destas. Por exemplo: uma lampada AR111 foi originalmente projetada para ser utilizada em pés direitos duplos, no mínimo. No entanto, vemos constantemente nos diversos projetos que isso não é considerado pelos projetistas.

Depois de detectados estes elementos, passa-se para uma análise das luminárias e equipamentos empregados no projeto. Muitas vezes as pessoas confundem os efeitos de lâmpadas com os efeitos produzidos por luminárias, especialmente as mais técnicas. As lâmpadas halógenas mais conhecidas (AR, dicróica, PAR, etc) geralmente tem uma variedade de aberturas de fachos, dos mais fechados até os abertos. No entanto existem luminárias que promovem efeitos de fachos que as lampadas sozinhas não conseguem atingir. A observação e reconhecimento deste item é fundamental para a compreensão do projeto. Você conhece todos os tipos de luminárias e suas respectivas aplicações?

Você sabe qual equipamento é usado para conseguir este efeito? 
A cor que vemos na luz é original da lâmpada ou conseguida através de algum acessório? (se há acessório...)

Conhecer tecnicamente as luminárias é essencial para um bom projeto de iluminação. A diferença dos bons projetos é que estes usam peças técnicas. Elas não são tão vistosas quanto as peças de design, porém, a maioria é projetada para ficar o mais neutra possível no ambiente.

Saber o funcionamento e limitações delas também é fundamental. Quais as suas partes, que tipo de refletor é utilizado, temperaturas máximas de operação, resistência dos materiais, qualidade da marca, etc. E estes elementos não se consegue nos catálogos comerciais, apenas nos técnicos, que são, via de regra, bem difíceis de conseguir junto à indústria. Por falar nisso, na indústria nacional são raras as empresas que disponibilizam este tipo de material, fundamental para o desenvolvimento e especificação nos projetos. Você já viu alguma luminária com uma aplicação técnica sendo utilizada de outra forma?

Muitas vezes nos deparamos com detalhes dos projetos de iluminação que nos deixam a pensar se é uma luminária industrializada ou se é algum elemento feito especificamente para aquele projeto. Existe na indústria uma luminária assim? Se não, como foi feito? Quais materiais foram empregados? Como é o seu funcionamento? Consegue visualizar este elemento em corte? Quais as suas partes? Houve necessidade de intervenção/integração ao projeto arquitetônico?

Depois disso tudo, passamos a “olhar para baixo” ou seja, para o ambiente de um modo geral. Aqui buscamos detalhes que possam valorizar ou depreciar, qualificar ou denegrir o projeto. Nesta fase buscamos elementos como ofuscamento indireto (reflexos) e danos em materiais, produtos e superfícies, principalmente. Também é hora de procurar por luminárias que estejam desligadas e verificar o tipo de luz x altura de montagem. Qual a temperatura (calor) dentro do espaço? Você consegue se posicionar tranquilamente embaixo de qualquer uma das luminárias sem se sentir desconfortável? Observando os usuários percebe alguém “desviando da luz”, forçando os olhos?

Também devemos considerar outros elementos nessa observação:

1 – A iluminação atende às necessidades?

2 – A iluminação é econômica?

3 – Há excessos ou falta de luz?

Tem uma loja num shopping daqui que eu não consigo olhar para dentro dela pois ela é ofuscante. O excesso de luz ali, num ambiente pequeno, é absurdo. Dias atrás fui a este shopping e percebi de longe que tinha algo de diferente nesta loja e fui olhar. Para piorar a situação, eles retiraram um lado da vitrina e colocaram um piso branco. Resultado: a luz ficou mais ofuscante ainda. Se eles queriam chamar a atenção conseguiram porém, qualidade projetual nota 0.

4 – Há padronização na temperatura de cor de lâmpadas iguais?

Pode parecer absurdo mas direto encontro lojas com fileiras de lâmpadas com diferenças entre elas: abertura de fachos, TC, angulação, etc. Caso o projeto não seja tão novo e já houveram trocas de lâmpadas, o erro é do projetista que não deixou um manual técnico para o usuário saber exatamente qual a especificação da lâmpada que deve ser utilizada.

De uma maneira geral é este o exercício que faço, especialmente em ambientes reais (não imagens) mas dá para fazer isso observando as diversas fotos que vemos diariamente pela web.

Espero que ajude vocês a lerem melhor os diversos projetos e imagens e que consigam aumentar seus conhecimentos fazendo este exercício.

porque poucos posts?

Recebi hoje um e-mail de um leitor assíduo do blog onde ele me questiona do porque o meu blog não ter uma quantidade de posts diários. Bom, já escrevi algumas vezes aqui no blog sobre isso mas hoje vou tentar detalhar mais sobre o assunto.

Quem me conhece, sabe da correria que é a minha vida. Muitas vezes passo horas no note sem nem olhar o e-mail por estar envolvido com desenvolvimento de projetos, pesquisas, etc. São clientes, projetos, preparação de aulas… enfim, são muitas coisas a fazer e que, envolvido nelas, nao me permito perder o foco do que estou fazendo.

Também tem a vida pessoal onde tenho de cuidar da casa, do predio onde somos síndicos, das duas cachorras, dar atenção à família, etc.

fonte da imagem: Nem1e99

Outro fator que impedem postagens constantes e diárias e meu ponto de vista sobre o tema informação. O blog é uma janela de informação pública, que encontra-se baseado na web para quem quiser ver, ler, opinar… No meu reader acompanho diversos blogs nacionais e internacionais – coisa que já fazia mesmo antes de virar blogueiro. No entanto existe um elemento que sempre me incomodou: a igualdade de assuntos, imagens e temas abordados bem como posts sem fundamentação teórica.

Isso é fácil de detectar. Olhem o site YankoDesign e depois olhem os diversos blogs que vocês acompanham. A grande maioria de conteúdos dos blogs de Design provém deste site.

Os de arquitetura e interiores vem geralmente do Contemporist.

fonte: osamorais

Não, nem de longe estou querendo provocar uma briga com os blogueiros enaltecendo o meu trabalho e denegrindo o dos outros. Só estou colocando que este não é o meu estilo, não é o que eu gosto de fazer, não é a minha forma de ensinar.

Um dos argumentos que me convenceu a iniciar este blog foi o fato de eu escrever sem medo, lançar sobre o papel as minhas idéias doa a quem doer. Tanto que os primeiros posts do blog tem relação aos ataques recebidos por mim e outros designers que “tiveram a petulância e ousadia” de afrontar alguns arquitetos em fóruns pela web. Este afrontar, na verdade nada mais foi que questionar do porque estarmos sendo vítimas de ataques infundados por parte de alguns arquitetos totalmente desinformados e da perseguição dos CREAs. Mas isso já história passada.

Assim, este foi o foco definido deste blog: o diferencial de ser sempre franco, direto e objetivo, doa a quem doer, gostem ou não gostem, amando-me ou odiando-me.

Isso dificulta a postagem diária pois antes de postar qualquer coisa é feita uma grande pesquisa verificando leis, normas, bibliografia entre outras pesquisas para se ter certeza do que estou escrevendo. Uma coisa que não suporto, e talvez daí a minha fama de dr House do Design, é debater com pessoas que “acham” que sabem alguma coisa. Os famosos “achistas” que acham que as coisas são como pensam porque alguém lhes falou que era daquele jeito.

Achar não leva ninguém a lugar algum. Penso ser isso semelhante ao uso do gerúndio: sempre estão tentando, querendo, sendo, pensando, etc. Nunca fazem, querem, são, pensam, etc. São eternos “pessoandos”.

fonte: abismosdossonhos

Algumas vezes me rendi ao ctrlC+ctrlV por pura necessidade e falta de tempo para não deixar meus leitores sem nada. Mas confesso que as poucas vezes que fiz isso me senti frustrado, incomodado e com um alto sentimento de rejeição pelos respectivos posts.

Não é meu estilo fazer posts baseados em ctrlC+ctrlV e muito menos fazer aqueles posts com títulos como por exemplo, “românticos”, recheado de fotos cor de rosa, com flores, de ambientes europeus ou norte americanos que não tem absolutamente nada a ver com a nossa cultura e só. Quando olho aquilo me recordo das piores aulas que tive na universidade com um professor que toda aula ficava mostrando fotos e mais fotos, não dizia nada sobre elas, nenhuma informação sobre o projeto e tampouco a autoria dos mesmos, apenas observação pela observação. Vago demais que não atingiam comentários dos alunos maiores que “olha que vaso bonito…”, “olha aquela almofada” em uma ou outra foto.

Inspiração? Me poupe gente.

Prefiro deixar esse tipo de inspiração para os meus clientes leigos que sempre chegam carregados de fotos indicando o que gostam e o que não gostam.

Como um blog de cunho acadêmico e profissional, com o reconhecimento que já consegui atingir de universidades e outros profissionais e empresas, não tem porque eu partir para este tipo de postagem frenética apenas para aumentar o contador de posts do blog.

Que também fique claro que, apesar deste reconhecimento eu não recebo um único centavo de ninguém para manter e atualizar este blog. Quem sabe parta para esse tipo de ação futuramente, não sei. Mas, mesmo que parta, isso não quer dizer que estarei “amarrando” meu nome ou meu blog a quem quer que seja.

As postagens que realizo são feitas geralmente em momentos como o de agora, em que paro tudo para mexer no blog seja respondendo comentários, seja preparando posts e deixando-os agendados para serem soltos durante a semana ou ainda promovendo melhorias no blog.

Então, fica aqui em definitivo, a resposta do porque de não realizar postagens diárias aqui no blog ok?

Um excelente final de semana a todos com muita luz!

Mamããããe, mamãããe, mamãããe….

Quem nunca cantou essa música quando ainda era criança nas homenagens às mamães que atire a primeira pedra rsrsrsrs

Bom, resolvi fazer um post diferente sobre o dia das mães. Recebi um e-mail de minha mamma com um vídeo de um grupo israelense e que simplesmente me deixou boquiaberto. É um grupo musical e por isso mesmo vou escrever sobre música e qualidade fazendo uma analogia com a nossa área profissional.

Quem me conhece sabe que antes do Design aparecer em minha vida, estudei desde a tenra idade até a faculdada, Música. Mas estudei e dediquei-me à MUSICA e não música.

Digo isso baseado no lixo musical que tentam nos fazer engolir diariamente. Conta-se nos dedos das mãos o que realmente é Musica hoje em dia, especialmente aqui no Brasil. Juntar uns amigos que curtem um som e arranhar uns acordes repetidos para fazer a base para letras “dããããã” não é música. Progressão de acordes dentro de uma escala tonal, qualquer criança já em idade escolar consegue fazer. O difícil e complicado é entender a Música e o todo que a forma.

Música não é apenas isso. Assim como nossos projetos, é um complexo emaranhado de coisas que formatarão o produto final: a MÙSICA.

Está cada vez mais raro encontrarmos encontrarmos MUSICOS hoje em dia. Músicos de qualidade, de conhecimento, aprofundados e conscientes das infinitas possibilidades que os elementos componente dela podem proporcionar para uma Música. O que vemos é uma repetição de erros, mesmices, repetições, plágios e sub-plágios, aterrorizantes  e bizarras “versões” de MUSICAS que acabam sendo transformadas em musicas.

E isso também vemos em muitos projetos e profissionais de nossas áreas, infelizmente. Muitos por desconhecimento, outros por preguiça de pesquisar e outros porque gostam de agir assim… é cômodo e fácil.

Veja o vídeo em questão:

Fica mais que claro que não se trata de um grupinho de amigos que se reuniram pelo simples gostar de cantar, mas sim, de um grupo com forte conhecimento vocal, contraponto, estruturas musicais, ritimo e todas as outras peças componentes da MÚSICA. Para aumentar ainda mais o valor, o abuso deles é fazer isso tudo usando apenas suas vozes… e que vozes!

Querem mais um de altíssima qualidade? Aí vai então:

Ave Verum Corpus, de Mozart, regida por Leonard Bernstein. Percebam que tudo é absolutamente harmonioso. Vozes magnificamente timbradas, orquestra dominada, cada um no seu devido lugar e consciente de seu lugar no conjunto. Assim também deve ser o nosso trabalho.

Portanto, empenhe-se, vá atras, pesquise, não peça para os outros fazerem o que você sabe fazer, seja curioso e não tenha vergonha de errar por desconhecimento… mas aprenda dia a dia com seus próprios erros.

Dedico estes vídeos à todas as mães – especialmente à minha – como símbolo de seu esforço, garra, determinação, renúncias, paciência e amor incondicional em busca da qualidade total em nossa formação moral e ética.

Clamo a Deus que abençoe a todas abundante e infinitamente!

Feliz dia das Mães, mamma!!!

Te amo!!!

RCR – você sabe o que é isso?

Uma das coisas que mais gostei na Movelpar 2009 foi a empresa Recriar:

A Recriar é uma empresa, cuja atividade fundamental caracteriza-se pela disseminação da arte como instrumento de difusão do conhecimento, gerando reproduções de obras de artistas brasileiros e ícones da pintura universal.

Todo o trabalho da Recriar é pautado no respeito ao direito autoral do artista, cujas RCRs são feitas mediante contrato e remuneração por cópia realizada.

A RECRIAR busca identificar artistas com boa qualidade técnica, promovendo suas obras através da divulgação de seus trabalhos reproduzidos nas RCRs.

O registro e catalogação de todo acervo, se dá pela captura das imagens diretamente das obras originais, conferindo as RCRs qualidade visual equivalente ao original.

Portinari

O que é RCR?

São as REPROGRAFIAS CERTIFICADAS RECRIAR; um conceito em produto de arte que envolve a reprodução da obra de arte em canvas com alta qualidade e uma interface com a responsabilidade cultural, onde a venda das RCRs dá origem a uma verba de direitos autorais destinada a cada artista.

As RCRs são disponibilizadas para comercialização, somente após a averiguação da fidelidade das cores,  onde se busca obter a máxima semelhança com o original e a alta resolução das imagens que permitem exibir os detalhes das pinceladas de cada obra.

Não se tratam apenas de cópias industrializadas em formato pôsteres. São sim de altíssima tecnologia e qualidade no que diz respeito à fidelidade ao original.

As medidas das RCRs podem ser adequadas as necessidades dos ambientes, conferindo requinte aos projetos de interiores e ambientes por preços muito acessíveis.

Turma da Mônica

ESTILOS E ARTISTAS:

Abstrato
Clássicos
Digital
Fauna
Fauna Ilustração
Figurativo
Floral
Fotografia
Infantil
Marinha
Natureza Morta
Paisagens
Portinari
Sacros
Tribos Urbanas
Turma da Mônica

Oséias Leivas Silva

Seleção de Artistas:

Se você é artista plástico e está interessado em fazer parte do CATÁLOGO DE ARTES RECRIAR,  cadastre-se e envie algumas imagens de seus trabalhos em baixa resolução, para que possamos tomar conhecimento de sua obra previamente a nosso contato.

Pavimento de concreto ganha espaço nas ruas de Curitiba, no Paraná

Fonte: Paraná Shop – 17.12.2008

Paraná – Dentro de uma cultura em que os buracos fazem parte das vias, que representam desafios e prejuízos, fica difícil acreditar que existam aquelas que duram mais de dez anos sem reparos, que ajudam a evitar acidentes, a economizar energia elétrica, pneus, combustível e também os custos aos cofres públicos. Mas em Curitiba (PR), o aumento de vias urbanas pavimentadas em concreto já demonstra, na prática, essa realidade. Na capital, atualmente, duas importantes obras da prefeitura destacam as vantagens da técnica – a Linha Verde, que inaugura nesta sexta-feira, dia 19 de dezembro, e a revitalização da Marechal Floriano Peixoto. A escolha da pavimentação em concreto, entre outras soluções possíveis, foi decidida ainda na fase dos projetos, que analisou custos de construção e manutenção, vida útil, e características de operação da via.

O pavimento de concreto ganhou notoriedade em razão da sua qualidade e durabilidade, que pode ultrapassar 20 anos, com índices baixos de manutenção. Além disso, indicado para tráfego pesado e contínuo, se sobrepõe às técnicas convencionais em vias de muita frenagem e aceleração. “A pista de concreto tem condições de agüentar veículos mais pesados e trânsito mais intenso”, afirma o engenheiro Carlos Roberto Giublin, gerente regional da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland, entidade que presta assessoria à prefeitura de Curitiba.

Em Curitiba, equipamentos de alta tecnologia são utilizados na execução das obras. “Com eles, a relação custo/benefício muda completamente, viabilizando a competitividade do pavimento de concreto”, afirma o engenheiro Lívio Petterle Neto, diretor do departamento de pavimentação da Secretaria Municipal de Obras Públicas de Curitiba. “Além de racionalizar a obra e os custos, o concreto, por ser mais claro, reflete melhor a luz, permitindo uma iluminação segura, com menor consumo de energia”, completa.

Sustentabilidade

Com tamanha eficiência de resultados, o pavimento de concreto é uma chance de reverter o quadro nacional de rodovias mal conservadas. Outra característica positiva é sua baixa geração de resíduos. “É um sistema construtivo que gera menos impacto ambiental. Aliado ao baixo desperdício de dinheiro público, ele contribui com a economia nacional e para o desenvolvimento sustentável da sociedade”, diz Giublin.

Linha Verde

Dividida em dois lotes de obras, a Linha Verde vai contar com um complexo de doze pistas de tráfego de veículos, vias de transporte coletivo e oito estações de embarque e desembarque de passageiros – essas, em pavimento de concreto. O primeiro lote tem onze quilômetros e vai ligar os bairros do Pinheirinho e Jardim Botânico. A segunda fase tem início no segundo semestre de 2009 e vai completar o novo eixo de integração de Curitiba.

O papel da Ergonomia no Design de Interiores

No universo dos projetos para espaços de funções diversificadas existem alguns profissionais responsáveis pela coordenação dos projetos para a qualidade do ambiente, dentre eles serão destacados aqui: o designer de interiores e o ergonomista. Definir o papel e o momento deles atuarem no projeto é uma questão que deve é determinada com muita cautela.

O ergonomista atua provocando a demanda e definindo cada vez mais seus serviços junto aos outros profissionais para garantir sua participação desde o início do projeto de novas situações de trabalho. Isto
seria a situação ideal, por assim dizer.

No entanto, na maioria das vezes o que acontece é à entrada deste profissional após a formalização ou até execução do projeto, o que restringe um pouco os resultados. Pela ergonomia ser ainda uma ciência
bastante desconhecida, o que ocorre mesmo é a ausência da aplicação de suas técnicas tanto antes quanto depois dos projetos.

Infelizmente no Brasil, a ergonomia não aparece como ferramenta importante na concepção dos projetos, mas como recurso posterior, e mesmo assim, é muito pouco aplicada junto aos profissionais de design de
interiores.

A ergonomia vem aos poucos ganhando importância como ferramenta fundamental para o design de interiores, e pode e deve trabalhar desde a formalização das idéias preliminares até o produto final, ou seja, na negociação do contrato, estudo preliminar, detalhamento do projeto, tomadas de orçamentos e acompanhamento da execução do projeto.

O design está em todo lugar e talvez por isso seja tão difícil encontrar uma definição específica. O design de interiores está presente numa ampla tipologia de ambientes: de um evento cultural até hospitais e aeroportos e seu objetivo principal está na busca do conforto e do fácil deslocamento dos espaços. Provavelmente, não existirá uma definição absoluta que agrade a todos, mas tentar achar pelo menos uma mais precisa pode ajudar até mesmo aos profissionais a entender suas responsabilidades.

Os designers de interiores necessitam de um profundo conhecimento, permitindo assim que façam projetos para qualquer pessoa e que estas se sintam plenamente satisfeitas. Estamos falando da sua casa ou seu
ambiente de trabalho. O conforto e o bem estar nestes casos é fundamental. Por essa necessidade é que surgem os métodos e processos ergonômicos, permitindo soluções para um grande número de pessoas, garantindo o conforto e o bem estar dos usuários. O ambiente deve ser harmônico, sem grandes complexidades e suas funções, sejam elas quais forem, devem ser claramente identificadas.

A ergonomia entra então como parceira ao design de interiores proporcionando através de suas técnicas o conforto e a adequação do mobiliário, cores, e outros recursos ao ambiente. Trata-se de um diferencial
importantíssimo adicionando bem estar, qualidade e conforto, em todos os aspectos, ao ambiente a ser projetado.


 
Responsável:  Beatriz Chimenti
Site: Designergonomia

E para encerrar este post, um vídeo com uma animação mostrando diversas formas de aplicação e a importância da ergonomia.

UM VELHO CARPINTEIRO ESTAVA PRONTO PARA SE APOSENTAR…

Ele informou ao chefe seu desejo de sair da industria de construção e passar mais tempo com a sua família. Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar. A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor. O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia. Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Foi uma maneira negativa de ele terminar sua carreira.

Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa. E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:

-“Essa é a sua casa. Ela é o meu presente para você”.

O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena! Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco.

Nos construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na construção. Depois, com surpresa, nós descobrimos que precisamos viver na casa que construímos. Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás. Você é o carpinteiro. Todo dia você martela pregos, ajusta tábua, e constrói paredes. Alguém disse que “A vida é um projeto que se você mesmo constrói”. Sua atitudes e escolhas de hoje estão construindo a “casa” que você vai morar amanha.

Construa com sabedoria! E lembre-se: trabalhe como se você não precisasse do dinheiro. Ame como se você nunca tivesse se magoado antes. Dance como se ninguém estivesse olhando.

Qualidade num projeto de LD

Preparando materiais (textos, artigos, etc) para os alunos do curso que estou ministrando em Maringá sobre LD, no meio de um deles encontrei um tópico que fala sobre questões de qualidade em um projeto de LD.

Trata-se do artigo e material que o prof. Luis Antônio Greno Barbosa usa nos cursos sobre LD na Universidade Estácio de Sá falando sobre LD em Museus, Galerias de arte e similares.

Ele baseou-se no IESNA Lighting Handbook (9ª ed) que coloca os procedimentos recomendáveis para projeto que estão baseados no conceito de qualidade da iluminação.

Segundo Peter Boyce (Lighting Research Center), a qualidade de um projeto de iluminação está dividida em três categorias:

Iluminação ruim: quando o sistema de iluminação sofre defeitos de qualidade;

Iluminação  imparcial: quando o sistema de iluminação não tem defeitos de qualidade;

Iluminação excelente: quando o sistema de iluminação está tecnicamente correto, sem defeitos, e estimula o sentidos do observador, atingindo o estado da arte.

Para atingirmos estes graus de qualidade, temos de observar alguns critérios que foram utilizados para a elaboração das Diretrizes Avançadas para Iluminação do IESNA:

Distribuição da Luz:

      – Iluminação de tarefa e do ambiente;

      – Integração com a iluminação natural;

      – Poluição luminosa e luz abusiva.

Considerações sobre o ambiente e local de trabalho:

      – Flexibilidade;

      – Aparência do local e luminárias;

      – Aparência da cor;

      – Luminância das superfícies do local;

      – Tremulação da luz;

      – Ofuscamento direto;

      – Ofuscamento refletido.

Iluminação sobre pessoas e objetos:

      – Modelagem de feições e objetos;

      – Características das superfícies;

      – Pontos de destaque e interesse;

      – Cintilamento.

Posto isto, passemo a destrinchar e detalhar estes critérios para as Diretrizes para a Qualidade da Iluminação:

1- Aparência do Local e das luminárias:

      – Estilos de luminárias de acordo com o estilo do projeto de interiores/arquitetura;

      – Luminárias embutidas ou aparentes;

      – Sistemas de iluminação auxiliam na formação da imagem do espaço (casual, luxuosa, industrial, modernista).

2- Aparência e contraste de cor:

      – Temperatura de cor (cromaticidade);

      – Índice de Reprodução d Cor (IRC);

      – Curva de Kruithof (amenidades);

      – Atualmente preferência por temperatura de cor entre 3000K e 4500K;

     – Influência das latitudes (geográficas) na escolha da cor;

      – Influência da TC na percepção do conforto térmico;

      – Integração com a luz natural;

      – IRC – qualidade da cor

      – 100% = luz natural fonte padrão CIE;

      – Influência dos filmes e tratamentos nos vidros da janelas:

      – Classes de temperatura de cor:

         – 2500-3000 – morna

         – 2950-3500 – neutra

         – 3500-4100 – fria

         – 4100-5000 – muito fria

         – 5000-7500 – gélida

3- Controle e integração com a luz natural:

      – Conservação de energia;

      – Controle automatizado da luz artificial;

      – Acendimento individualizado;

      – Compatibilidade entre a cor das fontes de luz.

4- Ofuscamento direto:

      – Visão direta da fonte de luz – evitar visão direta a fonte de luz dentro de m ângulo entre 0° e 40° com a horizontal;

      – Brilho exagerado da fonte de luz – fontes de pequenas dimensões;

      – Curvas de limites de ofuscamentos.

5- Efeitos de tremulação e estroboscópico:

      – Frequencias mais altas evitam o efeito estroboscópico;

      – Persistência das fluorescência com o uso de modernos pós fluorescentes;

      – Baixa voltagem provoca tremulação.

6- Distribuição da luz nas superfícies:

      – Erros da montagem do ambiente pela iluminação;

      – Luminárias embutidas próximas às paredes criam “conchas” de luz e espaços de sombra;

      – Luzes dirigidas para o teto, com menos de 60cm de dist^ncia para o teto, causam manchas e explosões de luz;;

      – Desequilíbrio da iluminancia de teto, parede e piso (grandes variações);

      – Desalinhamento entre a malha das luminárias no teto e o alinhamento desta com as paredes ou variaçõs na modulação das luminárias;

      – Aproximação em excesso das luminárias da parede.

7 – Uniformidade da iluminação:

      – Distribuição da luz no local da tarefa;

      – Estabelecer a iluminância efetiva entre 1/3 e 2/3 do total desejado, completando com a iluminação geral do ambiente.

8- Luminância das superfícies do local:

      – Aproximação da luminância das paredes e do teto da luminância do local da tarefa;

      – A ilumiância entre as superfícies do ambiente e a iluminância do fundo da tarfa (papel branco) deve ser entre 1/10 e 10 do nivel da tarefa e preferencialmente ser inferior a ela;

      – Evitar grandes contrastes de luminância, utilizando cores com reflexões aproximadas;

      – Luz difusa sobre superfícies claras e redução na utilização de superfícies escuras.

9- Modelagem dos objetos e feições:

      – As sombras e luzes de destaque provocam uma melhor percepção de objetos tridimensionais, evidenciando profundidade, forma e textura;

      – A luz do sol acentua a modelagem e a luz do céu difuso (nublado) iguala a iluminação, reduzindo a modelagem;

      – Uma mistura entre luz direciona e luz indireta é interessante, e a luz direta pode corresponder a no mínimo 20-25% do total.

10- Pontos de destaque:

      – A vista é atraída para pontos mais claros (iluminados) de um ambiente, com variações superiores a 10 vezes das superfícies próximas.

11- Reflexões de ofuscamentos:

      – Ofuscamentos desabilitadores e reflexões celatórias estão associads a superfícies brilhantes, que proporcionam reflexões especulares (papéis brilhantes,  monitores de vídeos, canetas, vernizes);

      – Iluminação indireta cria uma solução uniforme e difusa, um boa solução para prevenir ofuscamentos desabilitadores em locais de trabalho;

      – Observar os angulos críticos de visão, evitando reflexo direto da própria luminária;

      – Atenção especial para os monitores de vídeo.

12- Sombras:

      – Sombras podem dificultar a visibilidade da tarefa, se algm detalhe estiver dentro da área sem luz;

      – Sombras realçam a percepção de objetos tridimensionais;

      – Iluminação localizada reduz as sombras no local de tarefa.

13- Tarefa / Percepção visual:

      – Relação entre o ângulo de maior sensibilidade do campo de visão (cone de 60°) do observador, a tarefa e a luminária.

14- Brilhância / Reflexos propositais:

      – Está relacionado ao princípio dos pontos de interesse, explorando aqui o brilho das superficies.

15- Características da superfície:

      – Destaque das caracteristicas (textura, cor, relevos) da uperfície.

16-Flexibilidade e controle do sistema:

      – Possibilidade de reposicionar as luminárias em função da modificação do posicionamento do mobiliário ou do uso do local;

      – Luz ligada quando necessária, luz desligada quando não necessária;

      – Versatilidade na ligação elétrica e mecânica das luminárias.

17- Iluminância horizontal:

      – Medida da iluminância sobre os planos de horizontal;

      – Verificação das normas e níveis sugeridos.

18- Iluminância vertical:

      – Medição da iluminância sobre os planos verticais;

      -Verificação das normas e níveis sugeridos.

Muitos podem vir a dizer depois disso tudo que com esta formatação os projetos de iluminação acabarão por ficarem engessados pois estas diretrizes eliminam muitos efeitos possíveis. Porém não é bem por aí.

Esta diretrizes apontam os erros mais comuns cometidos por aqueles que se colocam a iluminar um ambiente e apontam elementos que muitas vezes passam despercebidos. Porém é aí que entra o trabalho criativo do LD onde mantendo os efeitos e fazendo uso destas observações todas, consiga atingir este grau de qualidade em seus projetos.

Para que isto aconteça, de nada adianta o LD ser um exímio calculista, conhecer todas as normas e lidar primorosamente com softwares específicos. Ele tem sim de conhecer as caracteristicas da luz “in loco”. Tem de manipula-la, brincar com ela sea em casa, o trabalho, na rua, no carro. É só através desta manipulação que ele terá conhecimento de como a luz comporta-se e como os diversos equipamentos disponíveis no mercado podem nos auxiliar no trabalho com os projetos.

Dias atrás comentei com os alunos do curso de LD em Maringá sobre a importância disso. Se você tiver espaço (sala, quarto, oficina) e dispor de dinheiro para investir em equipamentos (luminárias, lâmpadas, etc) será de grande importância estes exercícios na hura de projetar e criar. Caso não haja disponibilidade você pode começar brincando com lanternas, papel celofane e outros materiais e objetos que lhe permitam moldar e perceber a luz.

De qualquer forma, um outro exercício fundamental é a observação dos espaços onde você vai. Neste caso, não basta apenas sentir a iluminação (que é imporante sim) mas antes de tudo, a observação dos fachos (desenhos), instalações (como, onde, distâncias), equipamentos, lampadas e acessórios que foram utilizados no projeto observado.

Com este simples exercício a sua biblioteca de informações vai crescendo gradativamente e os leques de possibilidades para seus projetos também. Isso sem contar que neste mesmo exercício de observação é onde conseguimos detectar os erros e falhas projetuais (ofuscamentos, instalações imperfeitas, fiação aparente, desalinhamento, mistura de cores e lâmpadas diferentes, etc).

Lembre-se: você trabalha com a luz, portanto da próxima vez que entrar num ambiente olhe e perceba-a. Depois pode partir para a observação dos móveis, etc.