Reader 20/03/12

Vamos dar uma geral pelo meu reader?

1) Olhem que barato essas prateleiras:

Ela é apenas um dentre tantos novos itens da italiana B-line que serão apresentados no Salone Internazionale del Mobile in Milan.

2) A Eletrolux está lançando um novo modelo de geladeira com várias divisões:


O design é assinado por Stefan Buchberger.  Através destas divisões elimina-se o problema de contaminação (cheiro/sabor) de produtos por outros que venham a estragar. Consiste em uma base e mais quatro módulos superiores separados.
Todas as seções são removíveis e customizáveis.

3)Berndnaut Smilde (artista plástico) criou algumas peças interessantes em forma de nuvens. Claro que não é para qualquer ambiente pois tratam-se de instalações artísticas, mas adorei o efeito leve. Observem:

4) Uma coisa que eu não entendo…

Quem projeta esse tipo de cuba certamente nunca teve de limpar uma…

É bonito? SIM! Porém fico imaginando o limbo e as bactérias se proliferando nas reentrâncias e o prazer de quem tiver de limpar isso aí semanalmente ou diariamente…

#AFF

5) O estúdio de design polonês WAMHOUSE criou a mesa e cadeira rajtuzy.

Lindas, porém principalmente a cadeira, passam uma sensação de insegurança plena. A impressão é: sentou, caiu…

Mas vale a visita ao site deles, tem peças fantásticas!!!!

6) Adoro quando a ousadia se faz presenta na arquitetura através do uso de peles nas fachadas.

7) Que projeto fantástico da Vértice Arquitectos:

O escritório manda muito bem com um estilo arrojado e tem projetos excelentes. vale a pena visitar o site deles e conhecer o portfolio.

8) Gente, por favor muita atenção na imagem abaixo:

Conseguiram entender a imagem acima???Não, não se trata de 3D mal feito não, é uma imagem real…

Pois é, eu também levei um tempinho para conseguir assimilar tudo isso. Pior que são banheiros de um espaço comercial…

Então gente, MUITO CUIDADO COM OS EXCESSOS!!!

9) Do excelente blog Chega de Demolir SP! ressalto dois importantes posts:

Notícia boa: Antigo quartel do Parque D. Pedro II será restaurado

Tombamento de imóveis demora até 20 anos em São Paulo

10 – Um estande green para a LG:

A LG Hausys em parceria com o designer francês Patrick Nadeau criaram para a feira IDEO BAIN em Paris este interessante estande.

E, finalizando este post, não tem nada a ver com meu reader mas tem e muito a ver com o mercado em que atuamos. Estava lendo hoje pela manhã a revista “Cafofo da Cráudia” – aquela que mais desinforma que informa – e me deparei com uma matéria entitulada “Feras da decoração contam o que faz a diferença em seus projetos”.

Ok, tem algumas dicas interessantes sim – para quem está começando na área ou para quem é adepto do DIY. Porém, são sempre os mesmos profissionais consultados como se no Brasil só existissem eles, como se só eles produzissem algo de bom, útil ou decente.

Mas devo destacar um detalhe que a matéria e eles esconderam de maneira vergonhosa: a gorda conta bancária de seus clientes.

Gente, qualquer um que pegar um cliente com um orçamento poupudo é capaz de fazer milagre com um barracão. Assim fica fácil!!!

Difícil e uma verdadeira prova de competência profissional é conseguir fazer o verdadeiro milagre com os orçamentos apertadíssimos de 90% dos clientes que compõem o mercado real.

Adoraria ver qualquer uma destas ditas e pseudas “feras da decoração” dando pitis com clientes normais que não dispõem da dinheirama que poucos tem para seus projetos.

AH AH AH! Pago pra ver!!!

LD > algumas características fundamentais da luz

A Marcia Nassrallah postou no grupo deste blog no facebook, um vídeo bem interessante sobre uma característica da luz: a cor.

Simples, direto e interessante. Vale a pena compartilha-lo:

Ressalto que cor/luz (a cor da luz) é bem diferente de cor/pigmento (a cor das tintas). Logo, a mistura de cores na cor/luz resulta em cores bem diferentes de quando misturamos as cores/pigmentos.

Esta é uma característica fundamental da luz e que deve ser dominadam para quem quer trabalhar com LD. A confusão gerada entre essa diferença de resultados entre cor/luz e cor/pigmento tem gerado projetos muito estranhos.

Por falar em características fundamentais da luz, encontrei este outro video que mostra com perfeição a questão da reflexão (reflexo) da luz.

Isso tem muito a ver com qualquer post que eu já fiz (e farei quantas vezes forem necessárias) sobre erros em projetos de iluminação. Esta característica da luz é a que provoca reflexos nos ambientes, como mostrado já aqui neste post, mais especificamente neste aqui e em vários outros.

A não observação dos elementos que compõem o espaço à ser iluminado leva o profissional a cometer estes erros reflexivos que, na maioria das vezes, acaba com o resultado estético do mesmo. Por mais caras que sejam as peças nele alocadas, os reflexos irão sobressair-se por serem elementos incomodativos.

Vale a pena também mostrar este outro vídeo que trata de outra importante característica da luz > a refração:

Prestem muita atenção neste vídeo pois ele nos mostra como a luz comporta-se de maneiras diferentes com diferentes materiais. E observe também os efeitos resultantes disso tudo.

Aulinha básica “di grátis” pra vocês!!!

Abraços e até o próximo post!!!

;-))

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Curso on-line: Automação para edificações eficientes. LightingNow

Você sabe como transformar seu projetos em Espaços Sustentáveis?   Pois o LightingNow traz até você a oportunidade de aprender mais sobre este assunto através de um workshop online.

Objetivo:

O Workshop On-Line tem por objetivo, trazer informações relevantes sobre o tema Automação para Edificações Eficientes, de maneira simples, clara e fácil aos profissionais do mercado, buscando um melhor entendimento sobre o assunto e promovendo cultura orientada à inclusão destes conceitos em seus projetos.

O Instrutor José Roberto Muratori

Engenheiro de produção formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) com especialização em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas.
Atua há mais de dez anos na área de Automação Residencial e Tecnologias para Habitação. É presidente e membro fundador da AURESIDE, Associação Brasileira de Automação Residencial.

Público-Alvo:

Profissionais da área de Arquitetura, Decoração, Iluminação e Sustentabilidade;
Profissionais da área de automação residencial e predial;
Profissionais da área de energia (geração, transmissão e distribuição);
Contratantes de projetos e serviços correlatos que precisam de maiores conhecimentos sobre o assunto;
Estudantes e pesquisadores das áreas acima citadas.

O Programa

1º Módulo – Perfil do consumo de energia
Dados quantitativos e qualitativos
Matriz de geração e distribuição
Políticas governamentais
Posição das concessionárias
Smart Grid
Tendências mundiais

2º Módulo – Novas tecnologias e mudança de hábitos
Consumidor de energia x consumidor de tecnologia: comparativo
A aceitação da tecnologia
Mudanças de prioridades
Introdução de novos produtos e serviços
Experiências piloto em andamento

3º Módulo – Oportunidades de novos negócios ligados à eficiencia energética
Projetos inovadores
Serviços inovadores

4º Módulo – Apresentação e discussão de casos
Empreendimentos corporativos
Empreendimentos residenciais
Residências unifamiliares

Formato:

O workshop será ministrado no formato de vídeo-aulas* e está dividido em 4 módulos com início em 26/03 e vai até 20/04 (4 semanas).

A cada semana (segunda -feira) será disponibilizado um novo módulo que o participante pode assistir nos dias e horários que mais lhe agradar.

Durante a semana, o participante pode tirar suas dúvidas sobre o conteúdo exposto com nossos especialistas pelo próprio site.

Todas as aulas ficarão disponíveis para consulta até o final do último módulo.

Mais informações:

Workshop Automação para Edificações Eficientes
Data: de 26/03 a 20/04
Onde: Evento On-Line (internet)
Valor: R$ 49,90

Inscrições: clique aqui.

*Para acessar o conteúdo, seu PC ou Tablet deve aceitar Flash. Faça um teste rápido e veja como será ministrado este curso, CLICANDO AQUI!

2ª Expo Virtual de Iluminação Sustentável – LightingNow

O nosso parceiro Portal LightingNow está lançando a segunda edição da sua Exposição Virtual. Isso demonstra o grande sucesso desta idéia tanto junto aos fornecedores quanto ao público.

A idéia é simples: fornecedores adquirem seus estandes virtuais, montam os mesmos e o público visitam a feira através de sites elaborados especificamente para este fim. Veja um exemplo de estande virtual aqui.

Não há necessidade de instalação de nenhum software. A Expo pode ser acessada de qualquer equipamento conectado a internet, seja ele um computador, tablet ou celular. E ainda tem mais: ela fica disponível 24h por dia!!!

Para vocês terem uma idéia da dimensão deste evento, observem os números da primeira edição:

Os Números da 1ª Edição:
16.000 visitas ao portal
6.791 visitantes na expo
43.745 páginas visitadas
550 profissionais no Workshop

Os Expositores
GE
PHILIPS
BRILIA
LIGHT DESIGN
INTEGRATTA
LEDPLUS
LUME ARQUITETURA
EFILUX
SSL LEDS
UTILUZ
ILUFLEX

Lembrando que todo o público é formado maciçamente por profissionais ligados à iluminação

Quais as vantagens desta exposição virtual?

Benefícios p/ Expositores

Baixo Investimento
Abrangêcia Nacional e Internacional
Sem locação de “Chão” e Montadora
Sem despesas com Viagens e Staff
Sua empresa não “pára” em virtude da Expo
288 horas disponíveis à visitação
Sem produção de Gráfica p/ Visitantes
Sem consumo de Energia Elétrica
Evento Sustentável

Benefícios p/ Visitantes

Visitação com horário flexível (24 horas)
Otimize de seu tempo (visite quando puder)
Sem despesas com Viagens e Hospedagem
Sem a ausência de seu Trabalho ou Faculdade
Material por Download (sem papel)
Interação com os Expositores
Vídeos, Animações e Apresentações
Informações atualizadas em tempo real
Evento ambientalmente correto

O que pode ser disponibilizado no Stand Virtual?

Apresentação de sua Empresa
Catálogos
Folders de Lançamentos
Fotos de Produtos e Institucionais
Cases de Sucesso
Vídeos em Geral
Apresentações em Power Point
Downloads Diversos
Links Externos
Contatos Comerciais e tudo mais que puder ser “virtualizado”

A Feira Virtual é uma oportunidade única para disponibilizar ao público visitante, tudo o que um “Stand Convencional” pode oferecer, porém com um custo infinitamente inferior.

Entre em contato com o Departamento Comercial e conheça a proposta exclusiva para disponibilizar o seu Stand Virtual na 2ª Edição.

Do fogo ao LED: a história da iluminação

Como ainda não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, compartilho aqui a matéria que saiu na Casa & Jardim sobre o museu. Assim que eu for à Sampa visitarei, tirarei fotos e colocarei aqui minhas impressões.

É o tipo de passeio que eu adoraria fazer com meu mestre e amigo Farlley Derze!!!

Segue a matéria:

Do fogo ao LED: a história da iluminação

Museu da Lâmpada, em São Paulo, conta a trajetória do homem na busca pela luz. O acervo inclui mais de 70 modelos diferentes, produzidos a partir do século 19.


Ficar sem energia elétrica por alguns minutos é um tormento na vida moderna: cada minuto que passamos na escuridão, sem computador, televisão e outros equipamentos fortemente incorporados na nossa rotina, parece uma eternidade. Imagine, então, como era o cotidiano das pessoas antes do empresário americano Thomas Edison inventar a lâmpada. A criação deste objeto revolucionou a história e para mostrar como isso tudo aconteceu, São Paulo inaugura no próximo dia 15 de março o Museu da Lâmpada.

O espaço, único do tipo na América Latina, conta com um acervo composto por peças antigas, produzidas a partir do século 19, e também por equipamentos mais modernos, utilizados nos dias de hoje. Tudo para contar como aconteceu a evolução da iluminação, desde que o homem começou a sentir necessidade dela, na pré-história, até os efeitos desta invenção na humanidade. “Havia dúvidas constantes de clientes e interessados sobre os princípios da luz. Como tínhamos um acervo de lâmpadas antigas, resolvemos investir e colocar a ideia em prática”, explica o idealizador do projeto, Gilberto Pedrone. A iniciativa é da empresa especializada em materiais elétricos Gimawa.

PASSEIO ILUMINADO

Além de ver de perto mais de 70 modelos de lâmpadas diferentes em exposição, o público também poderá assistir a vídeos explicativos, para saber mais sobre cada um deles. Outra atração do museu é o Teste de IRC. Interativo, permite que os visitantes experimentem e entendam como funciona a visualização de cores por meio da luz e a variação dos tons de acordo com a fonte de iluminação. O espaço também trata do processo de reciclagem das lâmpadas e de sustentabilidade.

Em entrevista ao site de Casa e Jardim, Gilberto Pedrone conta um pouco mais sobre o assunto:

Casa e JardimCite alguma evolução muito importante para a humanidade que só aconteceu porque tínhamos luz.

Gilberto Pedrone – Existem muitas, mas acredito que a principal foi o advento da organização social. O homem começou a utilizar a luz tanto para sua vida, em casa, como também à noite criando toda uma cultura de hábitos e conceitos.

CJQuantos modelos de lâmpadas o museu tem? Foi difícil reunir todos eles?

GP – O museu possui cerca de 70 modelos de lâmpadas. Foi difícil sim! Demorou cerca de dois anos para reunirmos um acervo de pesquisa.

CJQual foi a maior dificuldade?

GP – A maior dificuldade foi achar uma réplica da primeira lâmpada de Thomas Edison.

CJQual é a peça mais antiga do museu?

GP – É uma lamparina do ano de 1800.

CJComo ela funciona?

GP – Com acendimento a querosene.

CJ Na sua opinião, qual é a peça mais curiosa?

GP – Acredito que a peça mais seja um lustre que tematiza o momento de várias lâmpadas incandescentes. O objeto é adornado por fibras óticas.

CJPor quê?

GP – Porque é a junção dos tempos: passado e futuro, unidos por um único ideal, que é a iluminação.

Serviço
Museu da Lâmpada
Inauguração: 15 de março de 2012
Av. João Pedro Cardoso, 574
Aeroporto – São Paulo, SP
Ingresso: um quilo de alimento não perecível
As visitas deverão ser agendadas pelo telefone  (11) 2898-9333

Fonte: Casa e Jardim

A-B-S-U-R-D-O-!

Calma, não vou sentar a marreta em nada nem em ninguém desta vez.

O absurdo do título deste post refere-se a coisas como: Lindo, maravilhoso, genial, perfeito, etc etc etc etc… Da cenografia, passando pela luz e sonorização às peças mostradas (e a forma como são mostradas).

Trata-se do desfile da Louis Vuitton (Fall Winter 2012/2013) durante a Paris Fashion Week. Assistam:

Para mim, este foi, de longe, o melhor desfile de todos na temporada.

Absurdamente lindo!!!

Alexander McQueen também fez um belo desfile, onde destaco o elemento decorativo de cristais e vidro suspenso no centro da passarela.

Vivienne Westwood Gold Label já preferiu um desfile sem grandes cenografias. Porém usou de forma bastante inteligente a iluminação criando um jogo constante de luz/sombra e movimento através do laser e dos moving beams. Um resultado, no mínimo, inesperado, para um desfile de moda onde a luz chapada e uniforme é uma “regra”. Observem:

Já a Channel usou e abusou da cenografia com um grandioso e complexo desfile. Ao contrário da edição primavera verão que eu achei a cenografia excessivamente branca, no da coleção outono/inverno eles conseguiram quebrar essa sensação com elementos escuros e cristais.

Prestem muita atenção no uso da luz como elemento decorativo e para fazer os cristais acenderem:

É, a cara dos desfiles tradicionais está mudando bastante.

Graças a Deus!!!

LD> mídia desinformada, de novo.

Recebi este link no facebook da Ro, do Simples Decoração, e não tenho como (#EuNãoAguento rsrsrsrs) deixar passar em branco.

Mais um post falando sobre a mídia que mais desinforma e distorce as coisas atrapalhando cada dia mais o mercado.

A matéria em questão é esta aqui (não colocarei as fotos pois como é uma crítica eles podem ficar bravinhos e querer me processar por DA ahahaha).

Vou então analisar parte por partes (olhem as fotos e textos originais no link e acompanhem a análise por aqui).

Primeiro ponto que eu não consigo entender nessas matérias dessa “mídia sem noção e desinformada” é: porque quando falam de iluminação artificial, as fotos são – em sua grande maioria – diurnas? É o caso desta matéria.

Na abertura da matéria são citadas frases do Guinter Parschalk. No entanto, duvido que ele as tenha colocado literalmente como foram transcritas ou, se foram realmente, seria muita leviandade dele partindo do pressuposto que a grande maioria dos leitores desta revista são leigos em arquitetura e design, quiçá em iluminação e lighting. Acredito na primeira opção. Ele pode até ter dito desta forma, porém excluíram o restante que complementaria e evitaria interpretações dúbias, conhecendo-o como conheço.

A indireta, mais intimista, é boa para quem vai ouvir música. Já a geral clareia o espaço de forma homogênea” – duvido que ele tenha colocado apenas dessa forma.

Aí o jornalista resolve interpretar o restante que ele escreveu (ou disse) e me solta isso:

Para a leitura, basta um abajur ou uma coluna de piso, com foco direto.

Aham, aí a dona Maria (aquela sem curso, metida a decoradora) vai lá e compra uma peça dessas com dicróica, AR, PAR…) e coloca ali para ler… Imaginem a cena de algum familiar lendo com uma dicróica logo acima.

Bom, vamos analisar as fotos e as descrições das mesmas:

FOTO 1 –

O primeiro exemplo é um projeto do Guinter.

Eu, particularmente, não gosto dessa mistureba de luminárias. Mas cliente é cliente, ele quem está pagando e se ele quer assim, que o seja.

Tem uma luminária com PAR30 presa na viga lá no estar.

Perceberam a altura em que foi colocada?

Sabem o porque disso??

Já escrevi várias vezes aqui neste blog sobre as alturas/distâncias mínimas dos usuários/objetos que determinadas lâmpadas exigem. Olhem o PD desta sala.

Perfeito!

Porém o mais irritante desta foto é a janelinha lá no fundo em cima: foto tirada de dia!!!

FOTO 2 –

Plafons de embutir“.

Alguém, por favor, me traduza isso?

Alguém sabe me dizer se é algum modelo novo de luminária?

O fotógrafo se esqueceu de tirar fotos dessas preciosidades raríssimas?

Ou será que os conhecidos EMBUTIDOS ganharam um novo nome mais afrescalhado?

TREZE dicróicas (tem mais com certeza, é só olhar o alinhamento da primeira linha que aparece com o sofá) numa sala dessas é querer montar uma sauna além de fritar a pele dos usuários já que o teto foi rebaixado com gesso..

Ah, mas o split está lá no fundo escondido dentro do armário acima da TV. Ou seja, sustentabilidade ZERO.

Perceberam também que tem uma mancha no teto bem acima da mesinha de centro provocada por reflexo de algum dos objetos sobre a mesinha?

FOTO 3 –

Adorei a solução do rasgo de 60cm próximo à parede. Porém, quem não lê e olha a foto pensa que ali tem uma clarabóia ou algo assim, ficando meio confusa a leitura/interpretação. Na leitura isso é explicado.

Porém, esse elemento, pela quantidade de luz, não evidencia a madeira como diz o texto e sim deforma-a. Percebam a diferença de visualização dela embaixo e à medida em que vamos subindo o olhar pela parede em direção à luz. Fica algo “chapado”. Pela foto dá impressão de ser uma lâmina e não filetes de madeira.

Sobre a mesa, um dos “hits” do design: a luminária bossa. Linda, chique mas tem de saber usa-la.

O tampo da mesa branco lustrado provoca o que?

Reflexão.

Que quando encontra algum objeto no caminho provoca o que?

Projeção de sombra.

Bingo!

Detonaram o ambiente por causa de um dado simples, básico que certamente não foi pensado na hora do projetar.

Um outro detalhe: não sei se é mesmo pois a matéria não fala mas os embutidos, pelo tamanho, devem ser para lâmpadas AR111.

Num teto baixo desses???

=0
G-zuizzzz!!!!

FOTO 4 –

Na sala de jantar, gostei da solução sobre a mesa com iluminação indireta e rebatida no teto. Porém, tem muita luz explodindo no teto.

Para alguém que tem fotofobia (como eu) isso pode tornar um almoço ou jantar extremamente desagradável.

No escritório, oxalá a luminária sobre a mesa não seja de AR111…. parece ser…

O rasgo no corredor está ótimo.

FOTO 5 –

Iluminação simples demais para este ambiente.

Quatro dicróicas de 50W sobre esta mesinha? 200W no total? Tem muita luz aí não?

Segundo o(a) jornalista “wall washing significa “lavar a parede com luz”“. Pelo visto não sabe que palavras em inglês terminadas em “ing” significam gerúndio (arrrrghhhh). O correto nesse texto seria então “lavando” e não “lavar”.

Outro detalhe: o correto na linguagem do LD é WASH e não WASHING.

PD baixo, rebaixado com gesso e “Para realçar as velas e o livro sobre a mesa de centro, há lâmpadas AR 70 de facho concentrado“.

=0
#Murri

(as velas também após derreterem…)

FOTO 6 –

Melhor eu nem comentar a lambança desta foto, muito menos o que o(a) jornalista escreveu…

Só um: não é porque o LD tem suas raízes na iluminação cênica que os projetos de iluminação tem de virar um palco circense.

FOTO 7 –

Pouca luz para o tamanho do ambiente.

Acertaram nos rasgos revestidos com palha.

Mas, “Na estante, há lâmpadas T5 amarelas(…)“.

AMARELAS?
=0

Pelo visto não conhecem  TC (Temperatura de Cor).

Amarelo é isso aqui ó:


Aquilo são fluorescentes com baixa temperatura de cor. Tá, nem tão baixo assim… médio, digamos.

Observem também a quantidade de reflexos e sombras no teto na área da mesa de centro. Deve ser por causa dessa nova lâmpada que eu também desconheço: minidicróicas AR70.

Outro detalhe é que as “minidicróicas AR70“(SIC) “enfocam” desnecessariamente o quadro, já que tem um abajour de luz descontrolada bem na frente dele…

#EuHeim..

FOTO 7 –

Sobre a mesa eu não entendi o que “usa lâmpadas bolinha de 5W“. O lustre ou a sanca??? (Esses jornalistas e redatores… ai ai ai…)

Se for no lustre, deve ter umas 20 dessas dentro dele pois tem muita luz saindo dali…

Se for na sanca, tem muito photoshop nessa foto pois a luz está reta demais…

=0

Ah, a foto do projeto de iluminação artificial foi tirada de dia…

FOTO 8 –

Bom, particularmente, acredito que este tipo de… de… [“plafons de embutir” (SIC), de novo??? =0] embutidos são mais adequados para ambientes comerciais e institucionais, especialmente os grandes como esses (1mX1m).

#NãoCurti

Ainda questiono muito sobre esse tipo de peça ser considerado “iluminação indireta” por algumas indústrias de luminárias o que faz os profissionais e a mídia não especialistas saírem replicando essa informação, como é o caso. A luz sai diretamente dela para o ambiente. Não é porque tem uma “capa” de vidro (ou seja lá o que for) entre a lâmpada e o ambiente (ou objeto) iluminado por ela, que a transforma em indireta.

Sinceramente?

Creio que a idéia do projetista na área das minidicróicas “bugou” (termo usado em jogos online quando dá pau, trava, etc). Percebam como está confusa a visualização das luminárias e do efeito…

FOTO 9 –

Estou com dificuldades de entender o texto da foto (rsrsrsrs). Por isso vou analisar só a foto.

No “abajour gigante” percebem as manchas brancas onde estão as lâmpadas?

No jantar, tudo bem este tipo de pendente que banha de luz todo o espaço já que não há efeitos nas paredes.

Diferente do, provavelmente, home theater onde (de novo) os giga embutidos destróem o efeito das minidicroicas.

FOTO 10 –

Típico projeto de profissionais não especializados em Lighting Design:

Os ícones de iluminação não são específicos (norma)e não trazem as informações da lâmpada (quantidade por luminária, W por lâmpada, etc).

Este tipo de projeto me lembra claramente aqueles que são jogados – por alguns profissionais – sobre as mesas dos vendedores de lojas de iluminação acompanhados de frases como:

Eu pensei em algo assim…

Ou seja, traduzindo literalmente:

“Resolva isso pra mim pois eu não faço a menor idéia do que usar…”

Bom gente, esse é mais um exemplo da mídia “que se diz especializada” que na verdade mais desinforma que informa.

Perceberam que eles trazem na abertura um LD renomado e depois passam para profissionais não especializados?

Lá quase no final – foto 9 – trazem o Maneco (LD, porém ele tem projetos bem melhores para mostrar que este) e retornam fecham com uma pérola dos típicos não especializados na área.

Infelizmente, esta é a mídia nacional que cobre a nossa área.

A sorte é que temos a Lume Arquitetura para nos salvar com matérias de qualidade.

A história das listras

por Ligia Fascioni

Uma das coisas que mais me encantam no mercado editorial americano é que o volume de publicações é tão escandalosamente astronômico que dá até para um sujeito escrever um livro sobre listras e seu significado ao longo da história (sim, listras, aquelas faixas compridas de cores diferentes que estampam um tecido).

Não pude resistir a algo assim (como poderia?) e antes de alguém achar que o meu já altíssimo nível de futilidade atingiu o seu extremo, devo dizer que essas informações podem ser bastante úteis para quem trabalha com design gráfico, artes, ilustrações ou qualquer área da comunicação visual.

O livro se chama “The devil’s cloth: a history of stripes” e foi escrito pelo historiador de arte francês Michel Pastoureau (ele também estudou a história de várias cores que já estão na minha lista – sem trocadilhos).

A história começa com o grande escândalo registrado em 1254 em Paris, quando uma ordem de religiosos carmelitas chegada de Jerusalém entrou na cidade usando hábitos listrados de branco e marrom. Reza a lenda que as roupas eram assim porque representavam como as vestes brancas do profeta Elias, fundador da ordem, ficaram após terem passado através de chamas. Como ele não morreu, os hábitos listrados passaram a simbolizar uma espécie de armadura de proteção. Há variações de interpretação dependendo do número e das cores das faixas (as 4 brancas representavam as virtudes cardinais: retidão, justiça, prudência e temperança; e as 3 marrons, as virtudes teológicas: fé, esperança, amor).

Mas voltando ao escândalo, os monges foram motivo de chacota e insultados por todo mundo porque na Europa as listras estavam associadas aos países islâmicos, e, por isso, eram indignas dos cristãos. O caso era tão sério que um clérigo foi condenado à morte, em 1310, não apenas porque se casou, mas principalmente por ter sido pego em flagrante usando roupas listradas.

Mesmo na sociedade leiga havia leis que reservavam as listras para uso exclusivo de bastardos, prostitutas, palhaços, malabaristas, coxos, boêmios, hereges e enforcados, enfim, todos aqueles que não podiam ser considerados cristãos honestos, “gente de bem”. Com o tempo, chegou-se até a ampliar o uso para identificar ocupações menos nobres como ferreiros, moleiros, açougueiros e serviçais menos qualificados. Na época, nem Judas escapou de ser representado usando seu modelito bicolor nas obras de arte. São José, inclusive, que nesse tempo carecia de prestígio (a mulher havia engravidado de Outro), aparece com bastante freqüência usando o padrão. A zebra, coitada, era um animal maldito, desnecessário esclarecer os motivos.

As listras eram associadas ao não puro, não liso, não reto; aquilo que dividia, que mudava (um cristão honesto não podia admitir esse tipo de variedade ou diversidade). Para a cultura medieval, duas cores confrontando-se no mesmo tecido representavam o mesmo que dez cores, ou seja, a transgressão, a rebeldia.
A popularidade veio com a heráldica, onde os brasões se dividiam em cores e, por vezes, incluíam áreas flagrantemente listradas. É que na idade média quase todo mundo podia ter seu brasão (não somente os nobres, como a gente às vezes acredita). A única regra era que o desenho fosse inédito; para se ter uma idéia, 15% da população tinha um escudo para chamar de seu, de maneira que ficou difícil evitar as linhas paralelas. Cada tipo de hachura tinha um nome e as variações eram infinitas. Os códigos das listras não apenas representavam etnias, clãs e grupos familiares europeus; as tribos africanas e os povos andinos da América do Sul mostram que a prática era quase universal. Ah, cabe dizer que, para todos os efeitos, o xadrez era considerado um tipo de super-listra.

Mesmo tão populares, cabe dizer que, na Europa, as listras continuaram tendo uma conotação negativa, sendo mais ou menos pejorativas de acordo com o desenho. Nos brasões, elas invariavelmente indicavam cavaleiros traidores, príncipes usurpadores, plebeus, bastardos, reis pagãos, mercenários e toda a sorte da mais fina “elite” da época.

Aos poucos os significados foram mudando e as listras verticais passaram a ser usadas pela aristocracia; já as horizontais, mais comuns, pelo serviçais. As listras viraram moda, caíram em desuso, voltaram. Nunca chamaram tanto a atenção como nas revoluções (elas representavam transgressão, lembra?) a ponto de virarem figurinha fácil em bandeiras; pelo mesmo motivo, tornaram-se as queridinhas de artistas rebeldes.

Mesmo assim, as listras más, por assim dizer, nunca desapareceram. Elas, na verdade, caracterizam a coexistência de dois sistemas de valores opostos baseados na mesma estrutura.

A etimologia da palavra também revela muita coisa. Em francês, o verbo rayer significa fazer listras, mas também remover, apagar, eliminar e excluir; em resumo, punição. O verbo corriger também tem o mesmo duplo sentido: fazer listras e corrigir. As “casas de correção” servem para punir e as janelas são ornadas com barras que parecem listras. Bars, aliás, podem ser listras ou barras (sem esquecer que sempre se pode “barrar” alguém indesejado).

Em inglês, a palavra stripe pode ser traduzida como listra, mas também é relacionada ao verbo to strip, que pode significar tanto despir como privar, deixar sem, punir.

Em latim, palavras como stria (listra, raia), striga (linha, sulco), strigilis (raspar, arranhar) pertencem à larga família do verbo stringere que, entre outros significados, também pode ser traduzido como fechar, tirar e privar; constringere significa, literalmente, aprisionar. Em quase todas as línguas que se pesquise, listras estão sempre associadas à exclusão, impedimento, punição.

Os medievais acreditavam, inclusive, que além de diferenciar os bons dos maus, as listras também serviam como um portão, ou filtro, para proteger as pessoas fracas das influências nefastas do demônio. Curioso observar que hoje em dia as listras são usadas predominantemente em pijamas. E em qual situação, senão completamente indefesos na nossa cama e em pesadelos, estamos mais vulneráveis à ação dos espíritos malignos?

No início da popularização das listras pelos cidadãos comuns, elas eram usadas apenas nas roupas íntimas. Alguém tem um palpite do porquê? Ora, essas peças tocam as partes “sujas” do nosso corpo. Sem dizer que as listras eram coloridas por tons pastel, ou seja, cores falhadas, quebradas, mutiladas, desbotadas. Com o tempo, todos os objetos e roupas relacionados à higiene (que precisam de “barras de proteção” contra o mal, no caso, a sujeira) também utilizam estruturas bicolores ou multicolores em tons pastel.

O mundo contemporâneo é muito complexo em termos semióticos e estudar listras é um desafio de respeito. Há realmente muito que analisar: as listras das pastas de dente; a presença constante nas marcas esportivas, os onipresentes códigos de barras, o vai e vem do padrão na moda e muito mais (eu fiquei prestando muito mais atenção nas listras quando acabei de ler o livro).

Muita coisa mudou, mas o imaginário coletivo continua representando apenas os marinheiros de mais baixo escalão com uniforme listrado, os presidiários, o malandro carioca e sua indefectível camiseta bicolor e os gânsters em seus ternos de risca…

E você, já se alistou?

 

Vamos ao meu Reader???

Bom, 3 meses sem acessar o meu reader por absoluta falta de tempo…. Vou demorar uma semana pra ver tudo aquilo… Mas vamos dar uma olhada no que tem de interessante por lá.

1 – Polka dot motif
Yayoi Kusama está com uma exposição no Centre Pompidou onde celebra os artistas japoneses com pinturas, esculturas e instalações.

2 – Kevin Kane, da Arktura
Móveis, formas, sombras e texturas. Esse pessoal são feras em desenhar móveis que ajudam na complementação dos ambientes seja pelas formas, cores ou sombras provocadas por eles.

3 – Wandering in Knowledge Installation \ Manuel Dreesmann
O vídeo diz tudo… Lindo!!!

4 – Velas na decoração de Natal
Sou apaixonado por velas e olha só estas três idéias que encontrei no blog da Ana Claudia Cavalcante para o Natal.

ADOREI!!!

5 – Dim Sum Bar, Hou de Sousa
Olhem que balcão lindo desse bar em Quito, no Equador!!!

6 – The Florakids Bathroom Collection by Laufen
Cores e formas para seus filhos ;-))

7 – Hashid > Carne de vaca e/ou arroz de festa

Sinceramente gente? Não aguento mais ver Hashid pipocando em tudo quanto é blog e site. Pra mim, já perdeu a graça faz tempos pois virou um mero copiador de si mesmo. Não, não o vejo mais como um profissional que tem identidade e sim como alguem que encontrou um nicho e uma cor que fez sucesso e depois disso passou a ficar repetitivo, enjoativo, sem graça. Identidade tem é o Rosenbaum que, com projetos super diferentes um do outro, você reconhece a mão e a mente dele só de bater os olhos nas fotos. Já Hashid está se copiando direto, sempre as mesmas formas, sempre a mesma cor, sempre o mesmo. Nem olho mais quando vejo algum post sobre ele pois ja cansei de ver sempre a mesma coisa. Pra mim, virou, como dizem os populares, carne de vaca e/ou arroz de festa. Não passa de mais um que tem $$ para bancar o jabá da mídia “dita especializada”. Ha, o Rosenbaum também tem? Ok, então indico um mega designer autoral: o Vinícius, do Pé Direito Duplo. O cara deixa a sua marca em todos os projetos sem ser nada repetitivo. #ProntoFalei

8 –  Chega de demolir
Sempre que vejo este blog fico triste em perceber que o desrespeito à nossa história não é um problema apenas aqui de Londrina (onde tudo que é “velho” tem de dar lugar ao novo, à “evolução”.
Isso reflete claramente o nível da educação ofertada nos últimos anos que está gerando uma sociedade cada vez mais burra, alienada e egoísta.
É triste vermos diariamente edificações que fazem parte de (e contam a) nossa história irem abaixo.
Mas culpa disso vem especialmente dos empresários gananciosos e do poder público (vendido e corrupto).
Triste. Um povo sem memória é um povo sem história.

9 –  ADOOOOOGOOOOOOOO

Acho até que ja postei essa imagem aqui no blog mas vale a pena repeti-la se for o caso rsrsrsrs

Se alguém souber onde tem pra vender aqui no BR me avisa ;-)

10 – Cansei….

Tem muita coisa ainda em meu reader, mas acho que por hoje já deu rsrsrsr

Então fiquem com estes dois vídeos para encerrar:

Primeiro, um do Qubique Next-Generation Tradeshow:

E agora uma sequência de Natal. São vídeos do Natal do Palácio Avenida, em Curitiba. Muito além de ser um evento MARAVILHOSO devo destacar o trabalho que é feito nos bastidores junto às crianças órfãs. E neste ano, com o tema “O Poder da Música” o espetáculo ganha uma nova dimensão e beleza. As músicas escolhidas este ano levam este tema ao pé da letra, está perfeito! São apenas 4 partes do espetáculo que apresento aqui mas vale a pena ir à curitiba para assisti-lo inteiro.

de novo…. então é Natal…..

Eu até acho que ja postei isso por aqui mas tou sem tempo de procurar.
Todo ano é a mesma repetição de postagens sobre o Natal. Encontramos imagens e mais imagens pela web e fica cada dia mais difícil definirmos o que faremos em nossa casa (não faço a menor idéia ainda aqui para a minha casa). O assunto vem à tona novamente com a ligeira proximidade do Natal.

Mas, não sou adepto dos natais tradicionais. Ok, para quem tem crianças ainda vá lá incentivar a fantasia porém, porque temos de reforçar uma imagem nada a ver com a nossa identidade e cultura brasileiras (considerando ainda a nossa realidade climática) ao usarmos simbolos que não tem a menor relação conosco?

Tradição? Tudo bem. Estas são feitas para serem quebradas. No mais, elas só servem realmente para as sociedades que as criaram.

Então, que tal deixarmos essa utopia para os shoppings e lojas e assumirmos que somos brasileiros? (gostou do plágio Elenara? ahahaha). Que tal rechearmos a nossa festa com elementos típicos de nossa cultura?

Wilma Camargo – compositora curitibana – é a culpada por esta minha visão realista e patriota com relação ao Natal. Assisti uma vez em Curitiba o Natal do Palácio Avenida e as crianças cantaram uma de suas músicas: Natal verde e amarelo. Diz a letra (pena que não tou encontrando o áudio ou um vídeo decente):

“Feliz Natal,
Natal brasileiro, sem nada estrangeiro,
Calor de dezembro sem neve e sem frio.
Natal todo nosso, com sinos tocando,
Nas velhas matrizes do nosso Brasil.

Feliz Natal,
Na hora da ceia não sirva peru,
Sirva um bom café, vatapá, caruru.
Família reunida, contente da vida,
Que bom festejar, festejar o Natal a cantar.

“Não há, oh gente, oh não…”
Natal tão bonito, Natal tão azul,
Luar do sertão e o Cruzeiro do Sul,
A iluminar o Brasil por inteiro.

Eu quero este ano,
ver Papai Noel de verde e amarelo,
Chegar alta noite e em cada chinelo deixar
O orgulho de ser brasileiro.”

Refiro-me especialmente às imagens de renas, flocos e bonecos de neve e o tal Papai Noel (que todos sabemos é um simbolo meramente comercial) que não tem absolutamente nada a ver com o Brasil especialmente nesta data quando estamos em pleno verão enfrentando temperaturas médias de 35 a 40°C.

Gosto demais de trabalhar com as bolas (tem umas maravilhosas) e claro, abusar nas luzes. Também sempre tenho o meu presépio montado: este sim é o verdadeiro sentido do Natal.

Vejamos algumas imagens que encontrei com idéias:

1) Lembro-me saudosista da época em que aconteciam os concursos de fachadas e áreas públicas decoradas. As cidades ficavam lindas, alegres… Hoje poucas cidades investem nesses concursos. Muitas tentam mas oferecem premios tão ridículos que não compensa o esforço e investimento dispensados.


2) Decoração de casa: eu particularmente não tenho mais paciência para todo o processo envolvido nisso (pegar as caixas, desempacotar tudo, montar, limpar a sujeira, depois de um tempo fazer o processo inverso, limpando a sujeira no final). Prefiro decorações diferenciadas, simples ou sofisticadas,e  isso depende de vários fatores. E porque tem de ficar no enjoado verde, vermelho e dourado? Algumas idéias:

Para quem não tem muito espaço...

Para quem não tem muito espaço... adesivos

Para os minimalistas

Já pensou em algo semelhante para o seu jardim???

Que tal usar acrílico e luz para montar a sua árvore?

Para os roqueiros

No entanto eu gosto demais dos elementos decorativos, especialmente os bem diferentes. Cores não somente neles, sua casa pode ter renovado o ar com a simples pintura das paredes para fundo da decoração natalina que pode ficar depois.

Ok, tem rena e flocos de neve. Mas observem o contraste da cor da parede.

Como já falei, adoro as bolas e as infinitas possibilidades de uso delas.

Porque não usar e abusar dos tons de roxo e lilás?

 

Olhem que idéia genial. Mas claro que algo bem montado e decorado, não esse "baguio" aí da foto rsrsrs

Bolas e mais bolas....

... e mais bolas...

... e mais bolas ainda...

O que me fez definir que vou aproveitar o globo espelhado que usei na bilheteria da mostra e que ele será o ponto de partida da decoração deste ano aqui de casa.

Sorte que não vou precisar comprar outros dois beams para conseguir o efeito (já que me roubaram os meus dois na desmontagem da mostra e agora ninguém é responsável por isso e tenho de morrer com esse prejuízo) e posso contar com lâmpadas e luminárias que tenho aqui em casa mesmo.

Bom é isso. Idéias lançadas. Vamos ver o que vai dar.

;-)

Fomos Descobertos. E agora?

Por: Suzie Ferreira do Nascimento

Distintamente do artista, o designer, caso existisse já naquele tempo, teria sido recebido de braços abertos por Platão, em parte por seu perfeito enquadramento numa lógica produtiva, em parte também por serem os objetos por ele criados necessários à manutenção dos papéis sociais, mas, sobretudo, por sua cordata submissão à racionalidade. Sim, nós os designers, sobretudo os que tivemos nossa formação sob a norma irrefutável da “forma que segue a função”, somos quase que incapazes de questionar a lógica. Somos criaturas da revolução industrial e não concebemos nossa própria utilidade em outro universo. Nada de mais, considerando que há muito tempo outros profissionais se ocupam deste tipo de questionamento, a saber, os artistas e os filósofos. O problema surge quando a técnica passa a ser assunto de relevância filosófica, trazendo a reboque o profissional do design para uma arena de discussão na qual ele não se sente muito à vontade, e na qual argumentos técnicos não são de grande valia. Como atores do mundo tecnológico, agora somos chamados a expor nossas motivações, nossa ética, nossos valores. Os pensadores da atualidade nos descobriram e querem nos conhecer. Fomos pegos de surpresa? O que sabemos nós sobre os fundamentos do nosso criar? Que responsabilidade temos sobre nossa criação? Temos verdadeira noção do impacto de nossa criação no mundo?

Mas como falar em valores neste mundo regido pelo consumo, onde tudo se torna cada vez mais descartável, e o sempre novo é exigido? Nosso cérebro máquina foi educado a criar mais e mais coisas, cada vez que assim o requisitassem, e nisso nos tornamos muito eficientes. Nunca coube a nós questionarmos o porquê de tanto consumo, a origem de tantos desejos insatisfeitos. Se o ser humano, frustrado em sua existência, buscava nos objetos uma satisfação, nossa função sempre foi fornecer novos objetos, e não nos atermos ao seu caráter frustrante.

Neste novo quadro, penso que não há como fugir. Na época da pós-metafísica(1) onde nada mais transcende, temos de nos haver entre nós mesmos, com nossos problemas e nosso mundo. Temos que, forçosamente, desenvolver uma filosofia da existência. Como design que resolveu estudar filosofia, também fui pega de surpresa ao descobrir em Heidegger a relevância do mundo da técnica na atualidade. Uma relevância de caráter ontológico, e não qualitativo ou quantitativo, como habitualmente nosso ofício é classificado. Isto porque, para Heidegger, a metafísica ocidental provocou um “esquecimento do ser” e a técnica é parte ativa deste esquecimento. Com sua filosofia, Heidegger devolve ao homem a responsabilidade pelo cuidado do homem, afirmando que “o homem é o pastor do ser”. Em suas palavras, o mundo da técnica hoje se impõe de tal maneira que parece uma extensão natural dos sentidos humanos. É nessa perspectiva que ele coloca nossos objetos. E essa fusão homem objeto, torna o viver inautêntico(2), pois nega a finitude humana, suas limitações e angústias naturais:

[…] Se pensarmos a técnica a partir da palavra grega techné e de seu contexto, técnica significa: ter conhecimento na produção, techné designa uma modalidade de saber. Produzir quer dizer: conduzir à sua manifestação, tornar acessível e disponível algo que, antes disso, ainda não estava aí como presente. Este produzir vale dizer o elemento próprio da técnica, realiza-se de maneira singular, em meio ao Ocidente europeu, através do desenvolvimento das modernas ciências matemáticas da natureza. Seu traço básico é o elemento técnico, que pela primeira vez apareceu em sua forma nova e própria, através da física. Pela técnica moderna é descerrada a energia oculta da natureza, o que se descerra é transformado, o que se transforma é reforçado, o que se reforça é armazenado, o que se armazena é destruído. As maneiras pelas quais a energia da natureza é assegurada são controladas. O controle, por sua vez, também deve se assegurado.(3)

Como eu disse, a técnica é algo de relevância filosófica na visão de Heidegger e, portanto, há muito de nós, designers, em sua argumentação. Isso porque em Heidegger, o que distingue o homem dos demais entes é o seu existir, e não sua razão: somente o homem existe. Deus é, mas não existe(4), a pedra é, mas não existe. E este existir tem íntimas relações com os objetos e seu caráter instrumental. O filósofo coloca em questão estes objetos, as coisas que o homem tem à mão e com as quais se distrai, esquecendo-se do próprio ser. Ora, como podemos nós, os que abastecemos este mundo de objetos cada vez mais interessantes, mais acessíveis, não fazermos parte desta discussão? Somos, no mais das vezes sem o saber, fornecedores do viver inautêntico a que se refere Heidegger. Antecipamos ao homem seus desejos, pretendemos dar-lhe todas as respostas colocando-lhe às mãos instrumentos diversos, e assim contribuímos para a diminuição de suas forças. Em termos filosóficos, essa antecipação da verdade, propicia, ao mesmo tempo, um aniquilamento do empenho de busca, tornando-o uma procura incessante por aquilo que não se pode apreender em sua autenticidade(5). O homem contemporâneo é dominado pelo processo técnico, no sentido de enxergar nele o único meio de sobrevivência e conseqüentemente de se adequar no mundo moderno, se diluindo em meio aos outros entes, se deixando arrastar pela vida inautêntica em meio aos objetos que manipula.

Fiz uso aqui de alguns conceitos heideggerianos, com os quais espero ter contribuído para uma aproximação entre estes dois saberes, que são o design e a filosofia. Insisto em dizer que, a despeito de nós designers não estarmos habituados a isso, o mundo de agora, sem o consolo metafísico, voltou-se para si próprio e descobriu o quanto depende da técnica. É natural que procure apreendê-la. Cabe a nós designers participarmos desta nova discussão que se apresenta e, portanto, urge aprendermos também a filosofar.

Notas e Bibliografia
1) Heidegger (1889-1976) tornou-se célebre por defender a radicalização da metafísica. A tradicional interrupção entre o ente e o ser, com o advento da técnica, perdeu o sentido. Segundo o filósofo, é isto que caracteriza o esquecimento do ser. (Váttimo, As Aventuras da Diferença. Edições 70, 1988)

2) Heidegger, M. Ser e Tempo. Parte I, 7ª Ed., Petropólis,RJ: Vozes, 1998.

3) Apud CRITELLI, Dulce. Martin Heidegger e a essência da técnica. In: Margem, São Paulo, nº16, p. 83-89, dez. 2002.

4) Heidegger, M. Que é metafísica? Tradução de Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1989b. (Os Pensadores).

5) COSTA, Poliana E. Inautenticidade e finitude em heidegger, SABERES, Natal – RN, v. 3, número especial, dez. 2010

Suzie Ferreira do Nascimento
Suzie Nascimento pesquisa a questão da APARÊNCIA em seu aspecto comunicacional na moda, em seu caráter de máscara na filosofia de Nietzsche e na prática na prestação de serviços de beleza.Está em Curitiba, onde divide seu tempo entre conversas com clientes e o mestrado de filosofia…

fonte: DesignBrasil

Consumido e desaparecido

Pra quem anda reclamando que eu ando bastante sumido aqui no blog, especialmente nestes dois ultimos meses, taí a resposta do porque:

Vá em paz minha vozinha…

Minha vozinha Ruth e meu avô Lauro

Quarta feira fez duas semanas que ela nos deixou e tudo ainda está muito dolorido. Por isso ando apenas pelo TT e facebook pois lá, a velocidade e alternância de assuntos me tiram deste mundo de saudades.

Sei que com o tempo esse sentimento vai passar, mas por hora ainda dói demais.

abs

LD – Vamos falar dos erros? Reflexos.

É bastante comum vermos projetos na mídia em que os erros nos projetos de iluminação acabam estragando o resultado final. De erros pequenos aos grandes, a especificação errada de uma luminária ou lâmpada pode destruir o efeito esperado. Percebam como é difícil encontrar imagens que mostre o teto dos ambientes com a iluminação acesa.

Devemos nos atentar que, além de “sujar” o visual dos ambientes, os reflexos também são os responsáveis por grande parte do ofuscamento.

Um detalhe que deve ser sempre observado ao projetar a iluminação de uma ambiente é a presença de elementos e objetos reflexivos. Estes, se não forem muito bem estudados e observados podem destruir um projeto. Vidro, acrílico, metais, cromados e tantos outros materiais podem simplesmente refletir um facho de luz e estragar tudo num projeto.

Não há cor de tinta ou tipo de acabamento que elimine isso. Das cores mais escuras às mais claras aos acabamentos foscos, acetinados ou com brilho, quando o reflexo bate sobre a superfície provoca manchas.

Já mostrei alguns exemplos em outros posts, mas nenhum tão específico sobre o assunto como neste, então vamos lá. Tem gente que não gosta deste tipo de post por vê-los como um desrespeito aos autores dos projetos. Eu não vejo dessa forma e sim apenas como um exercício de observação – prática esta mais que necessária àqueles que desejam trabalhar ou trabalham com iluminação ou Lighting Design.

Vamos analisar algumas imagens a seguir. Para começar, não posso deixar de citar os reflexos provocados pela luz natural.

Observem no teto, canto direito superior da imagem. Se alguém aí me disser que isso é intencional no projeto leva uma tamancada. Se fosse algo intencional, teria sido mais explorado no ambiente e não apenas naquele pedaço de teto. Todos nós sabemos que a radiação solar provoca danos em uma grande variedade de materiais, incluindo a madeira que está neste piso. Daí a atenção aos controles de iluminação natural que existem. Observo ainda que este tipo de reflexo é um dos que mais incomoda no que diz respeito ao ofuscamento pois, vindo de baixo para cima – na direção dos olhos – faz o usuário perder o foco de onde está pisando.

Esta foto, curiosamente recebi a pouco pelo facebook através de uma consulta de uma profissional me perguntando sobre o efeito da parede, enquanto estava pesquisando imagens na web sobre reflexos. Olhem que belezura isso. Perceberam que o reflexo chegou a provocar um efeito em negativo dos vasos sobre o tampo do aparador no teto?

Fico aqui pensando: se este material colorido (provavelmente acrílico) provoca todos estes multireflexos no teto, imagine a sensação do observador tendo de fazer uma ginástica para encontrar um ponto de observação onde os reflexos não ocorram e ele consiga observar o que está exposto. Percebam também que os próprios reflexos provocam a projeção de sombras das luminárias sujando ainda mais o teto do ambiente.

Os reflexos podem ser também pequenos como neste caso. Observem a lateral da coifa. Nesta foto não dá para ver mas muito provavelmente aqueles riscos de luz estão sendo projetados em algum lugar na lateral esquerda desta cozinha.

Aqui em exemplo minusculo, mas perceptível a olhos bem treinados. Se prestarem atenção no teto sobre a bancada perceberão uma “roda de luz”. Parece uma “sujeirinha” no teto. De onde vem? provavelmente daquele elemento minúsculo cromado que está sobre a bancada.

Ah, um outro detalhe aqui nesta foto: este tipo de pendente é lindo, mas se você que trabalhar efeitos na iluminação esqueça pois ele espalha luz para todos os lados “apagando” qualquer facho ou destaque. Esse tipo de pendente acaba deixando o ambiente com uma sensação de chapado. Eu não uso isso em meus projetos.

Observem nesta foto o reflexo que está no rebaixo do gesso (direita-superior). Agora, imagine o seu cliente em pé usando esta bancada. Onde este reflexo irá pegar? Exatamente: direto nos olhos dele.

Olha lá heim, se alguém ousar falar que isso aqui foi proposital, vai a outra tamanca no meio da cara. SE e somente SE fosse proposital, este reflexo estaria centralizado no ambiente e o “desenho” formado no teto seria mais uniforme. Como se pode observar pela imagem, nenhuma das duas hipoteses são verdadeiras.

Agora, para finalizar, uma pérola que encontrei na pesquisa:

Gente, fala sério. Eu não tenho nem palavras para descrever isso aqui sem soar grosseiro. Me vem diversas palavras à mente mas se colocá-las aqui terei de alterar a classificação etária deste blog, então resumo: que diabos é isso??? Onde é que este projetista (se é que isso foi feito realmente por alguém que estudou um mínimo sobre iluminação) estava com a cabeça? O cliente aceitou esse lixo visual e ainda pagou por isso?

#FalaSério!

Como puderam ver, de pequenos objetos (bibelôs) a grandes superfícies, se a iluminação não for muito bem planejada pode estragar o resultado final do seu projeto. Por isso, muito cuidado ao iluminar ambientes com tampos de mesas e objetos feitos ou revestidos com materiais reflexivos.

Lembre-se que, além de estragar visualmente o seu projeto, podem colocar em risco o usuário por causa do ofuscamento gerado.

Bom é isso. No proximo post vou escrever sobre luz e texturas ok?

Forte abraço.

Compartilhando rapidinho

Algumas coisas que encontrei essa semana na web:

1) a imagem abaixo reflete bem o que acontece com nossos clientes:

Você já parou para pensar sobre isso? Não é apenas uma brincadeira. Dá um excelente tema para TCC.

2) Outra imagem muito boa em tempos de internet (ne verdade uma charge):

#Prestenção acadêmicos. Tem gente que acha que professores e orientadores também não navegam…

3) Por favor gente, se já é ruim quandou ouvimos errado de clientes, pior quando ouvimos de acadêmicos e profissionais:

Tudo bem (OKCT!) que o MEC e o (des)governo federal resolveram destruir de vez a língua portuguesa, mas somos profissionais e lidamos, na maioria das vezes, com clientes com uma educação digamos, um pouco acima da média atual.

4) Foi feito para o Design Gráfico, mas serve muito bem para Interiores/Ambientes:

Pensem nisso quando forem negociar com seus clientes ;-)

5) Um projeto muito legal: The burning house.

If your house was burning, what would you take with you? It’s a conflict between what’s practical, valuable and sentimental. What you would take reflects your interests, background and priorities. Think of it as an interview condensed into one question.

Idéia simples: o que você pegaria, na pressa, se sua casa estivesse pegando fogo?

Fiquei pensando nisso e percebi que esta é uma excelente questão para ser apresentada para aqueles clientes que insistem em carregar toda a tralha para a casa nova ou não se desfaz de cacarecos quando a casa passa por reforma e aí, lá vamos nós ter de resolver onde guardar, enfiar, esconder, socar aquilo tudo (muitas vezes coisas totalmente dispensáveis).

.

Bom, por hora é isso.

Abraços e até o próximo post.

desopilando ou melhor, xô fantasmas

Hoje a tarde uma amiga me falou que não gosta quando eu fico muito quieto e sem postar aqui no blog. Na verdade, ela tem medo do que pode vir a seguir quando eu resolver escrever,

Perguntei porque e ela me respondeu: “Você vai acumulando coisas e assuntos que percebe e depois vem com uns posts que é um direto em nosso estômago e nos deixa envergonhados.”

Na hora eu ri do comentário dela mas fiquei matutando sobre isso.

A minha intenção não é esmurar ninguem. Cada um é cada um e faz o que quer.

A única coisa que defendo é: respeito e ética profissional.

Mas realmente ela esta certa.

Por absoluta falta de tempo estou acumulando assuntos que poderia explorar melhor em posts separados mas acabo lançando tudo em um só.

Vamos a esse então?

1. Programa do Gugu e o quadro das reformas de casas:

Não só o dele, mas o último dele foi a gota d’água.

Não venham colocar palavras em minha boca e prestem muita atenção no que eu vou escrever ok?

O último quadro foi deprimente do ponto de vista projetual – entra aqui tudo que envolve um projeto, especialmente o programa de necessidades x a realidade do usuário.

Uma família que nao está acostumada ao luxo (a mãe é bóia-fria) de uma hora para outra é enfiada dentro de um palacete. Papel de parede por tudo que é canto, mobiliários caros e com revestimentos sensíveis, pisos laminados numa região bem próxima ao… barro, lustres caros, etc etc etc…

Fiquei imaginando como estará esta residência daqui a um ano. Se mal tinham condições de manter o casebre que tinham, como irão sustentar a manutenção de revestimentos e objetos caríssimos e que merecem cuidados especiais na hora da limpeza?

Aquele piso laminado irá aguentar o entra e sai de pés de barro?

Os mármores das bancadas dos banheiros irão suportar a sujeira e a mania que o povo tem de limpar tudo com água sanitária?

A conta de luz e a menutenção do sistema todo – baseado na quantidade de dicróicas, incandescentesm etc – conseguirá ser paga por uma família que ganha pouco mais de R$ 1.000,00 juntos?

O “seu” Zé afirmou que agora terá como trazer seus amigos pra assistir futebol. Vocês já viram como o povo torce alopradamente durante um jogo e tudo que roda de comes&bebes durante uma partida. Imaginem isso sobre estofados de…. camurça…

Tem ainda muitos outros detalhes deste projeto que eu poderia colocar aqui mas acho que já deu para vocês entender o meu pensamento.

A arquiteta – para quem tudo é especial – só acertou numa coisa: o aproveitamento da luz natural atraves da abertura zenital.

Nem de longe ela se preocupou com a questão da inserção da edificação no entorno urbano. Enfiou ali uma edificação que destoa completamente do restante da região.

Que fique claro: EU NÃO estou dizendo que a família não merece tudo aquilo e sim que o erro aí é da projetista, no caso a arquiteta, e da direção do programa que em nome do “show” acabam cometendo erros crasos.

A preocupação em atender aos fornecedores (na verdade patrocinadores) acaba atropelando questões básicas do projetar e esquecem-se que qualquer projeto deve, antes de tudo, atender as necessidades do usuário. Os patrocinadores não irão fazer uso daquela residência, e sim pessoas muito simples, humildes, que trabalham demais e mal tem tempo de ficar em casa quiçá para mantê-la.

Nesse ponto, o Rosembaum é bem mais atencioso.

2. Formação acadêmica

Pois é, e lá vou eu de novo bater nisso:

Basta de professores em cursos de Design, que não são formados em Design e ficam disseminando suas bestialidades.

Durante minha formação toda tive professores que afirmavam coisas como:

“O curso é Design de Interiores, logo você só poderá mexer no que estiver entre 4 paredes”.

Ou:

“Isso você não pode fazer pois fere o direito autoral do arquiteto que projetou a construção”.

Ou ainda:

“Não, você não pode projetar um banco para uma praça”.

Pois bem, nem vou me ater à primeira e à terceira afirmações pois nem merecem resposta tamanha a sandice desse tipo de afirmações. Mas sobre a segunda digo a estes:

VÃO ESTUDAR SOBRE DIREITOS AUTORAIS, ESPECIALMENTE O QUE O CONFEA FALA SOBRE ISSO.

E mais:

Já passou da hora das IES e da ABD tomarem alguma atitude contra os abusos cometidos por professores que não são designers.

3. Blogs

Não, meu blog não é um mero espaço de re-re-re-re-repetição. Meu blog é sim diferenciado pois não busca ficar replicando o que já foi replicado incontáveis vezes por outros e tampouco tenho tempo disponível para ficar à frente do PC à espera da novidade para fazer posts do tipo Você viu primeiro aqui“.

Não, esta não é a minha intenção e tampouco a forma como gosto de postar.

Também não criei este espaço para competir com ninguém, acho isso infantil demais e já passei da fase do “meu carro é melhor que o seu” ha muito tempo. Se alguém “acha” que está competindo comigo, está perdendo o seu tempo, pois o meu precioso tempo estou gastando com coisas bem mais úteis.

Outra coisa é que também este não é um espaço tipo “vitrina” que apresenta produtos de forma irresponsável.

Ha pouco, numa busca pelo Google, descobri um blog nacional que fala sobre iluminação até então desconhecido para mim. Claro, fui olhar né…

Bah que coisa…

Um vendedor de iluminação, com um blog sobre o assunto, tratando questões projetuais de forma leviana.

O que percebi olhando o blog é que a única intenção ali é apresentar produtos (a maioria caros que certamente devem estar á venda na loja onde ele trabalha) em “estudos de caso” totalmente descompromissados com a usabilidade, manutenção, usuário, sustentabilidade. Porém devidamente escondidos estes detalhes dentro de uma linguagem aparentemente técnica, para “dar valor e credibilidade” às suas sandices.

O pior: tem blogs de profissionais renomados replicando aqueles conteúdos.

Lamentável.

4. Praças, (in)segurança, urbes…

Postei a pouco no face a foto acima acompanhada do seguinte pensamento:

“Porque é tão difícil, aqui no Brasil, termos áreas públicas assim que durem mais que 6 meses???”

Aqui em Londrina ganhamos a pouco mais de um ano uma praça em homenagem à comunidade nipônica. Apesar de eu nao gostar de algumas coisas dela – especialmente o projeto de iluminação absurdo e tosco – valeu a iniciativa e a promessa:

“Mais um espaço público para as famílias e para os londrinenses curtir e se divertir.”

Ok, lindo discurso.

Pouco tempo se passou e as fontes já não funcionavam mais, marginais tomaram conta do espaço, tudo aos poucos, esta sendo destruído.

Porque?

Oras, nem preciso citar aqui pois TODOS vocês já sabem as respostas.

Até quando teremos de aturar tantos discursos e nenhuma AÇÃO????

5. Irresponsabilidade e leviandade. Prefiro a autenticidade

Sim tou falando da cobertura da mídia sobre o infeliz acontecimento na escola do RJ. Mas não só sobre isso.

Também estou falando de muitas pessoas que sigo pelo facebook e pelo Twitter que ao replicar as incontáveis “suposições” jornalísticas (Deus deveria mandar um raio direto na cabeça de cada integrante da Rede Record especialmente!) ou inventaram suas proprias sandices.

Em ambos vejo o mesmo ato criminoso, covarde e irresponsável do assassino.

Também me refiro nesta parte àqueles que defendem uma falsa democracia. Demagosos e hipócritas.

Apoiar Bolsonaro e suas teses absurdas, insanas e irresponsáveis sobre homossexualidade em nome dodireito/liberdade de expressão” é o mesmo que apoiar uma ditadura da pior espécie.

“Ele tem o direito/liberdade de dizer o que pensa”.

Concordo.

Mas nem de longe ele e ninguém tem o direito/liberdade de incitar a intolerância e o ódio contra quem quer que seja. Especialmente se este “pensar” vem de doutrinas, que é o caso das Igrejas, que se esquecem que Deus nos manda “amar ao proximo como a si mesmo”. E neste ao proximo incluem-se todos, não apenas aqueles que concordam com você.

Ao fazer esta simples pergunta no Twitter, descobri que um “amigo” de longa data não é tão democrático assim:

“O que fizeram ao Michel do Volley é “liberdade de expressão”?

E, por tentar um debate aberto sobre o assunto, fui bloqueado, chamado de canalha, coletivista e, acreditem se quiser, um PTista disfarçado.

My God!! ahahahahhahah

O grande abismo entre nós dois é que eu consigo “suspender o juízo” quando necessário para nao ser parcial.

Se você entra num debate com as armaduras e armas de seus dogmas em riste você não quer debate, você quer discussão apenas. E disso, tou fora.

Vieram me criticar diretamente e “pelas costas” dizendo o quanto fui grosso com algumas pessoas e até mesmo por ter utilizado alguns termos “chulos”.

Não, não usei. Preferi utilizar alguns sinais gráficos como por exemplo este >*<

A interpretação é que ficou a cargo das mentes poluídas, depravadas e hipócritas.

Separar o profissional do pessoal? Isso é pra quem tem tempo disponível, ou so vive o lado profissional ou só vive o lado pessoal.

Eu só tenho 1 msn, 1 twitter, 1 facebook, 1 orkut (sem tempo até de eliminar aquela joça). Não enho tempo de ficar fazendo traslados entre contas e também, como bom e típico descendente de iltalianos, sou tão estabanado que fatalmente iria começar a falar com minha mae pelo msn profissional e com vocês pelo pessoal sem me dar conta disso.

Cidadão? Por favor, não me venham com esse papo de que não se deve misturar assuntos profissionais com questçoes de cidadania. Tudo, absolutamente tudo está intrinsecamente e diretamente ligado.

Então sim, quem quiser me seguir terá de me seguir por completo. Eu não gosto de quem quer que seja apenas por causa dos seus belos olhos. Gosto exatamente pela complexidade que forma o ser.

O ser que deseja e tem o direito de simplesmente ser, em sua plenitude.

Durante o final de semana volto e escrevo mais ok?

Abraços

Sobre a praça citada no post Cidade Limpa

O Marcel do blog Janela Londrinense me mandou um link com um post que ele fez em 2010 falando sobre esta praça. Apesar de ser popularmente conhecida como “praça da bandeira”, na verdade chama-se Praça Mal. Floriano Peixoto.

“Chupei” de lá estas duas fotos que mostram a praça:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Perceberam como – bem destacado pelo Marcel – a forma não tem nada a ver com a tal bandeira, salvo uma similaridade?

E também Marcel, agora você já sabe quem desenhou e quem construiu a tal praça ;-)

Mas o que me levou a fazer este novo post – claro, além de mostrá-la a vocês o mais próximo do original possível – é destacar a antiga catedral de Londrina.

Olhem a maravilha que tínhamos aqui em nossa cidade:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Pois é, linda, majestosa, imponente.

Sua inauguração aconteceu no dia 24 de outubro de 1943, ainda sem o forro. Somente em fevereiro de 1945 a Igreja foi rebocada e as duas torres ficaram prontas em 1949.

Em junho de 1968, a Igreja Matriz antiga, de material, começa a ser totalmente demolida. Em nome da “evolução”, da modernização e sob a alegação de que precisavam de mais espaço para os frequentadores da igreja, simplesmente derrubaram este patrimônio histórico para a construção disso:

Uma cópia estúpida da forma – que provavelmente estava na moda – de outras tantas existentes por aí. Só em Maringá, que eu sei, existem 4 assim. Lamentável.

Lamentável também ter de engolir os absurdos argumentos, especialmente o acima sobre “espaço” quando vemos santuários com igrejas menores que a antiga catedral de Londrina recebendo milhares de devotos sem terem derrubado sequer um único tijolo das paredes.

Pelo contrário, para conseguir atender a todos, eles simplesmente multiplicam as missas, abrindo mais horários.

Mas aqui em Londrina é assim. Seja por parte da administração pública ou da própria sociedade, o desrespeito à história beira a crueldade e tem seus pés fincados na mais absoluta falta de bom senso.

Desculpem mas faz tempo que eu precisava desabafar sobre isso.

Atualizações do blog #DAC!

Bom pessoal, algumas pessoas comentaram e também eu já tinha percebido que algumas imagens e vídeos usados nos posts desapareceram. Coisas de web…

Vou começar a partir de hoje uma nova limpeza/atualização nos posts para resolver estes problemas ok?

Também estou inserindo outros links na lista de blogs e sites aqui na barra lateral.

Estou fazendo também um levantamento do que andam escrevendo sobre este blog na web, assim que estiver pronto vou postar para vocês. Já encontrei várias coisas interessantes mas ainda tem muito mais.

Dentre outros destaco este post do blog da Nathalia Lopes que assumiu a luta pela regulamentação de nossa profissão. Parabéns pela iniciativa e pelo blog Nathália!!!

E também, para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a minha terra natal, o excelente blog do Marcel, Janela Londrinense que fala sobre arquitetura e outros assuntos sobre Londrina de forma crítica e real. Parabéns Marcel pelo blog!!!

Até o próximo post!!

Abraços iluminados!!!!

O melhor de 2010 aqui no #DAC!

Fiz uma lista com os melhores posts que fiz aqui no blog em 2010. Espero que gostem da seleção.

Mas tem muitos outros espalhados pelas páginas aqui. Sintam-se à vontade para fuçar…

JANEIRO
IPOG – pós em iluminação

FEVEREIRO
Set Design?

MARÇO
Poxa, falhei com vocês neste mês….

ABRIL
E neste também… manter o blog e cuidar dos projetos às vezes é complicado.

MAIO
CREA autua Designers de Interiores – saiba como agir

JUNHO
Mais do mesmo – RTs
Set Design – Moda

JULHO
Atividades Complementares – formação
Analisando – iluminação

AGOSTO
Entrevista – Jamile Tormann – Iluminadora

SETEMBRO
Como anda o seu vocabulário?

OUTUBRO
Stimmung

NOVEMBRO
“Dezáiner” de interior (sic)
600.000 acessos! coloquei este aqui para marcar bem a data em que este blog atingiu os 600.000 acessos e para agradecer novamente a todos vocês.

DEZEMBRO
Plágio – questões profissionais

Fotos da sala do ateliê do Jadir

Bom, conforme prometi aqui estão as fotos da sala do piso superior do ateliê do Jadir Battaglia que comentei no post anterior.

Falem que ele não tem um estilo forte e que não tem competência para trabalhar na área que dou unfollow no TT e no face na hora em quem ousar ahahaha

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Detalhe: todas as molduras, batentes, vistas e detalhes ou são originais ou ele tirou o molde e fez cópias nas áreas que estavam muito estragadas.