Reunião na UEL

Estive no último dia 20 no gabinete da Reitora da UEL, Professora Doutora Nádina, para a reunião que solicitei relativa à minha exclusão do grupo de projetistas da reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde, aqui de Londrina.

Não posso adiantar quase nada do que foi conversado lá pois ainda ficaram assuntos pendentes e compromissos dos dois lados que, se divulgados, fatalmente sofrerão interferências externas que podem atrapalhar, e muito, o que foi acordado.

O que posso dizer é que ela ficou muito, digamos, assustada com toda a situação que expus.

Dentre o que conversamos,

– relatei a forma anti-profissional e aética com a qual fui “dispensado” pelo grupo do Sinduscon/Londrina

– os incontáveis e-mails enviados solicitando mais dados e detalhamentos sobre os projetos para que eu pudesse começar a pensar no projeto de LD que NUNCA foram respondidos

– o fato de que nenhum daqueles profissionais envolvidos está doando projeto algum e que sim, todos estão sendo pagos pelo trabalho de alguma forma – provavelmente pelo Sinduscon

– o fato de que vários projetos entregues estão com falhas que não poderão ser alterados pós inicio da licitação salvo através de aditivos para revisão ou re-projeto, coisa que ela não vai aceitar. Conforme ela mesma disse, os aditivos são o ralo das verbas públicas e ela é terminantemente contra o uso dessa “ferramenta legal”.

– as negativas dos integrantes da UEL em me permitir o acesso às luminarias salvas para tirar o desenho técnico das mesmas para que estes fossem enviados às indústrias com as quais tenho contato direto para verificação da possibilidade de produção bem como a alteração de tecnologia para LED

–  bem como a negativa de fornecer alunos dos cursos de arquitetura, engenharia ou design para fazer estes desenhos (evitando que eu tivesse de contratar um cadista para isso) ou até mesmo para estagiar junto a mim neste projeto.

Ela ficou realmente bastante surpresa com tudo que relatei ao mesmo tempo em que mostrou-se digna do cargo que ocupa ao mostrar pulso firme diante das decisões que terão de ser tomadas neste processo todo a partir desta reunião comigo.

Ela também lamentou muito este meu afastamento do grupo de projetistas.

Como relatei anteriormente, já desconfiava que o problema todo não estava na UEL e sim no Sinduscon/Londrina.

Terei outras reuniões ainda com ela já no início do próximo ano.

Manterei todos informados sobre tudo.

E Nádina, a senhora não tem que se desculpar de absolutamente nada afinal, o erro nisso tudo não foi seu.

The Gangs

Pois é meus amigos e seguidores, como sabem, no início do ano doei o projeto completo de LD para a reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde aqui de Londrina que foi consumido por um incêndio diga-se de passagem, até hoje bem mal explicado. Há quem diga que existem provas contundentes que refutam o laudo pericial e apontam os reais responsáveis por esse incêncio. Mas como sempre aqui nessa terra o “cala boca” vale mais que a ética e a honestidade.

Fato é que foi instituída uma comissão formada por profissionais das diversas áreas para a execução dos projetos. À convite da reitoria, através de um protocolo de cooperação, o SINDUSCON/Londrina ficou responsável por convidar profissionais para este grupo. Entre eles, eu que fui aceito oficialmente pela reitoria da Universidade Estadual de Londrina (UEL) após ter encaminhado aquele ofício para a reitoria doando o projeto que me respondeu positivamente através de ofício.

Participei de três reuniões com este grupo onde foram apresentados oficialmente os profissionais envolvidos e definidas as diretrizes dos projetos à serem executados bem como o cronograma.

Na última reunião para a qual fui convocado estavam presentes quase todos os projetistas e também alguns representantes da UEL. Inicialmente estranhou-me o fato da agressividade de alguns membros da comissão e da UEL para comigo, mas pensei ser impressão apenas.

Isso aconteceu até que soltaram a seguinte frase direcionada a mim:

“Vai ficar muito chato para este grupo apenas um profissional aparecer como doador dos projetos na placa oficial e nas mídias e todos os outros não.”

Claro minha gente, o único que havia doado oficialmente o projeto era eu. Todos os outros estavam cobrando através da parceria SINDUSCON/UEL ou diluindo os valores dos projetos na execução ou materiais.

E realmente, como explicar o porquê de eu ter doado o projeto e todos os outros não perante a opinião pública não é mesmo? Tão difícil fazer isso não é mesmo?

Fato é que ficaram me forçando a demover-me da idéia de doação do projeto. Não cedi.

Então começaram a me forçar a cobrar algum valor irrisório pelo projeto, mesmo que não o valor de mercado, para que eu não aparecesse como doador e ficássemos todos “iguais”. Depois de algum tempo analisando a situação, ficou acertado que seria cobrado de minha parte apenas o custo do desenhista cadista que seria necessário contratar para fazer os desenhos e plantas do projeto de LD, algo em torno de R$ 3.000,00.

Não obstante, um representante da UEL falou que havia uma empresa de São Paulo que iria assumir a parte da caixa cênica. Perguntei se só a caixa cênica e ele disse que sim, pois eles já tinham larga experiência no assunto (e realmente tem).

Tudo bem, eles com a cênica e eu com a arquitetural foi o que ficou acertado nesta reunião.

Depois desta reunião fui viajar a trabalho (montagem da Expoflora) e deixei de participar de algumas reuniões (eles estavam cientes disso). Nesse período eu recebia apenas os e-mails com as convocações para reuniões e as plantas encaminhadas pelos arquitetos.

Encaminhei durante o processo diversos e-mails à coordenação do grupo, aos arquitetos e engenheiros pedindo mais detalhamentos dos projetos já que trata-se de uma reconstrução original de um edifício tombado pelo IPHAN.

Sem respostas.

Também solicitei diversas vezes dados sobre o projeto original de iluminação bem como autorização para pegar um modelo de cada luminária original para fazer o desenho técnico e encaminhar às indústrias para verificação de viabilidade técnica para a confecção de novas luminárias, com o mesmo desenho, porém com tecnologia LED.

Também sem respostas.

Quando cheguei em Londrina, no meio de agosto, recebi um telefonema curto e grosso da coordenadora do grupo onde ela dizia que “agradecia a minha gentileza mas não precisavam mais de meus serviços pois havia uma empresa de São Paulo que estava assumindo toda a parte de LD do projeto.” Tentei entender o que estava acontecendo questionando-a mas ela não me deu maiores explicações e simplesmente desligou o telefone. A única coisa que ela afirmou é que realmente tinha uma empresa de São Paulo, que tinha feito a caixa cênica da Sala São Paulo e que tinha assumido toda a parte de LD do projeto.

Pesquisando na web descobri qual era a empresa e pude constatar que esta não tem qualquer experiência em iluminação arquitetural, na verdade em seu portfolio, site e em matérias relacionadas a ela não se vê absolutamente nada sobre esta área. Apenas a cênica

Interessante notar também que o representante da UEL, o Sr. Sidnei, através de um cruzamento de dados feita pelo Google e Lattes, tem relações com o proprietário da empresa contratada de São Paulo, inicialmente através da USP, certos professores de lá, bancas…

Encaminhei então no dia 06 de setembro de 2012, outro ofício à reitoria da UEL (protocolo n° 24415.2012.92) solicitando maiores esclarecimentos por parte da reitoria sobre o meu afastamento arbitrário desta comissão. Também entrei em contato diversas vezes por telefone e e-mail solicitando um posicionamento sobre o ofício e até o momento não recebi sequer um único telefonema.

Porém a reitoria e a equipe continuam atuantes no projeto de reconstrução do Ouro Verde…

E, para completar o circo montado em torno da reconstrução do nosso Cine Teatro Ouro Verde, agora sou obrigado a ver aquele mesmo grupo que me forçou a cobrar pelo projeto, aparecendo na mídia (e perante autoridades detentoras das verbas necessárias e a população que não faz idéia da sujeira que acontece nos bastidores desta cidade) posando como “anjos caridosos e benfeitores doadores dos projetos para a reconstrução”.

Uma OVA!!!

Todos ali estão cobrando e muito bem pelos projetos. Não há um único doador como era o meu caso.

Fato é que eu não faço parte de nenhum grupo aqui de Londrina, não tenho o rabo preso com ninguém, não devo nada a ninguém, não babo ovo de ninguém, muito menos compactuo ou apoio ações irresponsáveis e lesivas ao erário público. Eles sabem muito bem que não conseguiriam me comprar. Também sabem a dimensão deste meu blog e que qualquer coisa errada fatalmente cairia aqui nestas linhas para conhecimento público. Óbvio que eu seria chutado.

Se isto é uma denúncia?

Quem sabe?

Pode ser.

Que o seja!

Se a PF, o MPF e o IPHAN, governos estadual e municipal ou qualquer outro órgão quiser levar assim, que o façam. Mas o façam com decência, transparência e dêem os nomes aos bois.

Mas indico uma sindicância desde agora até o pós-construção sobre a obra e todos os envolvidos nela.

Londrina agradece!!!

Sei que isso não acontece apenas aqui em minha terra natal e sim que esta é uma prática corriqueira no dia a dia das cidades, especialmente tratando-se de obras públicas.

Por estas e outras decidi que não vou mais doar nada para obras públicas. Agora, só me pagando e muito bem pelos meus serviços.

E, muito menos, vou apoiar qualquer ação pró-reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde pois já vi que mais uma vez minha cidade está sendo lesada.

Não vou me sujar por causa de disso.

Tou fora!!!

Lamento Londrina, mas mais uma vez estás sendo enganada e roubada!!!

Mas ainda estou aguardando a resposta da Reitoria da UEL sobre o assunto. É um direito meu como cidadão.

IPOG> Percepção Visual

Bom pessoal, infelizmente eu perdi a oportunidade de assistir ao módulo Percepção Visual aqui em Londrina, agora ministrado pela excelente professora Vivian Ritter (a figuraça da foto à seguir:

Fui no domingo pela manhã até o hotel onde a turma Londrina2 está tendo aulas para pegar uma encomenda com o Sandro e descobri que o módulo era o dela. Fiquei doido pois queria e muito assistir novamente a este módulo.

Para quem não sabe, a Vivian entrou substituindo o antigo professor. Em menos de um ano de casa (IPOG) ela conquistou o primeiro lugar na avaliação geral entre todos os professores do IPOG. Pouco competente a loira aí heim??? ^^

Como estava para começar a apresentação dos trabalhos dos grupos, o Sandro me chamou para assisti-las. Entrei e me surpreendi muito com tudo que vi.

A começar com a forma das apresentações que foi totalmente diferente do que a minha turma fez. Algo bem mais leve porém com um foco preciso não apenas na percepção visual, mas sim, em todos os 5 sentidos humanos.

Não foram trabalhos focados apenas na percepção visual da arquitetura ou da iluminação mas sim trabalhos que exigiam a aplicação de elementos que favorecessem aos usuários a utilizar – consciente ou inconscientemente – seus 5 sentidos.

Por aí já deu para perceber a grande diferença e na qualidade extra que o curso ganhou ao chamar a Vivian para ser professora.

Após o final da aula fomos almoçar (o Sandro como sempre correndo foi voar para Curitiba). Eu, Vivian, a arquiteta e aluna do curso Carina Müller e o Bianco.

Passamos um bom tempo ali no Mercado Palhano papeando sobre assuntos diversos e nos conhecendo um pouco melhor. Idéias surgindo, planos para colocá-las em prática e dando altas gargalhadas.

Com certeza irei à Curitiba assistir à aula dela daqui uns dois meses mais ou menos.

Assim que eu receber o material dela vou degustá-lo e farei um post sobre.

E, Vivian, quero e muito uma entrevista com você aqui no blog ok?

Além de uma mega profissional, é gente boa pacas!!!

Valeu e muito conhecê-la pessoalmente! Daquelas gratas surpresas que a vida nos guarda!!!

Coworking – Aldeia Londrina

Pois é galerinha “pé vermêio”, estamos prestes a ganhar um espaço de coworking aqui em Londrina.

Trata-se de uma franquia que o casal Alexandra Yusiasu Dos Santos e Joao Cristiano Dos Santos estão abrindo aqui. É uma franquia da Aldeia Curitiba.

Eu já escrevi sobre isso a algum tempo atras, quando o Ricardo instalou em São Paulo o Espaço Beams! e também sobre a rede que ele montou na plataforma Ning, o Portal Beams!

Aqui teremos uma franquia baseada no modelo da Aldeia Curitiba.

Encontrei este vídeo no youtube onde tem uma matéria bem no início bem esclarecedora sobre o assunto:

No sábado fui convidado por eles para darmos uma volta pela cidade e conhecer alguns espaços que eles tem em vista para instalar a Aldeia Londrina.

WOWW!!!

Babei no último espaço que visitamos e, conseguindo este local, será “O” escritório de coworking. Fantástico!!! Apesar de não ser um local central, é perfeita!!!

A residência é show de bola, enorme, um belíssimo projeto arquitetônico e atende tranquilamente às necessidades da Aldeia Londrina.

Além do espaço, infra-estrutura e equipamentos disponibilizados aos cowokers, acontecerão diversos eventos, cursos e palestras.

Esta é, sem sombra de dúvida, uma excelente oportunidade para aqueles profissionais que aceitam trabalhar em parceiria com outros profissionais.

Se quiser saber mais, já existe no facebook um grupo da Aldeia Londrina, é só acessar este link.

E vamos que vamos!!!!

Londrina não será mais a mesma após a instalação da Aldeia Londrina!!!

Aguardem!!!

Ofício encaminhado à Reitoria da Uel sobre o Cine Teatro Ouro Verde

Londrina, 14 de fevereiro de 2012.

Magnífica Reitora
Prof. Dra. Nádina Aparecida Moreno
Universidade Estadual de Londrina
Londrina – Paraná

Senhora Reitora,

Assunto: Doação de Projeto de Lighting Design para a Reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde.

Lamentavelmente fomos surpreendidos com o incêndio que destruiu boa parte de nosso Teatro Ouro Verde neste último domingo, dia 12 de fevereiro p.p. A tristeza afetou a todos os moradores desta cidade, pois reconhecemos que este Teatro apresenta um significado importante da história de nossa cidade e ponto fundamental para a cultura: é nosso patrimônio histórico e cultural que não devemos deixar desmoronar.

Na qualidade de neto e bisneto de pioneiros que construíram esta cidade por meio de seu trabalho braçal, compreendo que este é um momento de solidariedade, parceria e união de esforços para além de interesses pessoais.

Recordo-me do orgulho de meu avô, Lauro Jorge Tramontini, o qual com seu pai e seus irmãos, foram os responsáveis por todo o antigo calçamento de paralelepípedos e também pela construção das primeiras praças desta cidade, especialmente a Praça Mal. Floriano Peixoto, esta desenhada e construída pelo meu avô. Orgulho de reconhecer sua participação na construção da cidade de Londrina. É justamente este testemunho pioneiro e cidadão que me move a escrever e apresentar minha proposta de colaborar gratuitamente, oferecendo meus serviços e competência profissional, na reconstrução do Teatro Ouro Verde. Quero ter a oportunidade de sentir o mesmo orgulho de meu avô!

Resido na cidade de Londrina. Sou Designer de Interiores/Ambientes especializado na elaboração e execução de projetos de iluminação ou, como é denominado internacionalmente, Lighting Design. Mantenho um blog bastante respeitado e renomado na Internet sobre as áreas de Design e Iluminação que, com menos de quatro anos de existência está para atingir a marca dos um milhão de acessos.

Também, atualmente, sou um dos colunistas da revista Lume Arquitetura, referência em Lighting Design no Brasil.

Assim sendo, em respeito à história de nossa cidade e como cidadão consciente da responsabilidade ética, solidária e profissional, eu me disponho a empreender todos os esforços que forem necessários – exclusivamente a título de doação – para elaborar sem quaisquer ônus para a Universidade o projeto completo de Iluminação (Lighting Design) para a reconstrução do nosso Teatro Ouro Verde, que envolve fachada da edificação, salas administrativas, áreas comuns e de circulação, auditório, palco, coxias, camarins e demais espaços de uso privativo e público.

Reforçando a seriedade desta proposta, a renomada iluminadora Jamile Tormann (vide currículo e contatos abaixo) se dispôs a também realizar o projeto de iluminação do palco, junto comigo, de forma gratuita para a reconstrução deste nosso patrimônio histórico.

Também a editora da Revista Lume Arquitetura, Srª Maria Clara De Maio, já me ofereceu uma matéria reservada na revista assim que a reconstrução e implementação de meu projeto estiver pronto.

Em seguida, para corroborar a seriedade de minha proposta, apresento abaixo um elenco de referências profissionais da área constituído por profissionais de renome nacional e internacional, dentre os quais, destacam-se aqueles que, na forma de parceria, querem se unir para colaborar com a implementação desta proposta que ora apresento a Vossa Magnificência:

JAMILE TORMAN
Arquiteta pela USU (RJ) com Licenciatura Plena em Artes Visuais pela FADM (DF), especialista em Iluminação e Designer de Interiores pela UCB (RJ) e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UNB (DF). Coordenadora Pedagógica e Professora de Iluminação Cênica no Curso de Pós-graduação em Iluminação e Design de Interiores pelo IPOG. Autora do livro Caderno de Iluminação: arte e ciência. Editora Música e Tecnologia – RJ, 2006. É Sócia fundadora da Associação Brasileira de Iluminação Cênica – AbrIC, e Associação Brasileira de Iluminação – ABIL e ABRIP – Associação Brasileira de Iluminação Profissional.
jamile@jamiletormann.comhttp://www.jamiletormann.com/html/index.php
(61) 3208 4444 / 78124442

FARLLEY DERZE
Doutorando em Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo. Professor de História da Iluminação do IPOG. Especialista em História da Arte. Membro do Núcleo de Estética e Semiótica da UnB (DF). Diretor de Gestão e Pesquisa da Empresa Jamile Tormann Iluminação Cênica e Arquitetural LTDA. Colunista da Revista Luz & Cena (RJ).
farlley@ipog.edu.br

MARIA CLARA DE MAIO
Editora da Revista Lume Arquitetura (www.lumearquitetura.com.br)
mariaclara@lumearquitetura.com.br

Na certeza de sua atenção e no aguardo de uma resposta, expresso meu apoio e minha consideração.

Atenciosamente,

___________________________________
      PAULO OLIVEIRA
Lighting Designer e Designer de Ambientes
Associado: ABIL / ABD / AsBAI

Ofício protocolado em:

15/02/2012

Às 09:28:28 horas

Sob o número 2863.2012.97

Na Divisão de Protocolo e Comunicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Cine Teatro Ouro Verde – Londrina PR

Como já devem estar sabendo, infelizmente perdemos o nosso Teatro ouro verde no último domingo (12/02/2012) por causa de um incêndio.

Projetado pelo mestre Vilanova Artigas em 1948 e inaugurado em 1952. Estava prestes a completar 60 anos e para ser tombado pelo IPHAM como patrimônio Histórico. Já estava tombado pelo Governo Estadual. Iniciou suas atividades como cinema e depois foi sendo adaptado para receber teatro, dança e shows musicais. Estava passando por uma nova reforma ultimamente.

Infelizmente o que nos resta dele hoje é o que esta imagem abaixo mostra e nossas memórias.

O fogo queimou mais uma doce lembrança de minha vida em Londrina. É, o meu coração chora…“. (jornalista Regina Daefiol sobre o incêndio no Cine Teatro Ouro Verde).

Lembro-me das vezes em que me apresentei, cantei ou tocando, neste palco quando participava dos Festivais de Música de Londrina (FML). Lembro-me de minhas idas ao cinema em minha infância e juventude. Lembro-me das histórias contadas por minha mãe e tias sobre o Ouro Verde e tudo que rolava por ali na época de suas juventudes.

Como já escrevi aqui e aqui, sou neto e bisneto de colonizadores desta linda cidade do norte pioneiro do Estado do Paraná. Nasci aqui em dez/1970. Apesar de ter passado grande parte de minha vida fora desta terrinha, sempre expressei o meu orgulho em ser um “pé vermêio”, tanto que acebei voltando a morar aqui em 2003.

Assim, ofereci gratuitamente à Universidade Estadual de Londrina o projeto completo de lighting design para a reconstrução do nosso Cine Teatro Ouro Verde.

Protocolei hoje pela manhã um ofício para a Reitora Nádina formalizando este meu ato. Postarei a íntegra no post a seguir.

Mais que necessário ressaltar que consegui o apoio de alguns profissionais renomados na área de iluminação para esta minha proposta:

A mega iluminadora Jamile Tormann se dispôs a fazer o projeto de iluminação da caixa cênica gratuitamente.

O Maria Clara De Maio, editora da Revista Lume Arquitetura, ofereceu uma matéria na revista assim que o meu projeto e a reconstrução estejam concluídos.

Também recebi e-mails de apoio e como referências profissionais do Farlley Derze e do Oswaldo Perrnoud, dispondo-se a ajudar no que for preciso.

Agradeço também o contato da Srª Magali Kleber, da UEL, agradecendo a minha disposição em me doar para este projeto.

Agora é aguardar o andamento de tudo isso e formalizar os contatos com os responsáveis pela reconstrução do nosso cine Teatro Ouro Verde.

LD – Palestra do IPOG em Londrina

Pois é pessoal de Londrina e região. Mais uma bela palestra, presente do IPOG, para vocês:

LOCAL DA PALESTRA: HOTEL BLUE TREE PREMIUM LONDRINA
DATA: 19/01/2012
HORÁRIO: 19 ÀS 21H

ENTRADA: 1KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL

Eu certamente não vou perder a oportunidade de ouvir o “mestre” Farlley. Tenho certeza que será brilhante esta palestra.

Lembro também que o IPOG está com inscrições abertas para a turma LDII da pós em Iluminação e Design de Interiores aqui em Londrina.

Entre em contato, converse com o Sandro diendo que fui eu quem indicou. Tenho certeza que ele oferecerá uma proposta irrecusável para você ;-))

Ah Sandro, pode reservar a minha vaga na palestra ok?

Nos vemos na palestra pessoal???

Londrina e o CCZ – a novela continua…

Pois é gente. Por estas terras, berço de mensaleiros e laboratório de tantas maracutaias politicas eis que aparece mais uma: o tão esperado e mais que urgentemente necessário Centro de Controlo de Zoonozes (CCZ). Mas calma, nada é tão simples assim. Ainda não saiu do papel, pra variar…

Bom, o que me leva a escrever sobre isso é que analisando o edital encontrei várias incoerências e irregularidades sendo a principal, o fechamento do mesmo exclusivamente para arquitetos e engenheiros. Sim, são exatamente estas palavras que constam lá: arquitetos e engenheiros.

Pois bem, vamos analisar então a situação como um todo.

Tempos atras quando começou o barulho em cima da construção deste CCZ aqui em Londrina, estranhamente o SOS Animal daqui juntou-se à prefeitura, fazendo coro ao apresentar um espaço que mais me pareceu um mero depósito de cães de rua. Nem de longe lembra um CCZ na infra-estrutura necessária. Depois disso todos sumiram da mídia sobre este assunto e só retornam agora.

Ontem sou surpreendido com a notícia de que pela segunda vez a licitação foi deserta ou seja, não houveram interessados. Das duas uma: ou os profissionais daqui são incompetentes e não fazem a menor idéia de como projetar um CCZ atendendo às necessidades reais deste espaço ou a coisa foi tão mal feita pela prefeitura que ninguém ficou sabendo. Pra mim, uma mistura das duas coisas.

Claro, nao posso deixar de citar que tem um arquiteto aqui em Londrina que é eterno amiguinho da prefeitura e sempre acaba pegando estes projetos desertos para fazer suas sandices. Em troca recebe da prefeitura e políticos apoio ao seu projeto esdrúxulo de transformar Londrina numa cópia ridícula e fajuta de Londres, desprezando absurdamente a verdadeira história desta cidade.

Bom mas voltemos ao edital. Quem quiser ler na íntegra, está aqui para vocês baixarem o PDF:

tp0023_11_edital

Pois bem, vamos analisar alguns trechos desta coisa chamada edital.

OBJETO: Elaboração de projetos complementares para a Construção de Unidade de Controle de Zoonoses na Fazenda Refúgio – Londrina/PR.

A primeira parte é uma apresentação da Lei de Licitações municipal. As condicionantes para que uma empresa possa participar do certame. O que interessa mesmo é o Anexo I onde temos a descrição dos lotes em disputa:

LOTE 01:
Serviços – Contratação de sondagem do tipo SPT, para uma edificação de 2.000 m², com no mínimo 5 furos, seguindo normas das NBRs – 6484 – 6502 – 7250.
R$ 7.962,50

LOTE 02:
Serviços – Contratação de projetos, Arquitetônico e complementares (conforme memorial descritivo), para Construção do Centro de Zoonoses com área de 2.000 m².
R$ 205.500,00

Pois bem, entende-se por “projetos complementares” todos aqueles que não fazem parte do sistema estrutural da edificação. Assim temos: elétrica, hidrossanitario, segurança, acessibilidade, interiores, lighting design (ou iluminação), paisagismo, etc.

Então, porque raios consta isso aqui no presente edital?

“1.2. São documentos específicos para este certame, devendo, também, constar do ENVELOPE 1
(UM):
I – Prova de regularidade para com o CREA, mediante apresentação de Certidão de
Registro de Pessoa Jurídica, comprovando que tanto a empresa quanto o responsável
técnico pela obra encontram-se em situação regular, nos termos da Lei n.º 5.194 de
24/12/66, bem como Resolução n.º 218/73 e 266/79 do CONFEA;

II – Comprovação de aptidão para desempenho da atividade pertinente e compatível com
o objeto da licitação, através da apresentação da Certidão de Acervo Técnico
expedida pelo CREA, em nome do responsável técnico pela empresa licitante,
acompanhada do Atestado(s) emitido(s) por pessoas jurídicas de direito público ou
privado sendo pertinente e compatível: LOTE 01 – prestação de serviços de sondagem
através da apresentação da cópia de Acervo Técnico emitido pelo CREA, bem como,
cópia de Atestado de Capacidade Técnica; LOTE 02 – prestação de serviços de
topografia, projeto de fundações e estruturas, projeto de arquitetura, projeto de
instalações hidráulicas e sanitárias, projeto de instalações elétricas e eletrônicas,
projeto de instalações mecânicas, projeto de instalações de prevenção e combate a
incêndio, através da apresentação da cópia de Acervo Técnico emitido pelo CREA,
bem como, cópia de Atestado de Capacidade Técnica.”

Tudo fechado junto ao CREA, numa reserva de mercado descarada para arquitetos e engenheiros. Porém existem áreas neste projeto global onde nós, Designers de Interiores/Ambientes e Lighting Designers, poderíamos atuar tranquilamente dada a nossa formação acadêmica específica.

Ah sim, vão dizer que é por causa da fiscalização e responsabilidade técnica? Nada que uma boa cláusula contratual não resolva como já expliquei várias vezes aqui neste blog. Se o profissional é sério e responsável, não temerá uma cláusula de responsabilidade técnica.

Conheço muitos arquitetos e engenheiros que mal sabem desenhar uma planta baixa decente, fruto das “uniesquinas” que proliferaram-se por nosso país. Logo, esta exigência é inaceitável.

Pois bem, mas isso também se deve à inexistência de nossa regulamentação profissional. Enquanto os profissionais da área ficam posando de pavões e peruas, a categoria carece seriamente de apoio para que a regulamentação seja efetivada como deve ser feita. O egoísmo e o “isso não me afeta” é o que mais prejudica qualquer tentativa de regulamentação profissional de nossa área. Mas não a regulamentação fantasiosa e ineficiente proposta pela ABD e sim, aquela proposta pelo grupo do prof Freddy Van Camp.

Mantemos no Facebook um grupo onde denunciamos maus tratos, anunciamos boas ações e pedidos de ajuda:

MAGGYE – REDE PARA CÂES DOADORES DE SANGUE EM LONDRINA E REGIÃO

Este grupo nasceu após perdermos a nossa Maggye para a erlichiose canina (doença do carrapato) e pela falta de Banco de Sangue em junho/11. Londrina está infestada de carrapatos e são muitos os pets que vem sofrendo com esta doença e outras mais. Temos tido um grande apoio de moradores de Londrina e região bem como de alguns jornalistas não comprados pela admimistração pública.

Não entendemos os CCZs como meros depósitos de cães de rua à espera da eutanázia como alguns gestores tem colocado irresponsavelmente na mídia. Entendemos sim como um espaço para acolhimento, tratamento, doação através da posse responsável, castração, ações de prevenção, combate e controle às zoonozes urbanas bem como um laboratório de análises clínicas avançado (que Londrina não oferece em lugar algum à população) e de atendimento em casos específicos como é o caso do Banco de Sangue (coleta/doação/ transfusão) públicos, de acesso livre, diferente do que acontece com o do Hospital Veterinário da UEL que, apesar de ser um orgão público, não fornece sangue para clínicas particulares. Aberto todos os dias, 24h incluindo domingos e feriados.

Que abrigue também um corpo da promotoria de defesa animal para que possam, no exato momento da entrada/denuncia, inteirar-se do fato ocorrido para tomar as devidas providências legais.

Assim, venho publicamente oferecer, de graça, à prefeitura os meus serviços como Designer de Interiores/Ambientes e Lighting Designer para projetar o CCZ dentro do que me compete:

– projeto de iluminação decente e que atenda às reais necessidades do CCZ;

– projeto de interiores global (envolvendo tudo o que está em minhas atribuições profissionais);

O projeto arquitetônico, tenho um amigo arquiteto que tenho certeza que o fará também de graça já que ele também é um grande amante e defensor dos animais.

Mas com algumas condicionantes:

1 – um corpo clínico (veterinários e funcionários da rede pública de saúde) escolhido e indicado pelos gestores da Rede Maggye para que possam indicar o verdadeiro programa de necessidades de um CCZ decente;

2 – Um corpo gestor para realizar o acompanhamento das obras bem como dos pagamentos realizados com membros da Secretaria Municipal da Saúde e membros da sociedade civil (sem coleguismos/apadrinhamentos/outros por parte da ADM pública) devendo primeiramente serem analisados os nomes indicados pelos profissionais envolvidos no projeto;

3 – Isenção de interferências projetuais pelos gestores públicos;

4 – Liberdade de criação projetual.

5 – Outros tópicos que serão posteriormente discutidos.

A fiscalização através do CREA/CAU poderá ser realizada tranquilamente, desde que apenas sobre as suas áreas/profissionais de competência respeitando a liberdade das minhas áreas cujas responsabilidades serão formalizadas no contrato.

Assim, fica a oferta e o desafio à Prefeitura de Londrina.

Ou será que discordam de alguns itens elencados pois sabem que não conseguirão meter a mão na cumbuca se assim o for e, portanto, farão de conta que não ficaram sabendo desta minha proposta?

Vamos trabalhar decentemente por uma Londrina realmente digna para todos?

“Só dizáiner?” (sic)

É pessoal, depois eu que sou ranzinza e birrento. Mais uma vez me deparei com uma situação constrangedora em uma loja aqui de Londrina.

Estava com um amigo/cliente acompanhando-o em compras, quando resolvemos procurar puxadores para os criados-mudos recentemente adquiridos. Como a Belquímica (onde costumo comprar materiais de marcenaria) encontrava-se fechada em razão de férias coletivas fomos até a Casa dos Puxadores, na Rua Belo Horizonte 450, aqui na cidade de Londrina.

Verificamos o mostruário disponível sem acompanhamento ou qualquer interferência do vendedor que estava atrás do balcão, entretido no computador fazendo não sei o que. Definido o modelo chamei este vendedor para solicitar oito peças do produto escolhido.

Como eu já imaginava que o valor em RT seria ridículo, solicitei ao vendedor que o revertesse em desconto para o cliente.

Ele me perguntou se eu tinha cadastro na loja. Respondi que provavelmente não e ele falou que iria primeiramente fazer o cadastro. Perguntou-me então “O senhor é o ARQUITETO…(?)

Respondi de pronto que eu não era arquiteto e sim DESIGNER.

Ele olhou para mim com certo desdém e soltou:

Só dizáiner(SIC)?”

Questionei “como assim “só designer? Sou um especificador da mesma forma que eles.

Então, indiferente à situação de embaraço a que submeteu o cliente, ele retrucou: “Nosso sistema só aceita arquitetos”.

Reiterei que eu, na qualidade de designer, sou um especificador assim como qualquer arquiteto. Ou melhor, na maioria das vezes muito mais que os arquitetos, considerando que dentre as competências profissionais do designer destaca-se a de projetar e produzir os móveis por completo e não apenas comprá-los em lojas de móveis.

A resposta do vendedor foi que “não tem como cadastrar a não ser que o meu supervisor libere o sistema“.

Meu cliente, indignado com a situação, ao perceber o constrangimento e a falta de respeito profissional em relação a mim – creio que deveria estar visível o meu rosto roxo de raiva – pediu para sairmos dali e encontrar outra loja.

Antes de sair, falei para o vendedor que a loja perdeu um especificador, vendas futuras e também que não espere que eu fale bem da loja onde for.

No caminho para o carro meu cliente (formado em grau superior, pós-graduação em nível de doutorado) estava perplexo! De origem paulistana, morando alguns anos em Londrina, disse que se surpreendeu pela forma ignorante, medíocre e provinciana de perguntar “você é só designer?”! Como se houvesse graus inferiores no exercício da excelência profissional. Na conversa, mostrou-me por analogia como se aplicaria este absurdo em outros ramos técnicos ou profissionais, no âmbito da pesquisa, tecnologia e congêneres.

É preciso respeitar as competências específicas de cada área, inclusive considerando suas intersecções, que não obscurecem a identidade profissional. Ao contrário, segundo este cliente, num contexto onde valorizamos a interdisciplinaridade e as decorrentes interações na elaboração de projetos (em qualquer área) como condição sine qua non de qualidade e confiabilidade, esta reserva de mercado é obsoleta e inaceitável. Em outras palavras, um mercado de “mente pequena”, atrasado e de olhar míope para a própria realidade.

Como se pode observar, a indignação deste cliente lhe permitiu entender o corporativismo grosseiro e anacrônico que ainda reina nesta área profissional em Londrina: um sério obstáculo para parcerias que seriam bem vindas e que, com certeza por meio de uma sadia concorrência, proporcionaria o avanço em inovações de projetos para além da estagnação da criatividade que marca especificamente o mercado londrinense.

Na verdade, um mercado com contradições! Nem tudo está perdido! Saímos desta loja – Casa dos Puxadores – e fomos para outra próxima, do outro lado da rua Belo Horizonte, onde fomos bem atendidos com respeito profissional na compra dos puxadores de ótima qualidade.

Esta situação merece uma reflexão crítica muito séria e mais aprofundada: este caso deste vendedor e da loja que ele representa – que não é isolado – manifesta um corporativismo latente por detrás dos balcões comerciais. Para além de um comércio tacanho, a pergunta que devemos sempre fazer é a seguinte: a quem realmente interessa estas práticas de visão estreita?

É pessoal, aqui em Londrina – assim como em cidades do porte de Londrina e menores – podemos constatar uma certa “máfia” de arquitetos, encabeçada por uns poucos que se acham “estrelinhas” em torno dos quais gravitam aqueles que se contentam com migalhas do mercado sob tácita reserva. Entretanto, vários destas “estrelinhas” precisam ficar fazendo interiores pra sobreviver, confundindo ou enganando os clientes e, por sua vez, demonstrando claramente sua incompetência em destacar o que é específico no exercício profissional de arquitetura, sua verdadeira formação.

No que se refere à formação – inclusive do ponto de vista de uma ética profissional – cabe aos cursos de Design implementarem com seriedade curricular um diálogo com a Arquitetura – desde que esta se abra para isso – demarcando claramente as competências e as possibilidades de interação profissionais, abrindo o mercado para parcerias produtivas e para o respeito das especificidades de atuação. Não se pode mais suportar estratégias escusas e imorais para garantir reserva corporativista de mercado.

Considerando o Curso de Design ofertado pela UNOPAR, espero sinceramente que seu novo gestor, a empresa Kroton Educacional, sem se tornar refém de “coleguismos” provincianos,  promova um efetivo “choque de gestão” priorizando a qualidade curricular deste Curso sobretudo com a contratação de docentes de reconhecida competência para as áreas teórico-práticas e tecnológicas relacionadas com o Design.

Indo mais a fundo no problema inicial deste post, aqui em Londrina, arquitetos recebem o quanto querem como RTs das lojas (já ouvi relatos de até 40%) enquanto os designers tem de chorar muito para conseguir míseros 5% – quando conseguem isso. Pouquíssimas são as lojas que nos dão 10% de comissão. Sem considerar que muitas lojas também são coagidas a privilegiar os arquitetos, com receio de perder clientela. No entanto, os colegas designers por necessidade continuam levando clientes, submetendo-se a essa humilhação. Seria muito melhor se fossem éticos com seus clientes, relatassem como isso tudo acontece – inclusive a existência das RTs. Certamente o cliente ficaria do seu lado e não da loja.

Outro detalhe: as RTs dos arquitetos são pagas rapidamente. Estou com três lojas que, desde maio deste ano, estão me “enrolando” e não me pagam o que me devem de RT.

Aqui em Londrina rolam altos coquetéis das lojas, construtoras e empreiteiras que NUNCA convidam designers. O que acontece (e sei disso através de uma amiga que organiza as melhores festas aqui) é que um determinado grupo de arquitetos assedia os organizadores para saber quem são os convidados e, se tiver um único designer convidado eles boicotam a festa. Já relatei isso aqui em meu blog e já vinha relatando antes dele, ainda no orkut. Como vêem, nada mudou por aqui.

Enquanto isso na “Ilha da Fantasia” a ABD fica fazendo festinha e carnaval mascarando o real problema que afeta o mercado, isto é, a dura realidade a que somos submetidos diariamente.

Enquanto a nossa categoria (designers de interiores/ambientes) não conseguir reverter a asneira que a ABD fez junto ao grupo do prof Freddy Van Camp e termos a nossa área inserida no projeto de regulamentação do Design as coisas continuarão a ser assim. Fica aqui mais uma vez a minha solicitação para que o grupo do professor Freddy e os deputados envolvidos reavaliem essa questão pois a ABD, por interesses estranhos que rolam nos bastidores, não tem qualquer autonomia ou autoridade representativa para decidir sobre a nossa profissão, nosso futuro profissional.

A ABD afirma que não há essa rinha entre arquitetos e designers, porém até mesmo o Ricardo Botelho (que vocês conhecem muito bem) já escreveu recentemente sobre isso no portal ADForum. Tanto não há que a ABD insiste em não enquadrar ou separar os profissionais corretamente como Designers de Interiores/Ambientes, Arquitetos Decoradores e Decoradores. Irresponsavelmente, insistem em dizer que são a mesma coisa. Porém ficam quietos quando os arquitetos “sentam o cacete” nos designers.

Percebo claramente que a ABD continua refém do mesmo grupinho de “espertalhões” que se acham poderosos e espertos. Mas na verdade escondem as intenções oportunistas que não condizem com a maioria dos profissionais sérios que não participam da “rodinha” privilegiada.

Talvez o pessoal das grandes cidades não consiga entender estes problemas por ser bem mais difícil que estes aconteçam já que a realidade é bem diferente. Sempre recebo convites de empresas de São Paulo, Campinas e Curitiba para seus coquetéis e festas. Mas mesmo que não sintam estas dificuldades e não passem por estas humilhações diariamente não quer dizer que devem se calar e não defender a nossa classe profissional.

Então, profissionais, acadêmicos e docentes de Design de Interiores/Ambientes, acordem. Leiam e releiam este post quantas vezes forem necessárias para refletir sobre esta (e tantas outras) situação estúpida que temos de nos submeter diariamente longe dos grandes centros. Somos formados, estudamos muito como qualquer outra profissão exige. Então não tem porque termos de nos submeter a este tipo de humilhação diariamente.

Se a ABD não se mexe, nos mexamos nós então. Aqui vão, inicialmente, algumas sugestões de como nos unir. Vou refletir sobre isso e soltarei um post em breve com mais sugestões para educar o mercado.

1 – Entrem em contato com o grupo do professor Freddy Van Camp pedindo que acrescentem Interiores/Ambientes nas especialidades do PL de regulamentação do Design com urgência. Se você já passou por alguma situação constrangedora ou vexatória não tenha vergonha de relatar isso a eles.

2 – Converse com as lojas (preferencialmente com o gerente) antes de levar os clientes para compras. Ligue e diga que é arquiteto (invente um nome) e pergunte quanto é a RT. Depois ligue, apresente-se corretamente e questione quanto é a RT. Se houver diferença, fale na cara dura que a loja perdeu um especificador e o porquê disso. Também avise seus colegas profissionais de sua cidade sobre a sacanagem que tal loja faz.

3 – Boicote também as lojas que fazem coquetéis e festas “só para arquitetos”.

4 – Se algum estabelecimento – ou alguém – exigir a sua carteira de associado da ABD para seja lá o que for, diga claramente que ela não é um Conselho Federal, não tem poder legal, portanto não há o menor cabimento nessa exigência.

Bom é isso por hora.

Hoje é meu aniversário e eu não conseguiria curtir tranquilo a minha festinha aqui em casa sem colocar isso para fora.

Casa Conceito Londrina 2011

A Haus Innen, tradicional mostra de decoração, arquitetura e design aqui de Londrina agora é:

Reformulada, a mostra promete grandes surpresas na comemoração de seus 15 anos de trajetória de sucesso aqui em Londrina.

Eu particularmente adorei essa mudança pois mostras conceituais são muito mais criativas e forçam os profissionais participantes a ir além do normal, do padrão de revistas, do certinho e arrumadinho. O conceito os deixa livres para criar. Neste tipo de mostra cabe a exposição de produtos de forma não convencional, o layout mais livre sem contudo perder a pontos cruciais de um projeto como a qualidade, acessibilidade, sustentabilidade.

Profissionais muito bem selecionados que estão criando ambientes exclusivos e especiais para brindar os visitantes. Muitas surpresas!!!

De 27 de agosto a 25 de setembro.

Av. Adhemar Pereira de Barros, 555 – Londrina – PR.

Uma bela casa à beira do Lago Igapó I está sendo totalmente reformada para abrigar este que é, sem sombra de dúvida, a maior e melhor mostra de decoração, arquitetura e design do interior do Paraná.

Além dos ambientes especialmente decorados, a Casa Conceito abrigará também diversos eventos.

Confira a agenda:

30 de Agosto – Exposição de Arte da artista Isabel Santacecília no ambiente Galeria Bahiarte da arq Marlene Ricci
31 de Agosto – Happy Hour BPW no Restaurante da Mostra dos arq Gilmar Mazari e Marcos Maia
31 de Agosto – Palestra J. Serrano na Tenda de Eventos
09 de Setembro – Desfile Solidário no ambiente Jardim de Esculturas da paisagista Fabíola Giocondo
12 de Setembro – Palestra “Como divulgar sua Empresa nas Redes Sociais“ com Leandro pascoal na tenda de Eventos
13 de Setembro – Tarde O Boticário no ambiente Galeria Bahiarte da arq Marlene Ricci
15 de Setembro – Exposição de Arte do artista Maragoni com a presença dele no ambiente Galeria Bahiarte da arq Marlene Ricci
21 de Setembro – Workshop Maquiagem com Roberta Peixoto na Tenda de Eventos
21 de Setembro – Desfile Coleção Primavera Verão loja Dallu no ambiente Piscina dos arq Alessandro Cavalcanti e Ricardo Mahkoul

Comprando o ingresso você tem acesso aos eventos!

A Jacque me falou que tem ainda vários outros eventos sendo agendados. Assim que ela for me repassando vou atualizando este post para que vocês não percam nada.

Ingressos:

R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia (estudantes com apresentação da carteirinha e pessoas acima de 60 anos)

Acesso somente a maiores de 12 anos.

Informações:

http://www.casaconceitopr.com.br/

Ou ainda:

licht@hausinnen.com.br

Andreia Scherer Hovgesen
Coordenadora Técnica
43 9117 2161
andreiash@sercomtel.com.br

Jacqueline Luz
Coordenadora Geral e Executiva
43 9911 6014
jacqueline@hausinnen.com.br

Que fase

Wowww… que fase foi essa que passei…

Tá amarrado em nome de Jesus!!!

Bom, como viram, perdi minha vozinha no inicio do mês passado. Apesar de já esperarmos por isso foi um baque enorme na família.

Ha exatas duas semanas perdi uma de minhas cachorras, a Maggye.

Maggye nos deixou de forma inesperada. Estávamos em casa, ela brincando normalmente e quando foi fazer o pipi o pesadelo começou. De quarta feira até o domingo foi uma luta imensa para tentar salva-la mas infelizmente não conseguimos.

Nossa mamãe nos deixou (eu, Bi e Leeloo). Gente, como dói perder um animal de estimação tão querido como ela.

Fica aqui a minha homenagem à minha pequena que tanta saudade deixou.

Neste outro blog que estou montando, vou mais que homenagea-la. Vou transformar a dor da perda dela em força para lutar e exigir das autoridades competentes que tomem as medidas prometidas em campanha.

É um absurdo uma cidade como Londrina com mais de 500.000 habitantes não dispor de um centro de controle de zoonoses e de um canil municipal. Isso apenas para começar.

Pensávamos que Maggye tinha morrido vítima da erlichiose (doença do carrapato) que está afligindo muitos cães aqui em Londrina. A cidade está infestada de carrapatos e ninguém faz nada.

No entanto, chegaram os resultados dos laudos e para a nossa surpresa: LEPTOSPIROSE. Sim, aquela doença transmitida pelos ratos.

Duas cachorras que mal saem de dentro da área do prédio pois já sofreram com a erlichiose. Como pode ter contraído isso? Onde?

Isso só mostra que Londrina está nas trevas, que a administração pública não está nem um pouco preocupada com a saúde pública (novidade…). Leptospirose está na base de qualquer secretaria de saúde municipal pois é uma doença que ataca os humanos também.

Como poderão ver nesse outro blog (ainda em fase inicial de construção), tem outros motivos que ajudaram a agravar o quadro e que também serão denunciados. Além disso, servirá como uma base de ajuda mútua entre os proprietários desses animaizinhos deliciosos que nos alegram tanto. Montaremos um banco de doadores de sangue entre outras coisas para ajudar nos momentos de emergência.

Quem for daqui da região e quiser ajudar, fique a vontade.

Sobre a praça citada no post Cidade Limpa

O Marcel do blog Janela Londrinense me mandou um link com um post que ele fez em 2010 falando sobre esta praça. Apesar de ser popularmente conhecida como “praça da bandeira”, na verdade chama-se Praça Mal. Floriano Peixoto.

“Chupei” de lá estas duas fotos que mostram a praça:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Perceberam como – bem destacado pelo Marcel – a forma não tem nada a ver com a tal bandeira, salvo uma similaridade?

E também Marcel, agora você já sabe quem desenhou e quem construiu a tal praça ;-)

Mas o que me levou a fazer este novo post – claro, além de mostrá-la a vocês o mais próximo do original possível – é destacar a antiga catedral de Londrina.

Olhem a maravilha que tínhamos aqui em nossa cidade:

 

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

foto: Yutaka Yasunaka

Pois é, linda, majestosa, imponente.

Sua inauguração aconteceu no dia 24 de outubro de 1943, ainda sem o forro. Somente em fevereiro de 1945 a Igreja foi rebocada e as duas torres ficaram prontas em 1949.

Em junho de 1968, a Igreja Matriz antiga, de material, começa a ser totalmente demolida. Em nome da “evolução”, da modernização e sob a alegação de que precisavam de mais espaço para os frequentadores da igreja, simplesmente derrubaram este patrimônio histórico para a construção disso:

Uma cópia estúpida da forma – que provavelmente estava na moda – de outras tantas existentes por aí. Só em Maringá, que eu sei, existem 4 assim. Lamentável.

Lamentável também ter de engolir os absurdos argumentos, especialmente o acima sobre “espaço” quando vemos santuários com igrejas menores que a antiga catedral de Londrina recebendo milhares de devotos sem terem derrubado sequer um único tijolo das paredes.

Pelo contrário, para conseguir atender a todos, eles simplesmente multiplicam as missas, abrindo mais horários.

Mas aqui em Londrina é assim. Seja por parte da administração pública ou da própria sociedade, o desrespeito à história beira a crueldade e tem seus pés fincados na mais absoluta falta de bom senso.

Desculpem mas faz tempo que eu precisava desabafar sobre isso.

My Reader – 03-01-11

Quero mostrar para vocês duas coisas geniais que encontrei em meu Reader hoje.

Primeiro, o trabalho desenvolvido pelos designers Yvonne Laurysen e Eric Mantel, do estúdio de design holandês Lama Concept.

Tem muita coisa linda no site deles mas destaco os tapetes com LEDs desenvolvidos com produtos e pensamento sustentáveis. Neste caso, usam lã 100% natural onde, na trama, são deixados espaços para a inclusão dos LEDs.

O melhor de tudo é o que o produto pode ser personalizado dependendo do projeto de interiores. Ah, também tem a vantagem de ser construído em células que podem ser trocadas no caso de desgaste de alguma parte.

Fantástico!!

Imagine seus clientes podendo contar agora com um chão de estrelas com o suave toque da lã natural. Bom demais não é? Seguem algumas imagens:

Outra coisa que vi e gostei demais foi o trabalho da Elena Colombo. Em suas esculturas ela trabalha com os quatro elementos naturais e consegue tirar dos mesmos o máximo proveito no tocante a efeitos.

Como podem ver, vale a pena conhecer o trabalho desta artista ;-)

Bom, estou acrescentando aqui na barra de links a categoria Mostras para facilitar a vida dos leitores que gostam de acompanhar o que está rolando nelas por aí.

Inicio colocando o link da Haus Innen que acontece anualmente aqui em Londrina e agora também começando a sacudir o mercado em Maringá. As responsáveis são as minhas amigas Jacqueline Luz (publicitária) e a Andréia Scherer Hovgesen (arquiteta).

Além do site oficial, elas montaram um blog muito bom onde postam as novidades sobre a mostra e nos trazem informações sobre as novidades do mercado em materiais, equipamentos, etc.

Este ano a Haus Innen Londrina completa 15 anos e a festa promete!!!! Vai rolar de 30 de Julho a 30 de Agosto de 2011.

Belíssima a casa escolhida para abrigar o evento. Tenho certeza de que será novamente um sucesso.

Pra não dizer que não falei… dos erros…

Bom gente, sempre que escrevo aqui sobre iluminação e LD, escrevo sobre erros absurdos que os profissionais não especializados nesta área fazem em seus projetos. Muita gente me escreve cobrando “provas” do que escrevo…

Fui dias atrás no Catuaí Londrina e fiz questão de entrar numa das lojas para fotografa-la para provar aos críticos de plantão o que escrevo.

A loja da Vivo é um show de abuso, desconhecimento técnico e falta de noção sobre iluminação. Vejam as imagens:

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Numa das fotos eu apareço de propósito para mostrar a vocês a distância em que as lâmpadas AR111 foram instaladas. É impossível permanecer embaixo destas por mais de 30 segundos – especialmente para aqueles que como eu, são desprovidos de “telhado”…

Outro detalhe é que se você for pegar algum dos aparelhos expostos na ilha central perceberá que os mesmos estão quentes – e não é por estarem ligados carregando não…

Perceberam a quantidade de luminárias enfileiradas? Pra que isso tudo???? Onde é que fica a sustentabilidade, a conservação de energia, etc????

E a mistureba de K das diferentes lâmpadas instaladas?

Notaram o cuidado com o ofuscamento? Claro que não perceberam, pois não houve esse cuidado neste projeto.

No close que dei na fileira das ARs, perceberam a diferença de K entre elas? Claro, muito provavelmente não foi repassado ao cliente um Manual do Usuário com as especificações corretas de cada lâmpada o que levou o cliente a comprar qualquer AR para substituir a queimada pois não tinha em mãos as especificações técnicas (facho, TC, IRC, etc).

Outro detalhe é que a loja é toda branca. Olhem bem as fotos e percebam como as paredes e mobiliário estão manchados de branco e amarelo de uma forma nada proposital.

Pois é, taí a PROVA do que eu sempre escrevo alertando vocês.

Abraços corretamente iluminados.

Atualizações do blog #DAC!

Bom pessoal, algumas pessoas comentaram e também eu já tinha percebido que algumas imagens e vídeos usados nos posts desapareceram. Coisas de web…

Vou começar a partir de hoje uma nova limpeza/atualização nos posts para resolver estes problemas ok?

Também estou inserindo outros links na lista de blogs e sites aqui na barra lateral.

Estou fazendo também um levantamento do que andam escrevendo sobre este blog na web, assim que estiver pronto vou postar para vocês. Já encontrei várias coisas interessantes mas ainda tem muito mais.

Dentre outros destaco este post do blog da Nathalia Lopes que assumiu a luta pela regulamentação de nossa profissão. Parabéns pela iniciativa e pelo blog Nathália!!!

E também, para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a minha terra natal, o excelente blog do Marcel, Janela Londrinense que fala sobre arquitetura e outros assuntos sobre Londrina de forma crítica e real. Parabéns Marcel pelo blog!!!

Até o próximo post!!

Abraços iluminados!!!!

LUZ NA MEDIDA CERTA

(matéria da revista Viva Bem da Unimed Londrina)

DE NADA ADIANTA UMA GRANDE QUANTIDADE DE LUZ SE ELA NÃO ESTIVER BEM DISTRIBUÍDA E NÃO FOR DE QUALIDADE. PEQUENOS DETALHES NA ILUMINAÇÃO DA CASA FAZEM A DIFERENÇA E DEIXAM OS AMBIENTES MAIS AGRADÁVEIS. CONFIRA AS DICAS DE UM ESPECIALISTA.

O aconchego de uma casa pode ser sentido através de um bom projeto de iluminação, que deve considerar três fatores básicos: conforto visual, luminotécnica e economia de energia. Achar que qualquer lâmpada irá produzir o efeito desejável é um engano. É preciso saber onde e qual lâmpada colocar, assim como optar pela luminária certa. Uma luz bem escolhida confere funcionalidade, bem-estar e beleza ao lar.

Para criar um ambiente agradável, os profissionais especializados em projetos na área conseguem efeitos exclusivos para cada ambiente, de acordo com o uso do espaço no dia a dia e as exigências estéticas.
“A ideia de conforto é subjetiva, ou seja, cada pessoa tem suas próprias necessidades e conceitos sobre o que é ou não confortável. Porém, existem alguns critérios que se deve levar em conta para se sentir bem em um ambiente numa visão geral. E a iluminação bem planejada é uma delas. Elegante ou informal, com ela você pode conquistar uma atmosfera mais charmosa ou um ambiente mais relaxante, lançando mão de diversos recursos”, garante o lighting designer, Paulo Oliveira.

Ele lembra que a iluminação natural é um ponto de partida importante, mas não elimina a necessidade da luz artificial que, com pequenas regras melhora as condições de luminosidade em um ambiente que solicita lâmpadas acesas durante o dia.
“Já está bem difundido que as lâmpadas incandescentes consomem mais energia que as luorescentes. Mas, se você souber escolher o conjunto – lâmpada, luminária e acessórios – correto para cada tipo de aplicação, terá um resultado melhor, além de racionalizar o consumo e usufruir da qualidade da luz. Um projeto de iluminação pode mesclar focos de luz diretos, que incidem especificamente sobre algo, e focos indiretos, que é uma luz ‘rebatida’ como no caso dos abajures, arandelas, etc.

A luz indireta também é produzida pelas sancas (built-in) e embutidas em móveis, apenas como secundária e nunca como principal, assim como as luzes de efeito, aquelas mais decorativas. Arandelas e spots sempre conferem efeitos contrastantes. Lustres pendentes e o emprego de luzes em nichos também dão excelentes resultados. A luz indireta valoriza a decoração e pode ser uma solução simples para alguns ambientes, pois o resultado é uma luz de preenchimento, re letida de forma mais suave. É possível também eliminar a sensação monótona da iluminação homogênea, utilizando luminárias periféricas e variedades de lâmpadas que permitem combinações para o efeito desejado”, indica Oliveira.

O mercado oferece inúmeros produtos e a escolha, segundo o designer, depende muito das funções que serão cumpridas no ambiente. “Uma boa iluminação pode criar sensações. Cada detalhe dá um toque diferenciado com a incidência de luzes compatíveis para cada cômodo. Quanto mais amarelada for a tonalidade da luz, mais aconchegante e tranquilo será o clima, especialmente em alguns cômodos da residência como sala de estar, de jantar, copas, dormitórios, corredores, banheiros, etc. Já a luz mais branca é recomendada para ambientes mais ativos, onde se pretende estimular a produtividade, tais como cozinhas, áreas de serviço, de trabalho e de estudo na casa. E é possível misturar as duas num mesmo espaço”, orienta.

Compor a iluminação, utilizando as várias formas e equipamentos, garante cenografias diferentes para momentos diferentes. Efeito cênico, intensidade e temperatura, de acordo com Oliveira, são as ferramentas de um bom planejamento de lighting design. “Focos de luz em quadros, arranjos lorais, esculturas e objetos de decoração são usados para valorizar as peças. Porém é preciso salientar que cada tipo de material tem características e sensibilidades próprias, além de re lexões específicas, que devem ser consideradas no projeto para reproduzir cores, texturas e brilhos do objeto com fidelidade e não causar nele danos irrecuperáveis.

É bom lembrar que todas as lâmpadas têm emissão de raios ultravioletas e infravermelhos, em maior ou menor proporção, mas todas têm. E isto pode implicar em desbotamento, despigmentação, ressecamento e queima do objeto, sem falar do aumento da temperatura no ambiente pelo efeito do calor emitido por fontes artificiais de luz. Aconselho ter muito cuidado no uso de lâmpadas Dicróicas, AR 111 e PAR, pois elas têm especificidades técnicas para cada situação e oferecem grande emissão de calor. O ideal é que estas sejam usadas com seus acessórios, como filtros bloqueadores de radiação, por exemplo”, informa o designer.

Uma forma de evitar isto, diz Oliveira, é conferir as características da lâmpada na embalagem, como o IRC (Índice de Reprodução de Cor) e potência. Também é indicado verificar se a lâmpada já vem com filtro antirradiação e dissipação de calor.

A tecnologia ganha força no mercado da iluminação. Os diodos emissores de luz, chamados de LED, conquistam cada vez mais espaço nos ambientes residenciais. “Os Leds, assim como a fibra ótica, transmitem a sensação de contemporaneidade e leveza, pois permitem novas concepções de iluminação com sua variedade de cores e versatilidade. Por suas dimensões favorecem a criação de luminárias menores e mais discretas”, sugere.
O designer lembra ainda que a iluminação, especialmente na área externa da casa, também pode ser uma aliada da segurança, através da instalação de dispositivos como o relê fotoelétrico, acionado automaticamente na ausência de luz natural, e o sensor de presença, que acende a luz quando alguém se aproxima dele. “Outra dica de segurança importante: quando você liga várias lâmpadas ou aparelhos numa mesma fonte, sempre existe o risco de sobrecarga e eventual curto-circuito”, finaliza.

IRC
Quanto mais próximo de 100 é o IRC, menos distorção nas cores esta luz vai produzir. Onde a cor certa for fundamental, o índice deve ser no mínimo de 80.

Matéria na revista Viva Bem – Unimed Londrina

Olá amigos,

passando rapidinho para informar que saiu uma matéria comigo, sobre Lighting Design, na última edição da Revista Viva Bem da Unimed aqui de Londrina.

Para ver a versão web basta acessar o link:

http://www.unimedlondrina.com.br/swf/revistas/viva-bem/out-nov-dez-2009/index.html

abs e boa leitura.

Pós em Iluminação – IPOG – Londrina

Sob a coordenação da Jamile Tormann, o IPOG abriu as inscrições para uma turma de especialização em Iluminação e Design de Interiores aqui em Londrina – até que enfim!!!

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O início das aulas está marcado para os dias 6, 7 e 8 de novembro.

Este curso está sendo considerado o melhor na área aqui no Brasil. Também pudera, a lista de professores é de primeira grandeza:

Adriano Genistretti – Engenheiro eletrotécnico formado pela Escola de Engenharia Mauá. Gerente de Projetos de Iluminação Philips do Brasil Ltda. – Divisão Luminárias, com experiência de mais de 26 anos no ramo de Projetos (iluminação Pública, Esportiva, Comercial/Predial, Decorativa, Industrial, etc.), cursos de especialização na Holanda. Tem seus projetos aplicados em trabalhos como o Estádio do Morumbi, Vila Belmiro, Centro Empresarial Nações Unidas, Mosteiro de São Bento, Cais do Porto de Recife entre outros.
Claudia Amorim – Arquiteta. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UNB. Doutora pela Università Degli Studi di Roma “La Sapienza”. É docente da UnB, pesquisadora e consultora adHoc do CNPq.
Claudia Torres – Arquiteta. Mestre em Iluminação Arquitetônica PELA FAU/USP, Doutoranda pela UFPB, é sócia do escritório VIA ARQUITETURA Iluminação e design Ltda.
Farlley Derze – Mestre em Educação pela UNB. Especialista em História da Arte pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (FADM) – DF; docente de graduação e pós-graduação na FADM. Pesquisador e Coordenador do Núcleo de História da Associação Brasileira de Iluminação (ABIL).
Gláucia Yoshida – Socióloga – UFG, Mestre em Educação – UFG, Especialista em Formação Sócio-econômica do Brasil – ASOEC, Especialista em Docência Universitária: Formação e Vivência – UNIVERSO, Especialista em Psicanálise e Inteligência Multifocal – Faculdade Michelangelo.
Glaucus Cianciardi – Mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie; Especialista em História da Arte pela Fundação Armando Álvares Penteado – FECAP. Atualmente ministra aulas nos cursos de Design de Interiores, Design Gráfico e Design de Produtos no Centro Universitário Belas Artes. Professor de programas de aperfeiçoamento da Câmara de Arquitetos, IAB – SP, com Formação Continuada e AEA – Academia de Engenharia e Arquitetura; atuando em todo o território nacional.  Desenvolve projetos nas áreas residencial e comercial.
Guinter Parschalk – Arquiteto e designer, especialista em iluminação e percepção visual com atuação internacional. Especialista em desenho industrial na Hochschule für künstlerische und industrielle Gestaltung Linz – Áustria.
Isac Roizenblatt – Engenheiro elétrico formado pela Escola de Engenharia Mauá, São Paulo – Brasil – CREA 23171 (1968). Mestre em Energia pela Universidade de São Paulo. Especialista em Iluminação pela Universidade Tecnológica de Eindhoven – Holanda. Programa Interunidades do Instituto de Eletrotécnica e Energia, Escola Politécnica, Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis e Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Consultor da Pró Light and Energy Consultants.
Jamile Tormann – Lighting – Designer, Fez Arquitetura e Urbanismo pela USU – RJ, Licenciatura Plena em Artes – Habilitação em Artes Visuais pela FADM-DF, é Pós-Graduada em Iluminação e Designer de Interiores pela UCB-RJ. Autora do livro Caderno de Iluminação: arte e ciência. Editora Música e Tecnologia – RJ, 2006. É Sócia fundadora da ABrIC e ABIL, e Membro da CIE-BR comissão 3 (Comission Internationale de L’Éclairage). Escreve artigos como colaboradora para a Revista Lume Arquitetura – SP e Tecnoprofile Magazine – Argentina.
Juliana Ramacciotti – Arquiteta e Urbanista pela FAAP-SP. Mestranda pela Mackenzie – SP. Atuou por 4 anos na Philips Lighting em  projetos luminotécnicos e por 7 anos como Country Manager da Lutron do Brasil.
Leonardo Moraes – Sociólogo pela UFG – Mestre em História pela UnB, Especialista em História Nacional de Goiás pela UFG. Especialista em Docência Universitária pela UNIVERSO.
Lori Crízel – Arquiteto. Mestre em Conforto Ambiental pela UFRJ – ênfase em Luminotécnica. Docente da UFRJ e UFPR.
Luiz Emiliano Lavendaño – Arquiteto e Designer pela Universidad Católica de Valparaíso – Chile. Mestre em Design pela FAU/USP, docente e coord. do curso de graduação em Desenho Industrial da FAITER – SP.
Marcos Simão – Arquiteto. Especialista em Tecnologia e Projeto de Iluminação pela UNESA.
Nelson Ruscher – Eng. Eletricista e Mestre em Eficiência Energética e Eletrônica de Potência pela UNB. Consultor técnico da Philips Iluminação, Vice-Presidente da ABIL – Associação Brasileira de Iluminação.
Nelson Solano – Arquiteto. Mestre. Doutorando em Arquitetura pela USP. Autor do Livro Iluminação e Arquitetura. Editora Geros – SP, 2001.
Plinio Godoy – Engenheiro, coordenador da Divisão 3 do Comitê Brasileiro de Iluminação – CIE-Br, representante brasileiro no Comitê Internacional de Iluminação – CIE, palestrante no curso de Iluminação de Exteriores da Universidade de Versailles (Fr), autor de projetos reconhecidos, como a Ponte Estaiada, em São Paulo (SP).
Silvia Bigoni – Arquiteta. Especialista em Marketing pela FGV. Mestranda pela USP. Consultora desde 2001 do segmento de iluminação. Ministra o curso de Pós-Graduação de Design de Interiores na FAESA/ES e presta consultoria para o Prêmio ABILUX de Projetos de Iluminação. Atuou  na OSRAM do Brasil por 11 anos e ministrou o curso de Projetos de Iluminação na FUPAM/FAU-USP. Desenvolve ao longo dos anos projetos de iluminação residencial e comercial tais como Livraria Cultura; Artefacto; Esfera.
Thais Borges Lima – Arquiteta. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela UNB.
Wilson Salloutti – Formado nas Faculdades Integradas Alcântara Machado, é sócio-fundador e atual diretor de Marketing da FASA Fibra Ótica, empresa pioneira na iluminação em fibra ótica para fins arquiteturais, decorativos e de comunicação visual no país. Sua luminária ‘Floating’ recebeu o Prêmio Via Design 2005.
Convidado: Peter Gasper – Arquiteto e Cenógrafo. L.D. responsável pela maioria das luzes dos monumentos de Brasília. Trabalhou na Rede Globo, onde fez o cenário e iluminação das novelas. Iluminou a Hidrelétrica de Itaipu, o show de Frank Sinatra no Maracanã, a Missa do Papa e o Rock’n’Rio. Fez o projeto de iluminação da casa da Xuxa e BIG BROTHER BRASIL.

As disciplinas são todas voltadas ao Lighting Design:

•HISTÓRIA DA ILUMINAÇÃO
•GRANDEZAS E CALCULOS LUMINOTÉCNICOS
•FONTES DE LUZ ARTIFICIAL
•PERCEPÇÃO VISUAL
•SISTEMAS DE ILUMINAÇAO COM FIBRA ÓTICA
•CONFORTO AMBIENTAL
•DESIGN DE INTERIORES RESIDENCIAL
•DESIGN DE INTERIORES COMERCIAL
•DESIGN DE LUMINARIAS
•METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
•PROJETO DE ILUMINAÇÃO AUXILIADO POR COMPUTADOR
•ILUMINAÇÃO DE INTERIORES RESIDENCIAL
•ILUMINAÇÃO DE INTERIORES COMERCIAL
•ILUMINAÇÃO DE EXTERIORES
•ILUMINAÇÃO ESPORTIVA
•ILUMINAÇÃO CÊNICA
•ILUMINAÇÃO DE MUSEUS, GALERIAS E SALAS DE EXPOSIÇÃO
•A LUZ SOB CONTROLE
•GERENCIAMENTO DE OBRAS E GESTÃO DE PROJETOS
•CONCEPÇÕES E CRITICA DA ILUMINAÇÃO

A duração do curso é de 20 meses com aulas uma vez por mês (Sexta das 18h às 23h, Sábado 8h às 19h, Domingo 8h às 13h) e o investimento é:

•Matrícula = R$200,00
•Parcelas = 21
•Mensalidade = R$ 480,00

Para maiores informações e inscrições:

IPOG – Instituto de Pós-Graduação
Av. Cândido de Abreu, 776, 6* andar, Ed. World Business
Centro Cívico    Curitiba – PR
Fones: (41) 3203-2899 / Fax 3203-2884 / 9900-9657
curitiba@ipoggo.com.br
www.ipoggo.com.br