Design de Ambientes – Breve histórico, definições e considerações

Paula Glória Barbosa

Profª MSc da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais

Considerações sobre o termo design

A palavra design tem ambiguidade em sua etimologia. Designare, do latim, origem mais remota do termo, significa, simultaneamente, designar (conceber, projetar, atribuir) e desenhar (registrar, configurar, formar) (CARDOSO, 2008)[1]. Segundo Schneider (2010, p.195)[2], em 1588, o termo foi mencionado pela primeira vez no Oxford English Dictionary, definido “como um plano elaborado por uma pessoa ou um esquema de algo a ser realizado, além de um primeiro esboço para uma obra de arte (ou) um objeto de arte aplicada, necessário para a realização de uma obra”.

Do inglês, a palavra foi apropriada pelo português, mantendo a ideia de concepção, intenção, desígnio, projeto (referência ao abstrato) e configuração, arranjo, estrutura, desenho, produto de uma concepção (âmbito concreto) (HOUAISS, 2013)[3]. O design, na sua acepção de substantivo que determina uma profissão ou área do conhecimento, pode ser entendido, conforme apresenta Cardoso (2008)[4], como uma atividade destinada a atribuir forma material a conceitos intelectuais. Moura (2005)[5], em seus estudos, discute o design a partir do significado de desenho, projeto e desígnio, três sentidos que, inter-relacionados, dizem da intenção de levar algo da não presença à presença. Nesse processo, o projeto, visualizado principalmente por desenhos, configura-se como o meio pelo qual é possível levar uma ideia do imaterial ao tangível, possibilitando a concretização da intenção.

Como organização internacional dedicada à discussão e ao reconhecimento do design e sua comunidade, o International Council of Societies of Industrial Design (Icsid) apresenta, desde a sua fundação em 1957, diferentes definições para design que acompanham o seu processo evolutivo. A última conceituação de design publicada pelo Icsid contextualiza algumas das principais temáticas presentes no debate contemporâneo da disciplina, como as novas tecnologias e seus impactos socioculturais e ambientais:

Design é uma atividade criativa na qual o objetivo é estabelecer as qualidades multifacetadas dos objetos, processos, serviços e seus sistemas, compreendendo todo o ciclo de vida. Portanto, design é um fator central de inventiva humanização das tecnologias e fator crucial de trocas culturais e econômicas. (ICSID, 2013).[6]

Cabe, portanto, ao designer, o papel de interpretar e relacionar, de forma holística, os múltiplos aspectos dos objetos, processos, serviços e seus sistemas com o contexto de projeto, visando o equilíbrio entre a inovação tecnológica e o ecologicamente correto, o economicamente viável, o socialmente justo e o culturalmente aceitável. Essas interpretação e relação são, em suas essências, complexas, exigindo do designer uma abordagem criativa e multidisciplinar na busca por soluções pertinentes, viáveis e eficientes. Ressalta-se, nesse processo, o usuário final como centro das atenções do projeto.

Nessa definição, percebe-se, também, a expansão do campo de atuação do design, antes centrado em produtos industriais e agora capaz de abarcar objetos, processos e serviços, a partir de uma visão integral do sistema que os envolve, se expandindo, pois, em especialidades como o design de ambientes, o design gráfico, o design de serviços, o design de moda e o design de produtos.

Para Schneider (2010)[7], o design, de um modo geral, expressa-se por meio de suas três funções: a prático-técnica, a estética e a simbólica. A primeira, conhecida também como funcional, refere-se às características intrínsecas do objeto, como durabilidade, confiabilidade, qualidade técnica, segurança e manuseabilidade, ou seja, aos aspectos que podem ser avaliados e mensurados de forma racional pela percepção humana. A função estética, ao contrário, é emocional e subjetiva, tratando do aspecto formal do objeto a partir da composição de cores, materiais, formas e superfícies. Essa composição dá ao objeto a conotação de signo, tornando-o “legível” e dando indicações visuais para o seu uso. Por fim, a função simbólica diz respeito ao significado do objeto, codificado e transmitido pelo proprietário às pessoas de seu convívio social. Refere-se, portanto, a estilos e a filosofias de vida. Assim, os objetos identificam personalidades e se configuram como uma forma de expressão decodificável, possibilitando integração social, diferenciações e classificações.

Os objetos de design refletem, portanto, formas de vida e de produção de uma sociedade, de uma época. Segundo Shcneider (2010, p.201)[8], “o projeto de objetos de design é tanto uma prática social quanto a reflexão sobre essa prática”. Tal discussão corrobora com a ideia do design enquanto “fator crucial de trocas culturais e econômicas”, conforme exposto na ultima definição de design elaborada pela Icsid.

Em conclusão, o design pode ser entendido como uma atividade capaz de solucionar diversos problemas da sociedade contemporânea, marcada, principalmente, pelo incentivo à inovação, pela diversidade de materiais e tecnologias, pelo processo de globalização e pela necessidade do consumo sustentável. Nesse cenário, o designer se posiciona como um profissional habilitado a responder, a partir de uma perspectiva sistêmica de gestão da complexidade, pelo desenvolvimento de projetos centrados nos usuários, sob a perspectiva da abertura à pesquisa, do diálogo interdisciplinar, do apoio à diversidade cultural e da capacidade de articular inovação e sustentabilidade, posicionando-se como uma disciplina capaz de moldar o ambiente humano e influenciar os padrões de vida em sociedade (Cardoso, 2012; Krucken, 2008; Moraes, 2008)[9].

Da Decoração ao Design de Ambientes: um brevíssimo histórico

O contexto industrial das décadas de 1940 e 1950 – a profusão de artefatos, de móveis e de eletrodomésticos disponíveis para o consumo – caracterizou, segundo Santos (2009)[10], os hábitos da vida moderna e influenciou, diretamente, a configuração dos espaços habitados, bem como as relações que ali eram estabelecidas, evidenciando extrema preocupação com a aparência e a praticidade.

Organizar os espaços interiores do cotidiano para usufruto das vantagens da cidade moderna e das novidades industriais era, mais do que um desejo, uma necessidade. Embora houvesse recursos alternativos para o aprendizado sobre as tendências de composição dos interiores – como reportagens e propagandas veiculadas em revistas especializadas no assunto – na década de 1950 a presença de um profissional que considerasse, em projeto, aspectos técnicos e estéticos da composição se tornou mais requisitada. Surgiu, assim, a demanda por um profissional que soubesse planejar os interiores domésticos e comerciais, de modo que o antigo de então recebesse, harmônica e funcionalmente, o novo daquele tempo. (MOREIRA, 2006)[11].

De início, dada a novidade da ocupação cuja essência e demanda passavam a se desenhar, tal atividade era desenvolvida substancialmente por arquitetos, artistas e pessoas de “bom gosto”, obviamente não por quem se dedicasse profissional e exclusivamente à tarefa, então denominada Decoração.

O significado do termo decoração está intimamente associado à arte de ornamentar, adornar, embelezar (HOUAISS, 2012)[12]. No entanto, no contexto da vida moderna, além da preocupação com a aparência, existia a necessidade de se planejar o uso e a ocupação dos espaços habitados da cidade, visando facilitar a prática das atividades cotidianas em virtude da maneira cada vez mais dinâmica de viver.

Em Belo Horizonte, visando à capacitação profissional de alunos interessados nessa área inaugurou-se, em 1957[13], a Escola de Artes Plásticas (ESAP), subordinada à já existente Universidade Mineira de Arte (UMA). A ESAP entrou em funcionamento oferecendo quatro cursos inéditos na época, estruturados em quatro áreas distintas, dentre elas a Decoração, inicialmente na forma de curso livre. Em 1963[14], foi instituída a Fundação Universidade Mineira de Arte (FUMA), que passou a congregar a ESAP.

Em 1964[15], foi concedido reconhecimento à ESAP/FUMA por parte do governo federal, garantindo o título de bacharel em Decoração aos alunos graduados pela instituição. No ano de 1994[16], a FUMA foi extinta, seu corpo docente e administrativo foi transferido à recém-criada[17] Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e, posteriormente, a ESAP passou a ser denominada Escola de Design (ED).

Para obter o título de decorador era necessário cursar disciplinas práticas e teóricas por um período mínimo de quatro anos. O objetivo desse curso era, conforme apresenta Moreira (2006, p.67)[18], “formar profissionais qualificados para compreender as demandas do público alvo, seu contexto social e cultural, entender o espaço, suas funções e possibilidades, propor soluções adequadas, considerando aspectos históricos e artísticos, e ainda, representar graficamente suas ideias”.

A sociedade, por sua vez, experimentou grandes mudanças desde a década de 1950. A revolução tecnológica, que se iniciou na segunda metade do século XX e perdura até os dias de hoje, implicou maior velocidade no ritmo de vida das pessoas, já acelerado desde a revolução industrial. A Decoração, então, precisou ser adaptada a esse novo cenário. Fez-se necessário, portanto, a compreensão da abrangência da profissão, desvinculado-a da simples ideias de ornamentação e organização.

Diante desse contexto, desde a inauguração do curso de Decoração o respectivo colegiado buscou adequá-lo às necessidades da sociedade e do mercado de trabalho, alterando diversas vezes a matriz curricular e o conteúdo das disciplinas de forma a acompanhar as inovações ocorridas nos campos de atuação do decorador (ESCOLA DE DESIGN, 2003)[19].

Por meio de esforços empreendidos desde 1994 pela necessidade de reformulação geral do conteúdo das disciplinas, implantou-se, em 2004, um novo currículo para o curso de Decoração, que passou a se chamar Design de Ambientes.

Dessa forma, o então curso de Decoração da ED/UEMG modificou-se para adequação à ideia vigente de design, pautada em uma metodologia de desenvolvimento de projeto com foco no usuário, no incentivo à pesquisa, no trato da inserção das novas tecnologias no cotidiano e no compromisso com a inovação e a sustentabilidade, se propondo a fazer design para ambientes.

Design de ambientes é, portanto, uma especialidade do design, responsável por identificar e analisar problemas oriundos das relações entre o individuo e o espaço que habita, propondo soluções que promovam bem estar e qualidade de vida aos usuários.

Considerações sobre o Design de Ambientes

O design de ambientes pode ser entendido como uma atividade criativa e de caráter multidisciplinar dedicada ao planejamento da ocupação e do uso dos espaços habitados – sejam internos ou externos; residenciais, empresariais, institucionais, industriais ou efêmeros; arquitetônicos ou não arquitetônicos –, tendo o usuário como foco de projeto e considerando os aspectos funcionais, estéticos e simbólicos do contexto sócio-econômico-cultural em que atua, de modo a resultar em ambientes confortáveis e eficientes às demandas instituídas, contribuindo para o bem estar e a qualidade de vida dos seus usuários.

O planejamento de um ambiente envolve, basicamente – e a partir da articulação entre os referidos aspectos funcional, estético e simbólico –, a elaboração do layout; o estudo e a definição das cores, formas, texturas, mobiliários, equipamentos e obras de arte que compõe o ambiente; a especificação dos materiais para revestimentos de pisos, paredes, divisórias, forros, etc.; e a elaboração das estratégicas de conforto ambiental, como a configuração da iluminação e dos sistemas de condicionamento de ar. Deve, também, atender às exigências normativas pertinentes e dar atenção a questões como sustentabilidade e inovação. Cabe, no ponto, ressaltar a limitação de atuação do designer de ambientes quanto às alterações estruturais construtivas, hidrossanitárias e elétricas.

A ocupação de um ambiente está relacionada ao sentimento de apropriação, em que o projeto tem, intencionalmente, o objetivo de estimular determinada sensação com o intuito de despertar, no usuário, o sentimento de identificação, de posse, de pertencimento àquele lugar. O uso, por outro lado, refere-se à utilidade prática do ambiente de acordo com a sua natureza, como dormir, estudar, comer, conversar, entre outras ações possíveis a partir da relação do indivíduo com o espaço e entre os próprios indivíduos envoltos pelo ambiente.

A diferença conceitual entre interno e externo se dá pela existência (no caso do primeiro), ou não (em se tratando do segundo), de uma estrutura que circunde o ambiente em questão. Exemplos de ambientes internos são o interior de uma embarcação ou de um trem, uma vitrine de loja de roupa, um cômodo de dormir, uma sala de aula, uma clínica odontológica ou o palco de um teatro. Para os ambientes externos, há a possibilidade de se trabalhar, dentre outros, o paisagismo de uma pousada, a configuração de uma exposição ao ar livre ou um show musical em uma praça. A partir desses exemplos é possível perceber a diversidade de espaços possíveis para interferência do designer de ambientes, sejam esses arquitetônicos ou não, para as funções residencial, empresarial, institucional, industrial ou efêmera.

Assim, o designer de ambientes se posiciona, na atualidade, como um profissional capacitado tecnicamente e hábil na compreensão das demandas contemporâneas, na interpretação dos modos de vida e na proposição de soluções que promovam conforto, bem-estar e qualidade de vida aos usuários.

A diferença que há entre o trabalho do designer de ambientes e de outros profissionais ligados ao planejamento e à configuração dos espaços, como os arquitetos, é a forma como os designers analisam as necessidades, as experiências e os desejos dos usuários; pesquisam as condicionantes técnico-práticas, estéticas e simbólicas do contexto projetual; interpretam os modos de vida e as respectivas possibilidades de adequação ao ambiente em questão; e propõem soluções pertinentes, viáveis e singulares, posicionando-se como um profissional especialista no planejamento e na configuração dos ambientes para vivência humana.


[1] CARDOSO, Rafael. Uma Introdução à História do Design. 3.ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2008.

[2] SCHNEIDER, Beat. Design – Uma Introdução: o Design no contexto social, cultural e econômico. Trad.: Sonali Bertuol, George Bernard Sperber. São Paulo: Editora Blücher, 2010.

[3] HOUAISS. Grande Dicionário da Língua Portuguesa. Design. Disponível em:

<http:// http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=design&gt;. Acessado em: 09 de Setembro de 2013.

[4] Idem nota 1.

[5] MOURA, C. O desígnio do design. In: Livro de Actas – 4º SOPCOM | Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, Aveiro, 2005, p. 73-81.

[6] ICSID. International Council of Societies of Industrial Design. About ICSID. Disponível em:

<http://www.icsid.org/about/about.htm&gt;. Acessado em: 26 maio 2013. Traduzido pela autora. Texto original: “Design is a creative activity whose aim is to establish the multi-faceted qualities of objects, processes, services and their systems in whole life cycles. Therefore, design is the central factor of innovative humanisation of technologies and the crucial factor of cultural and economic exchange”.

[7] Idem nota 2.

[8] Idem nota 2.

[9] CARDOSO, Rafael. Design para um Mundo Complexo. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

KRUCKEN, Lia. Competências para o design na sociedade contemporânea. Caderno de Estudos Avançados: Design e Transversalidade, Caderno 2, v. 1. Belo Horizonte: Santa Clara: EdUEMG, 2008. P. 23-32.

MORAES, Dijon de. Design e Complexidade. Caderno de Estudos Avançados: Design e Transversalidade, Caderno 2, v. 1. Belo Horizonte: Santa Clara: EdUEMG, 2008, p. 07-22.

[10] SANTOS, Edgar Souza. A caminho do lar – a narrativa dos anúncios de eletrodomésticos. 2009. 207 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, 2009.

[11] MOREIRA, Samantha. C. de O. Interiores de Casas Residenciais em Belo Horizonte: a década de 1950. 2006. 137f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.

[12] HOUAISS. Grande Dicionário da Língua Portuguesa. Decoração. Disponível em:

<http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=decora%25C3%25A7%25C3%25A3o&gt;. Acessado em: 21 de Setembro de 2013.

[13] Escola de Design/UEMG. História. Disponível em: < http://www.ed.uemg.br/sobre-ed/historia&gt;. Acessado em 09 de Setembro de 2013.

[14] Lei Estadual nº 3.065, de 30 de dezembro de 1963. Disponível em: Diário do Executivo. 31/12/1963. p. 3_col5.

[15] Decreto nº 55.068, de 24 de novembro de 1964. Disponível em: Diário Oficial da União – Seção 1 – 16/2/1965, Página 1881.

[16] Decreto Estadual nº 36.639, de 10 de janeiro de 1995. Disponível em: Diário do Executivo. 11/01/1995. p. 1_col2.

[17] Constituição Mineira de 1989: Art. 199 – Estabelece autonomia universitária e define a forma de constituição da UEMG; Ato das Disposições Constitucionais Transitórias: Art. 81 – Cria a UEMG; Art. 82 – Possibilita a absorção, pela UEMG, de fundações educacionais.

[18] MOREIRA, Samantha. C. de O. Interiores de Casas Residenciais em Belo Horizonte: a década de 1950. 2006. 137f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.

[19] ESCOLA DE DESIGN da Universidade do Estado de Minas Gerais (ED/UEMG). Projeto Pedagógico – Curso de Design de Ambientes. Belo Horizonte, 2003.

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL E EDIFICAÇÃO EFICIENTE

Mais um excelente artigo da Mestre Viviam para vocês:

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL E EDIFICAÇÃO EFICIENTE: UMA BREVE INVESTIGAÇÃO SOBRE PREÇO E VALOR

RITTER, Vivian Fetzner (1)

 

As construções sustentáveis e edificações eficientes, onde se inserem, por exemplo, o controle do uso do solo, a aplicação eficiente dos recursos hídricos, a eficiência energética, a gestão dos resíduos sólidos, a preocupação com o ciclo de vida das edificações, com as energias renováveis, a iluminação sustentável e suas aplicações nas edificações, tem relação direta com a busca da eficiência e a conseqüente minimização do consumo de energia, e tais aspectos, antes de um modismo, estão efetivamente relacionados com o futuro da arquitetura, da construção civil e por que não dizer, com o futuro do planeta.

Atualmente entendemos como mera opção as questões vinculadas à sustentabilidade e às possíveis alternativas de construções sustentáveis, algo que não poderá perdurar por muito tempo. Num futuro bem próximo (2), seremos obrigados a projetar as edificações pautadas na sustentabilidade e eficiência energética. Assim, cogitando, como exemplo, o fim anunciado das lâmpadas incandescentes, outras leis deverão legitimar mudanças urgentes e necessárias, apontando para uma necessária alteração de paradigma.

Imediatamente conscientes da maneira pouco sustentável que a maioria orienta suas condutas no âmbito pessoal e profissional, vislumbramos a virada. Virada esta a nos alertar da necessidade de efetivamente mudar nossas atitudes perante o meio ambiente e todos serão chamados a fazer a sua parte. É preciso – e é possível – começar logo, através de atitudes sustentáveis no escritório, na rua, no trabalho, nas obras, nas nossas casas, nos nossos espaços. Uma mudança de concepção. Os erros do passado precisam ser sepultados. Muitos profissionais se vêem desestimulados e acreditam que a sustentabilidade somente poderia ser adotada nas construções totalmente sustentáveis, as auto- sustentáveis. Um equívoco. Uma construção mais sustentável, onde o “mais” é o fio condutor do projeto. Articular, pensar e repensar quais as lacunas latentes e passíveis de intervenção através da engenharia e da arquitetura capazes de tornar determinada construção mais sustentável e energeticamente mais eficiente.

Especificar este “mais” sustentável fará a diferença.

São infindáveis as alternativas que se apresentam, desde a utilização de placas fotovoltaicas nas construções, as válvulas de descarga com fluxo duplo, o reuso da água, a utilização consciente da iluminação natural e as alternativas para diminuir o consumo de energia através dos aparelhos de ar condicionado, cogitar a ventilação cruzada, atentar para o acionamento e desligamento das lâmpadas fluorescentes preservando, assim, sua vida útil. Enfim, definitivamente, há uma multiplicidade de práticas possíveis de serem adotadas pelos profissionais e por todos os quais desfrutam das benesses da natureza, que deveriam ser respeitadas.

Em razão disso, a atividade dos arquitetos, dos engenheiros e dos designers de interiores é de significativa importância na busca de alternativas concretas para alterar a perspectiva sombria derivada da falta de conscientização no sentido da adoção de boas práticas direcionadas à sustentabilidade. Não basta mais o cidadão ter a preocupação de separar seus resíduos domésticos, algo que ainda não foi adotado pela maioria.  É necessário, cada vez mais, que todos se envolvam na busca de soluções para a matriz energética, com a construção de edificações sustentáveis e eficientes vinculadas à preservação do meio ambiente, onde o consumo dos bens legados pela natureza necessita de preservação imediata e efetiva.

O futuro irá depender, sem dúvida, das escolhas que fizermos, pois “[…] enquanto houver a presença da família humana no planeta Terra. Em todo o tempo que durarem as relações homem-natureza, esta questão estará presente, embora num processo contínuo de mudanças e adaptações” (3).

O crescimento da escassez dos recursos encontrados no meio ambiente (4) requer o desenvolvimento de novas técnicas para a sua administração, com o objetivo de evitar o fim dos recursos disponíveis. Nesse sentido, o aumento da escassez exige um crescimento econômico vinculado ao uso ponderado de recurso não havendo dúvida de que o homem, desde os primórdios da humanidade, está destinado ao crescimento econômico (5).

Trata-se de adotar, com consciência, uma visão multidisciplinar que, apesar de alguma complexidade, integra diversas áreas do conhecimento, a fim de reeditar a diversidade que compõe o próprio mundo onde são indispensáveis conhecimentos de arquitetura, das engenharias, do design, dentre outras.

O crescimento da escassez requer o desenvolvimento de novas técnicas para a sua administração, com o objetivo de evitar o fim dos recursos disponíveis. Nesse sentido, o aumento da carência exige um crescimento econômico vinculado ao uso ponderado de recurso não havendo dúvida de que o homem está submetido ao desenvolvimento econômico.   Por isso, na discussão de preço e valor, que envolve, por exemplo, a escolha de uma lâmpada incandescente ou uma lâmpada led, não afasta a logicidade da opção pela segunda, seja por deixar de contribuir com o aquecimento global, proporcionar uma economia de energia de aproximadamente 70% a 80% em relação ao consumo de uma lâmpada incandescente, pela manutenção, por sua durabilidade, insumos estes inerentes ao conceito de sustentabilidade.  Assim, o preço a ser pago por uma construção pautada pela sustentabilidade e eficiência energética, a curto e médio prazo será muito mais econômica, eficiente e adequada à preservação do meio ambiente.

Partindo de tais premissas, concluímos ser fundamental a adoção de componentes teóricos e práticos possíveis de fomentar alternativas destinadas à otimização na utilização dos recursos naturais, com respeito senão absoluto pelo meio ambiente, ao menos próximo daquilo que as demais gerações, num futuro não muito distante, irão agradecer.  Não se pode olvidar que a natureza, como se pode perceber das inúmeras catástrofes, decidiu cobrar um preço que, talvez, por não termos dado o devido valor ao meio ambiente, nunca estejamos preparados para pagar. Quem sabe não seja esta a diferença entre “preço” e “valor” que nunca soubemos administrar.

Vivian Ritter

 (1) Doutoranda em Filosofia, Mestrado em Educação, Especialização em Iluminação e Design de Interiores, graduação em Design de Interiores, Professora de Pós-Graduação perante o IPOG, Coordenadora do MBA em Construção Sustentável e Edificação Eficiente pelo IPOG, graduanda em Direito.  
(2) Por exemplo, o Programa Brasileiro de Etiquetagem em Edificações (PBE Edifica), que avalia as construções  (residenciais, comerciais e prédios públicos) quanto à eficiência energética, como já acontece com os eletrodomésticos da linha branca, e já possui parceria com o Inmetro e com a Adene, empresa de Portugal, exemplo no referente à eficiência energética, hoje facultativa, num futuro próximo irá se tornar uma obrigatoriedade.  
(3) COIMBRA. José de Ávila Aguiar. In Curso de Gestão Ambiental: Arlindo Philippi Jr., Marcelo de Andrade Romero, Gilda Collet Bruna editores – Barueri, SP: Manole, 2004, p. 527.  
(4) Por meio ambiente se considera um conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, e incluem toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Meio ambiente também compreende recursos e fenômenos físicos  como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo. Para as Nações Unidas, meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.
 (5) PINHEIRO PEDRO, Antonio Fernando e all. Direito Ambiental Aplicado, obra citada, p. 619.

2ª Expo Virtual de Iluminação Sustentável – LightingNow

O nosso parceiro Portal LightingNow está lançando a segunda edição da sua Exposição Virtual. Isso demonstra o grande sucesso desta idéia tanto junto aos fornecedores quanto ao público.

A idéia é simples: fornecedores adquirem seus estandes virtuais, montam os mesmos e o público visitam a feira através de sites elaborados especificamente para este fim. Veja um exemplo de estande virtual aqui.

Não há necessidade de instalação de nenhum software. A Expo pode ser acessada de qualquer equipamento conectado a internet, seja ele um computador, tablet ou celular. E ainda tem mais: ela fica disponível 24h por dia!!!

Para vocês terem uma idéia da dimensão deste evento, observem os números da primeira edição:

Os Números da 1ª Edição:
16.000 visitas ao portal
6.791 visitantes na expo
43.745 páginas visitadas
550 profissionais no Workshop

Os Expositores
GE
PHILIPS
BRILIA
LIGHT DESIGN
INTEGRATTA
LEDPLUS
LUME ARQUITETURA
EFILUX
SSL LEDS
UTILUZ
ILUFLEX

Lembrando que todo o público é formado maciçamente por profissionais ligados à iluminação

Quais as vantagens desta exposição virtual?

Benefícios p/ Expositores

Baixo Investimento
Abrangêcia Nacional e Internacional
Sem locação de “Chão” e Montadora
Sem despesas com Viagens e Staff
Sua empresa não “pára” em virtude da Expo
288 horas disponíveis à visitação
Sem produção de Gráfica p/ Visitantes
Sem consumo de Energia Elétrica
Evento Sustentável

Benefícios p/ Visitantes

Visitação com horário flexível (24 horas)
Otimize de seu tempo (visite quando puder)
Sem despesas com Viagens e Hospedagem
Sem a ausência de seu Trabalho ou Faculdade
Material por Download (sem papel)
Interação com os Expositores
Vídeos, Animações e Apresentações
Informações atualizadas em tempo real
Evento ambientalmente correto

O que pode ser disponibilizado no Stand Virtual?

Apresentação de sua Empresa
Catálogos
Folders de Lançamentos
Fotos de Produtos e Institucionais
Cases de Sucesso
Vídeos em Geral
Apresentações em Power Point
Downloads Diversos
Links Externos
Contatos Comerciais e tudo mais que puder ser “virtualizado”

A Feira Virtual é uma oportunidade única para disponibilizar ao público visitante, tudo o que um “Stand Convencional” pode oferecer, porém com um custo infinitamente inferior.

Entre em contato com o Departamento Comercial e conheça a proposta exclusiva para disponibilizar o seu Stand Virtual na 2ª Edição.

Apresentando: Madeplast

Meio Ambiente

Quando o assunto é Meio Ambiente é preciso ficar atento, pois nem sempre é atribuída a devida importância a este tema. Uma questão importante é saber a diferença entre produtos recicláveis e reciclados.

Produtos sustentáveis são aqueles cuja matéria prima utilizada em sua composição não foi extraída da natureza, e sim, reaproveitada a partir de resíduos. Esses resíduos reciclados são os que se transformam em produtos sustentáveis, pois contribuem para a limpeza do meio ambiente, evitam a exploração dos recursos naturais e ainda geram renda. No Brasil apenas 11% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados, portanto, são produtos sustentáveis apenas aqueles produzidos a partir dessa porcentagem.

No âmbito da preservação do meio ambiente, a MADEPLAST impacta diretamente na redução do extrativismo florestal, na medida em que usa resíduos de madeira proveniente da indústria de transformação e também impacta indiretamente na redução do passivo ambiental pelo uso de plástico reciclável, impedindo sua deposição no meio ambiente.

Mesmo na própria planta industrial da MADEPLAST, a preservação do meio ambiente é mantida. Na medida em que os resíduos de compósitos de seus processos podem ser recicláveis na própria indústria, não gerando qualquer resíduo prejudicial ao meio ambiente.

Produto

A MADEPLAST tem como foco principal oferecer ao mercado um produto inovador e ambientalmente sustentável, denominado “madeira plástica”. É um produto que apresenta características visuais e mecânicas idênticas às da madeira convencional, com os benefícios físico-químicos do plástico.

O produto substitui a madeira convencional, com significativas melhorias, pois é possível serrar, cortar, pregar, parafusar e trabalhar utilizando as mesmas ferramentas e máquinas da madeira convencional, com ganhos funcionais, de acabamento e de sustentabilidade ambiental, representando um melhor custo benefício.

É um produto ecologicamente correto, pois tem como matéria-prima principal os resíduos plásticos, sendo possível também a incorporação dos resíduos de fibras vegetais. É também reciclável, pois o descarte do produto pode ser reincorporado à linha de produção.

Vantagens da Madeplast

Madeira ecológica na Cor Teca ou Mogno;
Produto sustentável, pois utiliza como matéria-prima resíduos de plásticos e madeira, evitando desmatamento das florestas tropicais;
Aparência similar à da madeira com a resistência do plástico;
É imune a pragas como cupins e fungos;
Sem manutenção, pois não necessita aplicação de verniz, antifungo e selador;
Pode ser cortada, parafusada, pregada e colada como a madeira convencional;
Pode ser trabalhada com as mesmas ferramentas aplicadas na madeira natural;
Não racha, não solta farpas e aplicada corretamente não empena;
Resistente a abrasão e elevadas cargas entre os vãos de apoio.
Facilidade de escoamento da água;
Baixa absorção de água e umidade;
100% reciclável e reciclada;
resistente à corrosão natural;
pode ser lavada com água e sabão;
10 anos de garantia.

Contatos:
Rodovia Curitiba – Ponta Grossa BR 277 nº 3903 Mossunguê – Curitiba – PR
http://www.madeplast.com.br/
madeplast@madeplast.com.br
Fone: (41) 3045-4050

Insista, invista e contrate um Designer de Interiores/Ambientes.

Vivemos um período onde cada dia mais o mercado exige profissionais especializados e não cabem mais aqueles generalistas. Assim como na medicina existem diversas especialidades (cardiologia, dermatologia, irologia, etc etc etc), nas áreas de engenharia e arquitetura também aconteceu isso.

Das necessidades cada vez mais específicas e personalizadas nos projetos um novo profissional surgiu: o DESIGNER DE INTERIORES/AMBIENTES.

Bem diferente do que se escrevem, dizem e pregam por aí – “O designer onera uma obra, é um profissional incompleto e limitado, etc,etc,etc” – pode ter a certeza de que este profissional foi devidamente treinado para otimizar os espaços e os custos.

O DESIGNER aprende durante 2,5 a 5 anos universitários (e outros tantos mais de prática profissional através de estágios e mercado) sobre a melhor maneira de otimizar os espaços arquitetônicos para que atendam às suas necessidades de uso diário. Esta otimização pode referir-se à um novo layout, à iluminação, à ventilação, à circulação ou à uma mistura disso tudo, sempre preocupado com o usuário e suas necessidades REAIS. Uma das premissas do profissional de Design é o trabalho desenvolvido através dos conhecimentos de ecologia, sustentabilidade e eficiência energética.

Sim, o DESIGNER também minimiza instalações (elétrica, hidráulica, esgoto), projetando suas interligações para que todos os elementos sejam compatíveis. Ele une estética e função seja em projetos de interiores ou exteriores.

O DESIGNER desenvolve um projeto executivo a partir do anteprojeto – que é apenas a parcela que o leigo re(conhece) -, onde os detalhamentos (de alvenaria, esquadrias, carpintaria, mobiliários, revestimentos, cores, texturas, etc etc etc) viabilizam a construção.

O DESIGNER acompanha toda a execução da obra. Assim ele tira as dúvidas dos operários envolvidos e soluciona as novas demandas (alterações) dos proprietários em tempo hábil, para que o cronograma não seja prejudicado. É também o coordenador dos projetos complementares como paisagismo, luminotécnica e sonorização.

Portanto, INSISTA no DESIGNER!

Se você vai construir, é importante contratar este profissional desde o início para que ele possa trabalhar junto com o arquiteto que construirá o seu sonho. Por mais que o arquiteto não queira, INSISTA no DESIGNER! É o DESIGNER que tornará o seu sonho usável, acessível, esteticamente agradável e aconchegante.

INVISTA NO DESIGNER!

Se você vai fazer alguma intervenção (projetos, obras, reformas), seja residencial, comercial ou institucional, de pequeno ou grande porte, INVISTA e CONTRATE um DESIGNER.

Ele é o profissional mais apto a solucionar as suas demandas, a deixar o projeto “com a sua cara” e atender ÀS SUAS NECESSIDADES pois estudou especificamente para isso.

Afinal, sua casa não é produto descartável, e seu tempo é precioso e o seu dinheiro não floresce em árvores.

Insistir, investir e contratar um DESIGNER é ter a certeza de que o seu investimento e os seus sonhos serão realizados.

Deu branco II

Já falei aqui sobre esse hiato que dá na gente – o BRANCO TOTAL. Ele é recorrente de tempos em tempos e sempre chega carregado de ansiedade. Até porque o sentimos em épocas em que precisamos muito produzir. E nada. A gente olha a tela do computador ou a folha em branco. E nada. Isso quando as ideias não se embaralham e nada sai de novo….

Nessas horas é bom lembrar da sustentabilidade. Reduzir. Re-usar. Reciclar

REDUZIR: sim, nas horas do branco é bom lembrar de descarregar o cérebro. Ele deve estar entulhado de pensamentos, tarefas e coisas que ocupam espaço das mais importantes. Ou prioritárias. Então é sempre bom jogar para fora. Deixar sair. Como? Pegue um papel (as costas de um usado ou de uma propaganda que você não pediu servem) e faça uma lista das coisas que estão na cabeça, sem normas. Apenas faça. Deixe a nuvem sair. Depois largue num canto e vá tomar um copo d’água ou um café. Depois de um tempo, olhe a lista e com lápis de cor vá sublinhando conforme suas prioridades. vai ver que vão sair umas ideias novas no meio da barafunda…E depois jogue fora o que não interessa.

RE-USAR: Folheie trabalhos antigos, leia artigos passados, se inspire em coisas que já fez. Quem sabe não dá para aproveitar algo que já fez com uma pinceladinha aqui e ali ?

RECICLAR: Recicle modos de vida, recicle ideias, recicle o modo de se divertir. Brinque, ria. Apague o computador e dê um telefonema. Dê um abraço, faça um carinho. Lembre que você é gente e que a troca é que sustenta as relações. Mostre que você é uma pessoa preocupada com uma espécie quase em extinção : gente que sente e se preocupa.

E depois disso tudo, garanto que você nem vai estar preocupado com o branco. Sua vida vai voltar a ter cores.

Fonte: Arquitetando Idéias

ainda dá tempo: 350.org

A campanha internacional 350.org acaba de lançar uma convocatória para o Dia Global de Soluções Climáticas, no próximo 10 de outubro (10/10/10), quando promoverá em todo o mundo eventos de combate ao aquecimento global.

A 10/10 é uma campanha que começou na Inglaterra em 2009 para ajudar e unir um movimento de cidadãos, escolas, organizações, governos e empresas para cumprir o ambicioso objetivo de reduzir as suas emissões em 10% até 2010.  A 350.org Brasil, está liderando nacionalmente a Campanha 10/10/10  para apoiar as pessoas que querem aderir a este objetivo, e para coordenar projetos de sustentabilidade em todo o Brasil no dia de Soluções Climáticas em 10/10/10.

Quem quiser se juntar ao movimento, pode participar dos eventos já definidos (mais aqui) ou organizar a sua própria ação. Algumas sugestões: plantar árvores, divulgar projetos de energia solar, promover uma marcha ou pedalada, trabalhar em uma horta orgânica ou ajudar na limpeza de parques e praias.

O site da 350.org, com versão em português, conta com um espaço para o cadastro dos eventos já definidos. Até agora, foram contabilizadas mais de 1.300 ações. Na home da campanha Tic Tac Tic Tac, que apoia a 350.org, você encontra materiais para produzir camisetas, faixas e banners com a mensagem “Estamos colocando as mãos à obra – e vocês?”

A 350.org ainda pede que o organizador não deixe de fotografar ou filmar a atividade. A campanha pretende reunir todos esses registros em um grande mosaico e divulgá-los para os governantes e a mídia em todo o mundo.

Para inscrever seu evento, clique aqui.

100% Nacional – José Alcino Alano

Quem é José Alcino Alano? De que faculdade ele vem? Qual a sua formação cadêmica?

Nada disso importa pra mim. O que vale é a consciência ecológica dele e de sua família e de sua capacidade inventiva.

Um senhor da cidade de Tubarão-SC,  já aposentado e bastante incomodado com os rumos que nosso planeta está tomando e com o descaso das pessoas com as questões ambientais. Tanto que abre mão dos direitos autorais deste projeto por ele desenvolvido em prol de um bem maior: nosso planeta. Digno de aplausos e reconhecimento.

Portanto, fica aqui neste post, a minha humilde contribuição à ação por este também humilde senhor e sua família.

Aquecedor solar de garrafas PET e caixas tetra pak.

Este é o produto desenvolvido pelo sr José.

Além do quase zero impacto ambiental, este produto é ecologicamente correto e tem uma eficiência energética altíssima. O desempenho pode chegar a 37ºC no inverno e 50ºC no verão, proporcionando uma economia de aproximadamente 35% de energia elétrica.

O melhor de tudo é que o custo para o desenvolvimento deste produto é baixíssimo e pode facilmente ser construído por você mesmo. Basta começar a recolher garrafas PET transparentes e caixas de leite tetra pak com os amigos e parentes, comprar poucos materiais hidráulicos e baixar GRATUITAMENTE a apostila que ensina a montar o equipamento através deste link.

Abaixo um vídeo mostrando o projeto e a sua aplicação:

O malhor de tudo é que não é preciso nenhuma bomba para movimentar a água. O sistema funciona sozinho através de um sistema conhecido como termo-sifão, como fica bem claro no vídeo.

Mais uma vez, parabéns ao sr João e sua família!

Encontrei este produto no excelente Design Atento.

Programa Habitare disponibiliza publicação que mostra processo de construção de vila ecológica na Amazônia

O Programa de Tecnologia de Habitação (Programa Habitare), da FINEP, disponibilizou em seu portal uma cartilha sobre a construção de uma vila ecológica na Amazônia. O protótipo com oito casas geminadas está na Reserva Florestal Adolpho Ducke, km-26 da AM-010, em Manaus (AM). A edificação apresenta uma alternativa para habitações multifamiliares.

Além dos materiais normalmente empregados, como cimento, areia, barro, madeira e telhas cerâmicas, foi utilizado o bambu como componente de painéis pré-fabricados de paredes, revestidos com barro. A modulação arquitetônica da VilaEco resultou em nove tipos de painéis. Para dar suporte à sustentabilidade da proposta, foi definido um plano de cultivo de bambu.

A vila protótipo busca gestão e economia da água. Foi instalado um sistema simplificado que permite a redução no consumo de água potável com o aproveitamento da chuva, que abunda na região. A construção tem também estação de tratamento de esgoto.

A publicação disponível para download gratuito mostra como foi construída a vila, desde a locação e suas fundações até a implantação do sistema de captação e utilização de águas pluviais. Descreve também como foram produzidos os painéis pré-fabricados de bambu e seus componentes, elaborados no Laboratório de Estruturas de Engenharia, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

“É um sistema construtivo que promove intervenções no meio ambiente de forma responsável”, descrevem os participantes do projeto, executado com apoio financeiro do Programa Habitare.

Mais informações: Marilene G. Sá Ribeiro e Ruy A. Sá Ribeiro

Acesse a publicação: cliquei aqui

Fonte: Assessoria de Imprensa do Programa Habitare

Wall-E

Ontem tive o prazer de pegar na locadora o DVD com o desenho Wall-E.

Como trata-se de um desenho e que tenho visto e ouvido muitas crianças falando sobre o filme porque o robozinho é bonitinho e vários outros etecéteras similares, peguei sem muitas expectativas… Seria apenas mais um desenho.

Porém a surpresa foi grande!!!

Não se trata de apenas mais um desenho. Cheguei até a comentar com um amigo que estava assistindo junto que este desenho é bem mais indicado para os adultos que para as crianças.

Wall-E é um “robô lixeiro” que tem a missão de limpar o planeta terra depois que a raça humana conseguiu finalmente destruir tudo, restando apenas este robô, lixo e uma barata.

Um alerta sério não somente sobre a destruição do planeta – aquecimento global, lixo, etc – mas também sobre a alienação gerada pela informatização e a perda da capacidade motora gerada pelo uso de máquinas no lugar de humanos.

Porém, ao contrário dos documentários que passam aquela imagem agressiva e nos faz ficar com raiva, o romance entre Wall-E e EVA faz a coisa ficar mais leve e acaba por nos fazer pensar seriamente sobre o assunto abordado no filme.

A estética da animação é muito interessante e as cenas mais que bem trabalhadas.

O mais interessante é que quase não existem diálogos entre os personagens, especialmente entre os robôs, mas mesmo assim a mensagem é passada com perfeição.

Quem quiser ver uma excelente resenha sobre o filme acesse o site Projeto Bonsai.

Vale a pena assistir!

Pavimento de concreto ganha espaço nas ruas de Curitiba, no Paraná

Fonte: Paraná Shop – 17.12.2008

Paraná – Dentro de uma cultura em que os buracos fazem parte das vias, que representam desafios e prejuízos, fica difícil acreditar que existam aquelas que duram mais de dez anos sem reparos, que ajudam a evitar acidentes, a economizar energia elétrica, pneus, combustível e também os custos aos cofres públicos. Mas em Curitiba (PR), o aumento de vias urbanas pavimentadas em concreto já demonstra, na prática, essa realidade. Na capital, atualmente, duas importantes obras da prefeitura destacam as vantagens da técnica – a Linha Verde, que inaugura nesta sexta-feira, dia 19 de dezembro, e a revitalização da Marechal Floriano Peixoto. A escolha da pavimentação em concreto, entre outras soluções possíveis, foi decidida ainda na fase dos projetos, que analisou custos de construção e manutenção, vida útil, e características de operação da via.

O pavimento de concreto ganhou notoriedade em razão da sua qualidade e durabilidade, que pode ultrapassar 20 anos, com índices baixos de manutenção. Além disso, indicado para tráfego pesado e contínuo, se sobrepõe às técnicas convencionais em vias de muita frenagem e aceleração. “A pista de concreto tem condições de agüentar veículos mais pesados e trânsito mais intenso”, afirma o engenheiro Carlos Roberto Giublin, gerente regional da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland, entidade que presta assessoria à prefeitura de Curitiba.

Em Curitiba, equipamentos de alta tecnologia são utilizados na execução das obras. “Com eles, a relação custo/benefício muda completamente, viabilizando a competitividade do pavimento de concreto”, afirma o engenheiro Lívio Petterle Neto, diretor do departamento de pavimentação da Secretaria Municipal de Obras Públicas de Curitiba. “Além de racionalizar a obra e os custos, o concreto, por ser mais claro, reflete melhor a luz, permitindo uma iluminação segura, com menor consumo de energia”, completa.

Sustentabilidade

Com tamanha eficiência de resultados, o pavimento de concreto é uma chance de reverter o quadro nacional de rodovias mal conservadas. Outra característica positiva é sua baixa geração de resíduos. “É um sistema construtivo que gera menos impacto ambiental. Aliado ao baixo desperdício de dinheiro público, ele contribui com a economia nacional e para o desenvolvimento sustentável da sociedade”, diz Giublin.

Linha Verde

Dividida em dois lotes de obras, a Linha Verde vai contar com um complexo de doze pistas de tráfego de veículos, vias de transporte coletivo e oito estações de embarque e desembarque de passageiros – essas, em pavimento de concreto. O primeiro lote tem onze quilômetros e vai ligar os bairros do Pinheirinho e Jardim Botânico. A segunda fase tem início no segundo semestre de 2009 e vai completar o novo eixo de integração de Curitiba.

100% Nacional – Julia Krantz

Combinar o design de móveis em madeira com uma preocupação ambiental é uma das características do trabalho de Julia Krantz. Formada em arquitetura pela FAU-USP, sua linha de produção deixa transparecer o poder orgânico da madeira, em um cuidado minucioso de artesania que faz essa matéria-prima dialogar com sua condição original, através de formas que suscitam algo para além da simples utilidade cotidiana. Nesse trabalho, a ecologia tem papel fundamental. A designer, associada ao grupo de compradores de produtos florestais certificados e detentora do selo de certificação do FSC, possui o compromisso de se utilizar apenas de materiais obtidos através do manejo sustentável, se recusando a se servir de madeiras ameaçadas pela extinção. A difusão e valorização de espécies pouco conhecidas da floresta tropical, associada ao combate da degradação ambiental, se somam a uma concepção artística da utilização dessa matéria-prima tão especial em recursos. O cuidado e o fascínio pela natureza transparecem nas produções de seu trabalho, em cujas peças se pode verificar uma continuidade em relação a imensa riqueza de desenhos, cores e formas que a floresta oferece as mãos de um artista criativo.

Julia Krantz

Algumas dicas

Bom pessoal, já perceberam que nesta semana que está terminando eu não postei quase nada. Isso se deve à correria de final de ano.

Quem já trabalha na área sabe que final de ano é sempre assim. Além dos projetos de Interiores e Ambientes dos clientes que querem suas casas renovadas para as festas de fim de ano, temos ainda as decorações natalinas. Haja fôlego.

Mas para não deixar vocês leitores órfãos, vou postar algumas dicas rápidas aqui:

1 – Lar Doce Lar

Para quem curte este programa, pode rever os vídeos das reformas já realizadas através do site

http://tvglobo.caldeiraodohuck.globo.com/lardocelar/

Muito bom!!!!

2 – Cursos de Arte Floral

A Floral Design Brasil está com alguns workshops programados para o final de ano e inicio de 2009. Acesse o site e confira a programação.

3 – Feiras 2009

As feiras de 2009 já estão com o credenciamento online para visitantes.

Kitchen & Bath

Feicon

Movelpar

4 – TV por assinatura

Alguns canais de TV por assinatura oferecem excelentes programas para nossa área.

No Discovery Home&Health está passando uma temporada Eco Renovação. É um programa muito bom sobre novas construções eco-sustentáveis e aquelas já construídas onde os proprietários “compram” as idéias sustentáveis e permitem as implantações propostas pelos arquitetos e designers.

Além desse, tem o Design Divino – com a Candice – que é naquela linha de renovações rápidas. Muita coisa interessante aparece por lá.

Tem também o Trading Spaces onde vizinhos trocam de casa e reformam um dos cômodos. As vezes tudo sai bem, mas de vez em quando erram feio rsrsrsrs Vale a pena.

Já no Discovery Channel, o melhor que acho é o Mega Construções.

No National Geografic Channel encontramos uvasta grade sobre o Meio Ambiente e também alguns sobre engenharia, arquitetura e Design. Além dos sempre excelentes sobre arqueologia e história.

Todos eles apresentam em seu site uma resenha sobre os programas já apresentados e, em alguns casos, vídeos e uma enorme galeria de imagens. Excelente fonte de pesquisa.

Bom, acho que com essas dicas já me redimi pela ausência da semana.

Espero que curtam bastante todas elas.

Móveis de madeira sustentável preservam a mata nativa

Novo conceito de móveis, o Biomóvel é caracterizado pela sustentabilidade do processo de produção e desenvolvimento do design

Os produtos de madeira sustentável como o pinus e eucalipto estão voltando com força total ao cenário do mercado brasileiro de móveis. O conceito foi o tema do evento Biomóvel que aconteceu nos dias 19 e 20 de novembro, do Hotel Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo. O objetivo foi discutir a produção de móveis a partir de madeira de manejo, ou seja, que respeita e preserva a mata nativa como mogno, canela, imbuia, araucária, entre outras.

“O fato dos móveis serem produzidos de madeira sustentável ajuda a conservar a mata nativa. Pois, se não houver demanda para o corte de madeiras nobres, as florestas serão conservadas. Comprando biomóveis alivia a pressão na demanda de madeira com origem desconhecida”, alerta Alexandre Battistella, diretor da Battistella Operações Florestais.

Atualmente, no Brasil, mais de 250 cidades com mais de 100 mil habitantes concentram um potencial de consumo de R$ 22,7 bilhões em móveis, o equivalente a 70% do total nacional. Neste universo, o principal destaque é o estado de Santa Catarina. Em 2005, o estado sagrou-se como grande exportador brasileiro de móveis, com a comercialização de mais de US$ 449 milhões, respondendo por 41,8% do total de exportações de móveis do Brasil. Hoje, este índice já chega a 47% e os maiores compradores são os países da Europa e os Estados Unidos.

O novo conceito de móveis, o Biomóvel é caracterizado pela sustentabilidade do processo de produção e desenvolvimento do design. Ou seja, a cultura na produção de móveis por parte das indústrias será a partir de processos de fabricação que atendem a todos os requisitos socioambientais, além de qualidade e bom gosto.

“São móveis em madeira maciça reflorestada, produção limpa e que foram produzidos com todo o cuidado para atender as exigências da legislação européia”, explica Ari Bruno Lorandi, diretor da Central da Excelência Moveleira idealizador deste novo conceito no Brasil.

A preocupação em produzir com sustentabilidade faz parte da história da Battistella, que mantém reservas florestais próprias, programa de manejo e condução correta dos cultivos florestais e um centro de pesquisa dedicado a melhoria genética. O conjunto dessas ações resulta em árvores mais retas, com menos galhos e com madeira de qualidade cada vez maior, possibilitando o melhor aproveitamento e rendimento pelas indústrias moveleiras. “Por exemplo, o móvel de Pinus, além de ser um produto ecológico e que faz bem ao meio ambiente, resistente, ótima qualidade e que tem novos designs”, complementa Alexandre.

Paralela à importância da preservação ambiental está a certificação das florestas. O manejo florestal da Battistella é certificado pelo Forest Stewardship Council que atesta que o plano de manejo da empresa atende aos principais requisitos de equilíbrio ecológico, econômico, operacional e social. O selo é reconhecido internacionalmente entre empresas que trabalham com produtos florestais. “O consumidor brasileiro precisa perceber que ao adquirir um móvel fabricado com madeira proveniente de uma floresta certificada ele está contribuindo para o meio ambiente”, declara.

Até o momento, 20 empresas filiadas ao Sindusmobil, Sindicom (Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Rio Negrinho) e Arpem (Associação Regional da Pequena Empresa Moveleira) confirmaram presença no evento de lançamento do Projeto Biomóvel, em São Paulo. Para comprovar a qualidade do móvel, os produtos receberão um selo de certificação que será fornecido pelo SENAI, o qual garante sua origem.

História do Biomóvel

O desenvolvimento do Biomóvel teve como base o projeto Green Home, elaborado na Toscana, Itália. A estratégia do Biomóvel integra todos os níveis de desenvolvimento do produto e associa vantagens competitivas como a redução dos materiais utilizados e dos resíduos de produto. O projeto orienta e dá indicações sobre os materiais que devem ser utilizados ou evitados, os padrões para o móvel ecológico até o selo de qualidade ambiental para o Biomóvel.

O conceito do Biomóvel acompanha todo o ciclo de vida do produto, desde o nascimento e até morte. Os processos são compostos das seguintes fases: pré-produção (produção dos materiais e semi-acabados utilizados no processo); produção (transformação dos materiais, montagem e acabamento); distribuição (embalagem, transporte e armazenamento) e até a utilização (manutenção).

Nas fases de criação e produção do móvel, aspectos fundamentais devem ser considerados: projetar produtos multifuncionais, evitar o super dimensionamento dos móveis, escolher processos produtivos que reduzem o consumo de materiais, otimizar o consumo de energia na produção e utilizar embalagens recicláveis.

fonte: O Bonde

A energia solar ao alcance de todos

Fonte: Jornal do Brasil – 13.11.2008


 

Rio de Janeiro – Conhecido pela harmonia com a natureza e pelo sol intenso durante o ano, o Rio ainda está engatinhando quando se trata do uso de energia solar em substituição ao chuveiro elétrico, o maior vilão das contas de luz. Mas uma ONG paulista vem multiplicando pelas residências da cidade um aquecedor solar de baixo custo que possibilita economia de até 40% ao fim do mês – podendo chegar a 60%, como no caso de um centro cultural em Santa Teresa. Enquanto em cidades de São Paulo o equipamento já é uma realidade, no Rio o governo do Estado ainda tenta fazer valer a lei – aprovada no início do ano – que exige a implantação do sistema em todos os prédios públicos estaduais. Nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, o sistema está previsto apenas em parte do Complexo de Manguinhos.

O aquecedor solar de baixo custo foi desenvolvido pela ONG Sociedade do Sol, junto do Centro de Tecnologia da Universidade de São Paulo, que disponibilizou o manual de instalação na internet. Com materiais simples como tubos e forros de PVC (usado em tetos de escritórios), o técnico de informática Hans Rauschmayer vem promovendo cursos de instalação do equipamento no Rio e, esta semana, foi convidado para divulgar o sistema nas prefeituras de Búzios, Macaé e Itaguaí.

– É tão simples que muitos não acreditam – conta Hans. – A água pode atingir até 60 graus, mas há um sistema de segurança, e a temperatura pode ser regulada a partir da instalação de um segundo registro, com água fria.

Os forros de PVC, pintados de preto, transformam-se num coletor solar ligado à caixa d’água, devidamente revestida por isolamento térmico. Por ser mais densa, a água fria passa por dentro dos canais dos forros e empurra automaticamente a água quente para dentro da caixa, sem necessidade de automação elétrica. A água quente, porém, pode durar no máximo três dias, caso não haja sol. Todo o sistema custa em torno de R$ 300 e pode gerar até 60% de economia, como aconteceu no Centro Cultural João Fernandes, em Santa Teresa.

Freezer vira caixa d’água

O administrador do Centro, Paulo Sérgio da Silva, foi ainda mais original: pegou dois freezers que serviam de depósito de bebidas e os reaproveitou como caixas d’água, já com o devido isolamento térmico. Com os 600 litros de água quente, mais de 20 pessoas tomam banho por dia no Centro, que serve ainda de abrigo a turistas participantes de trabalhos sociais do local.

– Antes, eu gastava em torno de R$ 500 com luz, e hoje não chega a R$ 300 – lembra Paulo. – Para nós, que dependemos de doações, foi um ganho enorme. Temos aquecedor solar em quatro banheiros, e estamos planejando instalar em outros dois.

Morador de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, Ronaldo Fonseca Rocha fundou uma empresa para revender o sistema. Em mais de 10 anos, porém, não vendeu o equipamento a mais de 200 pessoas.

– Em Belo Horizonte e Juiz de Fora, vendemos bastante, mas no Rio é muito pouco – afirma.

No interior de São Paulo, por exemplo, a demanda também é grande porque as prefeituras dão desconto no IPTU para quem instalar o equipamento.

Estado tenta implantar sistema em prédios públicos

O governo do Estado tem se esforçado para substituir parte da energia elétrica em seus imóveis, mas, desde o início do ano – quando a lei entrou em vigor – apenas dois prédios implementaram o novo sistema. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(Uerj) também desenvolve um aparato semelhante ao da Ong Sociedade do Sol, mas ainda está em fase de testes.

No início do ano, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico criou o Programa Estadual de Racionalização do Uso de Energia, com o objetivo de estudar e pôr em prática todas as leis aprovadas nesse sentido. Em novembro, a Santa Casa de Misericórdia de Resende substituiu 43 chuveiros elétricos pelo sistema de aquecimento de água por energia solar, promovendo uma economia de energia elétrica de cerca de 30%. O sistema, porém, custou aos cofres públicos R$ 199 mil.

No mês seguinte foi a vez do Hospital Universitário Pedro Ernesto economizar os mesmos 30%, desta vez feita a partir da modernização do sistema de refrigeração da unidade. O investimento no projeto chegou a R$ 2,2 milhões, mas não há previsão de substituição da energia elétrica.

A lei, de autoria do então deputado Rodrigo Dantas (DEM), hoje secretário municipal de Obras, obriga o Estado a implementar aquecimento solar em até 40% da água utilizada nos prédios públicos. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a lei vem sendo cumprida em prédios reformados e nas novas licitações. Nas obras do PAC, porém, apenas parte de Manguinhos receberá um projeto piloto com os aquecedores.

– Ainda temos pouco tempo de estudo, mas muito já foi feito – argumenta o superintendente de energia, Luiz Antônio Almeida Silva.

Uerj realiza estudos

A Uerj pesquisa um sistema semelhante ao desenvolvido pela Ong Sociedade do Sol, mas construído com aço galvânico, mais barato do que cobre e alumínio. O sistema da Uerj deverá custar entre R$ 300 e R$ 500. Manoel Antonio Costa Filho, coordenador do laboratório de energia solar do Centro de Estudos e Pesquisas em Energias Renováveis, explica que o estudo ainda precisa aprimorar o isolamento térmico.

O mais importante é evitar custos freqüentes com manutenção, e, por isso, adotamos o aço – explicou Manoel. – Mas estamos desenvolvendo formas de isolamento térmico da caixa d’água, já que temos muitas tecnologias disponíveis no mercado nacional.

Nova praça: do lixo nasce uma flor

Nesta terça-feira os moradores de São Paulo terão mais uma opção de lazer: a Praça Victor Civita, em Pinheiros. A beleza desta iniciativa foi a de transformar em praça um terreno degradado que funcionou como centro de processamento de lixo até 1989, e que era ocupado por três cooperativas que faziam a separação do lixo da região. A solução? Foram criados decks de madeira certificada e concreto (como você vê na imagem do projeto), que isolalados isitantes das áreas de solo contaminado.  Agora o lugar será um espaço de informação e reflexão sobre a preservação ambiental. Através dos decks de madeira que guiam o passeio pela Praça, a comunidade poderá descansar e participar, gratuitamente, de atividades físicas, culturais e educativas.  O terreno tem cerca de 14 mil m² e conta co uma arena para espetáculos com arquibancada, equipamentos de ginástica ao ar livre e pista de caminhada . A primeira semana de funcionamento está com uma programação especial (veja na continuação da matéria). Serviço: Rua Sumidouro, 580 – Pinheiros

Dia 4:  debate “O que é Sustentabilidade Afinal?”, que acontece às 12h e terá a presença do filósofo Renato Janine Ribeiro, do professor da FEA/USP, João Furtado e do presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar. O debate será mediado pela jornalista Patrícia Palumbo, da Rádio Eldorado.
Dia 6, também às 12h, o público poderá assistir a um concerto didático com o instrumentista Charles da Flauta e apresentado pelo jornalista Gilberto Dimenstein.
 
Exposição permanente: Sobre as formas, materiais e tecnologias empregadas na reabilitação ambiental do terreno, além de abrir espaço para intervenções artísticas, um bom exemplo de como a arte pode ser pensada em espaços públicos. O objetivo é tornar a Praça Victor Civita um modelo a ser reproduzido em outras localidades, por tratar-se de um centro de convivência e qualidade de vida originado da transformação de uma área pública em condições precárias.

Sugado: O Guia Verde

Quem dera as administrações públicas tivessem um pouco mais de visão e consciência ecológica, sem contar ainda com a de embelezamento urbano e promovessem ações como essa.

Inmetro inclui lâmpadas em programa de etiquetas

Fonte: Revista Lumière – Setembro/2008
 
Brasil – A partir de 1° de fevereiro de 2009, nenhuma lâmpada incandescente ou fluorescente compacta poderá ser fabricada ou importada no Brasil sem seguir as especificações do Programa Brasileiro de Etiquetagem, do Instituto Nacional de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial (Inmetro).

As lâmpadas deverão trazer na embalagem o selo indicando a sua eficiência energética, que levará em conta o consumo de energia da lâmpada, a luminosidade e sua vida útil. Os resultados serão divididos em seis categorias: A, B, C, D, E e G, sendo a A a categoria mais eficiente e a G a menos econômica. Segundo o gerente de regulamentação do Inmetro, Gustavo Kuster, os resultados das lâmpadas brancas sempre serão melhores. “A mais eficiente das incandescentes não é melhor que a pior das fluorescentes”, explica.

O objetivo é mostrar ao consumidor que, apesar de serem mais caras, em longo prazo as lâmpadas fluorescentes valem mais a pena. De acordo com o critério, todas as incandescentes terão classificação abaixo das lâmpadas brancas. “Se fizéssemos uma classificação para cada tipo de lâmpada, o consumidor poderia achar que a incandescente A fosse equivalente ao A da fluorescente”, explica Kuster.

Os lojistas só serão obrigados a vender os produtos etiquetados a partir de 12 de agosto de 2009. O prazo de fevereiro a agosto será para que os estoques sejam escoados. Estão fora do programa de etiquetagem as lâmpadas fluorescentes maiores, normalmente usadas em escritórios, pois ainda estão em fase de estudos, e as decorativas. Apesar disso, Kuster já está satisfeito com o resultado do programa. “Nós já estamos abrangendo 95% do mercado de lâmpadas do Brasil”, comemora.

Rua ecológica

Holanda testa pavimentação que absorve os poluentes emitidos pelos carros

por: Luciana Sgarbi

Uma das soluções para a crise ambiental que tanto ameaça o planeta pode estar sob os nossos pés. Pesquisadores e ambientalistas do Japão e da Holanda anunciaram na semana passada a criação da primeira “rua ecológica” capaz de absorver boa parte dos poluentes lançados pelos automóveis na atmosfera. Não é pouca coisa. Estima-se que cerca de 50% da poluição do ar nas grandes cidades tenha sua origem nos carros. Mais: o Instituto Umwelt-und Prognose Heidelberg, um dos mais criteriosos do mundo na área do meio ambiente, calcula que cada veículo lance em média vinte quilos de gás carbônico ao longo de dois dias (o metrô leva um mês para poluir em idêntico patamar). Pois bem, para reverter esse quadro, e falando-se em ruas e automóveis, um significativo sinal verde contra a poluição foi dado pelas autoridades da cidade holandesa de Hengelo. Em algumas de suas vias, grupos de engenheiros começarão ao testar esse novo tipo de pavimentação. Experimentada em laboratório, ela transformou partículas de óxido de nitrogênio (NO2), emitidas pelos automóveis, em nitratos inofensivos à saúde humana, graças a reações químicas envolvendo a ação da luz solar e moléculas de dióxido de titânio. Explica-se: no momento em que os raios solares aquecem o cimento, as moléculas de titânio reagem “sugando” o nitrogênio e esse processo faz com que tal nitrogênio se torne nitrato.

“Nas entranhas do cimento restará apenas o pó dos poluentes, e a chuva limpará isso. Ficaremos um pouco nas mãos da natureza no que diz respeito aos índices pluviométricos, mas isso é melhor do que ficar à mercê da poluição dos carros”, diz o engenheiro-chefe do projeto, Jos Brouwers. O NO2 é um dos principais poluentes liberados pelos motores, juntamente com o óxido de enxofre. Para os países nos quais se concentram altos índices de carros, como por exemplo os EUA e a Alemanha, esse tipo de rua pode não ser a grande solução, mas, certamente, contribuirá para o abrandamento do problema atmosférico. “Estamos em testes, e se der certo poderemos pensar em grandes canteiros de obras para transformar nossas ruas e estradas em purificadores de ar”, diz Brouwers. A Prefeitura de Hengelo está pavimentando trechos de ruas com esse material e deixando outros, intencionalmente, com a pavimentação tradicional. “Medindo e cotejando a qualidade do ar nas duas partes, poderemos mostrar a eficácia desse método”, diz um dos estudos da Universidade de Twente, que se programou para divulgar os primeiros resultados no segundo semestre do ano que vem.

fonte: IstoÉ

Começa em janeiro avaliação energética de prédios

Antonio Gaspar
 
A partir de janeiro de 2009, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) passa a conceder etiqueta às construções que apresentem eficiência energética. Com isso, o consumidor brasileiro ganha mais um balisador que o ajudará no momento da opção por um apartamento, sala ou espaço em um edifício. Podem participar da avaliação empreendimentos com área mínima de 500 metros quadrados abastecidos por, no mínimo, 2.3 quilowatts (2.300 volts).

O diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, disse que a estrutura para avaliação dos projetos já está montada. “Poderemos usar tanto nossos laboratórios quanto os acreditados”, disse. As normas para a concessão da etiqueta foram estabelecidas por um comitê formado por vários ministérios e pelo Inmetro. Segundo Lobo, a adesão é voluntária, mas, ressalta, “o comitê tem poder, definido por lei, para tornar a participação compulsória”.

Além do consumidor, que poderá colocar na ponta do lápis o preço do imóvel e os custos mensais representados pelo consumo de energia, a etiqueta será uma ferramenta importante para os síndicos. “No trabalho de gerenciamento, se o edifício não tiver obtido a categoria A, for C, por exemplo, o síndico saberá exatamente o que tem de ser feito para chegar no melhor patamar”, explica Carlos Alexandre Príncipe Pires, coordenador de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia. Ela chama a atenção da importância da medida como indutora de mudança de comportamento do governo no que diz respeito aos prédios públicos.

Avaliação – As edificações serão avaliadas em três quesitos. Cada um contribui com um porcentual para a pontuação final. O setor de iluminação tem peso de 30%, o de ar-condicionado, 40%, e o envoltório, 30%, explica Pires.

Em outras palavras, os projetos serão avaliados quanto ao número de janelas, fator que define a necessidade de uso de luz artificial e equipamentos elétricos, a qualidade dos materiais elétricos e dos equipamentos do ar-condicionado, os produtos usados na face externa (envoltório), como tijolo (melhor isolante, por exemplo) ou vidro, se há espaço entre o último andar e a laje, se há clarabóia, entre outros. “Todos os cálculos e procedimentos foram realizados e constam em ambiente de informática”, explica Pires.

fonte: CLD