N_Goiânia 2014, mude seu estado_

E aí pessoas estudantes, já estão preparando as malas, mochilas, barracas, fantasias para as festas, dando uma turbinada na inspiração e reforçando a resistência para encarar as atividades do N2014??

ngoianiaEste será o 24º Encontro Nacional de Estudantes de Design (NDesign)

Desta vez será realizado em GO GO GO GO GOIÂNIA!!!

E a data já está certa!!!

De 19 a 26 de julho de 2014.

Fiquem ligados na página do NGoiânia no facebook , pois sempre está rolando promos e detalhes fresquinhos do encontro.

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Vai perder?

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ProDesign>pr x CAU

NOTA DE REPÚDIO À RESOLUÇÃO Nº 51 DO CAU/BR CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL

A ProDesign>pr, Associação das Empresas e Profissionais de Design do Paraná, vem à público se manifestar e posicionar contra a Resolução nº 51 do CAU/BR, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, somando-se às forças que em todo o país se unem veementemente contra a arbitrariedade do referido documento.

Como uma das instituições associativistas mais articuladas do Brasil, e representando seu quadro de membros e empresas associadas, a ProDesign>pr reivindica a revisão imediata e portanto, melhor redação, da Resolução nº 51 do CAU/BR por considerar que esta pode ferir o exercício da profissão de designer, notoriamente instituída no país, apesar de sua não regulamentação, e por entender que esta pode ser contrária aos anseios de todos os profissionais do Design, que de maneira formal e legal, atuam legitimamente e eticamente.

A Resolução nº 51 visa cumprir definições dispostas nos artigos 2º e 3º da Lei nº 12.378, de 2010, que em nosso entendimento passam por cima de profissionais, escritórios de design, centros e núcleos de design, setores de design em instituições públicas e privadas, instituições de ensino e de um histórico de mais de 50 anos de atuação científica e profissional dos designers no Brasil, ao simplestemente desconsiderar a profissão do designer.

Por tudo isto, a Resolução nº 51 pode ferir o exercício da profissão de designer, ainda mais quando determina para fins de Registro de Responsabilidade Técnica o desenvolvimento por arquitetos e urbanistas das seguintes atividades: – Projeto de Mobiliário; – Projeto de Mobiliário Urbano; – Projeto de Design de Interiores; – Projeto de Comunicação Visual para Edificações; – Projeto de Comunicação Visual Urbanística; – Projeto de Sinalização Viária; – Execução de Adequação Ergonômica; – Execução de Reforma de Interiores; – Execução de Sinalização Viária; – Execução de Mobiliário; – Execução de Mobiliário Urbano; – Execução de Comunicação Visual para Edificações; – Execução de Comunicação Visual Urbanística.

Muitas destas atividades sequer são contempladas por grades curriculares em vários cursos de Arquitetura e Urbanismo ao passo que fazem parte das grades curriculares dos cursos de Design. Nos parece que falta esclarecimento sobre o desenvolvimento destas atividades por profissionais que não são arquitetos e urbanistas, deixando uma lacuna que pode variar de acordo com interpretação, o que não é coerente com um documento que visa eliminar dúvidas. Isto acontece também com o Anexo da Resolução Nº 51 que procura definir conceitos descritos na própria resolução e na Lei 12.378. Um exemplo claro é a inclusão da Comunicação Visual como parte integrante da Arquitetura de Interiores, e portanto atividade exclusiva de arquitetos e urbanistas. A Resolução nº 51 do CAU/BR em nosso entendimento, parece aproveitar-se da falta de regulamentação da profissão do designer, que encontra-se neste momento em tramitação no Senado brasileiro.

A ProDesign>pr ainda entende que estas determinações caminham na contramão do trabalho cooperado entre arquitetos, urbanistas e designers, na solução de problemas para as nossas cidades, adotando as ferramentas do design e as tecnologias e metodologias desenvolvidas por designers, centradas nos usuários.

Por ainda acreditar na boa fé e nas boas práticas, a ProDesign>pr reivindica em voz uníssona a todas as Associações Profissionais de Design, Instituições de Ensino de Design, Empresas e Profissionais que corroboram dos mesmos ideais e que lutam pela valorização do Designer, a revisão no intuito da melhor compreensão, da Resolução nº 51 por parte do CAU/BR, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.

Curitiba, 30 de agosto de 2013

José Augusto Tulio Filho Presidente ProDesign>pr

fonte:
http://prodesignpr.com.br/inspiracao/noticias/nota-de-repudio-a-resolucao-n%C2%BA-51-do-caubr/

Quero aqui parabenizar ao Tulio e à ProDesign>pr pela excelente nota de repúdio!!!!

Importantíssima neste momento!!!

N Design 2013 – Salvador!

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Pois é pessoal, está chegando mais uma edição do N Design – Encontro Nacional dos Estudantes de Design.

Para quem não conhece e nunca participou, o N Design é um evento político, acadêmico, científico, cultural, anual, itinerante, sem fins lucrativos e sempre vinculado a uma entidade base formada por estudantes de design. É o maior evento de design do Brasil e um dos maiores da América Latina.

A edição 2013 será realizada em Salvador (já montou a sua caravana?) e acontecerá entre os dias 21 e 28 de julho.

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O pessoal da CoNe está trabalhando pesado para garantir a realização de mais um evento mega legal e recheado de conteúdos para todos os participantes.

O tema deste ano é “Insira o seu contexto aqui” e tem por finalidade pegar as milhares de pessoas com objetivos, bagagens culturais e intelectuais diferentes, mas que são unidas por um objetivo além do conhecimento em design: a troca de experiências.

O tema promete. Leia mais sobre o tema 2013 aqui

As inscrições ainda não estão abertas. Por enquanto apenas as para os editais (caso você queira compartilhar um pouco de seu trabalho e produção através de oficinas, veja neste link como participar).

Fique atento à página do N Design 2013 no facebook  e também no site desta edição. Praticamente todos os dias tem novidades quentinhas sobre a edição.

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CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL E EDIFICAÇÃO EFICIENTE

Mais um excelente artigo da Mestre Viviam para vocês:

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL E EDIFICAÇÃO EFICIENTE: UMA BREVE INVESTIGAÇÃO SOBRE PREÇO E VALOR

RITTER, Vivian Fetzner (1)

 

As construções sustentáveis e edificações eficientes, onde se inserem, por exemplo, o controle do uso do solo, a aplicação eficiente dos recursos hídricos, a eficiência energética, a gestão dos resíduos sólidos, a preocupação com o ciclo de vida das edificações, com as energias renováveis, a iluminação sustentável e suas aplicações nas edificações, tem relação direta com a busca da eficiência e a conseqüente minimização do consumo de energia, e tais aspectos, antes de um modismo, estão efetivamente relacionados com o futuro da arquitetura, da construção civil e por que não dizer, com o futuro do planeta.

Atualmente entendemos como mera opção as questões vinculadas à sustentabilidade e às possíveis alternativas de construções sustentáveis, algo que não poderá perdurar por muito tempo. Num futuro bem próximo (2), seremos obrigados a projetar as edificações pautadas na sustentabilidade e eficiência energética. Assim, cogitando, como exemplo, o fim anunciado das lâmpadas incandescentes, outras leis deverão legitimar mudanças urgentes e necessárias, apontando para uma necessária alteração de paradigma.

Imediatamente conscientes da maneira pouco sustentável que a maioria orienta suas condutas no âmbito pessoal e profissional, vislumbramos a virada. Virada esta a nos alertar da necessidade de efetivamente mudar nossas atitudes perante o meio ambiente e todos serão chamados a fazer a sua parte. É preciso – e é possível – começar logo, através de atitudes sustentáveis no escritório, na rua, no trabalho, nas obras, nas nossas casas, nos nossos espaços. Uma mudança de concepção. Os erros do passado precisam ser sepultados. Muitos profissionais se vêem desestimulados e acreditam que a sustentabilidade somente poderia ser adotada nas construções totalmente sustentáveis, as auto- sustentáveis. Um equívoco. Uma construção mais sustentável, onde o “mais” é o fio condutor do projeto. Articular, pensar e repensar quais as lacunas latentes e passíveis de intervenção através da engenharia e da arquitetura capazes de tornar determinada construção mais sustentável e energeticamente mais eficiente.

Especificar este “mais” sustentável fará a diferença.

São infindáveis as alternativas que se apresentam, desde a utilização de placas fotovoltaicas nas construções, as válvulas de descarga com fluxo duplo, o reuso da água, a utilização consciente da iluminação natural e as alternativas para diminuir o consumo de energia através dos aparelhos de ar condicionado, cogitar a ventilação cruzada, atentar para o acionamento e desligamento das lâmpadas fluorescentes preservando, assim, sua vida útil. Enfim, definitivamente, há uma multiplicidade de práticas possíveis de serem adotadas pelos profissionais e por todos os quais desfrutam das benesses da natureza, que deveriam ser respeitadas.

Em razão disso, a atividade dos arquitetos, dos engenheiros e dos designers de interiores é de significativa importância na busca de alternativas concretas para alterar a perspectiva sombria derivada da falta de conscientização no sentido da adoção de boas práticas direcionadas à sustentabilidade. Não basta mais o cidadão ter a preocupação de separar seus resíduos domésticos, algo que ainda não foi adotado pela maioria.  É necessário, cada vez mais, que todos se envolvam na busca de soluções para a matriz energética, com a construção de edificações sustentáveis e eficientes vinculadas à preservação do meio ambiente, onde o consumo dos bens legados pela natureza necessita de preservação imediata e efetiva.

O futuro irá depender, sem dúvida, das escolhas que fizermos, pois “[…] enquanto houver a presença da família humana no planeta Terra. Em todo o tempo que durarem as relações homem-natureza, esta questão estará presente, embora num processo contínuo de mudanças e adaptações” (3).

O crescimento da escassez dos recursos encontrados no meio ambiente (4) requer o desenvolvimento de novas técnicas para a sua administração, com o objetivo de evitar o fim dos recursos disponíveis. Nesse sentido, o aumento da escassez exige um crescimento econômico vinculado ao uso ponderado de recurso não havendo dúvida de que o homem, desde os primórdios da humanidade, está destinado ao crescimento econômico (5).

Trata-se de adotar, com consciência, uma visão multidisciplinar que, apesar de alguma complexidade, integra diversas áreas do conhecimento, a fim de reeditar a diversidade que compõe o próprio mundo onde são indispensáveis conhecimentos de arquitetura, das engenharias, do design, dentre outras.

O crescimento da escassez requer o desenvolvimento de novas técnicas para a sua administração, com o objetivo de evitar o fim dos recursos disponíveis. Nesse sentido, o aumento da carência exige um crescimento econômico vinculado ao uso ponderado de recurso não havendo dúvida de que o homem está submetido ao desenvolvimento econômico.   Por isso, na discussão de preço e valor, que envolve, por exemplo, a escolha de uma lâmpada incandescente ou uma lâmpada led, não afasta a logicidade da opção pela segunda, seja por deixar de contribuir com o aquecimento global, proporcionar uma economia de energia de aproximadamente 70% a 80% em relação ao consumo de uma lâmpada incandescente, pela manutenção, por sua durabilidade, insumos estes inerentes ao conceito de sustentabilidade.  Assim, o preço a ser pago por uma construção pautada pela sustentabilidade e eficiência energética, a curto e médio prazo será muito mais econômica, eficiente e adequada à preservação do meio ambiente.

Partindo de tais premissas, concluímos ser fundamental a adoção de componentes teóricos e práticos possíveis de fomentar alternativas destinadas à otimização na utilização dos recursos naturais, com respeito senão absoluto pelo meio ambiente, ao menos próximo daquilo que as demais gerações, num futuro não muito distante, irão agradecer.  Não se pode olvidar que a natureza, como se pode perceber das inúmeras catástrofes, decidiu cobrar um preço que, talvez, por não termos dado o devido valor ao meio ambiente, nunca estejamos preparados para pagar. Quem sabe não seja esta a diferença entre “preço” e “valor” que nunca soubemos administrar.

Vivian Ritter

 (1) Doutoranda em Filosofia, Mestrado em Educação, Especialização em Iluminação e Design de Interiores, graduação em Design de Interiores, Professora de Pós-Graduação perante o IPOG, Coordenadora do MBA em Construção Sustentável e Edificação Eficiente pelo IPOG, graduanda em Direito.  
(2) Por exemplo, o Programa Brasileiro de Etiquetagem em Edificações (PBE Edifica), que avalia as construções  (residenciais, comerciais e prédios públicos) quanto à eficiência energética, como já acontece com os eletrodomésticos da linha branca, e já possui parceria com o Inmetro e com a Adene, empresa de Portugal, exemplo no referente à eficiência energética, hoje facultativa, num futuro próximo irá se tornar uma obrigatoriedade.  
(3) COIMBRA. José de Ávila Aguiar. In Curso de Gestão Ambiental: Arlindo Philippi Jr., Marcelo de Andrade Romero, Gilda Collet Bruna editores – Barueri, SP: Manole, 2004, p. 527.  
(4) Por meio ambiente se considera um conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, e incluem toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Meio ambiente também compreende recursos e fenômenos físicos  como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo. Para as Nações Unidas, meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.
 (5) PINHEIRO PEDRO, Antonio Fernando e all. Direito Ambiental Aplicado, obra citada, p. 619.

Sensação, percepção e emoção no espaço projetado

Bom pessoal, entre as novidades deste ano aqui no blog está a participação de colaboradores escolhidos a dedo para vocês. Começo então com este excelente artigo da mestre Vivian.

Sensação, percepção e emoção no espaço projetado

Profa. Me. Vivian Fetzner Ritter*

Certas características da contemporaneidade alteraram profundamente os modos de organização social, a vida pessoal e emocional dos indivíduos e os seus espaços. Entre essas características está a redução do espaço vital e o fenômeno do confinamento funcional.

Os arquitetos e designers de interiores já consideram essas características projetando balizados pela minimização das dimensões dos espaços arquitetônicos e buscando por estratégias para que esse espaço seja otimizado e percebido como um espaço de dimensões satisfatórias.

É importante lançar um olhar sobre a percepção como uma estratégia a ser utilizada nos projetos de arquitetura e design de interiores. Os conhecimentos sobre percepção, sensação e emoção devem ser entendidos como vitais no projeto, uma vez que não é recomendável separar a subjetividade da objetividade de um projeto. Essas alterações são percebidas com rigor na iluminação, antes se comprava lâmpadas, hoje se compra efeitos de luz.

A subjetividade está por trás da objetividade do projeto. Por vezes, as qualidades não residem propriamente no objeto ou na estrutura da edificação, mas na percepção do usuário do espaço.

Freqüentar várias vezes um restaurante onde a comida não é tão boa, mas o espaço é agradável pode ser explicado pela percepção positiva e a relação afetiva desenvolvida pelos usuários em relação à estrutura física e sensorial desse restaurante. Tratam-se de aspectos como sons, aromas, texturas, cores, conforto térmico e outros atributos que dependem das capacidades perceptivas dos indivíduos. Os freqüentadores desse restaurante são fundamentais para a interpretação do discurso desse espaço.

 A experiência sensível é o início de todo o conhecimento. Por isso, a sensação é a primeira das fases do processo perceptivo, seguida da atenção, percepção, emoção e memória.

Segundo o escritor inglês John Berger (1999) “a maneira como vemos as coisas é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos”. Uma loja de vestuário feminino utiliza o que chamamos de design sonoro e escolhe uma música “agradável” para os clientes, da mesma forma, elege uma essência “agradável” para ser associada à identidade da loja, entre outros recursos. Apesar de haver a mesma condição ambiental, e uma certa semelhança de impressões de percepção, cada sujeito que entrar nessa loja a perceberá de maneira diferente, assim, o mesmo espaço arquitetônico será visto de diferentes formas e interpretado de maneira particular.

A percepção é conduzida pela experiência sensorial, conhecemos as coisas mediadas pela nossa experiência. Olhar, cheirar, ouvir, tocar e saborear é um ato de escolha, elegemos o que nos chama mais atenção para ver. É preciso muito mais do que olhar para compreender um espaço e a emoção que ele enseja, é preciso ver com os ouvidos, com o nariz, com o estômago, com a pele. Ver aquilo que os olhos não vêem. Ver com os olhos da mente é sentir aquilo que se olha.

Recebemos muitos estímulos contínua e simultaneamente. Por isso, para que haja percepção é preciso dar significado a esses estímulos. Não conseguimos dar sentido a tudo que ouvimos, a tudo que olhamos, a tudo que sentimos. Normalmente, aquilo que nos chama mais a atenção é mais facilmente percebido.

 A porta de entrada de um estímulo são os canais sensoriais, os cinco sentidos do organismo humano e a forma como organizo e interpreto esses estímulos é o que chamamos de percepção. O produto de um estímulo é o prazer ou o desprazer que dão origem às emoções, explicando, assim, a agradabilidade referida ao restaurante e à loja. A emoção foi o resultado da percepção, ou seja, da interpretação do aroma e da música. Ambos, nesse caso, contribuíram para que o espaço fosse interpretado e percebido positivamente, ou melhor, prazerosamente pelos clientes.

Cabe ressaltar que toda informação carregada de emoção é mais facilmente armazenada na memória e pode influenciar na interpretação dos dados percebidos.  A percepção é a resposta à organização das informações obtidas pelos sentidos de modo que se possa ouvir e interpretar o discurso (a fala) do espaço arquitetônico.

Ao fazer referência a discurso, portanto, atentamos para a forma como as palavras, conjuntos de sentenças e práticas relacionadas funcionam como discurso e apontamos a importância do discurso do espaço que, mesmo não utilizando palavras, exerce efeito de poder, de persuasão, de enlevo e de subjetivação. Pode-se, assim, considerar que um espaço pode proferir um discurso através da cor das paredes, da altura do pé direito, dos únicos e poucos respingos de iluminação que adentram por frestas um espaço e, por essas características físicas, constituem efeito de poder para torná-lo assustador ou interessante.

Se o discurso tem efeito de verdade e de poder, pode-se pensar esse discurso emitido pelo espaço de forma “não verbal”. O espaço ordenado é um discurso não verbal, que exerce poder sobre os usuários ou freqüentadores; é o poder de um discurso, que pode conter verdade e engano. O discurso do espaço tem o poder de modificar comportamentos e atuar na subjetividade dos sujeitos. Sendo assim, os discursos do espaço são percebidos, absorvidos e entendidos sem o uso da escrita ou de fala, por isso, o discurso proferido pelo espaço “diz” para os sujeitos de forma “não dita” ou “dita” de forma “não verbal” ou “não verbalizada” ou “não visualizada”.

Assim, o sujeito vai sendo moldado, disciplinado e incitado a comportar-se de acordo com as características e finalidades de um espaço, que condicionam silenciosamente a percepção. Todos os receptores sensoriais participam invisivelmente desse discurso do espaço arquitetônico.

Os espaços são concebidos para atender às necessidades do sujeito, ou é o sujeito que é reinventado a partir da forma e das regras de comportamento pretendidas por aquele espaço, em seu discurso disciplinador? O discurso do espaço é uma força que replica muitas vezes sujeitos expostos ao poder e à persuasão daquele espaço.

Modalidades discursivas são proferidas pelos espaços, inclusive as hedonistas, que incitam o sujeito a desejar “metros quadrados” que discursem “verdades” sobre o que é ser “vip”, por exemplo, e como portar-se enquanto se está sendo “um sujeito vip”. Dessa forma, os sujeitos respondem mimeticamente aos distintos discursos de um espaço. As diferentes percepções de um espaço condicionam e constituem as diversas maneiras de ser sujeito naquele ambiente, ou seja, respondendo adequadamente aos discursos do espaço.    O sujeito realiza exercícios de expressão para compor suas variáveis de apresentação e comportamento, as quais são chanceladas como “verdadeiras” pelo discurso do espaço para aquele que está no interior do espaço, ou seja, um espaço projetado não se apresenta livre de conseqüências para o sujeito.

Portanto, é através da percepção que um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado e valor afetivo ao seu meio, fazendo uso desses saberes podemos transformar espaços existentes em espaços preferidos, comportamentos que respondem as pretensões daquele espaço, um espaço projetado que projeta comportamentos.

Por estas razões, a arquitetura e o design de interiores, além de solucionar demandas funcionais, devem projetar sensações que sejam percebidas emocionalmente pelos usuários, pois são parte decisiva do efeito e do sucesso de um projeto arquitetônico.

Vivian Ritter

* Vivian Fetzner Ritter – Pesquisadora e Doutoranda em Filosofia com a tese “Discurso do espaço arquitetônico e seus modos de subjetivação” (UNISINOS-RS). Mestre em Educação e Estudos Culturais (ULBRA-RS). Especialista em Iluminação e Design (OSWALDO CRUZ-SP). Graduada em Design de Interiores (ULBRA-RS). Graduanda em Direito. Acumula ainda, extensões em Design Estratégico: o projeto da Inovação (UNISINOS-RS); Método Etnográfico como ferramenta de pesquisa para o Design (UNISINOS-RS) e Docência do Ensino Superior (IPOG-GO). Atualmente é Coordenadora do MBA em Construção Sustentável e Edificação Eficiente e professora de pós – graduação junto ao IPOG, lecionando, nos cursos Master em Arquitetura, Iluminação e Design de Interiores, MBA em Construção Sustentável e Edificação Eficiente, Gestão da Produção Sustentável e, ainda, Design de Interiores, respectivamente, as disciplinas “Sustentabilidade e Eficiência Energética”, “Arquitetura de Interiores Corporativa”, “Projeto de Arquitetura de Interiores Corporativa”, ”Percepção Visual”, “Design Corporativo”, “Educação Ambiental e práticas responsáveis: ecodesign, redesing e bioconstrução.

Cursos 2013 – Museu da Lâmpada

cursosMuseuLampada

 

Pessoal, taí a agenda de cursos do Museu da Lâmpada para o primeiro semestre 2013:

 

Cursos de MARÇO

05/mar 10:00 – 13:00  MUSEU DA LÂMPADA | Conceitos de Iluminação Básica e Introdução a Projetos :: R$ 40,00

06/mar 09:00 – 10:30 Prysmian | Cabos elétricos não são todos iguais + DCE – residencial (aplicação e simulação de funcionamento de software de dimensionamento elétrico) :: R$ 20,00

07/mar 09:00 – 10:00  CEMAR | Curso Centrinho de distribuição – conceitos e aplicações :: R$ 20,00

12/mar 10:00 – 12:30 MUSEU DA LÂMPADA | Conceitos e tecnologias de iluminação de Lojas :: R$ 40,00

13/mar 09:15 – 13:30  FASA | Fibra Ótica – A Iluminação além da Imaginação :: R$ 60,00

19/mar 10:00 – 11:30 PEDLED | A iluminação sustentável :: R$ 40,00

20/mar 09:00 – 10:30 PIAL | Noções de regras técnicas e instalações elétricas :: R$ 20,00

21/mar 10:00 – 12:30 MUSEU DA LÂMPADA | Conceitos e tecnologias de iluminação de Hotéis :: R$ 40,00

22/mar 09:30 – 10:30 GIMAWA | Reatores  :: R$ 20,00

26/mar 10:00 – 12:30 Abalux | Conceitos básicos de iluminação e eficiência das luminárias :: R$ 60,00

27/mar 10:00 – 13:00 PHILIPS | Curso Automação em Iluminação :: R$ 60,00

28/mar 10:00 – 12:30 MUSEU DA LÂMPADA | Conceitos e tecnologias de iluminação Residencial :: R$ 40,00

Cursos de ABRIL

02/abr 10:00 – 13:00  MUSEU DA LÂMPADA | Conceitos de Iluminação Básica e Introdução a Projetos :: R$ 40,00

09/abr 09:00 – 12:00  OSRAM | Portfólio da Eficiência Energética  :: R$ 60,00

11/abr 09:00 – 10:00  TIGRE | Linha elétrica – conceitos e aplicações  :: R$ 20,00

12/abr 09:00 – 10:00  DAISA | Produtos DAISA – Conceitos e aplicações  :: R$ 20,00

17/abr 10:00 – 13:00  PHILIPS | Curso sobre LED’s – Tecnologia inovadora  :: R$ 60,00

19/abr 09:30 – 10:30 GIMAWA | Reatores  :: R$ 20,00

24/abr 09:00 – 10:00  STECK | Produtos STECK – Conceitos e aplicações  :: R$ 20,00

30/abr 10:00 – 12:30 Intral | Princípios da Luz e Luminotécnica e introdução e aplicação dos leds :: R$ 60,00

Cursos de MAIO

02/mai 09:00 – 10:00  CEMAR | Curso Quadro de comando – conceitos e aplicações :: R$ 20,00

07/mai 10:00 – 13:00  MUSEU DA LÂMPADA | Conceitos de Iluminação Básica e Introdução a Projetos :: R$ 40,00

15/mai 09:15 – 13:30  FASA | Fibra Ótica – A Iluminação além da Imaginação :: R$ 60,00

21/mai 10:00 – 11:30 PEDLED | A iluminação sustentável  :: R$ 40,00

22/mai 10:00 – 13:00 PHILIPS | Curso Automação em Iluminação :: R$ 60,00

23/mai 09:00 – 10:00  3M | Fitas isolantes de baixa tensão – Conceitos e aplicações :: R$ 20,00

24/mai 09:30 – 10:30 GIMAWA | Reatores  :: R$ 20,00

28/mai 10:00 – 12:30  Abalux | Conceitos básicos de iluminação e eficiência das luminárias :: R$ 60,00

29/mai 09:00 – 10:30  Prysmian | Cabos elétricos não são todos iguais + DCE – residencial (aplicação e simulação de funcionamento de software de dimensionamento elétrico) :: R$ 20,00

Cursos de JUNHO

04/jun 10:00 – 13:00  MUSEU DA LÂMPADA | Conceitos de Iluminação Básica e Introdução a Projetos :: R$ 40,00

06/jun 09:00 – 10:30 PIAL | Automação linhas Nereya e BTicino  :: R$ 20,00

12/jun 10:00 – 13:00  PHILIPS | Curso iluminação de Lojas – Conceitos e Tecnologias :: R$ 60,00

13/jun 09:00 – 10:00  TIGRE | Linha elétrica – conceitos e aplicações  :: R$ 20,00

14/jun 09:00 – 10:00  DAISA | Produtos DAISA – Conceitos e aplicações  :: R$ 20,00

19/jun 09:15 – 13:30  FASA | Fibra Ótica – Influências da iluminação com fibras óticas em ambientes clínico-hospitalares :: R$ 60,00

21/jun 09:30 – 10:30 GIMAWA | Reatores  :: R$ 20,00

25/jun 10:00 – 12:30  Intral | Princípios da Luz e Luminotécnica e introdução e aplicação dos leds :: R$ 60,00

26/jun 09:00 – 10:00  STECK | Produtos STECK – Conceitos e aplicações  :: R$ 20,00

Desconto de 50% para pagamentos até 28/02. Aproveite!

Para inscrever-se é só clicar neste link. No calendário ao lado direito da tela busque a data desejada e efetue a sua inscrição no curso de maneira fácil e ágil.

PARTICIPE!

Av. João Pedro Cardoso, 574 | CAMPO BELO, SÃO PAULO – SP

Após a inscrição serão informados por e-mail os próximos passos para a participação.

Pagamento via PAG SEGURO

* Caso haja imprevistos, você será informado com antecedência e todo o valor pago será restituído.

Apresentando: Mudéjar Azulejaria

Quando estive participando do NDesign em BH este ano, tive o prazer de conhecer o Tiago Lopo.

Entre um papo e outro, me apresentou uma idéia que ele tinha e que estava amadurecendo. Questões sobre o produto em si, a aceitação pelo mercado, distribuição, produção, enfim, vários aspectos foram debatidos.

É sim um produto que para nós, Designers de Interiores/Ambientes e Arquitetos decoradores, pode ser uma grande novidade.

Mudejar

Utilizando novas tecnologias, a Mudéjar lança no mercado brasileiro um novo conceito de produto a fim de auxiliar designers e arquitetos no desenvolvimento de projetos personalizados e sofisticados.

Usando como suporte o tradicional e consagrado azulejo, a Mudéjar dá a ele uma nova roupagem agregando valor e características modernas.

Reproduzem qualquer tipo de imagem em painéis e mosaicos, transformando ambientes em lugares diferenciados com o conceito que o profissional idealizar.

Mudejar1

Como não são produzidos para varejo, temos a certeza de que cada projeto será único, exclusivo.

A Mudéjar desenvolve peças em diversos formatos e impressão, dos básicos (10×10, 15×15 e 20×20 cm) ou peças retangulares com formato máximo de 35 x 55 cm. (Para peças de cerâmica em formatos especiais ou tamanhos superiores consultar viabilidade.)

Mudejar2

Com uma equipe de profissionais em diversas áreas, designers, ilustradores, especialistas em acabamento e instalação, as estapas são:
– Desenvolvimento do layout ou layout do cliente
– Adaptação do layout final para produção
– Produção das Peças
– Instalação no local

Contatos:
Rua Pará de Minas, 1065 (1º andar)
Brasiléia – Betim – MG

E-mail: atendimento@mudejar.com.br

Telefone: (31) 3023 7704

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Mud%C3%A9jar/160267137450329

The Gangs

Pois é meus amigos e seguidores, como sabem, no início do ano doei o projeto completo de LD para a reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde aqui de Londrina que foi consumido por um incêndio diga-se de passagem, até hoje bem mal explicado. Há quem diga que existem provas contundentes que refutam o laudo pericial e apontam os reais responsáveis por esse incêncio. Mas como sempre aqui nessa terra o “cala boca” vale mais que a ética e a honestidade.

Fato é que foi instituída uma comissão formada por profissionais das diversas áreas para a execução dos projetos. À convite da reitoria, através de um protocolo de cooperação, o SINDUSCON/Londrina ficou responsável por convidar profissionais para este grupo. Entre eles, eu que fui aceito oficialmente pela reitoria da Universidade Estadual de Londrina (UEL) após ter encaminhado aquele ofício para a reitoria doando o projeto que me respondeu positivamente através de ofício.

Participei de três reuniões com este grupo onde foram apresentados oficialmente os profissionais envolvidos e definidas as diretrizes dos projetos à serem executados bem como o cronograma.

Na última reunião para a qual fui convocado estavam presentes quase todos os projetistas e também alguns representantes da UEL. Inicialmente estranhou-me o fato da agressividade de alguns membros da comissão e da UEL para comigo, mas pensei ser impressão apenas.

Isso aconteceu até que soltaram a seguinte frase direcionada a mim:

“Vai ficar muito chato para este grupo apenas um profissional aparecer como doador dos projetos na placa oficial e nas mídias e todos os outros não.”

Claro minha gente, o único que havia doado oficialmente o projeto era eu. Todos os outros estavam cobrando através da parceria SINDUSCON/UEL ou diluindo os valores dos projetos na execução ou materiais.

E realmente, como explicar o porquê de eu ter doado o projeto e todos os outros não perante a opinião pública não é mesmo? Tão difícil fazer isso não é mesmo?

Fato é que ficaram me forçando a demover-me da idéia de doação do projeto. Não cedi.

Então começaram a me forçar a cobrar algum valor irrisório pelo projeto, mesmo que não o valor de mercado, para que eu não aparecesse como doador e ficássemos todos “iguais”. Depois de algum tempo analisando a situação, ficou acertado que seria cobrado de minha parte apenas o custo do desenhista cadista que seria necessário contratar para fazer os desenhos e plantas do projeto de LD, algo em torno de R$ 3.000,00.

Não obstante, um representante da UEL falou que havia uma empresa de São Paulo que iria assumir a parte da caixa cênica. Perguntei se só a caixa cênica e ele disse que sim, pois eles já tinham larga experiência no assunto (e realmente tem).

Tudo bem, eles com a cênica e eu com a arquitetural foi o que ficou acertado nesta reunião.

Depois desta reunião fui viajar a trabalho (montagem da Expoflora) e deixei de participar de algumas reuniões (eles estavam cientes disso). Nesse período eu recebia apenas os e-mails com as convocações para reuniões e as plantas encaminhadas pelos arquitetos.

Encaminhei durante o processo diversos e-mails à coordenação do grupo, aos arquitetos e engenheiros pedindo mais detalhamentos dos projetos já que trata-se de uma reconstrução original de um edifício tombado pelo IPHAN.

Sem respostas.

Também solicitei diversas vezes dados sobre o projeto original de iluminação bem como autorização para pegar um modelo de cada luminária original para fazer o desenho técnico e encaminhar às indústrias para verificação de viabilidade técnica para a confecção de novas luminárias, com o mesmo desenho, porém com tecnologia LED.

Também sem respostas.

Quando cheguei em Londrina, no meio de agosto, recebi um telefonema curto e grosso da coordenadora do grupo onde ela dizia que “agradecia a minha gentileza mas não precisavam mais de meus serviços pois havia uma empresa de São Paulo que estava assumindo toda a parte de LD do projeto.” Tentei entender o que estava acontecendo questionando-a mas ela não me deu maiores explicações e simplesmente desligou o telefone. A única coisa que ela afirmou é que realmente tinha uma empresa de São Paulo, que tinha feito a caixa cênica da Sala São Paulo e que tinha assumido toda a parte de LD do projeto.

Pesquisando na web descobri qual era a empresa e pude constatar que esta não tem qualquer experiência em iluminação arquitetural, na verdade em seu portfolio, site e em matérias relacionadas a ela não se vê absolutamente nada sobre esta área. Apenas a cênica

Interessante notar também que o representante da UEL, o Sr. Sidnei, através de um cruzamento de dados feita pelo Google e Lattes, tem relações com o proprietário da empresa contratada de São Paulo, inicialmente através da USP, certos professores de lá, bancas…

Encaminhei então no dia 06 de setembro de 2012, outro ofício à reitoria da UEL (protocolo n° 24415.2012.92) solicitando maiores esclarecimentos por parte da reitoria sobre o meu afastamento arbitrário desta comissão. Também entrei em contato diversas vezes por telefone e e-mail solicitando um posicionamento sobre o ofício e até o momento não recebi sequer um único telefonema.

Porém a reitoria e a equipe continuam atuantes no projeto de reconstrução do Ouro Verde…

E, para completar o circo montado em torno da reconstrução do nosso Cine Teatro Ouro Verde, agora sou obrigado a ver aquele mesmo grupo que me forçou a cobrar pelo projeto, aparecendo na mídia (e perante autoridades detentoras das verbas necessárias e a população que não faz idéia da sujeira que acontece nos bastidores desta cidade) posando como “anjos caridosos e benfeitores doadores dos projetos para a reconstrução”.

Uma OVA!!!

Todos ali estão cobrando e muito bem pelos projetos. Não há um único doador como era o meu caso.

Fato é que eu não faço parte de nenhum grupo aqui de Londrina, não tenho o rabo preso com ninguém, não devo nada a ninguém, não babo ovo de ninguém, muito menos compactuo ou apoio ações irresponsáveis e lesivas ao erário público. Eles sabem muito bem que não conseguiriam me comprar. Também sabem a dimensão deste meu blog e que qualquer coisa errada fatalmente cairia aqui nestas linhas para conhecimento público. Óbvio que eu seria chutado.

Se isto é uma denúncia?

Quem sabe?

Pode ser.

Que o seja!

Se a PF, o MPF e o IPHAN, governos estadual e municipal ou qualquer outro órgão quiser levar assim, que o façam. Mas o façam com decência, transparência e dêem os nomes aos bois.

Mas indico uma sindicância desde agora até o pós-construção sobre a obra e todos os envolvidos nela.

Londrina agradece!!!

Sei que isso não acontece apenas aqui em minha terra natal e sim que esta é uma prática corriqueira no dia a dia das cidades, especialmente tratando-se de obras públicas.

Por estas e outras decidi que não vou mais doar nada para obras públicas. Agora, só me pagando e muito bem pelos meus serviços.

E, muito menos, vou apoiar qualquer ação pró-reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde pois já vi que mais uma vez minha cidade está sendo lesada.

Não vou me sujar por causa de disso.

Tou fora!!!

Lamento Londrina, mas mais uma vez estás sendo enganada e roubada!!!

Mas ainda estou aguardando a resposta da Reitoria da UEL sobre o assunto. É um direito meu como cidadão.

Top 100!!!

Pois é pessoal, surpreendeu-me meu blog aparecer entre os 100 finalistas do Top Blog 2012.

Fiz minha inscrição neste prêmio a vários anos atras e nunca me importei em divulga-lo. Assim, fiquei realmente surpreso ao ver meu blog entre os 100 deste ano.

UAU!!!

Então, já que estamos lá, que tal ajudar este blog a chegar na reta final???

Para isso é fácil, é só clicar neste link ou na imagem ali ao lado e votar através de seu e-mail, Facebook ou Twitter.

Depois de votado no site, você receberá em seu e-mail um link de confirmação de voto. É só clicar no link e pronto!!

Valeu pessoal. Na surdina, sem qualquer divulgação – e sem eu saber – vocês me colocaram entre os 100 melhores blogs do Brasil em 2012.

Agradeço a confiança em meu trabalho!!!

ABD e a tentativa de golpe na Regulamentação

Pois é meus amigos. Conforme prometido está aí o texto do tal PL de regulamentação profissional que a ABD está tentando enfiar no Congresso Nacional depois de arrogantemente e arbitrariamente retirar a nossa área do PL de regulamentação do Design.

Segue o texto que recebi por e-mail do Jethero Cardoso. Os grifos e numerações entre parênteses são meus para marcar minhas considerações após o texto.

PROJETO DE LEI Nº……………DE 2012

Regula o exercício da profissão de designer de interiores e dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art.1º  Esta lei regulamenta a profissão de designer de interiores, estabelece os requisitos para o exercício da atividade e determina o registro em órgão competente.(1)

Art. 2º É livre o exercício da atividade profissional  de designer de interiores desde que atendidas as qualificações e exigências estabelecidas.

Art.3º O exercício da profissão de designer de interiores, em todo o território nacional, é privativo dos portadores de:

I – diploma de curso superior em Designer de Interiores, Composição de Interiores e Design de Ambientes expedido por instituições regulares de ensino; (2)

II – diploma de curso superior em design de interiores, expedido por instituições estrangeiras e revalidado no Brasil, de acordo com a legislação.

III – dos que, possuidores de outros cursos superiores em áreas afins, tais como, Arquitetura, Desenho  industrial, Artes plásticas e outros similares, venham exercendo, comprovada e ininterruptamente, à data da publicação desta lei, as atividades de designer de interiores  por, pelo menos, dois anos. (3)

IV – dos que, tenham sido diplomados como técnicos em decoração ou designer de interiores  ou tendo concluído  o segundo grau e vêm exercendo comprovada e efetivamente, à data da  publicação desta lei, as atividades de designer de interiores, por um período mínimo de três anos, com credenciais expedidas por associações de classe estabelecidas no território nacional.

Art. 3°  São atividades do designer de interiores:

I  – planejar e organizar espaços, visando o conforto e a estética, a saúde e a segurança do ser humano em qualquer de suas atividades, idades ou condição física.

II – estudar e projetar os espaços conforme os objetivos e necessidades do cliente, seguindo normas técnicas homologadas pela ABNT de acessibilidade, ergonomia, conforto lumínico, térmico e acústico.

III  – elaborar projetos de interiores, sistemas e equipamentos, mobiliário e objetos de decoração de interiores e  exteriores e responsabilizar-se pelos mesmos;

IV – elaborar plantas, cortes, elevações, perspectivas e detalhamento de elementos construtivos não estruturais.

V – especificar mobiliário, equipamentos, produtos, sistemas de automação, telefonia, internet, eletro/eletrônicos e segurança, providenciando orçamentos e instruções de instalação.

VI – selecionar e especificar cores, materiais, tecnologias, revestimentos e acabamentos .

VII -comprar produtos, sistemas e equipamentos, após cotação e aprovação pelo cliente.

VIII-  Administrar compras e fluxos organizacionais, gerenciar obras e serviços, manter o orçamento dentro dos valores previstos ou submetendo ao cliente qualquer alteração para prévia aprovação.

IX – planejar  interferências de espaços pré-existentes internos e externos, alterações não  estruturais, circulações, abertura e fechamento de vãos;  (4)

X -promover eventos relacionados a área de design de interiores ;

XI  – fornecer consultoria técnica referente ao design de interiores e exteriores;  (5)

XII – desempenhar cargos e funções em entidades públicas e privadas relacionadas com ao design de interiores;

XIII – exercer ensino e fazer pesquisa, experimentação e ensaios;

XIV – fazer produção técnica especializada, para cinema, tv, shows, eventos, cenografia e produção fotográfica.

XV  – estudar o comportamento humano  e preservar os aspectos culturais que os constituem.

XVI – (13)

Art. 4º  Compete ao designer de interiores,  na execução do projeto de interiores:

I  – especificação de materiais de revestimento, aplicação e troca dos mesmos;

II  – especificação, montagem, reparo, substituição e manutenção de mobiliários e equipamentos;

III – alteração de forro e piso através de rebaixamento ou elevações;

IV  – planejamento hidráulico, elétrico, eletrônico, luminotécnico, telefônico, de ar condicionado e de gás;

V –criação desenho e detalhamento de móveis;

VI  – criação de elementos avulsos para complementação do projeto;

VII – planejamento de paisagismo e jardinagem

VIII  – planejamento e interferências de espaços pré-existentes internos e externos, alterações não  estruturais, circulações, abertura e fechamento de vãos;  (4)

IX – especificação e disposição do mobiliário, observando normas técnicas de ergonomia, conforto térmico, acústico e lumínico visando o conforto e a saúde do usuário.

X -formalizar  a prestação dos serviços em contrato escrito, que estabeleça  as fases do projeto de interiores , prazos, honorários contratados e as formas de remuneração, as responsabilidades do profissional e todas as demais cláusulas necessárias à transparência , objetividade e descrição dos direitos e obrigações das partes no transcorrer da prestação de serviços.

XI – certificar-se de que os produtos e serviços que oferece e/ou indica são adequados aos fins propostos.

§ 1º Na execução do projeto, o designer de interiores deverá prestar assessoria técnica, exercendo as seguintes atividades:

I – coleta de dados de natureza técnica;

II – desenho de detalhes e sua representação gráfica;

III – elaboração de orçamento de materiais, equipamentos, instalações, prestadores de serviços especializados e mão-de-obra;

IV – elaboração de cronograma de trabalho, com observância de normas técnicas e de segurança;

V – fiscalização, orientação, acompanhamento e coordenação do projeto nas instalações, montagens, reparos e manutenção;

VI – assessoramento técnico na compra e na utilização de materiais, tecnologias,  móveis,equipamentos, adornos e objetos de arte;

VII – responsabilidade pela execução de projetos compatíveis com a respectiva formação e competência profissional;

VIII – condução da execução técnica dos trabalhos de sua especialidade.

IX -Gerenciamento da obra observando organogramas e fluxogramas.

§ 2º –  Na execução dos itens, IV e VIII, do “caput” deste artigo o designer de interiores deverá ter o acompanhamento de técnico responsável  especializado.  (6)

Art. 5°  O projeto de interiores é de autoria exclusiva do designer de interiores, que o assina, e de sua inteira responsabilidade, quando o executa.

Art. 6º  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O Design de interiores já é uma profissão amplamente reconhecida pela sociedade, por todas as  mídias,  pela indústria, pelo comércio e por inúmeros profissionais prestadores de serviços que trabalham em parceria com o designer de interiores. Este exercício profissional  vem sendo utilizado pela sociedade há mais de cem anos com o objetivo de se viver melhor. (7)

O design de interiores projeta ambientes atendendo, através de seus saberes específicos, o Ser Humano em qualquer espaço onde aconteça a atividade humana, de uma sala de estar a qualquer das tipologias que o trabalho exigir, em escritórios, indústrias, hospitais, nos transportes  e em outros espaços,  em qualquer de suas idades, de um recém nascido a um ancião, todos precisam de cuidados especiais, sob qualquer condição física em que o ser humano possa se encontrar ou com qualquer deficiência física.

Neste sentido, o trabalho do designer de interiores atinge a todos seres humanos que circulem, habitem ou trabalhem em um determinado ambiente, independente até de sua classe social ou condição financeira.

Todos nós, seres humanos precisamos viver com conforto físico e estético, com respeito a nossa  cultura e em condições  que preservem nossa saúde e felicidade, é este o eixo fundamental da atividade profissional do designer de interiores.

O designer de interiores,  a partir da década de 60 do século XX vem tendo um aprimoramento contínuo em seu processo de formação  profissional,  através de conhecimentos técnicos, cursos de reciclagem e pós graduação, seminários e congressos nacionais, pesquisas e permanente atualização dos aspectos da evolução tecnológica, que fazem parte da vida contemporânea .

Desta maneira, vem ampliando continuamente sua atuação num  mercado, cada vez mais complexo, visando sempre o bem estar, o conforto, a estética, a saúde e segurança de quem o contrata.

O profissional habilitado tecnicamente no desempenho de sua profissão contribui para a humanização de grandes e pequenos espaços, como creches, hospitais, praças, fábricas etc. Recuperação e conservação de espaços históricos, através do restauro de ambientes e bens culturais.

De acordo com levantamento realizado pela ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores) em 2011, durante o VI Encontro Nacional de Professores e Coordenadores de cursos de design de interiores, realizado pela ABD em Itú S. P. obtivemos os seguintes e expressivos números:

O Brasil conta com 92 cursos de design de interiores em nível superior (Bacharelados e Tecnológicos) com 17.678 alunos e 1.477 professores.

Soma-se a formação universitária  os 90 cursos de técnicos em design de interiores com 10.080 alunos e 874 professores.

Totalizando um numero significativo de estudantes de design de interiores no Brasil,  27.678 estudantes e 2.351 professores em 182 escolas regulamentadas pelo Ministério da Educação e pelas Secretárias Estaduais de Educação no ensino técnico.

Temos mais de 50 títulos nacionais de revistas especializadas em design de interiores nas bancas de jornais, vários programas de tv  e inúmeros artigos publicados diariamente nos jornais de grande circulação sobre a área de design de interiores. (8)

O Brasil realiza através das mostras; Casa Cor (26 anos), Mostra Artefacto (21 anos), Morar mais por Menos( 8 anos) e Casa Black(2 anos) a maior exposição de design de interiores do planeta, envolvendo a indústria, o comércio e a prestação de serviços para apresentar ao público, diferentes maneiras de ocupar os espaços interiores que envolvem da mais sofisticada tecnologia  ao artesanato mais puro das raízes culturais brasileiras. (9)

Não podemos mais desprezar ou ignorar esta atividade que movimenta  de acordo com o DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços) R$ 60 bilhões de reais por ano, distribuindo riqueza por entre grandes e médias indústrias e pequenas empresas de marcenarias e prestadores de serviços autônomos, como pedreiros, pintores, encanadores, eletricistas, gesseiros, artistas plásticos, lustradores, marceneiros, serralheiros, jardineiros etc.

Com a regulamentação da profissão dá-se condições ao designer de interiores  para exercer a profissão na sua amplitude de seus direitos e deveres. Permite ao profissional participar de licitações públicas, candidatar-se a cargos específicos em empresas públicas ou privadas, e prestar serviços àquelas que exigem documentação profissional.

Não é demais lembrar que o  trabalho profissional do designer  está também intimamente ligado à saúde e à segurança da população.

O exercício por pessoas ou profissionais de outras áreas não qualificados, sem conhecimento técnico de ergonomia, de iluminação, acústica e conforto térmico, das normas técnicas homologadas  pela  ABNT e de outros aspectos relativos à segurança, pode acarretar danos irreparáveis à saúde do  usuário.

A Medicina do trabalho identifica as causas da infortunística* mas é o designer de interiores o profissional que esta apto a projetar e executar projetos de interiores que evitem doenças como:  a Tenossinovite, Tendinite, Epicondilite, Bursite, Miosites, Síndrome do Túnel do Carpo, Síndrome Cervicobraquial, Síndrome do Ombro Doloroso, Cisto Sinovial, Doença de Quervain , que somadas são a segunda maior causa do afastamento do trabalho no Brasil.

*De acordo com Lorenzo Borri a Infortunística é a parte da Medicina legal que estuda os acidentes de trabalho ou “o conjunto de conhecimentos que cuida do estudo teórico e prático, médico e jurídico, dos acidentes do trabalho e doenças profissionais, suas consequências e seus meios de preveni-los e repara-los.”

A lesão corporal, a perturbação funcional, a irritabilidade, depressão e estresse podem ser evitadas através de projetos de design de interiores que transformem os ambientes de trabalho em espaços com cores e revestimentos agradáveis, com conforto acústico, térmico e lumínico, com mobiliário ergonomicamente adequado as atividades desenvolvidas, são estes o fatores que constituem os  ambientes saudáveis para o trabalho.

O Brasil possui duas grandes associações de profissionais a ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores) fundada em 30 de outubro de 1980 com escritórios regionais em  Salvador, Porto Alegre,Curitiba, Brasília, Goiana, Vitória, Rio de Janeiro, e AMIDE (Associação Mineira de Designers de Ambientes de nível superior) afiliadas a IFI (Federação Internacional de Designers de Interiores)e mais uma série de associações de profissionais regionais.

Propõe-se, atualmente, a regulamentação das profissões via negocial, onde as regras e condições de trabalho de natureza profissional seriam demarcadas por intermédio do entendimento entre os interessados. (10)

Argumentam os defensores desta ideia que seria improdutivo fazer da negociação coletiva o grande instrumento jurídico para criar normas e condições de trabalho e, ao mesmo tempo, continuar preservando as regulamentações  de profissão pela via legal. (10) 

Não é demais enfatizar, porém, que a regulamentação legal de uma determinada profissão integra a tradição de nosso ordenamento jurídico, como o confirmam as diversas leis e dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho.

Teve seu início na década de trinta  do século passado, com a finalidade de disciplinar certas profissões, a fim de garantir ao cidadão a prestação qualificada de bens e serviços.

Nesse contexto, insere-se a regulamentação do exercício da profissão de designer de interiores num mundo  globalizado, onde a qualidade e a excelência de bens e serviços vem  se sofisticando cada vez mais, os profissionais da área de design de interiores  devem ter habilitação especializada, pois a organização dos espaços interiores, residenciais, comerciais, culturais e institucionais requerem procedimentos projetuais sofisticados que envolvem a somatória de diversas especialidades.

Conforme disposto na Constituição Federal (art. 5º, inciso XIII) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Observando os limites impostos pela Constituição, a situação dos designers de interiores exige medida legislativa, a fim de corrigir omissões e lacunas no ordenamento jurídico, que tem prejudicado a atuação desses profissionais em todo o território nacional.

A atividade  do designer de interiores está relacionada com à do arquiteto, sem, contudo, confundir-se com ela. A C.B.O. (Classificação  Brasileira de Ocupações) realizada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego, identifica distintamente as profissões de designer de interiores (código 2629) e a de arquiteto (código 2141) e também os técnicos em design de interiores de nível médio(código 3751).

Ocorre que a falta de regulamentação da  profissão de designer de interiores leva a dúvidas quanto ao livre exercício profissional  desta atividade e uma série de argumentos pré-conceituosos  e de ordem legal são colocados através dos CREAs para inibir e restringir o exercício profissional. (11)

Hoje os processos de formação profissional em curso no Brasil habilitam com qualidade os profissionais ao pleno exercício da atividade.Para tanto, a proposição que ora apresentamos tem o objetivo de esclarecer as atividades  e responsabilidade dos designers de interiores, diferenciando-a explicitamente das exercidas pelos arquitetos.

Observamos, que não se propõe reserva de mercado. Ao contrario, busca-se a expressa autorização legislativa para que os designers de interiores possam atuar em um campo que equivocadamente , tem sido em nome da lei, e protegido por ela, convenientemente  atribuído somente aos arquitetos e isto sim, se configura em reserva de mercado e contraria a legislação em vigor. (12)

Por entender que a regulamentação da profissão de designer de interiores virá em benefício não somente da categoria  mas, principalmente, dos usuários dos serviços,  pedimos aos nobres Pares apoio para a aprovação deste Projeto de Lei.

(1) Vai ser assim? Todos enfiados no mesmo saco como se fossem a mesma coisa? Sem distinção entre arquiteto decorador, decorador e designer? Manterão “interiores” para continuarmos enjaulados entre 4 paredes e as partes internas das edificações dificultando a nossa contratação por clientes que necessitam de projetos internos e externos tendo de optar por dois profissionais distindos (1 para interior e outro para exterior) ou um que faça as duas coisas nos fazendo perder clientes?
Hummm…

(2) No meu caso (e em casos atuais), o nome do curso é Decoração de Interiores porém a matriz curricular é a mesma de Design de Interiores/Ambientes. Isso se deu por ingerência e arrogância do ex-coordenador do curso (um arquitrouxa) que odiava a ideia da existência deste curso e destes profissionais. Eu já tenho experiência de sobra para entrar por “tempo de atuação” mas como fica esse pessoal que está se formando nos cursos de “Decoração de Interiores” que ainda existem hoje cujas matrizes são de Design?

(3) Só dois??? Os decoradores que nunca estudaram instalações prediais e sempre largam isso nas mãos de outros profissionais serão DESIGNERS??? A madame que nao tem o que fazer e começa a “dar um tapa” na decoração da propria casa, depois da filha, depois de uma ou outra amiga, faz um curso livre de Decoração e se tiver mais de dois anos de “atuação profissional em DECORAÇÃO vai ser DESIGNER?? Difícil heim…

(4) Porque não podemos PROPOR alterações estruturais visando a melhoria e adequação dos espaços para os usuários? Pensar, analisar o problema e propor soluções que envolvam alterações estruturais é uma coisa, realizar a alteração é outra bem diferente. Para isso existem as parcerias profissionais onde, quando necessário, existe um profissional competente para realizar estas alterações chamado ENGENHEIRO CIVIL que é quem ficará responsável por esta parte. Por isso eu inseri a observação n° 13, que explicarei abaixo.

(5) Já que falam em interiores e exteriores, porque não assumem de vez a nomenclatura mais adequada que é AMBIENTES libertando-nos de vez do estigma setorizado (melhor dizendo, ENJAULADO) de atuação profissional?

(6) Porque se não tem nada demais nisso? No item IV estamos executando o que fomos “treinados” para fazer na universidade. No item VIII, é uma tarefa normal na execução de obras. Salvo no caso de alterações estruturais, aí sim entra a necessidade de acompanhamento técnico, preferencialmente de engenheiros. Propor é uma coisa, executar é outra.

(7) Surtaram? O que existia ha 100 anos era Arquitetura segundo os decanos da Arquitetura e, para os mortais, um tipo de “arrumação” que foi o princípio da Decoração. Ou será que este surto é mais uma compra de briga com os arquitetos? A 100 anos mal se falava em DESIGN, que é a matriz de onde viemos. Antes de propor algo nesse sentido, vocês deveriam cobrar das IES que apoiam e “validam” seus cursos que produzam mais materiais em teoria e história sobre a área pois ainda não existe bibliografia sólida sobre isso aqui no Brasil.

(8) Vamos lá, me diga 1 revista ou programa de TV ou encarte de jornais que seja realmente especializada em Design de Interiores/Ambientes. O que temos é um monte delas que mistura arquitetura, design, decoração e artesanato como se fosse a mesma coisa. “Cafofo da Cráudia” vir dizer que é especializada em Design é uma piada de mau gosto aliás, eles nem sabem o que é DESIGN! Isso é uma mentira! O que as revistas mostram é apenas uma pequena e irrisória parte do nosso trabalho e, muitas vezes também, trata-se de ARQUITETURA. É um total desrespeito com a nossa área profissional. Estas revistas só servem para confundir o mercado.

(9) Da totalidade de ambientes das mostras que acontecem no Brasil, se contarmos 2% dos ambientes que são (ou foram) realmente projetos de Design de Interiores/ambientes é muito. É pura decoração, arquitetura e exposição de peças de design e lançamentos de produtos. Outra coisa que distancia as mostras do Design é que predominam tendências, estética, luxo… os elementos do design ficam para trás e em muitos espaços não se observa absolutamente nada dele. É um surto coletivo de mediodridade conceitual que somente prejudica o mercado.

(10) ATENÇÃO AQUI=> Isso me soou assim: olha aqui deputados, isso é somente entre nós (ABD) e vocês parlamentares.  SE, e somente SE houver a necessidade de ouvir alguém de fora, somente serão os por nós indicados e que “rezem a nossa bíblia”. Muito ético, muito  transparente, muito respeitoso com os profissionais não é mesmo? No entanrto vale lembrar-lhes que vivemos numa DEMOCRACIA onde o arbitrarismo (normal para vocês) não tem espaço.

(11) Opa pera lá!!! Onde estão o CAU, IAB, AsBEA e outros ligados à Arquitetura que são quem realmente nos enchem o saco com suas sandices??? Os engenheiros NUNCA nos causaram problemas.

(12) Poxa, até que enfim aparece isso vindo pela ABD. Uma pena que esse discurso somente ficará no texto de defesa deste projeto. Pois SE a ABD fosse séria, já teria lançado inúmeras notas e campanhas sobre este assunto, mas mantem-se calada como se nada disso acontecesse. E tem mais, direito adquirido não é significado de reserva “ilegal” de mercado, portanto este argumento dos arquitetos é falacioso e criminoso.

(13) De acordo com o item 4 acima, o correto seria a existencia do seguinte texto: “planejamento de alterações estruturais visando a melhoria dos espaços/ambientes adequando-os às necessidades dos usuários.”

Minhas considerações finais:

Está, de modo geral, bom o projeto. Porém é mais salutar e ético e ABD deixar os designers de interiores/ambientes em paz e ficar apenas com os arquitetos decoradores e decoradores como seus membros. Já que não nos respeita em nossa especificidade que pare de nos usar porcamente.

Também, revogar a ação idiota de alteração do nome e voltar a ser Associação Brasileira dos Decoradores, já que de designers, nunca foi nem nunca será.

Outra coisa, este texto está ótimo sabe para que? Para depois da regulamentação do DESIGN ele servir para regulamentar a área dentro do Conselho de Design, assim como acontecerá com as outras áreas suprimidas do PL de regulamentação do DESIGN. Mas claro, aproveitado por NÓS, verdadeiros DESIGNERS e sem ingerência desta associação tosca e vendida.

Vi várias vezes em comunidades e fóruns pela web, o pessoal mais ligado ao CAU elaborando planos para regulamentar Design de Interiores através deles, dentro do CAU. Mas o primeiro passo seria a extinção dos cursos de Design de Interiores aqui no Brasil. Isso é só uma parte das sandices que vi pela web.

Também alerto para o fato de que um amigo meu de Brasilia me informou que tem um deputado negociando com o CAU a inserção da área dentro do conselho, já com um projeto de regulamentação em mãos.

INADMISSÍVEL!!!!

Já vi várias afrontas do CAU e outros órgãos da arquitetura sem que a ABD se pronunciasse, deixando parecer para todos que eles estão certos.

Se a ABD quiser seguir em frente com isso, terá de alterar este projeto para Decoração (o nome da associação também) eliminando atribuições dos designers e arquitetos. Estes são apenas alguns pontos de discordância e existem ainda muitos outros que corroboram a posição de vários profissionais verdadeiros da área e nos embasam inclusive, juridicamente, para barrar essa tentativa de golpe contra a nossa profissão.

Então é bom a ABD parar com esse processo, pois de estudantes à profissionais, enfrentarão uma batalha que jamais imaginaram contra essa tentativa descabida de golpe contra a nossa profissão pois de profissionais a estudantes, serão muitos os que se levantarão contra esta associação.

Já existem grupos formados e observando o andamento de tudo isso. Não há nenhum vinculo desta ação com qualquer outra associação. São grupos compostos por acadêmicos e profissionais formados em Design de Interiores/Ambientes revoltados com o descaso, desrespeito e falta de transparência e ética da ABD.

Na próxima semana estou pedindo minha desfiliação da ABD e vou sim postar em meu blog, mais uma vez, o porque da decisão. Associado, entende-se que eu concordo com as atitudes dela. Por mais que eu diga que não e afronte-a em meu blog e redes sociais de nada adianta.

Por duas vezes a ABD tentou comprar o meu silêncio oferecendo-me vantagens. Mas não me deixo comprar, não sou sujo.

Um exemplo disso foi quando “surtei” (novamente) meses atrás e lancei um post ácido e critico contra a ABD, o pessoal entrou em contato comigo me convidando para ser colaborador para palestrar, ministrar cursos, escrever artigos para o site, etc… desconfiei… e realmente não passou de uma tentativa de me comprar/calar pois nunca mais entraram em contato.

Por falar nisso, comentei (sem saber quem era ou se havia alguma ligação dela com a ABD) com uma colega de profissão sobre isso e ela literalmente teve um piti em publico, surtou porque “como a ABD convida pessoas sem ao menos me consultar, pedir minha aprovação? Sou eu que mando nisso lá dentro!”. Foram as palavras dela… Prova de que tudo não passou de mais uma armação imunda da ABD na tentativa desesperada de comprar o meu silêncio.

A ABD não passa de ilusão, de um reininho cor de rosa onde os pseudos reis e rainhas intercalam-se no poder para manter sempre a mesma coisa nojenta, inescrupulosa e ineficiente. Usam-na apenas como trampolim profissional e social através da mídia que compram. E os idiotas associados aplaudindo cegamente e bancando toda essa palhaçada sem questionar nada ou, quando questionam, não recebem qualquer resposta. No máximo recebem uma resposta de que a diretoria analisará a situação e enviará um parecer que. Bem sabemos,  NUNCA vai chegar tal resposta. E afirmo isso por experiência própria.

Então é isso. Taí a porcalhada que a ABD está tentando fazer nos bastidores.

Siga-a e aplauda-a quem for idiotizado ou acéfalo.

Eu tou fora.

Excelente ação acadêmica

O vídeo à seguir é uma ação realizada por Guillaume Reymond NOTsoNOISY e a Trivial Mass Production.

A torre de 11 andares do HESAV (Saúde High School de Vaud) foi animada como uma tela rudimentar cujos pixels são, de fato, as janelas e persianas.

Alunos, funcionários e amigos abriram e fecharam estas janelas e persianas durante horas para a realização deste projeto.

Vale a pena ver o vídeo, curtir a idéia!!!

Workshop online: LEDs – Origem, atualidade, aplicações e futuro

O Portal LightingNow traz para vocês mais um workshop online: LEDs – Origem, atualidade, aplicações e futuro

Objetivo:

O Workshop on-line tem por objetivo, desvendar os mistérios da Iluminação com LEDs, abordando o tema com uma linguagem simples, clara e objetiva, facilitando seu entendimento.

Público-Alvo:

Profissionais e Estudantes da área de Arquitetura, Decoração, Design e Iluminação.

Certificado:

O workshop emitirá ao final um certificado de Participação On-Line.

Formato e Disponibilidade:

O workshop será ministrado no formato de apostilas em PDFe estará dividido em 4 módulos com início em 01/10 e vai até 26/10 (4 semanas).Todo o conteúdo ficará disponível 24 horas por dia até o final previsto. Será disponibilizado na própria tela do Workshop, um link “Tira Dúvidas” diretamente com o Professor Mauri Luiz.

O Programa    

Introdução
Fontes de Luz (Tipos)
Incandescência e Descarga
Eletroluminescência
LED
Para melhor entender os LEDs
Grandezas Luminotécnicas
Grandezas Elétricas
LEDs (História)
Características construtivas
Fatores Determinantes da eficiência
Influência do Calor
LEDs na atualidade
– Durabilidade (Vida útil)
– Temperatura de cor
– Reprodução de cores
– Uso externo
Equipamentos auxiliares
– Fontes (Drivers)
– Dimerização
– Ligações
– Controles
Ótica
Normas Internacionais
Certificação Compulsória no Brasil
Tipos de produtos de LEDs   
– LED Componente  
– Módulos 
– Lâmpadas
– Luminárias
LEDs na Iluminação em Geral
Residencial 
Comercial
– Escritórios
– Bancos
– Lojas
– Hoteís
– Hospitais
Industrial
Estacionamentos
Esportiva
Iluminação Pública
Iluminação Externa
OLEDs (LEDs Orgânicos)
LEDs são ecológicos
Principais dúvidas sobre o tema
O Futuro da Iluminação a LEDs

IMPORTANTE:

O workshop será ministrado no formato de apostilas em PDF e está dividido em 4 módulos com início em 01/10 e vai até 26/10 (4 semanas). A cada segunda -feira será disponibilizado um novo módulo que o participante pode assistir on-line ou baixar para acompanhar posteriormente nos dias e horários que mais lhe for adequado. Durante a semana, o participante pode tirar suas dúvidas sobre o conteúdo exposto com nosso especialista pelo próprio site. Todas as aulas ficarão disponíveis para consulta até o final do último módulo.

O Instrutor:

MAURI LUIZ DA SILVA

– Especialista em Iluminação; – Ex. gerente Regional da OSRAM (Trabalhou 39 anos com lâmpadas e iluminação); – Colaborador de Revistas e Sites, escrevendo sobre a luz e seus efeitos; – Palestrante com mais 1000 palestras sobre iluminação para os mais diversos públicos; – Professor na Escola PROJETHA em Porto Alegre-RS sobre Iluminação Artificial;

Autor dos Livros:

– Luz, Lâmpadas & Iluminação

– Iluminação: simplificando o projeto

– LED: a luz dos novos projetos

Serviço:

LEDs – Origem, atualidade, aplicações e futuro Data: de 01/10 a 26/10

Onde: Evento On-Line (internet)

Valor: R$ 60,00 (Cartão de Crédito ou Boleto Bancário pelo PagSeguro)

Para participar, faça a sua inscrição clicando aqui.

NDesign 2012 – N Jeitos – BH

Bom, pra quem perdeu e para aqueles que não fazem a menor idéia do que são os NDesign, taí o vídeo que foi apresentado no encerramento do N Jeitos para que vocês vejam e sintam um pouquinho do que foi, o que rolou, como é…

watch?v=YTy4oC-MFRc&feature=player_embedded

Gente, vocês não fazem idéia do quanto me senti honrado em participar como convidado deste evento e como estou mega feliz com o resultado positivo da inserção da nossa área de Design de Ambientes dentro da grade oficial.

Pensei que eu fosse o único professor que não suporta ficar na sala dos professores nas horas livres e curte muito ficar no meio dos alunos interagindo, mas percebi que os outros convidados também adoram fazer isso.

Interagir, contribuir, compartilhar, construir, instigar, direcionar sem o uso de rédeas, derrubando muralhas e levantando em seu lugar pontes.

É isso.

 

 

N Jeitos – conteúdos

Foi realizado entre os dias 15 a 21 de julho, na cidade de Belo Horizonte, o N Design 2012. O tema deste ano foi N Jeitos.

N Jeitos de fazer, pensar, aplicar, estudar, atuar, produzir, formar, enfim, N Jeitos de sair do quadradinho.

Pela primeira vez a minha área ganhou espaço e recebeu o devido respeito dentro de um evento de Design. Digo isso, pois em outros eventos quando aparece alguma atividade em minha área, ela não recebe a mesma prioridade das outras e para piorar a situação, sempre convidam designers ou outros profissionais de outras áreas para falar sobre. O resultado é sempre a distorção e a disseminação da desinformação.

Tanto é verdade que estamos fora do processo de regulamentação do Design porque os membros do comitê não entendem Interiores/Ambientes como área do Design. Porém só firam buscar informações dentro dos grupos de arquitetura e, pior ainda, da ABD.

Mas desta vez, quem esteve presente como convidado foram pessoas realmente comprometidas com a profissão, com formação na área, que sabem muito bem o que estão afirmando e mostrando tornando possível a eliminação do “achismo” que impera sobre a nossa área e acima de tudo, são Designers de formação específica na área.

Dentro do projeto original de construção do N Jeitos os pilares foram:
– Foco no processo
– Integração com outras áreas (não só do Design)
– difusão do conhecimento.

Dentro desse espírito foi lançada a grade de atividades. Dêem uma olhada em tudo que rolou (palestras, oficinas, workshop, plenárias, atividades, exposições, sepas, bazar, etc.) através deste link:

http://www.ndesign.org.br/2012/atividades/

Como podem perceber, foi muita coisa, cobrindo todas as áreas do Design e muitas ainda mostrando como o Design pode e deve contribuir com outras profissões.

Em Design de Interiores/Ambientes tivemos:

MESA REDONDA
Dedo de Prosa – Design de Ambientes
Mediador: Viviane Gomes Marçal
Com
Paulo Oliveira e Samantha Cidaley
Era para ser uma mesa redonda e acabamos fazendo um bate papo onde a Viviane também pudesse participar mais ativamente, expondo seus pontos de vista e opinar afinal, ela também é uma profissional e educadora da área.

PALESTRA
Design de Interiores/Ambientes – N Jeitos de atuar
Palestrante: Paulo Oliveira
Descrição da Atividade:
Falará sobre os diversos segmentos onde o profissional de design de ambientes/interiores pode vir a atuar no mercado, esclarecendo sobre nichos específicos e as áreas já tradicionais. Apresentará a multidisciplinaridade e amplitude da área mostrando muito mais do que é mostrado em salas de aulas nas universidades.

SEPAS

“As SePAs, ou Seminários de Produção Acadêmica, são espaços destinados à apresentação de trabalhos e pesquisas acadêmicas. Atividade tradicional no N Design, é, desta vez, adaptada para se adequar melhor à proposta N Jeitos. As SePAs serão divididas em Mercado, Universidade e Pesquisa, de forma a melhor orientar o encontrista no momento de sua escolha.” E dentro desta parte tivemos especificamente em Design de Interiores/Ambientes:

Agencia bancaria referencia: valorização da interação ambiente-usuário (Thabata Regina de Souza) – A pesquisa propôs estudar a interação dos usuários com o ambiente das agencias bancárias, tendo como cliente o grupo Santander.

Experiências sensoriais em ambientes interiores (Maryana Mondini) – Este trabalho traz um tema para a reflexão dos ambientes interiores atuais. Partindo de um novo conceito em ambientes: o branding design.

Consultoria participativa para demanda popular no Design de Ambientes: método de Livingston (Talita Marques Soares) – Metodologia participativa que pode ser aplicada no Design de Ambientes, o método Livingston, que abrange técnicas, recursos e práticas de consultoria destinadas a parcelas pobres da população.

A identidade corporativa e o uso do Design de Ambientes para o seu reforço: o caso Google. (Juliana Rizola) – A essencialidade da inserção do design nos ambientes corporativos e de como eles interagem na relação da sociedade com as empresas.

GT – GRUPO DE TRABALHO DESIGN DE AMBIENTES

Esta atividade surgiu por solicitação dos participantes após a mesa redonda: um grupo de trabalho onde pudéssemos pensar ações visando a melhoria da formação acadêmica, a acreditação e afirmação da área como integrante sim do Design e para promover a visibilidade da área. Tudo isso combatendo de forma positiva a informação imperante, desvinculando-a da arquitetura e decoração.

(tema de mais um post MEU que provavelmente gerará uma guerra declarada com a ABD e minha expulsão da mesma. Tou nem aí, basta!)

OUTROS

Senti falta de oficinas específicas na área, porém diversas das de outras áreas puderam ser aproveitadas pelos acadêmicos de Design de Ambientes.

Vale ressaltar também algumas outras atividades que aconteceram e me chamaram a atenção como, por exemplo, a SEPA Transdisciplinaridade do Design (Deborah Maeda Brasil) que expôs como o Design se relaciona com outras áreas de conhecimento, o que o caracteriza como transdisciplinar. (falarei mais sobre isso em outro post).

Nas oficinas, Design Social – o Designer a favor da sociedade (Fabricio Silva Albuquerque). O Designer e a Economia Criativa (Barbara Schrage e Rômulo Pellizzaro).

Passando por gestão, produção, pensamento, educação/formação enfim, por tudo, cada componente da grade do N Jeitos foi altamente positiva.

Surpreendeu-me também a quantidade de acadêmicos da área participando do evento vindo de diversos cantos do país. Mas os acadêmicos de nossa área devem participar mais e mais sim.

Portanto fica o recado para os cursos de Design de Interiores/Ambientes: fiquem atentos aos RDesign que acontecem na sua região e ao próximo NDesign que em 2013 será realizado em Salvador-BA.

OPEN SPACE

Foi uma atividade criada pela organização e lançada no N Jeitos que foi realizada antes da plenária de encerramento.

São formadas mesas onde cada um pode propor um tema e os interessados se reúnem e debatem, propõem idéias e ações visando o NDesign do próximo ano e os próximos Rs. De assuntos, palestras, eventos, oficinas até a parte organizacional, estrutural e de conteúdos.

Uma sacada genial deles e que deu muito certo. Foi bastante produtiva, interativa.

Quem esteve presente e eu fiquei doido porque não consegui acompanhar nenhuma de suas atividades foi, simplesmente, Jum Nakao. Óbvio que terminou com um desfile dele, mas rolou palestra e oficina. Além de ser, no meu ponto de vista. O “the Best” em moda aqui no Brasil, o cara é antes de tudo Designer. Mostrou que não é porque é da moda que deve ficar preso ali no seu quadradinho.

Eu, Samantha e Viviane também batemos nessa tecla no dedo de prosa e reforcei novamente na palestra, depois no GT e também no Open Space. Vou escrever um post específico sobre isso.

Como podem ver, o N Jeitos apresentou o Design antes das áreas. Tanto que isso surgiu bastante forte nos assuntos do Open Space.

Porém, o melhor de tudo foi perceber, por parte do pessoal de outras áreas (participantes e convidados), a receptividade e um melhor entendimento do porque Interiores/Ambientes é sim Design. Até mesmo um dos convidados que já tive debates com ele onde ele não aceitava e nem admitia (categoricamente) nossa área como parte do design. Após a mesa redonda e a palestra ele veio conversar comigo e me pedir desculpas pelas vezes em que ele foi ate mesmo grosseiro comigo pelos fóruns da web. Hoje ele entende sim a nossa área como Design e não mais como arquitetura ou decoração.

Bom, como primeiro post sobre o N Jeitos, acho que já deu para vocês perceberem que foi “bão demais!”, em todos os sentidos.

À organização (vou escrever um post específico sobre isso), os meus parabéns pelo conteúdo transdisciplinar e abrangente. Também agradeço (em nome de todos os estudantes e profissionais) o espaço que finalmente uma organização deu à minha área.

Até o próximo post sobre o N!!!

DESIGN E CULTURA ou A (DES)CULTURA do DESIGN

Por Renata Rubim*

Ao ler “design e cultura”, o que ocorre na sua mente, que pensamento vem?

A minha experiência me mostra que ainda se confunde bastante design com glamour, sofisticação e, quem sabe, com o desnecessário, o inútil.

Mas design no seu sentido mais intrínseco é justamente o contrário disso, design é simples, básico e completamente necessário. Design está em tudo que nos rodeia desde que acordamos até quando adormecemos. Ninguém vive separado do design. O nosso cotidiano é feito e permeado de design. Design, design, design.

Mas e cultura? O tema cultura tem a mesma importância que o tema design. Um não existe sem o outro. Não há designer inculto. O inculto não será designer porque ele não terá ferramentas essenciais para desempenhar e desenvolver seu trabalho. A cultura é o alimento do designer. E design é, por sua vez, cultura.

Fico constantemente abismada ao constatar que pouquíssimo dos nossos intelectuais tem ideia da abrangência do design. Ao listar áreas culturais serão certamente mencionadas a literatura, as artes visuais, o cinema, o teatro e talvez alguma outra expressão como HQ (História em Quadrinhos), quem sabe.

Outro aspecto que me chama a atenção é o foco usado pela mídia. Foco esse, muitas vezes, distorcido que a mídia em geral tem do design. Se quisermos ler sobre design nos jornais diários ou em revistas semanais, será quase impossível achar algum artigo, reportagem ou matéria fora das páginas e cadernos de decoração ou moda. Muito raramente aparece alguma referência na parte de economia. Impressiona-me que hoje, século XXI, quando estamos imersos num cotidiano permeado de design, não seja dado ao assunto o seu devido valor.

Mas não é assim em outros países e não tem que ser aqui. O meu principal argumento é que se cada um de nós tiver um pensamento humanitário, naturalmente se lembrará do design voltado à medicina, o design voltado às necessidades e carências essenciais, ao meio ambiente, etc. Não se pode desligar uma área de sua cultura original. Um exemplo claro é o da medicina chinesa, ligada à cultura e à filosofia da China.

Kenji Ekuan, um dos mais respeitados designers japoneses, criador da célebre garrafinha do molho de shoyu que todos conhecemos, é um estudioso do budismo. É interessante se olhar com mais profundidade para isso, que pode parecer um paradoxo. Afinal, o budismo é principalmente uma filosofia de vida onde a matéria é
conseqüência de uma série de ações imateriais. Bem, mas Kenji respeita os produtos como se vivos fossem. Não pela sua aparência ou pelo possível luxo, mas pelo que está neles embutido: o processo. Em respeito ao conhecimento e à bagagem que cada componente desse longo e delicado processo possui. Desde o homem rural até o consumidor final, que elege e adquire algo relacionado com a cultura que o rodeia.

Cultura e design andam de mãos dadas. Dançam juntos. São interlocutores, portanto, indissociáveis. Fazer design é se envolver com as diferentes etapas do processo, (início, meio e fim), começando pelas pontas. Falando simplesmente: numa ponta está aquele que investe ou produz e na outra ponta aquele que adquire o resultado final. Mas essa, como todas as linhas, é composta de pontinhos, todos básicos para a sua formação.

Um designer envolvido seriamente com o seu ofício tem interesse em áreas diferentes do repertório cultural, ambiental e social porque se o seu projeto estiver bem inserido na comunidade, significa que há diálogo e interação entre ele e o usuário.

Sendo assim, quem faz design, faz parte de uma sociedade tanto quanto quem faz economia, medicina ou jornalismo. É um integrante de uma determinada cultura ou grupo de pessoas e ocupa um lugar de importância igual, nem maior, nem menor. Nem acima, nem abaixo. Mas, ao lado. Junto.

Pensar design é participar e formar comunidades mais receptivas, adequadas e equilibradas. Por isso, nós designers, temos interesse especial que a comunidade em que estamos saiba o que é design no seu sentido mais amplo. Que quando todos pensarmos design (design thinking), entendermos suas inúmeras possibilidades (design de serviços, por exemplo) e olharmos para as necessidades básicas das pessoas (idosos, deficientes, crianças, carentes, adictos) teremos uma sociedade bem mais humana e bem mais inteligente.

*Renata Rubim
Designer de superfícies e consultora de cores. Colabora com a difusão do design em projetos industriais e educativos. Em palestras e workshops pelo Brasil e América Latina compartilha conhecimento adquirido ao freqüentar a Rhode Island School of Design, Providence, USA, com bolsa Fulbright. Escreveu “Desenhando a Superfície”, Ed. Rosari, SP, primeiro no Brasil sobre o tema. Seu escritório atende a clientes de diferentes segmentos. Recebeu os prêmios Bornancini 2008 e Idea/Brasil 2009, com parcerias. Participou da Bienal Brasileira de Design 2010 e da Cowparade Porto Alegre.

Especialista, prático ou oba-oba?*

Engraçado o uso do termo oba-oba no título deste texto? A meu ver, creio que ele tem muito a dizer a respeito do mercado de Lighting Designers brasileiro. Por este termo designo tudo aquilo que é feito valendo-se do jeitinho brasileiro que algumas pessoas usam para burlar leis, aproveitar-se de situações.

Para trabalhar com Lighting Design, não basta apenas um curso superior de arquitetura, engenharia ou design. Sabemos que os alunos saem desses cursos despreparados e crus em algumas áreas por causa do todo que engloba um projeto. O que vemos na academia não passa de um esboço em disciplinas estanques do que é trabalhar com iluminação. Grande parte dos formandos desses cursos receberam seus canudos sem saber nominar as lâmpadas, quiçá usálas corretamente. Culpa do desinteresse do aluno? De uma instituição universitária particular irresponsável ou de uma pública negligente?

Esses egressos, sem qualquer especialização, vão engrossando o coro do oba-oba, e só fazem repetir conceitos e discursos aprendidos na academia ou então, dissimuladamente, apoderam-se de fragmentos de discursos alheios lançando ao vento frases de efeito. Forjam uma aparente “expertise” para vender um produto que desconhecem. Isso, de certo modo, depõe contra a seriedade profissional e formação especializada de autênticos Lighting Designers.

Temos um outro grupo, que podemos denominar como práticos, formado por vendedores e instaladores. Dentre esses, alguns, pela seriedade de sua atuação profissional, tornaram-se “experts” no assunto iluminação. Conhecem profundamente o todo que compreende este universo. São profissionais capazes de elaborar projetos complexos e, por vezes, os vemos resolvendo projetos de profissionais formados nas lojas.

Por fim, temos o grupo dos especialistas, aqueles que aliaram sua experiência profissional ao necessário aprendizado teórico-prático em cursos especializados sérios. Mas existem alguns que, mesmo com estes cursos, saem sem aprender ao menos o básico. São aqueles que pensam na especialização apenas como um livro de receitas prontas. Culpa de quem? Deles ou de uma incapacidade decorrente de uma formação generalista realizada em instituições universitárias? De ambos?

Por outro lado, temos de reconhecer aqueles (poucos) que enfrentam seriamente a especialização, incansáveis na pesquisa diária e conscientes da necessidade da formação contínua, não apenas para conhecer melhor, mas compreender os porquês, entender os conceitos e suas inter-relações, conhecer profundamente os equipamentos e sistemas e como eles se constituem e se articulam para atender às demandas dos projetos.

No entanto, esses profissionais acabam encontrando inúmeras dificuldades em estabilizar-se no mercado por causa dos erros cometidos por outros. Culpa de quem isso tudo?

Culpa nossa, Lighting Designers. Culpa das associações profissionais que dizem nos representar e que na verdade só promovem ações inócuas e fragmentadoras, geralmente,visando defender apenas os interesses de sua diretoria. Com toda certeza, culpa também do descaso dos parlamentares reféns de lobbies corporativistas.

Enquanto não tivermos a nossa profissão devidamente regulamentada através de um projeto sério, feito não apenas por associações, mas por um processo democrático, transparente e público, que envolva todos os profissionais, continuaremos com este quadro.

E você acha que não tem nada a ver com isso?

*Coluna “Luz e Design em foco” da revista Lume Arquitetura ed n° 54.

Reader: cores e mais cores

É, resolvi fazer um post mais leve baseado em meu reader já que andam me chamando de ranzinza (ah ah ah). Vamos então a um post sobre o uso de cores e outros detalhes interessantes que encontrei em meu reader hoje. Quem vai gostar é a minha amiga mega colorida Joyce Diehl:

foto 1 – woodmat1

Simples, alegre, divertido, customizável nas cores. Adorei!!!

foto 2 – Corian Loves Missoni

Quem já trabalhou com este material conhece bem suas características físicas como a sua resistência e durabilidade. Isso possibilita a sua aplicação em áreas perigosas e problemáticas como os banheiros. Porque não tornar os banheiros mais alegres, usar e abusar dos geometrismos na paginação?

foto 3 – Hot Paper Restaurant

Eu simplesmente amei o detalhe da parede com built-in.

Podemos chamar este elemento de “sanca de parede”?

Para facilitar as coisas, sim.

Como podem perceber, é um ambiente sóbrio. Mas a cor entra sutilmente neste elemento de parede quebrando a seriedade do espaço tornando-o mais leve.

foto 4 – Acne Store

Gritante e berrante sobreposição de tons de vermelhos.

Achou pesado?

Eu não.

Na verdade eu amo estas ousadias que, infelizmente, poucos clientes permitem.

foto 5 – house beautful banheiro

Perceberam a leveza desta cor aplicada neste banheiro? Relaxante e suave.

Outro detalhe é a brincadeira gráfica do revestimento das paredes.

Show!!!

foto 6 – quarto Contemporary Condo

E quem falou que o preto não é cor? (tou brincando ok teóricos chatos de plantão!)

Quem estudou comigo e teve aulas com um determinado professor vai entender esta frase:

“Olhem o lilás das flores….. que lindo… perfeito… é o ponto focal…”

AHAHAHAHARRRRRRRRRRRGH!!!

Agora, parando de brincadeira, sim o preto é cor pigmento. Sóbrio e sério como o perfil de muitos clientes. Porém, culturalmente, aqui no Brasil ele ainda é relacionado com um lado não muito agradável da vida: a morte, o doloroso luto (credo, que incoerência entre os termos vida e morte).

Mas ele é “chique no úrtimo” e a garantia de espaços lindíssimos. Outra prova disso vocês podem ver neste post sobre o ateliê do artista plástico Jadir Battaglia.

Eu adoro!!!

foto 7 – a arte dos dedos mágicos de Judith Ann Braun

Não consigo expressar tamanha surpresa e admiração ao descobrir esta artista. Sugiro que visitem o site dela para conhecer outros trabalhos e mais detalhes sobre a sua arte “digital”

foto 9 – Sala

A beleza está nos detalhes que alegram e personalizam os ambientes.

;-)

As fotos à seguir vieram do excelente Retail Design Blog by Artica que conheci este final de semana. Já entrou para meu reader e para o blogroll aqui do blog!!!

Foto 10 – “SUPER by Dr. Nicholas Perricone” store by Janis Bell Design, Malibu

Duas considerações sobre este projeto:

1 – a deliciosa mistura de cores tem tudo a ver com a empresa: se observarem atentamente irão perceber que cada cor utilizada nos módulos é a mesma que está presente na embalagem dos produtos expostos em cada um deles.

2 – a perfeição do IRC do projeto de iluminação garantindo a fidelidade exata da reprodução das cores do ambiente e das embalagens/produtos.

PERFECT!!!

;-)

foto 11 – Etch Web lamp by Tom Dixon

Luz e texturas ou luz e sombra brincando, dialogando numa perfeita interação.

foto 12 – Aurelia lamp by QisDesign

Luz e cor ou, luz é cor. Não importa.

Observando bem percebemos que esta é uma luminária que, apesar de ter a luz mais aberta (espalha-se pelo ambiente) não interfere tanto em outros efeitos que podemos utilizar no restante do ambiente.

foto 13 – Luxury cladding collection by Lithos Design

Olha o preto aí de novo, mas desta vez sem o seu fiel escudeiro branco e sim acompanhado do dourado…

Confesso que demorei um pouco para entender o que é este revestimento mesmo observando as fotos mas próximas.

Pelo que entendi (em meu inglês nem tão perfeito), trata-se de placas cerâmicas pretas e os círculos dourados são, na verdade, “entalhes”.

Possuem duas opções de cores: preto com dourado e preto com prata.

Vertiginosamente lindo!!!

fotos 14, 15 e 16 – Dent Cube by Teruo Yasuda for Inax

Quando vi este produto me lembrei na hora do revestimento da TWBrazil que usei na mostra e que agora está aqui em casa num painel de TV na sala.

Só que este não é de madeira. Porém ele é um produto muito versátil podemdo ser aplicado de diversas formas e pode ser customizado em suas cores como podem observar nas duas fotos a seguir:

Para os que buscam possibilidades em paisagismo vertical.

Para os que buscam mais alegria e cor nos ambientes.

Finalizando, deixo alguns vídeos para apreciação de vocês.

Primeiro, três vídeos do The Creators Project:

E agora vejam este desfile. Passarela limpa, estrutura simples e um elemento excelente como pano de fundo:

Aproveito para deixar um exercício de observação: estes quadros no piso da passarela, do lado direito, são o que? Projeção, elemento físico (algum material aplicado) ou o que?

Espero que tenham gostado.

Até o próximo post!!!

;-)

Reader 20/03/12

Vamos dar uma geral pelo meu reader?

1) Olhem que barato essas prateleiras:

Ela é apenas um dentre tantos novos itens da italiana B-line que serão apresentados no Salone Internazionale del Mobile in Milan.

2) A Eletrolux está lançando um novo modelo de geladeira com várias divisões:


O design é assinado por Stefan Buchberger.  Através destas divisões elimina-se o problema de contaminação (cheiro/sabor) de produtos por outros que venham a estragar. Consiste em uma base e mais quatro módulos superiores separados.
Todas as seções são removíveis e customizáveis.

3)Berndnaut Smilde (artista plástico) criou algumas peças interessantes em forma de nuvens. Claro que não é para qualquer ambiente pois tratam-se de instalações artísticas, mas adorei o efeito leve. Observem:

4) Uma coisa que eu não entendo…

Quem projeta esse tipo de cuba certamente nunca teve de limpar uma…

É bonito? SIM! Porém fico imaginando o limbo e as bactérias se proliferando nas reentrâncias e o prazer de quem tiver de limpar isso aí semanalmente ou diariamente…

#AFF

5) O estúdio de design polonês WAMHOUSE criou a mesa e cadeira rajtuzy.

Lindas, porém principalmente a cadeira, passam uma sensação de insegurança plena. A impressão é: sentou, caiu…

Mas vale a visita ao site deles, tem peças fantásticas!!!!

6) Adoro quando a ousadia se faz presenta na arquitetura através do uso de peles nas fachadas.

7) Que projeto fantástico da Vértice Arquitectos:

O escritório manda muito bem com um estilo arrojado e tem projetos excelentes. vale a pena visitar o site deles e conhecer o portfolio.

8) Gente, por favor muita atenção na imagem abaixo:

Conseguiram entender a imagem acima???Não, não se trata de 3D mal feito não, é uma imagem real…

Pois é, eu também levei um tempinho para conseguir assimilar tudo isso. Pior que são banheiros de um espaço comercial…

Então gente, MUITO CUIDADO COM OS EXCESSOS!!!

9) Do excelente blog Chega de Demolir SP! ressalto dois importantes posts:

Notícia boa: Antigo quartel do Parque D. Pedro II será restaurado

Tombamento de imóveis demora até 20 anos em São Paulo

10 – Um estande green para a LG:

A LG Hausys em parceria com o designer francês Patrick Nadeau criaram para a feira IDEO BAIN em Paris este interessante estande.

E, finalizando este post, não tem nada a ver com meu reader mas tem e muito a ver com o mercado em que atuamos. Estava lendo hoje pela manhã a revista “Cafofo da Cráudia” – aquela que mais desinforma que informa – e me deparei com uma matéria entitulada “Feras da decoração contam o que faz a diferença em seus projetos”.

Ok, tem algumas dicas interessantes sim – para quem está começando na área ou para quem é adepto do DIY. Porém, são sempre os mesmos profissionais consultados como se no Brasil só existissem eles, como se só eles produzissem algo de bom, útil ou decente.

Mas devo destacar um detalhe que a matéria e eles esconderam de maneira vergonhosa: a gorda conta bancária de seus clientes.

Gente, qualquer um que pegar um cliente com um orçamento poupudo é capaz de fazer milagre com um barracão. Assim fica fácil!!!

Difícil e uma verdadeira prova de competência profissional é conseguir fazer o verdadeiro milagre com os orçamentos apertadíssimos de 90% dos clientes que compõem o mercado real.

Adoraria ver qualquer uma destas ditas e pseudas “feras da decoração” dando pitis com clientes normais que não dispõem da dinheirama que poucos tem para seus projetos.

AH AH AH! Pago pra ver!!!

que bela luz!

Estava vendo alguns vídeos no youtube e me deparei com este aqui que me surpreendeu:

Quem já mexeu com iluminação cênica sabe que esta montagem não é nada complicada e a programação também não. O que me prendeu a atenção foi exatamente esta simplicidade deste projeto e o efeito belíssimo que ele proporcionou com os movimentos suaves e os desenhos formados pela luz.

Destaco também a escolha da paleta de cores bastante contrastantes e os planos muito bem empregados na iluminação.

Bom, já que estou postando este vídeo, vai então mais um: agora uma animação chamada Consurgo (que vem do latim e quer dizer levantar-se (ou algo assim).

http://vimeo.com/32918790

O WordPress não está liberando a inserção deste vídeo, mas podem acessar e assistir, tenho certeza de que vão gostar muito.

Abraços e uma excelente semana ;-)

LD > algumas características fundamentais da luz

A Marcia Nassrallah postou no grupo deste blog no facebook, um vídeo bem interessante sobre uma característica da luz: a cor.

Simples, direto e interessante. Vale a pena compartilha-lo:

Ressalto que cor/luz (a cor da luz) é bem diferente de cor/pigmento (a cor das tintas). Logo, a mistura de cores na cor/luz resulta em cores bem diferentes de quando misturamos as cores/pigmentos.

Esta é uma característica fundamental da luz e que deve ser dominadam para quem quer trabalhar com LD. A confusão gerada entre essa diferença de resultados entre cor/luz e cor/pigmento tem gerado projetos muito estranhos.

Por falar em características fundamentais da luz, encontrei este outro video que mostra com perfeição a questão da reflexão (reflexo) da luz.

Isso tem muito a ver com qualquer post que eu já fiz (e farei quantas vezes forem necessárias) sobre erros em projetos de iluminação. Esta característica da luz é a que provoca reflexos nos ambientes, como mostrado já aqui neste post, mais especificamente neste aqui e em vários outros.

A não observação dos elementos que compõem o espaço à ser iluminado leva o profissional a cometer estes erros reflexivos que, na maioria das vezes, acaba com o resultado estético do mesmo. Por mais caras que sejam as peças nele alocadas, os reflexos irão sobressair-se por serem elementos incomodativos.

Vale a pena também mostrar este outro vídeo que trata de outra importante característica da luz > a refração:

Prestem muita atenção neste vídeo pois ele nos mostra como a luz comporta-se de maneiras diferentes com diferentes materiais. E observe também os efeitos resultantes disso tudo.

Aulinha básica “di grátis” pra vocês!!!

Abraços e até o próximo post!!!

;-))